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Capacitação FTTH

Projeto CT Corning
PROF. ADAILDO ASSUNÇÃO JR
Apresentação
As tecnologias atuais estão proporcionando uma maior conectividade
◦ Hoje é fácil adquirir um serviço de Internet com alta capacidade

Mas não falamos das tecnologias que proporcionam esses avanços


◦ Nesse cenário o FTTH promove uma ótima solução
◦ Maior largura de banda e disponibilidade a baixo custo de implementação

O que é FTTH?
◦ O termo FTTH (Fiber to the Home)
◦ Derivado do termo FTTx (Fiber to The Anywhere)
◦ A fibra óptica vai até o cliente

São utilizados as redes PON (Passive Optical Network)


◦ Os elementos que formam a rede externa são todos passivos

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Apresentação
Os únicos elementos ativos numa rede PON (FTTH) são:
◦ OLT (Optical Line Terminal) e ONT (Optical Network Terminal)
◦ ONT também é chmado de ONU (Optical Network Units)
◦ Na Central (Operadora do serviço) e na casa do assinante

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Apresentação
Quais vantagens?
Fornece velocidades de conexão e capacidade de transporte de dados
mais rápidas do que par trançado, xDSL ou cabo coaxial
◦ Em torno de 100 Mbps (megabits por segundo)
◦ Podendo chegar a 1 Gbps (Gigabits por segundo)

Capacidade para suprir as demandas do futuro


◦ Possui largura de banda para suportar as demandas dos consumidores para a
próxima década
◦ Será capaz de lidar até mesmo com os usos futuristas
◦ IoT, televisão (UHD, 4k)...
◦ Permitirão aos consumidores agregar mais serviços de comunicação
◦ Serviços de telefone, vídeo, áudio, televisão, ...
◦ Por meio da conexão de fibra óptica

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Apresentação

https://youtu.be/sVj9BOo8Ez8

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Curso
Dividido em quatro módulos
Módulo 1 aborda conceitos básicos de comunicações ópticas, fibras
ópticas e acessórios.
◦ Serão apresentados os componentes de uma rede FTTH e GPON
◦ Com demonstrações/experimentos práticos tais como:
◦ Processo de fusão de fibras ópticas
◦ Medições ópticas com o OTDR e Power Meter
◦ Conectorização de cordões e cabos ópticos
◦ Processo de fabricação de um cabo óptico drop e similares
◦ Como atividade final, o aluno dimensionará e montará um enlace óptico com
componentes passivos

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Curso
Módulo 2 faz uma introdução às redes FTTH (Fiber-to-the-Home)
◦ Cenários de utilização de redes ópticas passivas
◦ O projeto deste módulo será o dimensionamento de uma rede óptica FTTH
ponto a ponto simples

Módulo 3 serão abordados os conceitos básicos relativos à Redes


Ópticas Passivas - GPON
◦ Como atividade final, será realizado o dimensionamento e implementação
de uma rede óptica GPON

Módulo 4
◦ Serão abordados conceitos de redes de computadores ópticas passivas (POL)
◦ Introdução às redes de computadores e às redes POL
◦ Conceitos e protocolos básicos em switching
◦ Noções de projeto de redes POL

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A CORNING
É um dos líderes mundiais de inovação em ciência dos materiais
◦ Com mais de 165 anos de mercado

Possui experiência em vidros especiais, cerâmicas e física óptica


◦ Desenvolvendo produtos que criam novas indústrias e transformam as vidas
das pessoas

Áreas de atuação:
◦ Comunicações Ópticas
◦ Óptica avançada (lentes, telescópio, sensores ...)
◦ Tecnologia Farmacêutica e da Vida
◦ Tecnologia Ambiental (materiais cerâmicos)
◦ Vidros para telas (tv, telefones, Gorilla Glass,...)

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A CORNING
Comunicações Ópticas abrangendo uma ampla gama de fibra end-to-
end (fim a fim)
◦ A espinha dorsal conecta empresas, casas e pessoas

Produtos:
◦ Cabos de Fibras Ópticas
◦ Montagem de Cabos de Fibra Óptica (cordão óticos)
◦ Conectores Ópticos, Emendas Mecânicas e Ferramentas de Conexão
◦ Hardware para FO (rack, gabinetes FTTx,...)
◦ Caixas para FO (emendas)

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A CORNING
USB 3.0 e Thunderbolt Optical Cable
◦ https://youtu.be/1khapxSDzKY

Corning® Fibrance® Light-Diffusing Fiber


◦ https://youtu.be/tvjGhAesLqk

Cordões opticos resistente


◦ https://youtu.be/7QXye-uUoTY

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Um sistema de comunicação transmite informação de
um lugar a outro
◦ Alguns poucos km ou transoceânicas
Introdução Informação geralmente é transportada por uma onda
& portadora eletromagnética
◦ Onda eletromagnética
Pespectivas ◦ A frequência pode ser de poucos megahertz a várias
centenas de terahertz
Sistemas de comunicação óptica usam portadoras de
∼100 THz
◦ Região visível ou próxima do infravermelho
◦ Do espectro eletromagnético
◦ São denominados sistemas de ondas luminosas
◦ Para distingui-los de sistemas de micro-ondas
Sistemas de comunicação por FO utilizam ondas
luminosas para a transmissão de informação
◦ São desenvolvidos ao redor do mundo desde 1980
◦ Revolucionaram o campo das telecomunicações
Essa tecnologia aliada à microeletrônica permitiu a
evolução na década de 1990
◦ Surgiu a “era da informação”
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Introdução
Analisando o conceito de comunicação óptica
◦ A luz para propósitos de comunicação data da antiguidade

A maioria das civilizações usou:


◦ Espelhos, fachos de fogo ou sinais de fumaça para transmitir uma
informação

Essa ideia foi usada até o fim do século XVIII


◦ Por meio de luzes, bandeiras e outros dispositivos semafóricos de sinalização

Claude Chappe (em 1792) propôs um sistema de transmissão mecânica


por longas distâncias (∼100 km)
◦ Possui mensagens codificadas e estações retransmissoras
◦ Regeneradores ou repetidores

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Introdução
O primeiro deste “telégrafo óptico”
◦ Entre Paris e Lille
◦ Cidades francesas com 200 km de distância
◦ Julho de 1794
Em 1830 a rede se expandiu por toda a
Europa
O papel da luz era simplesmente tornar
visíveis os sinais codificados
◦ Para serem interceptados pelas estações
retransmissoras.
Ilustração esquemática do
Os sistemas eram lentos telégrafo óptico de Claude
◦ Taxa de bits desses sistemas era de menos de Chappe
1 bit por segundo (B < 1 b/s)

