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Aglomerantes
5.1. Definição
5.2. Classificação
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5.3.1. Gesso
Pó de sulfato de cálcio que misturado à água forma uma pasta compacta, usada
amplamente na construção do acabamento de tetos e paredes e mais recentemente na
produção de paredes executadas com gesso acartonado impermeável (dry-wall). O gesso
é o produto resultante da desidratação parcial ou completa da pedra de gesso ou gipsita
(ver fotografias 5.1 e 5.2, e tabela 5.1): .
Fotografias 5.1 - 5.2: Jazida de gipsita, em Campo Belo, Brasil. Variedade conhecida
como cocadinha no Araripe, Brasil, utilizada para produção de gesso β. Fontes:
Fernández, 2010 e Magalhães, 2005.
Quando o calor atua sobre esta se desprende de uma e meia molécula de água,
obtendo o denominado semi hidróxido.
Composição Percentagem
Ca O 32,5
S O3 46,6
H2 O 20,9
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O semi hidróxido é mais solúvel que o di-hidróxido, por isso se formará uma
dissolução sobressaturada deste último, e cristaliza, ficando a água em condições de
dissolver mais semi hidróxido, com o qual se volta a saturar e cristalizar, e assim
sucessivamente até que se transforma toda a massa; estas cristalizações formam uma
rede de agulhas finas em uma espécie de filtro cristalino, o qual é mais fraco quanto
maior água se emprega para o amassado já que não se combina, evapora-se, com o qual
ficam espaços vazios ou poros.
O forjado do sem hidróxido começa aos dois ou três minutos e termina aos
quinze ou vinte minutos; durante este processo de transformação se desprende calor,
elevando-a temperatura 20 ºC.
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5.3.2. Cal
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Ca (OH)2: hidróxido de cálcio ou cal apagada
Notem-se que se origina carbonato e água com o qual se restitui a calcária que
se partiu. Esta reação é muito lenta, começa às 24 horas e dura 6 meses, por isso as
obras onde são utilizados demoram muito em endurecer-se e ficar em serviço. Se
efectua só no ar seco; com humidade, com muita dificuldade, e dentro da água se
dissolve pelo que não serve para obras hidráulicas. Além disso durante o forjado
experimenta contração ou diminuição de volume, o que origina rachadura.
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intervém na caustificação e recuperação da soda cáustica usada na digestação da
bauxita.
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Fotografia 5.8: Carregado de caminhão de cimento em Lobito. Fonte: Autor-Jornal de Angola, 2018.
Cimento Portland (definição): mistura submetida a uma trituração até lhe dar
uma finura conveniente, de clinker e uma pequena quantidade de gesso, que se adiciona
para regularizar seu tempo de forjado durante o processo de hidratação deste cimento ao
misturar-se com água.
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Fotografias 5.9 - 5.10: Matérias-primas. Esquerda, de calcário; direita, de argila. Fonte: Nunes, 2018.
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Fotografias 5.11 - 5.12: O clinker se mole com
gesso mais aditivos, obtendo um pó de cor cinza
que constitui o cimento tipo Portland. Fonte:
Autor, 2018.
Preparação,
Cocção,
Esfriamento,
Moenda.
Para a obtenção deste tipo de cimento se empregam três processos; por via:
úmida, semi seca e seca.
Nos diferentes países as fábricas mais antigas trabalham por este procedimento
mas as novas criações o fazem por via semi-seca ou seca.
Extração da matéria-prima;
Dissolução;
Trituração;
Armazenamento e dosificação;
Esfriamento;
Moenda.
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Figura 5.1: Fabricação do cimento por via úmida. Fonte: Autor (adaptado Acevedo, 2009), 2018.
Trituração: a massa assim obtida é grosa, pelo qual é necessário triturá-la para
favorecer as combinações que seguirão como parte do processo de fabricação. Durante
este passo se acrescenta água, obtendo-a massa sem passar pelo indicado na operação de
dissolução.
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Os depósitos são de grande capacidade daí é que se introduz a massa no forno
rotatório (figura 5.2). Este último está constituído essencialmente de um cilindro de aço
de 2,0 a 6,0 metros de diâmetro, de 60,0 a 180,0 m de longitude, uma inclinação de três
a cinco % que favorece a circulação da matéria e gira com uma velocidade próxima a
duas voltas por minutos. A chama se introduz no forno por uma tobera de onde se injeta
o combustível. Assim a massa se seca, descarbonata e se coze, tendo cumprida a
chamada clinquerização.
Figura 5.2: Forno rotatório. Fonte: Autor (adaptado Acevedo, 2009), 2018.
Figura 5.3: Esfriadora do tipo de grelha horizontal. Fonte: Autor (adaptado Acevedo, 2009), 2018.
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armazenado em silos de onde se envasilha em sacos por meio de máquinas automáticas
ou se transpassa diretamente do silo a caminhões ou vagões cisternas.
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5.4.5. Fabricação por via seca
Além disso contém gesso, como elemento regulador do forjado, CaO (cal
viva), MgO, Na 2O e K2O; estes óxidos, que eventualmente aparecem no cimento,
especificam-se limitando-os a um valor máximo, posto que em geral lhe confere m
propriedades prejudiciais.
