VII Seminário Técnico de Proteção e Controle

22 a 27 de Junho de 2003
Rio de Janeiro - RJ

Artigo 37594002

Testes em Sistemas de Proteção de Linhas de Transmissão Dotadas de

Esquemas de Teleproteção, Utilizando Testadores Digitais Sincronizados
por Satélite

Reginaldo C. de Oliveira* Maria Lúcia de C. Gabino André Luiz M. Costa Weber Melo de Sousa
(rcezari@cemig.com.br) (mlucia@cemig.com.br) (almcosta@cemig.com.br) (weber@cemig.com.br)

Clovis Edson Alves Valtomir Silvério da Silva Marcos Aurélio da Silva

(cealves@cemig.com.br) (vss@cemig.com.br) ( msilva@cemig.com.br)
Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG

1 RESUMO - Weak infeed, aplicado à fonte fraca em uma das

Este trabalho apresenta os procedimentos que foram
utilizados pelos especialistas da CEMIG na aplicação
de testadores, sincronizados por satélite via Global
Position System - GPS, para a realização de testes
ponta-a-ponta em sistemas de proteção de linhas de
transmissão - LTs dos sistemas CEMIG e Interligado,
dotadas de esquemas de teleproteção, tanto durante o
processo de comissionamento de novas instalações
como nos processos de manutenção. Devido às suas
características, esta metodologia se apresenta como a
principal alternativa a fim de validar de forma plena os
desempenhos operacionais dos sistemas de proteção,
esquemas e equipamentos de teleproteção
associados, disjuntores, esquemas de religamento com
verificação de sincronismo e eventuais esquemas
especiais de proteção que dependam do intercâmbio
de informações entre os terminais envolvidos.
Palavras Chave: Teste Ponta-a-Ponta, Proteção de
Linhas de Transmissão, Teste de Relés, Testes
Sincronizados via Satélite.
2 INTRODUÇÃO
Os sistemas de proteção de linhas de transmissão de
Extra-Alta Tensão - EAT da CEMIG, tensão igual ou
superior a 230kV, independentemente da sua
tecnologia, são comumente compostos por dois
conjuntos de relés alocados em cada extremidade da
linha que executam as seguintes funções de proteção:
- Distância 1ª zona, cobrindo cerca de 85% da LT;
- Esquemas permissivos compostos por funções de
distância com sobrealcance e sobrecorrente
direcional para faltas a terra - POTT.
- Echo, relativo à devolução do sinal permissivo;
- Esquema de transferência de disparo direto -
DUTT;
extremidades da LT;
- Sobretensão;
- Religamento automático.
Tais esquemas asseguram a rápida eliminação de
faltas nas linhas de transmissão e para tanto
dependem da utilização de sistemas de teleproteção: o
meio, que pode ser carrier, micro-ondas, fibra ótica, e
os equipamentos. Dentre as atividades realizadas pelo
especialista de proteção, os testes funcionais em
sistemas de proteção de linhas de transmissão dotados
destes esquemas exigem alto grau de criatividade de
forma a obter resultados que atestem verdadeiramente
o bom desempenho dos sistemas. Além da
complexidade dos sis temas de proteção, os esquemas
de teleproteção, juntamente com os canais de
comunicação, tornam essa tarefa ainda mais árdua.
Tradicionalmente, são feitos testes individualizados dos
sistemas de proteção de cada terminal e testes nos
canais de comunicação, não sendo verificado o
funcionamento do conjunto como um todo.
O surgimento no mercado de testadores digitais de
relés permitiu efetuar testes com a aplicação
simultânea dos sinais analógicos de entrada (correntes
e tensões) nos sistemas de proteção de uma LT em
ambas extremidades. Esses testadores permitem o
controle do instante de aplicação das grandezas
analógicas no equipamento sob teste com precisão de
1 ms, através da sincronização da sua referência de
tempo via receptor do sistema GPS.
Esses testes simulam com bastante fidelidade o
sistema elétrico envolvido, no momento da ocorrência
de uma falta, possibilitando uma avaliação satisfatória
do desempenho operacional dos sistemas de proteção,
teleproteção, disjuntores, esquemas de religamento,
verificação de sincronismo, etc.

*CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais – AV Barbacena 1200 – B. Horizonte – MG 30.123-970.

As grandezas analógicas a serem aplicadas nos
equipamentos de proteção são obtidas via softwares
de simulação de transitórios eletromagnéticos (EMTP,
ATP, PSCAD, dentre outros) ou via equipamentos
registradores digitais de perturbações - RDPs.
sistema de transmissão de 500 kV através do
seccionamento da LT Mesquita-Neves 500kV e
objetiva melhorar o sistema de abastecimento de
energia elétrica da macro região denominada Grande
Belo Horizonte.

A partir de 2002, a CEMIG passou a usar esta

metodologia como padrão para a realização de testes
de comissionamento dos sistemas de proteção de
novas LTs de EAT, utilizando sinais de tensão e
corrente, no domínio do tempo, gerados a partir do
programa de simulações de transitórios
eletromagnéticos (ATPDraw – Alternative Transient
Program).

Visando a pesquisa de causas de desempenhos não

satisfatórios de sistemas de proteção existentes,
podem ser utilizados tanto arquivos de faltas reais
obtidos via RDPs ou via relés digitais, quanto arquivos
obtidos através de simulações via ATPDraw ,
devidamente consistidos com os demais programas de
estudos de curto-circuito e fluxo de cargas existentes
na empresa.
Figura 1: Sistema de Transmissão de CEMIG
Já foram realizados testes ponta-a-ponta nos seguintes
Os sistemas de proteção das novas LTs Mesquita -
sistemas de proteção de LTs de 500 kV:
Vespasiano 2 e Neves 1 - Vespasiano 2 são
compostos de dois relés digitais tipo 7SA612, de
- LIs de 500 kV associadas a SE Itajubá 3 -
fabricação Siemens -Alemanha, configurados de forma
Cachoeira Paulista-Itajubá 3 e Poços de Caldas -
idêntica, constituindo as proteções principal e
Itajubá 3: em conjunto com a equipe de proteção
suplementar em cada extremidade das LTs. Na figura
de Furnas (testes realizados durante o processo
abaixo é apresentada uma vista da placa frontal do relé
de comissionamento da nova instalação de Itajubá
e são relacionados os números ANSI das principais
3, sendo os arquivos das faltas gerados via
funções de proteção e supervisão ativadas.
programa ATPDraw );
- LT Ouro Preto 2-São Gonçalo do Pará 500kV:
testes realizados para validar modificações
implementadas nos sistemas de proteção da LT,
visando eliminar as causas de aberturas indevidas
para faltas externas. Foram usados tanto arquivos
de reais de faltas, quanto arquivos obtidos via
ATPDraw . Estes últimos basearam -se em faltas
reais nas quais não houve a geração dos
respectivos arquivos de faltas; 21 68 59 POTT
- LTs de 500kV associadas a SE Vespasiano 2 - 67N 79 DUTT
Neves 1-Vespasiano 2 e Mesquita-Vespasiano 2: 50N/51N 25 Echo
testes realizados durante o processo de 68 27 Weak infeed
comissionamento da nova instalação de
Vespasiano 2, sendo os arquivos das faltas
gerados via programa ATPDraw . Figura 2: Proteção de distância utilizada
nas LTs de Vespasiano 2
No presente trabalho, daremos ênfase à apresentação
dessa nova metodologia de testes, bem como sua
aplicação no comissionamento dos sistemas de Cada sistema de proteção está associado a dois
proteção das LTs associadas a SE Vespasiano 2. Isto equipamentos de comunicação, que por sua vez são
se justifica pelo fato de que os sistemas de compostos de quatro canais, sendo três pertencentes
teleproteção das proteções suplementares dessas LTs ao sistema de transferência de disparo direto
usam como meio de comunicação a fibra ótica, segregado por fase e um pertencente ao esquema
primeira utilização na CEMIG, com características permissivo por sobrealcance.
diferentes: dedicada para a LT Neves 1-Vespasiano 2
e compartilhada para a LT Mesquita Vespasiano 2. A Figura 3 apresenta um diagrama lógico simplificado,
mostrando o esquema permissivo e também o
Os canais de comunicação associados às proteções esquema de transferência de disparo direto relativo
principais utilizam carrier, largamente aplicado, usando apenas à uma fase.
porém, equipamentos digitais Siemens.
Conforme citado anteriormente, os equipamentos de
teleproteção da proteção principal utilizam a própria
3 DADOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO linha como meio de transmissão dos sinais - carrier e
os referentes à proteção suplementar utilizam links
A SE Vespasiano 2, localizada no município de
Vespasiano, foi construída para ser conectada ao

