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Professora: Fernanda Smith

fernandasmith@unifap.br
▪ 1.Transmissão:
▪ Modulação analógica e digital
▪ Multiplexação por divisão na frequência (FDM);
▪ Multiplexação por divisão no tempo (TDM).

▪ 2.Sistemas de Telefonia:
▪ Noções básicas sobre telefonia;
▪ Sinalização nas redes telefônicas

▪ 3.Rádio Digital:
▪ Projeto de enlace;
▪ Desvanecimento;
▪ Diversidade.

▪ 4.Sistemas de Comunicação por Fibras Ópticas:


▪ Cálculo de enlaces ópticos;
▪ Multiplex por divisão em comprimento de onda (WDM);
▪ A rede SONET.
▪ 5.Sistemas de Comunicação via Satélite:
▪ Sistemas GEO, MEO e LEO;
▪ Cálculo de enlaces;
▪ Sistemas de satélite móvel.

▪ 6.Sistemas de Comunicação sem Fio:


▪ O conceito de telefonia celular;
▪ Rede de comunicação sem fio;
▪ O canal de rádio móvel;
▪ Descrição de sistemas.

▪ 7.Redes de Comunicação de Dados:


▪ O modelo de camadas;
▪ Protocolos e enlaces;
▪ Comutação de pacotes;
▪ Roteamento e controle de fluxo;
▪ Redes ATM.
▪ [1] Carlson, Bruce: Communication Systems – 5a Ed. Ano 2009 – McGraw Hill.
▪ [2] Haykin, Simon: Sistemas de Comunicação – 5a Ed. Ano 2011 – Bookman.
▪ [3] Lathi, B. P.: Modern Digital and Analog Communication Systems – 4th Ed. Ano
2009 – Oxford University PRess
▪ Telefonia é a área do conhecimento que trata da transmissão de voz e outros sons
através de uma rede de telecomunicações.
▪ Surgiu da necessidade das pessoas que estão a distância se comunicarem.
▪ O telégrafo é mais velho do que o telefone, mas o conhecimento especial de
código Morse foi necessário para utilizar o telégrafo, relegando, assim, o uso por
especialistas. O telefone utiliza a fala humana normal e, portanto, pode ser usado
por qualquer pessoa podendo transmitir todas as nuances das inflexões da fala
humana.
▪ O telefone e a rede de telefonia pública comutada (RTPC) nos permitem chegar a
qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, a qualquer momento e falar com
elas em nossas vozes naturais.
▪ Os minutos de utilização do telefone, o número de linhas de acesso, e a receita das
empresas de telefonia, atestam a importância central do serviço telefônico na era
da informação e na economia global.
▪ Parte da excitação sobre a rede telefônica é que ela pode ser utilizada com uma
vasta variedade de dispositivos para criar serviços interessantes e úteis, tais como
os modems de acesso à Internet.
▪ 17 de março de 1865 - Fundada a União Internacional de Telecomunicações (em
inglês, International Telecommunication Union - ITU), a mais antiga instituição da
Organização das Nações Unidas (ONU), sediada em Genebra, Suíça. Seus
principais objetivos são coordenar o tráfego internacional de telecomunicações, a
utilização do espectro de rádio frequências, bem como manter e desenvolver a
cooperação internacional, dar suporte ao desenvolvimento tecnológico e prestar
assistência técnica aos países em desenvolvimento.
▪ 1876 - Alexandre Graham Bell apela para seu auxiliar falando junto ao transmissor
do aparelho a que se dedicava: - “Senhor Watson, venha cá. Preciso do Senhor”. Ao
