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"Desafiando Estereótipos: O Diabo e a Complexidade dos Personagens Vilões

em Contos Infantis"
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Vanessa Pinheiro Soares da Silva

Resumo
O artigo "Desafiando Estereótipos: O Diabo e a Complexidade dos Personagens
Vilões em Contos Infantis" investigam a representação do Diabo no conto "Três
Cabelos de Ouro do Diabo" dos Irmãos Grimm, destacando nuances em sua
caracterização e suas interações com outros personagens. Ao questionar
estereótipos, a análise enfatiza a importância de uma abordagem mais sutil na
construção de personagens vilões, visando promover uma compreensão mais
profunda da moralidade para o público infantil.

Palavras-chave: Diabo. Contos infantis. Estereótipos. Complexidade. Moralidade.

Abstract
The article "Defying Stereotypes: The Devil and the Complexity of Villainous
Characters in Children's Tales" investigates the representation of the Devil in the tale
"Three Golden Hairs of the Devil" by the Brothers Grimm, highlighting nuances in his
characterization and his interactions with other characters. By questioning stereotypes,
the analysis emphasizes the importance of a more nuanced approach to the
construction of villainous characters, aiming to promote a deeper understanding of
morality for children.

Keywords: Devil. Children's stories. Stereotypes. Intricacy. Morality.

Introdução
O artigo irá trabalhar o conto ‘’ Três Cabelos de Ouro do Diabo’’ uma história escrita
pelos Irmãos Grimm, conhecidos por seus contos que se popularizaram ao redor do
mundo. Nessa história vemos a estrutura comum da literatura infantil, onde existe um
herói protagonista que com toda sua astúcia e inteligência consegue driblar as
tentativas do vilão de impedir sua felicidade que sempre marca os fins dos contos.

1 Graduanda em Letras e Literaturas de Língua Portuguesa – UEMA

Vanessa.vpss@gmail.com
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Nesse em específico iremos ver além do Imperador - vilão - o Diabo, uma criatura
caída do céu por castigo divino. Esse que já foi o anjo mais lindo do cosmo, ilustra
agora um cenário diferente, onde por sua vaidade se tornou um ‘’líder sombrio’’ e é
bastante usado em diversas obras literárias ao redor do mundo e também é ilustrado
nos contos infantis mais antigos com o estereótipo de alguém que sempre tem planos
para prejudicar as pessoas e ver o caos.

‘’ o diabo riu gostosamente e respondeu: - isto também é verdade, minha


avó! E sabe por que a árvore secou? Porque embaixo dela há um rato que
diariamente rói suas raízes. Se matarem o rato a árvore ficará verde outra
vez. Se deixarem lá, ela ficará cada dia mais seca, até morrer!’’ (p. 63
Histórias da Carochinha, 3ª edição, 1966)

Essa resposta dada do Diabo a sua vó se referia a uma das queixas da população de
uma cidade a caminho do inferno, onde segundo a sentinela, existia uma árvore
grande no jardim do rei que antes dava frutos de ouro e agora estava tão seca que
nem folhas existiam mais. Outros questionamentos de problemas que assolam a
população também são respondidos pelo diabo no decorrer da história, o que reforça
a ideia de que ele só vive em função do mal e de prejudicar as pessoas, tendo isso
como sua diversão e alegria - já que o mesmo ri ao lembrar seus feitos.
Já o imperador é marcado com o padrão de ser o vilão que deseja a morte do mocinho
para que ele não seja feliz ou não tome seu posto em alguma situação, como vemos
em outros contos como a madrasta de João e Maria, a bruxa da Branca de Neve e
Bela Adormecida e também o Lobo Mal da Chapeuzinho Vermelho.
Só que como o esperado as tentativas acabam sendo frutadas já que o protagonista
consegue vencer os desafios como veremos a diante. Afinal, na estrutura de
literatura infantil temos esse cenário de tentativas para ensinar as crianças a
acreditar em si e se manter confiante da vitória.

