UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA

ISUTE

Curso de Engenharia Civil

3° ano, Semestre 5°/2023

Estruturas de Madeira

Docente: Paulino Jequecene

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1. Classificação de madeiras - classes de
resistência

 Derivados de madeira;

 Campo de aplicação;

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1.1. Classes de resistência
Na NP EN 338 é apresentado um sistema de classes de resistência, aplicável a toda a
madeira de Folhosas ou Resinosas para uso estrutural. Há a atribuição de uma população
de madeira a uma determinada classe de resistência, sendo esta população definida por
parâmetros como a espécie ou grupo de espécies, a origem e a qualidade. O sistema de
classes de resistência permite então, o agrupamento de espécies e qualidades que têm
propriedades mecânicas semelhantes, factor importante face à diversidade das madeiras
disponíveis.

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1.1. Classes de resistência (Cont.)
A separação entre classes resistentes de Resinosas e Folhosas resulta das diferenças
estruturais e anatómicas de ambas, que faz com que o seu comportamento também seja
distinto. O choupo é a única folhosa que tem relações densidade – resistência similares às
resinosas, e por isso se inclui nas classes de resistência aplicáveis a Resinosas.

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 1.1. Classes de resistência (Cont.)
A classe de resistência de uma determinada população é representada por uma letra C
(Resinosas - coniferous, no termo inglês), ou D (Folhosas - deciduous, no termo inglês),
seguida de um número que indica o valor característico da resistência à flexão em N/mm2.
Por exemplo, a classificação C18 é relativa a uma população de Resinosas com resistência
característica à flexão de 18 N/mm2.

Actualmente, estão definidas doze classes para as Resinosas e Choupo (C14, C16, C18,
C20, C22, C24, C27, C30, C35, C40, C45 e C50); e seis classes para as Folhosas (D30, D35,
D40, D50, D60 e D70).

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 1.1. Classes de resistência

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1.2.Materiais Utilizados
De entre vários tipos de materiais possíveis a utilizar num projeto de estruturas de
madeira, os mais usados são os lamelados colados e os LVL (laminated venner lumber).
As suas
características são bastante distintas tendo cada uma delas as suas vantagens,
desvantagens, particularidades e campo de uso. Ambas não deixam de ser madeira
transformada de forma a obter as dimensões e características para os elementos
estruturais requeridas pelo projetista.

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 1.2.1.Madeira Laminada Colada
A madeira lamelada colada é, como o próprio nome indica, a junção de lâminas ou tábuas
com recurso a colas extremamente fortes, aplicadas longitudinalmente e nos topos, só
tendo sido possível a sua elaboração depois do aparecimento de colas tecnologicamente
evoluídas. Antes do aparecimento destas potentes colas sintéticas, a junção das lâminas
ou tábuas era igualmente feita, mas com recurso a ligações mecânicas, normalmente
parafusos, o que tornava ainda mais heterogéneo o elemento estrutural
.

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1.2.1.Madeira Laminada Colada

Figura: Elemento em MLC

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1.2.1.Madeira Laminada Colada – Campo de aplicação
A madeira lamelada colada tem um ótimo desempenho quando aplicada estruturalmente,
conseguindo atingir (existindo já em algumas estruturas) vãos superiores ou a rondar os
100 metros, muitas vezes com o recurso a elementos em arco ou cúpula, podendo
também ser aplicada a obras de pequeno porte. Sendo assim, é mais usada em:

* Estruturas de cobertura de grande vão;

* Passagens pedonais;
* Habitação.

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1.2.1.Madeira Laminada Colada

Figura: Elemento em MLC

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1.2.1.Madeira Laminada Colada
Vantagens

A MLC goza de inumeras vantagens que facilitam o trabalho do projetista tais como:
Elevada resistência mecânica;
* Ótima resistência ao fogo (muito devido às colas);
* Facilidade de construção em arco;
* Possibilidade de obter grandes vãos.

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1.2.2. LVL (LAMINATED VENNER LUMBER)
Também conhecida por madeira microlamelada colada é, um pouco à semelhança da
madeira lamelada colada, constituída pela junção de finas folhas através do uso de um
adesivo, tendo uma aparência bastante semelhante ao contraplacado, como se poderá ver
na figura abaixo. É usada a maior parte das vezes para a conceção de vigas standard
como é o caso das vigas em I. Tem um problema grave que é a não aceitação da
humidade, tornando-se perigoso a sua exposição a estes ambientes por períodos de
tempo longos.

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1.2.2. LVL (LAMINATED VENNER LUMBER)

Figura: Tábuas de LVL

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1.2.2. LVL – Campo de aplicações
Tal como já foi referido, os LVL apresentam grande moldabilidade e facilitam a execução
de
vigas com o formato desejado . Este material é usado de forma muito intensa na
América do Norte, sobretudo para a execução de vigas para aplicação em habitações
familiares.Assim sendo, são aplicadas em estruturas dos tipos:
*Escadas;
*Paredes estruturais;
*Estruturas de telhados;
*Execução de treliças.
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1.2.1. LVL (LAMINATED VENNER LUMBER)

Figura: Estrutura em LVL

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1.2.2. LVL - Vantagens
Grande resistência e estabilidade da estrutura;

Facilidade em obter as dimensões desejadas dos elementos;

Uso de elevado número de espécies de madeira na sua conceção;

Composta por madeira reconstituída.

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1.2.3. CONTRAPLACADOS (“PLYWOOD”)
Contraplacado é, por definição, uma placa de madeira que resulta da colagem de várias
folhas de madeira natural, sobrepostas e dispostas com o fio cruzado folha a folha,
geralmente de forma perpendicular. Os contraplacados foram os primeiros produtos a
serem produzidos com base na madeira. As folhas de madeira têm espessuras de 2 a 4
mm. São obtidas por desenrolamento ou corte dos troncos. Os contraplacados têm
geralmente entre 3 e 11 camadas (número ímpar para garantir a simetria da placa). Têm a
designação de “marítimos” quando as resinas usadas na cola são resistentes à humidade
e os topos e faces são revestidos com materiais resistentes à humidade.

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1.2.3.CONTRAPLACADOS (“PLYWOOD”)
A estrutura cruzada das fibras tem várias vantagens:
* Limita as variações dimensionais no plano;
* Reduz a anisotropia, relativamente à madeira maciça;
* Favorece a colocação de pregos ou parafusos perto dos bordos.

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1.2.3. Contraplacado

Figura: Contraplacado

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 Fim

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