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Telefone celular (português brasileiro) ou telemóvel (português europeu) é um aparelho de comunicação

por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em
uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular),
cada uma delas servida por um transmissor/receptor. A invenção do telefone celular ocorreu em
1947 pelo laboratório Bell, nos Estados Unidos.[1]
Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas nos telefones móveis, baseadas
na compressão das informações ou na sua distribuição: na primeira geração (1G) (a analógica,
desenvolvida no início da década de 1980), com os sistemas NMT e AMPS; na segunda geração
(2G) (digital, desenvolvida no final da década de 1980 e início da década de 1990): GSM, CDMA e
TDMA; na segunda geração e meia (2,5G) (uma evolução à 2G, com melhorias significativas em
capacidade de transmissão de dados e na adoção da tecnologia de pacotes e não mais comutação de
circuitos), presente nas tecnologias GPRS, EDGE, HSCSD e 1xRTT; na terceira geração (3G)
(digital, com mais recursos, em desenvolvimento desde o final dos anos 1990), como UMTS e
EVDO; na terceira geração e meia (3,5G), como HSDPA, HSPA e HSUPA. Depois da
implementação do 4G (quarta geração), está em desenvolvimento o 5G.
Aparelhos análogos baseados no rádio já eram utilizados pelas autoridades policiais de Chicago na
década de trinta, entre outras tecnologias.
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Designação
Telefone móvel celular, ou simplesmente "celular" (plural celulares) é a designação utilizada no
Brasil, e este termo deriva da topologia de uma rede de telefonia móvel: cada célula é o raio de ação
de cada uma das estações base (antenas de emissão/recepção) do sistema, e o fato de elas estarem
contíguas faz com que a representação da rede se assemelhe a uma colmeia.
Em Portugal, esses equipamentos são chamados telemóveis, por aglutinação de "telefone + móvel".
O termo apareceu quando o sistema de telefonia móvel apareceu em Portugal, nos finais dos anos
1980, pela mão do consórcio CTT / TLP (operador único de telecomunicações, na altura), que
batizou este serviço (assente na tecnologia analógica AMPS) de "Serviço Telemóvel". O termo
ganhou popularidade, em detrimento de "telefone celular", quando a segunda geração apareceu em
Portugal, em 1992. Isto porque o consórcio CTT/TLP decidiu autonomizar os serviços de telefonia
móvel, criando a TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais S.A., que iria utilizar e o termo
"telemóvel" para designar os equipamentos e não o serviço.

História
Ver artigo principal: História do telefone celular
No ano de 1992 a cidade de Murray nos estados unidos comemorou o centenário da primeira
demonstração pública do telefone sem fio feita por Stubblefield, e há réplicas do telefone sem fio
construído nos moldes daquela época.
Rádio-telefone da década de 1960.
Os precursores dos celulares são os rádios comunicadores usados em aviões e barcos. Os primeiros
protótipos de telefones móveis foram criados no Bell Labs em 1947, e a Ericsson chegou a
desenvolver um modelo em 1956.
Na União Soviética, o primeiro celular foi desenvolvido em 1955 por Leonid Kupriyanovich. Ele
pesava 1,2 quilogramas e tinha alcance de 1,5 quilômetro. Kupriyanovich aprimorou esse modelo
em 1961, com um dispositivo ainda menor, pesando 70 gramas, que cabia na palma da mão, e tinha
um alcance de mais de 30 quilômetros. Em 1958, foi desenvolvido, na União Soviética, o serviço
Altay, que era usado em carros e chegou a estar presente em até 30 cidades do país. Em 1965, a
empresa búlgara Radioelektronika também apresentou um sistema de base que podia usar até 15
telefones.
Em 3 de abril de 1973, liderado por Martin Cooper, a Motorola apresentou e fez a primeira ligação
de um telefone celular,[2] com o DynaTAC 8000, que só chegou a ser comercializado em 1983.
Este celular marcou a primeira geração.
Em 1991, houve a primeira transmissão do novo formato digital de sinal digital de celular, o 2G.
Além de conversas, o novo padrão também possibilitava troca de mensagens através do serviço
SMS. Em 1993, foi lançado o IBM Simon, que reunia recursos de celulares e PDAs com tela
sensível ao toque, e que é considerado o primeiro smartphone. O novo padrão variado do 2G
(chamado de 2.5G) adicionou o acesso à internet por telefone celular pelo padrão GPRS. Em 1998,
foram disponibilizados os primeiros conteúdos disponíveis para download na Finlândia e, em 1999,
o primeiro serviço completo de acesso à internet no Japão.
Devido à alta demanda por serviços de internet, foi lançada em maio de 2001 no Japão, a primeira
rede 3G. O primeiro aparelho foi lançado em outubro do mesmo ano. A primeira década do século
XXI viu um rápido crescimento da popularização dos celulares.
No ano de 2007, a Apple lança o iPhone, o seu primeiro smartphone, em um formato que mudou a
aparência da maioria dos telefones celulares, sendo o primeiro aparelho a apresentar tela
multitoque. Tinha, como principal característica, a ausência de teclados numéricos físicos,
deixando-os para serem gerados por software. No ano de 2008, a Google apresenta o Android, seu
sistema operacional para smartphone, que logo se popularizou e é, até o momento, o mais utilizado.
No Brasil

