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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

LDEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS

EXATAS

PROJETO INTEGRADOR: DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA COBERTURA


DE UM GALPÃO METÁLICO

São Paulo
2023

1
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA COBERTURA DE UM GALPÃO
METÁLICO

Projeto Integrador Interdisciplinar


apresentado ao Programa de Graduação
em Engenharia Civil - da Universidade
Nove de Julho - UNINOVE como requisito
parcial para obtenção de aprovação no
semestre.

São Paulo
2023

2
Resumo

A proposta do projeto integrador, apresentando ao longo deste trabalho, foi concebida com base nas
diretrizes condicionais para a ampliação do entendimento dos princípios e métodos de
dimensionamento aplicados aos projetos estruturais. A abordagem adotada leva em consideração as
exigências das normas da ABNT NBR 8800 e NBR 6123, especificamente no contexto de estruturas
metálicas, além da utilização de softwares especializados para o dimensionamento das cargas na
estrutura e os seus efeitos.

Foi idealizado um galpão em estrutura metálica,utilizando treliças do tipo Hawe para as tesouras. Optou-se para
uma edificação medindo 20x30 m, medidas bastante comuns em galpões de uso industriais. Foram utilizados os
softwares Visual Ventos, Autocad e Ftool para auxiliar nos cálculos de distribuição das cargas nos nós, forças
de reação nos apoios e as tensões nos tirantes das tesouras, O resultado apresentado foi uma treliça detalhada
com todos os seus membros estruturais dimensionados.

3
Abstract

The proposal of the integrative project, presented throughout this document, was conceived based on
conditional guidelines for the expansion of the understanding of principles and methods of design
applied to structural projects. The approach taken takes into account the requirements of ABNT NBR
8800 and NBR 6123 standards, specifically in the context of steel structures, in addition to using
specialized software for the calculation of loads on the structure and their effects.
It is crucial to understand that, in addition to computational analyses and normative guidelines, the
design of stable structures requires more than mere calculations and predetermined values. It demands
the application of practical and technical knowledge, along with the clinical experience of qualified
professionals in the field. This document explores in a direct and comprehensive manner the
development of this practical and technical knowledge within its scope, emphasizing the importance of
professional experience and judgment in decision-making related to structural design."

4
Sumário
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS 1
Dimensionamento Estrutural Da Cobertura De Um Galpão Metálico 2
6.

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1. Introdução

Desde a Revolução Industrial, as estruturas metálicas têm se destacado como uma opção de método
construtivo bastante eficaz, principalmente quando se busca construções resistentes, rápidas, limpas,
modulares e com capcidade de vencer grandes vãos; características essenciais para as construções no
mundo globalizado atual. Exemplo disso são as pontes, os viadutos, os arranhaceus e os galpões
industriais. Dessa forma, as estruturas metálicas têm desempenhado um papel fundamental na
construção civil, proporcionando soluções eficientes e versáteis para essa tipo de demanda.

As obras de viadutos, por exemplo, precisam ser construídas de forma a impactar o mínimo possível
ao trânsito já complicado das grandes cidades. As pontes sobre rios, por sua vez, buscam passagens
elevadas que permitam o transito de grandes embarcações, além de caracterizarem-se por difícil
execução de suas fundações, por serem submersas, necessitando assim de grandes vãos para diminuir
a quantidade de pilares e fundações.

Pode-se destacar também o uso desse tipo de estrutura nas indústrias em geral, que buscam construir
grandes estruturas em cada vez menores espaços de tempo, além de precisaram de espaços com o
mínimo de obstáculos (pilares) que atrapalham a organização das suas áreas de produção. Além disso,
essas grandes empresas, geramente multinacionais, buscam reduzir o tempo de obra ao máximo,
substituindo este por tempo de operação, assim, iniciando mais cedo a fase de produção e faturamento,
o que resulta positivamente no resultado econômico.

Outro destaque, muito em alta hoje em dia, devido o expressivo crescimento do e-commerce no
Brasil, são os galpões logísticos essenciais à cedeia de transporte de mercadorias. Esses
equipamentos são, em sua maioria, gerenciados por grandes fundos imobiliários que buscam
capitalização no mercado para financiar um número cada vez mais crescente de obras.

