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21/08/2020
“Eu te darei as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16, 19a)
Este trecho da profecia de Isaías está inserido nos oráculos contra as nações
estrangeiras (cf. cap. 13-23). Todavia, nossa perícope de hoje é uma exceção
temática, pois, diz respeito à vida particular e corriqueira no palácio real em
Jerusalém.
O Evangelho de hoje nos apresenta a cena em que Jesus dirige aos discípulos
a pergunta sobre quem era ele para as outras pessoas que o seguiam (cf. Mt 16,
13b) e quem ele era para os próprios discípulos (cf. Mt 16, 15), ao que segue a
profissão de fé de Pedro (cf. Mt 16, 16). Embora não pertencente à perícope da
Missa de hoje, como em Lucas, Mateus narra na sequência o primeiro anúncio
da Paixão (cf. Mt 16, 21-23) e as condições para quem quer seguir Jesus (cf. Mt
16, 24-27).
Esta Igreja viva na fé em Cristo Jesus tem um vigário: Pedro recebe as chaves
do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 19a). Aqui está lançada a base bíblica da Teologia
do Primado Petrino que anima e governa a Igreja. É importante ressaltar que
Pedro continua um discípulo, pois, Jesus Cristo será sempre o único Mestre da
Igreja, porém, à Igreja militante o próprio Mestre delega um líder que exercerá,
pela fé comunitária, sua antiga função: liderar o grupo com a autoridade do
serviço em vista do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 19b). O líder da Igreja, sempre
em comunhão de fé, agindo com os critérios evangélicos aprendidos com Jesus
Cristo, tem a autoridade de continuar a obra divina na terra e suas ações,
enquanto Igreja, têm as bênçãos de Deus que as ratificam, pois, “o que ligares
na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos
céus”.
Os desafios da vida familiar nos tempos
atuais
Tudo isso de uma forma ou de outra pesa muito a família. João Paulo II
disse que: “Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados
por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da
família… ” (Carta às Famílias, 5).
São João Paulo II não se cansava falar sobre os males que assolam os
tempos atuais, aos quais ele denominava como “cultura da morte”, que
visa não só destruir a família, mas também a vida no nascedouro,
através do aborto. Quando afirmou que o futuro da humanidade estava
em perigo, ele estava preocupado com a distorção de valores e a má
formação familiar e da vida em face aos ataques que enfrentamos via
a globalização e repito a perda de valores!
Como seria melhor a vida familiar se a cada dia fossem vividas três palavras simples:
permissão, obrigado e desculpa.
Encerro esta partilha com você, pedindo que reflita as palavras de nosso
Papa Francisco e, se puder, leia a Exortação Apostólica pós-sinodal
“Amoris laetitia”. Ali você encontra um caminho seguro para te ajudar a
enfrentar os desafios que nossas famílias enfrentam nos dias de hoje.