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Soluções e Arquitetura em Fibra

Óptica I
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialsolfo1/default.asp
Esta série de tutoriais apresenta o estudo para implantação da
tecnologia GPON aplicada à solução FTTH em um condomínio de
alto padrão fornecendo serviços como voz, dados e imagem, com
taxa de downstream de até 2,5 Gbit/s. Na Rede Óptica Passiva não
há equipamentos ativos no meio do enlace entre cliente e
prestador de serviço, permitindo que o prestador possua uma rede
de acesso de baixo custo de implantação e manutenção quando
comparada à rede metálica e o número de acessos que a mesma
oferece. As novas redes ópticas passivas ampliam a largura de
banda disponível para o atendimento e, além disso, permite o
aproveitamento das estruturas de redes já existentes e, no futuro
disponibilizarem altas taxas de velocidade compatíveis para o
atendimento aos serviços da Futura Geração de Banda Larga.
Contempla também o histórico de surgimento da Fibra Óptica e
Redes Passivas, bem como seu princípio de funcionamento,
multiplexação do sinal óptico, equipamentos e maneiras de
entrega do sinal através das soluções FTTx. 
 
Os tutoriais foram preparados a partir do trabalho de conclusão de
curso “Soluções de atendimento em Fibra Óptica”, elaborado
pela autora, e apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica, da
Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do
título de Graduado em Engenharia Elétrica. Foi orientador o Prof.
Marcelo dos Santos Menegazzo. 
 
Este tutorial parte I apresenta um breve histórico do surgimento da
fibra óptica e das redes que a utilizam, descreve as Redes Ópticas
Passivas, os equipamentos básicos de uma rede PON, seu
Protocolo de transporte e os diversos tipos de multiplexação em
comprimento de onda, e as topologias possíveis para uma Rede
Passiva. 
 

Patrícia Beneti de Oliveira


 
Engenheira Eletricista com Habilitação em Telecomunicações pela
Faculdade Pitágoras (Julho de 2010). 
 
Atuou como Monitora de Informática na CDM Informática,
ministrando aulas de informática básica (Windows, Word, Excel,
Power Point) e avançada (Corel Draw, Photoshop, Access), como
Analista de Suporte na Rodosis Rastreamento de Veículos,
provendo suporte por telefone para os sistemas da empresa, como
Instrutora de Informática na Methodos Informática Ltda,
planejando, preparando e ministrando cursos de de informática
básica (Pacote Office, Windows e Internet) e informática avançada
(Corel Draw, Photoshop, Flash e Dreamweaver). 
 
Atuou também como Analista de Suporte Técnico na Altatech
Soluções em Tecnologia / Sandoz Indústria Farmacêutica Ltda,
provendo suporte, formatação e configuração de Workstation e
Laptops em rede, suporte remoto, conexão e configuração de
Internet Wireless / a cabo via VPN e instalação e configuração de
sistema e acesso da ferramenta SAP. Atuou ainda como Estagiária
na Sercomtel S.A – Telecomunicações, executando atividades de
planejamento de dados e transmissão para as redes existente,
configuração de equipamentos e planejamento e execução de
projetos de atendimento de clientes das redes de transmissão e de
dados. 
 
 
Email: patricia_beneti@hotmail.com

Fibra Óptica I: Introdução


 
Histórico
 
Desde o início dos tempos o homem já utiliza a luz como meio de
comunicação. Sinais de fogo no alto de colinas com o objetivo de
transmitir a informação de que um exército se aproximava
também com o advento das lâmpadas a utilização de reflexão de
luz por faróis costeiros, com o objetivo de orientação para navios.
Estes primeiros sistemas de comunicação tinham entre si duas
dificuldades: a capacidade de informação transmitida e a distância
que essas informações alcançam.
 
Mas já no principio pode-se identificar a utilização de três
elementos básicos de um sistema de comunicação: transmissor
(farol e seu espelho refletor da luz), meio de transmissão (ar) e o
olho humano como receptor (necessário entender a codificação
usada).
 
O desenvolvimento da comunicação por fibras ópticas data do
século XIX. Uma das importantes descobertas para o inicio de
transmissão a longas distancias foi realizado pelo matemático
Willebrord Snell, em 1621, onde o mesmo descobriu que quando a
luz atravessa dois meios sua direção muda, descrevendo assim o
princípio de refração da luz, fenômeno que foi demonstrado pelo
mesmo através de uma vara em um copo de água.
 
Já em 1840, os cientistas e físicos suecos Daniel Colladon e o
francês Jacques Babinet, demonstraram que a luz pode ser guiada
através de um jato de água curvo confirmando o Principio de
Reflexão Interna Total (TIR), onde os créditos deste fenômeno
foram atribuídos a John Tydall em 1870, quando o mesmo
demonstrou a Sociedade Real Britânica este princípio
(WOODWARD, 2005).
 
Em 1880, Alexandre Graham Bell, inventou o fotofone, um sistema
de comunicação por luz. O equipamento refletia a luz do sol por
um espelho fino modulado pela voz, a luz modulada incidia sobre a
célula de selênio que convertia a mensagem em corrente elétrica e
enviava aos fones onde a mesma era reproduzida (WOODWARD,
2005; JESZENSKY, 2004).
 
Após quase 100 anos da descoberta de John Tydall, em 1960 com a
invenção do laser, a capacidade de banda para comunicação
aumentou exponencialmente, e o pensamento antes futurista de
redes de comunicações ópticas começava a se concretizar.
 
As primeiras fibras possuíam 1000 dB (decibéis) de atenuação por
quilometro. Segundo estudos realizados pelo Dr. Charles K. Kao, o
primeiro a demonstrar a baixa perda de potencial em fibras de
sílica para longas distâncias em 1966, com perdas na fibra a 20
dB/km, o problema de perdas não é causado por deficiências
inerentes do material, mas por falhas no seu processo de
fabricação.
 
Assim em 1970, a primeira fibra realmente com baixas perdas foi
desenvolvida e nos sistemas de comunicação torna-se prático com
uma atenuação por quilometro, já em 1979 de 0,2 decibéis por
quilometro (WOODWARD, 2005).
 
O custo de se instalar a fibra para atendimento ainda era inviável,
mas a forma de se entregar banda larga (principalmente vídeo)
estava mudando. Investimentos para se atender ponto-a-ponto já
eram viáveis no final dos anos 70 em fibra multímodo.
 
A primeira aplicação comercial da fibra em sistemas de
comunicação ópticos ocorreu em 1977 pela a AT&T e GTE, usando
fibras ópticas de índice gradual e operando a 45 Mbit/s, para o
atendimento dos sistemas telefônicos de seus clientes comerciais
(WOODWARD, 2005; AGRAWAL, 2002).
 
O aprimoramento da fibra ao longo dos anos levou ao aumento
considerado da banda de transmissão, assim em 1986, no
laboratório da Bristish Telecom (BT) na Inglaterra, com o trabalho
pioneiro de Keith Oakley e Chris Todd iniciou-se o desenvolvimento
do conceito PON (Passive Optical Network).
 
Até então as redes trabalhavam com bandas estreitas a Telefonia
sobre PON (TPON). Utilizando modulação TDM, o TPON era
limitado a 2 Mbit/s, sendo essa capacidade utilizada para telefonia
e ISDN, mas não para transmissão de dados. O TPON não teve
sucesso na área comercial, sua evolução no atendimento em
banda larga para empresas idealizou-se através da Broadband
PON  (BPON) (WOODWARD, 2005; AGRAWAL, 2002).
 
Na década de 1990, a BT continuou o desenvolvimento de suas
redes PON e conceituou a utilização de amplificadores ópticos nas
arquiteturas de rede pelo SuperPON, tendo como enfoque
maximizar o compartilhamento das redes PON em um enlace de
longo alcance - 3000 usuários a uma distância de 100 km. A
fundação européia Advanced Communication Technologies and
Services (ACTS) continuou o SuperPON até 1999 com o projeto
AC050 PLANET, onde a sigla PLANET significa Photonic Local Access
Network.
 
Com o passar dos anos a Nippon Telegraph and Telephony (NTT)
continuou os seus estudos sobre a fibra, já que em 1978 foi a
primeira a fabricar fibras ópticas monomodo, em 1996 ofereceu TV
a cabo (CATV), VoD e serviços de Rede Digital de Serviços
Integrados (RDSI) para usuários residenciais e caminhos virtuais
para usuários corporativos e do tipo Small Office/Home
Office (SOHO), através de um sistema proprietário. A partir de 1997,
a NTT desenvolveu uma sucessão de sistemas BPON combinadas
com o protocolo ATM, e até o ano 2000 o ATM-PON estava em
quase todo o Japão, usando recomendação da G.983
da International Telecommunication Union (ITU): inicialmente obtinha
155 Mbit/s simétricos, suportando ATM em 155,52 Mbit/s
monomodo e multímodo óptico, taxa que após foi aumentada para
622 Mbit/s (WOODWARD, 2005).
 