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Introdução
Com o surgimento da telegrafia (∼ década 1830)
◦ Iniciou a era das comunicações elétricas
◦ Taxa de bits passa a ser ∼10 b/s
◦ Utilizava uma técnica de codificação
◦ Código Morse
◦ Com estações retransmissoras permitiu comunicação de ∼1.000km

Em 1866 surgiu o primeiro cabo telegráfico transatlântico


A telegrafia era essencialmente digital
◦ Dois pulsos elétricos de durações diferentes
◦ Pontos e traços do código Morse

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Introdução
Com a invenção do telefone (1876)
◦ Sinais elétricos eram transmitidos na forma analógica
◦ Era uma corrente elétrica de variação contínua

Técnicas elétricas analógicas dominaram sistemas de comunicação por


∼ 1 século
Uma rede mundial de telefonia possibilitou avanços no projeto de
sistemas de comunicação elétricos
◦ Cabos coaxiais substituíram pares de fios
◦ Aumentando a capacidade de sistemas

O primeiro sistema a cabo coaxial (1940)


◦ Era um sistema de 3 MHz
◦ Transmitia 300 canais de voz ou um canal de televisão

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Introdução
A largura de banda era limitada pelas perdas dos cabos
◦ Variavam com a frequência
◦ E o aumento era significativo para frequências acima de 10 MHz

Nesse cenário surgiu o sistemas de comunicação por micro-ondas


◦ Uma onda eletromagnética com frequência na faixa de 1−10 GHz
◦ Utilizava técnicas apropriadas de modulação

Em 1948, o primeiro sistema de micro-ondas


◦ Frequência portadora de 4 GHz

A evolução dos sistemas a cabo coaxial e de micro-ondas evoluíram


permitiram operar em taxas de bits de ∼100 Mb/s.

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Introdução
Em 1975, o sistema a cabo coaxial operava a uma taxa de bits de 274
Mb/s
◦ Uma deficiência desses sistemas é o pequeno espaçamento entre
repetidores (∼ 1 km)
◦ Encarecendo o sistema

Sistemas de micro-ondas possuem maior espaçamento entre


repetidores
◦ Mas uma taxa de bits também limitada
◦ E dependente da frequência portadora dessas ondas

Uma FATOR utilizado em sistemas de comunicação é o PRODUTO TAXA


DE BITS-DISTÂNCIA, BL
◦ B é a taxa de bits
◦ L o espaçamento entre repetidores

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Introdução
O aumento do produto BL
◦ Foi em decorrência de avanços tecnológicos

Um aumento grandeza no produto BL seria


possível com a utilização de ondas
ópticas como portadoras
◦ Mas, não existia uma fonte óptica coerente
nem um meio de transmissão em 1950

A invenção do laser em 1960 resolveram o


primeiro problema
◦ Mas não resolveu o meios transmissão para
usar a luz do laser

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Introdução
Uma ideia foi utilizar uma sequência de lentes de gás para o
confinamento da luz (1960)
Em 1966, foi sugerido o uso de fibras ópticas
◦ Capazes de guiar a luz
◦ Semelhante a condução de elétrons em fios de cobre
◦ Apresentavam altas perdas 1.000 dB/km
◦ Em 1970, as perdas foram reduzidas para menos de 20 dB/km (1 μm)

Com as fontes ópticas compactas (GaAs - Arsenieto de Gálio) e de fibras


ópticas de baixas perdas
◦ Permitiu a utilização em sistemas de comunicações ópticas

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Introdução
A exploração comercial de sistemas
de ondas luminosas seguia de perto a
fase de pesquisa e desenvolvimento
O aumento por um fator de 100.000
na taxa de bits
◦ em 30 anos

As distâncias de transmissão
aumentaram de 10 para 10.000 km
◦ Excede o dos sistemas de ondas
luminosas da primeira geração por um Aumento da capacidade de
fator de 107 sistemas a ondas luminosas
depois de 1980

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Conceitos Fundamentais
Num sistema de comunicação a informação a ser transmitida pode está
disponível como um sinal elétrico
◦ Que assumi a forma ANALÓGICA ou DIGITAL

Um sinal analógico varia de modo contínuo no tempo


◦ Incluem sinais de áudio ou vídeo produzidos por um microfone, que
converte voz, ou uma câmera, que converte uma imagem em sinais elétricos

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Conceitos Fundamentais
Um sinal digital assumi alguns discretos
◦ Sinal binário
◦ Apenas 02 valores são possíveis
◦ Corrente ligada ou desligada
◦ “bit 1” e “bit 0”
◦ bit é uma contração das palavras inglesas binary digit, ou dígito binário
◦ Cada bit dura um período de tempo 𝑇𝑇𝐵𝐵
◦ Período de bit ou bit slot

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Conceitos Fundamentais

Como a informação é transportado em um intervalo de tempo 𝑇𝑇𝐵𝐵


◦ A taxa de bit B, definida como o número de bits por segundo
𝐵𝐵 = 𝑇𝑇𝐵𝐵−1

Um sinal analógico ou digital é caracterizado por sua LARGURA DE


BANDA
◦ Medida do conteúdo espectral do sinal
◦ Representa a faixa de frequências do sinal

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Conceitos Fundamentais
Um sinal analógico pode ser convertido para
digital
◦ É necessário efetuar amostragens em
intervalos periódicos

A taxa de amostragem é determinada pela


largura de banda Δ𝑓𝑓 do sinal analógico
◦ Um sinal pode ser completamente
representado por amostras discretas
◦ Mas tem que satisfazer o critério de Nyquist
𝑓𝑓𝑠𝑠 ≥ 2Δ𝑓𝑓
◦ 𝑓𝑓𝑠𝑠 é a frequência de amostragem

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Conceitos Fundamentais
As amostras podem assumir qualquer valor
de Amplitude
◦ 0 < 𝐴𝐴 < 𝐴𝐴𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥
◦ Amplitude máxima do sinal analógico

Agora 𝐴𝐴𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 é dividido em M intervalos


discretos
◦ Cada valor amostrado é quantizado
◦ Corresponder a um valores discretos