Este trabalho será concentrado em estruturas metálicas para galpões metálicos, um tipo de
construção amplamente utilizada no Brasil e no mundo, por sua velocidade, praticidade e divesidade
de aplicação. Para isso, serão abordandas as normas técnicas de dimensionamento previstos pelas
ABNT NBR 8800 e NBR 6123 e presentando um projeto modelo de uma treliça para auxiliar no
entendimento e facilitar a compreensão.

2. METODOLOGIA

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A treliça do galpão a ser projetado será do tipo HOWE e terá vão livre de vinte metros e será idealizado
para ser construído na região litorânea, especificamente na cidade XXXX, para efeitos de carga de
vento e exposição ao intemperismo.

O roteiro de cálculo será conforme segue:


1. Desenhar a treliça e calcular a distância entre os nós;
2. Calcular as áreas de influência das cargas dos tirantes da treliças;
3. Calcular as cargas de peso próprio e sobrecargas atuantes na treliça;
4. Calcular as cargas distribuidas na treliça e depois transformar em cargas pontuais em cada
nó;
5. Fazer quatro combinações de cargas;
6. Adotar a pior situação das combinações e lançar as cargas no ftool;
7. Verificar os esforços solicitantes de cada elemento da estrutura (banzo superior, inferior,
diagonias e montantes);
8. Adotar o perfil que suporta esses esforços;
9. Dimensionar o pilar metálico;
10. Calcular as ligações parafusadas entre a treliça e o pilar;
11. Fazer o detalhamento destas ligações;
12. Apresentar a treliça dimensionada.

Os cálculos de dimensionamento serão feitos por meio dos softwares AUTOCAD,


VISUALVENTOS, FTOOL E EXCELL e apresentados na forma de desenho ilustrativo, para
possibilitar a visualização da treliça projetada.

3. TRELIÇA METÁLICA A SER DIMENSIONADA

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Idealizou-se uma cobertura de um galpão medindo 20x30 m, com seis tesouras do tipo Howe,
espaçadas a cada 5 m e com apoios no banzo inferior (diagonais comprimidas, montantes tracionados),
conforme Figura 1. As treliças possuem vão livre de vinte metros 20 m (Figuras 2 e 3).

Figura 1: planta da cobertura idealizada.

Figura 2: treliça metálica tipo Howe com indicação dos nós e dos tirantes.

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Figura 3: treliça metálica com indicação dos espaçamentos entre tirantes.

Por meio de cálculo geométrico, foram determinados os comprimentos de cada tirante, conforme
Tabela 1.

Comprimento
TIRANTE
L(m)
1-3-5-7-9-11-13-15-17-19-21-23 1,67
2-26-29-33-37-41-43-39-35-31-27-25 1,70
14 1,80
12 E 16 1,50
10 E 18 1,20
8E2 0,90
6 E 22 0,60
4 E 24 0,30
28 E 30 1,77
32 E 34 1,90
36 E 38 2,06
40 E 42 2,25
44 E 45 2,45

Tabela 1: indicação dos comprimentos dos tirantes.

4. DETERMINANDO AS CARGAS ATUANTES NAS TRELIÇAS

As áreas de inflencia de cada treliça foram determinadas considerando a distribuição de 50% da carga
para cada lado, pois existe simetria na disposição das tesouras (Tabela 2).

ÁREA DE INFLUENCIA DAS CARGAS DA TRELIÇA;


Area de influência abaixo:

Em seguida, foi calculado o grau de elasticidade da treliça para verificar o tipo de estrutura
da treliça e foi constatado ser uma treliça isostática, que é quando o número de restrições
é igual a três, ou seja, quando for formada por duas treliças simples ligadas por 3 barras
não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por um nó e uma barra sendo que esta

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barra não concorre no nó citado. Com os dados dos comprimentos das barra foi utilizado
hipotenusa para encontrar o ângulo de inclinação da treliça

Figura 4: memória de cálculo do grau de elasticidade e ângulo.

Utilizando as cargas de peso proprio de 0,45 kN/m² (manual cbca) e sobrecarga (RA) vento 0° e 90°
(visual ventos), determinou-se as forças de reação nos dois apoios (Figura X).

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Figura X: memória de cálculo da deteminação das forças de reação dos apoios da treliça.

