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FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Eliane Cruz Pompilio dos Santos

ARTETERAPIA E SUAS FORMAS DE TRATAMENTO

Caratinga-MG
2021
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Eliane Cruz Pompilio dos Santos

ARTETERAPIA E SUAS FORMAS DE TRATAMENTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em
EDUCAÇÃO ESPECIAL.
Orientador: Tiago Francisco Vieira

Caratinga-MG
2021
ARTETERAPIA E SUAS FORMAS DE TRATAMENTO

Eliane Cruz Pompilio dos Santos1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- Este artigo tem como finalidade apresentar a Arteterapia nas suas inúmeras ações
terapêuticas, a qual vem revolucionando cada vez mais as formas de tratamento do sujeito com alguma
deficiência intelectual, bem como os campos da se atuar. Utilizando estratégias artísticas como a pintura,
desenho, modelagem, teatro, dança e muitas outras formas de tratamento que venham a atingir uma
evolução no quadro intelectual. Para tanto utilizou-se uma pesquisa bibliográfica e outros informativos
teóricos como embasamento para que este artigo fosse desenvolvido. Sendo assim as informações aqui
apresentadas deram suporte para ser aqui apresentado. A arteterapia vem sendo utilizada pelos
terapeutas em clínicas, escolas, hospitais, penitenciárias, nas comunidades, centros de apoio
melhorando assim a qualidade de vida dos indivíduos assistidos numa abordagem integrativa. Por meio
dos dados aqui apresentados conclui-se que a arteterapia veio para revolucionar os meios convencionais
da época, pois os estudos estão avançando a cada dia mais através de diversas formas de tratamento e
formações profissionalizantes.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Arteterapia; 2. Formas de tratamento; 3 Campos de atução.

ABSTRACT- This article aims to present Art Therapy in its numerous therapeutic actions, which have
been increasingly revolutionizing the forms of treatment of individuals with intellectual disabilities, as well
as the fields of action. Using artistic strategies such as painting, drawing, modeling, theater, dance and
many other forms of treatment that will achieve an evolution in the intellectual framework. For that, a
bibliographical research and other theoretical information were used as a basis for this article to be
developed. Therefore, the information presented here gave support to be presented here. Art therapy has
been used by therapists in clinics, schools, hospitals, penitentiaries, in communities, support centers, thus
improving the quality of life of individuals assisted in an integrative approach. Through the data presented
here, it is concluded that art therapy came to revolutionize the conventional means of the time, as studies
are advancing each day more through various forms of treatment and professional training.

KEYWORDS: 1. Art therapy; 2. Forms of treatment; 3 Fields of action.

1
elianed73@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

Este artigo vem apresentar as inúmeras formas de tratamento da arteterapia


como uma nova vertente para o tratamento de pessoas com deficiência intelectual.
Esses tratamentos se baseiam em técnicas da arte como pintura, modelagem,
teatro, escultura, dança, e demais técnicas onde o paciente passa a se expressar e
desprendendo do seu eu, dos sintomas que o aprisionam, se permitindo relaxar e
libertar do stresse, traumas e confusões mentais, se permitindo ser tratado de forma
natural, esta relação o qual podemos chamar de bio-psíquica-social.
Quando se analisa a arteterapia temos a clareza que ela se aplica em terapias
individuais, em grupos hospitalares, Unidade de Saúde, escolas, centros de apoio,
clínicas, tratamentos terapeuticos, pois posibilita a humanização do espaço.
É possível também que o terapeuta não necessite de dominar os conhecimentos
metodológicos que irá aplicar, pois não deve ser aplicado de uma forma robotizada,
mais sim algo que aconteça naturalmente de forma critativa, isto é, o criar resgata o eu
de cada um, revelando o sentimento presente dentro de nós.