que Thomas August Watson, o eletricista ajudante, responde: “Senhor Bell, ouvi
cada palavra que o senhor disse, distintamente”. No dia 14 de fevereiro de 1876,
Graham Bell solicita o registro de patente do seu invento, duas horas antes de
Elisha Gray, que pesquisava sobre o mesmo assunto ao mesmo tempo que Bell.
Obtida a patente, Bell e Watson retornam a trabalhar com afinco no transmissor de
indução, aperfeiçoando-o, tendo em mente a Exposição do Centenário da
Independência dos Estados Unidos naquele mesmo ano. A Exposição do
Centenário é aberta no dia 4 de julho com a participação de milhares de pessoas,
entre elas personalidades de fama internacional, inclusive o imperador do Brasil,
D. Pedro II.
▪ 1877 - D. Pedro II ordena a instalação de linhas telefônicas interligando o Palácio
do Quinta da Boa Vista às residências dos seus Ministros. Isso aconteceu em 1877,
através dos serviços de montagem da “Western and Brazilian Telegraph”, que
inaugurava efetivamente a telefonia no Brasil. Naquele mesmo ano, o sucesso do
telefone já despertara o interesse do comércio e da indústria. A firma Rodd &
Chaves determinara a ligação de sua sede na atual rua do Ouvidor ao quartel do
Corpo de Bombeiros. Foram instaladas várias linhas telefônicas, a pedido do
Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura, para ligar o Ministério às
repartições da Corte.
▪ 1881 - Após decisão do Conselho de Estado, era concedida à “Telephone
Company do Brasil”, através do Decreto nº 8065, de 17 de abril de 1881, a
permissão “para fazer negócio de construir e fazer trabalhar linhas telephonicas
da cidade do Rio de Janeiro e seus subúrbios e na cidade de Nictheroy”, no
Império do Brasil, que serão postas em comunicação com a dita capital por um
cabo submarino…” Esta empresa foi, portanto, a primeira a explorar os serviços de
telefonia no Brasil com fins comerciais.
▪ 1882 - Através do Decreto nº 8.453-A, foram estabelecidas as bases para a
concessão e linhas telefônicas no País.
▪ 1890 - Outorgada concessão para implantação da primeira linha telefônica
interurbana no País, entre Rio de Janeiro e São Paulo, ficando autorizado o
concessionário, a empresa alemã Brasilianische Elektricitats Gesellschaft, a instalar
centrais telefônicas nas cidades terminais. Em 1912, essa empresa foi incorporada
no Canadá à Brazilian Traction Light & Power.
▪ 11 de janeiro de 1923 - A subsidiária brasileira da Brazilian Traction passou a
denominar-se Companhia Telephonica Brasileira (CTB).
▪ 1957 - Estabelecida a primeira instalação telefônica interurbana através de
enlaces por microondas no Brasil entre o Rio de Janeiro e São Paulo. No mesmo
ano, foi inventado o transistor, que, substituindo as antigas válvulas, permitiu que os
equipamentos de telecomunicações fossem modernizados e diminuíssem de
tamanho.
▪ 1958 - Implantado o sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) entre São Paulo
e Santos através de um cabo coaxial.
▪ 1962 - Neste ano, o país contava com pouco mais de 1 milhão de telefones para
uma população de mais de 70 milhões de habitantes. Mais de 900 concessionárias
de serviços telefônicos operavam no país.