Foram calculadas as cargas distribuidas nas treliças e depois transformadas em cargas pontuais para
cada nó,utilizando o software Visual Ventos conforme abaixo:
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Dados Geométricos
b = 20,00 m
a = 30,00 m

b1 = 2 * h
b1 = 2 * 9,00
b1 = 18,00m
ou
b1 = b/2
b1 = 20,00/2
b1 = 10,00m
Adota-se o menor valor, portanto
b1 = 10,00 m

a1 = b/3
a1 = 20,00/3
a1 = 6,67m
ou
a1 = a/4
a1 = 30,00/4
a1 = 7,50m
Adota-se o maior valor, porém a1 <= 2 * h
2 * 9,00 = 18,00 m
Portanto
a1 = 7,50 m

a2 = (a/2) - a1
a2 = (30,00/2) - 7,50
a2 = 7,50 m

h = 9,00 m
h1 = 1,80 m
ß = 10,20 °
d = 6,00 m

Área das aberturas


Fixas
Face A1 = 0,00 m²
Face A2 = 0,00 m²
Face A3 = 0,00 m²
Face B1 = 0,00 m²
Face B2 = 0,00 m²
Face B3 = 0,00 m²
Face C1 = 0,00 m²
Face C2 = 0,00 m²
Face D1 = 0,00 m²
Face D2 = 0,00 m²

Móveis
Face A1 = 0,00 m²
Face A2 = 0,00 m²
12
Face A3 = 0,00 m²
Face B1 = 0,00 m²
Face B2 = 0,00 m²
Face B3 = 0,00 m²
Face C1 = 10,00 m²
Face C2 = 10,00 m²
Face D1 = 0,00 m²
Face D2 = 0,00 m²

Velocidade básica do vento


Vo = 40,00 m/s
Fator Topográfico (S1)
Terreno plano ou fracamente acidentado
S1 = 1,00

Fator de Rugosidade (S2)


Categoria III
Classe B
Parâmetros retirados da Tabela 2 da NBR6123/88 que relaciona Categoria e Classe
b = 0,94
Fr = 0,98
p = 0,10

S2 = b * Fr *(z/10)exp p
S2 = 0,94 * 0,98 *(10,80/10)exp 0,10
S2 = 0,93

Fator Estático (S3)


Grupo 1
S3 = 1,00

Coeficiente de pressão externa

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Paredes
Vento 0°

Vento 90°

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Telhado

Vento 0°

Vento 90°

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Cpe médio = -0,90

Coeficiente de pressão interno


Cpi 1 = 0,20
Cpi 2 = -0,30

Velocidade Característica de Vento


Vk = Vo * S1 * S2 * S3
Vk = 40,00 * 1,00 * 0,93 * 1,00
Vk = 37,15 m/s

Pressão Dinâmica
q = 0,613 * Vk²
q = 0,613 * 37,15²
q = 0,85 kN/m²

Esforços Resultantes

Vento 0° - Cpi = 0,20

Vento 0° - Cpi = -0,30

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Vento 90° - Cpi = 0,20

Vento 90° - Cpi = -0,30

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5 - FAZER AS AÇÕES E COMBINAÇÕES COM OS CARREGAMENTOS (NO MININO 4

APÓS RESULTADO GERADO PELO PROGRAMA VISUAL VENTO FORAM REALIZADAS


AS COMBINAÇÕES DE CARGAS NECESSÁRIAS, LEVANDO EM CONTA O PESO
PRÓPRIO, SOBRECARGA E CARGAS DO VENTO.

As ações e combinações com os carregamentos são um dos elementos mais importantes


do projeto de estruturas, pois determinam as cargas que essas estruturas devem suportar.
A NBR 6120:2019, que estabelece as ações e combinações com os carregamentos para
as estruturas de edificações, define as seguintes ações:

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• Ações permanentes: são as ações que atuam de forma constante ou periódica na
estrutura, como o peso próprio da estrutura, o peso dos elementos fixos e o peso
dos equipamentos.
• Ações acidentais: são as ações que atuam de forma imprevisível ou rara na
estrutura, como o vento, o terremoto e o impacto de veículos.
• Ações especiais: são as ações que atuam de forma específica na estrutura, como o
carregamento de incêndio e o carregamento de explosão.

As combinações de ações são as combinações de ações permanentes, acidentais e


especiais que devem ser consideradas no projeto da estrutura. A NBR 6120:2019
estabelece as combinações de ações, que são classificadas em duas categorias:

• Combinações permanentes: são as combinações que consideram apenas as ações


permanentes.
• Combinações acidentais: são as combinações que consideram as ações
permanentes e as ações acidentais.

