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REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos
Trabalhos Digitais
Parte III
Projeto Companheiro

Ir.’. Jellis F. de Carvalho


REI SALOMÃO -Artigos Macônicos
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LIVRO DA LEI
INTRODUÇÃO

É a revelação da lei divina imutável. Símbolo da Sabedoria Cósmica. Constitui em


um dos paramentos da Loja Maçônica.

As Sagradas Escrituras constituem o livro mais notável jamais visto no mundo. A


Bíblia é muito antiga, e contém o registro de acontecimentos do mais profundo interesse. A
história de sua influência é a história da civilização.

Os maiores homens e os melhores sábios têm testemunhado do poder da bíblia como instrumento
de iluminação e santidade e, visto que a mesma foi escrita por homens que "falaram da parte de
Deus movidos pelo Espírito Santo" a fim de revelar o único Deus verdadeiro e Jesus Cristo a
quem ele enviou, ela merece a nossa consideração atenciosa e reverente.

DESENVOLVIMENTO

A Bíblia é a palavra de Deus, por isso mesmo, a única regra de fé e prática daqueles
que aceitam Jesus como Salvador pessoal.

É conhecida também como as Escrituras Sagradas (João 5,39).

Foi escrita por cerca de quarenta autores inspirados por Deus (II Pedro 1. 20,21),
num período de aproximadamente 1.600. De 1.500 a. C. a 97 a. D., data em que o apóstolo João
escreveu o seu Evangelho.

A Bíblia em português, de João Ferreira de Almeida, foi publicada pela 1ª vez em


1819.

A palavra "Bíblia" é de origem grega e quer dizer "livros". Ela está dividida em duas
grandes partes, chamadas "Testamentos". A palavra "Testamento" quer dizer conceito, aliança de
Deus com o homem. Antigo testamento é antiga aliança, de Deus feita com Israel. Novo
Testamento é a nova aliança de Deus feita com a sua Igreja. O Antigo Testamento foi escrito em

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hebraico, e o novo em grego. Os livros do Antigo Testamento contam como o mundo começou e
narram a história do povo de Israel antes da vinda de Jesus Cristo.

No Novo Testamento conta-se a história de Jesus Cristo, dos apóstolos e da Igreja


primitiva. O Novo Testamento inclui também algumas cartas escritas naquele tempo e um livro de
visões chamado Apocalipse.

A Bíblia mostra como Deus se relaciona com a humanidade. Por meio dela
conhecemos Deus e ficamos sabendo o que ele exige de nós e também o que ele nos promete. Ela
nos aponta os nossos pecados, que nos afastam de Deus e mostra o caminho que nos leva de
volta a ele. A Bíblia contém uma mensagem maravilhosa, que deve ser posta ao alcance de todas
as pessoas. Essa mensagem fala do amor de Deus por todos nós, amor esse que foi mostrado no
seu mais alto Grau na pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo. Finalmente, pelo poder do Espírito
Santo, essa mensagem de amor se espalhará pelo mundo inteiro.

DIVISÕES

Antigo Testamento – 39 livros, assim divididos:


Lei ou Pentateuco – 5 livros, Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Livros Históricos – 12: Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II
Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Livros Poéticos – 5: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.
Profetas Maiores – 5 Livros: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Profetas Menores – 12 Livros: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Safonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Novo Testamento – 27 Livros assim distribuídos:

Evangelhos – 4 livros: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Históricos – 1 Livro: Atos

Epístolas Paulinas – 14 Livros, incluindo Hebreus: Romanos, I Coríntios; II Coríntios, Gálatas,


Efésios, Felipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo,
Tito, Filemon e Hebreus.

Epístolas Gerais ou Universais – 7 Livros: Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas.

Profético ou Revelação – 1 Livro: Apocalipse.

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Ao todo, a Bíblia contém 66 livros, aceitos como divinamente inspirados.

Citações sobre o Valor da Bíblia:

"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho". Salmo 119,105
"Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti". Salmo 119,11
"Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se eles fossem irmãos!" Salmo 133

Para concluir meus Irmãos, podemos acrescentar que a Bíblia contém a mente de Deus, a condição
do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores, e a felicidade dos que a seguem.
Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões
imutáveis. Ela contém luz para dirigi-lo, alimento para sustê-lo, e consolo para animá-lo.

Cristo é o seu grande tema, nosso bem o seu intento, e a glória de Deus a sua finalidade. Deve
encher a mente, governar o coração e guiar os pés. Ela é uma mina de riqueza, um paraíso de
glória e um rio de prazer. Ela envolve a mais alta responsabilidade, recompensará o mais árduo
labor e condenará a todos quantos menosprezam seu sagrado conteúdo.

MAÇONARIA E FILOSOFIA

Dentre os vários atributos pelos quais se define a Maçonaria, destaca-se seu aspecto
eminentemente filosófico.

Para muitos que se iniciam na senda do conhecimento maçônico, a filosofia é algo


abstrato, sem utilidade prática alguma, dirigida a quem não tem o que fazer, não deu
nada na vida ou não sabe ganhar dinheiro. Quando muito, é mero passatempo, nas
horas de ócio, lazer ou devaneio.

Primum vivere, deinde philosophari ( primeiro viver, depois filosofar), zombavam os


antigos daqueles que não são capazes de conquistar os meios de subsitência,
entregando-se apenas a especulações filosóficas.

Que é filosofia?

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Sempre procurou o homem, atendendo a contínuo e espontâneo impulso, conhecer-se a
si mesmo ao mundo em que vive.

Na Grécia antiga, chamou-se de sofia ou ciência da sabedoria aos conhecimentos


adquiridos nesses campos de pesquisa. Aos que se voltavam, especificamente, a reunir
tal sabedoria, deu-se o nome de sofoì, isto é, sábios.

Um dos grandes sofoì ou sábios da época era Pitágoras. Não quis ele, no entanto,
aceitar tal denominação, cuidando que só à Divindade poderia ela ser dada.
Modestamente, não se colocou na condição de sofos ou sábio, mas de um filo sofos,
ou seja, um amigo da sabedoria.

Cunhada, dessa forma, por Pitágoras, no século VI a C, passou, desde então, a palavra
filosofia de designar "um conjunto concatenado de concepções gerais sobre o mundo e o
homem".

Com Sócrates e seu "Conhece-te a ti mesmo", a Filosofia foi tomando rumos mais
antropocêntricos, isto é, visando ao conhecimento do Homem, "medida universal de
todas as coisas" (Protágoras), do que cosmocêntricos, ou seja, do conhecimento da
origem do Mundo e da natureza das coisas materiais.

Qual a utilidade da Filosofia para o Maçom?

Muito útil, sem dúvida, será que o Maçom disponha de uma formação filosófica, não só a
haurida nos graus filosóficos, mas, principalmente, aquela que puder buscar por contra
própria, nas fontes respectivas.

Não que se exija dele, naturalmente, um conhecimento filosófico acadêmico, profundo e


sistemático, o que, por si só, implicaria uma formação universitária à parte. Igualmente,
não se requer do Obreiro a filiação doutrinária a esta ou àquela corrente filosófica.

O que se faz mister é que desenvolvamos o livre exercício de uma reflexão crítica, bem
elaborada filosoficamente, para que possamos nortear, coordenar, correlacionar e
valorizar os ensinamentos que vamos recebendo ao longo de nossa caminhada e aplicá-
los, adequadamente, ao nosso crescimento pessoal e às relevantes funções sociais a que
nos dispomos cumprir, pelo estabelecimento de uma Moral científica e de uma Fé
raciocinada.

Em outras palavras, espera-se que o Maçom desenvolva um "filosofar" que lhe permita,
não saber qual o sexo dos anjos, mas o esclarecimento dos problemas com que se
defronta em sua realidade concreta, no dia- a- dia.

Através da Filosofia, pode o Maçom aumentar sua sabedoria de vida, desenvolver seu
altruísmo e encontrar mais felicidade, encarando os problemas da existência em seu
conjunto e complexidade, como resultantes da natureza do Mundo e do próprio Homem.
Encontrando um alicerce para a realização de seus valores, uma norma de vida, um
caminho seguro para pensar e agir, saberá condicionar seus desejos às situações reais e

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não a seus caprichos momentâneos, visto ser impossível eliminarem-se as leis naturais
que regem a Existência.

Daí poder, com mais segurança, assumir sua condição de existente, tomando a iniciativa
de descobrir o sentido de sua própria vida e orientar suas ações dentro de ampla faixa
de opções, sendo responsável por tudo aquilo que escolha ou faça.

Como diz Einstein, no seu livro "Aus meinen spaeten Jahren" (citado por Huberto
Rohden), "A ciência descobre os fatos objetivos da natureza, mas a Filosofia realiza os
valores subjetivos dentro do homem".

Por isso, a Filosofia é a sabedoria a serviço de nossa própria vida. Fiquemos abertos a
ela, pelo menos em nossas sessões!

Muito já se disse e já se escreveu sobre a Maçonaria. Durante séculos


essa associação de cidadãos livres vêm alimentando a curiosidade e a
imaginação das pessoas. Qual de nós quando criança não ouviu falar do
"voto de silêncio" que punia com a morte qualquer um que ousasse revelar
os segredos da maçonaria. Das histórias que contavam que o candidato a
maçom deveria cavalgar um Bode preto e renegar a imagem de cristo. Do
complô maçônico para dominar o Mundo e da revelação de toda a verdade
contida no Universo.

Infelizmente, ou não, todas essas estórias são frutos de imprecisões,


má fé e falta de discernimento histórico.

Vamos aos fatos....

Irmandades e seitas secretas existem a milhares de anos. Geralmente,


grupos de homens que se reúnem em sigilo para divagações, estudos
científicos ou simplesmente cultuar a vida através de orgias. Para somente
citar alguns: Pitagóricos, herméticos, Mitraistas, Culto a Dionísio, Isis
revelada, etc. Todas essas irmandades tinham em comum uma gama de
regras de iniciação e vários graus de conhecimento.

Na Idade Média os grandes construtores de catedrais e castelos


sentiram a necessidade de proteger seus segredos de ofício. Criaram assim

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um intricado número de palavras e frases em código, sinais de
reconhecimento e apertos de mão secretos.

Através de um jogo de perguntas e respostas distinguiam


imediatamente um "irmão" de ofício de um impostor que estivesse tentando
descobrir seus segredos. Os primeiros maçons, denominados" pedreiros-
livres" começaram a se reunir em pequenas construções erguidas nos
parques de obra que logo passaram a ser chamadas "lojas". No século 17,
com o aumento de prestígio desses pedreiros, algumas lojas começaram a
aceitar não-pedreiros em sua "irmandade" mediante um pagamento maior
das "jóias", uma espécie de taxa de inscrição.

Naquela época a Maçonaria buscava atrair membros da alta sociedade,


principalmente do clero e da nobreza. Esses novos adeptos eram atraídos
pelos mistérios e a sabedoria oculta que supostamente os pedreiros-livres
guardavam. Convém lembrar que não estamos falando de simples pedreiros
rebocadores de muros e assentadores de piso, estamos tratando dos
construtores de catedrais, basílicas e castelos que até hoje deixam muito
arquiteto moderno roxo de inveja. A partir daí vários "feitos" começaram a
ser anexados ao currículo dos maçons. Uma verdadeira "vitamina" de cultos
e crenças começaram a ser incorporadas a tão promissora instituição em
uma tentativa de dar-lhe uma identidade, digamos mais reveladoras do que
uma "simples" reunião de pedreiros. Vinculações com os construtores do
templo de Salomão e das pirâmides do Egito buscavam dar um caráter
milenar a nova "seita". Além disso, os maçons começaram a professar uma
descendência templária.(Os cavaleiros templários eram uma instituição
bélica/religiosa, criada em 1118, para combater os mouros nas cruzadas.
Essa corporação durante os anos de Cruzadas tornou-se uma poderosa e rica
instituição apesar dos votos de pobreza, castidade e obediência de seus
membros. Foi destruída pelo Rei Felipe IV e o papa Clemente V sob a
acusação de sodomia, satanismo entre outras. Na verdade Felipe queria
abocanhar todas as propriedades dos templários).

Ainda hoje podemos notar na Maçonaria a forte influência dessa


tentativa de se autodenominar uma continuação dos templários. Várias lojas
recebem o nome de "Cavaleiros Templários" e alguns dos 33 graus da
maçonaria levam nomes bastante sugestivos como: Mestre em Israel,
Sublime cavaleiro eleito, Cavaleiro do oriente ou da espada, patriarca dos
cruzados ou Grão mestre da luz, Noaquita ou cavaleiro prussiano, etc..

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Em 1723 um ministro da Igreja escocesa, James Anderson, redigiu o
"Livro de Constituições" maçônico dando a maçonaria grande parte do
caráter que tem hoje.(Por isso as normas vigentes até hoje são chamadas de
Rito Escocês Antigo e Aceito)

No século 18 a maçonaria teve o seu grande apogeu abocanhando para


suas fileiras nomes de peso do iluminismo, das artes e das ciências. A
maçonaria se transformou em uma associação de livres-pensadores tendo
um grande papel na divulgação dos novos ideais de Igualdade, Fraternidade
e Liberdade. Às vésperas da revolução Francesa havia mais de 100 mil
maçons na França. Para a época era um contingente expressivo de
seguidores fieis de uma doutrina. Além do mais toda a "cúpula" que
desencadeou a Revolução e independência dos Estados Unidos da América
era maçom. Sabemos que nesse período os Maçons franceses e americanos
"trocaram figurinhas" e idéias desencadeando as duas mais importantes
revoluções do século, quem sabe, da história. Esses ideais "libertários" e
"igualitários" contaminaram também um certo príncipe regente aqui dos
trópicos. Dom Pedro I era maçom e foi "responsável" pela "independência"
do Brasil. Essas coincidências reforçam o caráter de "conspiradores"
atribuídos aos maçons, mas não podemos esquecer que foi o Iluminismo
reinante na época que "corrompeu" a maçonaria, não o contrário. Tanto é
verdade que após essa experiência a maçonaria não apresentou novamente
tamanha capacidade de "ditar" as regras do jogo. Da segunda metade do
século 19 até nossos dias a maçonaria vem se perdendo em vinculações
espúrias e místicas, que nada acrescentam a sua história. São fusões
rosacruzianas, cabalísticas entre outras.

A Maçonaria não interveio em nenhum acontecimento importante do


século 20, a não ser em papéis coadjuvantes. Ela nada teve a ver com a
revolução russa como supõem alguns alucinados historiadores. A única
relevância que a maçonaria teve neste século foi negativa. Ela foi
embrionária do fascismo em algumas lojas italianas. Membros "dignos" da
sociedade usaram o caráter secreto e fiel dos livres-pensadores para
divulgar seus sentimentos fascistas, do mesmo modo como iluministas o
fizeram séculos antes em prol da "fraternidade". Na década de sessenta a
Igreja absolveu a Maçonaria. A maçonaria hoje, apesar de toda espécie de
vinculação e lenda, nada mais é do que uma associação de homens-livres
que se reúnem regularmente para fins diversos. A Maçonaria é uma grande
associação, com uma grande bagagem histórica e com grande tradição
polêmica.

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Maçonaria e Política

A política continua sendo um assunto mal compreendido e até certo ponto controverso
na maçonaria. Ao se falar ‘em ou de política, muitos Ir∴ interpretam, automaticamente,
como política-partidária.

Ao analisarmos essa questão com mais profundidade e rigor, à luz da evolução e


desdobramentos do conceito de política na maçonaria universal, através da história,
descobrimos que há duas correntes claramente estabelecidas: a anglo-saxônica e a latina.

A anglo-saxônica a proíbe terminantemente desde a Constituição de Anderson (1.723):


“... e, sobretudo deve-se evitar discussões sobre religião, política e nacionalidade”, “...
nenhuma discórdia ou querela privada deverá transpor a porta da loja, menos ainda
querelas a respeito de religião ou nações, ou política do Estado...”

E o Ir∴ Anderson tinha motivos de sobra para assim pensar e assim agir. Na época
proliferavam pela Europa violências políticas (guerra dos 30 anos...), religiosas (dogmatismo
e sectarismo extremo entre anglicanos, católicos e protestantes) e reascendia um bárbaro
anti-semitismo...

Não obstante a firma convicção do Ir∴ Anderson, que afirmava e praticava o


neutralismo absoluto nesses assuntos (religião, política e nacionalidade), vários IIr∴,
inclusive diversos contemporâneos seus, não concordavam e não concordam com ele. Só
para lembrar: essas proibições não constam das Landmarks do Ir∴ Alberto G. Makey.

Já a maçonaria latina - regiões normalmente palcos de regimes coloniais, ditatoriais e


autoritários desde a época das primeiras colonizações na América do Sul -, só proíbe a
política partidária ou de facção. O Ir∴ Álvaro Palmeira (Grão-Mestre geral honorário e
grande instrutor do Rito Brasileiro), ao examinar esta questão do ponto de vista histórico,
ético e moral, chegou à conclusão que “há de se distinguir três faixas de ação política na
maçonaria”:

A primeira, de sustentação obrigatória para qualquer maçom: luta e trabalho contra o


“extremismo político e o absolutismo religioso; pela liberdade e igualdade dos cidadões
perante a lei; pela autodeterminação dos povos; pelo governo representativo, através de
eleições periódicas e justas; pelo império da lei que venha de encontro aos anseios do povo

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que a ele se destina; pela justiça social, diminuindo as distâncias no convívio humano; pelo
ensino oficial leigo; pela igualdade jurídica do homem e da mulher; pela igualdade de
oportunidades para todos cidadões; pela separação entre igreja e Estado; pelo livre
exercício do culto religioso; pela supremacia do casamento civil; pelos direitos de petição,
reunião e associação; pela inviolabilidade do domicílio; pela defesa dos acusados; pela
democratização do capital; pela obrigatoriedade do trabalho, considerando-o um dever
social; pela supressão da miséria, da fome e das guerras, pelo direito a prosperidade...”.

A segunda, permissiva a qualquer maçom: política em defesa dos interesses da


comunidade, tendo por base e parâmetro a primeira. Nesta faixa de ação, “para não
violarmos a consciência de nenhum Ir∴, devemos seguir a normas sugeridas pelo Ir∴
Tempsis: a) Toda doutrina deve ser exposta em sua loja, e, b) nenhuma doutrina pode ser
objeto de um voto ou qualquer medida que implique em uma adesão”.

A terceira, terminantemente proibida de exposição e debate em loja: política-partidária


ou facciosa. “O nome e a bandeira da instituição não pode ser conduzida à luta eleitoral e à
competição rasteira das urnas. Toda reunião maçônica, tendo por objetivo discussão
política-partidária ou de facção de qualquer espécie ou a luta de partidos políticos entre si,
deve ser sumariamente interditada”.

Normalmente os Grãos-Mestres Grandes Lojas, GOB e Orientes Independentes, em


separado (infelizmente), reúnem-se para debaterem assuntos maiores da Ordem. Em julho
de 1.997 os Grãos-Mestres das 27 Grandes Lojas Maçônicas do Brasil, reunidos na XXVI
Assembléia Geral Ordinária da CMSB, em Belo Horizonte - MG, aprovaram e subscreveram
‘Proclamação do Povo Brasileiro’ reafirmando a intenção “de não se vincular, de forma
alguma, a correntes político-partidárias”. Mas, indaga às autoridades constituídas “até que
ponto o povo brasileiro suportará e resistirá diante do desemprego, da miséria, da
corrupção, da impunidade, da malversação do dinheiro público e da desordem que geram a
insegurança e a desestabilização das instituições democráticas?”. Alerta-nos para o perigo
da quebra da legalidade se persistir os escândalos nos poderes constituídos, afirma que
“não há poder político que se mantenha quando a maioria do povo é infeliz”, e conclama do
povo brasileiro a votar com consciência e sabedoria...

Dizem que a maçonaria de hoje vive de glórias do passado, e até certo ponto esta
afirmação é correta. Durante várias décadas a maçonaria brasileira se preocupou mais com
cisões internas, omitindo-se das grandes questões que afligiram (em) nossa pátria, nosso
povo.

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Não obstante os altos corpos maçônicos já estarem se movimentando, trabalhando
até, pela defesa e aplicação dos nossos princípios de liberdade, igualdade, prosperidade e
outros, a grande maioria das lojas ainda permanece omissa nas questões político-
comunitária.

Nós, maçons, apóstolos do G∴A∴D∴U∴, soldados da “liberdade, igualdade e


fraternidade”, e obreiros de elevados princípios de ética, moral e razão, não
podemos nos acomodar ou nos acovardar e assistirmos na passividade a
continuidade de escândalos envolvendo altos membros dos poderes constituídos
(?!), de desmandos de políticos corruptos, ladrões e irresponsáveis. Desses
descalabros oficiais - que engendram benefícios para interesses de minorias - é que
nascem às “desconfianças nos homens públicos, na classe política e a descrença
nas instituições, tornando-se perigoso indicador da formação de uma opinião
pública em favor da quebra da legalidade”.