▪ 27 de agosto de 1962 - Editada a Lei 4.117, o Código Brasileiro de


Telecomunicações, de 27 de agosto de 1962. Esta lei possibilitou a criação do
sistema Nacional de Telecomunicações, atribuiu à União a competência para
explorar diretamente os serviços, regulamentou o artigo 151 da Constituição de
1946, que tratava das tarifas, autorizou o Poder Executivo a criar uma empresa
pública para explorar os serviços, definiu uma fonte de recursos (o Fundo Nacional
de Telecomunicações - FNT) para implantação dos meios necessários à execução
dos serviços - a partir de uma sobretarifa de 30% sobre as tarifas dos serviços
públicos de telecomunicações - e “definiu o relacionamento entre o poder
concedente e o concessionário no campo das telecomunicações”.
▪ 16 de setembro de 1965 - Criada a Empresa Brasileira de Telecomunicações
(Embratel), iniciando o processo de modernização das telecomunicações e
constituição do Fundo Nacional de Telecomunicações - FNT, que era formado por
uma tarifa cobrada em todos os serviços de telecomunicações, fornecia recursos
para a EMBRATEL.
Lançamento do primeiro satélite artificial, o INTELSAT-I ou Early Bird, com apenas
240 canais de voz ou telefônicos e um de transmissão de imagens ou televisão
▪ 20 de fevereiro de 1967 - O Decreto-Lei nº 200 criou o Ministério das
Comunicações, exclusivo para promover o seu desenvolvimento.
▪ 15 de março de 1967 - Instalação do Ministério das Comunicações, no mesmo dia
da posse do presidente Costa e Silva.
▪ 1969 - Brasil inaugura sua primeira estação de comunicação com satélites, no
município de Itaboraí, no Rio de Janeiro.
▪ 11 de agosto de 1972 - A Lei 5.792 foi criou a Telebrás (Telecomunicações
Brasileiras S/A) constituída somente em 09/11/1972. A Telebrás veio com a
flexibilidade de uma organização empresarial privada, que implementasse a
política geral de telecomunicações estabelecida pelo Ministério das
Comunicações.
▪ 5 de junho de 1975 - Assinado o acordo para construção e manutenção do cabo
que se denominou BRUS (Brasil-Estados Unidos) e criou uma nova alternativa de
comunicação entre os dois países, até então feita somente via satélite.
▪ 1976 - Criado o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento), vinculado
diretamente à Telebrás, a partir do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento
da empresa. A principal função do CPqD é coordenar, em âmbito nacional, a
realização de programas de intercâmbio com as principais universidades do país e
parcerias com a indústria nacional.
▪ 1995 - O Brasil quebra o modelo monopolista de Telecomunicações. Este modelo
predominou em todo o mundo, até mesmo nos EUA, cujo monopólio privado foi
exercido pela AT&T até 1984, enquanto que no resto do mundo predominava o
monopólio estatal.
▪ 16 de julho de 1997 - Aprovada a Lei 9.472, Lei Geral de Telecomunicações (LGT),
que define as linhas gerais do novo modelo institucional e cria um órgão regulador
independente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
▪ Julho de 1998 - O governo federal privatizou o sistema Telebrás.
▪ Terminal telefônico: O terminal telefônico é o aparelho utilizado pelo assinante. No
lado do assinante pode existir desde um único terminal, até um sistema telefônico
privado como um PABX para atender a uma empresa com seus ramais ou um call
center. Um terminal é geralmente associado a um assinante do sistema telefônico.
Existem também os Terminais de Uso Público (TUP) conhecidos popularmente
como orelhões.
▪ Rede de Acesso: A Rede de Acesso é responsável pela conexão entre os assinantes
e as centrais telefônicas. As Redes de Acesso são normalmente construídas
utilizando cabos de par trançados em que um par é dedicado a cada assinante.
Este par, juntamente com os recursos da central dedicados ao assinante é
conhecido como acesso ou linha telefônica.
▪ A Anatel acompanha a capacidade de atendimento das operadoras telefônicas
através do número de acessos instalados, definido simplesmente como o número
de acessos, inclusive os destinados ao uso coletivo, que se encontram em serviço
ou dispõem de todas as facilidades necessárias para entrar em serviço.
▪ Central telefônica: As linhas telefônicas dos vários assinantes chegam às centrais
telefônicas e são conectadas entre si quando um assinante (A) deseja falar com
outro assinante (B).
▪ Comutação é o termo usado para indicar a conexão entre assinantes. Daí o termo
Central de Comutação (“switch”).
▪ A central telefônica tem a função de automatizar o que faziam as antigas
telefonistas que comutavam manualmente os caminhos para a formação dos
circuitos telefônicos.
▪ A central de comutação estabelece circuitos temporários entre assinantes
permitindo o compartilhamento de meios e promovendo uma otimização dos
recursos disponíveis.
▪ A central a que estão conectados os assinantes de uma rede telefônica em uma
região é chamada de Central Local.
▪ Para permitir que assinantes ligados a uma Central Local falem com os assinantes
ligados a outra Central Local são estabelecidas conexões entre as duas centrais,
conhecidas como circuitos troncos.
▪ Em uma cidade podemos ter uma ou várias Centrais Locais.
▪ Em uma região metropolitana pode ser necessário o uso de uma Central Tandem
que está conectada apenas a outras centrais, para otimizar o encaminhamento do
tráfego.
▪ Estas centrais locais estão também interligadas a Centrais Locais de outras
cidades, estados ou países através de centrais de comutação intermediárias
denominadas de Centrais Trânsito.
▪ O aparelho telefônico é o responsável pela origem e recepção das ligações.
Apesar de seu aspecto simples, ele desempenha um grande numero de operações.
Suas funções incluem:

