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LEI nº 1.

195, de 23/12/1954
Texto Atualizado
Dispõe sobre o Estatuto do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a
seguinte lei:

TÍTULO I

Do Instituto e de seus contribuintes

CAPÍTULO I

Das finalidades do Instituto

Art. 1º – O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, pessoa jurídica de direito
público, com foro e sede na Capital do Estado, reger-se-á por este Estatuto.

Art. 2º – O Instituto tem por finalidades:

a) garantir pensão à família do contribuinte obrigatório, falecido;

b) garantir pecúlio à família do contribuinte facultativo, falecido;

(Vide Lei nº 2.296, de 3/1/1961.)

c) prestar auxílio-funeral, em dinheiro, à família do contribuinte facultativo, falecido;

d) prestar auxílio-natalidade ao contribuinte obrigatório;

e) proporcionar aos contribuintes empréstimos bancários e imobiliários, devidamente garantidos;

f) conceder aos contribuintes, que recebem do Tesouro do Estado, adiamentos em dinheiro;

g) prestar aos contribuintes obrigatórios assistência social, na forma estabelecida no Regimento


Interno;

h) conceder aposentadoria ao operário do Estado, do Município, dos departamentos autônomos e


autarquias.

(Alínea acrescentada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Parágrafo único – Mediante deliberação do seu Conselho Diretor, poderá o Instituto adotar outras
formas de previdência e assistência para seus contribuintes.

CAPÍTULO II

Dos contribuintes

SEÇÃO I

Do contribuinte obrigatório
Art. 3º – São compulsoriamente inscritos como contribuintes do Instituto, desde que tenham menos de
cinqüenta anos de idade:

a) os servidores estaduais civis, qualquer que seja o regime jurídico de trabalho;

(Alínea com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

b) os extranumerários;

c) os assalariados e operários, a serviço do Estado;

(Vide art. 61 da Lei nº 9.380, de 18/12/1986.)

d) os servidores do Instituto;

e) os funcionários, extranumerários, assalariados e operários dos municípios do Estado, desde a data


da lei municipal que lhes torna obrigatória a contribuição;

(Vide arts. 59 e 61 da Lei nº 9.380, de 18/12/1986.)

f) os servidores dos departamentos autônomos do Estado e das autarquias já integrados no regime do


Instituto ou que venham a firmar convênio com este;

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

g) os servidores da Bolsa de Valores do Estado de Minas Gerais.

(Alínea acrescentada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

§ 1º – A inscrição na categoria de contribuinte, quando feita após o limite de idade de 50 (cinquenta)


anos, somente garantirá ao associado, quando deixar o serviço público, ou, por sua morte, aos seus
beneficiários, o direito a um pecúlio especial.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 6.160, de 5/11/1973.)

§ 2º – O valor do pecúlio especial será correspondente às contribuições efetivamente pagas depois da


referida inscrição, calculado de acordo com normas e critérios estabelecidos pelo Conselho Diretor, não fazendo
jus o associado ou seus beneficiários a qualquer outra prestação previdenciária ou assistencial

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 6.160, de 5/11/1973.)

§ 3º – Mesmo quando se tratar de servidor não estatutário, caberá ao Estado o ônus da aposentadoria,
das licenças para tratamento de saúde, gestação, acidente de trabalho, e o pagamento do abono família, nos
termos da legislação estadual aplicável, observado o disposto em Regulamento.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

(Vide art. 1º da Lei nº 6.466, de 5/11/1974.)

(Vide art. 7º da Lei nº 7.982, de 10/7/1981.)

Art. 4º – A contribuição obrigatória destina-se a assegurar a realização das finalidades gerais do


Instituto, e, entre estas, o direito de pensão à família, por morte do contribuinte; e, em vida deste, sem prejuízo da
pensão, o direito de aposentadoria do contribuinte que for operário do Estado ou do Município, ou servidor do
Instituto.

Art. 5º – A contribuição obrigatória, descontável em folha de pagamento, será de 5% (cinco por cento)
sobre o estipêndio de contribuição, observado o limite mínimo de 1 (um) e o máximo de 13 (treze) vezes o Valor
de Referência, a que se refere a Lei Federal nº 6.205, de 29 de abril de 1975.

§ 1º – Considera-se estipêndio de contribuição a soma das importâncias pagas ou devidas ao servidor,


mensalmente, a qualquer título, excluídos apenas o abono de família, a diária e a ajuda de custo.

§ 2º – O estipêndio de contribuição corresponderá, no caso de acumulação de cargos ou funções


remuneradas, à importância total percebida, respeitado o limite máximo a que se refere este artigo.

(Artigo com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

Art. 6º – Para o Instituto também contribuirão, mensalmente, o Estado, o Município, a Bolsa de Valores,
os departamentos autônomos e as autarquias estaduais integrados em seu regime ou que venham a firmar
convênio com o Instituto, na razão de 100% (cem por cento) do total das contribuições descontadas de seus
operários, para o fim de aposentadoria e pensão, e na razão de 50% (cinqüenta por cento) do total descontado
dos funcionários para o fim de pensão.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 1º da Lei nº 1.641, de 7/9/1957.)

Art. 7º – Os contribuintes, compulsoriamente inscritos no Instituto, ficam sujeitos ao período de carência


de 18 (dezoito) meses, durante o qual nenhum direito à pensão adquirem, sendo devolvidas as contribuições
pagas, no caso de óbito, dentro desse prazo.

Parágrafo único – Será submetido a exame médico, por profissional designado pelo Instituto, o
contribuinte que desejar suprimir o período de carência; à vista do laudo, permitir-se-á ou não a supressão
requerida.

(Vide art. 7º da Lei nº 7.982, de 10/7/1981.)

Art. 8º – A antecipação do pagamento de contribuição não reduz o período de carência a que se refere
o art. 7º.

Art. 9º – A interrupção do pagamento de contribuição, por mais de seis meses, obriga o devedor a novo
período de carência correspondente aos meses em atraso, até o máximo de 12 (doze) meses, se houver
completado o período de carência inicial.