Uma estação rádio base (ERB) de telefonia celular

Motorola DynaTAC 8000X AMPS. Um telefone celular de 1983.


A primeira rede de telefonia celular do Brasil foi lançada pela TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro
em 1990, seguido da cidade de Salvador.[1] Já o estado de São Paulo, foi considerado o último
grande mercado mundial a ser atendido pela telefonia celular, onde o serviço foi iniciado pela
Telecomunicações de São Paulo (TELESP), somente em agosto de 1993.[3]
Segundo a União Internacional das Telecomunicações, o Brasil era o sexto maior mercado do
mundo em telefonia celular no ano de 2010, com 202,94 milhões de aparelhos em uso.[4] Em 2012,
247 milhões de linhas de telefones celulares ativas já existiam no Brasil,[5] e em 2022, atingiu a
marca de 256,4 milhões de linhas ativas.[6]
Mas a partir de 2015, o número de linhas ativas vem decaindo, com 229,2 milhões de
assinantes/conexões no ano de 2018, sendo assim, o quinto país que mais utiliza telefones celulares
no mundo, perdendo apenas para a China, Índia, Indonésia e Estados Unidos.[7]
Operadoras
Sistema Telebrás
Antes das empresas de telecomunicações serem privatizadas, o serviço de telefonia celular no Brasil
era operado em cada estado por subsidiárias das estatais de telecomunicações do sistema Telebrás.
As mais importantes eram:
• TELESP Celular
• TELERJ Celular
• TELEMIG Celular
• TELEBRASÍLIA Celular
Privatização e operadoras atuais
Com a privatização em 1998, o Brasil foi dividido em dez regiões geográficas para atuação das
empresas de telefonia celular.[8] Posteriormente, ocorreram diversas fusões e aquisições, resultando
na criação das quatro principais operadoras de celular do país:[9]
Vivo
Teve origem em 2002 às empresas de telefone celular), na fusão de operadoras das Bandas A e B
(áreas 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e 9), com posterior aquisição de operadora da Banda A (área 4) e de licença
na Banda E (área 10).[10]
• Banda A - Áreas 1 e 2 - Telesp Celular (São Paulo)
• Banda A - Área 3 - Telefônica Celular (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
• Banda A - Área 4 - Telemig Celular (Minas Gerais)
• Banda B - Área 5 - Global Telecom (Paraná e Santa Catarina)
• Banda A - Área 6 - Telefônica Celular (Rio Grande do Sul)
• Banda A - Área 7 - Centro-Oeste Celular (Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins)
• Banda B - Área 8 - Norte Brasil Telecom (Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Roraima)
• Banda A - Área 9 - Telefônica Celular (Bahia e Sergipe)
• Banda E - Área 10 - já operando como Vivo (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do
Norte, Ceará e Piauí)
Claro
Subsidiária da América Móvil para o Brasil, teve origem em 2003, na fusão de operadoras da Banda
B (áreas 1, 2, 3, 6, 7 e 10), e licenças adquiridas posteriormente nas Bandas D e E (áreas 4, 5, 8 e 9).
[11]
• Banda B - Área 1 - BCP Telecomunicações (área 11 - São Paulo)
• Banda B - Área 2 - TESS (áreas 12 à 19 - São Paulo)
• Banda B - Área 3 - Algar Telecom Leste (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
• Banda E - Área 4 - já operando como Claro (Minas Gerais)
• Banda D - Área 5 - já operando como Claro (Paraná e Santa Catarina)
• Banda B - Área 6 - Claro Digital (Rio Grande do Sul)
• Banda B - Área 7 - Americel (Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Rondônia e Tocantins)
• Banda D - Área 8 - já operando como Claro (Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Roraima)
• Banda E - Área 9 - já operando como Claro (Bahia e Sergipe)
• Banda B - Área 10 - BCP Telecomunicações (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do
Norte, Ceará e Piauí)
TIM
Teve origem em 2004, na fusão de operadoras das Bandas A e B (áreas 4, 5, 9 e 10), e licenças
adquiridas posteriormente nas Bandas D e E (áreas 1, 2, 3, 6, 7 e 8).[12]
• Banda D - Áreas 1 e 2 - já operando como Tim (São Paulo)
• Banda E - Área 3 - já operando como Tim (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
• Banda B - Área 4 - Maxitel (Minas Gerais)
• Banda A - Área 5 - TIM Sul (Paraná e Santa Catarina)
• Banda D - Área 6 - já operando como Tim (Rio Grande do Sul)
• Banda D - Área 7 - já operando como Tim (Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins)
• Banda E - Área 8 - já operando como Tim (Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Roraima)
• Banda B - Área 9 - Maxitel (Bahia e Sergipe)
• Banda A - Área 10 - TIM Nordeste (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte,
Ceará e Piauí)
Oi
Teve origem na autorização que a Telemar adquiriu em 2001, para atuar na telefonia celular na
Banda D (áreas 3, 4, 9 e 10), com posterior aquisição de operadoras das Bandas A e E (áreas 5, 6, 7
e 8) e de licenças na Banda E (áreas 1 e 2).[13]
• Banda E - Áreas 1 e 2 - já operando como Oi (São Paulo)
• Banda D - Área 3 - já operando como Oi (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
• Banda D - Área 4 - já operando como Oi (Minas Gerais)
• Banda E - Área 5 - Brasil Telecom Celular (Paraná e Santa Catarina)
• Banda E - Área 6 - Brasil Telecom Celular (Rio Grande do Sul)
• Banda E - Área 7 - Brasil Telecom Celular (Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins)
• Banda A - Área 8 - Amazônia Celular (Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Roraima)
• Banda D - Área 9 - já operando como Oi (Bahia e Sergipe)
• Banda D - Área 10 - já operando como Oi (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do
Norte, Ceará e Piauí)