Criar é tocar a essência mais profunda do Ser


Humano. É sentir a beleza do sutil, em um espaço onde antes
era nada, e que de repente passa a ser uma forma, um
contorno, emerge um gesto, enfim, a expressão de um
sentimento presente dentre de nós. É redimensionar o que
existia em direção a algo que passa a ser, conectado com os
valores internos e constituintes do Ser. (ALESSANDRINI, 1999,
p.31).

O importante é que o individuo possa mostrar sua essência no momento de criar,


partindo dele, pois é um momento sublime que o ser humano expõe toda sua emoção
quando está criando sua arte.
Baseando nas concepções comtemporâneas podemos utilizar a arteterapia
nos campos da saúde, educação, instituições e demais organizações que possibilitam
utilizar expressões não verbalizadas, onde o sujeito expresse seus sentimentos através
do desenvolvimento metodológico participativo, onde o terapeuta poderá trabalhar com
a criatividade e a arte, utilizando recursos, integrando mais de quinze recursos no
trabalho terapeutico, sendo o paciente criança, adolescente, adulto ou idoso.
Acredita-se que as terapias podem-se tornar mais prazerosas e atrativas quando
utiliza recursos que respeita os diversos aspectos do individuo.
A arteterapia passa a ser então uma facilitadora no processo de desenvolvimento
das pessoas em tratamento mental, utilizando a arte como uma forma harmoniosa de
interagir com o paciente e ao mesmo tempo, o mesmo vai sendo incentivado a fazer as
aulas dando assim o equilíbrio mental necessário para esse tratamento.

A área de conhecimento da Arteterapia teve impulso na década de 40, com o


qual o processo terapêutico pode melhorar o tratamento de pacientes com algum tipo
de deficiência intelectual, utilizando de expressões oriundas da pintura, desenho livre,
expressões corporais. (Oliver, 2008), ajudando também no diagnóstico, por isso se
aplica à saúde mental.
Sabemos que no Brasil tivemos psiquiatras muito importantes para a história da
arteterapia com um trabalho junto aos pacientes nas instituições de saúde como Osório
Cesar e Nice da Silveira o qual trouxeram mais liberdade no tratamento sem a questão
só de internação, pois com arte puderam se expressar e trazer a cura.
Este artigo bibliográfico esta apresentado em duas partes, à primeira trás a
história da arteterapia e suas formas de tratamento e a segunda os campos que podem
se atuar na arterapia.

2 DESENVOLVIMENTO

A arteterapia vem trazer qualidade de vida para os indivíduos com algum tipo de
deficiência intelectual, bem como transtornos da mente e para Freud e Jung inseriram a
arteterapia no tratamento psiquiatrico.
Tanto Freud quanto Jung trouxeram as técnicas da arteterapia para o campo
do tratamento psiquiatrico os quais são bases importantes para o desenvolvimento
inicial da arteterapia.
Freud não usou diretamente a arte no seu processo psicoterapeutico, mas Freud
foi um admirador da arte e ele realmente fez a análise de algumas obras entre várias
como a de Miquelangelo o Moisés e ele traçavam e focavam nas questões de
manisfestações inconscientes do artísta que a arte tem uma funcção catártica e de
sublimação que ele afirmava que o inconsciente se expressa por imagens e essas
imagens são também originadas por sonho.
Jung chegou a utilizar a linguagem artistica no seu trabalho psicoterapeutico, ele
tinha o hábito de usar outras formas de expressão e pedia a seus pacientes que
pintassem seus sonhos. Ele afirmava que a criatividade artistística é uma função
pxiquica natural do ser humano estruturante, então ele valorizava muito a arte como
complementação dessa questão, também da palavra e apartir desse momento
analisando as imagens que ocorriam tanto nos sonhos como na arte através dessa
simbolização ele começou a pontuar questões do inconsciente individual e também do
coletivo.
No Brasil nós tivemos psiquiatras importantes no trabalho da arte junto aos
pacientes nas Instituições de Saúde mental entre eles temos Osório Cesar em meados
de (1895 a 1979) e Nice da Silveira entre (1905 a 1999) que fez um trabalho fantástico
com pacientes esquisofrênicos, ela foi precursora no sentido da utilização da arte, da
expressão com possivilidade de trazer mais liberdade sem que a questão só da
internação.
Urrutigaray (2001) diz que a Arteterapia tem crescendo muito no Brasil, nos
últimos anos, mas tem sido pouco valorizada no processo de intervenção, segue em
ritmo lento, tanto na prática de diagnóstico quanto no tratamento, bem como na
utilização dos recursos nas áreas de aprendizagem e desenvolvimento pessoal.