Parágrafo único – Não se considera interrupção do pagamento das contribuições, qualquer atraso no
recolhimento por parte da repartição que descontar as mensalidades e consignações do contribuinte, caso em
que o Estado, o Município, a Bolsa de Valores, os Departamentos Autônomos ou a Autarquia ficarão sujeitos ao
pagamento de juros moratórios de 12% (doze por cento) ao ano, além da multa de 10% (dez por cento) sobre o
total retido por mais de seis meses.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 10 – É permitido ao contribuinte, que deixar o cargo, a função ou o serviço, manter o benefício
instituído, recolhendo mensalmente até o 15º (décimo quinto) dia do mês seguinte, diretamente ao Instituto, sua
contribuição, acrescida da que correspondia à entidade em que trabalhava.

Parágrafo único – No caso deste artigo o atraso no pagamento da contribuição sujeita o contribuinte à
multa de 10%, ou à eliminação do Instituto, quando o atraso for maior de seis meses.

Art. 11 – O Servidor licenciado, sem vencimento, remuneração ou salário, deverá recolher, diretamente
ao Instituto, a contribuição devida, dentro do mês seguinte àquele em que o desconto devia ser efetuado.

Parágrafo único – No caso de atraso no recolhimento da contribuição, aplica-se o disposto no art. 9º.
SEÇÃO II

Do contribuinte facultativo

Art. 12 – Desde que tenham menos de cinqüenta anos de idade e satisfaçam às demais exigências
legais, é facultada inscrição, para efeito de formação de pecúlio destinado à família, por morte do instituidor:

a) aos contribuintes obrigatórios;

b) os serventuários de justiça, escreventes, auxiliares e oficiais, inclusive os oficiais dos registros


públicos;

c) aos advogados inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais, pagando a
contribuição a que se refere o art. 14 acrescido de 50%.

Parágrafo único – A administração do Instituto poderá admitir contribuintes facultativos pertencentes a


outras entidades ou de outra categoria, mediante convênio entre o Instituto e a entidade.

Art. 13 – Os pecúlios podem ser instituídos sob uma das seguintes modalidades:

a) com o limite correspondente a 5 (cinco) anos de vencimento, remuneração ou salário, até o máximo
de Cr$2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil cruzeiros), mediante comprovação de boas condições de
saúde, atestadas por médico ou médicos indicados pelo Instituto;

(Alínea com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

b) com limite máximo de Cr$ 200.000,00, independentemente de exame médico.

§ 1º – O pecúlio instituído de conformidade com o item “a” será exigível, por morte do instituidor,
ocorrida depois do pagamento da primeira mensalidade.

§ 2º – O pecúlio instituído de conformidade com o item “b”, somente será exigível, se a morte do
instituidor ocorrer após um período de carência de 36 (trinta e seis) meses.

(Vide Lei nº 2.296, de 3/1/1961.)

(Vide art. 2º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 14 – O contribuinte facultativo pagará uma mensalidade proporcional ao pecúlio e à sua idade, de
acordo com a tabela anexa, arredondadas, no total para Cr$ 1,00 as frações desta quantia.

Parágrafo único – Não há mensalidade inferior à fixada para os contribuintes de 21 (vinte e um) anos de
idade.

(Vide Lei nº 2.296, de 3/1/1961.)

(Vide art. 2º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 15 – Para o Instituto contribuirão também o Estado, o Município e a entidade empregadora,


mensalmente, com 50% (cinquenta por cento) do total arrecadado de seus servidores, correspondentes aos
pecúlios até Cr$1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil cruzeiros).

Parágrafo único – Nos pecúlios superiores a Cr$1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil cruzeiros) a
mensalidade de cada contribuinte será acrescida de 50% (cinquenta por cento), pelo que exceder desse limite.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

(Vide art. 1º da Lei nº 1.641, de 7/9/1957.)


Art. 16 – Será permitida a elevação do pecúlio de contribuinte menor de 60 (sessenta) anos de idade,
em virtude de aumento de vencimento, remuneração ou salário, atendidas as condições estabelecidas nesta lei,
e a idade do contribuinte, para o cálculo de nova mensalidade.

(Vide art. 1º da Lei nº 3.477, de 27/10/1965.)

Art. 17 – É facultado ao contribuinte, definitivamente afastado do serviço pelo qual se inscreveu no


Instituto, manter ou elevar seu pecúlio até o máximo permitido, desde que pague sua mensalidade acrescida de
50%, correspondente à contribuição da entidade empregadora.

Parágrafo único – Para a elevação servirá de base para o cálculo do novo pecúlio o rendimento
constante de certidão passada pela Delegacia do Imposto de Renda, referente ao ano anterior.

Art. 18 – O Instituto fornecerá ao contribuinte uma apólice correspondente ao pecúlio ou sua elevação.

Art. 19 – Ao contribuinte que sofrer redução de vencimento, remuneração ou salário, será facultado
manter o pecúlio tal como foi instituído ou reduzi-lo.

Art. 20 – Será compulsoriamente eliminado da condição de contribuinte e não terá direito à restituição
das mensalidades pagas aquele que:

a) atrasar o pagamento das mensalidades por seis meses consecutivos, salvo quando a
responsabilidade do atraso couber à repartição pagadora do contribuinte, caso em que esta ficará sujeita aos
juros moratórios de 12% (doze por cento) ao ano, além da multa de 10% (dez por cento) sobre o total retido por
mais de seis meses;

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

b) tiver sido inscrito no Instituto por meio de documentação falsa.

§ 1º – No caso do item “a”, o contribuinte eliminado poderá reabilitar-se, se o requerer antes de


decorridos doze meses do pagamento da última mensalidade, desde que pague as mensalidades em atraso,
com multa de 10%.

§ 2º – Decorridos 12 (doze) meses de atraso no pagamento das mensalidades, o contribuinte só poderá


reabilitar o seu peculio a juizo da administração do Instituto e se estiver em boas condições de saúde e pagar as
mensalidades em atraso com a multa de 10% (dez por cento), qualquer que seja a sua idade.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

§ 3º – O servidor reintegrado no Serviço Público terá sua situação no Instituto estabelecida, mediante o
simples pagamento das mensalidades em atraso, dentro dos seis meses seguintes à reintegração.

(Parágrafo renumerado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 21 – É permitido ao contribuinte facultativo, eliminado, inscrever-se novamente, nas seguintes


condições:

a) pagamento das seis mensalidades correspondentes ao prazo durante o qual vigorou seu pecúlio
anterior;

b) pagamento das novas mensalidades, calculadas de acordo com sua idade atual, observadas as
demais condições para inscrição.

