LIÇÃO 11

MISSÕES E A IGREJA
PERSEGUIDA
 INTRODUÇÃO

O Na continuidade do estudo sobre as missões

transculturais, abordaremos hoje o desafio
da igreja perseguida.

O A realidade da perseguição cada vez maior é

inescapável para a Igreja do tempo do final
da dispensação da graça.
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA
O Lucas registra em Atos uma igreja que, apesar
de triunfante, era severamente perseguida, a
começar de Jerusalém até os confins da Terra.

O A Igreja, dizem-nos as Escrituras, estava no

plano de Deus ainda antes da fundação do
mundo (Ef.3:9,10), mas tal propósito somente
foi revelado por Jesus Cristo depois que o Pai
revelou a Pedro que Jesus era o Filho do Deus
vivo (Mt.16:16-18).
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA
O A primeira característica da Igreja é o fato de ser
“de Jesus Cristo”. O Senhor Jesus foi bem claro
ao dizer: “Edificarei a Minha Igreja”.

O A segunda característica da Igreja é o fato de

ser “edificada por Jesus Cristo”. A Igreja não é
só de Jesus, mas é edificada, é construída pelo
próprio Jesus, que é “a principal pedra de
esquina” (Ef.2:20), o único fundamento (I
Co.3:11).
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA

O A terceira característica da Igreja é o fato de

que, uma vez instituída, sofrerá ela a
oposição do maligno.

O Disse Jesus: “Edificarei a Minha Igreja e as

portas do inferno não prevalecerão contra
ela” (Mt.16:18).
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA

O Mesmo antes de anunciar o mistério da Igreja, o Senhor

Jesus, no sermão do monte, já comparara os Seus
discípulos aos profetas que O haviam antecedido
(Mt.5:12).

O Lucas, ao registrar o chamado “sermão da planície”

(Lc.6:17), é ainda mais enfático, ao nos afirmar que o
Senhor Jesus não só comparou os Seus discípulos aos
profetas, como também afirmou que a falta de
perseguição, a simpatia popular é um indício de que não
se está bem na vida espiritual (Lc.6:26).

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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA
O João, também, em seu evangelho, mostra-nos que o
Senhor Jesus, nas Suas últimas instruções, foi bem claro
ao afirmar aos discípulos que a Igreja seria, sempre,
perseguida pelo mundo (Jo.15:18-25).

O Esta tônica da perseguição estará com a Igreja até o dia

do arrebatamento. O Senhor Jesus, em Seu sermão
escatológico, foi claríssimo ao mostrar que “o princípio
das dores”, a fase de agonia que antecede o
arrebatamento da Igreja, que são os nossos dias, seria
caracterizado pela intensificação da perseguição à Igreja
(Lc.21:12).
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA
OA palavra “perseguir”, no texto do sermão
escatológico em Lucas é o verbo grego “dióko”
(διώκω), cujo significado é “pôr para correr de
forma prolongada, contínua”, “ir atrás sem
descanso, de modo persistente”.

O É este o mesmo sentido da palavra hebraica para

“perseguir”, no texto sagrado, a saber, “radap” ou
“radaf” ( ,)‫רדף‬cujo significado é “andar detrás de um
inimigo com a intenção de alcançá-lo e derrotá-lo”
(Gn.14:14).
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 I – A PERSEGUIÇÃO É
CARACTERÍSTICA DA IGREJA
O A perseguição faz parte da vida da Igreja, é uma
necessidade: “…por muitas tribulações nos
importar entrar no reino de Deus” (At.14:22 “in
fine”).

O Assim, completamente mentirosas as

afirmações, cada vez mais frequentes, de que a
Igreja alcançará lugar de destaque e
proeminência na sociedade e que esta posição
precederá o retorno de Cristo ao mundo.
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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA
O A perseguição tem assumido muitas facetas:

a) extermínio de cristãos;
b) criação de condições adversas para incentivo à
imigração:
c) nacionalismo religioso;
d) cerceamento à liberdade de culto e de
expressão;
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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA

O Este quadro mostra nitidamente como tem avançado a perseguição

contra os cristãos nos últimos tempos, gerando o que se passou a
denominar de “cristofobia”, que é a aversão a Cristo e ao cristianismo,
um verdadeiro ódio contra Nosso Senhor e Salvador.

O A Missão Portas Abertas, organização criada em 1955 pelo “irmão

André”, o “contrabandista de Bíblias”, considera perseguição religiosa
“…toda hostilidade experimentada como resultado da identificação de
uma pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e
ações contra cristãos…” (O que é cristofobia. 24 out. 2020. Disponível
em: https://portasabertas.org.br/artigos/o-que-e-cristofobia Acesso
em 25 ago. 2023).

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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA

O Os cristãos nunca foram tão perseguidos na

história como nos séculos XX e XXI.