A escolha da combinação de ações adequada deve ser realizada levando em


consideração os seguintes fatores:

• A importância da estrutura: estruturas mais importantes devem ser projetadas para


suportar combinações de ações mais severas.
• A localização da estrutura: estruturas localizadas em regiões com condições
climáticas ou ambientais severas devem ser projetadas para suportar combinações
de ações mais severas.
• O uso da estrutura: estruturas com usos mais severos devem ser projetadas para
suportar combinações de ações mais severas.

A NBR 6120:2019 fornece tabelas com os valores dos coeficientes de combinação de


ações para cada combinação de ações. Esses coeficientes são multiplicados pelos
valores das ações correspondentes para determinar o valor total da ação a ser
considerada no projeto da estrutura.

A seguir, são apresentados os cálculos de combinações de ações para estrutura do


projeto em referência:

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Dimensionamento de pilar metálico em projeto integrado

O dimensionamento de um pilar metálico é um processo importante deste projeto integrado. O pilar


é um elemento estrutural que suporta cargas verticais e, por isso, é necessário garantir que ele tenha
a capacidade de suportar essas cargas sem flambar.

O dimensionamento dos pilares metálicos deste projeto foram realizados com base nos seguintes
passos:

1. Identificação das cargas que o pilar suportará. As cargas que um pilar suportará podem ser
de natureza estática ou dinâmica. As cargas estáticas são aquelas que se mantêm constantes
ao longo do tempo, como o peso próprio do pilar e dos elementos que ele suporta. As cargas
dinâmicas são aquelas que variam ao longo do tempo, como o vento, o terremoto e o tráfego
de pessoas ou veículos.

2. Determinação das condições de apoio do pilar. As condições de apoio do pilar determinam o


fator de flambagem, que é um coeficiente que relaciona o comprimento de flambagem
efetivo à altura do pilar. A norma brasileira NBR 8800:2016 define quatro condições de
apoio para pilares:

o Engastado: o pilar está fixo nas duas extremidades.


o Articulado: o pilar pode girar nas duas extremidades.
o Semi-articulado: o pilar pode girar em uma extremidade, mas não na outra.
o Livre: o pilar não está fixo em nenhuma extremidade.
3. Seleção do material do pilar. O material do pilar é determinado com base nas propriedades
mecânicas do material, como a resistência à compressão e o módulo de elasticidade. A
norma brasileira NBR 8800:2016 permite o uso de diversos materiais para pilares metálicos,
como aço, alumínio e aço inoxidável.

4. Aplicação da norma de projeto aplicável. A norma de projeto aplicável estabelece os


critérios de dimensionamento dos pilares metálicos. A norma brasileira NBR 8800:2016 é a
norma mais utilizada no Brasil para o dimensionamento de estruturas metálicas.

Dimensionamento de pilar metálico no FTOOL

O lançamento das cargas é realizado por meio de combinações de ações. As combinações de ações.
A norma brasileira NBR 8800:2016 define as combinações de ações para o dimensionamento de
estruturas metálicas. Essas combinações são divididas em duas categorias:

• Combinações permanentes: são as combinações que consideram apenas as cargas


permanentes.
• Combinações acidentais: são as combinações que consideram as cargas permanentes e as
cargas acidentais.

A adoção da pior situação das combinações


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Ao lançar as cargas no FTOOL, é importante adotar a pior situação das combinações. A pior
situação das combinações é aquela que resulta na maior carga aplicada ao pilar.

A seguir, são apresentados alguns exemplos de situações que podem resultar na pior situação das
combinações:

• A presença de cargas dinâmicas: as cargas dinâmicas, como o vento e o terremoto, podem


ser muito maiores que as cargas permanentes. Portanto, é importante considerar as cargas
dinâmicas na pior situação das combinações.
• A presença de ações simultâneas: as ações simultâneas são aquelas que atuam no mesmo
pilar ao mesmo tempo. Portanto, é importante considerar as ações simultâneas na pior
situação das combinações.
• A presença de efeitos de interação: os efeitos de interação são aqueles que ocorrem entre
duas ou mais peças estruturais. Portanto, é importante considerar os efeitos de interação na
pior situação das combinações.