“Apesar dos intensos esforços dos profissionais que a exercem, e das


diversas pesquisas desenvolvidas, ainda se encontra em um estágio de
especialização profissional. É bem possível que esta circunstância acerca de
sua aceitação tenha seu fundamento, por um lado, na origem de sua aplicação
no nosso país, e por outro, pelas próprias metodologias seguidas, nascidas da
prática e da improvisação, as quais também apontam ao aspecto original da
mesma” (URRUTIGARAY, 2001).

Nise tinha um carinho muito grande por animais e em especial pelos felinos, ela
foi precursora na utilização de animais no tratamento, para ajudar no processo de cura
dos pacientes, ela observava que os pacientes que tinham uma preocupação, uma
responsabilidade em cuidar daquele animal, enquanto o animal melhorava o paciente
também melhorava.
De acordo com Dott, (2005) disse: “Sem dúvida, para muitos dos pacientes, os
animais eram seu único elo com a vida, sua ponte para a saúde mental”

Verifiquei as vantagens da presença dos animais no hospital


psiquiátrico. Sobretudo o cão reúne qualidades que o faz muito apto a tornar-
se um ponto de referência estável no mundo externo. Nunca provoca
frustrações, dá incondicional afeto sem nada pedir em troca, traz calor e alegria
ao frio ambiente hospitalar. Os gatos têm um modo de amar diferente.
Discretos, esquivos, talvez sejam muito afins com os esquizofrênicos na sua

maneira peculiar de querer bem (DOTTI, 2005, p.36).

Nise procurava captar as dificuldades e mobilizar as manifestações emocionais


(CAMARA, 2002). Para tanto ela tinha um cuidado especial com as obras.
As obras eram examinadas, colocava as obras em sequência conforme cada
autor em séries, nesse sentido ia sendo observada a evolução do símbolo e apartir da
evolução do símbolo era analisada as forças autocurativas que se movia em direção da
consciência, ela começou a perceber na obra de seus pacientes, na expressão deles
que era comuns obras circulares aparecerem, tando que Nise escreve uma carta e
coloca as fotografias das obras e pergunta a Jung se podereia ser consideradas
mandalas e um mês depois ele confirma que relmente eram mandalas e que as
mandalas são significativas a um círculo mágico e que é um símbolo de unidade,
símbolo psiquico autocurativo.
Jung afirmava que toda palavra e imagem se tornam simbólica quando ela
implica em alguma coisa além do seu significado manistado imediato, então além das
memórias de um passado longínquo, também pensamentos inteiramente novos, ideias
criadoras também podem surgir do inconsciente e essa é uma visão muito específica de
Jung, pois ela trás a possibilidade do novo acontecer dessa reconstrução, dessa
individuação, tanto numa leitura de sonhos, quanto numa leitura das imagens através
das artes.
Jung (2003), fala sobre a relação existente entre simbolização, união de opostos
e individuação: A união de opostos num nível mais alto da consciência [...] não é uma
questão racional e muito menos uma questão de vontade, mas um processo de
desenvolvimento psíquico, que se exprime em símbolos. Historicamente, este processo
sempre foi representado através de símbolos e ainda hoje o desenvolvimento da
personalidade individual é figurado mediante imagens simbólicas (p.29).
Partindo do pressuposto da teoria junguiana, a vida é vista através da construção
da própria consciência, sendo ela participativa da sua criação e o mundo refletido na
consciência exposto através dos símbolos.
Sabemos o quanto foi importante que se reconheça o valor da arteterapia no
processo de tratamento dos pacientes e o quanto humanizou o atendimento a esses
pacientes no trato psiquiatrico, pois pode contribuir no desenvolvimento dos mesmos
trazendo mais qualidade de vida. Passando esse grupo a interagir com o mundo da
arte e com isso se tornar possível seu processo de cura de uma forma armoniza e
agradável.