Como disse Bertold Brecht (1.898-1.956), “o pior analfabeto é o analfabeto político. Ele
não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos; não sabe que o custo de
vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependa
das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política; ele não sabe que de sua ignorância nasce à prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra,
o corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais”.

Respeitando-se integralmente as Landmarks e os 33 mandamentos da maçonaria e,


considerando as faixas de ação da política maçônica, concluímos que devemos nos
empenhar, como irmãos e instituição (lojas), em defesa dos interesses maiores da
comunidade. Isto significa fazermos política-comunitária: discutir e avaliar internamente os
problemas estruturais da sociedade em que vivemos, ajudar a encontrar soluções e
colaborar em suas implantações. E olha que neste Brasil afora muitas lojas vêm fazendo
exatamente isto, seja nas áreas educacional, de assistência social, de saúde pública, de
ecologia e tantas outras. E nestas ações sociais, nunca devemos esquecer de aplicar duas
importantes regras: 1ª - Jamais divulgar essas ações ao mundo profano, pois “o que a mão
direita der a esquerda não deve saber”; e, 2ª - sempre que possível, realizar ações
sanadoras e não paliativas, pois “o ensinar a pescar é muito mais duradouro do que
simplesmente dar o peixe”.

Não importa o tamanho do seu Município em que viva, ele é importante para você e,
tenha certeza, importante para o Brasil. Se cada Município encontrar soluções para parte de

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seus próprios problemas de forma criativa e participativa, certamente os habitantes deste
Município, o Estado e o Brasil ganharão com isto. Reflita sobre esta questão.

A moderna sociologia nos diz que num futuro próximo - e eu acredito que este futuro
já iniciou - as grandes decisões sobre nosso próprio destino (material) passarão,
necessariamente, pela 3ª via: as Ong’s. E gostem ou não nossos queridos IIr∴ mais
ortodoxos, a maçonaria é uma das maiores Ong’s do planeta. Portanto meus irmãos, mãos a
obra.

Bibliografia:

- Manual do Seminário de Mestres Maçons - 1.980/ARLS Amor e Caridade II - Ponta


Grosso/PR

- O Companheiro - Edições nº 8, 10 e 23 - ARLS Caridade Universal III - Araraquara/SP

- Proclamação ao Povo Brasileiro - CMSB - Boletim da GLMEMT, edição 09/97.

- A Constituição dos Franco-Maçons de 1.723 - Edição de 1.982.

O NÚMERO QUATRO
Assim como o número um, simbolizado pelo ponto, indica o espaço potencial sem dimensões, e o
número dois, determinando a linha, mostra a primeira dimensão, o número três, formando com o
triângulo a primeira figura plana, determina, junto com o plano, o espaço bidimensional.
Analogamente, o número quatro constitui com as três linhas e os três planos que se encontram
no vértice de um ângulo triedro, o espaço tridimensional de nossa experiência objetiva.
Assim, pois, enquanto os três primeiros números se referem mais especialmente aos Princípios
que governam o Universo e a Origem Primeira das coisas (Mundo Divino no qual existe em
principio e do qual procede e se desenvolve desde o interior ao exterior toda manifestação
objetiva) o número quatro nos introduz no reino da experiência sensível, determinando as três (ou
seis) dimensões do espaço.
Os primeiros quatro números determinam, alem disso, as quatro figuras fundamentais do
simbolismo hermético: o círculo, formado por todo ponto isolado convertido em centro de
atividade, manifestando-se desde de dentro para fora: a cruz formada por duas linhas (duas
manifestações duais ou bipolares da Unidade) que se conjugam ou secionam retamente; o
triângulo determinado por três pontos ou três linhas que produzem seus três ângulos ou
aspectos; o quadrado, que com quatro pontos e quatro linhas, determina e circunscreve
igualmente quatro ângulos. E a soma dos quatro forma o número dez, que não nos compete
examinar aqui.

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O NÚMERO SEIS
Com seu ponto central, emblema da consciência e da faculdade da intuição que nasce no centro da Inteligência, o
pentagrama mostra o passo do número cinco ao número seis, nascendo este número (como a sexta das cinco
primeiros da mesma maneira que a vida nasce e evolui (a semelhança da rosa disposta no meio da cruz) no reino
dos quatro elementos que concorrem a formar os corpos inorgânicos.
Com o número seis ingressamos, pois, no domínio da razão humana, ou seja da Inteligência que atua sobre a base
dos cinco sentidos e das cinco primeiras faculdades no uso de uma faculdade superior, ou seja da Inteligência que
atua sobre a base dos cinco sentidos e das cinco faculdades no uso de uma faculdade superior a mesma razão, e
que, a diferencia desta, se manifesta diretamente desde o íntimo de nossa própria consciência.

Como emblema da inteligência limitada do homem e de sua bipolaridade que a converte facilmente em escrava da
ilusão dos sentidos, o número cinco que a representa, mostra a queda do homem no poder de tal ilusão, aquela
queda que se acha simbolizada na lenda da serpente relatada no terceiro capítulo da Gêneses.

Em contraposição, o número seis representa sua regeneração ou redenção, com o nascimento nele, em
manifestação ativa, de um princípio superior a sua inteligência ordinária, sobre a qual não tem poder a ilusão ou
tentação dos sentidos, adquirindo, com o desenvolvimento da tal princípio, o discernimento entre o real e o ilusório,
que o conduz a progredir constantemente na senda da Verdade e da Virtude, libertando-se assim por completo do
erro e do vício, de toda escravidão exterior e do mal em todas suas formas.
Este número seis é a mesma letra G que se acha no Centro do Pentagrama. Também da forma exterior dos dois
signos o evidencia e não se pode dizer com segurança qual dos dois foi mais original e primitivo; só deve notar-se
que a cifra que nós usamos para o número seis num princípio significou (e todavia significa na Índia, de onde se
derivou) o número sete.
Podemos ver neste símbolo o arco evolutivo que une o ponto superior (imagem da Essência Divina) com o círculo de
sua própria manifestação para cima, estabelecendo-se numa disposição receptiva (representada pela linha horizontal
da letra G) para expressá-la ou refleti-la.
É igualmente digna de nota a semelhança que há entre a letra gama do alfabeto grego com a cifra 6 do árabe e com
a letra hebraica vo que também tem o valor numérico seis. Tal letra representa mui bem um esquadro no que se
unem uma perpendicular ao nível exatamente segundo o significado que tem estes no grau de Companheiro.

O NÚMERO SETE

O número sete é considerado desde a mais remota antiguidade um número sa-


grado, a partir das quatro fases da Lua, que duram sete dias cada. E o número do ciclo
completo, da abundância e da plenitude.
Ele agrega o simbolismo celeste do três e o significado simbólico terrestre do

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quatro com os seus quatro pontos cardeais.
O Sete corresponde aos sete dias da semana, aos sete planetas da antiguidade, às
sete esferas ou degraus celestes, às sete pétalas da rosa, às sete cabeças da naja de
Angkor, aos sete braços da árvore cósmica e dos sacrifícios no xamanismo etc.
Certos centenários são símbolos de outros centenários, assim a rosa de sete
pétalas, evoca os sete céus, as sete hierarquias angelicais, com as sete perfeições. O Sete
designa a totalidade das ordens planetárias e angélicas, a totalidade das ordens morais, a
totalidade das energias e principalmente na ordem espiritual.
Ele é para os egípcios o símbolo da vida eterna.
Filon observa que a soma dos sete primeiros números (1+2+3+4+5+6+7) resulta em
um total de 28 representando um ciclo completo e uma renovação positiva.
O budismo conhece sete céus diferentes.
Os chineses relacionavam as sete estrelas da Ursa Maior às sete aberturas do
corpo humano: ouvidos, nariz, boca, pênis e ânus, e às sete aberturas do coração humano.
Para os babilônios, havia também os “Sete Males” e um grupo de sete demônios
que aparecem, quase sempre, juntos.
Na Grécia, o sete, consagrado a ApoIo, entre outros, como as Sete ( ou três)
Hespérides, as Sete Portas de Tebas, os Sete Filhos de Hélio, os Sete Sábios e outros
tantos.
As famosas Sete maravilhas do mundo: Os Jardins Suspensos da Babilônia, as
Pirâmides do Egito, O Colosso de Rodes, O Farol de Alexandria, O Túmulo de Mausolo,
(daí o termo Mausoléu), Templo de Ártemis e a Estátua de Zeus.
Na Bíblia, encontra-se o Sete várias vezes, tanto na acepção positiva, como
negativa, contudo, sempre como uma expressão de totalidade, as sete igrejas, os sete
selos, os sete céus, os sete anos que Salomão dispendeu para construir o templo etc. mas
também as sete cabeças da Besta do Apocalipse, as sete taças da ira divina,etc.
entretanto, no Apocalipse, o Mal aparece simbolicamente com a metade de sete, três e
meio.
O Setenário resume a totalidade da moral, em suas três virtudes teologais, fé,
esperança e caridade e as quatro virtudes cardeais: prudência, temperança, justiça e força,
existindo autores que nomeiam outras virtudes.
As sete cores do Arco Íris, e as sete notas da escala musical, revela o setenário
como um regulador de vibrações, desde as muitas tradições primitivas, até a essência da
matéria.
Atribui-se a Hipócrates, esta sentença: “O Número Sete, por suas virtudes intrín-
secas, se encontra em todas as coisas, ele dispensa caminho ou movimento, ele possui as
influências celestes”.
No Islã o número sete um número faustoso, luxuoso, simbolizando a perfeição, sete
céus, sete terras, sete mares, sete divisões do inferno, sete portas. Os sete versos da

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Fatiha (sura ou surata de abertura do Corão) como as sete letras do alfabeto árabe, que
são como dizem os franceses: “tombées sur la table”as sete palavras que compõe a
profissão de fé muçulmana. la Shaháda, etc.
No lslâmismo, atribui-se ao cubo, uma relação do senário com o setenário, pois se
diz que: são sete lados: os seis lados e a sua totalidade que corresponde ao sábado.
Nas Sociedades Secretas Chinesas, há um candelabro de sete braços, como o que
há entre os Hebreus.
Certos textos muçulmanos, reportam-se a sete sentidos esotéricos do Corão, que
muitos dizem Alcorão, AI = O, daí nasce a confusão entre Alcorão e O Corão, estes sete
sentidos são os sete centros sutis do homem.Verifica-se uma estreita relação entre esses
centros e os chacras da Yoga sendo seis chacras mais o Sahasrâra-chacra ou chacra
coronal, localizado acima da cabeça.
Segundo Abü Ya’qûb, as formas espirituais são manifestadas pelas sete letras
supremas, que são as sete inteligências, os sete querubins.
As sete cores da Escada de Buda, os sete metais das escadas dos mistérios de
Mitra, os sete degraus da escada do Kadosch na Maçonaria Escocesa, representam o
número de estados espirituais que permitem a passagem da terra ao céu.
Entre os tibetanos, o estado intermediário após a morte é de 49 dias, (7 x 7)
No Japão é crença que a o espírito do morto demora 49 dias sobre o teto ou telhado
de sua antiga moradia, vemos ai uma semelhança de significações entre tibetanos e
japoneses.
O peregrino muçulmano que visita Meca dá sete voltas em torno da Kaaha e deve
percorrer sete vezes também, a distância entre os montes Cafâ e Mamnia. Os
companheiros da caverna, Ashab al-Kahf( Corão 17) são sete os que dormitavam, sendo
que os encantamentos são compostos com os seus nomes, aos quais foi imposta uma
pena de ficarem presos guardados por um cão durante 300 anos.
As sete portas do Paraíso, se abrem à mãe de sete filhos.
No Irã, no momento do pano, em mesa atoalhada, com uma luz iluminando, serve-se
sete tipos de frutos e sete espécies de grãos aromáticos. Ao rebento, é dado o nome,
geralmente sete dias após o seu nascimento.
Às vezes, na véspera do seu casamento, a noiva se banha em um rio ou riacho, e
por sete vezes, derrama sobre si um punhado de grãos aromáticos, que são considerados
como símbolo mágico da fecundidade.
No Marrocos, as mulheres estéreis, enrolam sua cintura por sete vezes ao tronco de
uma certa árvore, depois amarram uma das sete voltas na árvore, a fim de expulsar a sua
esterilidade.
Na Síria, uma moça sem pretendente, exorciza as más influências em arranjar um
marido, banhando-se no mar e deixando que sete ondas lhe cubram a cabeça.
Ao menino que completa sete anos, se dá uma espada, a fim de que ele seja um

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corajoso.
Os exemplos são inumeráveis, o sete é número que excita a magia, geralmente
benéfico às vezes maléfico, um ditado declara: “O Sete é difícil”.
Os místicos muçulmanos declaram que o Corão possui sete sentidos, e na fisiologia
mística se caracteriza em especial no sufismo iraniano, se funda no setenário, a atribuam
os sete dias da semana aos seguintes profetas: Órgão ou elemento sutil – Adão; à alma
representada por Noé; o coração que tem Abraão como seu titular; o elemento sutil, em
sua fase final, o secreto, Moisés é o seu titular, o Espírito , David é o seu representante,
Jesus e Maomé o seu titular.

Todas as civilizações dedicam ao número sete, um respeito muito grande e


encontramos nas Índias, entre os Mayas, e na África se diz “O Sete é a expressão da
Palavra Perfeita, porque está a par da Unidade Original.’.
Os símbolos de qualquer estado de consciência enumera os sete estados da
matéria, os sete graus da consciência e as sete etapas da evolução:

1º- Consciência do corpo físico: desejo de satisfazer as vontades elementares e


brutais.
2º- Consciência da emoção : os impulsos se misturam em sentimentos e
imaginações.
3º- Consciência de Inteligência: o sujeito classifica, ordena e racionaliza.
40- Consciência da Intuição as relações com o inconsciente se manifestam
50- Consciência da Espiritualidade : destaca-se da vida material.
60- Consciência da Vontade : passagem do querer ao fazer.
70- Consciência da Vida: dirige toda a atividade à vida eterna e à saúde.

Segundo os teósofos as etapas da consciência correspondem a sete estados de


evolução planetária: Saturno, Sol, Lua, Terra Júpiter, Vênus, e Vulcano. É preciso
interpretar esses nomes de planetas não como corpos astronômicos, propriamente ditos,
mas como representações de índices vibratórios, como dimensões especificas no seio do
Cosmos.

O filósofo e alquimista japonês George Oshawa, admitia sete etapas de julgamento,


que se aplicavam a todos os domínios da vida.

Na Cabala, o sétimo shefiro é Netzach, a Vitória, ligada, a Natureza e ao Amor: ela


simboliza, o triunfo do iniciado, ao fim de sua busca.

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A criação se perpetua e se expressa nas sete direções do espaço
(alto, baixo, esquerda, direita, adiante, atrás, e em direção centro).
Tudo isto, segundo um ritmo, no tempo, á imagem do setenário original.
Há uma relação pitagórica entre os números 3, 4, 5, e 7 e a projeção ortogonal de
uma pirâmide sobre dois planos.

3 4 5 7

Consta que é impossível construir um polígono regular de sete lados, onde se inscreve
uma estrela de sete braços, com a régua e o compasso. Contudo é possível fazer uma construção
aproximada.

NUMEROLOGIA

Numerologia é a ciência dos números. 123


Números são as expressões que determinam as quantidades.
Quantidades são os indicadores de valores.
Valores são as parcelas que formam um total.
Totais são os resultados que geram o poder.
Poder é a Soberania sobre os demais.
357
468
Os números estão presente na maior parte das atividades e das preocupações da nossa vida cotidiana.
Quando dizemos Ilustríssimo, estamos quantificando Ilustre, quando escrevemos Excelentíssimo estamos exaltando a

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Excelência, do mesmo modo quando pronunciamos Respeitabilíssimo estamos multiplicando a respeitabilidade.
Nessas interações, nada mais estamos fazendo que aplicar os números em nossas expressões verbais.
No entanto, na totalidade das vezes jamais desconfiamos que estamos lidando com os números.
Imaginamos que estamos trabalhando somente com letras e palavras sem nos apercebermos que os números estão
“ocultos” em nossas expressões.
O número seguido de uma unidade de valor monetário tem um verdadeiro poder, valor quase mágico atribuído a
quantidade.
A Economia e a sua seguidora a Política, assim como a maior parte das atividades humanas, são totalmente dependentes
dos números.
Nas estatísticas e nas medidas, somente se leva em conta o que é tangível, palpável ou aparente; e tudo o que escapa do
mundo da matemática não é considerado, como deveria se-lo.
Depois de Einstein, todo mundo sabe que matéria é energia.
A energia é movimento e as formas que ela assume estão sujeitas a múltiplas mutações.
Mas certamente existem leis, representadas por números, equações e fórmulas sobre as quais repousa o equilíbrio do
Universo em movimento.
Os resultados obtidos através de testes, investigação ou sindicância dependem tanto do grau de motivação da pessoa
testada, quanto da atitude do observador, investigador ou sindicante.
A Ciência dos Números é, de fato, o arcabouço, a ossatura da “gnose” (do grego=conhecimento) expressa pelos Vedas,
pelos textos orientais, pelas tradições célticas, caldéias, egípcias, hebráica, (Cabala, Sepher, Yetsirah, etc.) pelos mistérios de
iniciação dos santuários mediterrâneos (nos quais foram iniciados Pitágoras, Platão e tantos outros) e também pelos herméticos,
cabalistas, alquimistas e teólogos da Idade Média, pelos árabes (da tradição de Alexandria) e até pelas escolas de ocultismo dos
séculos XIX e XX.
A maior parte das Tradições Pitagóricas e da Cabala são as duas grandes fontes essenciais da doutrina dos números.
Um dos mais notáveis de todos os números é o que representa a razão do diâmetro da circunferência de um círculo, este
número é designado pelo familiar (Pi), nunca pode ser exatamenmte expresso, por mais longe que o número vá.
Tem sido estendido numa linha de mais de 700 dígitos e pode ser continuado indefinidamente, sem jamais alcançar o fim
da fileira de algarismos.
Por simples curiosidade escrevemos os primeiros poucos algarismos desse número irracional:
3.1415926535897932384626433832795.............................
Outra engenhosa amostra de algarismos:
12345678 X 9 + 9 = 111111111
1234567 X 9 + 9 = 11111111
123456 X 9 + 9 = 1111111
12345 X 9 + 9 = 111111
1234 X 9 + 9 = 11111
123 X 9 + 9 = 1111
12 X 9 + 9 = 111
1 X 9 + 9 = 11
E assim vão sendo as inúmeras formas em que os números se manifestam em nossas vidas.

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OS NÚMEROS
"Deus ou a natureza age pela Geometria, o Ser se manifesta pelo número e a Glória do
Universo reside em suas dez emanações, as quais tudo retorna e que os Cabalistas
denominam Sephiroth". Os mistérios dos Números e suas combinações, que são as dos
Princípios imutáveis do Macrocosmo e do Microcosmo, foram em todos os tempos, desde
a origem, aplicados pelos gênios da humanidade às coisas sagradas, à religião, à Fé, pois
são a expressão da Idéia Eterna, Mãe da Ciência, da Filosofia e da Arte que revelam o
sentido interior da Natureza e da Vida. Não há verdade, beleza ou harmonia fora dos
números, que são fatores de equilíbrio, ritmo, justiça, inteligência e sabedoria."

O Doutor Gérard Encause, conhecido por Papus, desempenhava no ocultismo, o papel de:
apóstolo, de eminente disseminador, de escritor claro e fluente, acessível às massas, tal
como se verifica em suas obras mais célebres: Tratado Metódico de Ciência Oculta,
Tratado Elementar de Ciência Oculta, A Magia e a Hipnose, graças às quais milhares de
pessoas conheceram os princípios, textos e leis gerais do hermetismo até então
mergulhado na sombra de alguns cenáculos. Além disso, ninguém conhecia melhor que
Papus as diversas escolas que disputavam o favor dos discípulos do Invisível, os ângulos
secretos, os meandros, os bastidores desse estranho mundo, as histórias e
acontecimentos a ele ligado.

Assim, explicava que:

O UM é o Ser emitido de si mesmo, Deus em sua Unidade fundamental, a Vontade


constitutiva da Natureza "naturante".

O DOIS é o reflexo de Deus, Ísis, a Natureza a Filha e a Mãe, a ciência que nasce da
Vontade. O amor é a manifestação do número binário anunciado pela Unidade que se
duplica e em seguida se transforma no ternário.

O TRÊS é a força que anima o universo, a fecundidade da Natureza, o Mundo e a Ação.

O QUATRO é a pedra cúbica, o Poder de realização de que dispõe a alma do Universo.