A adoção da pior situação das combinações é uma prática importante no dimensionamento de


pilares metálicos. Essa prática garante que o pilar terá a capacidade de suportar as cargas mais
críticas, o que é essencial para garantir a segurança da estrutura. Abaixo é representado os calculos
realizados

6 - ADOTAR A PIOR SITUAÇÃO DAS COMBINAÇÕES E LANÇAR AS CARGAS NO


FTOOL. Pedro

COM O RESULTADO DAS COMBINAÇÕES FOI ADOTADA A PIOR HIPÓTESE. EM


SEGUIDA A CARGA DISTRIBUIDA FOI TRANSFORMADA EM PONTOS
CONCENTRADAS E APLICADA NA ESTRUTURA COM AUXILIO DO PROGRAMA
FTOOL.

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RESULTADO DOS PONTO AXIAIS, ENTÃO APLICA-SE ESTES PONTOS NO PROGRAMA
FTOOL

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Os pontos axiais aplicados no software FTOOL são pontos de força que atuam na estrutura de forma
axial, ou seja, na direção do eixo principal do elemento estrutural. Esses pontos podem ser utilizados
para representar cargas concentradas, como o peso de um equipamento ou a força de um vento.

Os resultados dos pontos axiais aplicados no FTOOL são apresentados na tabela Resultados de
Pontos. Essa tabela apresenta as seguintes informações para cada ponto axial:

• Nome: Nome do ponto axial.


• Componente X: Componente X da força aplicada no ponto axial.
• Componente Y: Componente Y da força aplicada no ponto axial.
• Componente Z: Componente Z da força aplicada no ponto axial.
• Módulo: Módulo da força aplicada no ponto axial.
• Direção: Direção da força aplicada no ponto axial.

A direção da força aplicada no ponto axial é representada por um ângulo, medido em graus, a
partir da direção X positiva.

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7 -VERIFICAR OS ESFORÇOS SOLICITANTES DE CADA ELEMENTO DA ESTRUTURA
(BANZO SUPERIOR, INFERIOR, DIAGONIAS E MONTANTES) - A Definir responsável.

Verificação dos esforços solicitantes de cada elemento da estrutura

A verificação dos esforços solicitantes de cada elemento da estrutura é uma etapa importante do
projeto estrutural. Essa verificação é realizada para garantir que os elementos estruturais sejam
capazes de suportar as cargas aplicadas sem sofrerem danos.

Os esforços solicitantes de cada elemento da estrutura podem ser divididos em dois grupos:

• Esforços externos: são os esforços que são aplicados à estrutura por meio das cargas
externas.
• Esforços internos: são os esforços que são gerados nos elementos estruturais pela ação dos
esforços externos.

Os esforços externos podem ser determinados por meio de análises de engenharia, como análises
estáticas, análises dinâmicas ou análises de fadiga.

Os esforços internos podem ser determinados por meio de métodos analíticos ou por meio de
softwares de análise estrutural.

Verificação dos esforços solicitantes dos banzos superior e inferior

Os banzos superior e inferior são elementos estruturais que atuam na transmissão das cargas
aplicadas na treliça. Os esforços solicitantes mais comuns nesses elementos são:

• Força axial: é a força que atua na direção do eixo principal do elemento.


• Momento fletor: é o momento que atua na direção perpendicular ao eixo principal do
elemento.

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A verificação da força axial nos banzos superior e inferior é realizada comparando a força axial
calculada com a resistência axial do elemento. A verificação do momento fletor nos banzos superior
e inferior é realizada comparando o momento fletor calculado com a resistência ao momento fletor
do elemento.

A forma de cálculo da força axial e do momento fletor nos banzos superior e inferior depende do
tipo de treliça e das condições de apoio dos banzos.

Importância do módulo de elasticidade

O módulo de elasticidade é uma propriedade do material do elemento estrutural que determina a sua
rigidez. Quanto maior o módulo de elasticidade, maior a rigidez do elemento estrutural.

A rigidez do elemento estrutural é importante para a verificação dos esforços solicitantes, pois ela
influencia a magnitude dos esforços internos gerados pela ação dos esforços externos.

Como o módulo de elasticidade do alumínio é menor que o módulo de elasticidade do aço, a força
axial nos banzos da treliça feita de alumínio será menor que a força axial nos banzos da treliça feita
de aço.

