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JEREMIAS E O BOTAFOGO

Jr 12
Introdução
O botafogo
No cenário dinâmico do esporte e dos negócios, não é incomum que instituições
gigantes enfrentam altos e baixos em sua jornada. O Botafogo Futebol e Regatas, uma
instituição que carrega uma rica história de grandes feitos ao longo dos anos, é um exemplo
que ecoa lições valiosas para o mundo corporativo sobre como movimentos sutis podem
impactar a autoestima de uma organização. Se olharmos para o recente percurso do clube
nas últimas décadas, observamos uma narrativa repleta de desafios, ascensões e quedas.
No entanto, o que exatamente mudou para o Botafogo no Brasileirão de 2023? Seria isso
sorte, competência ou encaixe? Hoje precisaremos pensar sobre a conexão Jeremias,
Botafogo e nós mesmos. considerando como as lições do futebol podem ser aplicadas ao
mundo à nossa vida cotidiana.
O Botafogo Futebol e Regatas, um dos clubes mais emblemáticos do Brasil, ostenta
uma história repleta de conquistas. No entanto, as últimas décadas testemunharam sua
trajetória por divisões distintas do futebol brasileiro. Essa jornada turbulenta de altos e
baixos nos leva a questionar: o que mudou em 2023? As oscilações não podem ser
atribuídas exclusivamente à sorte, pois a competência e o encaixe desempenham papéis
cruciais.
De forma semelhante, no mundo corporativo, empresa/igrejas enfrentam mudanças
constantes e desafios imprevisíveis. Comparando a estratégia do Botafogo com as
estratégias empresa/igrejas, encontramos paralelos notáveis. A chave para um
desempenho consistente não é apenas a sorte, mas uma combinação de competência,
estratégia bem executada, resiliência e perseverança.
A equipe de futebol é uma metáfora cativante para um grupo de profissionais
colaborando em uma empresa/igreja e porque não, para uma igreja. Assim como um time
de futebol é composto por jogadores em posições específicas, uma empresa/igreja também
é formada por indivíduos com habilidades distintas, trabalhando para um objetivo comum.
Essa analogia nos conduz a questionar: estamos realmente jogando um contra o outro? As
empresa/igrejas podem ser mais bem-sucedidas quando percebem que estão, na verdade,
jogando em busca de objetivos compartilhados.
O planejamento é essencial tanto no futebol quanto nos negócios. O Botafogo não
teria conquistado suas vitórias sem um plano estratégico bem definido. Da mesma forma,
empresa/igrejas que estabelecem planos sólidos têm maior probabilidade de alcançar o
sucesso sustentável.
Escolher os talentos certos para cada posição é uma lição valiosa do esporte para o
mundo corporativo. No futebol, cada jogador tem um papel específico, e o mesmo se aplica
às empresa/igrejas. A colocação de profissionais talentosos em posições adequadas é
fundamental para o desempenho eficaz de uma organização.
Além disso, a estratégia é um fator crítico. Tanto no futebol quanto nos negócios, ter
uma estratégia clara é essencial para alcançar os objetivos. No campo de jogo corporativo,
as empresa/igrejas enfrentam desafios que requerem adaptação e tomada de decisões
estratégicas, muito parecido com o que ocorre durante uma partida de futebol.
As empresa/igrejas não possuem uma torcida no sentido literal, mas têm clientes e
stakeholders que esperam resultados positivos e uma experiência satisfatória. Isso espelha
a paixão que os torcedores têm por seus times de futebol. Criar uma experiência positiva
para os clientes é uma prioridade que se alinha com o foco e a determinação de um time de
sucesso.
Embora você possa não ser um torcedor do Botafogo, a jornada do clube proporciona
uma visão intrigante sobre como os movimentos sutis podem moldar a autoestima e o
desempenho de uma organização. No mundo corporativo, as lições do futebol podem ser
aplicadas para criar equipes coesas, estratégias eficazes e resultados consistentes.
Portanto, seja no campo de jogo ou no escritório, as lições do Botafogo Futebol e
Regatas nos lembram da importância de competência, estratégia e alinhamento em busca
do sucesso duradouro. Assim como um time focado se torna destemido no campo de
futebol, uma empresa/igreja que abraça esses princípios pode alcançar vitórias notáveis em
seu próprio campo de atuação.