▪ Solicitação para o uso do sistema telefônico, quando o monofone é levantado;


▪ Indicar que o sistema esta pronto para uso, por meio da recepção do tom de
discar;
▪ Enviar o número do telefone chamado ao sistema;
▪ Indicar o estado da ligação, por meio de sinalização acústica;
▪ Acusar o recebimento de uma ligação, com o toque da campainha;
▪ Converter a voz em sinais elétricos para a transmissão;
▪ Ajustar automaticamente a mudança de potência;
▪ Sinalizar ao sistema o término de uma ligação.
▪ A figura abaixo ilustra o um telefone com seus principais componentes. Os
telefones funcionam com tensão continua de – 48 V (quando “no gancho”),
corrente de operação de 20 a 80 mA , perda típica de enlace de 8 dB e distorção
de – 50 dB.
▪ Os Telefones do passado eram geralmente pretos com um seletor rotativo com
funcionalidade limitada.
▪ Os Telefones de hoje vêm em muitas cores e tamanhos e com a oferta da discagem
de botão de pressão juntamente com uma variedade de recursos inteligentes,
como a exibição do número discado.
▪ No entanto, as funções básicas do aparelho de telefone não mudaram:
▪ O telefone fixo contém um gancho (A4) e um dispositivo de alerta, geralmente
uma campainha (A7), que permanece conectado à linha telefônica sempre que o
telefone está “no gancho” (ou seja, o interruptor (A4) está aberto) e outros
componentes que são ligados quando o telefone está “fora do gancho”.
▪ O telefone necessita sinalizar a Central Telefônica quando um serviço é desejado.
Isto é realizado ao tirar o telefone do gancho.
▪ Operando, assim, uma alavanca que fecha o gancho do telefone (A4),
alimentando o telefone, ligando o transmissor (microfone, A2), receptor (alto-
falante, A1), e componentes de áudio relacionados à linha.
▪ O circuito de fora do gancho tem uma resistência baixa (inferior a 300 ohms) que
causa uma corrente contínua (DC), que passa pela linha (C) a partir da Central
Telefônica.
▪ A Central detecta essa corrente, atribui um circuito receptor de dígitos à linha, e
envia um tom de discagem para indicar prontidão.
▪ O usuário precisa especificar o número de telefone da pessoa chamada.
▪ Isto é conseguido por um processo chamado de discagem.
▪ Os telefones mais antigos utilizam discagem rotativa que interrompe o fluxo de corrente contínua
com pulsos curtos, fornecendo o número de telefone chamado chaveando (ligando e desligando) a
corrente contínua.
▪ Um dedo é colocado no buraco para o dígito a ser discado e girado no sentido horário até parar.

▪ Quando o disco é liberado, ele abre e fecha chaves acopladas ao disco, dependendo do dígito
discado, formando assim o sinal decádico.
▪ Se o dígito discado for "4", a chave abre 4 vezes, durante o retorno do disco.

▪ Se for o dígito "1", esta chave abre uma vez e se for o dígito "O", ela abre 10 vezes.

▪ A central telefônica aceita e

interpreta o sinal decádico fazendo


a conexão com a linha
correspondente ao número discado.
▪ A maioria dos telefones hoje utiliza
discagem por tom.
▪ Quando um dígito específico é
pressionado, uma combinação única de
dois tons senoidais são transmitidos
através da linha para a central
telefônica.
▪ Pode-se ver que ao pressionar a tecla
correspondente ao dígito "1", são
geradas, no circuito integrado que esta
ligado ao teclado, as frequências de 697
Hz e 1209 Hz.
▪ Filtros são usados no aparelho de
comutação da central telefônica para
detectar as frequências dos tons e,
portanto, decodificar os números
digitados.
▪ Uma grande variedade de meios de transmissão têm sido e são utilizados na prestação
de serviços de telefonia.
▪ No nível local, pares trançados de fios de cobre conectam a maioria dos clientes para a
central telefônica.
▪ Muitos pares de fios são colocados em conjunto numa cabo, que é então colocado ou no
subsolo ou em postes.
▪ O cabo coaxial carrega chamadas telefônicas em todo o país.
▪ Micro-ondas de rádio carregam chamadas telefônicas de torre em torre de micro-ondas.
▪ Micro-ondas de rádio também transportam chamadas telefônicas através de oceanos e
continentes por satélites de comunicações localizados em órbita geoestacionária 22.300
milhas acima da superfície da terra.
▪ A escolha hoje do meio de transmissão para a realização de chamadas telefônicas
através de longas distâncias e entre as centrais é a fibra óptica.
▪ Sinais analógicos são grandezas que oscilam entre limites inferiores e limites superiores
e podem assumir valores contínuos positivos ou negativos, estes sinais se propagam
como ondas elétricas através de um meio físico.

