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fernandasmith@gmail.com
▪ 1.Transmissão:
▪ Modulação analógica e digital
▪ Multiplexação por divisão na frequência (FDM);
▪ Multiplexação por divisão no tempo (TDM).
▪ 2.Sistemas de Telefonia:
▪ Noções básicas sobre telefonia;
▪ Sinalização nas redes telefônicas
▪ 3.Rádio Digital:
▪ Projeto de enlace;
▪ Desvanecimento;
▪ Diversidade.
▪ Esse cilindro é chamado núcleo da fibra, por onde a luz propaga. O núcleo é
rodeado por um revestimento ou casca dielétrica, com índice de refração 𝑛2 menor
que 𝑛1 .
▪ A diferença entre os índice é que possibilita a reflexão total e a manutenção do
feixe luminoso no interior da fibra.
▪ Ao redor da casca há uma capa feita de material plástico, como forma de proteger
o interior contra danos mecânicos.
▪ A fibra óptica, em sua estrutura, é composta de vidro ou plástico, que são
chamados de materiais dielétricos ou isolantes. A sua forma é cilíndrica e
alongada. É transparente e flexível. Com dimensão de aproximadamente um fio de
cabelo.
▪ Quanto ao vidro, há dois tipos:
▪ sílica, sendo ela pura ou dopada;
▪ vidros multicompostos.
▪ O princípio básico que faz com esse meio de transmissão transporte a luz é o
princípio óptico da reflexão interna total.
▪ A lei de Snell, na equação abaixo, que relaciona os ângulos de incidência, i, e
refração, R, com os índices de refração, dos meios materiais envolvidos, é
empregada para explicar o processo de reflexão interna total:
▪ O número de modos suportados pela fibra pode variar desde 1 até 100.000. Esse
número tem relação com uma grandeza adimensional chamada “ Frequência
Normalizada (V )” cuja fórmula que a define é:
▪ Neste tipo de fibra, o diâmetro do núcleo 2a = 5 𝜇m e é muito menor que o
diâmetro da casca 2b = 125 𝜇m. O índice de refração da casca (𝜂2 ) é ligeiramente
menor que o índice de refração do núcleo (𝜂1 ).
▪ Portanto, as fibras monomodo de dimensões menores e maior capacidade de
transmissão, possuem um único modo de propagação, transmitindo apenas o raio
axial, possibilitando que a luz se propague em linha reta ao longo do cabo
▪ Depois de um sinal óptico ser lançado para a fibra, ele será
progressivamente atenuado e distorcido em virtude dos
mecanismos de espalhamento, absorção e dispersão do
material do vidro.
▪ No destino de uma linha de transmissão de fibra óptica, há
um dispositivo receptor que interpreta a informação
contida no sinal óptico.
▪ No interior desse receptor, um fotodiodo detecta o sinal
óptico enfraquecido e distorcido que emerge a partir da
extremidade da fibra e converte-o em um sinal elétrico.
▪ O receptor também contém dispositivos eletrônicos de
amplificação e circuitos para restaurar a fidelidade do sinal.
▪ A capacidade do receptor para alcançar um determinado
nível de desempenho depende do tipo de fotodetector, dos
efeitos do ruído no sistema e das características dos
sucessivos estágios de amplificação no receptor.
▪ Em qualquer conexão de fibra óptica, incluem-se vários dispositivos ópticos
passivos que auxiliam no controle e na orientação do sinal de luz.
▪ Os dispositivos passivos são componentes ópticos que não necessitam de
controle eletrônico para o seu funcionamento.
▪ Alguns exemplos: filtros ópticos que selecionam uma região estreita no espectro de
luz desejada, divisores ópticos que dividem a potência de um sinal óptico em
diferentes ramos, multiplexadores ópticos que combinam os sinais a partir de dois
ou mais comprimentos distintos de onda para uma mesma fibra e acopladores
utilizados para desviar uma certa porcentagem de luz em geral para
monitoramento de desempenho.
▪ Além disso, as modernas redes de fibra óptica contêm um grande conjunto de
componentes ópticos ativos, que requerem um controle eletrônico para o seu
funcionamento.
▪ Nessa categoria, temos os moduladores de sinal de luz, os filtros ópticos
sintonizáveis, os atenuadores ópticos variáveis e os comutadores ópticos.