Esse procedimento leva a ruído


◦ Conhecido como ruído de QUANTIZAÇÃO
◦ É adicionado ao ruído já presente no sinal
analógico

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Conceitos Fundamentais
Para minimizar o efeito do ruído é necessário
a escolha do número de níveis discretos
𝑀𝑀 > 𝐴𝐴𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 /𝐴𝐴𝑁𝑁
◦ 𝐴𝐴𝑁𝑁 é a raiz do valor médio quadrático da
amplitude de ruído do sinal analógico

A razão 𝐴𝐴𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 /𝐴𝐴𝑁𝑁 é denominada faixa


dinâmica
◦ Está associada à relação sinal-ruído (SNR −
Signal-to-Noise Ratio) por:
𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 20 log10 𝐴𝐴𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 /𝐴𝐴𝑁𝑁
◦ Expressa em decibéis (dB)

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Conceitos Fundamentais

Os valores quantizados das amostras


◦ São convertidos ao formato digital
◦ Usar uma técnica de conversão
◦ Como MODULAÇÃO POR POSIÇÃO DE PULSO
◦ A posição do pulso no bit slot é uma medida
do valor amostrado

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Conceitos Fundamentais
Um canal de voz digital opera a 64 kb/s e um sistemas de comunicação
por fibra óptica é capaz de transmitir a uma taxa maior do que 1 Gb/s
◦ Capacidade de transmissão sobrando
◦ Podemos transmitir muitos canais de modo simultâneo por meio de
MULTIPLEXAÇÃO
◦ Por divisão no tempo (TDM−Time-Division Multiplexing)
◦ Por divisão em frequência (FDM − Frequency-Division Multiplexing)

No caso de TDM
◦ bits associados a diferentes canais são entrelaçados
◦ No domínio do tempo
◦ Formando uma sequência de bits combinados

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Conceitos Fundamentais
Por exemplo
◦ O bit slot de um único canal de voz de 64 kb/s é de cerca de 15 μs
◦ Cinco desses canais podem ser multiplexados por TDM
◦ Uma sequências de bits de sucessivos de 3 μs

A sequência de bits resultante tem uma taxa de320 𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑠𝑠

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Conceitos Fundamentais
No caso de FDM
◦ Os canais são espaçados no domínio da frequência
◦ Cada canal é transportado por sua própria onda portadora
◦ O espaçamento entre frequências portadoras é maior do que a largura de
banda dos canais
◦ Não há superposição dos espectros de canais vizinhos

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Conceitos Fundamentais
FDM é adequada para:
◦ Sinais analógicos e digitais
◦ Ex.: difusão de canais de rádio e de televisão

TDM é recomendado para sinais digitais


◦ Comumente utilizada em redes de telecomunicações

O TDM e FDM podem ser implementadas em cabos elétrico e óptico


◦ Na óptica, o FDM óptica é referida como WDM

O TDM (elétrica) é empregado hoje para multiplexar um grande número


de canais de voz
◦ Em uma única sequência de bits elétricos

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Conceitos Fundamentais

É necessário definir como o sinal elétrico será convertido em uma


sequência de bits
◦ Na saída de uma fonte óptica (laser de semicondutor)
◦ É modulada por aplicação do sinal elétrico diretamente à fonte óptica

Existe 02 possibilidades para o formato de modulação da resultante


sequência de bits ópticos
◦ Com retorno a zero (RZ − Return-to- Zero)
◦ Sem retorno a zero (NRZ − NonRetum-to-Zero)

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Conceitos Fundamentais
No formato RZ
◦ Cada pulso óptico que representa o bit 1
é mais curto do que o bit slot
◦ Sua amplitude retorna a zero antes que
acabe a duração do bit

No formato NRZ
◦ O pulso óptico permanece ligado em
toda a duração do bit slot
◦ Sua amplitude não cai a zero entre dois
ou mais bits 1 sucessivos

A largura do pulso NRZ varia segundo a


sequência de bits
A largura dos pulsos no RZ é constante

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Conceitos Fundamentais

O uso do NRZ requer rígido controle da


largura dos pulsos
◦ Caso os pulos ópticos se espalhem
durante a transmissão
◦ Pode levar a efeitos que dependem do
padrão de bits

O formato NRZ é usado com frequência


◦ Possui menor largura de banda

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Conceitos Fundamentais

O uso do sinal RZ no domínio óptico começou a atrair a atenção por


volta de 1999
◦ Para projetos de sistemas de ondas luminosas de alta capacidade
◦ Tal formato é usado quase exclusivamente para canais WDM
◦ Projetados para operação a 40 Gb/s ou mais

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Conceitos Fundamentais
A onda portadora óptica apresenta a forma:
𝐸𝐸 𝑡𝑡 = 𝐴𝐴 cos(𝜔𝜔0 𝑡𝑡 − 𝜙𝜙) 𝑟𝑟⃗ = 𝐴𝐴 𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑖𝑖𝑖𝑖 − 𝑖𝑖𝜔𝜔0 𝑡𝑡 𝑟𝑟⃗
sendo 𝐸𝐸 o vetor de campo elétrico, 𝑟𝑟⃗ o vetor unitário de polarização, 𝐴𝐴
amplitude, 𝜔𝜔0 a frequência portadora, e 𝜙𝜙 a fase
◦ A dependência espacial foi suprimida

Podemos modular:
◦ Amplitude 𝐴𝐴, Frequência 𝜔𝜔0 ou Fase 𝜙𝜙

Em modulação analógica, temos


◦ Modulação em amplitude (AM −Amplitude Modulation)
◦ Modulação em frequência (FM − Frequency Modulation)
◦ Modulação em fase (PM − Phase Modulation)

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Conceitos Fundamentais

As mesmas técnicas de modulação


podem ser aplicadas no caso digital
◦ Chaveamento de amplitude (ASK −
Amplitude-Shift Keying) – (b)
◦ Chaveamento por deslocamento de
frequência (FSK − Frequency-Shift
Keying) - (c)
◦ Chaveamento por deslocamento de
fase (PSK − Phase-Shift Keying) – (d)

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Conceitos Fundamentais
A técnica mais simples consiste em chavear a potência de sinal entre
dois níveis
◦ Um dos quais é fixado em zero

Corresponde ao chaveamento ligado-desligado (OOK − On-Off Keying)


◦ Refleti a natureza ligada-desligada do resultante sinal óptico
◦ OOK era o formato preferencial para a maioria dos sistemas digitais de ondas
luminosas atuais