Gradativamente, a fibra óptica, é utilizada nos novos enlaces de
comunicação das operadoras substituindo as redes de pares
metálicos (cabos de cobre). Tem-se como destaque o lançamento,
em dezembro de 1988, do TAT-8, primeiro cabo óptico
transatlântico que entra em operação.
 
Uma nova tecnologia de multiplexação aumentou ainda mais a
taxa de transferência de bits pela fibra, o WDM (Wavelength Division
Multiplexing) Multiplexação por comprimento de onda. Esta
multiplexação aumentou a capacidade de transmissão da fibra já
implantada, além de tornar possível uma interação entre a atual e
a próxima geração de tecnologias.
 
Entre 1993 e 2004, as comunicações ópticas se desenvolveram
intensamente, e a fibra que já é utilizada nas Redes Core (enlaces
nacionais, continentais e mundiais), passaram a ser aplicada em
enlaces de Redes Metropolitanas (entre cidades) e em Redes de
Acesso (enlace local na cidade).
 
A primeira rede óptica instalada na América Latina opera desde
1992. A rede da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa),
conhecida por rede Ipê, possui 27 pontos de presença (PoPs) e
interliga principalmente universidades federais e centros de
pesquisa.
 
Soluções FTTx para distribuição do acesso na última milha também
já são aplicadas nos grandes centros, segundo publicação na
Revista Teletime, de março de 2009:
 
“A própria Oi já testa desde meados de 2007 um serviço de
VOD, dados e voz na Barra da Tijuca, Zona Sul do Rio de
Janeiro, em um projeto de fiber-to-the-home (FTTH)”.
 
Também a empresa Telefônica possui uma rede FTTH nas cidades
de Sorocaba, Santos, Campinas e região metropolitana de São
Paulo, mas esta rede trafega apenas dados e voz, pois a operadora
não dispõe de licença para transmissão de TV. A operadora GVT
adentra com solução FTTN (Fibra até o nó) e Ricardo Sanfelice,
diretor de marketing e produtos da empresa, explica que os
armários estão espalhados num raio de 800 metros a no máximo
um quilômetro de distancia dos usuários, podendo-se realizar o
atendimento final em altas taxas com tecnologia ADSL implantada
(Teletime, Março 2009).
 
Dentre as especificações e exigências, as recomendações PON
baseadas em tecnologia ATM são desenvolvidas pelo comitê Full
Service Access Network (FSAN) e aprovadas pela ITU. Entre os países
mais recentes que estão implantando tecnologia PON se
enquadram Japão, Coréia e EUA (LIN, 2006).
 
Motivação e Objetivos
 
O mercado atual de telecomunicações teve nos últimos anos um
aumento exponencial da taxa de banda de transmissão e recepção
de dados. Segundo dados do último estudo de banda larga
realizado pelo IDC (Internacional Data Group) em parceria com a
Cisco, estima-se que existam mais de 26,8 milhões de conexões de
Banda Larga na América Latina – informação prevista para
dezembro de 2008 – e que para o ano de 2010, o Brasil atinja a
meta de 15 milhões de conexões, sendo que a faixa de velocidade
de transmissão de banda larga que apresentou maior crescimento
no primeiro semestre de 2009 foram às solicitações de 2 Mbit/s,
que representam 16% das conexões no Brasil (Cisco, 2009).
 
Desde outubro de 2008, o KDDI, segundo maior operador fixo no
Japão, disponibiliza conexões residenciais de 1 Gbit/s, utilizando
fibra óptica até a residência (FTTH), na região de Tóquio e em
Hokkaido, na época o serviço custava R$ 95,00 (ou 5560 ienes,
moeda local). Nesta mesma rede, outra operadora – HIKARI-one,
oferece serviço de 100 Mbit/s.
 
Diversas formas de regulamentação da banda larga foram
implantadas em países como Japão, Coréia do Sul, União Européia,
Finlândia, França, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, México,
Chile e Austrália. Esta última em abril de 2009 anunciou um projeto
de banda larga FTTH. Apresentam-se na figura 1 os poucos países
tem redes abrangentes de fibra para domicílios e empresas.
 

Figura 1: Principais países em penetração por domicílios da


configuração FTTH/B até o 4º trimestre de 2008
(Fonte: FRIEDRICH et al, 2009)
 
Mediante análise de Mobilidade, Velocidade de Conexão e custo
efetivo medido em bits por unidade monetária, mostrados na
figura 2, realizamos uma rápida análise da expansão de acesso.
Observa-se que no quesito velocidade, o desempenho da fibra
óptica é maior no mercado de tecnologias hoje oferecidas para
tráfego IP, o que aprova o seu custo efetivo. A sua superioridade
mostra o futuro de redes cabeadas é a utilização de fibra óptica
funcionando como um indutor de maior eficiência não só em
telecomunicações, mas também na economia.
 

Figura 1 - Performace das Tecnologias aplicadas em Banda


Larga
(Fonte: OECD, 2006)
 
Atualmente as operadoras entregam aos usuários domiciliares
taxas de ordem de Megabits através de cabo metálico par trançado,
mas para este tipo de tecnologia tem-se a limitação no
atendimento pela distância do usuário ao ponto de presença mais
próximo. Cada vez mais consumidores buscam por maiores
velocidades de banda e a preços acessíveis e, as prestadoras de
serviços vêem neste mercado consumidor, um potencial de
crescimento e substituição de suas redes metálicas por redes
ópticas.
 
As redes ópticas passivas adentram com tecnologia que permite
sistemas com baixo custo e elevada largura de banda, além de
proporcionar distancias maiores para o atendimento e evitar as
complexidades de se manter equipamentos durante o enlace, visto
que não há equipamentos eletrônicos somente passivos. Este
trabalho dispõe de um estudo sobre a rede óptica passiva, e os
diferentes tipos PON, bem como seu funcionamento,
equipamentos e protocolos de comunicação utilizados. E realizar o
dimensionamento de uma PON utilizando a solução FTTH.
 
Tutoriais
 
Este tutorial parte I apresenta um breve histórico do surgimento da
fibra óptica e das redes que a utilizam, descreve as Redes Ópticas
Passivas, os equipamentos básicos de uma rede PON, seu
Protocolo de transporte e os diversos tipos de multiplexação em
comprimento de onda, e as topologias possíveis para uma Rede
Passiva.
 
O tutorial parte II descreverá a operação da Rede PON, as
diferentes formas de atendimento do usuário através da rede
óptica passiva e suas características e aplicações, e apresentará o
projeto e o dimensionamento das redes passivas aplicadas em um
condomínio de alto padrão, na visão do prestador de serviços e as
ofertas de dados, voz e imagem por um único cabo de fibra óptica,
comparando os custos do enlace em fibra óptica e par metálico.
Apresentará tambpem uma breve conclusão da análise ao projeto
exposto e as conclusões finais e recomendações para a futura
implantação de uma rede PON.

Fibra Óptica I: Conceitos


 
Fibra óptica
 
A fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico (sílica
ou plástico) e possui o seu diâmetro menor que um fio de cabelo. A
composição entre a sua casca e o núcleo se encontra diferenças
entre o índice de refração, sendo o do núcleo maior que o da casca,
com a finalidade de oferecer condições de propagação da luz com
reflexão total, ou seja, uma transmissão aparentemente sem
perdas.
 
Luz
 
Para sistemas de transmissão por fibra óptica utiliza-se como fonte
de luz um diodo LASER (Light Amplification by Estimulated Emission
of Radiation) ou um diodo emissor de luz (LED). No caso de redes
ópticas aonde o sinal irá se irradiar por quilômetros, o diodo LASER
é o mais indicado, pois o mesmo possui um controle de irradiação
por polarização DC. Sendo que a emissão de luz somente é iniciada
quando uma corrente DC aplicada ao laser, atinja um limiar, o que
permite que a sua potência luminosa seja superior ao LED, que não
possui limiar e irradia qualquer corrente positiva que o atravessa.
 
Assim a presença de um “1” lógico eleva a corrente para além do
limiar e faz o diodo laser emitir luz, e o “0” lógico mantém a
corrente no limiar, não ocorrendo irradiação.
 
A faixa de freqüências (ou comprimentos de onda) mais utilizadas
pelas comunicações ópticas se encontra nas regiões do
infravermelho, luz visível e ultravioleta do espectro (JESZENSKY,
2004), visualizado na figura 3.
 
 
 
Figura 3: Espectro eletromagnético
(Fonte: UFRJ, 2009)
 
Na região da radiação infravermelha se encontra duas faixas de
freqüência nas quais o vidro é eficiente, que ocorre nos
comprimentos de onda de 0,85 μm e na faixa entre 1,1 e 1,6 μm.
Assim os dispositivos LASERS utilizam os comprimentos de onda
1310nm e 1550nm, em sua maioria (FERNANDES, 2003). Detalhe
que é evidenciado na figura 4.
 