2
óticos, sendo a arquitetura dos sistemas de proteção já
descrita o item 2.
Cada sistema de proteção é dotado também de
esquemas de abertura/religamento tripolar e
monopolar.
Figura 3: Esquema de teleproteção de distância
utilizada nas LTs de Vespasiano 2
4 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA
APLICADA NOS TESTES
A seguir é descrita de forma detalhada a metodologia
consolidada durante os testes, citados anteriormente.
Esse procedimento foi adotado como padrão pela
CEMIG, para a realização dos testes ponta-a-ponta
futuros, como parte do processo de comissionamento
dos novos sistemas de proteção de LTs de EAT.
4.1 Definição dos tipos e pontos de
aplicação das faltas a serem simuladas
A partir da filosofia de operação para os sistemas de
proteção estabelecida pelo projeto, das características
próprias dos equipamentos utilizados na sua
implementação, das características do sistema elétrico
e da experiência da equipe técnica da CEMIG, são
definidos quais testes deverão ser realizados de
maneira a avaliar plenamente o desempenho
operacional dos sistemas de proteção e equipamentos
envolvidos.
Paro o caso dos sistemas de proteção das LTs
associadas a SE Vespasiano 2, foram definidos 30
testes por LT, distribuídos nos pontos mostrados na
Figura 4 para a LT Neves 1 – Vespasiano 2.
Figura 4: Esquema com os pontos de faltas simulados
3
4.2 Simulação do sistema elétrico no
ATPDraw
Definidos os tipos e quantidades de faltas a serem
simuladas, passa-se à fase de modelagem do sistema
no ATPDraw . A figura 5 apresenta uma tela do
software enfocando um dos casos onde se simulam
faltas para a realização dos testes ponta-a-ponta da LT
Mesquita-Vespasiano 2.
Para a modelagem, inicialmente delimita-se o sistema
a ser modelado, duas ou três barras à montante da LT
de interesse, e calcula-se os geradores equivalentes
nessas barras, através do programa de curto-circuito.
Posteriormente definem -se os modelos adequados a
serem usados para cada elemento do sistema, LTs,
transformadores, cargas, reatores, etc, bem como os
tempos de simulação: pré-falta, duração da falta, passo
de integração e tempo total da simulação. Após isto
levantam-se os dados do caso de fluxo referente à
carga pesada do sistema elétrico envolvido, que são
utilizados na simulação.
Então pode-se fazer a simulação em regime
permanente que foi consistida com dados de curto-
circuito e fluxo de potência antes das simulações de
faltas.
Figura 5: Sistema modelado no ATPDraw
A modelagem no ATP é geralmente dividida, em três
grupos de faltas:
O primeiro grupo formado por faltas internas fase-terra,
fase-fase, fase-fase-terra e trifásicas , em diferentes
pontos da linha de transmissão protegida (10%, 50% e
90%), variando o ângulo de incidência da falta e tendo
como condição de pré-falta a carga pesada,
normalmente verificada na LT.
O segundo grupo é formado por faltas externas à linha
de transmissão, a modelagem adotada teve como
principal objetivo, retratar as possíveis situações nas
quais a capacidade de discriminação dos sistemas de
proteção a serem testados será dificultada, em função
das suas características próprias e do sistema elétrico.
No terceiro grupo, são simuladas as faltas com alta
resistência, comuns na nossa região e as faltas
evolutivas, que tem como objetivo principal avaliar o
desempenho do esquema de religamento mono e
tripolar.
4.3 Tratamento dos arquivos de saída do 4.6 Execução dos testes ponta-a-ponta
software de simulação de transitórios reais