▪ Conectores Ópticos:
▪ A junção da fibra óptica ao fotodetector (ou fotoemissor) ocorre graças aos
conectores que permitem junções temporárias entre duas fibras ou nas
extremidades dos sistemas. Considerando a precisão das peças mecânicas que
integram o conector óptico para posicionarem as extremidades das fibras em
relação ao corpo externo do conector, garante-se qualidade na conexão.
▪ As características de transmissão de uma fibra óptica podem ser descritas
essencialmente pelas suas propriedades quanto à dispersão dos sinais por ela
transmitidos.
▪A atenuação está diretamente associada às perdas de transmissão, uma
característica fundamental em todo tipo de suporte de transmissão.
▪ O fenômeno de dispersão, por sua vez, permite caracterizar a capacidade de
transmissão de uma fibra óptica, expressa pela taxa de transmissão (em bits por
segundo) ou pela banda passante em (hertz), respectivamente, nos casos de
sistemas digitais ou analógicos.
▪ Quando o sinal luminoso perde a sua
potência ao longo da fibra óptica,
este processo recebe o nome de
atenuação. Isso ocorre em razão da
limitação da distância existente entre
o início e o fim da transmissão.
▪ Esta perda da potência do sinal
luminoso na fibra é medida em
dB/Km.
▪ As indicações da região próximo do
infravermelho com comprimento de
onda entre 800 e 1800 nm são as que
podem ser usadas para comunicações
com Fibras Ópticas.
▪ A atenuação poderá ocorrer por meio de
Atenuação na fibra de silica mostrando as três
absorção, curvaturas e espalhamento.
regiões de comprimento de onda onde a
maioria dos sistemas com fibras operam.
▪ Absorção: A absorção de parte da energia luminosa ocorre devido à presença de
átomos e também de moléculas de água retidas do vidro, ou por contaminação no
processo de fabricação, ou pela variação na densidade do material.
▪ Curvatura: As perdas da energia luminosa também podem ocorrer por curvaturas
dos seguintes tipos:
a) Macrocurvatura: os raios de curvatura são grandes, quando os cabos ópticos são
posicionados em uma esquina, por exemplo.
b) Microcurvatura: os raios de curvatura são mínimos e próximos do raio do núcleo
da fibra.
▪ Espalhamento: Existe a perda da energia luminosa por espalhamento, que ocorre
quando há a dispersão do fluxo dos raios, em razão da densidade do material da
fibra.
▪ É importante que no dimensionamento de um sistema de transmissão, além das
perdas introduzidas pela atenuação da fibra óptica, devem ser consideradas
também as perdas causadas nas emendas e conexões entre segmentos de fibras e
no acoplamento das fibras com as fontes e detectores luminosos.
▪ As perdas por absorção são causadas pelos seguintes tipos de mecanismos:
▪ Absorção intrínseca: Causada pela interação da luz com um ou mais componentes
do material. Este tipo de absorção depende do material usado na composição da
fibra e constitui-se no principal fator físico definindo a transparência de um
material de numa região espectral especificada.
▪ Considerando-se um processo de fabricação perfeito (sem impurezas, sem
variações na densidade, homogeneidade do material etc.), a absorção intrínseca
estabelece um limite mínimo fundamental na absorção para qualquer tipo de
material usado.
▪ Absorção extrínseca: Causada pela interação da luz com as impurezas de vidro. A
absorção extrínseca resulta da contaminação de impurezas que o material da fibra
experimenta durante seu processo de fabricação.
▪ Absorção por efeitos estruturais: A absorção por defeitos estruturais resulta do fato
de a composição do material da fibra estar sujeita a imperfeições, tais como, por
exemplo, a falta de moléculas ou a existência de defeitos do oxigênio na estrutura
do vidro. Este tipo de absorção é normalmente desprezível com relação aos efeitos
das absorções intrínsecas ou das impurezas.
▪ As fibras ópticas estão sujeitas a perdas de transmissão quando submetidas a
curvaturas que podem ser classificadas em dois tipos:
▪ Curvaturas cujos raios são grandes comparados com o diâmetro da fibra (ocorrem,
por exemplo, quando um cabo óptico dobra um canto ou uma esquina);
▪ Curvaturas microscópicas aleatórias do eixo da fibra cujos raios de curvatura são
próximos ao raio do núcleo da fibra (ocorrem quando as fibras são incorporadas
em cabos ópticos).