 
 

Figura 2 - Janelas para transmissão pela fibra


(Fonte: Apostila, 2006)
 
Tipos de fibras ópticas
 
A fibra óptica pode ser dividida através do meio de propagação do
sinal. Quando um sinal se propaga através da fibra em várias
direções simultâneas diferentes, características estas da Fibra
Multímodo, agora quando se propaga em apenas uma direção
tem-se a Fibra Monomodo. Quando comparamos uma fibra
multímodo com uma fibra monomodo conclui-se que as mesmas
têm vantagens e desvantagens na construção de um enlace.
 
Uma Fibra Multímodo pode ser construída com tamanhos de
núcleos de 50; 62,5; 82,5 ou 100 µm, e quando confeccionadas com
plástico especial geralmente são da ordem de 1000 µm
(FERNANDES, 2009). São usadas principalmente em LAN’s, pois tem
um baixo custo e apresentam alto índice de refração quando
comparadas com outras fibras confeccionadas para a mesma
situação e, também por ter o seu processo de fabricação mais
simples, dependendo da dopagem realizada para se obter um
melhor índice de refração, tem maior aproveitamento a curtas
distâncias, porém com uma taxa de transmissão menor quando
comparada com uma Fibra Monomodo.
 
As Fibras Monomodo possuem o diâmetro do seu núcleo da ordem
de 3 a 8 µm, muito menor se comparado com o núcleo de uma
fibra multimodo (FERNANDES, 2009), o que proporciona uma
desvantagem no alinhamento dos núcleos nas emendas e
conectores, que devido a este problema, precisam ser específicos
aumentando o custo de implantação. Mas hoje a fibra Monomodo
é a mais utilizada em enlaces intercontinentais, nacionais e
metropolitanos, devido a sua baixa atenuação para longas
distâncias e alta capacidade de transmissão de taxas elevadas,
superiores a Gbit/s.
 
Perdas nas fibras ópticas
 
As características de transmissão em uma fibra óptica podem ser
descritas pelas suas propriedades de atenuação e dispersão.
Existem alguns fatores que influenciam negativamente a
propagação do sinal pela fibra, como absorção, espalhamento,
curvaturas e características do projeto de guia de onda. No enlace
óptico também existem alguns elementos que contribuem para
perdas, devido a sua própria característica construtiva, são:
acopladores de entrada do canal, emendas, conectores, a própria
característica da fibra, regeneradores e todo elemento passivo
quanto ativo na rede.
 
As fibras de plástico possuem maiores atenuações que as fibras de
vidro, devido a características do material, por isso as fibras de
vidro são mais utilizadas em longos enlaces.
 
Os enlaces estão limitados em comprimento pela atenuação do
sinal e em capacidade de transmissão pela distorção do sinal.
 
Existe a atenuação devido à limitação da distância entre a origem e
o fim da transmissão, a mesma define características de aprovação
do enlace ou realização de novo estudo. A atenuação do sinal em
potencia ao longo da fibra é medida em dB/km e é dada pela
relação
 

(1
)

 
Onde α é o coeficiente de atenuação, L (km) é o comprimento da
fibra, Pin é a potência do sinal de entrada e Pout é a potência de
saída na fibra.
 
As principais causas de atenuação na fibra definem-se por:
absorção, espalhamento e curvaturas.
 
Define-se como Perda por Absorção Total (Pat) a somatória das
Perdas por Absorção Intrínseca (Pai), Extrínseca (Pae) e, por
Alteração Atômica (Paa). A Perda por Absorção Intrínseca ocorre
devido à qualidade do material utilizado na fabricação da Fibra
Óptica, geralmente sílica, em torno de 0,003 dB por km. A Perda
por Absorção Extrínseca relacionada com a impureza do material
onde pode ter a presença de íons hidroxila (água dissolvida no
vidro) e Perda por Absorção por Alteração Atômica (normalmente é
desprezível, porém exposto à radiação, o material da fibra pode
sofrer alterações atômicas e significativas) (FERNANDES, 2003).
 
A Perda por Espalhamento é a dispersão de parte da energia
luminosa guiada pelos vários modos de propagação em várias
direções no interior da fibra, conhecidos por espalhamento
de Rayleigh, Raman estimulado e Brillouinestimulado. O mais
conhecido espalhamento de Rayleigh ocorre pela não linearidade
do sinal devido a defeitos na estrutura física do material
construtivo da Fibra Óptica provocando irradiação da potencia do
feixe luminoso (APOSTILA, 2006).
 
Outro tipo de atenuação que se apresenta na Fibra Óptica está
relacionado com as deformações mecânicas que a mesma sofre no
enlace conhecido como Macrocurvaturas e Microcurvaturas. A
Macrocurvatura ocorre quando a fibra sofre um raio de curvatura
muito acentuado e o sinal de luz tende a se irradiar para fora da
fibra, a Microcurvatura são pequenas irregularidades no raio de
curvatura da fibra, que podem se originar no processo de
fabricação da Fibra Óptica ou por pressões laterais no processo de
cabeamento da fibra, podendo ter danos irreversíveis que
impedem o seu uso (FERNANDES, 2003). Por isso para cabeamento
de fibra óptica é importante se ter mão de obra especializada para
que ocorram menos danos na implantação da Fibra e na atenuação
do sinal devido à macrocurvaturas e emendas mal feitas.
 
É importante que num projeto óptico, todas as perdas do enlace
sejam somadas, como as citadas acima e também dos elementos
ópticos (transmissor e receptor), emendas, conectores,
componentes passivos e ativos, e que o estudo do resultado final
seja viável a implantação do enlace atendendo os critérios de
parâmetros do sistema como normas ITU-T e também a
necessidade da operadora/cliente.
 
Sabendo quais equipamentos serão instalados nas pontas (Tx-Rx),
quantas emendas o enlace irá possuir, a atenuação dos elementos
passivos do enlace, pode-se usar o OTDR (Refletômetro Óptico por
Domínio de Tempo – Optical Time Domain Reflectometer). O OTDR é
um instrumento de medida, o qual detecta luz refletida em
emendas ou conectores e luz retro-refletida devido ao fenômeno
de Espalhamento  Rayleigh. Assim, localização de eventos (falhas,
emendas e conectores) e medidas de perdas de transmissão a
partir de um extremo da fibra óptica é possível de se efetuar de
modo eficiente. Assim com este valor basta somar a atenuação dos
elementos e conectores instalados em Tx e Rx para se conseguir a
atenuação total do enlace.
 
Características de utilização
 
A utilização da fibra óptica está cada vez maior, por apresentar
uma ótima relação Custo/Benefício e principalmente por não existir
outros meios de comunicação com melhores parâmetros de
Atenuação, Velocidade de Propagação, Capacidade de Transmissão
e Custos, tão bons quanto os apresentados pelas fibras ópticas.
 
A contínua evolução das Fibras permite a implantação hoje de
redes ópticas, classificando-as em três categorias principais: rede
core, na figura 5 representada como Rede Global, Rede
Metropolitana e Rede de Acesso.

 Rede Core (Global): Atendem longas distâncias, entre


centenas e milhares de quilômetros. É identificada nas redes
intermunicipais, nacionais e intercontinentais. Utiliza
multiplexação DWDM (Multiplexação Densa de Comprimento
de Onda ou Dense Wavelength Division Multiplex), onde a taxa
de transmissão total é dada pela taxa agregada dos
diferentes feixes de luz que se propagam em uma fibra
óptica. Chega a atender em taxas de Centenas de Gigabits
por segundo a alguns terabits por segundo.
 Redes Metropolitanas (MAN – Metropolitan Access
Network): Identificada em escala regional nas áreas
metropolitanas das grandes cidades. O seu tráfego utiliza
multiplexação CWDM e no enlace a taxa varia de centenas de
Megabits por segundo a dezenas de megabits por segundo.
 Redes de Acesso (Ultima milha): Dispõe-se de diversas
tecnologias para interligação do usuário as redes
metropolitanas. Opera em escala local e a taxa de
transmissão varia de dezenas de kilobits por segundo a
dezenas de Megabits por segundo.

Figura 5: Representação Rede Core, Metropolitana e Acesso


(Fonte: MEF)
 
Apresenta-se na figura 5, uma arquitetura geral de Rede Óptica,
tem a rede core / global circundada de diversas conexões com as
redes metropolitanas e estas por sua vez fornecem a rede de
acesso à possibilidade do usuário de se conectar a essa massa de
redes de telecomunicações.
 
Analisando a viabilidade financeira das redes, vê-se que a rede core
dispõe de equipamentos com um melhor desempenho em relação
à rede de acesso, pois toda a demanda de informações centraliza-
se nesta rede, que atende centenas de milhões de clientes,
comparada com a rede de acesso que atende um número reduzido
de clientes (Barros, 2007).
 