Art. 22 – O contribuinte reduzido ao estado de insolvência poderá requerer a suspensão do pagamento


das mensalidades.
§ 1º – Considera-se insolvente, para os fins deste artigo, o contribuinte que não recebe vencimento,
remuneração, salário, provento ou pensão dos cofres públicos nem rendimento suficiente para sua subsistência.

§ 2º – As mensalidades suspensas, acrescidas dos juros de 6% (seis por cento) ao ano, serão
descontadas do pecúlio que tiver de ser pago aos beneficiários, por morte do contribuinte.

TÍTULO II

Do regime de previdência e assistência

CAPÍTULO I

Da pensão

Art. 23 – As pensões mensais serão:

I – Permanentes:

a) para o cônjuge sobrevivente do sexo feminino;

b) para o cônjuge sobrevivente do sexo masculino, se inválido;

c) para a mãe viúva ou pai inválido, que viva sob a dependência econômica do contribuinte
obrigatório, no caso de ser este solteiro ou viúvo.

II – Temporárias:

a) para cada filho, ou enteado, de qualquer condição, até a idade de 21 (vinte e um) anos;

b) sendo o filho, ou o enteado inválido, enquanto durar a invalidez;

c) para cada irmão, até a idade de 21 (vinte e um) anos, órfão de pai e sem padrasto, no caso de ser o
contribuinte obrigatório solteiro ou viúvo, sem filho ou enteado;

d) para cada irmão inválido, enquanto durar a invalidez, no caso de ser o contribuinte solteiro ou viúvo,
sem filho ou enteado;

e) para as filhas solteiras, que não estiverem recebendo proventos como funcionárias ou empregadas,
ou não vivam às expensas próprias.

Art. 24 – Não terá direito à pensão o cônjuge desquitado ou judicialmente separado, salvo quando haja
sido assegurado o direito à percepção de alimentos.

Parágrafo único – Perdem o direito à pensão, em qualquer caso, os beneficiários do sexo feminino que
contraírem núpcias.

Art. 25 – Os processos de habilitação para o recebimento da pensão serão instruídos com os


documentos exigidos pelo Conselho Diretor, sendo a parte pertencente a menores entregue a quem de direito,
mediante ofício de autoridade judicial.

Parágrafo único – A invalidez de beneficiário será verificada em exame médico, por profissionais
designados pelo Instituto, ou presumida aos 70 (setenta) anos de idade.

Art. 26 – Será assegurada aos dependentes do contribuinte, pensão constituída de uma parcela
familiar de 50% (cinquenta por cento) do estipêndio de benefício, acrescida de parcelas individuais de 10% (dez
por cento) do mesmo estipêndio por dependente, até o máximo de 5 (cinco).

(Vide art. 1º da Lei nº 7.016, de 1/7/1977.)


§ 1º – Considera-se o estipêndio de benefício a média dos estipêndios de contribuição sobre os quais o
contribuinte haja efetuados o pagamento das 12 (doze) últimas contribuições, contadas até a data em que
houver ocorrido o ato gerador do direito à pensão.

(Vide art. 1º da Lei nº 7.016, de 1/7/1977.)

§ 2º – Na fixação do estipêndio de benefício, os aumentos de remuneração do contribuinte somente


serão considerados quando concedidos em caráter geral.

(Vide art. 1º da Lei nº 7.016, de 1/7/1977.)

(Artigo com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

(Vide art. 19 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

(Vide art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

Art. 27 – A pensão global será rateada em quotas iguais entre os dependentes.

§ 1º – Para o efeito de rateio de pensão, considerar-se-ão apenas os dependentes habilitados, não se


adiando a concessão pela falta de habilitação de outros dependentes.

§ 2º – A inscrição ou habilitação posterior à concessão do benefício, que implique em exclusão ou


inclusão de dependentes, somente produzirá efeito a partir da data de seu deferimento.

§ 3º – Extinta uma quota da pensão, proceder-se-á a novo cálculo e rateio.

(Artigo com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

(Vide art. 19 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

Art. 28 – A pensão será reajustada pelo Conselho Diretor, com base em estudo atuarial, no prazo de 60
(sessenta) dias, contados da data do início de vigência do último reajustamento geral de vencimentos do
pessoal civil do Estado.

(Artigo com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

CAPÍTULO II

Do pecúlio

Art. 29 – Por morte do contribuinte facultativo, adquirem direito ao pecúlio, na razão da metade, o
cônjuge sobrevivente, e, pela outra metade, na ordem em que vão mencionados, os seguintes herdeiros do
falecido: descendentes, ascendentes, cônjuge sobrevivente e colaterais até terceiro grau.

Parágrafo único – Na falta de filhos menores, e mediante declaração expressa, poderá o contribuinte
facultativo legar toda a importância do pecúlio ao cônjuge sobrevivente.

Art. 30 – O contribuinte facultativo solteiro, ou viúvo, sem descendente ou ascendente, poderá instituir
livremente os beneficiários do pecúlio.

Art. 31 – Não tem direito necessariamente ao pecúlio o cônjuge que, ao tempo do falecimento do
contribuinte facultativo, estava desquitado ou separado judicialmente.

Art. 32 – A indicação de beneficiários será feita:

a) por declaração, assinada pelo contribuinte em presença de duas testemunhas e com as firmas
reconhecidas;
b) por testamento.

Parágrafo único – A declaração, depois de aprovada pelo Instituto, será registrada em livro próprio,
para os devidos fins, podendo ser modificada, em qualquer tempo, pelo instituidor.

Art. 33 – O pedido de pagamento será feito pelo inventariante ou beneficiário com firma reconhecida, e
instruído com certidão de óbito, título de herdeiros, apólice do contribuinte facultativo falecido e certidão do
testamento, se houver.

Art. 34 – Na falta de declaração e existindo mais de um beneficiário, far-se-á o pagamento do pecúlio,


mediante simples autorização do juiz competente.

Art. 35 – O pecúlio responde pelos débitos do contribuinte facultativo para com o Instituto e o Estado.

Art. 36 – O pecúlio e auxílio para funeral são isentos de qualquer imposto e de penhora, nos termos da
lei civil, e não responderão por dívida do contribuinte falecido, salvo o disposto no artigo anterior.

Art. 37 – No inventário de bens de herança, ao juiz, ao escrivão ou a qualquer outro servidor, não se
contarão, em hipótese alguma, emolumentos, percentagens e custas sobre o pecúlio deixado por contribuinte
facultativo.