I – Por que a representação do mal nas histórias infantis?


As histórias infantis são apresentadas ainda cedo às crianças com o intuito de agregar
conhecimento mesmo que de forma indireta sobre moral, cultura e com isso entra o
famoso bem e mal. Seguindo esse pensamento podemos acreditar que uma das
importâncias do vilão é ilustrar esse ‘’mal’’.
Mário Cordeiro salienta em seu livro ‘’Pais apressados, Filhos Stressados’’ a
importância da leitura pelos pais aos filhos, se referindo que um dos objetivos das
histórias de criança é a “reposição da lógica ética”.
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Em outras palavras, é mais educativo auxiliar as crianças, por meio de histórias, a


enfrentar a realidade de que o mal existe, em vez de negá-lo. Ao negar ou sempre
omitir essa realidade, as crianças podem se ver desamparadas para lidar com seus
medos e aprender a enfrentá-los. É na resolução das narrativas que elas começam a
compreender que, apesar da existência do mal, é possível viver de maneira
satisfatória.

O que as crianças, mesmo as muito jovens, realmente necessitam não é que os


adultos finjam que apenas coisas boas permeiam o mundo. Elas desejam ser
confrontadas com o mal, sentirem medo e, em seguida, obter alguma resolução,
alguma garantia de que o bem prevalece.

Nesse caso o diabo entra como mais uma representação do mal, das ideias sobre
coisas ruins e tentações. De acordo com o Antigo Testamento na Bíblia Sagrada, Deus
foi o criador de tudo que conhecemos, incluindo tanto o bem quanto o mal, porém
precisava de algo parecido com ele, para que não fosse culpado por todos os
problemas da humanidade, surgindo assim o anjo caído também conhecido como
Satanás.

Já que a literatura infantil se iniciou seguindo padrões conservadores podemos


considerar o pensamento de Moure (2013, p.6), sobre haver muita intenção
moralizante na literatura infantil daquele período, acompanhada de uma função
pedagógica.
‘’Havia uma preocupação em formar as crianças. Na vida cotidiana, poucas
vezes somos capazes de nos dirigir às crianças de forma horizontal sem
tentar ensinar. A literatura infantil não é infantil nunca e a juvenil poucas vezes
é juvenil. São os adultos, possuidores de valores humanos e humanísticos
firmes, que escrevem para eles e este “para” é o pecado original da literatura
infanto-juvenil.’’ (Moure, 2013, p.4)]

Pensar desse modo que fez com que “a literatura infantojuvenil fosse classificada
como um subgênero literário” (2013, p.4), explica o autor. Na sua visão, o mundo é
ainda muito polarizado, entre o bem vs o mal. “Se ela não se desprender do
maniqueísmo imperante, será sempre um subgênero” (MOURE,2013, p.3).

I.I Os três cabelos de ouro do diabo


A história começa com um casal humilde tendo um filho, um bebê que nasce com
todos os dentes, o que causa um grande espanto na comunidade. As vizinhas mais
velhas, tentam acalmar os ânimos, dizem aos pais que isso é um sinal de sorte,
profetizando que o bebê se casaria com a filha do imperador. O imperador, temendo
a profecia, tenta matar o bebê ao jogá-lo em um rio dentro de uma caixa, após
convencer os pais que iria criá-lo como filho, mas por sorte do destino o bebê é
resgatado por um moleiro e sua esposa, que o criam como seu próprio descendente.
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Quinze anos depois, o imperador, ao visitar a casa onde o jovem vive, descobre sua
verdadeira identidade. Com medo de que a profecia se concretize, ele envia o jovem
em uma missão para a própria morte onde carregava uma carta para a imperatriz com
o recado para que o portador da mensagem morresse. Durante a jornada, o líder dos
ladrões descobre o que o imperador armava e decide se vingar substituindo as
escritas para que casasse o filho da sorte com a princesa. Após o casamento, ao
retornar para o palácio o tirano fica furioso ao ver aquele plebeu casado com sua filha
e decide então enganá-lo mais uma vez.
O jovem enfrenta desafios sobrenaturais e sai com o destino de ir ao inferno buscar
três cabelos de ouro do Diabo, no trajeto o jovem recebe a missão de solucionar
enigmas que assolavam a população: como o enigma da fonte que jorrava vinho e
agora se encontra seca e a árvore de frutos de ouro que agora sequer tem folhas.
Além disso, ele lida com situações de salvar da escravidão um barqueiro condenado
a atravessar pessoas eternamente. No entanto, com a ajuda da avó do diabo, ele
finalmente consegue chegar ao objetivo:

‘’ Se meu neto o encontrar aqui – disse ela -, vai ficar tão furioso que vai
querer matá-lo no mesmo instante e comê-lo assado no jantar. Por isso
preciso escondê-lo. Assim a velha transformou o Filho da Sorte numa
formiguinha e o escondeu nas dobras de sua saia.’’ p.61 Histórias da
Carochinha, 3ª edição 1996.

A avó coloca seu neto a dormir e ao fazer carinho arranca cada fio por vez, em cada
puxada nos cabelos o Diabo acordava irritado com sua vó que logo dizia ter tido um
pesadelo onde uma fonte estava seca, uma árvore morta e um rapaz aprisionado com
um trabalho infeliz.
É aí que percebemos que esse pobre diabo tão cansado foi o culpado dos males que
assolam a população que mora a caminho do inferno:

‘’ - Ah! - respondeu o diabo dando outra gargalhada. - Esse barqueiro é um


bobo! Se ele quiser sair de lá, é preciso apenas que abandone os remos na
mão da próxima pessoa que aparecer pedindo para passar à outra margem
do rio. A pessoa não terá outro remédio senão assumir o lugar do barqueiro”’
p.64 Histórias da Carochinha, 3ªed 1996.

Assim foi respondido a última pergunta que faltava, e dali o jovem sairia com a solução
dos problemas e os cabelos de ouro, voltando ao palácio e sendo recebido com amor
por sua esposa e muita curiosidade do seu sogro que se mantém ambicioso. Agora o
tirano decide ir atrás de mais ouro no inferno, o que ele não sabia é que no caminho
existia um barqueiro, já velho conhecido do seu genro que deixou nas mãos do
imperador a missão de viver para sempre naquele emprego, atravessando as almas
e perdidos. Dizem que até hoje ele está cumprindo essa missão eterna, enquanto o
filho da sorte viveu feliz seus anos de vida com sua princesa.

I.II Literatura e Referências


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Esse conto infantil nos traz diversas referências do mundo adulto, desde o abandono
da criança no rio como foi feito com Moisés na Bíblia, como outras histórias da
literatura que não são voltadas aos pequenos.
Na travessia ao caminho do inferno, podemos associar o barqueiro à Caronte, um
barqueiro que na mitologia carregava as almas para o mundo dos mortos. Esse já foi
ilustrado outras vezes na literatura, como; A Divina Comédia e Auto da Barca do
Inferno.
Auto da Barca trata sobre morte e o julgamento moral do que é certo e errado, assim
podemos compreender que a literatura mesmo que não seja mais voltada para o
público infantil tem esse papel educador e informativo.
Além dessas o Diabo foi citado em diversas histórias inclusive mais contos infantis, o
que para pessoas que não entendem o contexto em que foram criadas podem se
espantar com o título das narrações como em ‘’ Carvões para a lareira do Diabo’’.
Na literatura portuguesa, encontramos o Diabo protagonizando: O auto da barca do
inferno, de Gil Vicente; o conto “O senhor diabo”, de Eça de Queirós; o conto “A hora
do diabo”, de Fernando Pessoa; e o romance O evangelho segundo Jesus Cristo, de
José Saramago. Na literatura brasileira, citamos as mais conhecidas: Macário, de
Álvares de Azevedo, e Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