Em Portugal
Em Portugal, durante o ano de 2004 a taxa de penetração dos telemóveis já ultrapassou os 100%, ou
seja, existem mais equipamentos que habitantes portugueses.[14] Devido a estes números, os
operadores tentam fidelizar os seus clientes através de novos serviços, sobretudo de comunicação de
dados, com destaque para o acesso móvel à Internet através de tecnologias de terceira geração (ex:
UMTS, HSDPA).
Em 2013, existiam em Portugal 16,8 milhões de cartões de telefone emitidos, dos quais 7,4 milhões
pertenciam à TMN, 6,5 milhões à Vodafone e 2,4 milhões à Optimus. Estes resultados fizeram com
que a TMN tivesse uma quota de mercado de 44,48%, a Vodafone cerca de 38% e a Optimus quase
15%.[15]

No mundo
Ver também: Lista de países por número de celulares em uso

Utilidade
O celular/telemóvel que quando lançado ainda na tecnologia analógica era somente usado para
falar, já é usado para enviar SMS, tirar fotos, filmar, despertar, gravar lembretes, jogar e ouvir
músicas, mas não para por aí, nos últimos anos, principalmente no Japão e na Europa, tem ganhado
recursos surpreendentes até então não disponíveis para aparelhos portáteis, como GPS,
videoconferências e instalação de programas variados, que vão desde ler e-book a usar remotamente
um computador qualquer, quando devidamente configurado.

