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na arteterapia
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Lei nº 9610/98 – Lei de Direitos Autorais
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A definição de arteterapia desenvolvida por diferentes teóricos acabou culminando em um
ponto comum que é o uso da arte como meio de expressão do indivíduo, ou seja, através
da arte, o sujeito consegue expressar o seu inconsciente, revelando as experiências
interiores que não são acessadas pela linguagem verbal.
O psicólogo clínico autor do livro Terapias Expressivas (2000), Liomar Quinto Andrade,
define que “a expressividade ou a arte se torna um instrumento de trabalho quando
combinada a um objeto educacional ou terapêutico” e de acordo com Reis (2014, p.148) e
enfatiza pressupostos fundamentais como
“a) a expressão ‘artística’ revela a interioridade do homem, fala do modo de ser e visão de
cada um e seu mundo. Esse ato revela um suposto sentido, e cada teoria e método em
arteterapia e terapia expressiva se apodera desse ato diferentemente, b) por intermédio
desse ‘fazer arte’, expressar-se, o terapeuta pode estabelecer um contato com o cliente
possibilitando a este último o autoconhecimento, a resolução de conflitos pessoais e de
relacionamento e o desenvolvimento geral”.
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transmutação pelo fazer artístico, reconfigurando a arte e dando novos sentidos, fazendo
e recriando a própria vida.
Com base nos estudos de Margaret Naumburg, sua teoria afirmava que “a expressão
artística é como um espelho que reflete diversas informações (REIS, 2014, p.149-150).
Seus estudos partiam de Freud, onde os pensamentos se apresentariam nas imagens bem
mais que palavras. A autora ainda afirma que
Arteterapia junguiana
Essa proposta de arteterapia foi desenvolvida com base em Jung e Nise da Silveira, sendo
que o principal objetivo da arte nesse processo era mediar a produção simbólica do
inconsciente. Para Jung, o inconsciente vai além do pessoal, mas atinge também o
coletivo, que corresponde a ideias universais. Segundo Reis (2014, p.151),
Arteterapia gestáltica
Gestalt é uma palavra de origem alemã que tem o significado de “forma, uma
configuração, o modo particular de organização particular das partes individuais que
entram em sua composição” (REIS, 2014, p.154). Tem como precursor Jani e Rhyne, que
utiliza nessa teoria diversas técnicas artísticas no contexto educacional e também
psicoterapêuticos, podendo ser individual ou em grupo, o que de acordo com Reis (2014,
p. 152),
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um processo em que a arte promove awareness, termo chave na Gestalt-terapia, para o
qual não há uma tradução exata em português, mas cujo sentido seria dar-se conta ou
aperceber-se do que se passa consigo no momento vivido, levando a um ganho de
consciência”.
Sabemos que acumular sentimentos não é saudável para ninguém, a arteterapia pode
auxiliar o indivíduo a colocar para fora algo que o incomoda e impede de realizar algo que
seja importante na sua vida. A arteterapia leva o indivíduo a alcançar o bem-estar mental
e enfrentar situações indesejáveis, sobretudo porque existem diversos tipos de inserções
possíveis nessa área, como:
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Referências
ANASTASIOU, Helene Paraskevi. PRINCÍPIOS DA ARTETERAPIA. Revise - Revista
Integrativa em Inovações Tecnológicas nas Ciências da Saúde, [S.L.], v. 3, n. 00, p.
112-115, jan. 2020.
FAGUNDES-RIDLEY, Ivete. Arte como terapia: Encontrando minha essência. São Paulo:
Cia do eBook,2020.
MEIRA, Beá. Arte: Do rupestre ao Remix. São Paulo: Scipione Didáticos, 2015.
RABELO, Cleison Luiz; SILVA, Edenice Maria da; BARBOSA, Maria Euda. Arteterapia,
Processos, sentimentos e emoções. Revista PLUS FRJ: Revista Multidisciplinar em
Educação e Saúde, [S.L.], v.1, n. 3, p. 78-85, jan. 2017.
REIS, Alice Casanova dos. Arteterapia: a arte como instrumento no trabalho do Psicólogo.
Revista Psicologia: Ciência e Profissão, [S.L], v. 1, n. 34, p. 142-157, mar. 2014.