I.III A Visão do Diabo Através do Tempo


O que podemos perceber é que a Estrela da Manhã é um personagem que rende bons
dramas desde mitologia, bíblia e contos para adultos e baixinhos. Por ter surgido como
gênero em uma época moralizante e conversadora ele sempre apresentava traços de
visões cristãs visto assim como alguém mal e aproveitador.
Analisando suas citações vemos que em toda oportunidade ele deseja usar as
fragilidades das pessoas, oferecendo bens que trariam melhorias em sua vida sempre
em troca de algo que deseja ou como um ser malvado que se satisfaz apenas com o
caos.
É dito no livro sagrado que no início enquanto ainda vivia no céu Lúcifer tinha a melhor
aparência, sendo o anjo mais bonito do paraíso o que se tornou motivo de vaidade e
inveja do seu criador fazendo com que caísse das alturas e viesse povoar a terra com
o mal.
Todo esse drama já saiu das páginas e virou conteúdo para série e livros, mas o que
essa popularidade trouxe foi que do vilão sombrio ele ganhou traços humanos, além
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da aparência, mas sim em atitudes e comportamento como vemos no seriado ‘’Lúcifer’’


e o livro infantil de Monteiro Lobato ‘’O Bom Diabo’’.

I.III Como é visto no conto ‘’Três Cabelos de Ouro do Diabo’’


Nessa história em específico o Diabo faz apenas parte da trama, apesar do seu nome
estar no título a maior parte do enredo gira em torno da história do Filho da Sorte e
suas desavenças com o Imperador.
Mesmo com sua participação breve podemos perceber que quando desafiado a ir
buscar os fios de cabelo no inferno, o rapaz recebe essa missão no intuito de que não
voltasse, afinal, iria ao encontro do ser mais temido e maldoso já retratado nas
histórias em todos os tempos.
Assim vemos que o Diabo passa essa ideia de ser temido e invencível, é dito também
pela doce vó do demônio que seu netinho detesta humanos, como se por sermos nós
a imagem e semelhança daquele que o derrubou dos céus, fossemos motivo de asco
e ódio para o mesmo.
Quando conta sobre a solução dos problemas que aparentemente foram criados por
ele, o mesmo ri, afinal para um ser tão perverso é divertido ver o sofrimento agonizante
causado por truques apenas com a intenção de prejudicar.
A sua aparência não é descrita, mas é fato que já existe um estereotipo de como ele
seria; pés de cabra, peludo, uma aparência animalesca. Na edição trabalhada há uma
ilustração onde ele aparece dormindo no colo da sua vozinha com chifres, pelos e
uma língua afiada como de serpente – o que pode ser uma referência bíblica do seu
atentado contra Eva.
Mas ao ler análises é possível encontrar resenhas ou comentários que dizem que o
fato de os fios de cabelo serem de ouro, traz a ideia de que ele foi representado nessa
história como um humano loiro, trazendo um ar mais angelical e ingênuo (por ter
ajudado mesmo que de forma inconsciente) devido se tratar de uma história para
crianças.
Como já foi trabalho nesse artigo, entendemos que a literatura infantil tem o dever
moral e segue um princípio cristão para educar, mas como o bem sempre vence o mal
é comum encontrar os vilões fazendo papel de bobo, isso também se encaixa com o
Pai da Mentira.
Nesse conto e em outros onde Lúcifer é um dos personagens, podemos ver ele como
uma figura ruim, mas que no fim tem a desmistificação do seu papel maligno e assume
um lugar mais inocente ou de derrota de acordo com o gênero.
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Aqui vemos o temido Diabo perdendo seus cabelos preciosos, sendo enrolado por
sua própria vó, perdendo para um humano de espécie que ele tanto tem aversão e no
fim ainda ajuda um jovem rapaz a mudar de vida e ter sucesso.