Assim grandes investimentos no século XX nas redes core e
metropolitanas e o uso da tecnologia WDM, foram impostas
maciçamente para melhoria do escoamento de tráfego de
informações. Porém a busca inconstante por taxas maiores de
transmissão por consumidores residenciais, empresas de pequeno
e grande porte estão causando um tráfego intenso nas redes de
acesso locais que não acompanham proporcionalmente os
investimentos nas outras redes.
 
Como apresentado na figura 5, a rede Core interliga as redes
metropolitanas (abrangência dentro do próprio município ou
regiões metropolitanas) que por sua vez interligam várias redes de
acesso que podem atender diretamente o cliente residencial ou
clientes corporativos. A rede de acesso interliga redes menores
(LAN’s – Redes Locais) com equipamentos de distribuição do sinal
através de Multiplexadores (DSLAM) dentro dos armários ópticos
ou racks indoor. A partir destes armários ópticos utilizam-se cabos
xDSL (cabos para transportes de dados com 100% sem
interferência) ou cabos coaxiais.

Fibra Óptica I: Rede de Acesso


 
As redes de acesso interligam os usuários com a rede mundial. Sua
função principal é prover o acesso dos mesmos a informações de
dados, voz e vídeo através de serviços prestados por operadoras. A
alta demanda por taxas de transmissão através de serviços
atendidos por banda larga são mostrados na figura 6. Destaque
para a aplicação de TV em alta definição que utiliza 20.000 kbit/s
para prover este serviço e filmes em tempo real utilizando-se de 2
Mbit/s (serviços almejados por consumidores que justificaria para a
operadora utilizar a tecnologia PON) (BARROS, 2007).
 
Figura 6: Demanda de banda por aplicação
(Fonte: BARROS, 2006)
 
A necessidade de maiores Larguras de Banda Larga sob as redes
de acesso, disponibilizadas hoje em par metálico, evidencia a
necessidade de investimentos em desenvolvimento das LAN’s. O
uso de conexões xDSL permite a usuários o atendimento a taxas
de Mbit/s a certas distancias da central. Quanto mais próximo o
usuário da central, maior a Largura de Banda, à medida que este
cliente se distancia da central ocorrem consideráveis perdas no
sinal. A Largura de Banda também se baseia da freqüência da
Portadora do Sinal e em qual tecnologia a mesma será transmitida.
Neste caso não há como atender um usuário a três quilômetros
com uma rede de par metálico utilizando tecnologia VDSL, com
uma largura de banda de 60 Mbit/s eficiente, pode-se evidenciar
esta situação observando a figura 7. Em redes que utilizam
tecnologia PON as perdas são mínimas e a entrega de banda torna-
se confiável.
 
Figura 7: Tecnologia em largura de banda por distancia de
atendimento
(Fonte: BARROS, 2006)
 
Os serviços prestados na rede de acesso direcionam a Banda
Larga. O desenvolvimento da Banda Larga no Brasil teve o seu
auge entre 1996 e 2003, a partir da implantação de novo quadro
regulatório sob supervisão da ANATEL. Assim a base de usuários de
linha fixa e banda larga cresceu: os acessos de telefonia fixa passou
de 17 milhões em 1996 para 38 milhões em 2000, e 43 milhões em
2008. Segundo Barômetro da Cisco, o Brasil teve um crescimento
de 48, 3% nas suas conexões de Junho de 2007 a Junho de 2008,
hoje uma estimativa do total de conexões de Banda Larga pode ser
observado na Tabela 1 abaixo:
 
Tabela 1: Total de Conexões de Banda Larga no Brasil, não
inclui IP dedicado
(Fonte: TELECO)
Milhares 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10*
ADSL 7.256 7.494 7.481 7.678 7.985
TV Assinatura 2.680 2.835 3.020 3.132 3.238
Outros 424 425 500 570 570
Total 10.360 10.754 11.001 11.380 11.790
Acesso/ 100
5,43 5,62 5,74 5,92 6,12
hab.
*Estimativa preliminar da Teleco
 
 
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) prevê que em 2011 a comunicação via banda larga
será responsável por um terço dos ganhos de produtividade nas
operações das empresas nos países desenvolvidos. Na figura 8,
pode-se observar que a tendência é um aumento exponencial da
largura de banda larga no mundo.
 
Figura 8: Aumento Exponencial da Largura de Banda Mundial
(Fonte: EVANS, 2008)
 
Um estudo do Banco Mundial concluiu que conforme a penetração
de banda larga cresce em 10% o país eleva o seu PIB para 1,3% de
crescimento, em média.
 
Rede Óptica Passiva – PON
 
Uma rede PON (Passive Optical Network) não utiliza componentes
elétricos para fazer a distribuição do sinal. Possuem em sua
arquitetura equipamentos passivos usados principalmente como
uma solução de acesso à última milha (Last-Mile), que leva as
informações mais próximas do cliente, tem a possibilidade de
entregar altas taxas de velocidade para banda larga. Uma
arquitetura simplificada é mostrada na figura 9.
 
Também por utilizar uma configuração de rede ponto-multiponto,
uma única fibra é compartilhada por diversos pontos finais de
atendimento (residências e empresas). Assim, pode-se usar no
armário de distribuição diversos divisores ópticos (splitters) na
mesma fibra resultando em divisões de 4, 8, 16, 32 ou 64 fibras
para saída. Mas isto depende do modo de fabricação do divisor
óptico.
 
Como a conexão é ponto-multiponto os terminais ópticos no
cliente (ONU) devem-se orientar para executar determinadas
funções como filtrar apenas a informação daquele usuário e
também coordenar para que através da multiplexação os sinais
que saem do cliente não colidam com outras informações. Para
esta função utilizam-se dois tipos de multiplexação a WDM e a
TDM.
 

Figura 9: Arquitetura Fundamental de uma rede PON


(Fonte: KEISER, 2006)
 
 
Segundo William Penhas Sanchez, em seu artigo PON: Redes
Ópticas de Acesso de Baixo Custo (SANCHEZ, 2004), publicado no
site Teleco, afirma:
 
“O grande desafio nos dias atuais é estender a transmissão
óptica até o usuário final (residência e empresas) com uma
solução viável do ponto de vista financeiro para os
provedores de conectividade. Uma solução que viabilize
financeiramente este desafio é composta pelo
compartilhamento da enorme capacidade da fibra óptica
entre os usuários e seus grupos, pela amortização adequada
dos custos dos equipamentos através do ganho de escala no
atendimento das demandas (atuais e potenciais), pela
flexibilidade e otimização do uso da fibra através da alocação
dinâmica da banda, e pela diversificação dos serviços e
viabilidade de criação de um mix de portfólio para
balanceamento das opções ofertadas. A tecnologia PON
oferece esse tipo de solução”.
 
Já existem diversas aplicações PON em serviço, implantadas pelas
operadoras NTT (Japão), DT (Alemanha), BT (Inglaterra)
e BellSouth (Canadá) sendo que um dos maiores parques com
tecnologia PON são os backbones de Tókio e Osaka da NTT.
Diversos países asiáticos estão investindo em transporte de dados
e vídeo para residências por fibra ópticas e redes PON, dentre eles
tem-se: Coréia, Taiwan, Singapura e China. Na figura 10, apresenta-
se a evolução das redes PON e onde já são utilizadas.
 

Figura 10: Evolução das Redes PON


(Fonte: BARROS, 2006)
 
Não há duvida de que a evolução das redes cabeadas caminha
para a Fibra Óptica. Segundo Joeri Van Bogaert, presidente do FTTH
Council - – Conselho FTTH da Europa (EVANS, 2008), afirma:
 
“Os resultados [da pesquisa a avaliação da sustentabilidade e
impacto ambiental das redes de fibra óptica] demonstram
claramente todo o serviço e os benefícios ambientais de
FTTH. Os resultados se apresentam como testemunho de que
fibra é uma tecnologia sustentável e à prova de futuro para o
século 21”.
 
No Brasil, em 1988, já tínhamos algumas grandes universidades e
centros de pesquisas interligados por fibras ópticas aos Estados
Unidos. Atualmente, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), lançada
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 1989, possui um
incentivo a iniciativa óptica através do Projeto GIGA, que consiste
na implementação e uso de uma rede óptica de alta velocidade
voltada para o desenvolvimento de tecnologias de rede óptica,
aplicações e serviços de telecomunicações associados à tecnologia
IP e banda larga (CPQD, Rede Giga).
 
Os gastos com operação, manutenção e implementação também
são reduzidos visto que entre os elementos OLT e ONU existem
apenas divisores ópticos passivos (Splitters), equipamentos
eletrônicos ativos, como regeneradores e amplificadores não são
instalados na planta externa havendo também uma considerável
economia de energia.
 