Mensagens de texto

Mensagem de texto SMS em um celular


Além de comunicação de voz, celulares também possuem recurso de mensagem de texto, os
primeiros celulares a terem o recurso surgiram no início da década de 1990 através do protocolo
SMS (Short Message Service), o protocolo de envio de mensagens com conteúdo multimídia foi
introduzido no início da década de 2000 através do protocolo MMS (Multimedia Messaging
Service). Tanto o SMS quanto o MMS dependem do suporte dos aparelhos quanto das operadoras,
foi através da popularização dos serviços de mensagens de texto que os celulares com teclado no
formato QWERTY se popularizaram. Mensagens de texto também podem ser trocadas através de
softwares específicos para celulares que possuem acesso à internet.

Personalização
Juntamente com tecnologia digital, chegou além de qualidade e segurança, a possibilidade de
personalizar os celulares/telemóveis. Inicialmente podia-se configurar o toque monofônico, os quais
são formados apenas por bip de mesmo tom, configurados para ter o ritmo da música, e também as
figuras monocromáticas que são quase desconhecidas. Com a nova geração de aparelhos,
principalmente nos lançamentos do sistema GSM, veio então além de toques polifônicos e em
formato MP3 juntamente com imagens coloridas.
As imagens coloridas podem ser de dois tipos distintos:
• Formato GIF; trate-se de um formato que só suporta 256 cores, nos aparelhos pioneiros,
normalmente era usado esse formato;
• Formato JPG; formato amplamente difundiu graças as câmeras digitais este suporta até 16
milhões de cores e é usado em aparelhos mais avançados, e praticamente todos que possuem
câmeras digitais integradas ao celular.
Para personalizar o seu celular procure o portal da operadora na internet ou pelo próprio aparelho
via WAP, porem lembre-se que WAP é cobrado mesmo para escolher o toque ou a imagem. Há
também sites que distribuem gratuitamente conteúdo para aparelhos diversos, o qual fica mais
barato ao usuário final já que não são protegidos por direitos autorias.

Formatos

LG Rumor, celular no formato slide com teclados no formato


numérico (E.161) e QWERTY.
Telefones celulares podem apresentar vários formatos, primeiramente, se dividem em dois tipos de
interação, os de teclado físico e de toque, os de teclado físico, podendo ser numérico (no padrão
E.161) ou no padrão QWERTY, já os teclados de toque são gerados por software.
O corpo pode utilizar uma ou duas peças, o formato de barra utiliza uma única peça achatada sendo
o mais comum em smartphones, o formato tijolo se refere a celulares antigos e grossos, o flip possui
uma aba que abre e fecha podendo ser vertical ou horizontal, o formato slide tem duas peças que
deslizam também podendo ser vertical ou horizontal, o formato swivel utiliza duas peças que se
movimentam de forma giratória, o formato taco utiliza uma tela no meio, com botões físicos dos
dois lados, seno o formato utilizado pelo N-Gage.

Tipos de aparelhos
Atualmente, costuma se classificar celulares em 3 categorias, dependendo da quantidade de
recursos.

Dumb phones
Os dumb phones (em português "telefones burros") são os aparelhos considerados básicos, que
utilizam apenas as funções de telefonia de voz e mensagens SMS, atualmente são raros de se
encontrar.
Feature phones

Um feature phone
Os features phones (telefones com recursos) seriam os celulares que, além das funções básicas,
oferecem outros recursos como: tela colorida, possibilidade de músicas em MP3, rádio FM, entrada
para fones de ouvido, visualização de imagens e vídeos, câmera fotográfica (geralmente apenas
uma, na parte traseira), e que também pode fazer filmagens, conexões com outros aparelhos via
Bluetooth além de acesso a serviços básicos de internet, principalmente por protocolos WAP e
variações de teclados físico no formato alfanumérico E.161 ou QWERTY.[16]

Smartphones
Ver artigo principal: Smartphone

iPhone, lançado em 2007.