JEREMIAS
“Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a
cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” Jeremias
12:5 (ARA)

“Se correr com homens o deixa cansado, como poderá competir com cavalos? Se tropeça e
cai em campo aberto, o que fará nas matas junto ao Jordão? Jeremias 12:5 (N.V.T)

“Jeremias, se você se cansa apostando corrida com os homens, como é que vai correr mais
do que os cavalos? Se você não se sente seguro numa terra de paz, como é que vai
conseguir viver nas matas do rio Jordão?” ( NTLH)
Jeremias é um profeta atípico. É certamente um profeta que desafia o senso comum
sobre o agir de Deus. Sem dúvida alguma, o tratar de Deus em sua vida em muito se
assemelha ao da vida de Jó. Por isso ele é conhecido como o profeta chorão não apenas por
profetizar um juízo de Deus para um povo de coração duro e que se recusava a se
arrepender, mas também por ser o mais rejeitado de todos os profetas do antigo
testamento!
Por ter uma pregação que não agradava a seus ouvintes o seu ministério foi o mais
contestado de todos os ministérios proféticos da bíblia. Acho de todos os profetas, Jeremias
como o mais humano como nós, tem algumas crises tão severas a ponto de sentir vontade
de desistir de seu chamado.

No capítulo 20:7-9 ele diz:


7 Ó Senhor, tu me constrangeste, e eu me deixei constranger. És mais forte que eu e
prevaleceste. Agora, sou motivo de zombaria todos os dias; todos riem de mim.
8 Pois, sempre que abro a boca, é para gritar: “Violência e destruição!”. Essas mensagens
do Senhor me transformaram em alvo constante de piadas.
9 Mas, se digo que nunca mais mencionarei o Senhor, nem falarei em seu nome, sua palavra
arde como fogo em meu coração; é como fogo em meus ossos. Estou cansado de tentar
contê-la; é impossível!
É interessante aqui que Jeremias tenta fugir deste chamado, mas a Palavra de Deus
arde como fogo em seu coração e ele chega a conclusão que não pode contê-la; é
impossível!
Voltando então ao capítulo 12, Jeremias está em meio a uma de suas crises, mas
agora ele chega a questionar a Deus em duas situações:

a. O primeiro questionamento que ele faz é: “... Por que prospera o caminho dos
perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?” Jeremias 12:1

E ao fazer este questionamento ele deseja realmente a morte destes homens injustos e
cruéis (Versículos 2,3)

b. O segundo questionamento que ele faz está no versículo 4: “Até quando estará de
luto a terra, e se secará a erva de todo o campo.” Jeremias 12:4

Neste segundo questionamento ele não atribui diretamente a Deus a causa destas
desgraças, mas O coloca como um Deus indiferente à dor humana. No verso 4 ele diz: “Por
causa da maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem:
Ele não verá o nosso fim”. Jeremias 12:4

A resposta do Senhor à angústia de Jeremias foi bastante chocante: Ao invés de


simpatizar com sua situação e confortá-lo, o Senhor censurou-o e desafiou-o, dizendo:
“Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a
cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” Jeremias
12:5 (ARA)
O que podemos aprender a respeito desta resposta de Deus a Jeremias?

1- PRECISAMOS SABER QUE ESTAMOS EM UMA CORRIDA.


Deus fez o profeta saber que ele estava em no meio de uma corrida e por isso não
podemos parar ou retroceder. Alguns textos sugerem que Jeremias estava em uma
competição.
“Jeremias, se você se cansa apostando corrida com os homens, como é que vai correr mais
do que os cavalos?”