Art. 38 – O pecúlio será pago dentro de 30 (trinta) dias da entrada do requerimento, ou do ofício de
autorização judicial, no Instituto, acompanhado da comprovação estabelecida no art. 33.

CAPÍTULO III

Da aposentadoria

Art. 39 – É assegurado ao operário, a serviço do Estado e dos Municípios, inscrito obrigatoriamente no


Instituto (Art. 3º item “e”), o direito a aposentadoria, nos termos da Legislação Federal.

Parágrafo único – Os proventos da aposentadoria não poderão ser inferiores a 70% (setenta por cento)
do vencimento, salário ou remuneração sobre o qual for calculada a contribuição do beneficiado.

(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

Art. 40 – Só terá direito à aposentadoria, por conta do Instituto, o operário que tenha completado o
período de carência de 36 (trinta e seis) meses e feito o pagamento de 36 (trinta e seis) contribuições.

Parágrafo único – O aposentado pelo Instituto continuará obrigado à mesma contribuição mensal a
que estava sujeito e que será descontada dos proventos da aposentadoria.

CAPÍTULO IV

Do auxílio-doença

Art. 41 – Ao operário contribuinte obrigatório do Instituto, após haver realizado o período de carência de
24 (vinte e quatro) meses durante o qual foram pagas as contribuições mensais, que ficar incapacitado para o
trabalho, por motivo de doença, por prazo superior a 15 dias, será assegurado auxílio-doença, na base de 70%
(setenta por cento) da média de seu salário-base, calculado de acordo com suas contribuições no último ano.

§ 1º – Fica reduzido para 12 (doze) meses o período de carência para o segurado acometido de
tuberculose ou lepra.

§ 2º – A concessão do auxílio, requerido pelo contribuinte obrigatório, será feita enquanto durar a
incapacidade, até o máximo de 24 (vinte e quatro) meses ou, no caso de tuberculose ou lepra, de 60 (sessenta)
meses.
§ 3º – O contribuinte deverá se submeter à inspeção médica do Instituto, de seis em seis meses, para a
comprovação da incapacidade; em caso de lepra e tuberculose, este prazo será de 12 (doze) meses.

§ 4º – O auxílio é devido desde o 16º (décimo sexto) dia da inatividade, se o requerimento der entrada
no protocolo do Instituto dentro dos primeiros trinta dias de doença.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

§ 5º – Requerido o auxílio fora do prazo estabelecido no parágrafo anterior o auxílio será devido desde a
ata da entrada do requerimento no protocolo do Instituto.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

§ 6º – Não será devido o auxílio ao servidor que, ao tempo de sua admissão no serviço público, estava
fichado na Secretaria de Saúde e Assistência como portador de tuberculose ou lepra.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 42 – O contribuinte fica obrigado a se submeter aos exames que forem determinados pelo Instituto,
e ao tratamento que por este for indicado, durante todo o período com que receber o auxílio, sob pena de
suspensão deste.

Art. 43 – Não será concedido auxílio-doença ao contribuinte que o requerer depois que já tenha
recuperado a capacidade para o trabalho.

Art. 44 – Findo o prazo determinado para o auxílio-doença, caso o operário continue impossibilitado de
reassumir o trabalho, será automaticamente aposentado.

CAPÍTULO V

Do auxílio para funeral

Art. 45 – A inscrição do contribuinte facultativo confere à sua família direito a um auxílio,


correspondente a 4% (quatro por cento) do valor do pecúlio, para despesas de funeral.

Parágrafo único – A importância do auxílio será paga ao representante legal da família do contribuinte
falecido, mediante requerimento, instruído com a certidão de óbito.

CAPÍTULO VI

Do auxílio-natalidade

Art. 46 – Ao contribuinte obrigatório do Instituto conceder-se-á “Auxílio-Natalidade” nunca inferior a


30% (trinta por cento) do salário mínimo de maior valor vigente no Estado.

(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

(Vide art. 1º da Lei nº 7.016, de 1/7/1977.)

Art. 47 – O auxílio-natalidade será concedido mediante requerimento dirigido ao Presidente do Instituto


de Previdência dos Servidores do Estado, instruído com certidão de registro civil e prova de que o requerente
mantém regularmente o pagamento das contribuições devidas ao Instituto obedecido o disposto no art. 7º.

§ 1º – O requerimento, isento de selo, deverá ser apresentado com a indicação do número da carteira
de identidade, fornecida pelo Instituto a seus contribuintes, dentro de 90 (noventa) dias, contados da data do
nascimento, findos os quais preservará o direito à percepção do benefício.
§ 2º – A concessão do auxílio se fará somente a um dos pais e, no caso de ambos serem contribuintes
do Instituto, cabe ao progenitor recebê-lo.

CAPÍTULO VII

Dos auxílios financeiros

SEÇÃO I

Os empréstimos a longo prazo

Art. 48 – A assistência habitacional aos assegurados, na forma e condições estabelecidas em


Regulamento aprovado pelo Conselho Diretor do Instituto, poderá ser concedida para construção, aquisição,
ampliação ou preservação de imóvel destinado, exclusivamente à moradia própria e única.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 49 – Os empréstimos serão resgatados mediante prestações mensais e sucessivas, nas quais se
incluirão as parcelas do principal, juros, correção monetária e acessórios contratuais.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 50 – Para a concessão de mútuos destinados à ampliação ou preservação da casa própria, será
observado o prazo máximo de 10 (dez) anos e obedecida rigorosamente a ordem cronológica de inscrição dos
requerentes exigindo-se além da primeira hipoteca do imóvel a garantia subsidiária representada pelo pecúlio
facultativo o qual deverá ser mantido integralmente, até o resgate final da dívida.

Parágrafo único – No caso deste artigo, o empréstimo não excederá à importância do pecúlio
facultativo do mutuário.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 51 – Para prestação de assistência habitacional aos seus assegurados, o IPSEMG fica autorizado a
adotar o que, sobre a matéria, dispuser a legislação federal.

§ 1º – Sem prejuízo do disposto no artigo, nos empréstimos para construção ou aquisição de casa
própria o prazo de resgate não excederá de vinte (20) anos, e será exigida primeira hipoteca do imóvel
financiado, bem como instituição de seguros que visem a garantir a operação.