Os formatos FSK e PSK foram utilizados durante a década de 1980


◦ Para sistemas de ondas luminosas coerentes
◦ Coerência é a medida da correlação entre as fases medidas em diferentes
pontos de uma onda (se mantem em fase)
◦ Essas modulações foram abandonadas durante a década de 1990
◦ Grande complexidade associada ao terminal receptor

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Conceitos Fundamentais
Se alterou depois do ano 2000
◦ Foi observado que o uso de PSK era essencial à melhoria da eficiência
espectral de sistemas WDM

Modernos sistemas WDM empregam avançados formatos de


modulação
◦ A informação é codificada usando amplitude e fase da portadora óptica

Quatro formatos de modulação em diagramas de constelação


◦ As partes real e imaginária de A são representadas nos eixos x e y

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Conceitos Fundamentais

As duas primeiras configurações representam os formatos ASK e PSK


◦ Em que a amplitude (ASK) ou a fase (PSK) do campo elétrico assume os dois
valores

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Conceitos Fundamentais
A terceira
◦ O PSK de quadratura (ou QPSK)
◦ A fase óptica assume quatro possíveis valores
◦ 02 bits são transmitidos durante cada janela (slot) temporal
◦ A taxa de bits efetiva é dividida por 02
◦ Denominada taxa de símbolos (ou baud).

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Conceitos Fundamentais
O quarto mostra como o conceito de símbolo pode ser estendido a
sinalizações de múltiplos níveis
◦ Cada símbolo transporta 4 bits ou mais

Um adicional fator de dois pode ser ganho se,


◦ Se em cada janela temporal
◦ Dois símbolos forem transmitidos simultaneamente em polarizações
ortogonais

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Conceitos Fundamentais
O uso da multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM)
◦ Oferece um avanço na capacidade de transmissão das fibras
A base da WDM é
◦ A utilização de múltiplas fontes que operam em comprimentos de onda
ligeiramente diferentes
◦ Transmitindo vários fluxos de informação independentes pela mesma fibra
simultaneamente

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Conceitos Fundamentais
N fluxos de informação de independentes formatados opticos
◦ Cada um transmitido em um diferente comprimento de onda
◦ São combinados por meio de um multiplexador óptico e enviados através
da mesma fibra
◦ Cada fluxo de informação mantém a sua taxa de dados individual
◦ Depois de ser multiplexado com os outros fluxos e ainda opera em seu
próprio comprimento de onda

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Conceitos Fundamentais
O sistema WDM é o mesmo que a multiplexação por divisão de
frequências (FDM)
◦ Utilizada na região de rádio de micro-ondas e sistemas de satélite

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Conceitos Fundamentais

Duvida?

Exercício de Fixação
https://kahoot.it/

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Modulo 1 Conceitos básicos de
comunicações ópticas,
fibras ópticas e
acessórios

https://youtu.be/N_kA8EpCUQo

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Panorama
Até 1980, a maioria das tecnologias de comunicação eram da forma
elétrica
◦ Iniciou-se em com a invenção do telégrafo
◦ Possuía uma taxa de dezenas de pulsos por segundo

Alguns esquemas mais avançados de telégrafo (Baudot, 1874)


◦ Possibilitaram o aumento para 120 bits por segundo (𝑏𝑏/𝑠𝑠)
◦ Mas exigiram o uso de operadores qualificados.

Em 1876, surgiu o telefone


◦ Transmitia o sinal de voz inteiro em uma forma analógica
◦ Mas fácil de se utilizar

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Panorama

Tanto o telégrafo como o telefone transmitiram por um modo de


banda-base
◦ Tecnologia na qual um sinal é transmitido diretamente por meio de um canal

É utilizado em ligações fixas


◦ O cabeamento por par trançado de fios a partir de um telefone analógico
para o próximo equipamento de comutação

Esse é utilizado em comunicações ópticas


◦ A saída óptica de uma fonte de luz é ligada e desligada
◦ Devido às variações no nível de tensão de um sinal de informação elétrico

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Panorama
O espectro eletromagnético foi utilizada para desenvolver e implantar
sistemas elétricos mais sofisticados e confiáveis de comunicação
◦ Maior capacidade para transportar informações de um lugar para outro

As motivações desta aplicação foram:


◦ Melhorar a fidelidade da transmissão
◦ Menos distorções ou erros ocorressem na mensagem recebida
◦ Aumentar a taxa de dados ou capacidade
◦ Mais informação pudesse ser enviada
◦ Aumentar a distância entre os repetidores ou estações de amplificação
◦ Mensagem puderam ser enviada para mais longe
◦ Sem a necessidade de restaurar a amplitude do sinal ou sua fidelidade
periodicamente ao longo do caminho de transmissão

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Panorama
Resultou numa ampla variedade de sistemas de comunicação
◦ Baseados na utilização de
◦ Linhas de cabos de cobre terrestres e submarinas
◦ Alta capacidade e longa distância
◦ Radiofrequência (RF) sem fio
◦ Micro-ondas e via satélite

O avanço na capacidade de conexão era a utilização de canais de


frequência cada vez mais elevados
◦ Um sinal que contém uma informação em uma banda-base
◦ Pode ser transferido ao longo de um canal de comunicação por sua
superposição a uma onda eletromagnética senoidal
◦ Conhecida como onda portadora ou simplesmente portadora

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Panorama

No destino
◦ O sinal de informação contido na banda-base é removido da onda portadora

A quantidade de informação está diretamente relacionada ao intervalo


de frequências da portadora
◦ Teoricamente um aumento em sua frequência
◦ Aumenta a largura de banda disponível para transmissão
◦ Proporcionando uma maior capacidade de informação

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Panorama
As diversas tecnologias de rádio evoluem
de bandas de altas frequências (HF)
◦ Para frequências muito altas (VHF)
◦ Depois para frequências ultra-altas (UHF)

Frequências para a portadora de 107 , 108


e 109 Hz, respectivamente
Os sistemas de comunicação elétricos
utilizam frequências mais elevadas
◦ Oferecendo maiores larguras de banda
◦ E capacidade de informação

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Panorama
As frequências da luz visível são de ordens
de grandeza maiores
Com a invenção do laser (1960)
◦ Possibilitou a utilização desse espectro
eletromagnético para transmitir
informação

Uma região de interessante é a banda


espectral no infravermelho
◦ 770 a 1.675 𝑛𝑛𝑛𝑛
◦ Que é a região de menor perda em fibras
baseadas em sílica

