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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

CÓDIGO: REVISÃO: 01
ESTRUTURAÇÃO E CONFERÊNCIA DO CARRO DE EMERGÊNCIA
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1. OBJETIVO
• Orientar quanto às situações em que se deve utilizar o carro de urgência e emergência;
• Padronizar os medicamentos, materiais e equipamentos constituintes do carro de
emergência;
• Padronizar rotinas de organização, checagem, testagem e limpeza do carro de emergência
e de seus componentes acessórios (desfibrilador, laringoscópios, prancha);
• Definir responsabilidades no cumprimento dessas atividades;
• Oferecer assistência segura, eficiente e de qualidade aos pacientes atendidos.

2. RESPONSABILIDADES

2.1. ELABORAÇÃO E REVISÃO: Elaborado por enfermeiros assistenciais e coordenação


multiprofissional e revisado pelo setor de Qualidade e Coordenação do Hospital Municipal
Integrado Santo Amaro (HISA).
2.2. EXECUÇÃO:
• Coordenador de enfermagem: Supervisionar o cumprimento do protocolo e propor
educação permanente sempre que necessário. Compete ao enfermeiro supervisionar,
orientar, acompanhar, e avaliar as atividades relacionadas à conferência do carro de
emergência.
• Equipe médica e de enfermagem, devem conhecer o contéudo e a disposição dos
materiais e medicamentos armazenados no carro de emergência. Equipe farmacêutica
auxilia na conferência do prazo de validade dos medicamentos.
• Médico: Prescrever os medicamentos utilizados no atendimento, para reposição do
carro de emergência;
• Enfermeiro: Organizar o carro de emergência e seus acessórios. De acordo com a Lei
Nº 7.498 de junho de 1986, o enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem,
cabendo lhe privativamente:
• Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da
assistência de enfermagem;
• Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida.

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• Técnico de Enfermagem: Realizar limpeza do carro de emergência e do


desfibrilador conforme escala de serviço ou após o atendimento emergencial.
Considerando o Parecer COREN-SP CT 037/2013, cuja ementa trata de carro de
emergência: composição, responsabilidade de montagem, conferência e reposição e
conclui que o Enfermeiro é responsável pela manutenção atualizada do Carro de
emergência, mas, o Técnico de Enfermagem pode fazer a conferência e reposição sob
orientação da (o) enfermeira (o).
Considerando o Parecer COREN-PR CT 002/2018, cuja ementa trata de carro de
emergência: sobre esclarecimentos sobre a responsabilidade de montagem, conferência
e reposição dos materiais do carro de emergência e conclui que o Enfermeiro é
responsável pela montagem, conferência, organização, reposição, bem como a
higienização do carrinho de emergência. Tais ações podem ser delegadas para a categoria
de enfermagem desde que mantida a supervisão e orientação e direção do enfermeiro.
• Farmacêutico/ Técnico de farmácia: Dispensar os medicamentos padronizados para
reposição do carro, mediante a prescrição médica, ou requisição eletrônica gerada pelo
enfermeiro, com carimbo e assinatura. Periodicamente controlar os medicamentos
contidos no carro de emergência (presença, quantidade, caracterísitica e validade).

3. DEFINIÇÕES

O carro de emergência é uma estrutura móvel composta por gavetas providas com materiais
e medicamentos pertinentes para o atendimento do paciente em situações de urgências ou
emergências médica. Na parte superior ficam os equipamentos como desfibrilador,
laringoscópio e as lâminas de intubação e na parte traseira e/ou lateral a tábua de reanimação.
Utilizado principalmente na reanimação cardiopulmonar e no apoio de outras situações
emergenciais dentro do ambiente intra-hospitalar. A conferência diária dos lacres e
equipamentos, organização e limpeza são boas práticas que devem ser adotadas de forma
institucional.
As situações de urgência e emergência, dentre estas a parada cardiorrespiratória (PCR),
exigem atuação imediata, uma vez que a chance de sobrevivência após o evento varia de 2%

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a 49% dependendo do ritmo cardíaco inicial e do início precoce da reanimação. Esse