§ 2º – O IPSEMG poderá contrair empréstimos em fontes internas de financiamento e assinar convênios


com entidades federais, estaduais e municipais para a execução dos planos de assistência habitacional”.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

Art. 52 – No programa de assistência habitacional é facultada a inclusão de financiamento da


construção ou aquisição de grupos de residências para os segurados do IPSEMG, nas sedes dos Municípios,
observados os princípios gerais fixados neste Capítulo e as condições estabelecidas em Regulamento.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.002, de 16/10/1968.)

SEÇÃO II

Dos empréstimos a curto prazo

Art. 53 – O Instituto fará empréstimos aos contribuintes facultativos, mediante consignação em folha,
dentro das seguintes condições:
a) os empréstimos serão concedidos até o limite de 5% (cinco por cento) do pecúlio, observado o
máximo de desconto em folha de 1/3 (um terço), ou da metade do vencimento para aqueles que possuam
empréstimo hipotecário;

(Alínea com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

b) a amortização de empréstimo se fará dentro do prazo de 12 (doze) meses, em prestações mensais;

(Alínea com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 6.160, de 5/11/1973.)

c) não poderá ser concedido empréstimo que eleve o total dos descontos à quantia superior de um
terço do vencimento, remuneração ou salário, salvo quando em vigor empréstimo hipotecário com o Instituto.
Neste caso o total dos descontos poderá atingir metade do vencimento, remuneração ou salário;

c) mediante aval de contribuinte facultativo que seja servidor estável, quando o proponente for servidor
interino extranumerário, comissionado, substituto, ou não receba dos cofres públicos.

(Vide art. 3º da Lei nº 1.519, de 29/12/1956.)

(Parágrafo único – (Revogado pelo art. 3º da Lei nº 6.160, de 5/11/1973.)

Dispositivo revogado:

“Parágrafo único – Paga a metade do débito e decorrido metade do prazo o empréstimo em vigor é
facultado ao devedor reformá-lo, atendidas as demais condições desta lei.”

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 3º da Lei nº 1.519, de 29/12/1956.)

Art. 54 – O empréstimo será realizado mediante a emissão de nota promissória pelo mutuário, em favor
do Instituto, e autorização irrevogável de desconto em folha, até final solução da dívida.

§ 1º – Os juros do empréstimo serão descontados pelo Instituto, ao entregar a quantia mutuada.

§ 2º – O pagamento das prestações mensais poderá ser feito diretamente à Tesouraria do Instituto,
devendo, neste caso, o proponente dar como aval a servidor estável, contribuinte facultativo em dia com o
pagamento de sua mensalidade e, ainda, autorizar o desconto em folha, na falta de pagamento de duas
prestações mensais consecutivas.

Art. 55 – O Instituto concederá a seus contribuintes obrigatórios, que recebam do Tesouro do Estado,
adiantamentos, denominados “rápidos”, no decurso do mês, correspondentes à importância líquida já ganha do
vencimento, remuneração ou salário, o que não excederão de Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), para desconto
integral no primeiro pagamento.

Parágrafo único – Os adiantamentos de que trata este artigo serão suprimidos quando se instalar o
armazém de abastecimento.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 2.803, 11/1/1963.)

Art. 56 – Os benefícios, de que tratam os arts. 53 e 55, serão condicionados às cláusulas especiais
fixadas no Regimento Interno do Instituto.

CAPÍTULO VIII

Da assistência médico-social
Art. 57 – Fica criada uma taxa de assistência, que constituirá o meio pelo qual o Instituto prestará
assistência médica, hospitalar e dentária ao seu contribuinte obrigatório, cuja regulamentação e cobrança
serão decretadas pelo Governador do Estado, atendidos os seguintes princípios:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

a) desconto compulsório de 2% (dois por cento) sobre o estipêndio de contribuição, para todos os
contribuintes obrigatórios;

(Alínea com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 7.286, de 3/7/1978.)

b) sobre o total arrecadado de seus respectivos servidores, para o Instituto contribuirão o Estado, o
Município, a Autarquia ou a entidade empregadora com 50% (cinqüenta por cento);

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

c) extensão da assistência a todos os municípios do Estado, de forma equivalente à que será prestada
na Capital;

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

d) o pessoal necessário à assistência será admitido a título precário, sob a forma de credenciamento;

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

e) emprego de 20% (vinte por cento) do produto das contribuições obrigatórias e facultativas em
construção ou aquisição de prédios destinados a hospitais e postos de assistência.

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Parágrafo único – O Instituto não poderá cobrar de seus associados, para consultas médicas, exames
de laboratórios, radiografias e radioterapias nenhuma outra importância além do desconto fixado na letra “a”
deste artigo.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 36 da Lei nº 5.945, de 11/7/1972.)

TÍTULO III

Da administração do Instituto

CAPÍTULO I

Da organização

Art. 58 – O Instituto compreende:

I – Conselho Diretor;

II – Conselho Fiscal;

III – Presidência;

IV – Departamento de Previdência;

V – Departamento de Assistência Financeira;

VI – Departamento de Assistência Médico-Social;


VII – Departamento de Administração.

CAPÍTULO II

Da estrutura e competência dos órgãos

SEÇÃO I

Do Conselho Diretor

Art. 59 – O Conselho Diretor será constituído pelo Presidente e pelos Diretores, sob a presidência do
primeiro.

Art. 60 – Compete ao Conselho Diretor:

I – aprovar os planos, orçamentos e balanços anuais do Instituto e seu Regimento Interno;

II – organizar o Quadro do Pessoal do Instituto;

III – estabelecer os planos e modalidades de previdência e assistência;

IV – fixar as taxas de juros das várias modalidades de empréstimo;

V – autorizar a aquisição, permuta ou alienação de imóvel a serem realizadas pelo Instituto;

VI – conceder férias e licenças ao Presidente e aos Diretores;

VII – decidir os casos omissos;

VII – solucionar os recursos das decisões, em primeira instância, do Presidente;

(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

VIII – decidir as questões apresentadas pelo Presidente e os casos omissos.

(Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 61 – O Conselho Diretor reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por mês, e, extraordinariamente,
quando convocado pelo Presidente “ex-officio”, ou mediante solicitação do Conselho Fiscal ou de qualquer
Diretor.

Art. 62 – O Conselho Diretor deliberará, com a presença da maioria de seus membros.

Art. 63 – As decisões do Conselho Diretor serão tomadas por maioria de votos.

§ 1º – Em caso de empate, a decisão do assunto será adiada para outra reunião em que compareça a
totalidade dos seus membros.