O CINCO é a Inteligência, a autoridade da lei cósmica, fonte da Vida universal, a razão de


ser das coisas, a Inspiração.

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O SEIS é a beleza, o Amor, a Atração universal que visa ao equilíbrio e se traduz pelo
antagonismo das forças, da Vontade e da inteligência, da escolha de motivos e da
necessidade determinante.

O SETE é a realização superior da Vontade universal que domina, pelo Espírito, a


Natureza; é o Astral luminoso que triunfa sobre as trevas da inconsciência original.

O OITO é a justiça, o equilíbrio da existência ainda elementar.

O NOVE é a concentração da Vontade universal no amor humano, a prudência e a força


conservadora natural concedida pela energia astral.

O DEZ é a Necessidade com seu Karma (carma), a roda da Fortuna, o poder mágico dos
retornos, térmicos e começos perpétuos; é a Força em seu poder de manifestação, plena
de todas as possibilidades. Todos os números superiores aos dez primeiros simplesmente
reproduzem o denário e a ele reconduzem.

O ONZE é a Força, a coragem que dá a estabilidade moral que impropriamente chamamos


de liberdade.

O DOZE é a Força equilibrante do ensinamento pelo exemplo pessoal, a dor, o sacrifício. O


mundo inteiro sofre.

O TREZE é a Morte, o Princípio transformador universal, a Força plástica.

O QUARTOZE é a Involução, a Vida individual e corporal, a iniciativa, a encarnação


incessante de Deus.

O QUINZE é a Fatalidade que resulta da evolução, o Dragão do Umbral, o Destino revelado


pelo ocultismo e as ciências mágicas, destino cujo sentido é vedado aos ignorantes, que o
denominam acaso.

O DEZESSEIS é a fraqueza, o pecado, a Queda, as mudanças nas coisas, o desenrolar dos


fatos, as catástrofes e ruínas, os males da Vida que produz e destrói sem descanso.

O DEZESSETE é a Esperança, a imortalidade da Força, da Vontade que remonta ao seu


ponto de partida, enriquecida pelas aquisições da experiência, aclarada pelas luzes do
conhecimento.

O DEZOITO é a Matéria, o Tohu- Bohu, o mundo visível com suas paixões e seu egoísmo,
constituído pelos Elementos. São os Abismos do Infinito que procuram preencher o
Cosmos.

O DEZENOVE é o reino mineral.

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O VINTE é o reino vegetal.

O VINTE E UM é o reino animal.

O VINTE E DOIS é o mundo em seu absoluto, a Síntese Universal, representada pela


Grande Obra. É o triunfo do Adepto que alcança a reintegração final na Unidade onde o
Todo é tudo, e onde o Todo é Harmonia.

Esses arcanos expressam a fecundidade da Vida universal, produzida eternamente pela


Unidade que se divide ao infinito e doa sua própria substância ao Mundo, sem com isso
sofrer a menor diminuição, pois o Macrocosmo está contido integralmente no Microcosmo,
o Macroprosopo é igual ao Microprosopo e Deus, o Ser que está em tudo o mais,
permanece distinto de qualquer outra coisa, pois ELE É AQUELE QUE É .

"Toda força, toda energia, todo pensamento, encontra sua razão de ser no Número e seria
impossível expor essa Matemática, Geometria e Álgebra da substância em umas poucas
frases..."

Bibliografia: Ir.’. Augusto de Lima Barros

Em 1356, nasceu a Maçonaria Documentada, registrada. É a


Maçonaria palpável, comprovada. Todavia, a separação
(nominal) dos Graus, só aconteceu 4 séculos depois. Até os
anos de 1670, não existe um único documento registrado, que
cite o Grau de Companheiro.
Ele existia antes dessa data, mas estava incorporado ao
Grau de Aprendiz. Somente após essa data, com o Ingresso de
muitos Maçons Aceitos, que desconheciam por completo a
Arte de Construir, é que foi formando uma pequena Elite de
homens com certo Grau de Cultura, que começou a exigir um
tratamento especial, devido às suas origens e já, quase no
final desse século, começaram a se reunir em Tavernas e não
mais, nos varandões, ao lado das Grandes Construções.
Durante esse longo período de quase 400 anos, predominou
soberanamente, o Grau de Aprendiz. Todos os antigos

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Catecismos, especialmente os mais confiáveis os Manuscritos da Casa de
Edimburgo, de 1696, só mencionaram Aprendiz e Companheiro, trabalhando
juntos.
Um grupo de Maçons Especulativos, ou Aceitos, que se reuniam em Quatro
Tavernas a do Ganso e da Grelha, a da Coroa e a da Macieira (de Londres), a do
Copazio e dos Bagos de Uva, (de Westminster), cansados de não ter nada o que
fazer, incentivados pelos “Aceitos” IIr.’. Antony Sayer, George Payne, Theophilo
Désaguliers, James Anderson e outros, resolveram fundar uma Entidade que
congregasse os Membros dessas Quatro Lojas, que levavam os nomes das
Tavernas onde se reuniam. Em 1716, numa Reunião conjunta na Taverna da
“Macieira”, decidiram pela fundação da Entidade que iria se chamar: Grande Loja
de Londres. Depois de muitas Reuniões preparatórias, a 24 de junho de 1717,
deram-se por fundada a Entidade, sendo eleito para dirigi-la, o Ir.’ . Anthony Sayer.
O lr.’. Anthony Sayer, nasceu em 1672 e faleceu pobre, precisando da ajuda de
seus Irmãos, em 1742. Esse primeiro Grão-Mestre não foi grande coisa. Ele só
organizou duas Reuniões de sua Grande Loja, a de 24 de junho de 1717, para sua
posse e a de 24 de junho de 1718, para empossar seu sucessor, o Ir.’. George
Payne. Muito pouco ou quase nada foi feito em caráter de organização. Foi um ano
inóquo, acéfalo, sem comando, em matéria de Maçonaria. Em 24 de junho de 1718,
assume o novo Grão-Mestre, o Ir.’. George Payne. Ir.’. Payne no seu primeiro ano de
Mandato, também quase nada fez, a não ser editar Normas de Conduta para os
Maçons Jurisdicionados, expressas em “sete regras”. Organizou, também, um
arrazoado, um punhado de material, baseado em antigas Lendas e nas Old Charges,
passando para o lr.’. James Aderson, para que o mesmo compilasse mais alguns
dados e transformasse tudo isso numa Constituição. Em 24 de junho de 1719,
assumia o Grão Mestrado, o Ir.’. Theophilo Désaguliers. O Ir.’. Désaguliers, nasceu
em 1683 e morreu em 1744. Comandando o Primeiro Malhete de 1719 a 1720, tentou
dar uma boa estrutura à Sociedade que ajudara fundar. Todavia, seu período
terminou e, para sucedê-lo, foi eleito novamente, o lr.’. George Payne, que tomou
posse, pela segunda vez, no dia 24 de junho de 1720. Tanto o Ir.’. Payne, como os
Ilr.’. Dayer e Désaguliers, só conseguiram de 1717 a 1721 trazer mais uma Loja
para a Obediência. O que fizeram foi fundar novas Lojas compostas unicamente de
Maçons Aceitos,
O progresso das Quatro Lojas foi muito grande dentro do campo dos “Aceitos”.
Em 1721, a Loja do “Ganso e da Orelha” chegou a possuir mais de 150 Irmãos em
seu Quadro. Isso começou a acarretar-lhe grandes problemas para alojamento. A
Taverna do “Ganso e da Orelha”, não era tão grande, assim como as outras três,
mais antigas. Surgiu daí a necessidade de se arranjar um lugar próprio, (próprio e
não apropriado) para a realização de suas reuniões. Já no dia 24 de junho de 1721,

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o primeiro nobre Inglês, assume o primeiro como Grão-Mestre, é o Irmão John
Montague, o 2° Duque de Montague. Dai por diante, sempre houve um nobre no
cargo de Grão-Mestre da Grande Loja. Em 1723,a Constituição ficou pronta, foi
vetada e aprovada com o título de Livro das Constituições, do Ir.’. Anderson.
Em 11 de maio de 1725, os três primeiros Maçons são exaltados a Mestre: IIr.’.
Charles Coton e Papillon Bull. De 1670 até 1725, só existiram Dois Graus, O Sistema
de Dois Graus ainda perdurou até 1813 com a União, mas já havia muitas Lojas
trabalhando no sistema de Três Graus.
Nascido entre 1670 e 1680, o Sistema de Dois Graus teve uma Evolução muito
lenta, somente com o Ingresso dos Maçou “Aceitos”, na Ordem, é que começou a
ter uma estrutura diferente.
De início é bom esclarecer que a Palavra Inglesa FeIIow Craft significava
Companheiro do Grémio, ou de Grémio, e não, um Grau. Era apenas um tratamento
dado aos Membros da Sociedade, como hoje é dado aos Membros do Rotary
Internacional - Companheiro de Rotary.
A exemplo da Palavra Mestre (Masters) que não significava Grau, mas sim, um
Cargo (o Presidente da Sociedade), o termo Companheiro, também não significava
Grau, e sim, um tratamento especial válido para todos os componentes da
Associação. Como os Comunistas usam o termo Camarada para seus filiados,
desde o recém-ingressado até os membros dos mais altos escalões, assim, os
membros das Associações de Pedreiros eram chamados de Companheiro, desde o
Aprendiz até o Mestre da Loja.
Isso esclarecido, vamos nos aprofundar ainda mais nessa questão. Até 1670, em
muitas partes das Ilhas Britânicas, as Lojas dividiam seus Membros em duas
categorias: os Juniors e os Seniors. Os Juniors (novos, recém-ingressados),
ocupavam o Norte da Sala; os Seniors (velhos, antigos), ocupavam o lado Sul do
recinto. Cada lado do recinto tinha um auxiliar do Mestre da Loja, que tinha seu
Pedestal no lado Oriental do Recinto. O auxiliar que cuidava dos juniors, era
chamado Junior Warden, e tinha seu lugar, no Ocidente, na frente da Coluna “J”,
desenhada no Painel, localizada no Sul, que cuidava dos Seniors, era chamada
Senior Warden e tinha seu lugar à frente da Coluna “B”, no Ocidente, em Simetria
com o Junior Warden (2° Vigilante); ocupam lugares diferentes, mesmo nas Lojas
de Londres, onde se adota o Rito de Emulação (de York, para nós).
Com a criação do Grau de Companheiro entre 1670 e 1680, pelos maçons aceitos,
até então, houve por bem adotar uma Palavra de Passe, própria, que fosse
desconhecida dos Aprendizes. Até esse período da História da Maçonaria, a palavra
Tubalcain era uma Palavra válida para os dois graus – Aprendiz e Companheiro –
tudo era comum entre eles. Outra palavra de passe de companheiro foi adotada
pelos maçons aceitos, que foi Shibolet, essa palavra que tem sua história dentro

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do Velho Testamento, passou a ter também, grande significado dentro da
Maçonaria, assim começou e surgiu o Grau de Companheiro Maçom.

Companheiro Maçom

Segundo o ritual do segundo grau, Companheiro Maçom “é o obreiro


reconhecidamente apto para exercer sua arte e consciente de sua energia de
trabalho, cujo dever é realizar praticamente o plano teórico idealizado pelos
Mestres”.
A palavra Companheiro deriva do latim “cum panis”, que quer dizer “participar
do mesmo pão”. E por isso que após adquirir consciência de si mesmo, o
Companheiro pode pronunciar-se com segurança sobre o grau que possui.
Nas oficinas de artesãos da Idade Média, o trabalho dos companheiros era
distribuído da seguinte forma:

- Mestre da profissão: dono da oficina (um companheiro mais experimentado).

- Companheiros ou jornaleiros: operários propriamente ditos.

- Aprendizes: verdadeiros escravos.

O tratamento que os primitivos irmãos dedicavam uns aos outros era de


companheiro (companheiro Manoel, companheiro Gerson, etc), sem que esse termo
representasse nenhum grau dentro da Entidade a não ser um tratamento cordial,
corriqueiro.
Antes de 1670, nenhum documento cita o grau de companheiro. Como a Maçonaria

provavelmente surgiu entre 1200 e 1350, foram mais ou menos 400 anos de império do

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grau de aprendiz. A partir de 1600, com a entrada dos Aceitos na Ordem, formou-se um

grupo mais diferenciado em relação aos operativos que eram simplórios. Esse grupo

cresceu muito e abafou o primeiro, trazendo a necessidade de criação de um novo grau.

Até 1670, as lojas britânicas dividiam seus membros em duas categorias: os Juniors

(recém-chegados), que ocupavam o norte da sala e os Seniors (velhos, antigos), que

ocupavam o lado sul do recinto. Alguns outros documentos citam o grau da cozinha e o

grau da sala. É interessante lembrar que nessa época não havia templos e as reuniões

eram feitas nas tavernas de então, verdadeiros pontos de encontro da intelectualidade.

A palavra de passe comum para os Seniors e Juniors era única. Com a


consolidação do novo grau, houve necessidade de se criar uma palavra própria que
fosse conhecida dos aprendizes. A palavra foi extraída da passagem bíblica que
trata da guerra dos Efrainitas.
Assim como a palavra mangueira pode significar uma árvore frutífera e, em
outra circunstância, uma borracha para regar plantas, a nova palavra
de passe tem duplo significado:

1. Espiga de trigo, que sempre simbolizou abundância, fartura;

2. Curso d’água

Se os irmãos prestarem atenção no painel alegórico do grau de companheiro,


verão essas duas significações ali expressas, e sendo observadas por uma figura
humana.

Fonte de Pesquisa:
REI SALOMÃO-ARTIGOS MAÇÔNICOS
Ir.’. Jellis Fernando de Carvalho

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O CORAÇÃO ARRANCADO

Antes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere "que lhe arranque o coração, destroçando-o
e jogando-o aos abutres". Que representa este coração arrancado e qual é o significado simbólico dos
abutres?
Esta penalidade alegórica, a que o Companheiro se condena no caso de infidelidade as obrigações que
acaba de contrair (ou seja, dos deveres implícitos em sua nova qualidade, aos que acaba de
reconhecer) tem um notável parecer com o mítico castigo de Prometeu quem, depois de haver
formado os primeiros homens, mesclando a terra com a água (a semelhança do Eloin hebraico), sobe
ao Céu com a ajuda de Minerva (a Sabedoria ou Princípio da Inteligência) para roubar ali, o Fogo
Sagrado, a Chispa Divina que devia animá-los, e a quem por tal atrevimento, condena Júpiter, o Deus
Pai da Criação, a ser atado nas montanhas do Cáucaso, de onde um abutre tinha que devorar-lhe
constantemente as entranhas. Vulcano (o forjador dos metais nas entranhas da terra) se acha
encarregado da execução da sentença; enquanto Hércules (a Força Heróica que triunfa de todos os
obstáculos) se converte depois em seu libertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo
que atormentava seu coração, condenado-lhe a um estado de impotência (as cadeias que o atam).
É evidente que deve existir uma analogia entre a pena simbólica do Companheiro e este relato
mitológico.
O coração é, pois, o símbolo da Vida que anima ao organismo (formado de pó e de água, que dizer,
produto da evolução natural dos elementos, desde baixo até em cima, desde o mais denso ao mais
sutil) assim como do Centro Interior do homem; de seu ser, se sua consciência, de seu eu. Aqui se
manifesta a Chispa Divina, o fogo sagrado que Prometeu, evidentemente símbolo do impulso
evolutivo, arrebata em sua ascensão ao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior
que constitui o Mundo Divino, com a ajuda do Princípio Inteligente que é a Mente Universal, emanada
diretamente de Júpiter.
Enquanto o castigo não pode ser senão conseqüência da prostituição das mais elevada conquista do
mesmo Impulso Evolutivo, o que produziu o homem e cuja natureza o diferencia dos demais seres da
natureza fazendo que preponderem nele seus ideais (a Chispa Divina) sobre suas paixões, desejos e
tendências materiais (a água e a terra) que constituem seu ser inferior.
Júpiter não representa neste caso nenhum príncipio de despótica vingança, senão unicamente a Lei
Impessoal, segundo a qual cada indivíduo se decreta seu próprio castigo, pela inobservância da
mesma. E Vulcano, o executor material do castigo, representa aqueles metais ou qualidades ordinárias
do homem, que o escravizam ou atam ao Cáucaso da matéria, até que não se amalgamam no
mercúrio filosófico da iniciação.

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O abutre é o símbolo do remorso interior e do anseio que se ainda no coração do homem, com a
consciência de sua escravidão e o desejo de sua liberação, que se realiza pelos esforços do Iniciado,
personificado por Hércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divina origem
acode a libertar ao homem inferior, que é ele mesmo, da escravidão da matéria, destruindo a ilusão
devoradora da Vida de seu coração.
O Companheiro, fiel a seu Ideal, deve, pois, cuidar de não prostituir sua vida entregando-se às
paixões, fazendo-a pasto ou alimento de seus desejos ou instintos inferiores, a escravidão do que e o
remorso consecutivo seriam seu próprio castigo. Isto é o que significa o juramento.

BIBLIOGRAFIA:
-Dicionário de Maçonaria – Figueiredo
-Fundamentos da Maçonaria – J. Pinto
-Caderno de Estutos de Companheiro – Ed. Trolha
-REI SALOMÃO-Artigos Maçônicos – Ir.’. Jellis Fernando de Carvalho

O DELTA LUMINOSO
DESCRIÇÕES E SIGILOS MAÇÔNICOS

No Oriente de nossas lojas, entre os símbolos do Sol e da Lua, no meridiano e por


cima do trono do Venerável, brilha o Delta Luminoso com o Olho Divino no centro, olho que
nunca dorme, sempre vigilante, que tudo vê e portanto tudo conhece. Ë O símbolo do
Poder Supremo e do Primeiro Principio, a Onisciência, que é a suprema realidade, o
Delta Luminoso tudo vê, é o saber de Deus.

E o Sol e a Lua são as luminárias que derramam sua


luzes sobre a Terra.
Desenhado graficamente, o Delta Luminoso é um triângulo eqüilátero, a figura mais
perfeita formada por linhas retas, representa então, a Perfeição, a Harmonia e a Sabedoria,
o triângulo representa um ser abstrato, aquilo que existe necessariamente e não pode
deixar de existir. Em geometria, uma linha não pode representar um corpo; duas linhas
também não constituem uma figura perfeita, mas três linhas formam pela primeira vez uma
figura regularmente perfeita, razão pela qual foi adotada pelos povos mais antigos para
representar o Eterno, o infinitamente Perfeito o Primeiro Ser, a Primeira Perfeição.
Logicamente existem muitas figuras perfeitas e logo depois de três linhas podemos ter o
quadrado perfeito, com seus quatro lados iguais e quatro ângulos de noventa graus, mas
esta já seria a segunda perfeição.

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Nas lojas, os lugares dos principais oficiais tem forma triangular; as três Luzes têm
a mesma configuração. O triângulo eqüilátero é uma das formas mais constantes do
simbolismo maçônico. Os cristãos modernos empregam essa mesma figura para
representar a Trindade.

Os seus lados constituem um ternário, que desde a mais remota antigüidade tem
caráter sagrado. O ternário, dos estudos dos números, tem por emblema essencial o Delta
Luminoso.

No centro do Delta Luminoso, está o olho da inteligência ou do principio consciente.


É o emblema da clarividência mais elevada, cuja visão o Mestre sempre possuía.

Na Índia chama-se o Olho de Shiva. Os egípcios representavam Osíris com o


símbolo de um olho aberto e desenhavam esse hieróglifo em todos os seus Templos.
Entre os hebreus é encontrado repetidamente; o Salmo 36.15 diz “Os olhos do Senhor
repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor”, e em
Provérbio 15.3 “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os
bons”. O Olho governa o Sol e a Lua, os cometas e as estrelas, e igualmente o coração do
homem. O homem nunca poderia evadir-se desse vigilante, seja qual for o lugar em que se
encontre sobre a Terra, assim como nunca poderá estar fora da visão e da divindade de
Seu sistemas de leis.

Os lados dos triângulos do Delta Luminoso significam, na religião Trimourti da Índia,


Criação ( Brahma), Conservação (Vischnou) e Destruição ( Shiva ); na religião cristã , Pai,
Filho e Espírito Santo; o Delta Luminoso evoca a idéia da Divina Trindade. Tem o
significado dos três reinos da natureza, Passado, Presente e Futuro. Tem também o
significado de Amor, Beleza e Justiça. Lembra sempre os aspectos da perfeição.

O Delta Luminoso, com o seu triângulo e o Olho que tudo vê, formam um só
símbolo, imutável, isto é, é o mesmo símbolo de séculos atrás. Os cristãos modernos
empregam essa mesma figura para representar a Trindade. Os maçons Operativos
adotaram o Triângulo como símbolo da Santa Trindade, e esta compreensão permaneceu
entre os Maçons especulativos.

