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das Construções
Estabilidade das Construções
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Estabilidade das Cosntruções
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Permitir ao aluno compreender como são dimensionados os elementos estruturais em ma-
deira, visando ao desenvolvimento de projetos.
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A essas características negativas acrescenta-se sua susceptibilidade ao fogo. Es-
sas desvantagens da madeira podem ser eliminadas ou, ao menos, minimizadas,
bastando para tal o emprego de tecnologias já disponíveis e de uso consagrado nos
países desenvolvidos.
Assista ao vídeo “Madeiras Nobres” e conheça alguns tipos de madeiras nobres usadas nos
diversos segmentos. Disponível em: https://youtu.be/gUqIlbdmH6M
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individuais de madeira com adesivos industriais de alta performance, que são prensa-
dos em equipamentos específicos.
Assista ao vídeo “Usinagem (Pré fabricação) de MLC (Madeira Laminada Colada)” e conheça o
processo de fabricação das madeiras laminadas. Disponível em: https://youtu.be/wQaYGz1JF9k
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Outra característica interessante é a diversidade de tonalidades disponíveis, todas
em função da madeira de origem, e a estabilidade do material é tal que é possível
fazer a fixação entre os componentes utilizando parafusos, buchas ou chapas de aço
(MIGLIANI, 2019).
Vantagens
• Dimensões: permite a customização das medidas em função da possibilidade
de produção em fábrica. Possui baixo peso próprio e pode vencer vãos de até
100 metros de envergadura sem apoios intermediários;
• Resistência: possui resistência adequada a substâncias químicas em geral e
mais estabilidade dimensional a alterações de umidade do ambiente;
• Flexibilidade: o processo de produção dentro da Indústria permite o desenvol-
vimento de formas curvas, arqueadas e dobradas, entre outras, com relativa fa-
cilidade. Dessa forma, com um projeto da peça bastante customizado, é possível
que o fabricante produza o componente que se precisa;
• Resistência ao fogo: apresenta comportamento mais estável frente ao fogo
devido à presença da resina de produção, que acaba selando as superfícies na
condição de incêndio, preservando o núcleo do Sistema;
• Menos necessidade de conexões: quando comparada às estruturas de madeiras
feitas com peças maciças, vez que são dimensionados prevendo grandes vãos;
• Leveza: as vigas de MLC apresentam alta resistência frente ao peso que su-
portam. Comparativamente ao concreto armado, podem resistir aos mesmos
esforços com um peso 5 vezes menor;
• Sustentabilidade: atualmente, está se constituindo uma rede de fornecedores
que atuam exclusivamente com madeiras de reflorestamento. Dessa forma, essa
rede tende a consolidar o uso do MLC nos projetos (MIGLIANI, 2019).
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fletor, a torçor e à força normal, pisos de madeira (sujeitos a momento fletor e força
normal) e treliças de madeira (sujeito à força normal e ao momento fletor).
Esse elemento é composto por barras transversais, cujo papel é distribuir os esfor-
ços oriundos do carregamento das telhas e do vento para os apoios, de forma segura.
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Para fins de construção de estruturas para edificações, um subtipo de estrutura
interessante é o Wood Frame.
Trata-se de uma estrutura utilizada em larga escala nos Estados Unidos. Ela é com-
posta por barras e vigas que são constituídas em forma de esqueleto, e esse esqueleto
recebe um fechamento leve, que pode ser de gesso ou até mesmo de madeira laminada.
Essa tipologia pode atingir até 5 pavimentos com bastante segurança estrutural.
Assista ao vídeo “Como Funciona o Wood Frame com 3D Animado” e veja o processo de
fabricação de uma edificação em Wood Frame. Disponível em: https://youtu.be/1iLmYMHYrjw
Pré-Dimensionamento
de Estruturas de Madeira
Pré-dimensionamento de pilares de madeira
Para o pré-dimensionamento de Pilares De Madeira, podem ser usados os ábacos
a seguir.
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Sendo assim, para uma edificação que tenha pé-direito interno de 3m e 1 pavi-
mento, basta entrar com a coordenada no eixo X, e se obtém que a largura do pilar
deve estar entre 9 e 16cm. Dessa forma, deve-se adotar a dimensão padronizada
pelo fornecedor local.
Da mesma forma que o anterior, basta entrar no eixo X com a altura do pé-direito
dos ambientes, e se obtém a dimensão máxima e mínima dos elementos.
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Nesse caso, por exemplo, se se estivesse dimensionando um pilar para uma edifi-
cação de 3 andares, basta entrar com esta coordenada no eixo X, e obtém-se que a
largura do pilar deveria estar entre 15 e 30cm.
Basta, no eixo X, entrar com a dimensão do vão a ser utilizado, e se tem o res-
pectivo valor mínimo e máximo de altura da viga.
Sendo assim, para o dimensionamento de uma viga com vão de 3m, basta entrar
com essa coordenada no eixo X, e obtêm-se que a altura da viga deve estar entre
0,17 e 0,27m.
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Dessa forma, para se construir uma treliça de madeira para um vão que tenha
15m de envergadura, basta entrar com essa coordenada no eixo X, e se obtém a
altura mínima e máxima desse elemento, que será, respectivamente, 0,8 e 2m.
Dessa forma, o projetista deve conceber o elemento treliça tendo como altura
algum valor que esteja dentro desse intervalo.
Após essa etapa, o projeto será enviado para um profissional especializado no dimen-
sionamento, que fará a verificação das características normativas com relação a carrega-
mento e esforços e, assim, definirá o tamanho dos componentes a serem construídos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leituras
50 Detalhes construtivos de arquitetura em madeira
https://bit.ly/2SW57TV
Casas brasileiras: 22 projetos com madeira em planta e corte
https://bit.ly/377w27z
As possibilidades estruturais com madeira roliça
https://bit.ly/2SY5Gwj
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Referências
CALIL JR., C. Dimensionamento de Elementos Estruturais em Madeira. São
Paulo: Manole, 2003
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