A derivação do sinal óptico nos elementos passivos da rede
(Splitters) prove o aproveitamento da fibra, através do
compartilhamento da sua capacidade de banda para diversos
grupos de usuários de maneira mais eficiente e flexível por ser
alocada dinamicamente.
 
No período de ascensão desta rede tem-se a primeira definição por
APON, mas há várias alternativas PON que podem ser planejadas,
as três principais estão em uso pelas operadoras, e algumas
características podem ser observadas na tabela 2 são: BPON
– Broadband PON, Ethernet PON (EPON), e Gigabit PON (GPON). A
diferença fundamental entre as redes está no protocolo de
transmissão que é empregado.
 
Tabela 2: Lista de algumas características e padrões de cada
PON
(Fonte: KEISER, 2006)
Característi
APON BPON EPON GPON
ca
ITU-T ITU-T IEEE ITU-T
Padrões
G.983 G.983 802.3AH G.984
ATM e
Protocolo ATM ATM Ethernet
Ethernet

155 a
155/622 155/622 1244 2488
Velocidade
s de upstream upstream upstream upstream
transmissã
       
o
622/1244 622/1244 1244 1244 ou
 
2488
downstre downstre downstre
(Mbit/s)
am am am downstre
am

Distância 20 km 20 km 10 km 20 km
Número de
32 32 16 / 32 64
divisões

 
 
 
Tipos de Rede Óptica Passiva
 
APON – Rede Óptica Passiva sobre Modo de Transferência
Assíncrona
 
Até a década de 90, muitas redes PON foram desenvolvidas e
testadas todas utilizando como conceito de multiplexação TDM,
porém as taxas de transmissão que se utilizava para atender os
serviços de telefonia e ISDN estavam inadequadas, visto a
necessidade do transporte de dados. Assim o PON passou a ser
baseado em Asynchronous Transfer Mode (ATM) conceituando o
APON e cooperando para a unificação das Redes DSL (Digital
Subscriber Line) (LIN, 2006).
 
A idéia do atendimento da última milha em uma rede óptica PON é
disponibilizar todos os serviços por um único enlace com altas
taxas, ou seja, um par de fibras leva a informação até próximo do
cliente (nos armários ou nos prédios) ou até o cliente.
 
O atendimento final ao usuário atualmente realizado em Redes
xDSL ( x Digital Subscriber Line), a banda se limita à distância que o
usuário se encontra da central de operações e a qualidade da
instalação elétrica, visto que todos os elementos da rede são
ativos. Assim quanto maior for a proximidade, mais largura de
banda o mesmo poderá ter em sua rede de acesso.
 
Em 1995, a British Telecom junto a mais 21 empresas de provedores
e fornecedores de serviços de banda larga, representadas na
tabela 3, formaram o FSAN (Full Service Access Network  – Serviço
Completo de Acesso a Rede) que surgiu com o objetivo de criar
padronizações e projetar o modo mais barato e rápido para se
ampliar às redes de alta velocidade, implementando o Protocolo IP
(dados), vídeo e 10/100 Ethernet em cima da fibra para clientes
residenciais e empresariais no mundo.
 
Tabela 3: Identificação das Operadoras que participam do
Comitê FSAN
(Fonte: TAKEUTI, 2005)

BT – Bristish
Malta Telecom
Telecommunications

Bell Canadá NTT – Nippon Telegraph and


Telephone

BellSouth SBC

Bezeq Israel SingTel

Chunghwa Taiwan Swisscom

DTAG – Deutsche Telekom Telefonica Itália

Eire Telecom Telefonica Espana

FT – France Telecom Telia Sweden

Verizon Telstra

KPN – Dutch Telecom Qwest

KT – Korean Telecom  

 
 
Assim para planta física PON passou a ser baseado no protocolo
ATM conceituando o APON, PON por ser a opção mais viável
financeiramente em soluções de broadband  óptica em larga escala
e, a utilização do protocolo ATM porque é viável a múltiplos
protocolos nos seus 53 bytes. O APON idealizado pela FSAN e
aceito pela ITU (União Internacional de Telecomunicações
– International Telecommunication Union) como norma (ITU-T G.983).
Considerou-se como prioridade o atendimento a usuários
residenciais e na sua versão inicial não incluiu o serviço de vídeo
(LIN, 2006).
 
De acordo com a norma G.983.1, as redes APON tiveram
inicialmente as taxas de 155 Mbit/s (Megabytes por segundo), mas
para a transmissão de vídeo viu-se a necessidade de aumento da
taxa para 622 Mbit/s, que são distribuídos até as ONUs (Optical
Network Unit –  Unidade Óptica da Rede) conectados a rede.
 
BPON - Rede Óptica Passiva Banda Larga
 
Após o APON, o desenvolvimento de novas tecnologias para o
atendimento em altas taxas de bits para transferência de
informações fez do BPON o próximo passo nas Redes Ópticas
Passivas.
 
O primeiro padrão para o BPON segue norma ITU-T G983.1, que
tem por padrão atender a taxas de 155 Mbit/s simétricos e 622/155
Mbit/s assimétrico sendo que para downstream 622 Mbit/s e 155
Mbit/s para upstream, após com a necessidade de se incluir um
novo comprimento de onda para transmissão de vídeo, estudos da
ITU aprovaram a norma ITU-T G983.3, onde a capacidade de link foi
estendida para 622 Mbit/s simétricos e 1244/622 Mbit/s
assimétrico assim teve-se a oportunidade de utilizar o PON para
atendimento em ultima estância para VDSL (KEISER, 2006).
 
Baseada no protocolo ATM a rede BPON é capaz de integrar dados,
voz, serviços de vídeo a clientes empresariais e residenciais por
uma única fibra, podendo realizar o atendimento final de acordo
com as soluções FTTx.
 
EPON - Rede Óptica Passiva sobre Ethernet
 
O EPON surgiu da idéia que a tecnologia APON era imprópria para
devido uso devido a sua falta de capacidade de transmissão de
vídeo, banda insuficiente, complexidade e custo. O rápido
desenvolvimento do Ethernet fez as taxas de transmissão
alcançarem os Gbit/s e a conversão entre os protocolos ATM para
IP, foram necessárias. A principais soluções de atendimento, para
as quais se aplica o EPON, são: FTTB, FTTC tendo por objetivo em
longo prazo a substituição para FTTH para entrega de serviços de
dados, voz e vídeo em cima de uma única plataforma com largura
de banda maior que o APON (KEISER, 2006).
 
Em novembro de 2000, um grupo de empresas com o objetivo de
padronizar a Ethernet PON no IEEE (Institute of Electrical and
Eletronics Engineers – Instituto de Engenharia Elétrica e de
Eletrônica), formaram um grupo de estudo para desenvolver um
padrão que aplicasse o estudo em uma rede de acesso.
 
A rede EPON adere a muitas recomendações da ITU-T G983, existe
na Norma G985 recomendações para enlaces ponto a ponto
Ethernet. A diferença fundamental entre EPONs e APONs é: EPON
os dados são transmitidos em pacotes de comprimento variável de
até 1,518 bytes de acordo com o IEEE 802.3 protocolo para
Ethernet, considerando que em APONs, os dados são transmitidos
em 53 bytes (IEC, 2009; KEISER, 2006).
 
GPON – Gigabit Passive Optical Network
 
A Rede Óptica Passiva Gigabit tem por capacidade transmitir
maiores velocidades de banda nas redes de acesso. Surgiu para
superar o BPON e EPON, com a idéia principal de transmitir
comprimentos de pacotes variáveis a taxa de gigabit por segundo,
para isso o grupo FSAN reuniu esforços e em abril de 2001
começou a desenvolver novas padronizações, sendo
posteriormente aprovadas e publicadas pela ITU-T na série de
recomendações para aplicação de um GPON, sendo os padrões
G984.1 a G984.4, publicados no primeiro semestre de 2008.
 
Descrito no padrão G984.1, as características gerais do GPON como
a sua arquitetura, tipos de serviços, taxas de bits desejadas podem
ser evidenciadas na tabela 4 e posterior na figura 11 que
representa uma arquitetura GPON.
 
Tabela 4: Obrigações do Serviço GPON
(Fonte: KEISER, 2006).
Parâmetro Especificações GPON
Aplicação em: 10/100 Base-T Ethernet, Telefonia Analógica,
Serviço
SONET/SDH, TDM, ATM.
Downstream>: 1,244 e 2,488 Gbit/s; Upstream: 155 Mbit/s,
Taxa de Dados
622 Mbit/s, 1,244 Gbit/s, 2,488 Gbit/s
Distancia 10 a 20 km máximo
Número de
Máximo 64 divisões
Divisões
Downstream voz/dados: 1480 to
Comprimentos
1500nm; Upstream voz/dados: 1260 to 1360
de onda
nm; Downstream de video: 1550 to 1560 nm
Proteção Proteção Totalmente Redundante 1+1; Proteção parcialmente
(comutação) Redundante 1:N
A segurança de informação no nível de protocolo para o
Segurança tráfego de downstream: por exemplo, a utilização
do Advanced Encryption Standard (AES).