A grande verdade é que nossa vida também é uma corrida, uma competição. (Hebreus
12:1,2)
“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de
testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e
corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando
a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.”.
É assim que nós, que fomos chamados, devemos correr a carreira que Deus propôs
para nós… sem embaraços, sem peso, sem pecado, sem atrasos, sem mágoas, sem olhar
para as circunstâncias, sem ressentimentos, ou qualquer outra coisa do tipo.
O Senhor fala agora a Jeremias que ele está em uma competição com homens que
vão a pé, mas que ele também iria competir contra homens que vão a cavalo.
Muitas vezes li este texto e não compreendi. É normal uma competição, de homens
contra homens. Mas competir, apostar uma corrida entre um homem e um cavalo?
Será que isto é possível? Será que não é uma competição desigual?
Sabe o que eu descobri amados? Que este tipo de competição já existe e possivelmente
existia na antiga Babilônia.
A Maratona entre HOMENS CONTRA CAVALOS é uma corrida anual de 22 milhas (35
km) realizada no País de Gales, onde homens competem contra cavalos montados por
jóqueis. Esta competição galesa acontece anualmente desde 1980 e surgiu de uma
discussão entre dois homens, onde um sugeriu que, ao longo de uma distância significativa,
o homem era igual a qualquer cavalo.
Até 2004 os cavalos pareciam invencíveis, no entanto, nesse mesmo ano, um homem
chamado Huw Lobb ganhou a corrida e levou consigo o prêmio de quase três mil euros (a
premiação em caso de vitória humana tem o valor acumulado ano após ano, sempre que
um cavalo ganha. Lobb terminou a prova em 2h 05 minutos e 19 segundos, sob forte calor,
superando o cavalo Kay Bee Jay por pouco mais de 2 minutos.
De início, pode parecer uma competição injusta. Um cavalo consegue atingir mais de
80 km/h correndo. Para efeito de comparação, Usain Bolt teve velocidade média de 45
km/h para estabelecer o recorde mundial dos 100 metros rasos. Mas o trajeto em meio a
obstáculos e os 35 quilômetros até a linha de chegada acabam equilibrando a
disputa. MAS MESMO ASSIM, ESTA PARECE SER UMA DISPUTA DESIGUAL E QUE EXIGE
MUITO TREINAMENTO E DISCIPLINA DE UM MARATONISTA.

- Competir com homens que vão a pé, nos fala de uma dimensão terrena desta corrida. De
um nível de corrida.
- Competir com homens que vão a cavalo nos fala de uma dimensão sobrenatural. Aí é
outro nível de corrida.
“Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” Jeremias 12:5
(ARA)
“Se tropeça e cai em campo aberto, o que fará nas matas junto ao Jordão? Jeremias 12:5
(N.V.T)
O que Deus estava dizendo a Jeremias é que se ele não conseguisse vencer a corrida
com os homens (um nível básico de corrida) ele não poderia estar preparado para enfrentar
o nível mais difícil que é correr com cavalos.
É preciso entender que aqueles que possuíam cavalos para tanto para a corrida
como para a guerra, não eram qualquer pessoa.
Somente os reis e generais possuíam esses recursos. Por isso confiavam
sobremaneira em sua força, pois, facilmente subjugavam outros exércitos que
simplesmente não possuíam este aparato militar. Por isso no Salmo 20:7 Davi diz:
“Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do
SENHOR, nosso Deus”. Salmos 20:7
Confiar em carros e cavalos em nossos dias significa tão somente confiar na sua
própria força, recursos, sabedoria e habilidades deixando de depender e atribuir a Deus a
razão de nossas conquistas.
Embora dependemos de Deus para vencer esta corrida, nós precisamos também
fazer a nosso parte!
a- A corrida é intensa e exige treinamento.
O desfio de Deus para Jeremias é de uma vida acima da média (acida da
mediocridade) Deus estava dizendo ao profeta: “Você está cansado de competir com os
homens que vão a pé?” “Prepare-se para correr com cavalos!”
Na verdade o Senhor o estava treinando!!!
Salmos 18:31-34
31 Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso Deus?
32 O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho,
33 ele deu a meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas.
34 Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um
arco de bronze.

d) A corrida é dura, mas a recompensa é certa!


A Bíblia diz em 1 Coríntios 9.24-25: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos,
na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo
atleta em tudo se domina; aqueles, para a alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a
incorruptível”.

2- PRECISAMOS APRENDER A LIDAR COM O NOSSO CANSAÇO E LIMITES.


“Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a
cavalo?”
Às vezes em momentos de pressão dizemos “estou cansado (a), não aguento mais e
etc...”.
Tal colocação não teria nenhum problema se ela expressasse apenas uma fadiga de
um momento, mas o trágico é que muitas vezes o cansaço é pode nos levar a vários
retrocessos em minha vida.

a- O Cansaço pode nos levar ao retrocesso das dúvidas.