2.1 Formas de tratamento da arteterapia

O tratamento da arteterapia pode ser elaborado em duas formas, a primeira


forma é a livre, ou seja, ela não exige nada pré-determinado, é livre porque o paciente
vai poder expressar através daquele canal, isto é, da expressão dele, após essa
expressão é feito todas as associações, todas as questões pessoais e só após esse
momento é feito um processo de amplificação fazendo correlações com o material
arquetipico com grande multiplicidade materiais diversos. Cada indivíduo cria sua arte à
medida que vai se apropriando dos materias disponívies. Ao contrário da arteterapia
estruturada que vamos ver a seguir.
De acordo com Holm, (2003) a intenção é que qualquer coisa sirva como
estimulo para se criação artística, sendo que o tema a ser criado é de escolha da
pessoa apartir de elementos do cotidiano.

Se dermos às crianças a mesma liberdade no processo artístico, que


damos em suas brincadeiras, as crianças chegarão à excelência no
aprimoramento do processo criativo (HOLM, 2003, p.09).

A arteterapia também ela pode ser estruturada, pois quando observa que
naquele grupo ou naquele paciente determinadas dinâmicas podem ser aplicadas então
com uma proposta especifica vão sendo introduzidas algunas técnicas para que
possam ser atendidos na área que mais o paciente ou o grupo possa se beneficiar, ela
pode ser mesclada e podendo alternar, vai ser determinante também para qual
resultado se pretende chegar. Com isso costuma usar elementos da música, da pintura,
do desenho e de outras coisas para catalisar sentimentos, onde as pessoas ter
condições para que ele consiga realizar tudo que o impede de desenvolver melhor seu
autoconhecimento.
Nesta época é comum ver um arteterapeuta atuando em tratamentos
direcionados a pessoas de praticamente todas as idades, tendo resultados muito
satisfatórios, o que torna esta terapia cada vez mais apreciada e recomendada para
tratamentos psicológicos.
O indivíduo com problemas consegue se expressar melhor por meio de
elementos da música, da escrita, da pintura, do desenho e da dança, e por este motivo,
a arteterapia está cada vez mais sendo empregada para tratamentos psicológicos, onde
as pessoas se apresentam com transtornos dos mais variados.
Diante dessas formas de tratamento tanto a livre quanto a estruturada trazem
benefícios aos pacientes e as duas são eficazes, atingindo um resultado satisfatório.
2.2 Campos para se atuar na arteterapia

Em termos gerais podemos pensar que a arteterapia se atua mais na área


clinica, de fato ela pode ser aplicada de forma expressiva na questão clínica, mas ela
também pode ser utilizada no campo educacional com os projetos de arte educação,
sendo interessante enfocar a questão no trabalho de habilidades sociais diante da
arteterapia.
Para Paulo Freire (1983), a educação somente tinha sentido se estivesse
atendendo as necessidades reais dos indivíduos envolvidos no processo, o qual ele deu
o nome de “ensino bancário”, pois apenas se preocupava em transferir conhecimentos,
não considerando as aspirações do sujeito. Sendo assim, a educação só faz sentido
quando traz algo que o permita compreender melhor e de forma mais crítica a si próprio
e à sua cultura. A consequência deste processo é um ser sensível e consciente, capaz
de apropriar-se dos conceitos e conteúdos escolares.