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Panorama
Pesquisadores da Corning (em 1970) demonstraram a viabilidade da
produção de uma fibra de vidro
◦ Com uma perda de potência óptica baixa o suficiente para uma transmissão

Percebeu que se tornaria difícil a extensão do conceito de onda


portadora em conexões ópticas
◦ Mas as propriedades exclusivas das fibras ópticas lhes deram uma série de
vantagens
◦ Em comparação com os fios de cobre
◦ Mesmo as conexões ópticas operando no modo de banda-base
◦ Por meio de um simples chaveamento ligado-desligado

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Panorama
No final da década de 1970, surgiram as primeiras conexões de fibra
óptica
◦ Para a transmissão de sinais de telefonia
◦ A uma taxa de aproximadamente 6 Mb/s
◦ Para 10 km

Com o passar do tempo a capacidade desses sistemas aumentaram


rapidamente
◦ Com taxas superiores a terabits por segundo
◦ Para centenas de quilômetros
◦ Sem necessidade de regenerar o sinal

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Panorama
Nos anos 1990, houve uma demanda crescente na comunicação em
rede
◦ Exigindo largura de banda muito maior
◦ Eram consultas a bancos de dados, compras on-line, vídeos interativos de
alta definição, educação a distância, blogs, ...
Essa demanda foi impulsionada pela rápida proliferação dos
computadores pessoais (PCs)
◦ Além da disponibilidade e a contínua expansão da internet
Para lidar com a crescente demanda por serviços de banda larga
◦ As empresas de telecomunicações melhoraram substancialmente a
capacidade das linhas de fibra
◦ Com a adição de mais comprimentos de onda independentes as fibras
individuais
◦ Aumento da velocidade de transmissão de informação carregada em cada
comprimento de onda

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Vantagens das Fibras Ópticas
Transmissão a longas distâncias
◦ As fibras ópticas apresentam menos erros de transmissão quando
comparadas aos fios de cobre
◦ Os dados podem ser enviados a longas distâncias
◦ Menor número de repetidores
◦ Para reforçar e restaurar os sinais
◦ Resultando numa redução de equipamentos e componentes
◦ Diminuindo o custo e a complexidade do sistema

Melhor capacidade de informação


◦ As fibras ópticas possuem maior largura de banda que os fios de cobre
◦ Mais informação pode ser enviada por uma única fibra
◦ Diminui o número de linhas físicas necessárias para enviar a informação

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Vantagens das Fibras Ópticas
Pequeno tamanho e peso
◦ A leveza e as pequenas dimensões das fibras
◦ Os fio de cobres são pesados e volumosos
◦ Localizados tanto nos dutos subterrâneos como externamente nos
postes
◦ Essa característica também é importante na aviação, em satélites e navios
◦ São vantajosos em aplicações táticas na área militar

Imunidade à interferência elétrica


◦ A fibra óptica é construída de material dielétrico
◦ Não conduz eletricidade
◦ Isso a torna imune aos efeitos de interferência eletromagnética observados
nos fios de cobre
◦ Como os picos indutivos, ou o acoplamento de ruído elétrico

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Vantagens das Fibras Ópticas
Aumento de segurança
◦ Oferecem um alto grau de segurança operacional
◦ Não possuem os problemas de loops de terra, faíscas e as tensões elevadas
inerentes às linhas de cobre
◦ Devem ser tomadas algumas precauções
◦ Os laser podem causar danos à visão

Aumento da privacidade do sinal


◦ Oferece um alto grau de privacidade a seus dados
◦ O sinal óptico está confinado dentro da fibra
◦ Nos fios de cobre os sinais elétricos podem facilmente ser grampeados
◦ São atrativas em aplicações cuja segurança da informação é importante
◦ Sistemas financeiro, jurídico, militares e de governo

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Energia Eletromagnética
Todos os sistemas utilizam
alguma forma de energia EM
(eletromagnética)
A energia EM é a combinação
dos campos elétrico e
magnético
◦ Inclui ondas de rádio, micro-
ondas, luz infravermelha, luz
visível, luz ultravioleta, raios X e
raios gama
◦ Cada um engloba uma porção
(ou banda) do espectro
eletromagnético

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Energia Eletromagnética

As ondas eletromagnéticas
viajam à velocidade da luz
𝑐𝑐 = 3 × 108 𝑚𝑚/𝑠𝑠 no vácuo
A velocidade da luz em um
material é menor
◦ Por um fator igual 𝑛𝑛 × 𝑐𝑐
◦ 𝑛𝑛 é o índice de refração

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Energia Eletromagnética

As propriedades físicas das


ondas podem ser medidas de
diversas maneiras
◦ O comprimento de um período
da onda
◦ A energia contida
◦ A frequência de oscilação

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Energia Eletromagnética

Sinais elétricos tende a usar a frequência para designar as bandas de


operação
◦ A comunicação óptica utiliza o comprimento de onda
◦ Para designar a região de operação

A energia do fóton ou potência óptica


◦ Para a força do sinal ou o desempenho do componente eletro-óptico

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Energia Eletromagnética
Há três maneiras de medir as propriedades físicas de uma onda
◦ Essas grandezas estão relacionadas por algumas equações simples

A velocidade da luz no vácuo 𝑐𝑐 é igual ao comprimento de onda 𝜆𝜆


multiplicado pela frequência 𝑓𝑓
𝑐𝑐 = 𝜆𝜆𝜆𝜆
A relação entre a energia de um fóton e sua frequência é determinada
pela equação conhecida como lei de Planck
𝐸𝐸 = ℎ𝑓𝑓
◦ onde ℎ = 6,63 × 10–34 𝐽𝐽 − 𝑠𝑠 = 4,14 × 10–15 𝑒𝑒𝑒𝑒 − 𝑠𝑠
◦ A constante de Planck

A unidade J significa joules e a unidade eV denota elétron-volts

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Energia Eletromagnética

Em termos de comprimento de onda (medidos em unidade de 𝜇𝜇𝜇𝜇), a


energia em elétron-volts é dada por:
1,2406
𝐸𝐸 𝑒𝑒𝑒𝑒 =
𝜆𝜆 (𝜇𝜇𝜇𝜇)

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Energia Eletromagnética
Os intervalos do espectro
óptico
◦ Vai de 5 nm (região
ultravioleta)
◦ até 1 mm (região
infravermelho)

Entre esses limites, encontra-


se a banda do visível
◦ De 400-700 nm

A comunicação por FO utiliza a


banda espectral do
infravermelho próximo
◦ 770 a 1.675 nm.