▪ Os mecanismos de espalhamento contribuindo para as perdas de transmissão em fibras
ópticas incluem os seguintes tipos:
▪ Espalhamento Linear: causados pela transferência linear de potência de um modo
guiado para outros modos vazados ou radiados. Dentre eles, estão:
▪ Espalhamento de Rayleigh - é um dos mais importantes, originado em defeitos sub-
microscópicos na composição e na densidade do material que podem surgir durante
o processo de fabricação da fibra ou em função de irregularidades próprias na
estrutura molecular do vidro,
▪ Espalhamento de Mie - pode observado quando as irregularidades da fibra têm
dimensões comparáveis ao comprimento de onda da luz;
▪ Espalhamento Não-Linear: causado pela transferência de potência de luz de um modo
guiado para si mesmo, ou para outros modos em um comprimento de onda diferente.
Dentre eles, estão:
▪ Espalhamento de Brillouin estimulado - também originado por elevados campos
elétricos da luz transmitida no núcleo. Neste caso ocorre uma modulação da luz
causada pela vibração das moléculas do meio;
▪ Espalhamento de Raman estimulado - são efeitos originados por elevados campos
elétricos da luz transmitida no núcleo. Neste caso, porém, a transferência de potência
ocorre principalmente na direção de propagação.
▪ O fenômeno de dispersão em uma fibra óptica está associado ao fato de que os modos
de propagação são transmitidos através da fibra óptica com velocidades diferentes,
resultado dos diferentes atrasos de propagação dos modos que transportam a energia
luminosa, tendo por efeito a distorção dos sinais transmitidos impondo uma limitação
na sua capacidade de transmissão.
▪ Dispersão modal: Neste caso a transmissão nas fibras multimodo é afetada, e provém
de cada modo de propagação ter uma velocidade diferente, para um mesmo
comprimento de onda.
▪ Dispersão cromática: o que se chama de dispersão cromática em um material é o
comportamento diferenciado da luz quando se propaga no interior desse material.
Cada comprimento de onda (cada cor) tem um comportamento diferente. A principal
diferença está na velocidade de propagação da luz. Como cada comprimento de onda
(cada cor) se propaga com diferentes velocidades, o material apresenta diferentes
valores de índice de refração em função do comprimento de onda
▪ Dispersão material: é correspondente à dispersão cromática, que é proveniente da
velocidade da propagação de grupo de um modo individual, relacionado ao
comprimento da onda.
▪ Dispersão de guia de onda: também se baseia na dispersão cromática.
▪ Seja
▪ Lt = 150 Km (Comprimento total do cabo)
▪ Fibra óptica com Uc = 0,22 dB/Km (Perda da Fibra)
▪ Ncon = 4 (No. de Conectores)
▪ Ucon = 0,5 dB (Perda por conector)
▪ Ns = 38 150 / 4 = 37,5 = 38 emendas
▪ Us = 0,1 dB (Perda por emenda)
▪ M = 3 dB
1 - Sistema STM 1 (155,52 Mbps)
▪ Laser DFB da Bosch com densidade espectral < 0,4 nm.
▪ PT = de -3 a 0 dbm (0 dBm ou 1 mw é a potencia max)
▪ PR = de -47 a -8 dbm (-47 dBm é a sensibilidade do Receptor)
▪ Máxima dispersão D = 3200 ps
2 - Sistema STM 4 (622,08 Mbps)
▪ Laser DFB da Bosch com densidade espectral < 0,2 nm.
▪ PT = de -1 a 2 dbm
▪ PR = de -37 a -8 dbm
▪ Máxima dispersão D = 800 ps
3 - Sistema STM 16
▪ Laser DFB da Bosch com densidade espectral < 0,15 nm.