atendimento deve ser possibilitado por uma equipe capacitada e pela disponibilidade de
materiais e equipamentos necessários (BELLAN, ARAÚJO, ARAÚJO, 2010).
As habilidades técnicas dos profissionais não asseguram o sucesso na RCP, a presença dos
materiais são imprescíndiveis se faz necessário em toda situação de urgência e emergência.
Deste modo, o carrinho de emergência é uma ferramenta fundamental na qualidade do
atendimento por ser um espaço onde contém todos os materiais, medicamentos e
equipamentos necessários e em quantidades adequadas, mantendo somente o indispensável
a fim de agilizar o atendimento e reduzir o desperdício (OLIVEIRA, et al. 2019).
A primeira Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, baseada no The Code Cart da American
Heart Association, veementemente recomenda a padronização do conteúdo dos carros de
emergência (itens para avaliação diagnóstica, manejo de vias aéreas, acesso vascular e
fármacos).
Os carrinhos de emergência estão presentes em todas as unidades de assistência ao paciente
a fim de facilitar a intervenção perante uma possível PCR. Para que o seu objetivo seja
alcançado, a American Heart Association (AHA) estabeleceu um protocolo de padronização
referente à organização desses carrinhos. AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2006).
3.1. Classificação dos equipamentos, materiais e fármacos:
• Nível I - Estes devem estar disponíveis imediatamente para o uso;
• Nível II - Devem estar disponíveis, no máximo, 15 minutos após a solicitação;
• Nível III - São opcionais.
Nas situações em que os fármacos e equipamentos são classificados como nível II não
possam estar disponíveis na unidade para acesso em 15 minutos, recomenda-se que
fiquem nos carros de emergência.

4. PÚBLICO-ALVO

Em todos os campos de atuação do Hospital Municipal Integrado Santo Amaro (HISA).

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5. PROCEDIMENTO / PROCESSO
5.1. RECURSOS/MATERIAIS UTILIZADOS
• Impresso para registro (checagem do desfibrilador, laringoscópio, cilindro de
oxigênio, conferência do lacre do carro);
• Caneta.
5.2. PROCESSO DE CONFERÊNCIA DO CARRO DE EMERGÊNCIA
CONFERÊNCIA DO CARRO DE EMERGÊNCIA DIÁRIA
Profissionais
Descrição Procedimento/Processo
Responsáveis/ Envolvidos
• Realizar a conferência do lacre do carro de emergência uma vez Enfermeiro
por plantão;
• Conferir o número do lacre do carro de emergência no início do
plantão;
• Registrar o número do lacre em impresso próprio (ANEXO I); Enfermeiro
Técnico de Enfermagem
• Registrar o nome completo e número do Coren/SP, após Enfermeiro
conferência.
CONFERÊNCIA MENSAL DO CARRO DE EMERGÊNCIA MENSAL
• Realizar conferência mensal na segunda e/ou terceira semana Enfermeiro
de cada mês, com intuito de averiguar quantidade, validade e Técnico de enfermagem
lote de todos os itens (ANEXOS II a VI); Auxiliar de Farmácia
• Ao final da conferência, os responsáveis assinam e carimbam
impresso (ANEXO VI), registrando o número de lacre utilizado.

5.3. DESCRIÇÃO DA TESTAGEM DO CARRO DE EMERGÊNCIA

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Profissionais
Unidades do Carro de
Atividade Periodicidade Responsáveis/
Emergência
Envolvido

Teste funcional do
1 vez por dia (manhã) Enfermeiro
desfibrilador
Desfibrilador
1 vez por ano, em data
Revisão Técnica pré estabelecida pela Engenharia Clínica
engenharia clínica

Teste funcional do Enfermeiro


Laringoscópio Início de cada plantão
laringoscópio Técnico de Enfermagem

Enfermeiro
Cilindro de Oxigênio Controle quantidade Início de cada plantão
Técnico de Enfermagem
5.4. TESTE DO DESFIBRILADOR
O modo de teste funcional do desfibrilador sofrerá variação de acordo com a marca do
equipamento. Seguir as recomendações do fabricante. O desfibrilador deverá estar
conectado a rede elétrica, continuamente.
O profissional da enfermagem deverá realizar, o teste do desfibrilador UMA vez por dia, no
período da MANHÃ. O teste deverá ser realizado com o equipamento conectado em rede
elétrica, após o teste de rede elétrica, o mesmo teste deve ser realizado em modo “bateria”,
ou seja, fora da rede elétrica, afim de garantir o funcionamento em caso de falta de energia
ou em local onde não possua ponto de rede elétrica (ANEXOS VII e VIII).
5.5. CHECAGEM DO TORPEDO DE OXIGÊNIO
O registro deve ser feito observando o manômetro que deve estar com sua capacidade acima
da metade de PSI (Pound-Force per Square Inch) registrada. Alguns torpedos apresentam de
com a nomenclatura 1/4, 2/4,3/4, 4/4 ou a cada 100 ou a cada 1000. Independente dos
números, a capacidade deve estar acima de 50% e o registro deve ser realizado no dia e local
apontados no impresso, deve conter o carimbo do enfermeiro ou Técnico de Enfermagem
(ANEXO IX).
5.6. CHECAGEM DAS LÂMINAS DO LARINGOSCÓPIO
Utilizadas para intubação orotraqueal. Deve-se conferir a quantidade (padrão institucional –