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Energia Eletromagnética
A International Telecommunications Union (ITU)
◦ Designou seis bandas espectrais para o uso em comunicações por FO
◦ Na região 1.260-1.675 nm
◦ Designada de comprimento longo de onda da banda
◦ Surgem das características de atenuação das fibras ópticas
◦ Do comportamento de desempenho de um amplificador de fibra dopada
com érbio (EDFA)

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Energia Eletromagnética

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Energia Eletromagnética

A banda entre 770-910 nm é utilizada para sistemas de fibra multimodo


◦ Em comprimentos curtos de onda
◦ Designada como banda de comprimento curto de onda ou banda da fibra
multimodo

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Janelas e Bandas Espectrais
Ao lado é mostrado características dos
quatro componentes-chave de uma
conexão no intervalo de operação:
◦ A fibra óptica
◦ A fonte de luz
◦ Os fotodetectores
◦ Os amplificadores ópticos

As linhas tracejadas verticais indicam os


centros das três principais bandas de
funcionamento dos sistemas
◦ À região de comprimento curto de onda
◦ A banda O e a banda C

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Janelas e Bandas Espectrais
Uma das características principais de uma
FO óptica é a atenuação em razão do
comprimento de onda
As aplicações no final da década de 1970
◦ Utilizaram a banda entre 770-910 nm
◦ Caracterizada por uma janela de baixa perda
◦ Disponibilidade das fontes ópticas de
GaAlAs e fotodetectores de silício que
operam nessa região

Essa região foi chamada de primeira


janela
◦ Em ~1.000 nm há um pico de absorção
óptica em virtude das moléculas de água

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Janelas e Bandas Espectrais
Na década de 1980, reduzirem a
concentração de íons hidroxila
◦ Como das impurezas metálicas no material
da fibra

As fibras ópticas apresenta perdas muito


baixas na região entre 1.260 − 1.675 𝑛𝑛𝑛𝑛
◦ Região de comprimento longo de onda

Mas ainda continha algumas moléculas de


água
◦ Uma terceira ordem de absorção manteve-
se em torno de 1.400 nm

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Janelas e Bandas Espectrais
Esse pico definiu duas janelas de baixa
perda:
◦ Segunda janela centrada em 1.310 nm
◦ Terceira janela centrada em 1.550 nm
◦ Essas duas janelas agora são chamadas de
banda O e banda C, respectivamente

O desejo de usar essas regiões de baixa


perda levou ao desenvolvimento de:
◦ Fontes de luz baseadas em InGaAsP
◦ Fotodetectores de InGaAs

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Janelas e Bandas Espectrais

A dopagem de fibras ópticas com


elementos de terras raras
◦ Pr, Th e Er
◦ Cria amplificadores de fibra óptica
◦ Chamados de dispositivos PDFA, TDFA e
EDFA, respectivamente
◦ Esses dispositivos e o uso da amplificação
Raman
◦ Regeneram os sinal em sistemas de alta
capacidade

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Janelas e Bandas Espectrais

Alguns processos especiais de purificação de materiais podem eliminar


quase todas as moléculas
◦ Reduzindo drasticamente o pico de atenuação em 1.400 nm
◦ Esse processo abre a região de transmissão da banda E (1.360-1.460 nm)
◦ Fornecendo 100 nm a mais à largura de banda espectral

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Unidade Decibel (dB)

Uma consideração crítica ao projetar e implementar uma conexão em


fibra óptica é:
◦ Estabelecer, medir e/ou inter-relacionar os níveis de sinal óptico em cada um
dos elementos dessa rede de transmissão

É necessário conhecer os valores dos seguintes parâmetros:


◦ Potência óptica de saída de uma fonte de luz
◦ Nível de potência necessário para um receptor detectar apropriadamente
um sinal
◦ Quantidade de potência óptica perdida nos elementos constituintes de uma
rede de transmissão

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Unidade Decibel (dB)
A redução ou atenuação da intensidade do sinal surge de diversos
motivos
◦ Ex.: A potência elétrica é perdida em virtude da geração de calor
A potência óptica é atenuada em razão de processos de absorção e
espalhamento no vidro ou plástico
◦ Constituinte da fibra ou pelo canal atmosférico

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Unidade Decibel (dB)
Para compensar essas perdas
◦ Amplificadores são utilizados periodicamente ao longo do canal de
transmissão para recuperar o nível do sinal

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Unidade Decibel (dB)
Medir a atenuação em uma rede
◦ Ajuda a referenciar o nível do sinal de saída com
o nível de entrada

A intensidade do sinal na FO normalmente


decai de forma exponencial
◦ Designamos essa perda em termos do logaritmo
da razão entre as potências medidas em
decibéis (dB)
◦ A unidade dB é definida por:
𝑃𝑃2
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑑𝑑𝑑𝑑 = 10 log
𝑃𝑃1
◦ onde 𝑃𝑃1 e 𝑃𝑃2 são os níveis de sinal elétrico ou
óptico entre os pontos 1 e 2
◦ log é o logaritmo na base 10

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Unidade Decibel (dB)

A natureza logarítmica permite que uma proporção grande seja


expressa de um modo relativamente simples
Os níveis de potência que diferem por várias ordens de magnitude
podem ser comparados facilmente na forma decibel
Outra característica atrativa do decibel é:
◦ Ao medirmos as variações na intensidade de um sinal
◦ Simplesmente adicionamos ou subtraímos o número de decibéis entre dois
pontos diferentes

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Unidade Decibel (dB)

Alguns exemplos de valores de perda de


potência em decibéis
◦ E a porcentagem de potência remanescente após
essa perda

Esses número são importantes


◦ Para fins de monitoramento
◦ No exame da perda de potência por meio de um
elemento óptico
◦ Quando calculamos a atenuação de sinal em um
comprimento específico da fibra óptica

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Unidade Decibel (dB)
Exercícios 1: Assuma que, após percorrer determinada distância em um
meio de transmissão, a potência de um sinal é reduzida pela metade,
isto é, 𝑃𝑃2 = 0,5 𝑃𝑃1
𝑃𝑃2
A atenuação ou perda de potência é 10 log
𝑃𝑃1