Transformar o mundo através do seu trabalho, dizer o mundo,


expressá-lo e expressar-se é próprio dos seres humanos. A educação qualquer
que seja o nível em que se vê se fará tão mais verdadeira quanto mais
estimule o desenvolvimento desta necessidade radical dos seres humanos, a
de sua expressividade (FREIRE, 1983. p. 24).

A arteterapia no âmbito escolar é primordial para atender aos alunos com algum
tipo de deficiência intelectual, pois com essas intervenções a criança passa a ter mais
facilidade em aprender tornando a mais reflexiva nesse processo do ensino
aprendizagem.
Como dizia Vigotsky, 1997 que com a intervenção do outro ocorre o
desenvolvimento no ser humano nos processos psicológicos e que quando a atividade
é coletiva traz certo bem estar às pessoas, pois essa prática artística permite que elas
se conheçam melhor, trazendo a si autoestima e paz interior.
Outro campo que podemos citar é o campo organizacional que pode ser feito em
empresas e outras instituições, como por exemplo, um trabalho com grupo de
funcionários podendo desenvolver a motivação, trabalhar a integração dessa equipe,
bem como conflitos que essa equipe vivencia, sendo a arteterapia um canal de
elaboração e ajuda para essa empresa.
Segundo Saviani (2004, p.57), “à medida que um grupo de pessoas se expressa
sobre uma temática, e a arte é um canal para isso, percebe-se e sentem-se as
diferenças e ao mesmo tempo a unidade”. Com isso o indivíduo se sentirá mais
valorizado, pois se identifica com o grupo pela igualdade, já que faz parte de um
mesmo todo e, ao passo que se sente diferente porque é um ser único, com suas
aptidões e experiência única de vida.
Podemos citar também outro enfoque no campo hospitalar com trabalho com
pacientes internados com um caso muitas vezes crônicos ou tratamentos prolongados,
entre uma cirurgia e outra, por exemplo, nesses casos tem se um enfoque muito ligado
à qualidade de vida a trazer alegria, de trazer esperança, dinamismo para essa pessoa.
A arte nesse sentido é um meio muito poderoso de expressão, sobretudo da
expressão da subjetividade humana a qual traz a subjetividade do individuo acessar
seus conteúdos emocionais, que muitas vezes esses conteúdos estão inconscientes e
eles afloram e se tornam conscientes e apartir desse trabalho junto ao terapeuta,
quando é feito uma leitura desses simbolos que surguem apartir da expressão e,
sobretudo fazer uma reconstrução através da própria atividade artística.
Sabemos que quando estamos em um ambiente hospitalar já não ficamos muito
bem, nosso emocional, tanto o fiísico, quanto o neurológico, como as formas de
interação social já ficam abalados. Chiattone & Golveia, aput Dias et.al. (2003, p.56)
afirmam:
“Quando hospitalizado, o individuo passa a vivier em um ambiente
novo e estranho, cercado de pessoas desconhecidas, tendo que estabelecer
novas relações com a equipe de saúde e o ambiente hospitalar além de a
doença também representa uma nova variável em sua via. Durante a
internação hospitalar a criança já física e emonocionalmente debilitada pela
doença passa a ter que enfrentar o seu afastamento do seu ambiente
doméstico, aonde vinha desenvolvendo-se de acordo com seu repertório
motor, social, emocional e intelectual”.
Uma das vantagens da arteterapia em relação arteterapia verbal é porque ela
se dá no sentido de que em geral a arteterapia não passa pelo crivo da racionalização,
ao contrário da terapia não verbal que muitas pessoas pensam demasiadamente no
qjue vão falar, buscam se controlar muito. Sabe se que o terapeuta busca muito a
questão da pessoa deixar fluir, não fica pensando no que vai falr, mas ainda assim para
algumas pessoas é muito difícil, então a arteterapia ela tem essa vantagem porque ela
é independentemente expressiva e na verbalização ela vai ocorrer após a sua
expressão sendo um ponto bem favorável da arteterapia.
São oferecidos nas universidades curso de especialização em arteterapia
podendo fazer os portadores de diploma na educação, na saúde e na arte-educação.
Após o término do curso o profissional poderá identificar alternativas para solução de
problemas de saúde psíquica, bem como discutir aspectos genéricos da arte no
processo psicoterapêutico.
Mediante o que foi dito sabemos que temos muitos campos para se trabalhar
com a arteterapia, pois tem evoluído a cada dia mais trazendo bem estar e qualidade
de vida para quem se apropria dessas técnicas.