FOI ADOTADO UM AÇO ESTRUTURAL DE 200.000Mpa (módulo de elasticidade)

7.1 CARGAS APLICADAS NA ESTRUTURA:

27
7.2 RESULTANTE DOS ESFORÇOS AXIAS CALCULADOS PELO FTOOL, JUNTAMENTE
COM AS REAÇOES DE APOIO

28
29
30
7.3 RESULTANTE DO MOMENTO FLETOR GERADO PELO FTOOL.

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8 - ADOTAR O PERFIL QUE SUPORTA ESSES ESFORÇOS - A Definir responsável.

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9 - DIMENSIONAR O PILAR METALICO

O dimensionamento de um pilar metálico é um processo envolve a consideração de diversos fatores,


como as cargas que o pilar suportará, as condições de apoio, o material do pilar e a norma de projeto
aplicável.

Para dimensionar um pilar metálico, é necessário realizar os seguintes passos:

1. Identificar as cargas que o pilar suportará. As cargas que um pilar suportará podem ser de
natureza estática ou dinâmica. As cargas estáticas são aquelas que se mantêm constantes ao
longo do tempo, como o peso próprio do pilar e dos elementos que ele suporta. As cargas
dinâmicas são aquelas que variam ao longo do tempo, como o vento, o terremoto e o tráfego
de pessoas ou veículos.

2. Determinar as condições de apoio do pilar. As condições de apoio do pilar determinam o


fator de flambagem, que é um coeficiente que relaciona o comprimento de flambagem
efetivo à altura do pilar. A norma brasileira NBR 8800:2016 define quatro condições de
apoio para pilares:

o Engastado: o pilar está fixo nas duas extremidades.


o Articulado: o pilar pode girar nas duas extremidades.
o Semi-articulado: o pilar pode girar em uma extremidade, mas não na outra.
o Livre: o pilar não está fixo em nenhuma extremidade.
3. Selecionar o material do pilar. O material do pilar é determinado com base nas propriedades
mecânicas do material, como a resistência à compressão e o módulo de elasticidade. A
norma brasileira NBR 8800:2016 permite o uso de diversos materiais para pilares metálicos,
como aço, alumínio e aço inoxidável.

4. Aplicar a norma de projeto aplicável. A norma de projeto aplicável estabelece os critérios de


dimensionamento dos pilares metálicos. A norma brasileira NBR 8800:2016 é a norma mais
utilizada no Brasil para o dimensionamento de estruturas metálicas.

Dimensionamento de pilar metálico com foco em uma planta do CAD

O dimensionamento de um pilar metálico pode ser realizado com o auxílio de um programa de


CAD. Um software de CAD permite que o engenheiro visualize a planta do pilar e as cargas que ele
suportará.

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Após o dimensionamento do pilar, o engenheiro deve verificar se o pilar atende aos critérios de
segurança estabelecidos pela norma de projeto. A verificação pode ser realizada com o auxílio de
ferramentas de análise estrutural disponíveis no software de CAD.

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TABELA GERDAL USADA

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Fator de flambagem em estruturas metálicas

A flambagem é um fenômeno que ocorre em peças comprimidas, quando estas são submetidas a
uma carga axial que ultrapassa o seu limite de flambagem. Neste fenômeno, a peça tende a se
curvar, assumindo uma forma de onda.

As estruturas metálicas são frequentemente sujeitas à flambagem, pois são compostas por peças
comprimidas, como pilares, vigas e treliças. Para evitar que essas peças flambem, é necessário
dimensioná-las de acordo com a sua capacidade de flambagem.

A norma brasileira NBR 8800:2016 define o fator de flambagem como sendo o coeficiente que
relaciona o comprimento de flambagem efetivo à altura da peça. O comprimento de flambagem
efetivo é o comprimento real da peça, multiplicado pelo fator de flambagem.

O fator de flambagem é calculado de acordo com as condições de apoio da peça. A norma NBR
8800 define quatro condições de apoio para peças comprimidas.

• Apoio engastado: a peça está fixa nas duas extremidades.


• Apoio articulado: a peça pode girar nas duas extremidades.
• Apoio semi-articulado: a peça pode girar em uma extremidade, mas não na outra.
• Apoio livre: a peça não está fixa em nenhuma extremidade.

Para cada condição de apoio, a norma NBR 8800 apresenta um coeficiente de flambagem tabelado.

