O documento discute como a arte produzida por pacientes de Nise da Silveira revelou aspectos de sua religiosidade e espiritualidade. A arte psiquiátrica ao longo da história convergiu para a abstração e subjetividade, expressando imagens do inconsciente. A pintura de uma flor de ouro representa a presença de Deus e a consciência/inconsciência, enquanto as mandalas simbolizam a cura e espiritualidade. As teorias de Jung sobre a reorganização da psique também são ilustradas pela arte
O documento discute como a arte produzida por pacientes de Nise da Silveira revelou aspectos de sua religiosidade e espiritualidade. A arte psiquiátrica ao longo da história convergiu para a abstração e subjetividade, expressando imagens do inconsciente. A pintura de uma flor de ouro representa a presença de Deus e a consciência/inconsciência, enquanto as mandalas simbolizam a cura e espiritualidade. As teorias de Jung sobre a reorganização da psique também são ilustradas pela arte
O documento discute como a arte produzida por pacientes de Nise da Silveira revelou aspectos de sua religiosidade e espiritualidade. A arte psiquiátrica ao longo da história convergiu para a abstração e subjetividade, expressando imagens do inconsciente. A pintura de uma flor de ouro representa a presença de Deus e a consciência/inconsciência, enquanto as mandalas simbolizam a cura e espiritualidade. As teorias de Jung sobre a reorganização da psique também são ilustradas pela arte
A partir do filme esboçar a religiosidade que Nise da Silveira percebeu na
arte de seus pacientes.
Na história do mundo, a produção estética e a patologia da mente nunca estiveram
efetivamente dissociadas, e o tênue traço que por vezes cindiu a arte da loucura parece ter sido pincelado através de um filete. De Goya a Munch, de Van Gogh a Dalí, o fazer artístico convergiu ao longo do tempo para a descaracterização das formas (tais como se apresentam aos sentidos) e para a abstração e subjetividade, granjeando poder para transparecerem-se como imagens ou representações do inconsciente. No filme abordado, a arte como criação se apresenta sob o formato de várias matizes, tendo uma delas o escopo de expressar crenças e religiosidade. A pintura da flor de ouro, do ponto de vista da epistemologia da crença, representa a presença de Deus como uma energia espiritual transcendente, bem como nossa consciência e inconsciência, exploradas na psicanálise Junguiana1 de forma bivalente sob os aspectos individual e coletivo. Outro objeto da arte dos pacientes/clientes retratados no filme são as mandalas, arquétipos da cura e da espiritualidade. Sendo o próprio Jung um personagem oculto no filme, suas teorias apontam um potencial reorganizador e auto curativo da psique, e uma alegoria dessa reorganização é encenada através da pintura, por um paciente/cliente/artista, de uma série encadeada de obras que externam um quarto vazio que gradualmente se preenche de mobília. Dayseane Cristina Salles
1 Jung participou da edição da primeira tradução ocidental do clássico chinês.