O Delta Luminoso quando rodeado por raios que emanam de um sol como que
colocado em seu centro, raios esses que envolvem o Delta Luminoso, temos a figura que
representa a Luz Divina.

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A Ciência atual, a Física Moderna trata a matéria como feixes de luz, isto é, de fótons
ou partículas luminosas o que dá razão aos Livros Sagrados de muitos povos, em especial a
Bíblia que em Gênesis afirma ter Deus criado a Luz no primeiro dia e o Sol no quatro dia. O
Delta Luminoso representa a Verdadeira Luz.

Bibliografia
• Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria, de Nicola Aslam.
• Tempo Maçônico e seu Simbolismo, de Boanerges Barbosa Castro.
• Casos da Maçonaria, Pedro Henrique Lopes Casais.

Delta Luminoso
e o seu
Simbolismo

No Oriente de nossas lojas, entre os símbolos do Sol e da Lua, no meridiano e por cima

do trono do Venerável, brilha o Delta Luminoso com o Olho Divino no centro, olho que

nunca dorme, sempre vigilante, que tudo vê e, portanto tudo conhece.

É o símbolo do Poder Supremo e do Primeiro Princípio, a Onisciência, que é a suprema realidade; o Deita
Luminoso tudo vê, é o saber de Deus.
E o Sol e a Lua são as luminárias que derramam suas luzes sobre a Terra.
Desenhado graficamente, o Deita Luminoso é um triângulo equilátero, a figura mais perfeita formada por
linhas retas, representa então, a Perfeição, a Harmonia e a Sabedoria, O triângulo representa um ser abstrato, aquilo
que existe necessariamente e não pode deixar de existir em geometria, uma linha não pode representar um corpo:
duas linhas também não constituem uma figura perfeita, mas três linhas formam pela primeira vez uma figura
regularmente perfeita, razão pela qual foi adotada pelos povos mais antigos para representar o Eterno, o
infinitamente Perfeito, o Primeiro Ser, a Primeira Perfeição.
Logicamente existem muitas figuras perfeitas e logo depois de três linhas podemos ter o quadrado perfeito,
com seus quatro lados iguais e quatro ângulos de noventa graus, mas esta já seria a segunda perfeição.
Nas lojas , os lugares dos principais oficiais tem forma triangular; as três Luzes têm a mesma configuração.
O triângulo eqüilátero é uma das formas mais constantes do simbolismo maçônico. Os cristãos modernos empregam

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essa mesma figura para representar a Trindade.
Os seus lados constituem um ternário, que desde a mais remota antiguidade tem caráter sagrado. O
ternário, dos estudos dos números, tem por emblema essencial o Delta Luminoso. No centro do Delta Luminoso, está
o olho da inteligência ou do principio consciente. É o emblema da clarividência mais elevada, cuja visão o Mestre
sempre possuía. Na Índia chama-se o Olho de Shiva.
Os egípcios representavam Osíris com o símbolo de um olho aberto e desenhavam esse hieróglifo em todos
os seus Templos. Entre os hebreus é encontrado repetidamente; o Salmo 36.15 diz “Os olhos do Senhor repousam
sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor, e em Provérbio 15.3. ” Os olhos do Senhor estão em
todo lugar, contemplando os maus e os bons”.
O Olho governa o Sol e a Lua, os cometas e as estrelas, e igualmente o coração do homem. O
homem nunca poderia evadir-se desse vigilante, seja qual for o lugar em que se encontre sobre a Terra, assim como
nunca poderá estar fora da visão e da divindade de seus sistemas de leis. Os lados dos triângulos do Delta Luminoso
significam, na religião Trimourti da Índia, Criação (Brahma), Conservação (Vischnou) e Destruição ( Shiva ); na
religião cristã, Pai, Filho e Espírito Santo; o Deita Luminoso evoca a idéia da Divina Trindade. Tem o significado dos
três remos da natureza, Passado, Presente e Futuro. Tem também o significado de Amor, Beleza e Justiça. Lembra
sempre os aspectos da perfeição.
Delta Luminoso, com o seu triângulo e o Olho que tudo vê, formam um só símbolo, imutável, isto é, é o
mesmo símbolo de séculos atrás. Os cristãos modernos empregam essa mesma figura para representar a Trindade.
Os maçons Operativos adotaram o Triângulo como símbolo da Santa Trindade, e esta compreensão permaneceu
entre os Maçons especulativos.
Deita Luminoso quando rodeado por raios que emanam de um sol como que colocado em seu centro, raios
esses que envolvem o Deita Luminoso, temos a figura que representa a Luz Divina.
A Ciência atual, a Física Moderna trata a matéria como feixes de luz, isto é, de fótons ou partículas
luminosas o que dá razão aos Livros Sagrados de muitos povos, em especial a Bíblia que em Gênesis afirma ter
Deus criado a Luz no primeiro dia e o Sol no quatro dia. O Delta Luminoso representa a Verdadeira Luz.
O Triângulo está representado pelo frontão do Templo, sustentado pelas três colunas. Os triângulos podem
ser divididos em duas grandes famílias: os isósceles e os escalenos. O triângulo equilátero, cujos três lados são
iguais, é um triângulo isósceles.
Segundo Plutarco, Xenócrates comparava a divindade a um triângulo equilátero. Era mesmo que torná-la, com
razão, perfeitamente igual em todas as suas perfeições, enquanto que os gênios eram comparados apenas ao
triângulo isósceles, que só têm dois de seus lados iguais e, por consequência, carece de alguma perfeição. Enfim, os
homens comuns eram simbolizados pelo triângulo escaleno, que têm todos os lados desiguais, triângulo equilátero,
muitas vezes, simboliza a trindade divina no catolicismo. “O triângulo, por seus três lados e seus ângulos iguais, é
um símbolo muito expressivo. Vemo-lo como um ninho na cabeça de Deus ou entre suas mãos: desde o século XVII,
que abusou singularmente desse triângulo, e é dentro dele que se inscreve o nome de Jeová em hebraico ou o olho
de Deus que tudo vê.
O Delta Luminoso maçônico, localizado no Oriente, atrás e acima do Venerável, costuma apresentar em seu
centro o Olho Divino ou então o tetragrama sagrado I E V E, em letras hebraicas IOD, HE, VAU, o nome do Grande
Arquiteto do Universo, cuja pronúncia era reservada ao sumo sacerdote, entre os hebreus, uma única vez por ano e

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cuja verdadeira pronúncia se perdeu.

O triângulo evoca a idéia da Trindade e esta não é uma concepção própria apenas nas religiões
cristãs.
A Trindade encontra-se:

Na Trimurti hindu: Brahma (criador); Vischu (conservador); Shiva (destruidor).

No Egito a tríade Osiriana: Osíris, Isis e Horus.

Poderíamos multiplicar os exemplos das “trindades” na maioria das religiões. Na Maçonaria, os três lados do
triângulo muitas vezes são traduzidos pela fórmula: bem pensar; bem dizer; bem fazer; ou pela divisa Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.

“Os três pontos do triângulo, significam passado, presente e futuro; o triângulo inteiro, Eternidade ou Deus
Eterno. Os três ângulos significam ainda sal, enxofre e mercúrio princípios da obra de Deus. Os três ângulos
representam também os três remos da Natureza e as três fases da revolução perpétua: nascimento, vida e morte.
Em suma, o triângulo é o emblema da Divindade”.

O ESQUADRO E O COMPASSO DA MAÇONARIA

O esquadro e o compasso, separadamente, ou unidos na forma conhecida e usada como símbolo maçônico,
nos apresentam dois distintos ângulos, um é móvel e com vértice para cima ou até o Oriente; outro, fixo e
octogonal ou reto, com o vértice dirigido para baixo ou até o Ocidente.

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O ângulo reto, formado pelo esquadro, é o emblema da firmeza, estabilidade e aparente inexorabilidade das
leis Físicas que governam o Reino do Ocidente ou da Matéria. Os dois princípios ou lados que concorrem a
definí-lo se encontram sempre à mesma distância angular de 90 graus, que corresponde à quarta parte da
circunferência (que. por sí, representa a Unidade dentro do ciclo da continuidade) e o ângulo do quadrado. O
esquadro é, pois, outro símbolo da cruxifixação da qual deve libertar-se tornando-se reto e dirigindo até o
centro todos seus esforços.

O ângulo é tam´bém o símbolo da luta, dos contrastes e das oposições que reinam no mundo sensível, de
todas as desarmonias exteriores, que devem enfrentar-se e resolver-se na harmonia que vem do
reconhecimento da unidade interior. E o compasso é o símbolo deste reconhecimento e desta harmonia, que
deve juntar-se com o esquadro e dominar o mundo objetivo por meio da compreensão de uma Lei e de uma
Realidade Superior: por meio de seu ângulo de 60 graus, na qual se acha ordinariamente disposto (o ângulo
do Triângulo equilátero), mostra o ternário superior que deve dominar sobre o quaternário inferior, ou seja o
perfeito domínio do Céu sobre a Terra.

(Aldo Lavagnini. Manual Del Aprendiz)

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E O SUSTENTO ESPIRITUAL?

"Examinei a Cruz e os Cristãos, do princípio ao fim. Ele não estava na Cruz. Fui ao templo hindu, ao antigo
pagode. Em nenhum havia qualquer sinal dele. Subi aos cumes de Herat e de Kandahar. Olhei. Ele não
estava no cume nem no planalto. Resoluto, ascendi ao topo da montanha de Kaf. Lá só havia o lugar do
pássaro Anqa. Fui à Caaba. Não o vi lá. Indaguei do seu estado a Ibn Sina; ele estava além dos limites do
filósofo Avicena... Contemplei meu próprio coração. E nesse lugar o vi. Não estava em nenhum outro..."
(Rumi).

DISCÍPULO

"O que sucederá àqueles que, neste tempo, usando o nome de Cristo, lutam com ferocidade, matam,
vilipendiam e perseguem-se uns aos outros por sua opinião religiosa? Como poderão resistir à severa
prova?"

MESTRE

"Na verdade, todos esses ainda não conheceram Cristo. São como uma representação ou figura do céu e do
inferno, lutando pela vitória. Toda elevação do orgulho que disputa sobre opiniões é uma imagem da
egoidade. Quem não tem fé e humildade não vive no espírito de Cristo, que é amor; está armado apenas com
a cólera de Deus, e coopera para a vitória da imagem da egoidade, isto é, do reino das trevas e da cólera de
Deus. No Dia do Juízo, toda a egoidade e todas essas vãs disputas dos homens serão entregues às trevas.
Tais disputas não visam o amor, apenas a imagem da egoidade, que exalta a si própria em suas opiniões. Por
essas opiniões, os príncipes são levados à guerra, atacam e devastam países inteiros. Todas estas coisas
estão destinadas ao julgamento que separará o falso do verdadeiro. Então, todos os argumentos e opiniões
cessarão, e todos os filhos de Deus habitarão para sempre no amor de Cristo, e por ele serão habitados.

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"Todo aquele que, neste tempo de luta - desde a Queda até a Ressureição - não é zeloso no espírito de Cristo
e não deseja promover a paz e o amor, mas busca e luta apenas por si próprio, pertence ao diabo e está à
fossa das Trevas; por isso, deve ser separado de Cristo, pois, no céu, todos servem a Deus, seu Criador, no
mais humilde amor".
(Jacob Boehme. A Sabedoria Divina - O Caminho da Iluminação).

O mestre sufista Fundayl (morto em 801) disse: "Se lhe perguntarem se você ama a Deus, não diga nada.
Porque, se disser: "Não amo a Deus", será um ateu. Se, por outro lado, disser: "Amo a Deus", suas ações o
contradirão".

Se souber o que é o amor religioso, uma pessoa o expressará à sua maneira e não do modo familiar aos que
não sabem o que é. Toda a gente será enaltecida ou rebaixada de acordo com suas próprias capacidades e
com aquilo com que está familiarizada. Refere Ghazali que um homem desmaiou numa perfumaria. Os
circunstantes tentaram reanimá-lo com perfumes suaves. Dali a pouco, alguém disse: "Fui lixeiro. Esse
homem também foi. Ele será reanimado pelo cheiro do que lhe é familiar". Em vista disso, colocaram
debaixo do nariz do homem desmaiado uma substância nauseabunda, que logo o reanimou.
(Idries Shah. Os sufis)

AS DESCULPAS DO SÉTIMO PÁSSARO

Outro pássaro disse à Poupa:

"Amo o ouro; para mim é como a amêndoa na casca. Se não tiver ouro, estarei de pés e mãos amarrados. O
amor das coisas terrenas e o amor do ouro me encheram de desejos vãos, que me cegam para as coisas
espirituais".

A Poupa replicou:

"Ó tu que te deixas ofuscar pelas formas exteriores, em cujo coração nunca se faz presente o valor das
coisas reais! És como o homem que só consegue enxergar no escuro, o nictalope; és como a formiga, atraída
pelas aparências. Procura compreender o sentido das coisas. sem a sua cor, o ouro seria um metal comum; o
que te seduz é a cor, como a uma criança. Não fica bem a um homem de verdade o amor do ouro, que pode
ser escondido na vagina de uma mula! Escondem-se, porventura, coisas preciosas num lugar como esse? Se
não deixas que a ninguém aproveite o teu ouro, a ti tampouco aproveitará. Mas se deres um óbolo a um
pobre desgraçado, ambos tirareis proveito disso. Se tiveres ouro, poderás fazer bem a muitos; mas se o teu
ombro estiver marcado. isso também terá sido provocado pelo ouro. Tens de pagar o aluguel de uma loja, e
o preço, às vezes, é a tua própria alma. Sacrificas tudo pelo teu negócio, até aqueles a quem és mais apegado
e, por fim, nada tens. Só podemos esperar que a fortuna deixe uma escada debaixo do partíbulo. Isso não
quer dizer que não deves fazer uso das coisas do mundo, mas que deves espalhar o que possuis por todos os
lados. A boa fortuna te procura na medida em que dás. Se não podes renunciar completamente á vida, podes
pelo menos libertar-te do AMOR às riquezas e às honras".

(Attar. A Conferência dos Pássaros).

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O GRAU DE COMPANHEIRO

A palavra Companheiro deriva do latim cum panis = com o pão, isto é: que
partilham o mesmo pão. No francês antigamente, essa palavra derivou para
Compain e posteriormente por corruptela para Copain que significa Colega.

As Corporações Obreiras e a Maçonaria parecem saídas do mesmo tronco e, a


medida que a Maçonaria se desenvolvia, as Corporações Obreiras diminuíam, essas
Corporações ainda hoje existem, mas perderam muito a sua importância e a sua
influência.

Os privilégios da Maçonaria não são mais exclusivos dos Maçons Cons-


trutores, e sim de todos os Maçons, que passaram a ser denominados
especulativos por não fazerem parte das Corporações Operativas ou Obreiras.

Não há mais necessidade de ser construtor, ou estar ligado às construções,


bastando que sejam regularmente aprovados e iniciados na Ordem.

As Corporações Obreiras devem ter nascido ao mesmo tempo que as


Corporações Operárias que existiam no Egito, na Grécia, em Roma, na Judéia e em
toda a Ásia. Os Companheiros europeus fazem remontar sua origem à Construção
do Templo de Jerusalém por Salomão.

Na Europa os Companheiros se dividiam em três “Deveres” e se


denominavam: Filhos de Salomão, Filhos do Mestre Jacques e Filhos do Pai
Soubise; cada corporação possuía regras particulares, que juravam observar e
permaneciam secretas e não eram reveladas senão aos iniciados.

→Os Filhos de Salomão, compreendia:


Os Canteiros: Companheiros Estrangeiros ou Lobos.
Os Marceneiros: chamados gavots.
Os Carpinteiros: chamados entre si de coterie.
Os Marceneiros: chamados de pays (patrícios) entre estes últimos era proibido o

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tratamento na segunda pessoa do singular

→Os Filhos do Mestre Jacques compreendia:


Os Canteiros; Companheiros Passantes ou Lobisomens
Os Marceneiros e Serralheiros: Companheiros do Dever ou Devorants ou Cães.

→Os Filhos do Pai Soubise originou-se de acordo com uma lenda, de um cisma
ocorrido, aparece, entre os Filhos de Salomão, por ocasião da construção da catedral de Orléans
no século XVII.

Consta que por ocasião dos funerais de um deles, os Companheiros uivavam e sabe-se que os uivos

faziam parte das cerimônias fúnebres da antiguidade. Conta-se que depois da morte do Mestre Jacques,

seu cão fiel não o abandonou mais, ficando a uma certa distância de onde haviam enterrado o seu corpo e

uivava por sua morte a intervalos regulares.

Guiados por esses Gritos lúgubres é que os Companheiros, que estavam a


procura do Mestre , descobriram o crime.

Colocamos aqui algumas curiosidades do Grau de Companheiro, que irá nos


ajudar cada vez mais a entender a evolução do Grau.

O COMPANHEIRO MAÇOM
Ser Companheiro é ser Obreiro da Inteligência Superior e Construtiva.
O trabalho perfeito, no grau de Aprendiz, nos tornou companheiro do Mestre
Interno, o qual nos dá o pão do saber e a água que satisfaz toda ânsia da vida.

O Aprendiz, ou Neófito, ao libertar-se do jugo da ignorância e das cadeias das


paixões, dos erros e dos vícios, adquire o privilégio de ser um Companheiro digno
de seu íntimo, o qual é, ao mesmo tempo, seu Deus, o Mestre que o guia para o

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Amor, o Saber e o Poder.

Estando o Reino de Deus no homem, este deve buscá-lo dentro de seu corpo, de
seu próprio mundo interno, para, aqui no Segundo Grau, chegar a unir-se com EU
SOU; identificar-se com ELE, reconhecer e sentir sua Unidade.

Quando a consciência do Aprendiz, que é conhecimento, vê o irreal na matéria,


então se desprende da envoltura material para identificar-se com EU SOU, e, por
concomitância, com todos os seres.

Esta é a união com a Unidade, onde a consciência conhece-se a si mesma e aos


demais a ela unidos; desta forma, o Conhecedor, o Conhecido e o
Conhecimento se identificam.

A idade do Aprendiz é de três anos, isto é, durante este tempo deve dedicar-se
ao estudo e à meditação, para merecer a elevação e o salário do Segundo Grau de
Companheiro; de outra maneira, seria obsequiar-lhe um livro num idioma
desconhecido, que de nada lhe poderia servir.

O Primeiro Grau é o grau da aprendizagem e do esforço no trabalho e no


cumprimento do dever, para poder o aprendiz ser elevado a companheiro. O Grau
de Companheiro demonstra em seu simbolismo as etapas da perfeição adquirida
pelo maçom por meio de seus esforços.

O Segundo Grau tem por objetivo fazer do neófito um vidente, isto é, abrir-lhe o
olho interno a fim de seguir com sua LUZ INTERIOR em direção ao Magistério.

O HEXAGRAMA

O estudo do número seis nos leva ao conhecimento do hexagrama ou estrela de seis pontas, formada por dois
triângulos entrelaçados, que constitui um símbolo familiar aos ocultistas, geralmente conhecido sob o nome de Selo
de Salomão ou "signo do Macrocosmo", em contraposição com a estrela de cinco pontas, chamada pentagrama ou
"signo do microcosmo".

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A estrela de cinco pontas, que acabamos de estudar se refere, pois, mais particularmente ao homem, chamado
microcosmo ou "mundo pequeno" pelos antigos filósofos, enquanto a de seis pontas, que atualmente vamos
considerar, é analogamente o símbolo do Universo, chamado também Macrocosmo ou "grande mundo", sendo uma
fiel representação se sua gêneses e geometria.

Os dois triângulos se representam ordinariamente como branco ou vermelho o de cima e negro ou azul o de baixo,
indicando respectivamente a força ascendente e descendente, o principio masculino ou ativo do enxofre, e o princípio
feminino e passivo do sal, e as duas astes verticais, dirigidas em sentidos opostos, que produzem a elevação
centrifuga expressa pelo Fogo e o ar, e a gravidade centrípeta manifesta especialmente na Água e na Terra.

Deste símbolo fundamental se derivam quatro signos para cada um dos quatro elementos:
O fogo se acha representado pelo triângulo ascendente do enxofre; o ar é o mesmo triângulo cortado ou temperado
pela linha horizontal da água, representada pelo triângulo com a ponta para baixo, e a terra vem a ser água secada
pela linha horizontal do fogo.

Entrelaçando uma suástica no meio dos dois triângulos, se faz mais evidente a relação dos dois Princípios,
simbolizados pelos mesmos, com os quatro elementos. Outra correlação do hexagrama com a cruz se acha
representada no símbolo indicado a direita, usado como emblema distintivo da Ordem Martinista.