1ra etapa
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velocidade de reação descende a um nível inferior. Aproximadamente o 1% do cimento
toma parte nesta etapa.
Durante a reação inicial o C3S começa a hidratar-se para dar C3SH liberando
Ca(OH)2 que é imediatamente dissolvido na água misturada. O pH alcança
aproximadamente um valor de treze (13), a solução se transforma em sobressaturada,
cristalizando alguma quantidade da Ca (OH) 2, em forma de cristais hexagonais.
2da etapa
É denominada como período latente, que pode durar de uma a três horas, as
reacções ocorrem a baixa velocidade devido a que os grãos de cimento se mantê m
recobertos com sua capa inicial produto da reacção na primeira etapa. Ocorre algum
endurecimento da massa, mas este pode ser eliminado pelo seu trabalho mecânico. As
partículas de cimento nesta etapa estão em estado floculante, elas tendem a pegar -se
para formar um sólido débil, permeável. Os espaços intersticiais na massa de cimento
estão cheios de água.
3ra etapa
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exibir um aumento de rigidez. Depois de aproximadamente 2 a 4 horas; o forjado inicial
é alcançado e aproximadamente de cinco a oito horas ocorre o final.
4ta etapa
Finura de moído;
Calor de hidratação;
Resistências mecânicas;
Peso específico;
Estabilidade de volume.
Finura de moído: Este parâmetro tem uma alta influência sobre importantes
propriedades do cimento; entre as vantagens que se obtêm com uma maior finura de
moída podem mencionar-se: aumento da resistência mecânica; maior velocidade de
reação da água com o cimento, devido a que aumenta a superfície onde se manifesta m
estas reacções; diminui a possibilidade de que fique matéria no seio dos grãos de
cimento sem reagir.
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Calor de hidratação: A reação do cimento com a água é exotérmica, quer dizer,
que ao efetuar-se provoca um desprendimento de calor. A intensidade deste calor
desprendido depende fundamentalmente de sua composição química de forma que:
aumenta grandemente com o incremento de AC 3 no cimento e em menor grau com o
SiCa3; diminui com um incremento de FeAlCa 4 e do SiCa2. Uma das maneiras de
diminuir o calor de hidratação é com o aumento da proporção de Fe 2O3 na composição
do cimento com o qual acrescentará a formação de FeAlCa 4, no incremento de AlCa3.
Esta propriedade se expressa em calorias por gramas de cimento (cal/g); além disso se
demonstrou que o calor de hidratação cresce com a finura do cimento utilizado. Existe m
dois métodos para determinar o calor de hidratação: o da garrafa isolante e do calor de
dissolução, sendo mais empregado este último.
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excesso de CaSO 4 2H2O pode provocar uma expansão que começa a manifestar-se
depois de alguns dias do forjado da argamassa ou betão e que se deve à formação de
sulfoaluminatos de cal.
Fotografias 5.17 - 5.18: A melhor forma de transportar o cimento é por via ferroviária, mais segura e
econômica, no caso rodoviário, utilizando caminhões cisternas. Fonte: Fernandes, 2010.
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Os problemas que podem ocasionar o uso de cimento quente se incrementa m
na mesma medida que aumenta o tempo transcorrido entre o misturado e a colocação do
betão e a compactação nos moldes.
Cimento aluminoso
Cimento pozolânico
Cimento branco
Cimento de cores
Cimento de escória
Aglomerantes hidrocarbonados
Cimentos com resinas ou polímeros.
Como características, apresenta uma cor muito escura; uma grande finura de
moída; ao não possuir cal livre apresenta grande estabilidade química; com este tipo de
cimento se obtêm elevadas resistências mecânicas aos três dias; apresenta resistências a
compressão análogas às obtidas com o Portland normal aos 28 dias; o desprendimento
de calor durante a hidratação se realiza apenas em dez horas, enquanto no cimento
Portland isto se realiza principalmente em três dias: a grande susceptibilidade à
temperatura antes do forjado, a temperaturas superiores a 25°C começa a afetar suas
resistências finais; a cal ocasiona uma aceleração de seu forjado e reduz suas
resistências pelo qual não se pode usar misturada com cimento Portland pois reduz suas
resistências; uma vez forjado apresenta alta resistência ao calor, podendo chegar a
suportar o cimento aluminoso corrente 1 400°C; notou-se que depois de cinco anos, a
estrutura executada com este cimento apresentam uma tendência decrescente em suas
resistências.
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Aplicações: usa-se em betões submetidos ao ataque das águas agressivas, sobre
tudo as que contêm sulfatos e em betões refratários.
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Alcatrão: produto preto e viscoso obtido por condensação dos gases
desprendidos na destilação seca em vasilha fechada das matérias hidrocarbonadas da
hulha e a madeira principalmente. Suas aplicações, em construção de estradas, proteção
do ferro e madeira, em forma de pintura e como impermeabilizante de paredes. O
alcatrão tem outras aplicações, pois é a base da fabricação de muitos corantes, resinas
sintéticas e explosivos.
O uso das resinas na construção em: grudados (betão com betão, aço com betão
e cerâmica com betão); colmatações de gretas e juntas, impermeabilizantes, injeções
(em betão e solos); reparações de obras e reatamentos de betonados; revestimentos de
solos e pinturas; encastramentos e ancoragens.
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