3 CONSIDERAÇOES FINAIS

Ao longo desta pesquisa podemos apresentar a arteterapia com suas inúmeras


ações terapeuticas, bem como sua história a qual podemos conhecer alguns psicólogos
que iniciaram com a arteterapia e também trazendo diversas formas de tratamento aos
pacientes com alguma deficiência intelectual, bem como alguns campos para se
atuarem na arteterapia revolucionando assim a maneira que era realizada os
tratamentos desses pacientes que antes eram em clínicas e hospitais psiquiátricos e
agora obtiveram uma abrangência em escolas, penitenciárias, nas comunidades e
centros de apoio, bem como demais instituições.
Ao passo que foram introduzindo as técnicas da arte como tratamento
terapeutico os pacientes com alguma deficiência intelectual foram tendo uma melhor
qualidade de vida.
Um fato importante que novos cursos de Arteterapia estão à disposição para
quem se interessar nesse ramo como, por exemplo, uma pós-graduação que
especializa profissionais portadores de diploma das áreas de saúde e educação, no
conhecimento de teorias e técnicas psicológicas e artísticas visando suas aplicações
nas áreas de saúde, educação e arte-educação. A partir daí, o profissional pode
identificar alternativas para solucionar problemas de saúde psíquica, bem como discutir
aspectos genéricos da arte no processo psicoterapêutico.
Por meio dos dados aqui apresentados conclui-se que a arteterapia veio para
revolucionar os meios convencionais da época, pois os estudos vêm avançando a cada
dia mais através de diversas formas de tratamento tanto atendimento individual quanto
em grupo, bem como os cursos de especializações na área.

4. Referências

ALLESSANDRINI, C. D. Oficina Criativa e Psicopedagogia. São Paulo: Casa


do Psicólogo, 1996.

______________. Análise microgenética da oficina criativa: projeto de


modelagem em argila. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004, 360p.(Coleção
Arteterapia).

CAMARA, F. P. Vida e Obra de Nise da Silveira, Psiquiatria on line Brazil,


setembro, 2002.

CHIATTONE, Heloisa Benevides de Carvalho; GOLVEIA V.V.; aput Dias et al;


Significação da Psicologia no Contexto Hospitalar. In Angerami-Camon, V. A.
(org.). Psicologia da Saúde – um Novo Significado Para a Prática Clínica. São
Paulo: Pioneira Psicologia, São Paulo, 2003.

FREIRE, P. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,


1983.
HOLM, A. M. Fazer e pensar em Arte. São Paulo: MAM, 2003.

DOTTI, J. Terapia & Animais. São Paulo: Noética, 2005.

JUNG, C.G. Estudos Alquímicos. Petrópolis: Vozes, 2003.

OLIVER, Lou de. Psicopedagogia e Arteterapia. Teoria e prática na aplicação


em clínicas e escolas. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

SAVIANI, Iraci. Ateliê Arteterapêutico – Encontrarte: viver arte, criar e recriar


a vida.In: CIORNAI, Selma (org.). Percursos em Arteterapia. São Paulo:
Summus, 2004.

URRUTIGARAY, M. C. Arteterapia, A transformação pessoal pelas imagens.


Rio de Janeiro: Wak, 2006.

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