 
 
 

Figura 11: Arquitetura GPON e suas Características


 
As taxas nominais são especificadas como 1.25 Gbit/s e 2.5 Gbit/s
para downstream e 155 Mbit/s, 622 Mbit/s, 1.25 Gbit/s, e 2.5 Gbit/s
para upstream. A recomendação também especifica distância
máxima para transmissão de 10 a 20 km, que pode ser afetada
pela qualidade e capacidade dos transmissores e receptores
ópticos. Para um GPON o número de divisões chega a 64 no divisor
óptico e mantém muita das mesmas funcionalidades de EPON e
BPON como a atribuição de largura de banda dinâmica (DBA –
G983.4), e o uso de operações, administração e manutenção de
mensagens (KEISER, 2006).
 
O tráfego de informações downstream é transmitido em
modo broadcasting, ou seja, a informação é transmitida a todos os
elementos da rede. A mesma informação chega a todos os
usuários por isso é necessário se utilizar um sistema de criptografia
das informações para manter privacidade na comunicação.

Fibra Óptica I: Arquitetura PON


 
Topologias
 
Há muitas topologias que podem ser a aplicadas a uma Rede
Óptica de Acesso como: Topologia Barra, Estrela, Anel, Árvore.
 
Topologia Barra: provê uma conectividade ponto-multiponto entre
OLT e ONT/ONU, mas qualquer falha no enlace principal causa a
desconexão dos usuários.
 

Figura 12: Representação Topologia Barra


 
Topologia Estrela: provê uma conectividade ponto-a-ponto entre
OLT e ONT/ONU. Esta topologia permite entrega de banda
dedicada de altas taxas aos usuários finais e também possui um
baixo custo em operação, administração e manutenção (OAM).
 

Figura 13: Representação Topologia Estrela


 
Topologia em Anel: esta arquitetura oferece a vantagem ponto-
multiponto da OLT para a ONT/ONU. Permite facilmente
implementação de mecanismos de proteção – enlace com
redundância – mas possui dificuldades para as funções de OAM.
 

Figura 13: Representação Topologia Estrela


 
Topologia Árvore: arquitetura ponto-multiponto que oferece a
vantagem de infra-estrutura compartilhada entre todos os
usuários, possuindo assim uma importante redução nos custos de
implementação e manutenção na rede de acesso. Esta arquitetura
é uma das mais difundidas nos estudos relacionados à Rede PON.
(CHOCHLIOUROS).
 

Figura 15: Representação Topologia Árvore


 
Equipamentos
 
Em uma rede óptica PON, os elementos passivos ficam localizados
na planta externa, onde ocorre a distribuição óptica. Estes
elementos são: cabos ópticos, divisores passivos, conectores,
acopladores. Os únicos elementos ativos são a OLT na central e, a
ONU ou ONT, que ficam próximos ao cliente. Ao se implantar uma
rede podem ser utilizadas diversas topologias, e para uma rede
PON podem ser aplicadas as topologias apresentadas a seguir.
 
OLT – Terminal de Linha Óptica
 
A OLT (Optical Line Terminal) Terminal de Linha Óptica
normalmente instalada dentro da Central da Operadora e controla
o fluxo de informações bidirecional para a ONT/ONU.
Normalmente à distância da OLT a ONT/ONU é de 20 km e a
mesma controla mais de uma ONT, a figura 16 mostra um exemplo
de uma OLT que controla 4 redes passivas independentes, como
cada rede PON possui 32 ONTs, então uma OLT atende um total de
128 ONTs onde se viabiliza serviços para os usuários finais e
controla a qualidade do serviço (QoS) e o SLA (Service Level
Agreement), entre outras tarefas.
 
Figura 16: Atendimento de quatro redes PON por uma OLT
(Fonte: KEISER, 2006)
 
Uma rede PON uma o comprimento de onda de 1490 nm para o
tráfego de voz e dados e 1550nm como comprimento de onda para
transmissão de vídeo, isso no sentido downstream da OLT para a
ONT ou ONU, o que é evidenciado na figura 17. E para
tráfego upstream o comprimento 1310 nm. Elementos passivos são
utilizados ao longo do enlace como os acopladores WDM e Splitters.
Os primeiros na multiplexação dos comprimentos de onda
em upstream e downstream e, os últimos na divisão do sinal óptico.
 

Figura 17 – Representação dos comprimentos de Onda para Tx


e Rx na rede PON
(Fonte: Huawei)
 
Dependendo da rede PON utilizada e equipamentos, as taxas
de downstream e upstream operam a 155 Mbit/s, 622 Mbit/s, 1,25
Gbit/s ou 2,5 Gbit/s, dependendo a taxa pode ser simétrica ou
assimétrica (KEISER, 2006).
 
Figura 18: Exemplo de uma OLT
(Fonte: ERICSSON)
 
ONU – Unidade de Rede Óptica
 
A OLT se conecta a ONU (Optical Network Units) ou ONT (Optical
Network Terminal) que é o equipamento que provê a interface entre
os dados do cliente, vídeo e redes de telefonia.
 
O Terminal de Rede Óptica fica instalado diretamente na casa do
cliente e permite que o cliente escolha a sua taxa de banda larga,
pois dispõe de diversas tecnologias para atendimento entregando
na casa do cliente a taxa que ele achar necessária para a melhor
qualidade dos seus serviços. Este equipamento permite a alocação
de banda dinâmica, ou seja, transmite em pequenos espaços de
tempo que são controlados pela OLT tendo assim uma intensa
utilização da banda alocada. Existe uma imensa variedade de ONTs
no mercado, de diversos fabricantes, com funcionalidade e
configurações para atender diversas larguras de banda (KEISER,
2006).
 
Figura 19 Modelo de ONU ADC
(Fonte: ADC)
 
ONT – Terminal de Rede Óptica
 
A ONU é um equipamento instalado ao ar livre. Juntamente é
instalada uma bateria reserva para eventuais quedas de energia e
medidas de proteção do equipamento devem ser tomadas quanto
a mudanças climáticas, a atuação de vândalos. A ligação da ONU
até o equipamento do cliente pode ser realizada através de cabo
par metálico (xDSL), cabo coaxial, ligação de fibra óptica
independente ou ainda uma conexão sem fios.
 
Além de realizar a interface da OLT com o cliente, a ONU também é
responsável pela multiplexação e demultiplexação dos serviços
cliente/operadora e operadora/cliente, e mais o fornecimento de
energia. Também existem diversas ONU no mercado e a mesma
deve ser adquirida de acordo com a aplicação FTTx.
 

Figura 20: Modelo de ONT Zyxel


(Fonte: Zyxel)
 
Divisor Óptico
 
Nos primeiros sistemas de fibras ópticas, o divisor óptico não era
necessário visto que se transportava o sinal óptico apenas entre
dois pontos. Agora muitos dos serviços requerem acesso a
diversos terminais, e um divisor óptico conectado a essa rede
possibilita a divisão do sinal em 1x4, 1x8, 1x16, 1x32 ou 1x64, ou
seja, uma única fibra é capaz de ter mais 64 fibras de saída para
atendimento após passar por um divisor óptico, chamado também
de Splliter. A capacidade de divisão do splitters depende muito do
seu processo de fabricação.
 

Figura 21: Divisor óptico 1x32 fibras, fabricante SENKO


(Fonte: Senko)
 
Transporte
 
Protocolo ATM
 
No fim da década de 80 e inicio da década de 90, foi padronizado o
protocolo ATM por órgãos internacionais CCITT (Commite
Consultative International on Telecommunicatons and Telegraph –
Comitê Internacional Consultivo de Telecomunicações e Telegrafia),
hoje ITU-T (Europa) e ANSI – American National Standards
Institute (EUA). Formado por uma estrutura de 53 bytes, como pode
ser visto na figura 23, sendo 5 bytes para o cabeçalho e 48
para payload (campo reservado para informações úteis, dados),
cada célula ATM enviada para a rede contém uma informação de
endereçamento no seu cabeçalho que estabelece uma conexão
virtual entre origem e destino. Como o protocolo é orientado a
conexão, abrange a rede de dados com capacidade para
transmissão de serviços confiáveis e de qualidade garantida a
partir de um único meio de acesso. A tecnologia ISDN ((Integrated
Services Digital Network  – Redes Digitais Serviços Integrados) foi
aplicada à banda larga, pois além dos caminhos fixos que as células
seguem pelos canais virtuais até o seu destino. O protocolo ATM
também possui mecanismos de controle de tráfego, o que
melhorou a disponibilidade de banda nesta época (FILHO, 2003).
 