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O hexagrama expressa muito bem o princípio de analogia e correspondência universal formulado no axioma
hermético: "o que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima",
representando neste caso os dois triângulos o mundo divino e mundo material, enquanto que no centro dos dois a
estrela vem a representar o mundo subjetivo ou interior do homem, intermédio e veículo para a manifestação de um
com o outro (1).
(1) Ver o "Manual do Aprendiz"para a descrição dos três mundos: Objetivo ou fenomenico, Subjetivo ou interior,
Divino ou transcendente.
Esta particularidade faz especialmente fácil sua construção geométrica, com o auxilio do compasso, e por esta
mesma razão pode subdividir-se em seis triângulos eqüiláteros, cujo angulo chamado Sextil, é o angulo que se abre
(ou deverá de abrir-se) o compasso, como emblema maçônico, por ser esse ângulo um símbolo universal da
Harmonia. Quando estes seis ângulos se acham retos, essas mesmas três linhas cruzadas e perpendiculares
indicaram as 6 direções do espaço.
Também pode subdividir-se o hexágono segundo as duas linhas que constituem a base dos dois triângulos do
hexagrama, resultando assim o quadrilongo de nossas Lojas maçônicas, compreendido entre dois triângulos.
O hexágono é uma figura muito usada na arquitetura, tanto pelo homem como pela Natureza, sendo a figura
harmônica por excelência, a que se produz mais naturalmente do círculo, como o demonstram as mesmas células
das colméias. Por esta razão tomam esta forma, na arquitetura orgânica, muitas células vegetais e animais; porém
sobre tudo a obedecem os minerais; como pode observar-se especialmente nos cristais e nos agregados
moleculares.

O MAÇOM e a
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Vivemos em uma época turbulenta e, mais ainda, os acontecimentos ocorridos nos Estados Unidos,
relacionados aos atos terroristas nos edifícios do World Trade Center e no Pentágono, como conseqüência o
início da guerra anti-terror, com as inúmeras bombas despejadas em um país miserável na tentativa de
satisfazer a um povo ávido por respostas e vingança pelo grande sofrimento pela perda das milhares de
vidas do atentado terrorista.
Obviamente não nos cabe fazer julgamentos, apontando certos ou errados, nem tampouco justificar este ou
aquele ato.
O que proponho é uma reflexão, não só sobre estes países envolvidos, mas sobre todos os conflitos
existentes no planeta, notadamente fruto da ausência de valores, excesso de fanatismos e egoísmos, afinal
um povo é o conjunto de individualidades coletivas que, como indivíduos passam pela infância, idade
madura e decrepitude e, também, a responsabilidade do maçom frente a toda essa gama de
desentendimentos, conflitos e guerras gerada pela ausência do que juramos defender.
Creio que um maçom tenha pouca influência junto aos poderosos líderes mundiais das nações. O que ele
pode e deve fazer nada mais é do que a sua parte nesse processo, quer seja através de um comportamento
coerente e congruente com a sua promessa nas pequenas atitudes e comportamentos do dia-a-dia, quer seja
discutindo em loja, reunindo-se, fazendo proposições, cobrando dos governantes as promessas feitas em

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campanhas eleitorais ou apresentando sugestões sobre o alinhamento dos procedimentos para um
realinhamento ético, voltados aos princípios maçônicos, que creio serem os mesmos princípios que também
inspiram ou devem inspirar a mente e o coração desses líderes.
Gosto muito de uma pequena história, onde um turista estava em viagem pelo Egito e teve a oportunidade
de conhecer um rabino e ir à sua casa. Lá chegando, ficou surpreso ao ver a simplicidade do lugar, os
poucos móveis e até a humildade do rabino. Perguntou então ao rabino: - Onde estão as suas coisas, suas
estantes, suas prateleiras, seu conforto, e todas as regalias que a sua posição permitia?

O rabino respondeu com uma pergunta:


- E as suas coisas, onde estão? O turista respondeu: - Mas eu estou só de passagem
e, para mais uma surpresa do turista, o rabino disse:

- Eu também.
Ora, uma rua, um bairro, uma cidade são formados por pessoas. Uma nação é formada por pessoas e pessoas
somos nós, cada um de nós. Teremos sem nenhuma dúvida, um mundo melhor, quando cada um assumir a
sua parcela de responsabilidade nesse processo.

Para o Maçom, a responsabilidade é dobrada, porque entre outras ações que lhes propiciam um
desenvolvimento intelectual e mental, além de emocional, assumiu um compromisso através do seu
juramento de construir templos às virtudes e masmorras aos vícios.
De que forma, então, o maçom pode atuar nesse mundo tão conturbado e carregado de desencontros?
Primeiro, sabendo exatamente o que é um povo civilizado. A civilização se depurará quando o moral estiver
tão desenvolvido quanto a inteligência.
À medida que a civilização se aperfeiçoa, faz cessar alguns males que engendrou e esses males
desaparecerão com o progresso moral.
Um povo só poderá se dizer civilizado, na acepção do termo, em que:
- Se encontre menos egoísmo, menos cupidez e menos orgulho;
- Onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais que materiais;
- Onde a inteligência possa se desenvolver com mais liberdade;
- Onde haja mais bondade, boa fé, benevolência e generosidade recíprocas;
- Onde os preconceitos de casta e de nascimento estejam menos enraizados,
porque esses preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo;
- Onde as leis não consagrem nenhum privilégio e sejam as mesmas para o último como para o primeiro;
- Onde a justiça se exerça com menos parcialidade;
- Onde o fraco encontre sempre apoio contra o forte;
- Onde a vida do homem, suas crenças e suas opiniões sejam melhor respeitadas;
- Onde haja menos infelizes, onde todos os homens de boa vontade estejam sempre seguros de não lhes

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faltar o necessário.
- Onde haja homens de boa fé, que cultuam a verdade e não se vendem.
Se um povo é soberano e se cada um dos que o integram tem consciência dos seus deveres e direitos, para
que não viva à mercê dos ambiciosos e dos mentirosos, é preciso que se eduque e, para que o consiga, é
necessário reunir-se.
Pela educação de cada pessoa, o povo unido aprenderá a julgar e dará o seu voto para aumentar a soma da
inteligência intelectual, que engrandece as nações.
Assim, também, aquele que se habitua a pensar com prudência, sobre o lado favorável e o lado adverso das
coisas, distinguirá as necessidades políticas que o afligem.
Todas as classes de que o povo se compõe exercitarão, desse modo, suas faculdades adormecidas,
reanimarão suas atividades, adquirirão a experiência que a decisão dos negócios requer. Assim, não se
deixarão arrastar por impostores, como se observa quando não se preparam para o uso da razão, nem para o
controle dos sentimentos e dos interesses, que fortificam o ato de julgar e permitir discernir a verdade da
mentira.
Impressionou-me deveras, a coincidência dos princípios defendidos pela maçonaria, com os dez princípios
da ética planetária, que são as diretrizes do Clube de Budapeste para pensar globalmente e agir moralmente
na aurora do Século XXI, baseadas em valores que representam o interesse esclarecido de todos os seres
humanos, culturas, sociedades e vida na biosfera.

Tais princípios são os seguintes:


VIVA COM RESPEITO PELOS OUTROS E PELA NATUREZA

1- Viva de uma maneira que satisfaça suas necessidades básicas sem tirar dos outros a oportunidade de
satisfazerem as necessidades deles.
2- Viva de uma maneira que respeite o direito inalienável de todas as pessoas à vida e ao desenvolvimento,
onde quer que elas vivam e quaisquer que sejam suas origens étnicas, sexo, nacionalidade, posição social e
sistema de crenças.
3- Viva de uma maneira que respeite o direito intrínseco à vida e a um ambiente que dê apoio à vida de
todas as coisas que vivem e crescem na Terra.
4- Busque a felicidade, a liberdade e a realização pessoal em harmonia com a integridade da Natureza e
levando em conta as buscas similares de seus semelhantes na sociedade.

AJA PARA CRIAR UM MUNDO MELHOR


5- Exija de seu governo que se relacione com outros povos e países pacificamente e em um espírito de
cooperação, reconhecendo as aspirações legítimas de todos os membros da comunidade internacional por
uma vida melhor e por um ambiente saudável.
6- Exija das empresas que manifestem preocupação adequada pelo bem estar de todos os seus envolvidos e
pela sustentabilidade do meio ambiente, produzindo e oferecendo serviços que satisfaçam a demanda
corrente sem degradar ou poluir a Natureza, sem reduzir as oportunidades das pessoas pobres de participar

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da economia nem as oportunidades das empresas locais de competir no mercado.
7- Exija dos meios de comunicação que divulguem informações contínuas e confiáveis sobre as tendências
básicas e os processos cruciais, assim permitindo que os cidadãos e os consumidores tomem decisões
abalizadas sobre questões que afetam sua saúde, sua prosperidade e o seu futuro.
8- Abra espaço em sua vida para ajudar os menos favorecidos a viver com dignidade básica e trabalhe com
pessoas de mente semelhante a sua, próximas ou distantes, para preservar ou restaurar equilíbrios essenciais
ao meio ambiente.

DESENVOLVA SUA CONSCIÊNCIA


9- Desenvolva sua consciência para perceber a interdependência vital e a unidade essencial da família
humana, para aceitar e apreciar sua diversidade individual e cultural e para reconhecer que uma consciência
ampliando-se para uma dimensão planetária é imperativo para a sobrevivência humana.
10- Use o exemplo e a orientação da sua consciência em expansão para inspirar e motivar jovens (e pessoas
de todas as idades) a desenvolverem aquele espírito que lhes dará o poder de tomar decisões morais sobre
questões críticas que decidirão o futuro deles e o próprio futuro da humanidade.

Bibliografia
-Diretrizes do Clube de Budapeste Rituais Maçônicos
-Livro dos Espíritos (Allann Kardek)

O MICROCOSMO
O MACROCOSMO

A estrela Microcósmica, símbolo do homem, é o caminho do Microcosmo que leva à estrela Macrocósmica,
composta de dois triângulos entrelaçados, formados pela ação dos cinco pontos da primeira.
O senário é a encruzilhada do caminho; um trilho vai para a direita, outro para a esquerda.
Os cinco sentidos do homem bem educados e bem aplicados conduzem ao Centro, morada da inteligência, a
intuição do coração.
Os cinco sentidos são os cinco graus que nos levam à União, por meio da inteligência com o Intimo.
O primeiro grau corresponde à terra, mundo dos instintos em cujo seio se acha oculta a Realidade das coisas,
que se esconde sob a forma e corresponde à reflexão perseverante .
O segundo é o ar que representa o mundo mental com seus erros e corrente contrário, onde o iniciado deve
permanecer, firme em sua fé espiritual como a rocha contra o embate do mar. Esse grau corresponde à firmeza
equilibradara. Obtém-se pelo domínio do tato.

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O terceiro é a água, o mundo de desejos, o mundo astral onde o iniciado deve dominar e acalmar o mar de
suas paixões, sempre enfurecido no ventre e no fígado.
Sempre deve manter-se sereno como o guerreiro valente em meio da luta.
Com o domínio do gosto adquire serenidade.
O quarto é o fogo das aspirações que se traduz pelo entusiasmo que safa o homem da fria indiferença e do
ardor da febre. Com o domínio da vista, chega-se a esse estado.
O quinto é o éter condutor das vibrações do Verbo que é LUZ. Quando entra pelo ouvido interno, provoca em
nós a faculdade do discernimento.
Com a Iniciação interna, torna-se o homem fulgente estrela, verdadeiro filho de Deus feito carne, porque
dominou seus cinco sentidos. Tem cinco pontas e representa o Poder soberano do Mago ante quem se inclinam os
elementos da natureza.
Porém, dentro da estrela de cinco pontas, no coração, deve brotar novo elemento, nova entidade atômica e
divina, que é o centro da Inteligência que quer criar por meio dos cinco sentidos: a Força Criadora.
Quando o homem dirige à cabeça, por meio de seus pensamentos, a Força Criadora, à maneira do número seis
(6), imagem do arco evolutivo, une o ponto superior (símbolo da essência Divina) com o círculo da sua manifestação
e também representa o esforço dessa manifestação para cima. Porém, quando o homem desce com seus pen-
samentos à inferioridade do seu ser, aos instintos e paixões para viver e deleitar-se aí, a Força Criadora o converte
em monstro, em macho capro.
A estrela microcósmica de cinco pontas tem no centro a Força Criadora que completa o número 6. Essa força
produz a involução, como o demonstra a Bíblia na queda do homem, e produz também a evolução quando
devidamente usada, convertendo-se na Árvore da Vida.
Segundo a vontade do homem e seus pensamentos, essa força conduz à degeneração ou à regeneração.
O Iniciado, por meio da vontade ou aspiração continua e pelo pensamento, canaliza a força criadora para a
nutrição de seus cinco sentidos, e dessa maneira chega a ser Um com Deus o Intimo. Essa Energia leva a libertar-se
da escravidão dos sentidos e paixões; é a escada simbólica de Jacó que vai da terra ao céu.
O senário ou o número seis está simbolizado pelos dois triângulos entrelaçados ou Estrela Macrocósmica. Esse
símbolo representa o bem e o mal. Conforme a vontade do homem, a Força Divina pode ser empregada para o bem
ou para o mal. Quando essa força é utilizada para a harmonia, o triângulo é branco e luminoso, e quando é
aproveitada para a desarmonia, o triângulo e negro.
O senário, então, significa a geração, que é o resultado dos dois triângulos entrelaçados. Na Cabala, o arcano
seis está simbolizado por um jovem entre duas mulheres, uma à direita e a outra à esquerda (o Homem entre a
natureza divina e a terrestre), que deve escolher, entre o caminho de uma que é virtude e o da outra que é vício. É o
livre arbítrio que atua nesse estado. Na direita esta o mundo divino, o equilíbrio da vontade e a inteligência que leva
à beleza. No humano, está o equilíbrio do poder e da autoridade que é o amor e a caridade e, no natural, é o
equilíbrio da Alma Universal que conduz ao Amor Universal. Na esquerda há tudo confusão, desarmonia e egoísmo.
No triângulo de vértice dirigido para cima, temos no corpo: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; no
triângulo de vértice dirigido para baixo, temos: Inteligência, Beleza e Vontade.
Com respeito ao humano, temos, no primeiro: Adão, Eva e Humanidade, e no segundo, Autoridade, Amor e
Poder.

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Pode-se inferir disso que a Força Criadora é a Mãe Geradora da Natureza ou a geração universal das coisas:
Da força genital vem a palavra gênio ou super-homem, gênese, geração, etc... O homem deve ser um Gênio
ou Super-homem para aspirar, saber e poder concentrar a Força Criadora no cérebro, onde pode sentir a
União com o Intimo.
Assim como Jesus, no deserto da matéria física, foi tentado, o que explica o símbolo sexto da Cabala, assim
deve o Iniciado sofrer a tentação da Força Criadora em seus cinco sentidos. A mulher da esquerda convida-o a gra-
tificá-los com o prazer e a moleza, ao passo que a da direita o chama ao cumprimento do dever e da virtude. Na
eleição entre as duas sendas estriba a evolução ou a queda, o poder ou a debilidade.
A Energia Criadora é a ponte entre o homem e o Intimo. Quando, por meio da aspiração, respiração e
meditação voluntária se canaliza essa energia para o tato, chega o homem a fluir do seu corpo um poder benéfico
capaz de curar, instantaneamente, qualquer dor física ou sofrimento moral. Seu corpo converte-se em fonte de
saúde, bem-estar, tranqüilidade e paz para os necessitados e então se diz com razão: esse homem tem tato.
Porém, nunca devemos confundir a palavra tato, que e juízo reto, com diplomacia ou hipocrisia, símbolo do
engano e fraude.
Dirigida essa energia ao gosto, converte o homem num arbitro de beleza e harmonia. Seu hálito será o aroma
que perfuma a vida; seu sopro acalma a ansiedade e a dor; seu fôlego quente anima, vivifica e muitas vezes
ressuscita; sua palavra contém as vibrações da lei: harmonia e positividade.
Dirigida ao olfato, o homem aspira com maior força e absorve os átomos de luz e pureza. Esses átomos formam
ao redor do corpo uma armadura, pura, cuja influência atua em todo o ser posto dentro de sua área. A aura do
Iniciado emana um odor imperceptível ao sentido físico, mas absorvido pelo psíquico e que atua nos seres mágica-
mente: cura suas enfermidades. Ilumina-lhes a mente e até resolve seus problemas e dificuldades.
Concentrada na vista, essa energia relaciona o homem com o mundo divino, desenvolve nele a vista interna ou
o olho interno, e poderá ver o passado escrito na parte inferior do corpo, o presente no peito e o futuro na cabeça
como toda a clareza e precisão. Então já não cometerá erros, ignorantemente, como aqueles cuja visão está
enferma. Nesse estado, o homem converte-se em LEI e sua vontade será a execução da Lei. Seus olhos irradiarão
amor, harmonia e poder.
Dirigida para o ouvido, ouvirá o homem, a cada instante, a voz do Intimo, aquela voz silenciosa do pensador,
proveniente da parte mais elevada de nosso ser, que nos livra de toda escravidão exterior.
Quando ascende a energia criadora pela coluna vertebral até chegar aos cinco sentidos, abre nela um oco,
transformando-a num tubo; nesse oco manifesta sua expressão o Eu Sou Intimo, e por esse meio logra ter perfeita
comunicação com todo e corpo, de cima abaixo e de baixo a cima. Essa perfuração ajuda a evolução do homem e
nela circula a selva da Árvore da Vida.
É a Iniciação interna a que facilita a ascensão da Energia Criadora pela coluna vertebral do Iniciado, perfurando
nela esse oco para dar livre passo ao fogo, à luz e às vibrações cósmicas, princípios divinos que relacionam o
homem com o Intimo.

A Estrela de Seis Pontas ou o Hexagrama formada pelos dois triângulos entrelaçados, chama-se também o Selo
de Salomão, e é o símbolo do Macrocosmo; enquanto que a Estrela de Cinco Pontas é o Microcosmo ou o homem,
segundo os antigos filósofos.

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Os dois triângulos da Estrela de Seis Pontas indicam também a força ascendente e descendente, o princípio
masculino ativo e o feminino passivo.
O Hexagrama expressa o axioma hermético: “O QUE ESTÁ EM CIMA É ANÁLOGO AO QUE ESTÁ EM BAIXO”.
Os dois triângulos representam o mundo divino e o mundo material entrelaçados, enquanto que no centro da Estrela
está o mundo interior, subjetivo, do homem, que é o veículo da manifestação de ambos.
O CUBO se relaciona com o número 6, pelas suas 6 faces. O maçom deve formar da pedra bruta uma pedra
cúbica ou pedra filosofal, isto é, desenvolver seus seis sentidos, para chegar à perfeição individual e converter-se em uma
pedra perfeita a serviço da Obra do G. A. D. U.
O Templo Maçônico, além de representar o Universo, é uma representação do Templo da Vida Individual, que
cada homem deve levantar em si mesmo para a Glória do G. A. D. U.
Platão disse: Deus criou duas coisas à sua imagem e semelham: o Universo e o Homem.
Por este motivo, toda nossa vida e atividade devem ser um esforço construtor e harmônico, para nos tornarmos
cooperadores de Deus em sua Obra.
Em cada Corpo-Templo está o REINO DE DEUS, NO CÉU DE NOSSO SER. A alegoria do TEMPLO-CORPO é
antiqüíssima; Jesus falava de seu TEMPLO-CORPO, e muitos entendiam que se tratava do Templo de Jerusalém,
que Ele podia destruir e reedificar em três dias.
A vida em si mesma é uma obra de construção, que vivifica toda matéria bruta e inerte, para que coopere com a
Inteligência consciente ou inconsciente.
O próprio Universo é uma obra imensa em construção, cujos obreiros trabalham sob as ordens do Grande
Arquiteto.
Nosso corpo é uma arquitetura maravilhosa, com sua expressão orgânica em diferentes raças e ambientes;
manifesta-se sob uma construção complexa, porém, de acordo com planos sábios e perfeitos.

OS INSTRUMENTOS DA CONSTRUÇÃO SÃO DOZE:


O MALHETE é a Fortaleza.
O CINZEL é a Determinação.
A RÉGUA é o Equilíbrio.
O COMPASSO é a Harmonia dos pólos.
A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.
O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.
O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.
O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.
A TROLHA (Pá de Pedreiro) é o Serviço e a Caridade.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.
A PRANCHA é o Saber.
A CORDA COM NOS é o Laço de Unido com o Intimo Deus Interior.

Estes doze instrumentos são as próprias faculdades do Espírito.