Nesta etapa do processo, arquivos de saída do
software ATPDraw , formato PL4, são convertidos para
o formato COMTRADE e posteriormente, transferidos
para o software, de controle dos testadores digitais.
Para a realização dos testes foram utilizados
equipamentos de teste digitais tipo F2253, controlados
através do software PROTEST versão 2.0, Doble,
existentes na empresa, sincronizados através de
módulos receptores GPS, que proporcionam o disparo
controlado dos equipamentos de teste em horário
definido pelo usuário.
Aqui são efetuadas todas as simulações que foram
previamente definidas e consistidas, de maneira que os
desempenhos individuais dos relés sejam totalmente
conhecidos e causem um mínimo de impacto no
desempenho dos esquemas de teleproteção,
religamento automático, verificação de sincronismo,
etc.
Na figura a seguir, é apresentada a arquitetura básica
dos sistemas de proteção e do sistema de simulação
que a CEMIG está aplicando para a realização dos
testes ponta-a-ponta.

A Figura 6 apresenta em formato gráfico as tensões e

correntes de saída resultantes da simulação de um dos
casos referentes à LT Mesquita-Vespasiano 2 e o
arquivo correspondente obtido do software PROTEST
(versão 2.0), Doble, pronto para ser reproduzido nos
relés via macro próprias do software, chamadas
TRANS.

Figura 7: Arquitetura básica dos testes

Figura 6: Arquivos de saída do ATPDraw e Protest
4.4 Testes para a validação dos arquivos de
saída do software de simulação de
transitórios
Deve ser verificado nesta etapa que os desempenhos
individuais dos relés para cada um dos casos
simulados estão de acordo com a filosofia de proteção
proposta, portanto, os mesmos devem ser previamente
aplicados em cada um dos relés de forma
independente, estando estes configurados com a
parametrização de serviço e testados através das
rotinas específicas definidas pelos procedimentos de
recepção destes equipamentos.
Após cada um dos testes, as sinalizações dos LEDs,
oscilografias, listas de eventos dos relés (no caso de
relés digitais), listas de eventos do sistema de
supervisão da instalação e de um registrador digital de
perturbações instalado em cada terminal (obrigatório,
no caso de testes de sistemas de proteção que não
possuem este recurso) devem ser rigorosamente
avaliados de maneira a avaliar os desempenhos
operacionais dos equipamentos envolvidos.
A figura 8 apresenta um dos registros oscilográficos
obtidos do relé digital e gerados durante a realização
dos testes.

4.5 Testes para a validação do sistema de

sincronismo via GPS dos simuladores

Visando validar o sistema de sincronismo, via

referência de tempo do sistema GPS, para o disparo
simultâneo dos testadores, escolhe-se um dos casos já
consistidos a ser reproduzido em ambos
equipamentos, montados em uma mesma instalação e
disparados através do sistema de sincronismo via
GPS. As suas saídas de corrente e tensão deverão ser
supervisionadas simultaneamente por um único RDP, a Figura 8: Oscilografia do relé digital obtida nos testes
fim de validar a sincronização dos equipamentos de
testes. É importante que, na medida do possível, haja a
atuação dos sistemas de proteção e religamento
automático nos disjuntores associados à LT, com