I.IV Vilões e o Diabo


Como foi discorrido o Diabo representa o mal de acordo com a moral cristã, os vilões
representam o mal como uma maneira pedagógica de ensinar as crianças como as
dificuldades e problemas inesperados na nossa vida acontecem.
Vendo esses pontos podemos pensar que mesmo quando não há a representação
direta de Lúcifer como personagem, todos os vilões trazem consigo um pouco dele,
como se fossem sua personificação.
Vemos a Bíblia como se fosse um modelo de história a ser seguida, tendo o lado bom
(Deus) e o lado mal (Diabo) e na nossa literatura os mocinhos, princesas, como
representação do bem; e os vilões, madrastas, monstros como o mal.

Considerações Finais
Nessa análise compreendemos a importância da Literatura Infantil e a necessidade
de representar o mal nesse tipo de história. Vemos também que o Diabo é um
personagem importante e que ilustra situações desde o primeiro livro da humanidade.
Podemos descobrir com a análise que além do estereotipo de vilão existe outro lado,
além de que sua representação traz consigo uma cultura antiga e popular.
O mais importante nesse objeto de estudo é destruir a imagem demoníaca e trazê-lo
como um personagem construtor e educativo. Além de que ele não se trata apenas
de um ser que consegue tudo que quer, se tornando cômico e trazendo o conselho
que é a base para esse gênero literário; o bem sempre vence.
Se tornando algo mais vulgar e popular, de alcance das crianças e dos adultos, vemos
que o Diabo é ‘’pop’’ e fundamental para a literatura desde o Antigo Testamento.
Crescemos muitas vezes com a ideia de que o mal não deve ser comentado, que não
se fala do Diabo, que isso e aquilo são coisas erradas e podemos acabar perdendo
histórias como essa que de certa forma enriquecem e nos trazem conhecimento.
Pensamos também que o mesmo se faz presente em outras histórias, no dia a dia e
em coisas que não citamos, mas ele resiste no estereotipo do mal, das coisas ruins,
nos ensinamentos e é fundamental para ensinamentos moralizantes apesar de
acharmos o contrário.
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Assim aprendemos que o bem se ensina exemplificando o mal, que o temido deve ser
comentado e que a cultura e os ensinamentos antigos resistem desde a época
medieval até os dias de hoje.
A representação do diabo e sua exploração em contos infantojuvenis evidenciaram
que o cenário literário serviu como plataforma para a expressão de uma classe
econômica em ascensão, que ocupava diversos setores da sociedade
contemporânea. No entanto, a resiliência e a longevidade dessa literatura estão mais
intrinsecamente ligados à cultura popular e à memória coletiva do que a um projeto
ideológico de poder.

Referências

Histórias da Carochinha. 3a. ed. Editoria Ática S. A: [s.n.]. p. 143

LEONARDELI, P. B. O DIABO COMO PERSONAGEM NA LITERATURA INFANTIL.


REVISTA DE LETRAS - JUÇARA, v. 3, n. 1, p. 160–174, 15 ago. 2019.
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FERREIRA, Y. N. A construção da imagem do diabo na literatura infantil: uma leitura


do conto “O bom diabo”, de Monteiro Lobato. Revista Teias, v. 19, n. 52, 3 abr.
2018.

Todas as histórias têm “maus”. Disponível em:


<https://www.sitiodaeducacao.pt/2014/05/todas-as-historias-tem-maus.html>.
Acesso em: 9 nov. 2023.

9 histórias clássicas que transmitem valores às crianças. Disponível em:


<https://www.semprefamilia.com.br/educacao-dos-filhos/9-historias-classicas-
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criancas/#:~:text=Segundo%20a%20especialista%2C%20hist%C3%B3rias%20cl%C3
%A1ssicas%20e>. Acesso em: 9 nov. 2023.

FERRAZ, S.; RESUMO. O DIABO NA LITERATURA PARA CRIANÇAS THE DEVIL IN


CHILDREN’S LITERATURE. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://ufsj.edu.br/portal-
repositorio/File/Vertentes34/Salma%20Ferraz.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2023

MESSADIÉ, Gerald. História geral do diabo – Da antiguidade à época contemporânea.


Tradução Alda Sophie Vinga. Portugal: Europa-América, 2001.

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