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Representam as doze glândulas endócrinas internas. Cada uma delas tem que ser desenvolvida e vitalizada por
meio de afirmações, pela a aspiração e respiração, acompanhadas da meditação e concentração.
Nisto consiste o dever do Companheiro, que aspira ser Mestre ou Super-homem. Uma ciência sem ser
exercitada é como um brilhante ou pérola no fundo do mar.
As três janelas do Templo, abertas no Grau de Companheiro, por onde entra a Luz do Oriente, Ocidente e Meio-
Dia, representam a Luz Interna que se manifesta por meio do desenvolvimento espiritual, psíquico e mental.
A Luz do Oriente é a da Realidade, que governa as Leis do Universo; a do Ocidente é o reflexo da primeira na
matéria; a do Meio-Dia é a do mundo interior do homem e da sua Inteligência, consciente daquela Luz.
São três experiências nos três mundos: Mundo Divino ou Realidade Transcendente; Mundo Interior ou
Realidade Subjetiva e Mundo exterior ou Realidade Objetiva.
EU SOU A LUZ DO MUNDO E DE TODO HOMEM QUE VEM A ESTE MUNDO.

O MISTÉRIO DE ELÊUSIS

Contam-nos as lendas, que Perséfone, também conhecida como Core - a donzela,


estava brincando em um belo prado perto de Hena, na Sicília, juntamente com as
filhas de Oceano, o deus mar todo-abrangente e pai de todos os rios. Enquanto
brincava distraída, percebeu uma bela planta com centenas de flores, que
espalhavam um suave perfume por todo o lugar. Esta planta, porém, tinha sido
enviada à terra justamente para seduzir a jovem, pela deusa-mãe Gaia a pedido de
Hades, o senhor do mundo inferior. Quando ela se abaixou para colher as flores,
abriu-se uma fenda na terra, e dela surgiu um poderoso deus, montado em uma
carruagem de ouro, tendo negros cavalos a conduzí-la. Esse deus era Hades, e,
diante dele tanto a luta quanto os gritos de Perséfone se mostraram inúteis. A jovem
foi raptada e rapidamente levada para o reino subterrâneo. Os gritos de Perséfone
foram ouvidos apenas por sua mãe, Deméter, a deusa cretense da fertilidade e da
agricultura, e por Hécate, uma divindade da Lua. Deméter ficou desesperada ao notar
o desaparecimento da filha, e tentou em vão seguir suas pegadas. Por acidente, no
exato momento em que Hades levou Perséfone à força, passava por aquele local uma
manada de porcos, tendo as pegadas da donzela se misturado às pegadas dos
porcos. Ainda, no exato momento em que a terra se abriu para receber Hades e
Perséfone, a manada de porcos também caiu no abismo. Deméter vasculhou a terra
em busca de algum sinal. Vagou desesperada por nove dias e nove noites, levando à
mão apenas uma tocha em forma de longo bastão. No décimo dia encontrou Hécate,
e juntas foram até o deus sol Febo, que tudo vê, e assim souberam o que havia
ocorrido com a jovem raptada. Deméter ficou tão desolada que fugiu da companhia
dos deuses. Afinal, por que o grande Zeus, pai de Perséfone, havia permitido que sua
filha fosse levada ao mundo dos mortos? Irada, privou a terra de toda a fertilidade -
a terra não daria mais nenhum fruto, nem para deuses nem para homens. Uma
grande fome ameaçava toda a humanidade. Tomou a forma de uma mulher idosa e
passou a vagar entre os homens como uma mendiga. Permaneceu por dias sentada
junto a um poço, denominado Poço da Virgem. Serviu também de governanta em um

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palácio real perto de Elêusis, cidade na qual foi reconhecida e muito bem recebida.
Em Elêusis foi construído um templo em sua homenagem, no qual ela passou a
morar, e a cidade tornou-se o maior santuário da deusa na Grécia. E todo um ano se
passou sem que na terra nascesse uma planta sequer. De nada havia adiantado as
súplicas de todos os deuses - mesmo os pedidos do poderoso Zeus. Até que, por fim,
Zeus ordenou que a jovem Perséfone, agora esposa de Hades e deusa dos ínferos,
fosse libertada. Abraçada e acompanhada de sua mãe e de Hécate, a deusa retornou
ao Olimpo. Neste momento os campos e pastagens novamente floresceram e a vida
retornou à terra. Mas que surpresa! - a jovem não podia mais abandonar o Reino de
Hades para sempre, pois quem come da comida do mundo dos mortos, fica preso a
ele, e Perséfone havia comido uma semente de romã na mansão de seu marido. Zeus
estabeleceu então, que a jovem deveria passar um terço de cada ano com Hades.
Assim, toda vez que ela retornava aos Ínferos, a terra parava de produzir frutos e
chegava o inverno, e quando ela retornava à casa de sua mãe a terra se cobria com
os grãos vivificadores. Todos os anos as divindades eram honradas no templo de sua
cidade, e eram celebrados os mistérios de Elêusis, onde o sofrimento de Deméter e a
descida (Cátodos) e subida (Ánodos) de Perséfone eram representados aos iniciados
neste rito religioso.

O Mito de Ceres

Ceres, Deméter para os gregos, é deusa do cereal. É uma deusa matriarcal, a imagem do
poder das entranhas da terra. Diz-se que ela ensinou aos homens as artes de arar, plantar e
colher, e às mulheres, como moer o trigo e fazer o pão.
Segundo a mitologia, o início da vida de Ceres foi bastante traumático. Assim que nasceu,
teve o mesmo destino dos seus irmãos Juno, Vesta, Plutão e Netuno e foi engolida pelo seu
pai, Saturno. A beberagem oferecida por Júpiter a Saturno, único filho que não havia sido
engolido, fez com que Saturno "vomitasse" todos irmãos.
Ceres, por ter sido a segunda filha, foi a penúltima a ser devolvida. Mas foi um episódio
envolvendo sua filha que marcou mais significativamente a personalidade desta deusa. Ceres
morava feliz com sua única filha, Prosérpina, na mais completa harmonia. Entretanto, certo
dia, ao colher flores, a garota foi atraída por um lindo narciso. Ao estender a mão para pegá-
lo, o solo fendeu-se diante dela surgindo Plutão, o deus das trevas e irmão de sua mãe, que
havia se apaixonado perdidamente pela jovem. Plutão então puxou-a para seu carro de ouro
e levou-a para o seu reino - os infernos. Prosérpina gritou pedindo ajuda ao seu pai Júpiter,
mas não recebeu nenhum auxílio.
Sob a influência de Plutão, Prosérpina aceitou comer um "bago de romã" , a fruta das trevas,
que tinha o poder de aprisionar nos infernos para sempre quem a comesse.

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Desesperada, Ceres, procurou sua filha por nove dias e nove noites sem parar para comer,
dormir ou beber água. Também pediu ajuda a Júpiter, seu irmão e pai de sua filha, mas não
foi atendida.
Enfurecida e incapaz de aceitar a perda da filha, Ceres ordenou que a terra secasse,
recusando-se a devolver-lhe a abundância. Nada a faria mudar e o mundo estava condenado
a perecer por falta de alimento. Graças a intervenção do deus da comunicação e mensageiro
dos deuses, Mercúrio, Ceres aceitou o acordo: Prosérpina
viveria com sua mãe durante nove meses do ano e deveria retornar para o marido nos três
outros meses.
Ceres representa a experiência da maternidade, não só a gestação física, mas a experiência
da Grande Mãe, da descoberta do corpo como algo precioso e valioso que requer muita
atenção. Significa os prazeres simples da vida, a conscientização de que somos parte da
natureza. Ceres representa uma sabedoria não racional, que vem da natureza, da capacidade
de esperar até que as coisas estejam maduras para agir.
Como filhos de Ceres, a grande mãe, temos a capacidade de nos percebermos parte
da mesma natureza e de estar em harmonia com tudo o que nos cerca. Ela também
representa a aceitação das mudanças e separações, inclusive aquelas que envolvem
muita dor. É o amadurecimento do grão que se transforma em árvore e doa seus frutos para
os filhos. Por outro lado, sua figura de mãe enlutada, com a vida marcada por mudanças
bruscas e separações traumáticas, representa o rancor e a mágoa.

O PENSAMENTO

O pensamento é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionarmos intimamente com elas: a
faculdade por meio do qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores, que percebe por meio dos
sentidos, e na base a qual forma conceitos e idéias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas,
com mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e da reflexão.
Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o pensamento é vibração da mente, assim como
o som é do ar, a luz do éter, com a eletricidade, o calor, etc. Estas vibração mental afeta uma forma e um aspecto
particulares, com os quais os reconhecemos interiormente nesta consciência (1).
Por conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela ação exterior dos sentidos
ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo se manifesta
interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos nessa luz.
Assim como há pensamento consciente há também pensamento subconsciente, que está mais alem do raio da
consciência, o qual se desenvolve na forma mais ou menos automática, relacionando-se sempre com o pensamento
consciente, do que representa como uma penumbra, um reflexo ou ressonância obscura, porem não por esta razão
inteligente.

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(1)Um refinamento particular da visão física, chamado clarividência astral ou mental permite reconhecê-los também
exteriormente, fazendo que os pensamentos apareçam como realidades visíveis. Ver a este respeito a abundante
literatura teosófica.

A CONSCIÊNCIA

O estudo do pensamento leva naturalmente ao da consciência, a qual se refere a segunda pergunta, sendo esta
causa direta ou indireta de todo pensamento, seja consciente, seja reflexo ou subconsciente.
Consciência (no latim conscientia) vem de conscire que significa "dar-se conta", "perceber", "fazer-se sábio", "adquirir
conhecimento" de algo. É a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e que é o
fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcro interior e o centro de gravitação indistintamente de
todas as manifestações de nossa personalidade. A celebre frase de Descartes "cogito, ergo sum" expressa, no fundo
uma inexatidão. Na realidade não somos porque pensamos, senão melhor, pensamos porque somos: o fato de ser é
fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Em vez de ser uma necessária demonstração de nossa
existência, pensar numa consciência da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideração. Se não
fossemos, tampouco poderíamos pensar que pensamos, nem portanto que somos. Enquanto somos, pensamos, e
adquirimos consciência de nossos pensamentos.
Base de todas nossas faculdades, nossa consciência é a luz interior que nos ilumina, "aquela luz que ilumina a todo
homem que vem a este mundo", que dizer a percepção da realidade objetiva. Sem ela seríamos simplesmente
autômatos inconscientes, incapazes de pensar, saber, julgar, querer, eleger e dirigir-mos. Seu desenvolvimento, ou
melhor dito liberação e expressão, caracteriza no homem o desenvolvimento de suas mais elevadas possibilidades.

A INTELIGÊNCIA

Estreitamente relacionada com o pensamento e com a consciência, se acha a inteligência, palavra que provem do
latim intelligere, que dizer, inter-legere ou inter-ligare "ler dentro" ou entreligar". É pois, a faculdade de ler ou penetrar
dentro da aparência das coisas, entre-ligando-as e reconhecendo o laço ou nexo interior que as une e manifesta sua
"gênesis" origem nas diferentes analogias.
Por meio de sua Inteligência - ou consciência aplicada ao pensamento - o homem chega a conhecer a verdadeira
natureza do mundo que o rodeia, de si mesmo e todas as coisas que caem sob seus sentidos; compara estas coisas,
as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e se forma assim conceitos e idéias sempre mais
abstratas e gerais, retirados do particular e concreto. Assim, pode descobrir, reconhecer e formular as Leis e
Princípios que governam o Universo, assim como os que governam seu próprio ser interior, sua própria vida íntima
psíquica, intelectual e espiritual.
A inteligência, é pois, o uso consciente que fazemos de nossa faculdade de pensar, sendo este uso consciente do
pensamento o que nos distingue dos seres inferiores (que também pensam, porem com um grau inferior de

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consciência, e portanto, de inteligência), e ao mesmo tempo caracteriza e mede o desenvolvimento ou grau de
manifestação da consciência.
Desde da inteligência instintiva, quase automática, que caracteriza o reino mineral, determinando a afinidade atômica
e governando a formação dos cristais assim como a atividade físico-química, passamos a um grau superior de
inteligência (igualmente instintiva, porem menos automática) no reino vegetal, cujas funções são mais complexas e
mais livres, em que seja difícil falar de liberdade nos reinos inferiores, segundo o sentido humano da palavra.
Certo grau rudimentar de liberdade se manifesta naquela inteligência que produz a afinidade eletiva, que é a
causa da seleção e evolução das espécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aos
instintos da vida animal, e, destes, a inteligência humana, caracterizada pela razão consciente que pode
ascender do concreto ao abstrato, da percepção puramente física, ao discernimento de uma realidade
metafísica.

As jóias da Loja são seis, as móveis e as fixas, ambas em número de três.


Dentre as móveis, temos o esquadro, o nível e o Prumo. As jóias chamadas móveis
recebem tal denominação porque são transferidas a cada ano, ou em cada eleição
que se realizar num período maior (dois anos). Assim, o Venerável Mestre e os
Vigilantes as transferem aos novos, por ocasião da passagem da administração da
oficina.

Diríamos que as jóias Fixas são a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a


Pedra Cúbica.

O Venerável Mestre recebe em seu colar o Esquadro, o 1º Vigilante, o


Nível, e o 2º Vigilante, o Prumo. Não cabe aqui ingressar nos profundos
significados das jóias, particularmente, porque me proponho nesse momento
informar e nos instruir sobre a significância do Prumo, tão somente.

No Rito Escocês Antigo e Aceito, o Prumo guarda relação com o


segundo grau. Sua pertinência à Maçonaria diz respeito a sua peculiar
origem de uma associação de homens pedreiros - os construtores de obras.
E, dado seus instrumentos de trabalho até hoje utilizados por tais profissio-
nais, nos misteres de medir o nivelamento (horizontalidade), e
verticalmente (retidão), o ângulo, o desbastamento, o polimento, etc,
passaram como símbolos colacionados para a Maçonaria Simbólica, com o
passar dos séculos, guardando-se estreita relação entre suas utilidades -

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finalidades.

“Com a evolução da Maçonaria, atingindo a parte esotérica, passando a


ser denominada de Maçonaria Especulativa, mas guardando íntima relação
com a Operativa, muitos dos utensílios, ferramentas e materiais disponíveis
e empregados nas antigas construções foram transpostos para a Maçonaria
com uma força simbólica muito grande e com a finalidade de edificar com
perfeição os homens que dela faziam parte”.

Assim, temos o Prumo ou Perpendicular. Este objeto do pedreiro, para


nós representa aquilo que ele é na prática, como instrumento usual de
retilinidade: retidão, justiça, equidade e equilíbrio. Difere o prumo usual das
construções com o maçônico, pois este é constituído simplesmente de um
cordão ou cordoalha com uma peça de chumbo na sua ponta, projetada de
um semi-arco, sem os complementos e forma daquele, como ilustrado em
inúmeras imagens.

É de rudeza a aparência de um Prumo, à primeira vista, pela sua própria


singeleza como objeto, contudo, é de uma fidelidade incontrastável, e faz a medida
da verticalidade perfeita. E por esse fato, primordialmente, que entende-se ter sido
um dos motivos pelos quais a Maçonaria o tem como símbolo de alto significado. O
Prumo, pois, nos dá a verticalidade. E, conjugando-o com o Nível, este nos conduz à
horizontalidade.

E é de se observar que o 1º Vigilante tem em sua insígnia um triângulo


e, no ápice, amarra-se um fio de prumo, recordando-nos um instrumento
completo.
Para o grau de companheiro, quando da abertura dos trabalhos, é feita
a leitura do Capítulo VII, versículos 7 e 8, dado que o Profeta tivera uma
visão assim relatada:

“O Grande Arquiteto do Universo chamara a Amós para ir falar, exortar


e conclamar o povo de Israel ao arrependimento dos seus pecados. Deus, na
sua infinita sabedoria, proporciona a Amós várias visões e entre elas a
seguinte: um Prumo. E Deus lhe questiona: O que vês Amós?
Um Prumo, responde o Profeta.
E Deus fala a Amós que aquele símbolo do prumo aplicado ao muro era
a mensagem que Amós tinha de pregar ao povo de Israel.
Compreendendo a mensagem, Amós, então, passa a pregar ao povo

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Justiça, Retidão, Equidade e Verdade. E isso consistiria que Justiça: o povo
teria que ser justo como o seu criador, executando e praticando a lei
verdadeira do amor, da bondade e da benignidade. Retidão: o povo deveria
estar aprumo, buscando o ser superior como único Deus. Equidade: este
povo tão amado havia mais o grau da perfeição. Verdade: a posição
perpendicular da aferição do prumo significava para aquele povo a verdade
de Deus, cuja essência o criador deseja que Eles a tivessem a partir daquele
momento quando ouvissem a voz de Amós clamando”.
Essa transcendental mensagem toca a todos nós, pela sua própria
pertinência... Assim concluímos que o verdadeiro maçom deve buscar
sempre sua elevação espiritual em busca da real Justiça, Equidade e
Retidão, burilando sua conduta no dia a dia em cada ação empreendida,
quer no lar, quer na sua profissão profana. E sempre voltado à busca da
Verdade, traduzida no aperfeiçoamento intelectual e moral.
Cumpridor dos seus deveres para com a Pátria, sua família, seus se-
melhantes, para consigo e com o Grande Arquiteto do Universo, está o maçom Em
Prumo: no caminho vertical que movimenta o Ser no eterno desenvolver humano,
seguindo retilineamente rumo ao ápice do progresso espiritual.

Oráculo de Elêusis

Em tempo imemorial aproximadamente 1600 A.C., uma colônia grega vinda do Egito trouxe,
para a tranqüila baia de Elêusis o culto a grande Isis, sob o nome de Demeter ou Mãe
Universal. Desde esse tempo Elêusis ficou conhecida como um centro de iniciação.
Demeter e sua filha, Perséfona, presidiam aos pequenos e grandes mistérios, daí todo seu
prestígio. Se o povo reverenciava a Céres a terra e a deusa da agricultura, fonte de
abastecimento e alimentação, portanto símbolo da vida, os Iniciados nela viam a luz celeste,
mãe das almas e Inteligência Divina. Seu culto era oficiado por sacerdotes pertencentes á
mais antiga família sacerdotal da Àtica. Diziam-se filhas da Lua, isto é, nascido para serem
mediadores entre a terra e o céu. Desde a origem sua função era “ cantar, neste abismo de
misérias as delícias da celeste morada e ensinar os meios de encontrar-lhes o caminho”, ou
seja, regeneradores da alma humana. Os sacerdotes de Elêusis ensinaram sempre a grande

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doutrina esotérica que lhes vinha do Egito. Por uma arte sutil e profunda estes sacerdotes
souberam utilizar-se das paixões terrestres para exprimir ideais celestes.
Aproveitavam o atrativo dos sentidos, a grandiosidade das cerimônias e as seduções das
artes para induzir a alma a uma vida melhor, e o espírito à compreensão das verdades
divinas.
Os mistérios de Elêusis justapõem ao culto á deusa Demetér (Céres), que ensina os homens
o cultivo do trigo e o culto á sua filha Perséfone, cujo estágio hibernal nos infernos, em
virtude de ter sido raptada por Hades (Plutão
para os romanos), simboliza o ciclo de nascimento, desenvolvimento e morte dos vegetais
que, esotericamente, representa a eternidade e a imortalidade da
alma. Os mistérios de Elêusis forneciam aos Iniciados os segredos da morte e da
ressurreição, existindo grandes analogias com a mística maçônica, cujas provas,
representando a morte física e seu renascimento, em um plano superior são representadas
através do culto a Demetér e Perséfone nas Eleusinias.
Como uma teoria brilhante. Toda a Iniciação Eleusiana gira e desenvolve-se em torno da
representação simbólica da alma, de sua descida na matéria, de seus sofrimentos nas trevas
do esquecimento, depois sua reascensão e volta á vida divina.
Em Elêusis as Iniciações possuíam um sentido místico muito semelhante ao ato iniciático
maçônico.
Os grandes mistérios só eram celebrados de cinco em cinco anos, no mês de setembro, em
Elêusis. Essas festas carregadas de simbologias, duravam nove dias e foram descritas por
Porfirio da seguinte forma: “ Coroados de Mirta entramos com os outros Iniciados no
vestíbulo do templo, porém estávamos cegos ainda. O hierofonte (Sacerdote) que está no
interior, vai logo abrir-nos os olhos. Mas primeiro, pois não se deve fazer nada com
precipitação, nos lavarão na água sagrada, porque é com as mãos puras e o coração puro
que devemos entrar no recinto sagrado. Levados diante do Hierofone ele nos leu um livro de
pedra, onde contam coisas que não devemos divulgar, sobre pena de morte. Digamos
somente que elas são adequadas ao local e às circunstâncias. Ouvíamos tudo com grande
interesse e contemplando os símbolos revelados. Então, finalmente, a luz de uma maravilha
celestial enche o Templo. Ouvimos o coro dos bem-aventurados.
Aproximei-me dos confins da morte e tendo atingido o átrio, voltei, transpondo
através de todos os elementos (espíritos elementares da terra, da água, do ar,
do fogo). Nas profundezas da meia-noite, vi o sol resplandecente de uma luz esplêndida, ao
mesmo tempo que vi os deuses superiores. E aproximando-me
dessas divindades paquei-lhes o tributo de uma piedosa adoração”.
Naquele tempo os Iniciados nos mistérios de elêusis eram divididos em dois grupos, ou
Graus, os mistos e os epóptas. Os mistos são comparados aos Aprendizes-Maçom, que
durante um período de tempo determinado, limitavam-se a ouvir e aprender, não lhes sendo
permitido falar. Já os epóptas, mais esclarecidos já se aprofundavam nos estudos acerca da
origem do Universo e do homem, sobre o domínio da mente e sobre a espiritualidade, tendo
como símbolo a espiga de milho, representando renovação (ressurreição), sendo estes
comparados aos Companheiros Maçons.
Após a época de Alexandre, os mistérios de Elêusis foram atingidos, até certo ponto,pela
decadência pagã, mas seu fundo sublime subsistiu e salvou-os da desgraça que se abateu
sobre os outros Templos. Pela profundidade de sua doutrina sagrada, pelo esplendor de sua
encenação, os Mistérios mantiveram-se durante três séculos, frente ao Cristianismo que
crescia. Eles reuniam então aquela elite que, sem negar Jesus como manifestação da ordem
heróica e divina, contudo não queriam esquecer a velha ciência e a doutrina sagrada, como
já o fazia a Igreja da época. Foi necessário um édito de Teodósio, proibindo as cerimônias do

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Templo de Elêusis, para pôr fim àquele augusto culto, onde a magia da arte grega
comprazia-se em incorporar as elevadas doutrinas de Orfeu, de Pitágoras, e de Platão.
Hoje, o asilo da antiga Demetér desapareceu sem deixar vestígios na baia silenciosa de
Elêusis. E o golfo azulado nos dias de primavera, lembra que ali, outrora, a grande Exilada, a
Alma humana, evocou os Deuses e reconheceu a sua eterna pátria.
Conclusão
Os Mistérios de Elêusis nos apresentam como uma experiência esotérica e iniciática
fantástica, onde a maior Preocupação era apontar o caminho da virtude a seguir bem como a
purificação da alma, através de atos iniciáticos, vislumbrando aos escolhidos a oportunidade
de elevação espiritual e a paz interior.