O Depois de mudar a tática da perseguição no

início da história da Igreja, o diabo utilizou-se da
estratégia da “infiltração”, mas, sabendo que
agora tem pouco tempo, usa ambas as táticas
simultaneamente e com cada vez maior furor.
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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA

O Cristo Jesus foi claro, em Seu sermão profético,

que os dias finais da Igreja seriam dias de
multiplicação da iniquidade (Mt.24:12) e,
portanto, ter-se-ia um aumento da maldade.

O Não é surpresa, portanto, que estejamos num

quadro de avanço da perseguição e nas suas
formas mais cruéis e violentas.
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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA
O Se formos observar o quadro geopolítico mundial,
notamos claramente que há em curso três projetos de
poder, todos eles movidos por um sentimento anticristão
(I):

a) o movimento comunista, forjado no materialismo ateu,

que tem à frente a China e a Rússia;
b) o movimento islâmico, cuja meta é precisamente
“converter os infiéis”, eliminando todos os que se
contrapõem à sua doutrina, em especial, “os povos do
Livro” (judeus e cristãos).

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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA

O Se formos observar o quadro geopolítico mundial,

notamos claramente que há em curso três projetos de
poder, todos eles movidos por um sentimento anticristão
(II):

c) o globalismo ocidental, capitaneado por proeminentes

famílias que controlam a economia de boa parte do planeta
e que consideram que os valores cristãos são um estorvo
para o desenvolvimento da humanidade e de seus planos e
que, por isso mesmo, querem a destruição de tudo quanto
se refira a Cristo e ao cristianismo no mundo.

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 II – O AUMENTO DA
PERSEGUIÇÃO DA IGREJA

O O globalismo ocidental está a fomentar o “martírio da

ridicularização” – uma perseguição incruenta mas que
promove o ataque ideológico contra os valores cristãos.

O Todos estes movimentos, embora disputem entre si,

estão unidos na luta contra a Igreja e têm conseguido,
passo a passo, controlar os governos dos países e a
direcioná-los para a perseguição à Igreja, inicialmente de
forma velada, mas, em seguida, através da violência,
preparando o governo mundial do Anticristo.

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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO

O Diante desta fúria do maligno, nós, como

“bons soldados de Jesus Cristo” (II Tm.2:3),
sabendo que a vitória nos está garantida,
não podemos recuar, pois Deus não tem
prazer em quem assim age (Hb.10:38,39)

O Os que recuam são os tímidos de Ap.21:8.

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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO

O Diante da perseguição, portanto, devemos

continuar a pregar o Evangelho, pois “mais
importa obedecer a Deus do que aos homens”
(At.5:29).

O Como nos mostra o primeiro mártir da Igreja,

Estêvão, a morte física não nos pode impedir de
sermos recebidos nos céus (At.7:54-60).
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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO

O A possibilidade do martírio não pode ser um

elemento inibidor para o cristão, mas, antes, um
estímulo (I Jo.3:16), pois esta é a sublime
demonstração de amor (Jo.15:13).

O Mas, para pregarmos eficazmente o Evangelho,

numa situação de perseguição, devemos estar
com Jesus. Mas para que Jesus esteja conosco,
mister se faz que nós estejamos com Ele.
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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO

O Oração e pedido de ousadia foram as providências

primeiras tomadas pelos discípulos para enfrentarem a
perseguição (At.4).

O Esta comunhão é tão indispensável que o próprio Senhor

Jesus disse que, quando formos levados à presença das
autoridades, não devemos nos preocupar com o que
havemos de falar, pois o Senhor Jesus Se compromete a
dar boca e sabedoria a Seus servos, de modo que os
inimigos da obra de Deus não terão como resistir ou
contradizer (Lc.21:15).
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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO

O Mas, além de enfrentarmos nós mesmos a

perseguição, temos de ajudar àqueles que
também são perseguidos e, muitas vezes, de
forma muito mais severa e extrema do que nós.

O Neste ponto, organizações como a Missão Portas

Abertas têm sido fundamentais para dar um
alento e um apoio a estes nossos irmãos.
Devemos ajudar tais iniciativas e projetos.
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 III – COMO FAZER MISSÕES
EM MEIO À PERSEGUIÇÃO
O Precisamos, diante da realidade da Igreja Perseguida, unirmo-
nos a estes irmãos. Temos de fornecer a eles:

a) recursos espirituais (por meio da nossa intercessão, com

oração e jejum);

b) materiais (mediante o envio não só de contribuições

financeiras, mas de Bíblias, literatura);

c) humanos (mediante o envio de missionários ou de irmãos que

se disponham a cooperar na obra, ainda que esporádica e
episodicamente).

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 LIÇÃO 11 – MISSÕES E A IGREJA
PERSEGUIDA

DEUS ABENÇOE SUA

AULA!
Amém.

Pr. Caramuru Afonso Francisco

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