A seguir, são apresentados alguns exemplos de cálculos de fator de flambagem de acordo com a
norma NBR 8800:

• Pilar engastado:
K = 0,7

• Pilar articulado:
K = 1,0

• Viga biapoiada:
K = 1,0

• Viga simplesmente apoiada:


K = 2,0

O fator de flambagem é um parâmetro importante no dimensionamento de estruturas metálicas. O


seu cálculo correto é essencial para garantir a segurança e a estabilidade dessas estruturas.

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A diferença entre o fator de flambagem normal e o fator de flambagem global está na maneira como
eles são calculados. O fator de flambagem normal é calculado para uma peça isolada, considerando
apenas as suas próprias características geométricas e de material. O fator de flambagem global, por
outro lado, é calculado para uma peça inserida em uma estrutura, considerando também as
interações entre a peça e a estrutura.

O fator de flambagem normal é calculado de acordo com a seguinte fórmula:

K = (EI) / (L^2)

onde:

• K é o fator de flambagem normal


• E é o módulo de elasticidade do material
• I é o momento de inércia da seção transversal da peça
• L é o comprimento da peça

O fator de flambagem global é calculado de acordo com a seguinte fórmula:

K = K_n / (1 + K_g)

onde:

• K é o fator de flambagem global


• K_n é o fator de flambagem normal
• K_g é o fator de flambagem global

O fator de flambagem global é maior que o fator de flambagem normal, pois as interações entre a
peça e a estrutura impedem que a peça flambe tão facilmente.

A norma brasileira NBR 8800:2016 considera o fator de flambagem global para o dimensionamento
de estruturas metálicas. A norma apresenta tabelas com valores de fatores de flambagem globais
para diferentes condições de apoio e tipos de peças.

A seguir, são apresentados alguns exemplos de fatores de flambagem global para diferentes
condições de apoio:

• Pilar engastado em uma extremidade e articulado na outra:


K = 0,65

• Viga biapoiada com contraventamentos:


K = 1,2

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• Treliça com diagonalizações:
K = 1,5

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10 - CALCULAR AS LIGAÇÕES PARAFUSADAS ENTRE A TRELIÇA E O PILAR. - A
Definir responsável.

O cálculo das ligações parafusadas entre a treliça e o pilar de uma estrutura metálica é um processo
complexo que envolve a consideração de diversos fatores, como:

• As cargas que a ligação deve suportar: essas cargas incluem as forças de tração, compressão,
cisalhamento e torção que atuam na ligação.
• As propriedades dos materiais envolvidos: as propriedades dos parafusos, da treliça e do
pilar devem ser consideradas para garantir que a ligação seja segura e eficiente.
• O tipo de ligação: existem diversos tipos de ligações parafusadas, cada um com suas próprias
características e requisitos de projeto.

A seguir, são apresentados os passos básicos para o cálculo de ligações parafusadas entre treliça e
pilar:

1. Identificação das cargas: as cargas que a ligação deve suportar devem ser identificadas com
base na análise estrutural da treliça e do pilar. Essas cargas podem ser determinadas por
meio de software de análise estrutural ou por meio de cálculos manuais.

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2. Seleção dos parafusos: os parafusos devem ser selecionados com base em suas propriedades
mecânicas, tais como a resistência à tração, à compressão, ao cisalhamento e à torção. Essas
propriedades podem ser obtidas das tabelas de especificações dos fabricantes de parafusos.
3. Cálculo da resistência da ligação: a resistência da ligação deve ser calculada para garantir
que ela seja capaz de suportar as cargas aplicadas. A resistência da ligação parafusada é
calculada pela seguinte equação:
R = n * Fa * Fv

Onde:

• R é a resistência da ligação
• n é o número de parafusos na ligação
• Fa é a resistência ao cisalhamento do parafuso
• Fv é a resistência ao cisalhamento da chapa de cabeça do parafuso

A resistência ao cisalhamento do parafuso é calculada pela seguinte equação:

Fa = Fs * A

Onde:

• Fa é a resistência ao cisalhamento do parafuso


• Fs é a resistência ao cisalhamento do material do parafuso
• A é a área da seção transversal do parafuso

A resistência ao cisalhamento da chapa de cabeça do parafuso é calculada pela seguinte equação:

Fv = Fsh * Ah

Onde:

• Fv é a resistência ao cisalhamento da chapa de cabeça do parafuso


• Fsh é a resistência ao cisalhamento do material da chapa de cabeça do parafuso
• Ah é a área da seção transversal da chapa de cabeça do parafuso