Sendo um protocolo de transporte nas redes A/BPON e GPON
definidos na Recomendação ITU-T G983.1 (2005), tem como
principal característica a utilização de células de comprimento fixo
em 53 bytes. No sentido downstream as células são transmitidas a
todas as ONUs, sendo que o quadro de dados consiste em 54
células mais 2 células para PLOAM (Physical Layer Operation,
Administration and Maintenance – Operação, Administração e
Manutenção da Camada Física), demonstrado pela figura 22.
 
No sentido Upstream o quadro consiste em 53 pacotes de dados,
cada um com 56 bytes. Como a célula tem 53 bytes, os 3 restantes
são utilizados para a sincronização com a OLT. Neste sentido todos
os usuários utilizam no canal de acesso a multiplexação TDMA
(Time Divison Multiplexing Access) para evitar possíveis colisões no
trafego de informações. (CHOCHLIOUROS)
 

Figura 22:Formato Básico de quadro ATM para downstream e


upstream
(Fonte:  CHOCHLIOUTROS)
 

Figura 23:Representação de uma Célula ATM


(Fonte: KEISER, 2006)
 
Protocolo GEM – GPOn Encapsulation Method
 
O método de encapsulamento GPON é semelhante ao ATM,
apenas usa um comprimento de quadros de tamanho variável
enquanto que no ATM era fixo. Este protocolo também é orientado
a conexão e pode ser gerenciado utilizando as mesmas
metodologias de transporte ATM.
 
O GEM permite que se trabalhe com diversos serviços (ATM, TDM e
Ethernet) num quadro de dados de 1500 bytes de comprimento. Se
a ONT possui um pacote de envio de dados maior que 1500 bytes,
a mesma possui a função de quebra deste pacote para envio
somente do tamanho de quadro permitido. O equipamento de
destino é o responsável pela junção destes pacotes para transpor
ao pacote original.
 
O quadro GEM consiste em quatro segmentos de cabeçalho e um
segmento para envio de dados, que pode ser visualizado na figura
24.
 
O primeiro segmento PLI (Payload Length Indicator – Quantidade
de carga útil) indica em bytes o tamanho do payload GEM. O Port
ID traz a informação de identificação da porta e que fluxo de
serviço o segmento pertence. O PTI (Payload Type Indicator –
Indicador do Padrão de Carga Útil) mostra se o quadro é o fim de
informações de determinado usuário, se o fluxo de tráfego está
congestionado ou se o payload GEM contém informações de
operação e manutenção (OAM). A verificação cíclica de redundância
(CRC – Cyclic Redundancy Check) controla a taxa de erro de bit no
cabeçalho. Por fim o segmento de Payload onde constam as
informações a serem transmitidas (KEISER, 2006).
 
Uma das principais vantagens do método GEM é a forma eficiente
de encapsulamento e fragmentação de pacotes de informações do
usuário, a gestão adequada de múltiplos fluxos de serviços de
diferentes ONTs em um link comum de fibra óptica permite o envio
de fragmentos das informações de forma independente e com
recuperação confiável da informação ao chegar no destino.
 

Figura 24: Estrutura do Protocolo GEM


(Fonte: KEISER, 2006)
 
Formato de Quadro Downstream e Upstream GPON
 
O tráfego de informações pelo GPON consiste em transmissões
sucessivas de uma ou mais ONTs. A importante questão é sua
forma de comunicação que abrange todos os tipos de serviços (por
exemplo, ATM, TDM e Ethernet) de forma eficiente, determinado
no método de encapsulamento de dados GEM (Gpon Frame
Format – Formato de Quadro GPON), figura 25. Este método é
baseado em uma versão modificada da Recomendação ITU-T
G7041 Processo Genérico de Elaboração (Generic Framing
Procedure), que informa sobre o envio de pacotes IP sobre SDH. O
comprimento do quadro GPON é de 125 µs fixo.
 
A Recomendação ITU-T G984.3 descreve a convergência de
transmissão equivalente a camada 2 (camada de transmissão de
dados), em referência ao modelo OSI, para o formato de quadro
GPON, os meios de comunicação do protocolo de controle de
acesso, operações e controle de manutenção e, as informações do
método de encriptação.
 
O quadro de downstream GPON consiste num bloco de controle
físico (PCB - Physical Control Block) e um payload composto por um
segmento ATM (dados encapsulados em ATM) e um segmento
GEM. A seção PCB contém as informações de controle e
gerenciamento da rede.
 
No sentido de download o PCBd (Bloco de Controle Físico em
Download), contém as informações de controle e gerenciamento
da rede sendo: sincronização com relógio interno em 8Khz,
correção de erro, encriptação, operação e manutenção de alertas e
alocação de N intervalos de transmissão das ONT/ONUs.
 
No sentido de upload é utilizado o sincronismo proposto no
sentido download, assim cada ONU mantém o mesmo número de
transmissões. O tamanho de comprimento do quadro é mantido
em 125 µs. Cada quadro de envio upstream contem quatro campos
PON e um campo de comprimento variável onde contem as
informações para transmissão, sendo:
 

Figura 25: Formato GPON de Downstrem e Upstream


(Fonte: CHOCHLIOUROS)
 
 PLOu (Physical Layer Overhead) – Camada Física de
Sobrecarga: trabalha com informações de operação da
camada, sincronismo no upstream de dados.
 PLOAMu (Physical Layer Operation, Administration and
Management) – Camanda de Operação e Manutenção:
responsável pelas funções de ativação de uma ONT e
notificações de alarme. Possui 13 bytes onde são
configuradas mensagens determinadas por recomendação
G983.1 e também para deteção e correção de erros de bits
no processo upstream, através do CRC (Cyclic Redundancy
Check).
 PLSu (Power Leveling Sequence) – Seqüência de
Nivelamento de Potencia: Campo onde se especifica o nível
de potencia do laser ONT visto pela OLT, assim a OLT pode
ter o controle sobre a gama óptica da ONT.
 DBRu (Dynamic Bandwith Report) – Informação de Banda
Dinâmica por Seção: assim a OLT tem o controle de
operação de banda sobre as ONTs, também sendo protegido
contra redundância.
 Payload: campo que contem as informações a serem
transmitidas.

 
Ainda no upstream é preciso se reservar uma banda de guarda,
demonstrado na figura 26, entre os pacotes de transmissão das
diferentes ONTs para que ocorra o menor erro de bit possível
mediante colisões de pacotes (CHOCHLIOUROS; KEISER, 2006).
 

Figura 26: Tráfego US + Banda de Guarda


(Fonte: KEISER, 2006)
 
Multiplexação
 
WDM (Wavelenght Divison Multiplexing – Multiplexação por
Divisão do Comprimento de Onda)
 
 
 
Desenvolvida por volta de 1990, o WDM consiste em uma
tecnologia utilizada para multiplexação de dados onde é possível
agregar diversos sinais de luz com comprimentos de ondas
diferentes em uma única fibra. O grande objetivo de uma
multiplexação é compartilhar o meio. Um ponto importante ao se
implementar o sistema WDM, figura 27, é que os comprimentos de
onda (ou freqüências ópticas) em WDM devem ser espaçados
adequadamente para evitar interferência entre canais adjacentes.
 
O WDM possui algumas características principais:

 Aumento da capacidade de transmissão da fibra já


implantada, utilizando assim toda a largura de banda
disponível na fibra e permitir futuras atualizações e
implementações em uma Rede PON. Permite migrações de
622 Mbit/s para 2,5 Gbit/s e após para 10 Gbit/s sem a
necessidade de maiores investimentos na planta atual.
 Transparência: um canal óptico multiplexado em WDM pode
transportar qualquer formato de transmissão independente
pela fibra, usando diferentes comprimentos de ondas os
sinais a serem transmitidos podem possuir formatos e taxas
de bit diferentes (sinais analógicos, digitais, síncronos ou
assíncronos) sem a necessidade de uma estrutura comum.
Isso é uma característica importante para serviços triple-
play (dados, voz e vídeo simultâneos) PON.
 Transmissão Bidirecional: os canais por comprimentos de
onda são enviados em qualquer direção pela fibra. No caso
do PON os comprimentos 1490nm e 1550nm para
tráfego downstream e 1310 para upstream.
 Roteamento do comprimento de onda: não é utilizado meio
elétrico para a distribuição do sinal óptico, em alguns nós
intermediários da rede são alocados os acopladores ópticos
para combinar e separar os diversos comprimentos de onda.

Figura 27: Sistema WDM


(Fonte: WOODWARD, 2005)
 
Cada canal de um multiplexador WDM é projetado para transmitir
determinados comprimentos de onda. O multiplexador funciona
muito bem como um acoplador no inicio da fibra e como um filtro
na extremidade contrária, são fabricados para serem usados em
pares.
 