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Unidade Decibel (dB)
Exercícios 1: Assuma que, após percorrer determinada distância em um
meio de transmissão, a potência de um sinal é reduzida pela metade,
isto é, 𝑃𝑃2 = 0,5 𝑃𝑃1
𝑃𝑃2 0,5𝑃𝑃1
10 log = 10 log = 10 log 0,5 = 10 −0,3 = −3 𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑃𝑃1 𝑃𝑃1
Então, –3 dB (atenuação ou perda de 3 dB)
◦ Significa que o sinal perdeu metade de sua potência

Se um amplificador é inserido nesse ponto da conexão


◦ Para restaurar o sinal ao seu nível original
◦ Ele deve ter um ganho de 3 dB

Se o amplificador possuir um ganho de 6 dB


◦ Então ele amplificará o nível do sinal ao dobro do valor original

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Unidade Decibel (dB)
Exercícios 2: Considere o caminho de transmissão de dados entre os
pontos 1 e 4. Entre os pontos 1 e 2, o sinal é atenuado em 9 dB
◦ Após um aumento de 14 dB no amplificador no ponto 3
◦ Ele é novamente atenuado em 3 dB no trajeto entre os pontos 3 e 4
◦ Com relação ao ponto 1, o nível do sinal em dB no ponto 4 é:

Nível em dB no ponto 4 = (perda na linha 1) + (ganho no amplificador) +


(perda na linha 2)

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Unidade Decibel (dB)
Exercícios 2: Considere o caminho de transmissão de dados entre os
pontos 1 e 4. Entre os pontos 1 e 2, o sinal é atenuado em 9 dB
Nível em dB no ponto 4 = (perda na linha 1) + (ganho no amplificador) +
(perda na linha 2)
= −9 𝑑𝑑𝑑𝑑 + 14 𝑑𝑑𝑑𝑑 + −3 𝑑𝑑𝑑𝑑 = +2 𝑑𝑑𝑑𝑑
Logo, o sinal possui um ganho de potência de 2 dB
◦ Um fator de 100,2 = 1,58 ao trafegar do ponto 1 ao ponto 4

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Unidade Decibel (dB)

Uma vez que o decibel se refere a proporções ou unidades relativas


◦ Ele não nos fornece uma indicação de valor absoluto do nível de potência

Uma unidade derivada pode ser utilizada


◦ dBm,
◦ Essa unidade é comum na área de comunicação

Expressa a potência 𝑃𝑃 como o logaritmo da proporção entre 𝑃𝑃 e 1 𝑚𝑚𝑚𝑚


𝑃𝑃
𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = 10 log
1 𝑚𝑚𝑚𝑚

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Unidade Decibel (dB)

Uma regra importante de recordar é que


0 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = 1 𝑚𝑚𝑚𝑚
◦ Valores positivos de 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 são maiores que
1 𝑚𝑚𝑚𝑚
◦ Os valores negativos são menores que 1 𝑚𝑚𝑚𝑚

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Unidade Decibel (dB)
Exemplo 3: Considere três diferentes fontes de luz com as seguintes
potências de saída: 50 μW, 1 mW e 50 mW.
◦ Quais são os níveis de potência em dBm?
Solução: Para expressar os níveis de potência em unidades de dBm
𝑃𝑃
10 log
1 𝑚𝑚𝑚𝑚
50 𝜇𝜇𝜇𝜇
10 log = −13 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
1 𝑚𝑚𝑚𝑚

1 𝑚𝑚𝑊𝑊
10 log = 0 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
1 𝑚𝑚𝑚𝑚

50 𝑚𝑚𝑊𝑊
10 log = +17 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
1 𝑚𝑚𝑚𝑚

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Unidade Decibel (dB)

Exemplo 4: Considere que as especificações de produto para um


fotodetector indicam que é necessário um nível de potência óptico de
– 32 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 para que ele possa satisfazer determinado nível de
desempenho
◦ Qual é a potência em nW (nanowatt)?
𝑃𝑃
Solução: A partir da Equação 10 log encontramos que o nível –
1 𝑚𝑚𝑚𝑚
32 dBm corresponde a uma potência em nW de
32

𝑃𝑃 = 10 10 𝑚𝑚𝑚𝑚 = 0,631 𝜇𝜇𝜇𝜇 = 631 𝑛𝑛𝑛𝑛

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Sistemas de Fibras Ópticas
A função básica de uma conexão por fibra óptica é transportar o sinal de
um equipamento de comunicação para outro
◦ Um computador, telefone ou aparato de vídeo

Com o maior grau de confiabilidade e precisão

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Sistemas de Fibras Ópticas
Os elementos-chave são:
◦ Um transmissor que consiste em uma fonte de luz e o seu circuito de
acionamento associado

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Sistemas de Fibras Ópticas
Os elementos-chave são:
◦ Um cabo que oferece proteção mecânica e ambiental para as fibras ópticas
◦ Um receptor constituído por um fotodetector circuito amplificador e
restaurador de sinais

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Sistemas de Fibras Ópticas
Os componentes adicionais incluem
◦ Amplificadores ópticos, conectores, emendas, acopladores, regeneradores
(para restaurar as características sinal-forma), outros componentes passivos
e dispositivos fotônicos ativos

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Sistemas de Fibras Ópticas
O cabeamento é um dos elementos mais importantes de uma conexão
de fibra óptica
◦ Protege as fibras de vidro durante a instalação e a manutenção
◦ Pode conter fios de cobre para a alimentação de amplificadores ópticos
◦ Que são instalados periodicamente em ligações de longa distância

Existe uma variedade de tipos de fibras


◦ Diferentes características de desempenho

Para proteger as fibras de vidro durante a instalação e a manutenção,


existem muitos tipos de cabo
◦ Dependem se o cabo será instalado no interior de um edifício, em dutos
subterrâneos ou enterrado diretamente sob o solo, se externamente sobre
postes ou debaixo de água

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Sistemas de Fibras Ópticas

A instalação de cabos de fibra óptica


pode ser:
◦ Aérea
◦ Em dutos
◦ Submarina
◦ Enterrada diretamente no solo

Dependendo da aplicação e do
ambiente
◦ A estrutura do cabo variará

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Sistemas de Fibras Ópticas
Em razão de limitações para instalação e/ou fabricação
◦ O comprimento de cada cabo para aplicações internas a edificações ou
terrestres pode variar
◦ De algumas centenas de metros a vários quilômetros