ORDENS ARQUITETÔNICAS

Uma Ordem no campo da Arquitetura Clássica resume-se na combinação de Pilares incluindo: Base, Fuste, Capitel e o Entablamento Horizontal, um pilar por
si só não pode ser considerado uma Ordem.

As ordens arquitetônicas foram descritas por Vitrúvio (Marcus Vitrúvius Polo) arquiteto e engenheiro romano que viveu um século antes da nossa era.

Foram os Romanos que introduziram o Entablamento como material de revestimento do Pilar ou Pilastra. Esse entablamento servia para embelezar os Pilares
que passavam a sustentar e a ornamentar as construções daquela época.

Durante séculos as instruções detalhadas contidas nos “Dez Livros de Arquitetura”


foram seguidas mais ou menos fielmente e usadas em toda a extensão durante o tempo do
Império Romano.

Após a queda desse Império, as formas bárbaras de arquitetura foram introduzidas e as


instruções canônicas de Vitrúvio foram ignoradas ou deturpadas.

Os “Dez Livros de Arquitetura” escritos por Vitrúvio, são um computo completo da


arquitetura, desde a educação inicial do arquiteto, passando pelos princípios fundamentais da
arte, da localização geomântica dos templos e das cidades, das casas para moradia, dos
materiais, das formas de arquitetura, até a pintura a maquinária e as artes militares.

Vitrúvio afirma que quando se consegue a comodulação perfeita, ou seja, a ligação de


todos os elementos arquitetônicos com o todo, por meio de um sistema de proporção,
consegue-se a “Eurritmia” que consiste na beleza e conveniência no ajustamento das partes.

Determina que a simetria, é a concordância justa entre as partes da própria obra e a


relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral.

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Vitrúvio também demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma, o dedo e as

outras partes menores do corpo humano.

Compara essas partes ás partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício


sagrado visto em termos do corpo de um homem, em termos do microcosmo.

Deve-se agradecer a Vitrúvio o fato de ter sido ele quem preservou em seus escritos
essas formas arquitetônicas, em especial as da arquitetura grega, no que diz respeito ás
colunas das ordens Dórica, Coríntia, Jônica, Compósita e Toscana.

As antigas Ordens de Arquitetura reverenciadas pelos Maçons, não são mais que Três, a
Dórica, a Jônica e a Coríntia.

A Ordem Jônica para honrar Minerva, Juno, Diana, Baco e outros deuses.

A Ordem Dórica era em honra de Hércules e Marte.

A Ordem Coríntia para honrar Vênus, Proserpina, Flora, para a Água da Fonte e para
as Ninfas.

As ordens Compósita e Toscana, são mais simples que a Dórica e em Maçonaria elas não
estão incluídas em nossos estudos.

Cumpre esclarecer que a Dórica provém de Dorus, filho de Hellen, rei de Achaia e do
Peloponésio, caracterizando a Coluna Dórica pela falta de base.

A Coluna Jônica caracteriza-se pelo seu capitel com um duplo enrolamento, chamado
voluta e apresenta em seu fuste 24 meias canas, separadas por filetes, não formando canto
vivo, como acontece na Dórica.

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A Coluna Coríntia, tida como a mais bela, o fuste é liso ou canelado e o seu capitel imita
um cestão de folhas de acanto. Ela foi criada pelo escultor Calímaco de Corinto, advindo dai o
seu nome.

Antigos escritores maçônicos referem-se aos Três Grandes Pilares Emblemáticos que
sustentam uma Loja de Maçons - Sabedoria, Força e Beleza – Jônica, Dórica e Coríntia -
representado pelo Ven.’. M.’., 1º Vig.’. e 2º Vig.’.

Se considerarmos a altura, o diâmetro, o fuste, o capitel e o estilo de cada coluna,


poderemos tirar grandes conclusões em relação a: Sabedoria, Força e Beleza.

Desde a metade do Século XVIII, começaram a surgir os Certificados Maçônicos ou


Diplomas impressos, ilustrados com as Cinco Ordens da Arquitetura, alguns com as cinco ordens e
outros com somente as três Ordens Gregas.

Já no Painel do Grau de companheiro daquela época apareciam as Cinco Nobres


Ordens de Arquitetura.
Com o crescimento da maçonaria americana, a mesma passou a colocar uma pequena
mesa no centro da Loja e sobre ela o Livro da Lei Sagrado, os pilares vieram para o centro da Loja
também, formando com seus três, as três extremidades de um Esquadro. Hoje nas atuais lojas
maçônicas essas colunas perderam as características das Ordens Arquitetônicas e passaram a ser
usados os candelabros, sem nenhuma associação com os antigos Pilares.

ORIGEM

Sobre as origens da Maçonaria têm-se gasto rios de tinta e escrito as mais fantasiosas
histórias. Desde os mistérios de Elêusis ao rei Salomão e à Ordem do Templo, tudo tem
servido a maçons, desejosos de exaltar a antiguidade da Ordem, e a profanos não menos
desejosos em denegrir essa mesma Ordem, para escreverem mentiras e balelas,
constrangedoras pela ingenuidade e ignorância que revelam.

Ligação direta com o passado, só a encontramos no que respeita ao corporativismo obreiro.


Como diz o historiador da Maçonaria Paul Naudon, numa frase concisa e perfeita.

"A franco-maçonaria apresenta-se, como a continuação e a transformação da organização


dos mestres, da Idade Média e do Renascimento, na qual o elemento especulativo tomou o
lugar do elemento operativo".

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As corporações dos mestres conheciam, é claro, para além do seu caráter puramente
profissional, preocupações de outra natureza: religiosa, iniciática, caritativa, cultural. Tinham
seus patronos próprios, suas festas e rituais ( muitas vezes remontando à Antiguidade, mas
com "disfarce" cristão ), seus mistérios, sua intensa solidariedade. A corporação dos
pedreiros, ligados à nobre arte da arquitetura, incluía-se entre as mais importantes,
respeitadas e ricas em simbologia e em segredos. Nela se fundiam princípios, práticas e
tradições de construção que remontavam aos Egípcios, aos Hebreus, aos Caldeus, aos
Fenícios, aos Gregos, aos Romanos e aos Bizantinos, em suma, a todo o corpo da civilização
européia. Neste medida, e só nela, se pode ligar a Maçonaria a uma remota Antiguidade.

É certo que não deixa de impressionar, na cristalização maçônica de hoje, a existência de


todo um conjunto de elementos que lembram a organização das ordens da cavalaria e,
sobretudo, o ideário dos Templários. Grande parte do vocabulário maçônico está ligado, por
sua vez, ao judaísmo bíblico. Parece, todavia, que esta associação se deve mais à influência
que os Templários exerceram na construção civil e religiosa e nas próprias corporações dos
pedreiros do que a uma ligação direta entre Ordem do Templo e Ordem Maçônica:. Não
convém esquecer que boa parte dos rituais, ditos escocês e francês, com sua complexa
emblemática, foi "inventada" no século XVIII nas cortes e salões aristocráticos da Alemanha,
França e Inglaterra.

As corporações dos pedreiros, como muitas outras, podiam aceitar no seu seio determinadas
pessoas que, em rigor, lhes estariam à margem. Era o caso de estrangeiros, de clérigos, de
agregados à profissão, de personalidades desejosas de se integrarem ou de utilidade à
corporação.

Já desde o século XV, por exemplo, que as corporações maçônicas escocesas tinham
impetrado do rei o privilégio de terem à sua frente, como "grande mestre", um nobre de boa
linhagem, hereditária. No século XVII, muitas lojas de pedreiros britânicas foram
reorganizadas segundo o modelo das academias italianas. Estes maçons aceites tornaram-se,
com o andar dos tempos, tão numerosos que imprimiram à corporação de que faziam parte
um facies completamente diverso do anterior. Nas corporações onde tal começou a
acontecer, o elemento operativo foi cedendo o lugar ao elemento especulativo.

Fonte: Grémio Fénix. (Portugal)

Origem da Palavra
Companheiro
A origem da palavra Companheiro tem sido sempre explicada da mesma maneira por

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pesquisadores maçônicos quer brasileiros quer estrangeiros.
Normalmente, o que se lê é o seguinte: COMPANHEIRO: cum panis, participante do mesmo
pão.

José Castellani, no seu Dicionário Etimológico Maçônico, escreve:


Companheiro — Substantivo masculino (derivada da expressão latina cum panis, onde cum é a
preposição com e panis é o substantivo masculino pão, significando, participantes do mesmo pão), é, entre outras
coisas, o indivíduo da mesma classe, profissão, corporação, etc.
Moisés Mussa Battal, filósofo chileno, tem a mesma opinião:
El compañero, dada la etimologia de la palavra, es el que comparte el pan ganado laboriosamente
(Curso de Docencia para lnstructores Masones, Gran Logia de Chile, p. 425).
Jules Boucher no rodapé da página 203 do seu excelente La Symbolique Maçonique, trata
do assunto da seguinte maneira:
Perdiguier fait dériver le mot compagnon de compas, mais l’étymologie la plus communément admise
est le latin cum panis, avec le pain, c’est-à-dire qui partagent le même pain (Perdiguier deriva a palavra companheiro
de compas, porém a etimologia comumente mais aceita é o latim cum panis, com o pão, quer dizer, que repartem o
mesmo pão).

Consultamos vários autores, todos eles são unânimes em afirmar que a palavra companheiro
vem da expressão latina cum panis.
A idealização da origem da palavra parece bem forjada, entretanto não nos convence, e não
nos convence por várias razões. Primeiro, porque existe o termo companarius, do baixo latim, e
de muito boa formação, largamente usado pelos escritores da Idade Média. Existe no latim
corrente a palavra panarium cesto de pão, lugar onde se guarda o pão. Com-
panarius=companarius é, portanto, de muito boa formação.
A preposição cum (com o significado de em companhia de) não entra na formação das
palavras, sendo substituída por com: com-pauper, companheiro na pobreza: com-potor,
companheiro no beber; compransor, companheiro de mesa; com-bibo, companheiro de
bebedeira. Existe uma grande quantidade de palavras com tal formação. Com-par, companheiro,
camarada; com-parilis, semelhante; comparticeps, que comparticipa de. Não existe, pelo menos
não conhecemos, a expressão com-panis e, muito menos, cum panis.
Isto posto, sem que nos arroguemos o direito de discordar de tanta gente culta e merecedora
de crédito, continuaremos a pesquisar, porque se nos ativermos aos preceitos da gramática
histórica, chegaremos à conclusão de que é mais plausível que companarius se transforme ei
companheiro, do que a expressão cum panis.
Ainda há latinistas na Maçonaria e nós os conclamamos para tentarmos elucidar a questão.
Alea iacta est!

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Ornamentos da Loja de Companheiro

- P.'.S.'.. CCOL.'. DE BRONZE. SALÁRIO. MARCHA DE CC.'..

- Que significa a P.'.S.'. de C.'.?

- ESTABILIDADE, FIRMEZA. É o nome de uma das CCol.'. de bronze, erguidas à


entrada do Templo de Salomão, onde os CC.'. recebiam seus salários.

- Por que o sol.'. desta P.'. difere do da P.'. de A.'.?

- Porque os principiantes são incapazes de descobrir, por SI MESMO, os primeiros


elementos da ciência iniciática e, assim, têm necessidade de serem guiados, que se
lhes dê a primeira para que possam, por seus próprios esforços, encontrarem a
segunda; desde que a encontrem, poderão receber a terceira e assim por diante. Os
CC.'. não são mais ignorantes. Já fizeram provas de iniciativa intelectual; assim,
pode-se pedir que dêem, antes de receberem.

- Que relações existem entre as CCol.'. e o salário que recebem AA.'. e CC.'.?

- Erguidas de cada lado da entrada do Templo de Salomão, correspondem aos


obeliscos egípcios. Eram, como estes, cobertas de hieróglifos ou ideogramas, cujo
sentido os iniciados deviam aprender a decifrar. É, portanto, sua instrução iniciática e
não um salário que os AA.'. e os CC.'. vão receber junto às CCol.'.

- De que eram compostas as CCol.'.?

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- Eram de bronze, para indicar que os princípios da iniciação são imutáveis e que se
transmitem de uma a outra civilização.

- Quais eram as dimensões das CCol.'. de Bronze?

- De dezoito côvados de altura, sem contar o capitel, que media cinco. Além disso,
havia um rendilhado de doze côvados, cercando cada Col.'.. Os capitéis terminavam
em calota esférica, cercada de dupla fila de romãs. Estas proporções dão às CCol.'.
aspecto fálico e as aproximam dos numerosos monumentos fenícios, consagrados ao
Poder Gerador masculino.

- Qual a espessura das CColl.'., segundo as tradições Maçônicas?

- Quatro côvados, porque se as supõe ocas para guardarem os tesouros e as


ferramentas dos AA.'. e CC.'.. - Que representa o tesouro oculto nas CCol.'.?

- A Filosofia Iniciática, cujo conhecimento está reservado aos que não param na
superfície e sabem aprofundar-se nos estudos.

- Por que a marcha de C.'. comporta passos laterais?

- Para indicar que o C.'. não está obrigado a seguir invariavelmente a mesma direção.
Para que possa colher o Conhecimento por toda parte, é-lhe permitido afastar-se do
caminho normalmente traçado. A exploração do mistério não deve, porém,
desorientá-lo e, por isso, todo afastamento da imaginação deve ser seguido de uma
pronta volta à retidão do raciocínio.

- Quais são os ornamentos de uma Loj.'. de C.'.?

- O Pavimento de Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla dentada.

- Para que servem?

- O Pavimento de Mosaico é o soalho do grande pórtico; a Estrela Flamejante brilha,


ao centro da Loj.'., para iluminá-la e a Orla Dentada limita e decora as extremidades.

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Os Aventais Maçônicos

Os aventais maçônicos são puramente ornamentos necessários e simbólicos, que


para chegarem aos modelos que hoje são usados passaram por muitas
modificações com o decorrer do tempo, pois sempre foi uma peça do vestuário
necessário ao trabalho, herdada dos profissionais artesanais do mais longínquo
passado.

No início foram copiados dos aventais usados pelas antigas religiões e corporações,
que também os usavam nas investiduras dos antigos mistérios, constituindo-se,
desde então como símbolo de operosidade e fator marcante nas
cerimônias iniciáticas entre os druidas, essênios, e tantos outros.

Estes aventais sempre se diferenciaram nas diversas corporações; os gauleses,


tinham especial respeito aos aventais, chegando a colocar esse símbolo de forma
simplificada em suas moedas. Ao se abrir o sarcófago do faraó Tutankhamon que
reinou no Egito no século XIV antes de Cristo, o que feito pelo arqueólogo inglês
Howard Carter, para desvendar ao mundo uma riqueza arqueológica de grande
valor, que foi levada para o museu do Cairo, verificou-se que a sua múmia estava
revestida com um avental, com característica bem própria dos Egípcios.

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Entre os essênios era o principal objeto que se entregava ao neófito, e era
obrigatoriamente todo branco.

O avental foi também um emblema astronômico quando de formato semi-circular e


simbolizava o hemisfério sul, e quando retangular representava a parte elíptica de
onde nos vem a luz.

Todos os sacerdotes das grandes religiões antigas usavam um avental. O próprio rei
Salomão, é caracterizado usando essa peça do vestuário. Adão e Eva, ao serem
expulsos do Édem, envergonhados de sua nudez, após cometerem o pecado
original, tiveram que cobrir as suas partes pudicas com folhas de parreira o que
lembra bem de perto um avental.

Na conclusão do Templo de Salomão, os aventais eram de couro, sendo os de


aprendizes grandes que lhes protegiam do peito aos joelhos porque trabalhavam
em desbastar a pedra e cortar madeiras, os dos companheiros eram médios por
trabalharem no acabamento desses materiais, e os dos mestres eram menores por
trabalharem no assentamento e acabamento.

Diz a lenda de Hiram, o arquiteto do Templo, que Salomão teve necessidade de criar
distinções entre os mestres que trabalhavam no ornamento do Templo e na
confecção das peças do culto, para estes criou diversas câmaras, dando a cada uma,
para os seus componentes, aventais com ornatos próprios, para diferenciá-los
conforme a importância dos seus trabalhos, sendo que estes aventais eram usados
com desusado orgulho.

Esse mesmo orgulho sentimos nós, que nos consideramos os construtores do


Templo Simbólico da Humanidade.

As Guildas, que foram associações de mutualidades formadas na idade média, entre


as corporações de operários construtores, negociantes ou artistas, portanto,
corporações de ofício, tiveram forte influência na origem da maçonaria inglesa e,
principalmente no que toca ao emprego do avental, como seu principal símbolo,
mas de início, cada Loja ou cada maçom fazia o seu próprio avental, do modo e
tamanho que lhe aprouvesse, e, o que era pior, punham neles figuras que mais lhes
agradavam, quer pintadas, quer bordadas, ou ornadas de pedrarias, o que acabou
por provocar acirradas polêmicas e discórdias generalizadas. Chegou-se ao cúmulo
de alguns aventais conterem motivos de pinturas usadas nas duas Tebas (Convindo
até lembrar que uma delas foi uma antiga cidade Grega situada a 70 quilômetros a
noroeste de Atenas, esta Tebas hoje se chama Thivai. A outra Tebas foi também
antiqüíssima cidade do Egito localizada à margem esquerda do Rio Nilo, a 800

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quilômetros do Cairo. Esta Tebas foi onde fixaram residências os Faraós, tendo sido
capital do Egito de 2050 a 661 a.C. ano em que foi destruída pelos assírios.
Presentemente constitui o maior acervo de monumentos arqueológicos do Egito. Lá
foram encontrados os Templos de Deir El-Bahri, Medinet Rabu, Luxor, Karnak e o
túmulo do faraó Tutankhamon, descoberto em 1922 no vale dos Reis.).

Outros motivos eram colocados nos aventais, sendo a única característica comum
entre eles que todos eram feitos de pele de carneiro curtida ao sol. Variavam de
tamanho e formato, mas cada qual escolhia a pintura de seus aventais bem como as
suas cores. Esses aventais em geral tinham uma grande abeta que
chegava ao pescoço onde era presa por uma tira também de couro,
mas que às vezes era usada abaixada, e era então o avental
amarrado à cintura por outra tira de couro. Quando usados com
abeta levantada lembram os atuais aventais usados hoje por
açougueiros, padeiros e ferreiros.