§ 2º – Deixando de votar, por motivo relevante, algum dos membros, e, havendo empate, o Presidente
terá também voto de qualidade.

§ 4º – Consideram-se instâncias administrativas, para efeito de recurso, em ordem ascendente: os


Diretores, o Presidente, o Conselho Diretor e Governador do Estado.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

§ 5º – O recurso para o Governador do Estado só é admitido quando tratar-se de decisão, em primeira


instância, do Conselho Diretor ou quando interposto por qualquer de seus membros.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)


§ 6º – O prazo para interposição de recurso é de dez dias, a contar da publicação da decisão
impugnada.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

SEÇÃO II

Do Conselho Fiscal

Art. 64 – O Conselho Fiscal será constituído de cinco membros, sendo dois nomeados pelo Governador
do Estado, entre contribuintes do Instituto, e três eleitos pelos contribuintes, na forma estabelecida no Regimento
Interno, obedecidas as seguintes condições:

I – a eleição será realizada no primeiro domingo de dezembro do último ano do mandato, em Belo
Horizonte, em assembléia convocada, para esse fim, pelo Presidente do Instituto, com sessenta dias de
antecedência;

II – poderão votar apenas os contribuintes que apresentarem a carteira de identificação, emitida pelo
Instituto;

III – São considerados eleitos os três mais votados e os demais, por ordem decrescente de votos, são
considerados suplentes.

Parágrafo único – Em sua primeira reunião o Conselho Fiscal elegerá um de seus membros para
Presidente.

Art. 65 – Compete ao Conselho Fiscal:

I – emitir parecer sobre:

a) proposta orçamentária para o exercício seguinte;

b) relatório e balanço apresentados pelo Presidente, com os respectivos elementos de contabilidade;

c) proposta do Presidente ao Conselho Diretor para aquisição, permuta ou alienação de valor superior
a Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros);

II – fiscalizar a execução do orçamento aprovado;

III – responder a consultas formuladas pelo Presidente do Instituto;

IV – solicitar ao presidente as informações e diligências se julgar necessárias ao bom desempenho de


suas atribuições;

V – opinar sobre os aspectos financeiros, econômico orçamentário dos planos e providências


administrativas que lhe forem apresentados pelo Presidente ou pelo Conselho Diretor.

Art. 66 – O Conselho reunir-se-á ordinariamente de dois em dois meses, e, extraordinariamente,


quando for julgado necessário, a juízo do Presidente.

Art. 67 – Cada membro do Conselho Fiscal perceberá ajuda de custo correspondente a 10% (dez por
cento) do salário mínimo de maior valor vigente no Estado por reunião a que comparecer, até o limite de 5
(cinco) reuniões mensais.

(Artigo com redação dada pelo art. 2.803, de 11/1/1963.)

SEÇÃO III
Da presidência

Art. 68 – Ao Presidente do Instituto, nomeado, em comissão, pelo Governador do Estado, de preferência


dentre contribuintes do Instituto, compete:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5.658, de 23/4/1971.)

I – dirigir os serviços do Instituto;

II – representar o Instituto em juízo ou fora dele, perante a administração pública ou em suas relações
com terceiros;

III – executar as deliberações do Conselho Diretor;

IV – nomear, admitir, promover, remover, transferir, readaptar, reintegrar, readmitir, aposentar, exonerar
e dispensar servidores, bem como conceder-lhes férias, licenças, gratificações e outros direitos ou vantagens
legais e praticar quaisquer outros atos relativos à administração do pessoal do Instituto;

(Inciso com redação dada pelo art. 163 da Lei nº 22.257, de 27/7/2016.)

V – convocar e presidir às reuniões do Conselho Diretor, e convocar o Conselho Fiscal;

VI – determinar a instauração de inquérito administrativo;

VII – decretar prisão administrativa na forma da lei;

VIII – submeter à apreciação do Conselho Fiscal na época própria, a proposta orçamentária para o
exercício seguinte, os relatórios e balanços com os respectivos elementos de contabilidade e dados elucidativos;

IX – apresentar ao Governador do Estado o relatório e o balanço geral do exercício encerrado, depois


de aprovados pelo Conselho Diretor;

X – expedir instruções, portarias e ordens de serviço;

XI – assinar documentos emitidos pelos Departamentos juntamente com os respectivos diretores;

XII – propor ao Conselho Diretor todas as medidas necessárias à administração do instituto que
dependerem da aprovação desse órgão;

XIII – autorizar os pagamentos em geral e os empréstimos a que se referem os arts. 48 e 53;

XIV – solucionar os recursos das decisões e atos dos Diretores.

(Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 69 – O Presidente será substituído em seus impedimentos pelo Diretor por ele previamente
designado para este fim.

Art. 70 – Os Serviços Jurídico e Odontológico, a Contadoria e a Tesouraria do Instituto são subordinados


diretamente à Presidência.

Parágrafo único – Fica transformada em Serviço Odontológico e desligada do Departamento Médico


Social a atual Divisão Odontológica.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 7º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

SEÇÃO IV
Dos departamentos

Art. 71 – Os departamentos compreendem Divisões e estas, Seções, nos termos do Regimento Interno.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 7º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 72 – Os departamentos são chefiados por Diretores nomeados, em comissão, pelo Governador do
Estado, dentre contribuintes do Instituto.

Parágrafo único – Para o Departamento de Assistência Médico-Social a nomeação deve recair em


médico.

Art. 73 – Aos Diretores de Departamento incumbe:

I – superintender os serviços do respectivo Departamento;

II – assinar apólices e outros documentos expedidos pelo respectivo Departamento, juntamente com o
Presidente;

III – conceder férias aos servidores que lhes estiverem subordinados;

IV – propor ao Presidente a remoção de servidores do Departamento;

V – indicar os servidores que devem ser designados para a chefia de Divisão ou Seção de seu
Departamento;

VI – apresentar ao Presidente, trimestralmente, relatório das atividades do Departamento;

VII – sugerir ao Presidente as medidas que dependerem de solução deste ou do Conselho Diretor.

Art. 74 – Ao Departamento de Previdência compete o estudo e a execução de trabalhos relativos a


pecúlios, seguros, aposentadorias e pensões.

Art. 75 – Ao Departamento de Assistência financeira compete o estudo e a execução dos trabalhos


relacionados com o empréstimos a longo e a curto prazo, a fiscalização e conservação dos bens imóveis
hipotecados ao instituto e outras formas de assistência financeira, segundo resolução do Conselho Diretor.