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lâminas nº3 e nº4 curvas), limpeza, presença do cabo e 2 pilhas (tamanho C), realizar teste
de funcionamento verificando a capacidade de iluminação da luz da lâmina se encontra
adequeda para visualização das pregas vocais no momento da intubação. Em caso de dúvida
consultar outro enfermeiro, e em caso de mau funcionamento solicitar a troca da lâmpada
ou lâmina. Após a conferência realizar o registro com nome ou carimbo no impresso (ANEXO
IX).
5.7. CONFERÊNCIA APÓS A QUEBRA DO LACRE
Após a quebra do lacre, em caso de utilização do carro de emergência deve se anotar o
motivo da abertura, essa informação deverá constar no impresso de checagem (ANEXO
X). Deve-se retirar todos medicamentos e materiais restantes do carro, conferir com a lista
de materiais/medicamentos que esta em cima do carro. Os insumos faltantes deverão ser
lançados na conta do paciente, através do sistema MV, imprimir a solicitação e entregar na
farmácia. Após a realização desse processo, a farmácia que irá entregar os
materiais/medicamentos necessários para a reposição, assim como um novo lacre.

5.8. NÃO CONFORMIDADES


Os medicamentos com prazo de VALIDADE a vencer em 1 mês deverão ser substituídos
junto a Unidade de Farmácia;
Caso a Unidade de Dispensação Farmacêutica não possua outros lotes de medicamentos
disponíveis, manter os medicamentos até o prazo de validade – com controle rigoroso da
enfermagem;
Caso haja um desabastecimento de materiais, manter os materiais até o prazo de validade –
com controle rigoroso da enfermagem;
Se houver algum erro no teste do desfibrilador, informar a engenharia técnica e abrir ordem
de serviço.

6. REFERÊNCIAS

• AMERICAN HEART ASSOCIATION AHA Aspectos mais relevantes das diretrizes da


American Heart Association sobre ressuscitação cardiopulmonar e atendimento

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cardiovascular de emergência. Currents in Emergency Cardiovascular Care. 2006; v. 4, n.16.


p.1-27.
• BELLAN.; M.C.; ARAÚJO.; I.I.M.; ARAÚJO.; S. Capacitação teórica do enfermeiro para o
atendimento da parada cardiorrespiratória. Ver. Bras. Enferm. 2010. Dec; 63(6):1019-1027.
Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2021.
• CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO PARANA – COREN PR. Parecer n 002/2018.
Disponível em PARECER TECNICO 02-2018 - CARRINHO DE EMERGENCIA. (corenpr.gov.br).
Acesso em:27/08/2021.
• PARECER COREN-SP CT 037/2013, de 10 de julho de 2013, CT 037/2013. Disponível:
https:// portal.corensp.gov.br/wpcontent/uploads/2013/07/parecer-coren-sp-2013-
37.pdf>acesso em 27/08/2021.
• CÓDIGO DE ÉTICA E PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM.
DECRETO Nº 94.406, DE 08 DE JUNHO DE 1987. Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho
de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências. 2º edição;
Maio/2021.
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC Diretriz de apoio ao Suporte Avançado de
Vida em Cardiologia – Código Azul – Registro de ressuscitação- normatização do carro de
emergência. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. São Paulo, v. 81, n. Supl. 4 p3-14, out. 2018.
• Oliveira.; E, Oliveira.; R, Silva F, Nunes.; C. Padronização de fármacos em carros de
emergência. nas unidades de terapia intensiva e emergência. Série IV - n.º 22 -
JUL./AGO./SET 2019. 4

7. CONTROLE DE REGISTRO

Acesso
Formulário Recuperação
Identificação Armazenagem Proteção (Livre/ Retenção Disposição
Nº (Forma de busca)
restrito)

B:\DOCUME
NTACAO_HIS
Conferência do carro
A\Enfermage Backup Conferência do carro de Não
FP.ENF.017 de urgência e Livre 02 anos
m\Formulári Pasta urgência e emergência aplicável
emergência
os\FP.ENF.01
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8. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Revisão Elaborado/revisado por Data Histórico de alteração Aprovado por Data

00 Luiz Evaristo Nascimento 13/12/2021 Emissão inicial Angelica 13/12/2021


COREN/SP 173111 Augusta
Natalia Carolina Mian COREN/SP Mendes
298037 COREN/SP
171538
Nathalia
Teixeira Nunes
COREN/SP
284564
01 Edna Duarte Ferreira COREN/SP 31/10/2022 Revisão do layout do Angelica 31/10/2022
171538 documento; referência Augusta
Marilu Godoi Rodrigues Paiato normativa / Mendes
COREN/SP 100885 bibliográfica; revisão do COREN/SP
processo – profissional 171538
responsável pela Nathalia
execução das atividades Teixeira Nunes
COREN/SP
284564
Obs.: Os campos de assinatura se aplicam para os documentos assistenciais.

Elaborado por: Aprovador por:

Edna Duarte Ferreira Angelica Augusta Mendes


Enfermeiro Gerente de Enfermagem

9. ANEXOS
Não aplicável.

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