Começamos a questionar a fidelidade de Deus e o cumprimento de suas promessas.
Mateus 14:30-31 temos a narrativa de quando os discípulos estavam no barco e
enfrentavam uma tempestade. Pedro vê Jesus andando sobre as águas e quer também ir
até ele. Jesus disse: Vem Pedro. E ele começou a andar também sobre as águas.
b- O Cansaço pode nos levar ao retrocesso da desistência
O nosso cansaço pode se tornar extremamente perigoso principalmente quando me
leva a desistir de um propósito que Deus tem pra mim.
No caso do profeta Jeremias o seu cansaço poderia leva-lo a abrir mão de seu
chamado profético.
Todos os dias somos tentados a desistir. Não deixe que as mentiras do inimigo te
paralisem. Não permita que a tua insegurança tenham a palavra final.
“Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?”

3 – PRECISAMOS MANTER O FOCO DO ALVO A SER ALCANÇADO


O filósofo e mártir tcheco Vitezslav Gardavsky, morto em 1978, elegeu Jeremias como
seu “modelo de homem” em sua campanha contra uma sociedade que, cuidadosamente,
planejava cada detalhe da existência material, porém eliminava o mistério e o milagre,
extirpando toda a liberdade da vida. Ele escreveu em seu livro God Is Not Yet Dead, que a
terrível ameaça contra a vida não é a morte, ou a dor, nem qualquer variedade de desastres
contra os quais nós, tão obsessivamente, procuramos nos proteger com nossos sistemas
sociais e estratagemas pessoais. A grande ameaça é “morrermos antes de realmente
morrer, antes que a morte se torne uma necessidade natural. O verdadeiro horror repousa
exatamente sobre essa morte prematura, após a qual continuamos a viver por muitos
anos”.
Há uma passagem memorável com respeito à vida de Jeremias quando, esmagado
pela oposição e mergulhado na auto-piedade, ele esteve a ponto de capitular entregando-
se à morte prematura.
Jeremias estava pronto a abandonar seu único chamado divino e resignado a ser
apenas uma estatística de Jerusalém. Naquele momento crítico, o profeta ouviu esta
admoestação: “Se te fadigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir
com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do
Jordão?” (Jr 12.5). O bioquímico Erwin Chargaff atualizou as questões: “O que você deseja
alcançar? Grandes fortunas? Comida mais barata? Uma vida feliz, mais duradoura? É poder
sobre os vizinhos o que persegue? Estará você apenas procurando escapar à morte? Ou será
que você busca maior sabedoria e devoção mais profunda?”.
A vida é difícil, Jeremias. Você irá desistir diante da primeira onda de oposição? Irá
bater em retirada quando descobrir que há muito mais por que se viver do que três
refeições diárias e um lugar seco para descansar, à noite? Procurará refugiar-se em casa no
instante em que descobrir que multidões de pessoas estão mais interessadas em manter
seus pés aquecidos do que viver sob risco para a glória de Deus? Você irá manter uma vida
cautelosa ou corajosa? Eu o chamei para viver o seu melhor, para perseguir a justiça,
manter a direção rumo à excelência. É muito mais fácil, como bem sabe, ser neurótico. É
muito mais simples viver como um parasita. É menos complexo relaxar e deixar-se levar
pelos braços da maioria. Mais fácil, porém não melhor, não mais significante, não mais
recompensador. Eu o chamei para uma vida de propósito, muito além do que você pensa
ser capaz de viver e prometi dar-lhe forças suficientes para você cumprir o seu destino.
Agora, ao primeiro sinal de dificuldades, você está disposto a desistir. Se você se sente
fatigado por essa multidão comum de patéticas mediocridades, o que fará quando a
verdadeira corrida começar, contra os velozes e determinados cavalos da excelência?
O que você realmente deseja, Jeremias? Quer arrastar-se, acompanhando a multidão
ou almeja correr com os cavalos? É compreensível que existam desistências, rumo à
excelência, mudanças frente ao risco, quedas da fé. É mais fácil definir-se no mínimo (“um
bípede sem penas”) e viver com segurança dentro desta definição do que ser definido no
máximo (“pouco menor que Deus”), vivendo aventuras nesta realidade. É improvável, creio
eu, que Jeremias tenha sido rápido ou espontâneo em sua resposta à pergunta de Deus. Os
inebriantes ideais por uma nova vida haviam sido sobrepujados pelo cinismo mundial. A
impetuosidade, euforia e entusiasmo juvenis não mais o estimulavam. Ele pesou as opções,
contabilizou os custos. Agitou-se intimamente em hesitação. Sua resposta não foi expressa
verbalmente, mas com sua biografia. A vida de Jeremias foi sua resposta: “Eu correrei com
os cavalos”.