4
vistas a avaliar plenamente o desempenho destes
equipamentos, juntamente com seus dispositivos de
supervisão, bloqueio e proteção, tais como
pressostatos, relés de supervisão, etc.
5 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TESTES
Devido à disponibilidade antecipada dos sistemas de
teleproteção e proteções suplementares, associados à
fibra ótica, os testes ponta-a-ponta destes sistemas
puderam ser realizados com bastante antecedência, da
data prevista do desligamento da LT Mesquita-Neves 1
para a o seu seccionamento e encabeçamento na SE
Vespasiano 2. Esta facilidade permitiu que após cada
um dos testes fosse realizada uma análise detalhada
do desempenho de todos os sistemas envolvidos das
duas extremidades de cada LT.
Ressalta-se que foram observadas várias não
conformidades entre a filosofia de operação de alguns
dos esquemas de teleproteção e a filosofia adotada na
concepção dos sistemas de teleproteção, o que
implicou a necessidade da implementação de lógicas
adicionais para a eliminação destas não
conformidades.
Foi também observado durante os testes que, face à
filosofia de operação das lógicas de trip e religamento
automático dos relés 7SA612, o retardo introduzido
pelos equipamentos de comunicações na recepção dos
sinais de transferência de disparo direto em relação
aos sinais de trip gerados pelas funções de proteção
locais, fosse percebido pelo esquema de religamento
automático como uma segunda falta (falta evolutiva).
Isto provocava a evolução do comando de abertura de
monopolar para tripolar e o bloqueio do religamento,
quando o mesmo estava selecionado para a condição
monopolar. Esta não conformidade também foi
corrigida através da implementação de lógica para
inibir a corrida entre os comandos de abertura emitidos
pelas funções de proteção próprias dos relés de cada
extremidade e os comandos de trip via sistema de
transferência de disparo direto.
Todos os casos obtidos através das simulações devem
ser validados previamente, visando eliminar dúvidas
durante a realização dos testes.
ais
As redes de oscilografia constituem uma excelente
fonte de dados para utilização nos testes, sugere-se
portanto, que sejam envidados todos os esforços para
sejam agregadas as oscilografias dos relés digitais a
estas redes.
7 REFERÊNCIAS
[1] M. Kezunovic, B. Perunicic, “Automated
Transmission Line Fault Analysis Using Synchronized
Samples at Two Ends”, IEEE Transaction on Power
System, Vol. 11, No. 1, February 1996
[2] IEEE Special Publication No. 96TP115-0,
“Relay Performance Testing”, Power System relaying
Committee, Report of Working Wroup I13.
[3] K. U. Leuven EMTP Center, “Alternative
Transients Program RuleBook ”.
[4] Siemens – Siemens AG, “SIPROTEC –
Distance Protection 7SA6 – V 4.2 – Manual”, German,
2002.
[5] Y. Knoble, A. Gutierrez, Doble Engineering
Company, R. Orozco, J. Duron, S. Gonzalez, Comisión
Federal de Electricidad, Mexico, “CFE’s Altamira-
A1320-Guemez 400 kV Transmission Line End-To-End
TesTs Using Modern Power System Simulators
Synchronized Via GPS Satellite System”, Minutas de la
Sexagésima Tercera Conferencia Internacional Anual
de Clientes de Doble, 1996, Sec. 6-6.1..

6 CONCLUSÕES

Os testes ponta-ponta, usando equipamentos de teste

sincronizados via satélite, constituem a forma mais
eficaz para a validação de sistemas de proteção e de
teleproteção de forma integrada. Este procedimento
reveste-se de maior importância em se tratando de
esquemas onde são empregadas proteções digitais,
tendo em vista que as lógicas associadas a esses
esquemas são geralmente implementadas
internamente aos relés.

Destaca-se o baixo custo de execução, o tempo

reduzido de duração e a confiabilidade dos resultados
como principais vantagens da realização desse tipo de
teste no comissionamento de proteções em
substituição à forma tradicional.

Recomenda-se a utilização de registradores digitais de

perturbações externos, como forma de validar também,
a função de oscilografia no caso de relés digitais.

A precisão do sistema de sincronismo via GPS dos

testadores é determinante para o bom desempenho do
sistema de teste.