Art. 76 – Ao Departamento de Assistência Médico-Social compete o estudo e a execução dos trabalhos


relativos à Assistência Médica Social.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

(Vide art. 7º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 77 – Ao Departamento de Administração compete o estudo e a execução dos trabalhos relativos a


Pessoal, Material, Comunicações, Documentação, Estatística e Portaria.

CAPÍTULO III

Dos servidores do Instituto

Art. 78 – O Quadro de Pessoal do Instituto, organizado pelo Conselho Diretor e aprovado pelo
Governador do Estado, compreende os ocupantes de:

I – cargos isolados, de provimento em comissão;

II – cargos isolados, de provimento efetivo;


III – cargos de carreira, de provimento efetivo;

IV – cargos suplementares, providos efetivamente e suprimidos pela vacância;

V – funções de extranumerários mensalistas.

§ 1º – Poderá, ainda, haver pessoal contratado, por prazo determinado, para o desempenho de funções
técnicas ou científicas.

§ 2º – Os padrões de vencimento e as vantagens dos cargos referidos neste artigo são idênticos aos
dos cargos de carreira e isolados do Quadro Geral do Estado.

Art. 79 – As relações do instituto com seus servidores são de natureza estatutária, nos termos do
Regulamento do pessoal, aprovado pelo seu Conselho Diretor, obedecidas as seguintes condições gerais:

a) provimento, mediante concurso de provas, e, subsidiariamente, de títulos, dos cargos efetivos, com
exceção para os cargos de Irmã e Capelão (vetado);

(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

b) estabilidade, depois de dois anos de efetivo exercício no Instituto;

c) estabilidade, após dez anos de serviço no Instituto, para os extranumerários mensalistas e


assalariados;

d) limitado em doze meses a duração do provimento em caráter interino, com exoneração automática,
vedado novo provimento interino, antes de realização de concurso de provas.

Parágrafo único – Aplicam-se subsidiariamente, ao pessoal do Instituto o Estatuto dos Funcionários


Públicos Civis do Estado e a legislação estadual, relativa aos servidores públicos civis.

Art. 80 – Incorporam-se ao vencimento, para efeito de aposentadoria, os adicionais por tempo de


serviço e as gratificações recebidas por mais de seis anos.

Art. 81 – Excluída a assistência médica, hospitalar e dentária, a despesa anual com os servidores do
Instituto não poderá ultrapassar a 15% (quinze por cento) a arrecadação prevista.

(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 2.803, de 11/1/1963.)

Art. 82 – O exercício de cargo em que houver responsabilidade pela guarda de valores dependerá de
prévia prestação de caução, pela forma estabelecida no Regimento Interno.

TÍTULO IV

Do regime econômico e financeiro

CAPÍTULO I

Da receita

Art. 83 – A receita do Instituto é constituída:

a) – das mensalidades pagas pelos contribuintes obrigatórios e facultativos;

b) – das contribuições do Estado e dos municípios, na forma deste Estatuto;

c) – da contribuição das entidades que tenham servidores ou empregados inscritos no Instituto na


forma deste Estatuto;
d) – dos juros de empréstimos de qualquer natureza;

e) – do produto das multas sobre mensalidades, prestações, ou contribuições em mora;

f) – dos juros, pagos pelo Estado, Município ou entidades referidas na letra “c”, devidos por retenção de
saldos;

g) dos juros de apólices da dívida pública pertencentes ao Instituto;

h) dos prêmios de seguros de acidentes no trabalho, ou contra fogo;

i) de quaisquer rendas patrimoniais ou eventuais decorrentes de outras atividades do Instituto.

Art. 84 – As contribuições devidas ao Instituto por contribuintes que recebam dos cofres públicos serão
arrecadadas por desconto em folha de pagamento.

§ 1º – Os descontos, quando feitos à boca do cofre na Secretaria das Finanças, serão entregues ao
Instituto diariamente, acompanhados de relação nominal dos contribuintes.

§ 2º – As exatorias e repartições pagadoras remeterão mensalmente ao Instituto, ou ao


estabelecimento de crédito, por este indicado, até o dia 15 do mês seguinte, o produto das arrecadações que
fizeram, com a relação nominal dos contribuintes e das importâncias descontadas ou recebidas.

Art. 85 – A importância das contribuições do Estado, de que tratam os arts. 6º e 15, será apurada e
entregue ao Instituto por trimestre vencido, e as importâncias devidas pelos municípios serão apuradas e
remetidas ao Instituto, até o dia 15 do mês seguinte ao vencido.

Parágrafo único – (Suprimido pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Dispositivo suprimido:

“Parágrafo único – Pela mora na entrega ou remessa da importância devida ao Instituto, pagar-lhe-ão
o Estado e o Município o juro mensal de meio por cento.”

Art. 86 – As rendas e fundos do Instituto não poderão ter destino diferente do prescrito nesta lei e são
livres de impostos.

CAPÍTULO II

Do orçamento e do exercício financeiro

Art. 87 – Anualmente, até 15 de novembro, o Conselho Diretor submeterá à deliberação do Conselho


Fiscal a proposta de orçamento para o exercício seguinte, que coincidirá com o ano civil.

Art. 88 – O Conselho Fiscal emitirá parecer sobre o orçamento até 15 de dezembro, suprindo ou não
modificações.

Art. 89 – Aprovado o orçamento, sua execução será fiscalizada através de balancetes e balanços
submetidos à análise do Conselho Fiscal.

Art. 90 – O balanço do Instituto será organizado semestralmente e publicado no Órgão Oficial,


acompanhado do parecer do Conselho Fiscal.

TÍTULO V

Disposições gerais e transitórias

CAPÍTULO ÚNICO
Art. 91 – Os servidores do Instituto são considerados estaduais para todos os efeitos, com isenção de
impostos e direito de cobrar por processo executivo fiscal qualquer contribuição ou quantia; neste caso, servirá
de título, para instruir o processo, a certidão autêntica de dívida averbada no livro próprio do Instituto.

Art. 92 – As aquisições de imóveis pelo Instituto ficam isentas do imposto de transmissão, (vetado) bem
como as primeiras aquisições de casa própria de seus contribuintes, neste caso até o limite de seu pecúlio
facultativo.