No século XIV, esses aventais passaram a ser feitos de couro de boi, muitas vezes
não lhes tiravam os pêlos.

Para harmonizar os interesses e terminar com as deturpações, ou mesmo


aberrações surgidas, as autoridades da Ordem fizeram regulamentos para que as
Lojas, Maçons e as corporações usassem um mesmo avental, o que não foi
conseguido nesta investida. Os regulamentos foram postergados e tudo continuou
da mesma forma por mais algum tempo.

Os nossos aventais têm sua origem nas antigas corporações, é fato inconteste. Eles
representam o que de mais significativo pode haver para o maçom, tendo um
sentido da maior importância como o é a alva ou a estola sacerdotal.

Simbolizam o constante labor a que nos devemos dedicar para nosso próprio
benefício assim como para o nosso semelhante, mas para o avental existem outras
importantes significações.

O maçom só está "vestido" quando está usando o avental do qual obrigatoriamente


deve estar revestido nos seus trabalhos em loja. O maçom tem por obrigação não
ser vaidoso, mas por outro lado, em função do seu cargo tem necessidade, de às
vezes ostentar suas alfaias, jóias, faixas e condecorações, entretanto estas
exigências não o livram da obrigação de usar o seu avental que é a única alfaia que
o torna "vestido" para o trabalho, e o fará recordar de sua iniciação, quando o
Venerável lhe diz: "recebei este avental, que grandes homens, benfeitores da

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humanidade se honraram em usá-los; ele é o emblema do trabalho e vos lembrará
que o maçom sempre deve ter uma vida ativa e laboriosa".

O fato de serem os aventais feitos de couro, nos faz lembrar que está intimamente
ligado com os órgãos do corpo do homem, que o avental deve proteger, pois o
couro desde há muito é tido como protetor que efetivamente protege aquilo que
abriga, de acidentes, da própria intempérie e das más influências.

Não concordamos com a pretensa definição, e porque usamos aventais em nossos


trabalhos, que alguns autores do passado deram a forma dos nossos aventais,
porque eles são puramente simbólicos, e os que usam alguns profissionais em seus
trabalhos, servem simplesmente para lhes proteger o seu corpo, ou mesmo a sua
roupa contra respingos ou nódoas, que o material com que trabalham possa
provocar.

Pretendem esses autores que, o avental de aprendiz com a abeta levantada proteja
o `plexo solar' que corresponde ao "chakra umbilical", que também está ligado ao
epigastro, do `qual' dependem os "sentimentos" e "emoções" psíquicas, que o
iniciado deve proteger esses conceitos, a fim de adquirir condições que lhe
permitam espiritualmente ser um verdadeiro maçom, afirma ainda que o avental do
companheiro é menor, porque ele, o companheiro já adquiriu maior espiritualidade,
e que o avental do mestre era menor ainda porque já havia adquirido a plenitude
das `forças cósmicas do universo', e outras inconveniências como de que, o corpo
físico nada mais é do que o invólucro material visível do espírito que tem obrigação
de participar da obra da construção do templo interno de cada homem, ou ainda de
que a parte superior do corpo, como sendo a "sede da potencialidade" não
necessita da proteção do avental para alcançar a magnitude de sua serenidade.

Nossa opinião é de que tais conceitos não cabem na Ordem Maçônica, mas devem
ser respeitados, como uma crença, ou mesmo uma verdade por estudiosos e
seguidores dessas teorias. Lembramos aqui que, a maçonaria respeita todas as
crenças, menos as totalitárias.

Mas para nós, o avental há de ser sempre e unicamente o nosso principal símbolo
de trabalho.

Acreditamos que as afirmações a que nos referimos é que provocaram, nos


primitivos maçons especulativos mau vezo de não usarem aventais, pois a
Maçonaria Especulativa considerava ponto negativo que os aventais devessem
proteger `chakras', `plexos' e outros "que tais", aos quais estavam habituados e
desconheciam para não dizermos, não acreditavam. Alguns deles chegavam a dizer

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que era ridícula essa prática, pois chegava-se a ponto de abandono do uso dos
aventais que não eram mais entregues nem mesmo ao iniciado, e em muitas lojas
os aventais não eram usados.

Tornava-se pois, urgente tomar-se uma providência saneadora. Em 1725 a


maçonaria especulativa começava a estruturar-se, sendo mais prática, objetiva e
dentro dos parâmetros realmente maçônicos, usando então, modelos para aventais
dos três primeiros graus. Em 1747 consolidam-se os Altos Graus, e com eles vieram
os seus respectivos aventais, com alegorias condizentes a cada grau, que
continham rebuscados motivos.

Entretanto a polêmica continuava e, era necessário chegar-se a um consenso. Para


isso foi convocada uma reunião dos Supremos Conselhos que se realizou em
Lousana em 1875, na qual decidiu-se tornar obrigatório o uso dos aventais, e
dando-lhes formas e dimensões apropriadas:

1)As dimensões dos aventais podiam variar de 30/35 a 40/45;

2)O avental de aprendiz seria branco feito de pele de carneiro com abeta em forma
de triângulo, levantada sem nenhum enfeite;

3)O avental de companheiro também seria branco, com a abeta para baixo, e podia
ser orlado de vermelho (não obrigatoriamente);

4)O avental de mestre seria branco com a abeta abaixada, orlado e forrado de
vermelho, e teria no meio as letras M e B, também em vermelho;

5)Os aventais seriam o símbolo de trabalho, e lembrariam que o maçom deve ter
uma vida ativa e laboriosa e,

6)A cor do Rito Escocês Antigo e Aceito seria a vermelha.

Parece vir daí, que o avental tem triplo significado:

1)O maçom tem obrigação de dedicar-se ao trabalho;

2)O maçom pertence a um meio de trabalho, e

3)O maçom deve proteger-se contra os riscos do trabalho.

Hoje se verifica que essas determinações não são observadas; os aventais variam
em todos os Ritos, países e obediências, principalmente no Rito Escocês e Aceito,
para o qual é direcionado este trabalho.

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Atualmente, sabe-se também que o avental vem sendo dispensado em algumas
câmaras de altos graus, mas isso só ocorre quando o trabalho puramente maçônico
não está sendo praticado, isto é quando se trata de assuntos administrativos. Nos
trabalhos ritualísticos o avental é obrigatório.

É de se notar que, apesar de não existir oficialmente o avental para os Grandes


Inspetores Gerais da Ordem Grau 33 por serem graus administrativos, os irmãos
que pertencem a esta câmara continuam a usar seus aventais porque estão
trabalhando maçônicamente onde não é permitido o trabalho sem aventais.

Quero recordar que o azul é a cor do Rito de York, e que a cor do Rito Escocês é
vermelha.

Mas, verifica-se que o uso do avental nem sempre foi correto, por isso, tem mudado
tanto sob as mais variadas alegações, que além das já citadas, há ainda a dos
fabricantes de alfaias que na ânsia de maiores lucros confeccionam os aventais com
materiais de péssima qualidade, descaracterizam as alegorias, mudam a cor, houve
um fabricante, que deixo de citar seu nome, por motivos óbvios que chegou a
diminuir drasticamente as dimensões do avental, e o que foi o pior, fazia com que
os maçons menos experientes adquirissem faixas, colares e jóias, não condizentes
com o grau em que estavam interessados.

Há ainda um grave erro que algumas Lojas ainda praticam, onde o Venerável e
Oficiais "acham" (e há sempre "achadores") que usando o colar com a jóia do seu
cargo estão dispensados do uso do avental. Isto é uma grave falta que jamais
deveria ser cometida, pois o avental é o nosso verdadeiro símbolo do trabalho e, a
verdadeira roupa maçônica é indispensável a qualquer trabalho dentro do Templo,
do qual maçom algum pode furtar-se a usar.

No passado também o uso do avental foi deturpado para não dizer explorado, pois
algumas corporações profissionais, obrigavam seus aprendizes a trabalharem
gratuitamente como paga pelo direito de usarem os seus aventais.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito o avental de Aprendiz é branco liso com abeta
triangular levantada podendo ser orlado com fita chamalotada com três centímetros
de largura; neste caso seu tamanho é de 35x45 centímetros e no caso anterior é de
30 por 40.

O avental de Companheiro é igual ao de Aprendiz, porém


com a abeta abaixada.

O avental de Mestre Maçom, pode variar em seu tamanho

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de 30x40 a 35/x45 centímetros. Mas muito embora, hoje se use modelo mais
apropriado para o Rito de York, o avental é branco forrado de preto, com abeta, é
orlado com fita vermelha
chamalotada de quatro
centímetros, tendo no canto
inferior esquerdo, de quem o usa, a
letra `M' e do direito a letra `B',
bordadas em vermelho. Este avental também deve ser usado pelos dignitários e
oficiais da Loja, menos pelo Venerável Mestre, que usa avental branco forrado de
preto, orlado com fita vermelha chamalotada de quatro centímetros de largura, mas
terá, saindo de sob a abeta dois pendentes de fita vermelha de cinco centímetros de
largura, em cujas extremidades estarão franjas douradas, na fita da direita, a letra
`M' e na da esquerda a letra `B' , cujo significado não podemos explicar neste
trabalho por ser privativo dos Mestres Instalados. O avental terá duas rosetas
vermelhas, tendo no meio da abeta um "TAU" dourado invertido.

O avental de um ex-Venerável, é igual ao do Venerável, mas no lugar das rosetas


estarão outras "Taus" também invertidos. O avental de um Mestre Instalado é igual
ao de um ex-Venerável.

Queremos esclarecer aqui, que o `Tau' é a décima nona letra do alfabeto grego que
tem a forma de nosso `T' maiúsculo mas cuja grafia
correta é `T'.

A cruz, em forma de `T' também é chamada de Cruz de


Santo Antônio.

Os aventais das autoridades como: Grandes Secretários,


Deputados à Assembléia Legislativa, Membros do
Conselho Deliberativo, Juízes, Delegados do Grão-
Mestrado, dos ex-Grãos-Mestres e seus Adjuntos do Grão-Mestre em Exercício e do
seu Adjunto, embora todos os fabricantes de alfaias, considerem as que fabricam
como os únicos corretos, havendo acentuada divergência entre todos eles, achamos
prudente deixar os modelos de cada um, para ser determinado por cada Grande
Oriente.

Sabemos por outro lado que a Confederação da Maçonaria Brasileira - COMAB, está
estudando o problema para unificação dos modelos dos aventais em sua jurisdição,
sendo certo que os modelos para Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto já estão
definidos e em pleno uso.

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Nos graus filosóficos do Rito Escocês Antigo e Aceito o problema é da maior
complexidade, com cada fabricante apresentando os seus próprios modelos, na
maioria copiados de Potências estrangeiras, onde a diversidade é muito mais
acentuada. Mas com a criação da Excelsa Congregação dos Supremos Conselhos do
Rito Escocês Antigo e Aceito, o problema foi solucionado nos Corpos Filosóficos que
a compõem, pois todos os modelos de aventais estão padronizados. Porém, no
Brasil existem outras. Potências Filosóficas que apesar de praticarem o Rito
Escocês Antigo e Aceito, têm seus aventais bem diferentes.

Terminando. Não é só o problema dos aventais que é difícil de ser solucionado, há


também as demais alfaias que não estão padronizadas e que dificilmente serão
homogêneas, porque haverá sempre aqueles que querem que suas opiniões
prevaleçam e vaidosos que querem exibir aventais mais vistosos.

Em nosso entender este problema só será definitivamente solucionado quando os


responsáveis por todas as Potências se reunirem e decidirem acatar, repetimos,
decidirem acatar as decisões tomadas coletivamente.

Isto seria a melhor das realidades. Mas infelizmente, reconhecemos é uma utopia.

Os Números, Quatro, Cinco e Seis


O NÚMERO QUATRO

- Segundo o texto bíblico o homem é a imagem de Deus conforme a Sua semelhança, Isto nos leva a
concluir que o homem veio diretamente de Deus e, na Filosofia Maçônica, como na Cabala, o número
QUATRO, é o que simbolicamente traduz esta separação aparente em que o homem sai de Deus.

- Existem quatro pontos cardeais, quatro ventos, quatro pilares do Universo, quatro fases da lua,
quatro estações, quatro elementos, quatro humores, quatro rios do Paraíso, quatro letras nome de
Deus (YHVH), segundo uma tradição judaica, cada uma correspondendo a um desses emblemas: Y ao
homem, H ao leão,, V ao touro, o segundo H à águia. Os quatro Evangelista: segundo São Irineu, não
podia haver nem mais, nem menos; e cada um dos quatro emblemas das tribos de Israel foi atribuído
a cada um deles, numa conformidade bastante singular com as características de seus Evangelhos: o
leão a Marcos, o homem a Mateus, o touro a Lucas, a águia a João. Esses animais, por outro lado,
correspondem às quatro constelações cardeais da faixa zodiacal: o Touro, o Leão, o Homem, e a
Águia.

- QUATRO, número dos elementos, é o número das portas que o adepto da via mística deve transpor,
segundo a tradição dos sufis e das antigas congregações dos dervixes. A cada uma dessas portas está
associado um dos quatro elementos na seguinte ordem de progressão: ar, fogo, água, terra. Este
simbolismo pode ser interpretado da seguinte maneira: na primeira porta (o Sheiriat), o neófito, que
conhece apenas o livro, isto é, a letra da religião, está no ar, ou no vazio. Queima-se na passagem do
limiar iniciatório, representado pela Segunda porta, que é a do caminho ou, em outras palavras, do
compromisso com a disciplina da ordem escolhida (Tarikat); os que passaram por essa Segunda porta
são às vezes chamados de os asceas (Zahitler). A terceira porta abre para o homem o conhecimento
místico; ele torna-se um gnóstico (Arif), correspondendo essa transposição ao elemento água. Enfim,

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quem atinge Deus e se funde nele como na única Realidade (Hak) para, com a Quarta e última porta (
a do Hakikat ) , para o elemento mais denso, a terra.

- Simbolicamente temos o Triângulo como a representação do mundo Divino e o Quadrado é a


representação do Templo de Deus no homem.

- Em resumo, quatro aparece como signo da potência, esperança que se opere a manifestação, que
surge com o cinco.

O NÚMERO CINCO

- O número 5 tira seu simbolismo do fato de ser: por um lado, a soma do primeiro número par e do
primeiro ímpar (3 + 3); e, por outro de estar no meio dos nove primeiros números. É símbolo de
união, número nupcial segundo os pitagóricos; número, também, do centro da harmonia e do
equilíbrio.

- É, ainda, o símbolo do homem ( braços abertos, o homem parece disposto em cinco partes em forma
de cruz: os dois braços, o busto, o centro abrigo do coração, a cabeça, as duas pernas). Símbolo,
igualmente do universo: dois eixos, um vertical, outro horizontal;, passando por um mesmo centro.
Símbolo da ordem e da perfeição.

- Ao afirmar, o texto bíblico, que: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó terra”, está,
simbolicamente, afirmando que o corpo material do homem é composto dos QUATRO elementos
primários que presidem à formação dos corpos físicos, Com efeito sabemos hoje que o corpo humano
é constituído de quase 90% de água. Os 10% restantes São formados de substâncias sólidas
representadas por sais minerais e substâncias orgânicas sendo estas, em última análise, constituídas,
também, por elementos químicos. Sais minerais e elementos químicos são , precisamente, os
componentes que, em proporções adequadas, formam a Terra. Além disso, a função orgânica não se
realiza sem o fenômeno da oxidação, ou seja, sem a presença de calor, um dos atributos do Fogo e,
finalmente, a oxidação necessária só se faz em presença de Ar. Sabemos, também, que não basta a
simples reunião destes QUATRO elementos para comunicar ao corpo a característica de “ser vivo”.
Com efeito, uma pessoa que acaba de morrer, possui todos os elementos acima enumerados mas,
agora, já não é mais um ser vivo!

- Há, então, que se considerar a existência de um QUINTO elemento é a Energia UNA, o “sopro” que
causa o “fôlego da vida” e que, retirado do homem o transforma em um cadáver!

- Vimos, então, que o homem vivo é formado de CINCO elementos e a sua representação simbólica,
na Filosofia Maçônica, é o Pentagrama ou Estrela Flamígera, o símbolo do Companheiro Maçom.

Os CINCO talentos da parábola podem ser aplicados, pelo Maçom, como sendo os CINCO sentidos que
lhe foram confiados pelo ABSOLUTO. Resta diligenciar, através de estudos e meditações, para que eles
cresçam e rendam cem por cem, conforme fez o servo com os talentos. Ao Companheiro compete este
serviço. Entregar-se, afanosamente ao estudo de todos os mistérios do grau.

O NÚMERO SEIS

- No apocalipse, o número seis teria uma significação claramente pejorativa: seria o número do
pecado. É também o número do Nero, o sexto imperador. Nesses casos, podemos dizer que a prova
não deu certo. Da mesma forma, o falso profeta, o Anticristo do Apocalipse, terá...a marca, o nome da
besta ou o número de seu nome. Quem é inteligente calcule o número da besta, pois é um número de
homem: seu número é 666. Este número é a soma dos valores numéricos ligados às letras. Ele
designa o César-Nero (se tomarmos as letras hebraicas), o César-Deus (pelas letras gregas); é licito
universalizar a designação, já que a história continua depois da morte do Nero histórico, não sem que
outros “Neros” apareçam, e ver no número da Besta o símbolo do poder ou do Estado Divinizado.

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- Um aspecto simbólico muito mais elevado deve ser estudado no número SEIS. É a Estrela de David,
emblema do Poder Divino e da fraqueza humana. O Hexagrama, que se encontra suspenso no dossel
do Trono do Venerável Mestre de uma Oficina Maçônica é formado por dois triângulos que se
entrelaçam, tendo um o seu vértice voltado para cima, enquanto, o outro está com o vértice voltado
para baixo. Isto forma uma Estrela de SEIS pontas conhecida como Estrela de David.

- O triângulo, como se sabe, é a representação simbólica da Trindade Divina em seus três aspectos. É
o Triângulo que está com o vértice voltado para cima que representa esta Trindade Absoluta.

- O homem é regido por sete Princípios que, na Maçonaria, são representados pelos sete componentes
de uma Oficina. Destes seis Princípios, três representam o Ego ( a natureza superior do homem ) e
que é conhecido normalmente como alma. Estes três princípios são, também, representados pelo
triângulo de vértice para cima e correspondem: o Primeiro Princípio, à Vontade Espiritual, que ocupa o
Plano Espiritual e é simbolizada, na Loja Maçônica, pelo Venerável Mestre; o Segundo Princípio é o
Amor Intuicional, situada no Plano da Intuição e é simbolizado pelo Primeiro Vigilante; o Terceiro
Princípio é a Inteligência Superior, ocupa o Plano Mental Superior e tem seu simbolismo no Segundo
Vigilante.

- Este três Princípios, conforme ficou dito são representados pelo Triângulo Superior e simbolizam o
Macrocosmos, que é o Universo como um todo orgânico em oposição ao Microcosmos que é o Ser
Humano. O homem é o reflexo de Deus, e, por isto, podemos dizer que o Microcosmos é o reflexo do
Macrocosmos. Vimos os Princípios que constituem aqueles aspectos superiores e também se
encontram no homem, representados, simbolicamente, no Triângulo de vértice para cima e ainda, nas
três Luzes da Oficina. Vejamos agora os Princípios que agem no homem em seu aspecto microscópico
e as respectivas representações simbólicas pelos Oficiais da Loja: o Quarto Princípio é a Mente Inferior,
que se desenvolve no Plano Mental Inferior, e é na Loja representado pelo primeiro Diácono; o Quinto
Princípio é o das Emoções Inferiores, se localizam no Plano Astral e é representado pelo Segundo
Diácono; o Sexto Princípio é finalmente, o correspondente ao Duplo Etérico e situa-se no Cobridor
Interno do Templo.

- Quando se considera apenas o homem, tomando-o com um mundo em miniatura o Microcosmo – seu
símbolo é a Estrela Flamejante. Quando, porém se quer simbolizar o mundo em toda sua extensão
infinita, a Estrela de SEIS pontas – o hexagrama – formada pelos dois triângulos entrelaçados e
invertidos será o seu símbolo.

- Mas, não se pode perder de vista que o Hexagrama representa, em seus dois triângulos, os aspectos
espiritual e material do homem, e o seu entrelaçamento simboliza a interligação desses dois aspectos,
prevalecendo a tendência natural de anseio de elevar-se.

BIBLIOGRAFIA
O simbolismo dos números na Maçonaria – Boanerges Barbosa de Castro
Dicionário dos Símbolos – Herder Lexikon
O Mistério dos Números – Halph M. Lewis
Dicionário dos Símbolos – Jean Chevalier. Alain Gheerbrant

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