4. Verificação da capacidade de transmissão de cortante: a capacidade de transmissão de


cortante da ligação deve ser verificada para garantir que ela seja capaz de transferir as cargas
de corte entre a treliça e o pilar. A capacidade de transmissão de cortante da ligação é
calculada pela seguinte equação:

V = n * Fv * t

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Onde:

• V é a capacidade de transmissão de cortante da ligação


• n é o número de parafusos na ligação
• Fv é a resistência ao cisalhamento da chapa de cabeça do parafuso
• t é a espessura da chapa de cabeça do parafuso

5. Verificação da capacidade de transmissão de momento fletor: a capacidade de transmissão


de momento fletor da ligação deve ser verificada para garantir que ela seja capaz de
transferir as cargas de momento fletor entre a treliça e o pilar. A capacidade de transmissão
de momento fletor da ligação é calculada pela seguinte equação:
M = n * Fa * d

Onde:

• M é a capacidade de transmissão de momento fletor da ligação


• n é o número de parafusos na ligação
• Fa é a resistência ao cisalhamento do parafuso
• d é a distância entre o centro do parafuso e o eixo de rotação da ligação

O cálculo de ligações parafusadas entre treliça e pilar deve ser realizado por um engenheiro
estrutural qualificado, pois envolve diversos fatores técnicos que devem ser considerados para
garantir a segurança e a eficiência da ligação.

CONCLUSÃO

O texto trata do dimensionamento de pilares metálicos, um processo complexo que envolve a


consideração de diversos fatores, como as cargas que o pilar suportará, as condições de apoio, o
material do pilar e a norma de projeto aplicável.

O texto inicia com uma definição de flambagem, fenômeno que ocorre em peças comprimidas, quando
estas são submetidas a uma carga axial que ultrapassa o seu limite de flambagem. Neste fenômeno, a
peça tende a se curvar, assumindo uma forma de onda.

Em seguida, o texto apresenta a definição de fator de flambagem, coeficiente que relaciona o


comprimento de flambagem efetivo à altura da peça. O comprimento de flambagem efetivo é o
comprimento real da peça, multiplicado pelo fator de flambagem.

O texto também apresenta os diferentes tipos de condições de apoio para pilares metálicos, bem como
os fatores de flambagem associados a cada condição.
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A seguir, o texto aborda a diferença entre fator de flambagem normal e fator de flambagem global. O
fator de flambagem normal é calculado para uma peça isolada, considerando apenas as suas próprias
características geométricas e de material. O fator de flambagem global, por outro lado, é calculado
para uma peça inserida em uma estrutura, considerando também as interações entre a peça e a
estrutura.

O texto conclui com uma explicação sobre a importância do fator de flambagem no dimensionamento
de estruturas metálicas. O cálculo correto do fator de flambagem é essencial para garantir a segurança
e a estabilidade dessas estruturas.

Respostas às perguntas:

1. Quais são os passos para o dimensionamento de um pilar metálico?

Os passos para o dimensionamento de um pilar metálico são os seguintes:

1. Identificar as cargas que o pilar suportará.


2. Determinar as condições de apoio do pilar.
3. Selecionar o material do pilar.
4. Aplicar a norma de projeto aplicável.

2. Qual é a diferença entre fator de flambagem normal e fator de flambagem global?

A diferença entre fator de flambagem normal e fator de flambagem global está na maneira como eles
são calculados. O fator de flambagem normal é calculado para uma peça isolada, considerando apenas
as suas próprias características geométricas e de material. O fator de flambagem global, por outro
lado, é calculado para uma peça inserida em uma estrutura, considerando também as interações entre
a peça e a estrutura.

O fator de flambagem global é maior que o fator de flambagem normal, pois as interações entre a peça
e a estrutura impedem que a peça flambe tão facilmente.

3. Qual é a importância do fator de flambagem no dimensionamento de estruturas metálicas?

O fator de flambagem é um parâmetro importante no dimensionamento de estruturas metálicas. O seu


cálculo correto é essencial para garantir a segurança e a estabilidade dessas estruturas.

O fator de flambagem determina o comprimento de flambagem efetivo da peça, que é o comprimento


real da peça, multiplicado pelo fator de flambagem. O comprimento de flambagem efetivo é um fator
importante para o cálculo da capacidade de flambagem da peça.

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