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4 MENDIGOS E AS LIÇÕES PARA 0EVANGELISMO

TEXTO DE II REIS 7.3-9


Introdução
Esta é uma das mais belas histórias trazidas pelo Senhor Deus para nós no Antigo
Testamento que fala sobre Graça para um pecador e Graça compartilhada. Este texto, se
bem observado, pode mudar a nossa visão sobre o que seja evangelismo de forma que ao
contrário de considerarmos um fardo, pode mudar sua visão para um grande e alegre
privilégio.
Onri que chegou ao poder não por sucessão, mas pela espada, foi o pai de Acabe. A
dinastia de Onri durou aproximadamente 46 anos. Foram reis idólatras, que perseguiram os
profetas e levantaram altares a Baal. Jorão, o rei de Israel que culpava Eliseu pelo cerco era
um dos netos de Onri. Foi o último dos filhos de Acabe.
2 Reis capítulos 6:-33; 7:1-20 narram o cerco de Samaria e a situação de fome por que
passavam os Israelitas. O texto descreve que a cabeça de um jumento era vendida por 80
ciclos de prata, e um pouco de esterco de pombas por cinco ciclos de prata. O que
representava muito dinheiro na época.
Segundo o site #TeologizandoaBíblia talvez o esterco fosse usado como combustível,
ou pudesse ser comido. Há ainda a possibilidade da expressão se referir a uma planta. O
certo é que isso ilustra a que nível chegou a situação. Samaria era uma cidade pertencente
ao reino de Israel, onde habitava o profeta Eliseu, sucessor de Elias. Uma grande fome havia
ali se instaurado, pois a cidade estava cercada pelo exército do rei da Síria (2 Reis 6: 24). A
situação era tão extrema que a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, estava
sendo vendida por cinco peças de prata (2 Reis 6: 25). Mais assustador é o fato da
população ter recorrido ao canibalismo para saciar a fome, como é relatado nos versos 28 e
29 do capítulo 6.
Nesse contexto de grande precariedade, o Senhor promete prover alimentos para
aquela cidade: “Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o SENHOR:
Amanhã, quase a este tempo, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas
de cevada por um siclo, à porta de Samaria”. (2 Reis 7: 1)I – O CERCO DE BEN-HADADE

6:24 – Em que se consistia um cerco? Um Lockdown imposto


Quase toda cidade daquela época era fortificada, ou seja, possuía grande e alto muro ao
redor de toda a extensão de suas casas. Samaria possuía estes muros e poucas portas de
acesso para dentro dos muros da cidade. À noite, as portas eram fechadas e ninguém
entrava ou saía mais dali. Era a única maneira de manter os inimigos de fora da cidade.
A estratégia de guerra era interessante:
Ben-Hadade reunia todo o seu exército – 120 mil + soldados de 32 reis(de acordo com
a enciclopédia judaica que cita a Literatura Rabínica, ele tinha 120 mil soldados, incluídos os
soldados dos 32 reis que eram seus aliados) e sitiava a cidade. Faziam o seu acampamento
ao redor de toda a cidade, armando tendas, fazendo fogueiras, a uma distância que todos
que subissem nos muros da cidade conseguiriam enxergá-los, mas nenhuma flecha ou lança
os alcançaria. Ali permaneciam por semanas, meses ou quem sabe anos, não deixando que
ninguém entrasse na cidade ou saísse dela com vida. Ficavam acampados ao redor da
cidade até que a comida e a bebida de dentro da cidade acabasse, e aí, enfraquecidos e
famintos, os moradores da cidade abririam as portas e os deixariam entrar. Assim tomavam
a cidade sem ter que se esforçar.

A fome começara a apertar em Samaria. 6:25


A fome era tanta que aquelas pessoas que ainda possuíam algum recurso compravam
cabeças de jumento por 80 ciclos de prata (mais ou menos 50 dólares hoje) e com cinco
ciclos (mais ou menos três dólares e meio) de prata compravam esterco de pombas. O
historiador judeu Flávio Josefo diz que o esterco servia de sal para a cabeça de jumento a
ser comida. Outro comentarista fala que o esterco servia de combustível para refogar a
cabeça de jumento. Qualquer uso disso dá nojo em quem imagina.
Mas havia pessoas, como em toda cidade há, que não tinham 85 ciclos de prata para
comprar cabeças de jumento e esterco de pombas. Não tinham nada… Mas para saciar a
própria fome, mulheres estavam se alimentando da mais vil das comidas:

As mulheres comeram seus próprios filhos - 6:26-29


A fome era tamanha. Mas nem assim o Rei conseguia enxergar seu pecado e o pecado do
seu povo, mas antes pretendia achar um culpado para toda aquela situação. Sendo assim
jogou a culpa em cima de Eliseu, o profeta do Senhor, que morava ali na cidade e estava
sofrendo o cerco juntamente com todos.

Os leprosos
4 leprosos estavam à porta de Samaria e começam a refletir o porquê de estarem ali
esperando pela morte. Sendo assim, depois de conversarem entre si decidem ir até o arraial
do sírios, pois talvez eles os deixassem viver, e caso os matassem, pelo menos haviam
tentado sobreviver, já que na porta da cidade a morte era certa. (2 Reis 7: 3-4)

Os leprosos estavam na porta, pois na época quando alguém estava com lepra deveria ser
excluído da comunidade, da comunhão com os demais moradores da cidade ou arraial. Ele
era marginalizado e recebia o status de imundo (Levíticos 13: 3).

1. Há manifestação da Graça para os mendigos (Acharam comida/vida)


2. Há constatação de que Deus os havia livrado
3. Eles pensam em outros que estão sofrendo a mesma fome/morte
4. Não retém a boa nova para si
5. Embora marginalizados ainda, avisa aos porteiros.
6. Livra Samaria da morte. Deus havia liberto os mendigos leprosos e eles foram
instrumento de Deus na vida de outros que estavam condenados à morte.

1. Há alegria da partilha.
2. Há um desejo de que outros também se alimentem (Jesus, o pão da vida)
3. Não há um versículo decorado por parte deles. Apenas o testemunho: Encontramos
comida!
4. Voltam apressadamente. O Evangelho requer pressa!

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