Os smartphones (do inglês "smart", esperto, "phone", telefone) são aparelhos, cujo foco não está na
telefonia, e sim em aplicações, foram popularizados principalmente pela BlackBerry e Nokia, sendo
também sistemas como Palm e Microsoft Pocket PC/Windows Mobile também tendo se tornado
populares. Em 2007 o iPhone redefiniu os smartphones com um modelo com tela multitoque,
acelerômetro e com teclado via software.
Sua principal característica é a possibilidade de instalar programas que utilizam os recursos
disponíveis no aparelho. Alguns exemplos são dicionários, tradutores, jogos e clientes de e-mail. Os
sistemas operativos mais utilizados são o Windows Phone, iOS e Android.[17]
O uso massivo de smartphones permitiu o desenvolvimento de novas tecnologias de internet móvel
em alta velocidade, tornando possível o streaming de vídeos em tempo real, e a videoconferência
com a ajuda de novos equipamentos como câmera frontal próxima ao visor.
Graças à demanda por aplicativos, o tamanho médio dos smartphones aumentou comparado aos
feature phones. Hoje muitos celulares tem telas de mais de 5 polegadas sensíveis ao toque, e os de
mais de 6 polegadas estão se tornando cada vez mais comuns.

Saúde

Sinal de tráfego da proibição do uso de telefones celulares


durante a condução
Os aparelhos celulares, assim como outros dispositivos eletrônicos como rádio, televisão, alguns
controles remotos, redes sem fio de computadores, etc utilizam ondas eletromagnéticas de rádio
frequência (RF) para comunicação. Essas ondas eletromagnéticas são consideradas como radiações
não ionizantes, ou seja, consideradas seguras nas potências utilizadas nos dispositivos celulares cujo
funcionamento atende às recomendações da International Commission on Non-Ionizing Radiation
Protection (ICNIRP) provisoriamente adotadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).[18] No
entanto, a American Academy of Pediatrics (AAP) apoia a revisão destes padrões de segurança,
definidos em 1996 com base em testes de segurança com adultos, sem considerar crianças e
gestantes.[19]
Governos de diversos países estão adotando o Princípio da precaução e aprovando leis que limitam
o uso destas tecnologias. Em 2011, o Conselho da Europa examinou provas de que estas tecnologias
têm efeitos "potencialmente nocivos" para os seres humanos, e concluiu que é necessária uma ação
imediata para proteger as crianças. Para o Conselho da Europa esta ação é crucial para evitar a
repetição dos erros cometidos quando autoridades de saúde pública foram lentos em reconhecer os
perigos do amianto, do fumo de tabaco e do chumbo na gasolina.[20] Países que adotaram o
Princípio de precaução e aprovaram leis que limitam o uso de Wi-Fi e celulares: EUA, Canadá,
Alemanha, Itália, França, Bélgica, Espanha, Índia, entre outros.[21]
Diversos estudos têm sido conduzidos para se determinar possíveis riscos de longo prazo à saúde
humana pelo uso aparelhos celulares: a Organização Mundial da Saúde divulgou, em 2009,
resultados preliminares de um estudo que sugere que o uso de aparelhos celulares pode estar
relacionado a uma predisposição maior a diversos tipos de cânceres;[22][23] em contrapartida,
estudo da Sociedade Dinamarquesa do Câncer, publicado em 2009, realizado com base nos dados
colhidos no período de 1974 a 2003, abrangendo praticamente todos os habitantes da Escandinávia
descarta a ligação de cânceres cerebrais ao uso de celulares[24] Em 2016, a National Toxicology
Program dos Estados Unidos, publicou estudo realizado ao longo de dois anos, cujas conclusões
parciais e ainda sem revisão de pares, concluiu que as lesões hiperplásicas e neoplasias das células
gliais observadas em ratos machos são provavelmente resultado da exposição a radiação por
radiofrequências GSM e CDMA, aumentando a confiança na associação entre a exposição a
radiofrequências e lesões neoplásicas no coração e no cérebro. No entanto, não foram observados
efeitos significativos no coração ou cérebro dos ratos fêmeas.
A parte da divergência entre os estudos sobre os riscos à saúde do uso de celulares muitos
especialistas e entidades de saúde oficiais têm recomendado a utilização limitada destes dispositivos
assim como ao recurso do sistema de mãos-livres (viva-voz). Existe, contudo, um grande consenso
sobre os riscos de acidentes provocados pelo uso de celulares: o uso desses dispositivos ao se dirigir
um veículo automotor ou mesmo ao se caminhar aumentam significativamente o risco de acidentes
através da distração provocada ao se conversar através do celular

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