Parágrafo único – Quando se tratar de aquisição pelo Instituto, o valor do imóvel será atribuído pelo
mesmo, dispensada a avaliação pelo órgão fiscal do Estado.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 93 – Os atos de ordem normativa do Conselho Diretor, o parecer do Conselho Fiscal, o expediente
da Presidência e dos Departamentos serão publicados no Órgão Oficial do Estado.

Parágrafo único – Será gratuita a impressão dos trabalhos ou relatórios do Instituto e a execução do
respectivo material de expediente na Imprensa Oficial do Estado.

Art. 94 – As transferências do contribuinte deste para outros Institutos e vice-versa obedecerão a


legislação federal vigente.

Art. 95 – Para a percepção de benefícios de assistência previstos nesta lei, ficam os contribuintes
facultativos ou obrigatórios e seus beneficiários obrigados à apresentação da carteira de identificação,
fornecida pelo Instituto.

Art. 96 – A primeira eleição para constituição de três quintos do Conselho Fiscal será realizada no
primeiro domingo de dezembro de 1957, para o período de quatro anos que se iniciará em janeiro seguinte.

Art. 97 – Terminará em 31 de dezembro de 1957 o mandato dos atuais membros do Conselho Fiscal ou
de seus substitutos.

Art. 98 – Os cargos de Diretor do Departamento de Seguros e Pensões, de Diretor do Departamento de


Aplicações de Capital, de Diretor do Departamento Médico-Social e de Diretor do Departamento de Serviços
Gerais, referidos na Lei nº 974, de 5 de agosto de 1953, ficam transformados em Diretor do Departamento de
Previdência, padrão X, Diretor do Departamento de Assistência Financeira, padrão X, Diretor do Departamento de
Assistência Médico-Social, padrão X, e Diretor do Departamento de Administração, padrão X, respectivamente,
observado o disposto nos parágrafos 1º e 3º do art. 1º da mencionada lei.

Art. 99 – Fica o Instituto autorizado a construir nas sedes dos municípios, grupos de residências para
associados, em terrenos por eles adquiridos, ou cedidos pelas Prefeituras, dando preferência aos casados, que
ainda não possuírem casa própria.

Parágrafo único – O serviço de engenharia do Instituto elaborará, gratuitamente, sempre que for
solicitado pelo sócio, as plantas e desenhos das casas por construir.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 100 – Serão criados e regulados pelo Conselho Diretor, sem finalidade de lucro, para atender aos
contribuintes, uma Farmácia, um Armazém de Abastecimento e um Ginásio.

§ 1º – Para o funcionamento dos órgãos previstos neste artigo, serão postos à disposição do Instituto,
servidores do Estado que não estejam exercendo cargo ou função considerados indispensáveis.

§ 2º – Os medicamentos serão fornecidos à vista da receita do médico do Instituto, para pagamento


imediato ou por desconto em folha.”
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Art. 101 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os Decretos-leis nºs 1.416, de 24 de


novembro de 1945 e 1.616, de 8 de janeiro de 1946.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 1.587, de 15/1/1957.)

Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que
a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de dezembro de 1954.

JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA

Odilon Behrens

ANEXO Nº 1 (Art. 14)

Mensalidade que deve pagar o contribuinte facultativo do Instituto de Previdência dos Servidores do
Estado de Minas Gerais, em proporção de sua idade e do pecúlio instituído, por mil cruzeiros.

Idade em anos, ao instituir o pecúlio Mensalidades (Cr$) por mil cruzeiros de pecúlio

22 1,17

23 1,19

23 1,21

24 1,23

25 1,25

26 1,27

27 1,30

28 1,33

29 1,38

30 1,39

31 1,42
32 1,46

33 1,50

34 1,54

35 1,58

36 1,62

37 1,67

38 1,72

39 1,78

40 1,84

41 1,90

42 1,97

43 2,04

44 2,12

45 2,20

46 2,30

47 2,40

48 2,50

49 2,60

50 2,70
51 2,82

52 2,95

53 3,00

54 3,24

55 3,40

56 3,53

57 3,68

58 3,80

59 4,10

60 4,37

ANEXO Nº 2 (Art. 27)

Pensão mensal do beneficiário de contribuinte obrigatório:

IDADE EM ANOS DO PENSÃO MENSAL POR Cr$ 100,00 do salário-base do contribuinte (Cr$)
CONTRIBUINTE NO
MOMENTO DA
INSCRIÇÃO PERMANENTE TEMPORÁRIA, segundo a idade do beneficiário

ATÉ 6 ANOS DE 6 A 12 ANOS DE 12 E MAIS


ANOS

20 26,20 5,20 7,80 10,40

21 25,00 5,00 7,50 10,00

22 23,90 4,80 7,20 9,60

23 22,90 4,60 6,90 9,10


24 21,90 4,40 6,00 8,80

25 21,10 4,20 6,30 8,40

26 20,30 4,10 6,10 8,10

27 19,60 3,90 5,90 7,80

28 18,90 3,80 5,70 7,50

29 18,30 3,70 5,50 7,30

30 17,70 3,60 5,30 7,10

31 17,30 3,50 5,20 6,90

32 16,80 3,40 5,10 6,70

33 16,30 3,30 4,90 6,50

34 15,90 3,20 4,80 6,40

35 15,50 3,10 4,60 6,20

36 15,10 3,00 4,60 6,10

37 14,80 3,00 4,40 5,90

38 14,40 2,90 4,30 5,80

39 14,10 2,80 4,20 5,70

40 13,80 2,80 4,10 5,50

41 13,30 2,70 4,10 5,40

42 13,20 2,70 4,00 5,30


43 13,00 2,60 3,90 5,20

44 12,80 2,50 3,80 5,10

45 12,50 2,50 3,80 5,00

46 12,30 2,50 3,70 4,90

47 12,10 2,40 3,60 4,90

48 11,80 2,40 3,60 4,70

49 11,60 2,30 3,50 4,60

50 11,40 2,30 3,40 4,60

51 11,20 2,20 3,30 4,50

52 10,90 2,20 3,30 4,30

53 10,70 2,20 3,20 4,30

54 10,50 2,10 3,20 4,20

55 10,30 2,00 3,10 4,10

56 10,10 2,00 3,00 4,10

57 9,90 2,00 3,00 4,00

58 9,70 2,00 2,90 3,90

59 9,60 1,90 2,90 3,80

60 9,30 1,90 2,80 3,60

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Data da última atualização: 2/8/2016.

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