CONCLUSÃO: “Vencedores nunca desistem, desistentes nunca vencem”


Um homem estava andando por uma floresta quando viu uma luz bem no horizonte e
que vinha em sua direção. Ficou meio preocupado, mas ao mesmo tempo curioso em saber
o que ela aquilo. Quando a luz chegou bem perto dele, ouviu uma voz grave, forte, que lhe
causava arrepios. Então aquela voz se identificou:

– Eu sou Deus! E tenho uma missão para você.


– Missão? Que missão, Senhor? Respondeu o homem apavorado.
– Sabe aquela rocha que fica perto da sua cabana?
– Sei sim, Deus, é uma grande rocha!
– Sua missão é empurrar aquela rocha todos os dias faça chuva ou faça sol. Você aceita
essa missão?
– Claro, Senhor, eu farei conforme o Senhor manda.
Aquele homem, então, ao chegar perto de sua cabana fez conforme o Senhor havia
dito a Ele. Empurrou a rocha com toda a sua força. Assim que se cansou de empurrar voltou
para a cabana para descansar.
E dia após dia ele fazia a mesma coisa: empurrava a rocha com toda a sua força,
enfrentando sol e chuva e as dores em seu corpo.
Após algum tempo o homem ficou muito aborrecido, pois empurrava e empurrava
a rocha e ela nunca saia do lugar. Ele sentia que seu trabalho era em vão. Não entendia
porque Deus havia dado a ele aquela missão.
Com isso o Diabo entrou em cena e decidiu colocar em sua mente pensamentos
desencorajadores e desanimadores para ele abandonar a missão que Deus lhe deu.
Certo dia enquanto empurrava a rocha como o Senhor tinha dito, o Diabo sussurrou
aos seus ouvidos:
– Faz tanto tempo que você empurra essa rocha e ela nunca se moveu um milímetro, não
é? Deus não está com você! Você é um inútil! Esse trabalho é vão!
Então o homem começou a dar ouvidos as palavras que o Diabo dizia e, rapidamente,
outros pensamentos se multiplicaram em sua mente. O homem começou a refletir consigo
mesmo:
– Por que me matar empurrando essa rocha? Deus deve ter se equivocado! Não vou mais
empurrar com toda a força como Deus mandou. Vou me esforçar menos, vou ficar menos
tempo aqui empurrando essa rocha. E quando não tiver vontade não vou empurrar nada!
Estou cansado de tanto empurrar e não ver nada acontecer!
Então, o homem, angustiado com tudo isso, resolveu orar ao Senhor, pois seu coração
estava dividido entre o que Deus mandou fazer e todos aqueles pensamentos:
– Senhor, por tanto tempo tenho empurrado a rocha com toda a minha força e ela nunca se
moveu! Estou desanimado com isso, com essa missão! Onde tenho falhado? Por que as
coisas têm acontecido assim? Por que não consigo ver os frutos do meu trabalho? Por quê?
Então, Deus lhe respondeu a oração:
– Filho, quando conversei com você na floresta e te dei essa missão, eu lhe disse que você
deveria empurrar a rocha com toda a sua força, não é? Nunca mencionei que você deveria
mover a rocha, correto?
– É verdade, Senhor!
– Você vem a mim achando que falhou por não ter conseguido empurrar a rocha, mas isso
não é a verdade! O inimigo colocou coisas em sua cabeça e te contagiou. Você acha que
você falhou em sua missão de empurrar a rocha?
– Acho que sim, Senhor, pois não sinto que fiz um bom trabalho!
– Não, você não falhou! Veja seus braços! Estão mais musculosos desde que começou a
empurrar a rocha. Olhe para suas pernas, suas costas, suas mãos! Você hoje é um homem
mais forte do que antes e isso só aconteceu porque você me obedeceu, empurrou a rocha e
cumpriu a missão que eu te dei. O meu propósito era te fazer mais forte e não fazer você
mover aquela rocha! Quando for preciso mover a rocha eu a moverei!
Quando Deus nos dá uma missão, ela sempre será a melhor missão a cumprir, ainda
que não vejamos nada acontecer por não olharmos com o foco certo. A nossa missão é
empurrar a rocha!

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