▪ No antigo sistema de telefonia, a vibração acústica gerada pela voz é convertida em


sinais analógicos, sendo assim transmitida através da corrente elétrica que varia entre 0
e 48 Volts em um par de fios de cobre, essa corrente trafega até o ponto onde é recebida
e depois convertida em sinais acústicos novamente.
▪ Sinais digitais oscilam entre dois valores discretos, e são caracterizados por ser de
ordem binária, tais valores podem assumir o valor "um” para ligado, ou valor "zero” para
desligado.

▪ Os sinais digitais são mais rápidos e mais confiáveis do que os sinais analógicos e estão
menos sujeitos a erros de transmissão. No sistema atual de telefonia os sinais analógicos
gerados do lado chamador, tal como a corrente elétrica ou a voz humana são convertidos
em valores binários digitais, trafegam até o destino e são convertidos em sinais
analógicos novamente no lado receptor da chamada.
▪ Permite que vários sinais de diferentes fontes (canais) possam compartilhar o mesmo
meio físico
▪ Os dois tipos mais utilizados são: multiplexação por divisão de frequências (FDM)
(analógica) e multiplexação por divisão de tempo (TDM) (digital):
▪ Multiplexação por divisão em frequência (FDM), na qual os sinais são modulados e distribuídos
ao longo do espectro de frequências disponível;
▪ Multiplexação por divisão no tempo (TDM), que aloca janelas de tempo para os sinais
previamente amostrados;
▪ Em FDM, o espectro de frequências é dividido em vários canais lógicos, com cada
usuário possuindo sua largura de banda própria.
▪ Dessa forma, cada canal analógico é modulado em frequências diferentes entre si,
evitando a interferência.

▪ Multiplexação de 3 canais de
telefone (faixa de frequência
original de 0 a 4KHz)
▪ Nota-se que cada canal continua
com um espaço equivalente à
sua largura de banda original
(4KHz), porém, deslocado em
frequência no espectro.
▪ Largura de banda destinada a
uma ligação telefônica é de 4
KHz.
▪ Em um sistema de telefonia, a comunicação de voz faz um trajeto desconhecido pela
maioria das pessoas, passando por diversos tipos de meio físico, como par de fios, fibra
ótica, comunicação via micro-ondas, sofrendo sucessivas multiplexações e
reconstituições do sinal, sendo digitalizado e recuperado novamente, algumas vezes indo
até o satélite a 36.000 Km de altitude e retornando para outro ponto na terra, e assim por
diante.

▪ Além disto, não é apenas um ou dois usuários que estão envolvidos nesta comunicação,
na verdade existem milhares de pessoas se comunicando simultaneamente, levando à
necessidade de existir uma estrutura que suporte isto.

▪ Para tornar realidade essa interconectividade, foi necessário o uso extensivo da