▪ PT = de -1 a 2 dbm
▪ PR = de -29 a -9 dbm
▪ Máxima dispersão D = 200 ps
▪ CÁLCULOS:
▪ Sabendo que: PT - NCOM UCOM - NS US - UC Lt - PR - M > 0
▪ At = Atenuação Total
▪ At = UC Lt + NCON UCON + NS US + M - Ganhos
▪ At = 150x0,22 + 4x0,5 + 38x0,1 + 3 – 0 = 41,8 dB
1.- STM 1 0
0 - 2 - 3,8 -33 - (-47) - 3 > 0
7,2 > 0 ok pela atenuação
PR = 0 dBm – 41,8 dB = -41,8 dBm > - 47 dBm
2.- STM 4
2 - 2 - 3 - 33 - (-37) - 3 > 0
- 2,8 < 0 → inviável
Pois, PR = 2 dBm – 41,8 dB = - 39,8 dBm < - 37 dBm
3.- STM 16
2 - 2 - 3 - 33 - (-29) - 3 > 0
- 10,8 < 0 → inviável
Pois, PR = 2 dBm – 41,8 dB = - 39,8 dBm < - 29 dBm
▪ Comportamento da distância em todos os casos:
▪ PT - NCOM UCOM - NS US - UC Lt - PR - M > 0
CONCLUSÃO:
Considerando-se apenas a atenuação somente o enlace STM 1 ( 155 ,52 Mbit/s) é
viável. Para viabilizar os outros enlaces seria necessário melhorar a qualidade da
fibra, utilizar Laser's com maior potência óptica, ou receptores ópticos com melhor
sensibilidade, ou ainda usar repetidores.
▪ Em geral a degradação do sinal pela dispersão não pode ser totalmente
compensada por um aumento do sinal.
▪ O fenômeno da dispersão em fibras ópticas (fibras monomodo) resulta como
consequência de que o índice de refração do material que compõe a fibra óptica,
tem em geral uma dependência não linear com o comprimento de onda ou
frequência óptica transmitida.
▪ Isto implica em diferentes atrasos (velocidades) de propagação para os vários
componentes espectrais de um dado modo de propagação.
▪ Dessa forma, as componentes de baixa frequência que compõem o pulso óptico
podem chegar ao receptor em instantes diferentes das componentes de alta
frequência desse pulso.
▪ Qualitativamente a dispersão afeta a forma dos pulsos e manifesta-se como um
alargamento e deformação do formato do pulso.
▪ Isto leva a uma maior dificuldade na distinção do "1" binário em relação ao "0"
binário, ou seja, ocorre a interferência inter-simbólica.
▪ A compensação da dispersão, pelo aumento de sinal, denomina-se Penalidade da
Degradação por Dispersão ou simplesmente, Penalidade.
▪ Para sistemas de alta capacidade, em geral maiores que 622 M bit/s, os enlaces
tendem agora a ser limitados por problemas relacionados com a dispersão da fibra
óptica.
▪ Para comprovar a viabilidade do enlace sob o ponto de vista da dispersão
devemos aplicar a seguinte fórmula:
▪ Conclusão
▪ Para a distância considerada , o
enlace é viável unicamente para
enlaces com taxas de 155,52
Mbit/s. Nos demais casos seria
necessário utilizar regeneração ou
repetição eletrônica (back to back
ou costa -a - costa) ou ainda
Amplificadores Ópticos.
▪ Sejam agora duas localidades distantes entre si de 300 Km. Queremos viabilizar o
enlace para taxas de transmissão de 155,52 Mbit/s, 622 Mbit/s e 2,5 Gbit/s.
Dimensionar o enlace e determinar os pontos de regeneração. Utilizar os mesmos
dados do exemplo 1.
▪ STM 1
▪ Do exemplo anterior este enlace alcança 171 Km pela atenuação e 277 Km pela
dispersão. Portanto é necessário um ponto de repetição, que pode ser na metade
da distância total.
▪ STM 4
▪ Também do exemplo anterior podemos deduzir que para esta taxa de transmissão
(622 Mbit/s), o enlace fica limitado a 138,6 Km pela atenuação e 138,4 pela
dispersão. Portanto este enlace só fica viabilizado com dois pontos de
regeneração.
▪ STM 16
▪ Seguindo o mesmo raciocínio, podemos observar que para esta taxa de
transmissão, o mecanismo dominante é o cálculo pela dispersão, que limita a
distância entre repetidores a 45, 92 Km e portanto neste casso necessitaríamos 6
pontos de regeneração.