A maioria dos sistemas WDM operam em fibras monomodo com
diâmetro aproximadamente de 0,8nm de núcleo, e podem ser
divididos em:

 Convencional (WDM)
 Grosseiro (CWDM)
 Denso (DWDM)
 Ultra Denso (UDWDM)

 
O princípio de funcionamento do WDM é o mesmo para o CWDM,
onde a informação é agrupada em até 18 canais entre os
comprimentos de onda de 1270 nm e 1610 nm, e a distância entre
os canais é de 20 nm. Já os sistemas DWDM (Dense Wavelength
Division Multiplexing – multiplexação densa por comprimento de
onda) segundo a ITU, podem combinar até 64 canais em uma única
fibra. No entanto, pode-se encontrar, na prática, sistemas DWDM
que podem multiplexar até 128 comprimentos de onda, chegando
a ordem de tráfego de Tbit/s (por exemplo: nos 128 comprimentos
de onda sejam carregados cada um deles com STM-64 ~ 10 Gbit/s
em sinal digital). Além disso, foram realizados alguns testes que
provaram ser possível a multiplexação de até 206 canais
(WOODWARD, 2005)
 
CWDM (Coarse Wavelenght Division Multiplexing –
Multiplexação Grosseira por Divisão do Comprimento de Onda)
 
Com o desejo de se conseguir baixar os custos nas redes ópticas a
ITU-T lança em 2002 a Recomendação G694.2 onde se padroniza
um grid espectral para CWDM. A tecnologia CWDM trabalha na
faixa de espectro de 1270nm a 1610nm permitindo 18 canais com
espaçamento de 20nm entre os mesmos, exemplificado na figura
28.
 

Figura 28: Espaçamento entre canais CWDM


 
O sistema CWDM apresenta interfaces ópticas com flexibilidade
para serem empregadas em conexões ponto-a-ponto sendo a taxa
de transmissão permitida até 40 km de 1,25 Gbit/s e até 80 km 2,5
Gbit/s.
 
DWDM (Dense Wavelenght Division Multiplexing –
Multiplexação Densa por Divisão do Comprimento de Onda)
 
O padrão da indústria sobre o DWDM segundo a ITU-T G694.1, é o
espaçamento de 0,8nm por canal ou 100Ghz, mas também
enumera-se o espaçamento de 50 Ghz, isto mostra que os usuários
são divididos na freqüência e não no tempo. Utiliza os
comprimentos de onda entre 1525nm e 1620 nm. É importante
notar que, como o espaçamento ou a largura de cada canal
diminui, a largura espectral torna-se menor, isto é relevante
porque o comprimento de onda deve se manter estável no tempo
para não interferir no canal adjacente. Assim altas taxas e eficiência
de banda são proporcionadas as Redes MAN e WAN.
 
A maioria das tecnologias para multiplexação e demultiplexação
dos diversos comprimentos de onda se baseiam em comprimentos
de onda plana permitindo assim uma boa integração entre os
diversos equipamentos. Além disso dois outros pontos críticos: a
sensibilidade de polarização e sensibilidade térmica do laser,
devem ser cuidadosamente considerados. Assim o nível de
polarização do laser entre a OLT e ONU deve se manter constante
para que não ocorra perda de comunicação entre os mesmos e o
controle de temperatura do laser de transmissão é fundamental
para que não ocorra dispersão do sinal fora da janela de
transmissão DWDM. Devido a essas particularidades os sistemas
DWDM são mais caros que os CWDM.
 
Uma das principais técnicas de multiplexação dos diversos sinais
de luz é o AWG (Arrayed Wavelenght Routing – Grades de Guias de
Onda), apresentado na figura 29, é constituído de camadas
dopadas de sílica sob um substrato de silício com baixa perda de
inserção (tipicamente <0,05 dB, independente do número de λ) e
possui alta eficiência de acoplamento da fibra, seu principio de
funcionamento baseia-se em difração da luz. (HANDBOOK)
 

Figura 29: Grades de Guias de Onda


(Fonte: HANDBOOK)
 
O AWG é composto por terminais de entrada e saída. Como
exemplificado na figura 30, a luz de incidência no AWG através do
acoplamento da fibra se propaga pela região do espaço livre e
ilumina a grade com uma distribuição Gaussiana, onde cada
comprimento de onda sofre mudança de fase e são enviados a
folha de saída para sua nova orientação e retransmissão. Utilizado
principalmente em enlaces estáticos P2P, ou flexível, com um único
canal OADMs.
 

 
Figura 3 – Comportamento do Sinal no Filtro AWG
(Fonte: GTA-UFRJ)
 
Uma importante característica do AWG é a utilização de uma livre
faixa espectral FSR (Free Spectral Range), que define a periodicidade
do comprimento de onda na fibra. A utilização de filtros AWG em
cascata melhora o fator de escala, a luz irá transmitir um
comprimento de onda e refletir todos os outros. Aplicando-se esse
cascateamento em um cenário estático o fornecimento de λ
dedicados, através dos AWG do nó passivo, melhora o roteamento
de banda por ONU. ONU idênticas utilizam mesmo λ no Upstream,
assim necessita-se de técnicas TDMA.
 
U-DWDM (Ultra Dense Wavelenght Division Multiplexing –
Multiplexação Ultra Densa por Divisão do Comprimento de
Onda)
 
Este tipo de multiplexação ainda encontra-se em estudo sendo um
dos próximos passos para a área de comunicações ópticas. O que
sabe-se segundo publicação GTA-UFRJ é que:
 
“Esta tecnologia combina 128 ou 256 comprimentos de onda
em uma única fibra óptica, sendo que cada comprimento de
onda teria uma taxa de transmissão de 2.5 Gbit/s, 10 Gbit/s e
até 40 Gbit/s. No U-DWDM os canais estão espaçados de 10
GHz, o que corresponde a 0.08 nm.”
 
QoS (Quality of Service – Qualidade de Serviço)
 
Um sistema de telecomunicações utilizará os procedimentos de
gestão de desempenho para monitorar e controlar os parâmetros-
chave que são essenciais para o bom funcionamento de um rede, a
fim de garantir uma QoS específica para usuários da rede.
 
Um dos desafios mais importantes da rede PON é oferecer
qualidade de Serviço (QoS). Os recursos utilizados na rede para
melhor eficiência da mesma tratam, preferencialmente os
parâmetros para se garantir a eficiência de tráfego e priorização de
determinados tipos de serviços, assim são utilizadas classes de
diferenciação de serviços e também assinantes.
 
Alguns parâmetros observados incluem a função de
monitoramento remoto, supervisão de erros, relatório estatísticos
referente a falhas da ONT/ONUs, além de parâmetros que podem
ser monitorados no nível físico como de erro de bit taxa e os níveis
de potência óptica, tanto OLT e os ONTs.
 
Aplicações atuais de serviços multimídia utilizam o melhor esforço
da largura de banda de uma rede provendo a prestação do serviço
(QoS) ou aplicação requisitada pelo assinante.Por exemplo, a
comunicação interativa de alta qualidade requer forma de um
atraso de menos de 150 ms e menos de 1% de perda de pacote.
Por outro lado, uma sessão de distribuição de streaming VoD
(Vídeo sob Demanda) tem atrasos menos rigorosos. A partir do
ponto de vista do prestador de serviços, prover QoS implica a
construção de uma rede IP gerenciada que possa transferir as
informações de mídia de um modo controlado e prioritário (LIN,
2006).
 
Utilizando o controle de QoS na rede a Largura de Banda
disponível é melhor dividida através das priorizações dos serviços.
Por segurança o tráfego de downstream de pacotes pela fibra
contém em seu cabeçalho a identificação da ONU correspondente.
Além disso o Padrão GPON utiliza um mecanismo de criptografia
em enlaces ponto-a-ponto sendo conhecido por AES (Advanced
Encryption Standard). A criptografia AES utiliza chaves de codificação
de 128, 192, 256 bits, o que se torna extremamente difícil de se
decifrar (KEISER, 2006).

Fibra Óptica I: Considerações finais


 
Este tutorial parte I procurou apresentar um breve histórico do
surgimento da fibra óptica e das redes que a utilizam, descreveu as
Redes Ópticas Passivas, os equipamentos básicos de uma rede
PON, seu Protocolo de transporte e os diversos tipos de
multiplexação em comprimento de onda, e as topologias possíveis
para uma Rede Passiva.
 
O tutorial parte II descreverá a operação da Rede PON, as
diferentes formas de atendimento do usuário através da rede
óptica passiva e suas características e aplicações, e apresentará o
projeto e o dimensionamento das redes passivas aplicadas em um
condomínio de alto padrão, na visão do prestador de serviços e as
ofertas de dados, voz e imagem por um único cabo de fibra óptica,
comparando os custos do enlace em fibra óptica e par metálico.
Apresentará tambpem uma breve conclusão da análise ao projeto
exposto e as conclusões finais e recomendações para a futura
implantação de uma rede PON.
 
 
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