multiplexação dos canais de voz.
▪ São alocados intervalos de tempo periódicos (slots) para cada canal.
▪ Os vários canais são transmitidos através de um sinal de maior taxa.
▪ Cada PC possui um “slot” de tempo para transmitir.
▪ O frame ou quadro é o intervalo de tempo em que cada sequência é repetida.
▪ A comutação também conhecida como chaveamento, é a forma com que
dispositivos de uma determinada rede se comunicam entre si, tais dispositivos
como computadores ou telefones podem estar separados por diferentes
topologias de redes como LAN, WAN ou MAN. Isso faz com que seja necessário
estabelece técnicas de comutação, desde sua origem até o destino.
▪ Quando você ou seu computador efetua uma chamada telefônica, o
equipamento de comutação do sistema telefônico procura um caminho físico
desde o seu telefone até o telefone do receptor.
▪ Uma propriedade importante da comutação de circuitos é a necessidade de se
estabelecer um caminho fim a fim, antes que qualquer dado possa ser enviado.
▪ O tempo decorrido entre o fim da discagem e o momento em que o telefone
começa a tocar pode chegar a 10 segundos ou mais em chamadas interurbanas
ou internacionais.
▪ Durante esse intervalo de tempo, o sistema telefônico procura uma conexão
física
▪ Uma rede de comutação de circuitos é formada por um conjunto de
comutadores conectados por links físicos.
▪ Uma conexão entre duas estações é realizada por uma rota dedicada, formada
por um ou mais links. Entretanto, cada conexão usa apenas um canal dedicado
de cada link.
▪ Cada link é normalmente dividido em n canais por meio de FDM ou TDM.
▪ Antigamente, um telefone era conectado a um outro telefone através de
quadros elétricos operados por seres humanos.
▪ Os operadores humanos utilizavam cabos com plugues um em cada
extremidade para fazer as conexões.
▪ Cada plugue tinha uma ponta e um anel sobre a ponta para criar o circuito
elétrico para transportar os sinais.
▪ Cada um dos seis retângulos representa uma estação de comutação da
concessionaria de comunicações
▪ Cada estação tem três linhas de entrada e três linhas de saída. Quando uma
chamada passa por uma estação de comutação, é estabelecida uma conexão
física entre a linha que transportou a chamada e uma das linhas de saída
▪ A automação do quadro de comutação veio no início da história da telefonia
com a invenção de Almon B. Strowger em 1892 de um interruptor automático
eletromecânico e na criação da sua Companhia Automatic Electric para
fabricar e vender seus sistemas de comutação.
▪ A comutação Strowger foi ignorada pelo sistema de Bell até 1919, quando foi
definitivamente aprovado.
▪ Agora comutação eletromecânica é totalmente obsoleto, e os sistema de
telefonia de hoje utilizam sistemas de comutação eletrônica.
▪ Na realidade, existe uma pequena história surpreendente associada a invenção
do equipamento automático de comutação de circuitos. Esse dispositivo foi
inventado por um agente funerário do Século XIX, Almon B. Strowger. Logo
depois que o telefone foi inventado, quando uma pessoa morria, alguém ligava
para a telefonista da cidade e dizia: "Por favor, ligue-me com um agente
funerário". Infelizmente para o Sr. Strowger, havia dois agentes funerários em
sua cidade, e a esposa do outro agente era a telefonista da cidade. Ele
percebeu rapidamente que teria de inventar um equipamento automático de
comutação telefônica ou seu negocio iria a falência. Ele escolheu a primeira
opção. Por cerca de 100 anos, o equipamento de comutação de circuitos usado
em todo o mundo foi conhecido como engrenagem de Strowger.
▪ Uma variedade de sinais são enviados através da rede telefônica para controlar
seu funcionamento, conhecidos como sinalização.
▪ O tom familiar de discagem (dial tone), sinal de ocupado e de tom de retorno
de toque são sinais de sinalização.
▪ As principais funções do sistema de sinalização são:
▪ Alerta: o sinal gerado quando o usuário levanta o telefone do gancho para efetuar a
ligação.
▪ Endereçamento: são transmitidos pelos usuários através das discagens nos aparelhos
telefônicos por pulsos de correntes elétricas.
▪ Supervisão: mantida por todo percurso de comunicação, do começo ao fim da
chamada, é através desse mecanismo que é possível efetuar a tarifação das ligações,
em outras palavras especificando a duração, valor e hora em que as chamadas foram
efetuadas.
▪ No passado, a rede telefônica precisava saber se um tronco estava livre ou não,
bem como a presença ou ausência de corrente contínua indicando se um tronco
local, estava em uso ou inativo.