Considerações práticas
◦ Como o tamanho e o peso do carretel de cabos
◦ Determinam o comprimento real de uma seção de cabo único
◦ Os segmentos mais curtos tendem a ser utilizados quando os cabos são
puxados através de dutos
◦ Os comprimentos mais longos são utilizados em aplicações aéreas, sob o
solo ou subaquáticas

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Sistemas de Fibras Ópticas
Na instalação de cabos de fibra óptica, podemos
◦ Puxá-los ou soprá-los através de dutos
◦ Colocá-los em uma vala, enterrá-los diretamente no chão
◦ Suspendê-los em postes
◦ Esticá-los ou repousá-los debaixo da água

Apesar de cada método ter seus próprios procedimentos de manuseio


especial
◦ Todos eles precisam obedecer a um conjunto comum de precauções
◦ Evitar dobras acentuadas do cabo, minimizando as tensões sobre o cabo
instalado, permitir folgas adicionais ao longo do trajeto para reparos
inesperados e evitar puxadas ou arrancadas excessivamente fortes

CAPACITAÇÃO FTTH CT CORNING - JOÃO PESSOA, PB - BRASIL 98


Sistemas de Fibras Ópticas

Para instalações subterrâneas


◦ Um cabo de fibra óptica pode ser
arado diretamente no solo
◦ Ou colocado em uma vala que é
posteriormente preenchida
◦ Os cabos são montados em grandes
bobinas sobre o veículo
◦ E enterrados diretamente no solo
por meio do mecanismo de arado

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Sistemas de Fibras Ópticas
Os cabos submarinos podem possuir de vários milhares de quilômetros
de comprimento
◦ Incluem repetidores ópticos
◦ Espaçados apr. 80-120 km

São utilizados em navios especiais para a sua instalação

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Sistemas de Fibras Ópticas
O transmissor é constituído por uma fonte de luz
◦ De acordo com o núcleo da fibra

Os diodos emissores de luz (LEDs) e os diodos laser à base de


semicondutores são utilizados
A saída de luz pode ser modulada rapidamente
◦ Variando a corrente de entrada a uma taxa de transmissão desejada
◦ Os sinais de entrada para o circuito transmissor (fonte)
◦ Podem ser tanto de forma analógica como digital
◦ É necessário estabilizar a faixa de funcionamento da fonte e o nível da
potência de saída

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Sistemas de Fibras Ópticas

Para sistemas de alta taxa (2,5 Gb/s)


◦ A modulação direta da fonte pode resultar numa distorção do sinal
◦ Para isso é necessário utiliza um modulador externo
◦ Variando a amplitude de uma saída de luz contínua

Na região de 770 a 910 nm


◦ As fontes de luz são geralmente ligas de GaAlAs

Na região de 1.260-1.675 nm
◦ Uma liga InGaAsP

CAPACITAÇÃO FTTH CT CORNING - JOÃO PESSOA, PB - BRASIL 102


Sistemas de Fibras Ópticas
Na fibra o sinal será progressivamente atenuado e distorcido
◦ Devido ao espalhamento, absorção e dispersão do material de vidro

No destino há um dispositivo receptor


◦ Que interpreta a informação contida no sinal óptico
◦ Um fotodiodo detecta o sinal óptico enfraquecido e/ou distorcido
◦ Converte-o em um sinal elétrico (referido como fotocorrente)
◦ Existe também um amplificador e circuitos para restaurar o sinal

Os fotodiodos de silício são usados na região de 770 a 910 nm


Os fotodiodos de liga de InGaAs são usados na região 1.260 a 1.675 nm

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Sistemas de Fibras Ópticas
Vários dispositivos ópticos passivos que auxiliam no controle e na
orientação dos sinais
◦ Os dispositivos passivos são componentes ópticos que não necessitam de
controle eletrônico para o seu funcionamento
◦ Ex.:
◦ Filtros ópticos que selecionam uma região estreita no espectro da luz
desejada
◦ Divisores ópticos que dividem a potência de um sinal óptico em diferentes
ramos
◦ Multiplexadores ópticos que combinam os sinais a partir de dois ou mais
comprimentos distintos de onda para uma mesma fibra
◦ Acopladores utilizados para desviar uma certa porcentagem de luz em
geral para monitoramento de desempenho

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Sistemas de Fibras Ópticas

Possui também componentes ópticos ativos


◦ Requerem um controle eletrônico para o seu funcionamento
◦ Ex.:
◦ Moduladores de sinal de luz
◦ Filtros ópticos sintonizáveis (com comprimento de onda selecionável)
◦ Atenuadores ópticos variáveis
◦ Comutadores ópticos

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Sistemas de Fibras Ópticas
Após um sinal ter percorrido um enlace longo
◦ Torna-se enfraquecido em razão da perda de potência ao longo desta

Ao conceberem uma conexão óptica


◦ É necessário formular um orçamento de potência
◦ Podendo adicionar amplificadores ou repetidores
◦ Quando a perda no caminho excede a margem desejável de potência

Os amplificadores apenas dão ao sinal um impulso de energia


◦ Os repetidores também amplifica
◦ Mas, egenera o sinal para a sua forma original

Antes de 1990,
◦ Somente se amplificação o sinal

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Sistemas de Fibras Ópticas
Um repetidor realiza:
◦ Uma conversão fóton-elétron
◦ Amplificação elétrica
◦ Resincronização
◦ Ajuste da forma do pulso
◦ Conversão elétron-fóton

O processo é falho
◦ Para sistemas de alta velocidade
◦ Múltiplos comprimentos de onda

Existe um grande esforço para desenvolver amplificadores


completamente ópticos
◦ Completamente no domínio óptico

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Sistemas de Fibras Ópticas
A instalação e a operação de um sistema requerem técnicas de medição
◦ Verificar o desempenho dos componentes constituintes estão satisfeitas
◦ Também medem os parâmetros do enlace fibra óptica
◦ Conhecendo as características dos comutadores passivos, os conectores,
os acopladores e os componentes eletro-ópticos, assim como fontes,
fotodetectores e amplificadores ópticos
Quando uma conexão está prestes a ser instalada e testada
◦ Os parâmetros operacionais que devem ser medidos
◦ Taxa de erro de bit, o atraso na entrega dos dados (timing jitter) e a relação
sinal-ruído
Durante a operação do sistema as medições são necessárias
◦ Manutenção e monitoramento
◦ Determinam os locais de falhas e o estado dos amplificadores ópticos
localizados remotamente

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FIM

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