▪ Um tom de frequência única de 2600 Hz, que está dentro da banda de voz, foi
colocado em um circuito ocioso para indicar a sua disponibilidade.
▪ Sinalização hoje é realizado por canal comum de sinalização.
▪ Com a sinalização do canal comum, um canal de dados separado dedicado é
usado exclusivamente para transportar informação de sinalização sob a forma
de pequenos pacotes de dados.
▪ O projeto de um sistema de telefonia digital deve levar em conta todos os
aspectos da rede, do locutor ao ouvinte. Algumas características dos sistemas
telefônicos levam a distorção no sinal de voz.
▪ Limitação na amplitude de pico do sinal - Afeta a qualidade da voz, mas não
reduz apreciavelmente a inteligibilidade quando a fala é ouvida em ambiente
silencioso e sob índices de percepção confortáveis.
▪ Corte central no sinal - A supressão dos níveis mais baixos do sinal causa um
efeito drástico sobre a inteligibilidade do sinal e afeta a qualidade da fala.
▪ Deslocamento de frequência - Ocorre quando a frequência recebida difere da
transmitida e afeta a inteligibilidade e o reconhecimento do locutor.
▪ Retardo em sistemas operados por voz - Resulta na omissão da parcela inicial
de uma mensagem. Afeta a inteligibilidade com uma queda linear da mesma
com o aumento do intervalo omitido.
▪ A rede telefônica tem como principal objetivo a transmissão da voz com
inteligibilidade. Portanto, é necessário delimitar a máxima perda que pode
ocorrer entre o ponto junto à boca do assinante falante, até o ouvido do
assinante que escuta.
▪ A máxima atenuação permitida entre a central e o assinante é de 8 dB.
▪ Para verificar se um determinado enlace entre central e assinante não
ultrapassa o limite máximo de atenuação calcula-se a máxima atenuação dos
cabos que compõem o enlace.
▪ O cálculo para atenuação é feito multiplicando a atenuação do cabo em 1000 Hz
pelo comprimento do cabo.
▪ Na tabela abaixo fornecemos os valores de atenuação em dB/Km dos pares
trançados utilizados em telefonia.
▪ A telefonia vem sofrendo mudanças nos últimos tempos. Sendo a mais relevante
a troca do paradigma de redes baseadas na comutação de circuitos, que
compõe toda a malha telefônica comutada, denominada Rede de Telefonia
Pública Comutada (RTPC), por redes baseadas em comutação de pacotes.
▪O modelo utilizado na telefonia convencional (PSTN) baseia-se no
estabelecimento de um circuito entre dois assinantes. Mesmo com a evolução
da telefonia convencional para circuitos digitais e multiplexados, o
estabelecimento do circuito entre as partes ainda é um fator exigido por esta
tecnologia.
▪ Com a utilização de redes baseada na transmissão de pacotes para tráfego de
voz elimina-se a necessidade da utilização de circuitos.
▪ A voz é empacotada e transmitida em redes de computadores juntamente com
os dados que trafegam pela rede, utilizando o protocolo IP para este processo.
Esta tecnologia foi chamada de Voice over IP ou Voz sobre IP (VoIP).
▪ Para a transmissão de voz sobre redes IP, é feito uso de um conjunto protocolos.
▪ A tecnologia VoIP é a evolução do modelo de telefonia convencional que
permite a transmissão de voz através de uma rede TCP/IP.
▪ A telefonia convencional baseia-se na transmissão de voz através da comutação
de circuitos, ou seja, na reserva de largura de banda durante todo o período de
comunicação de voz entre dois usuários.
▪ Cada usuário aloca um circuito para o estabelecimento de uma chamada
telefônica, este circuito é dedicado exclusivamente a este usuário durante todo
o período da chamada telefônica.
▪ A vantagem é que a utilização de largura de banda reservada exclusivamente
para a comunicação entre dois usuários gera um grau de qualidade
significativo, mas por outro lado apresenta um desperdício dos recursos de
rede, já que a largura de banda fica reservada e não pode ser utilizada por
outro usuário durante toda a duração de uma chamada telefônica.
▪ A telefonia VoIP utiliza a comutação de pacotes. Ao contrário da telefonia
convencional as comunicações IP permitem além do transporte de voz, a
integração de vídeo, dados e imagens entre outros.
▪ A comunicação IP não utiliza circuitos dedicados, as diversas aplicações
utilizam a mesma infraestrutura para escoar o tráfego de diversas aplicações
em uma rede sendo necessário implementar ferramentas que priorizem o
tráfego de aplicações que exijam baixa latência, como a telefonia VoIP.
▪ Para que a voz seja transmitida através de uma rede IP é necessário,
primeiramente, codifica-la.

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