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Resumo
Abstract
fatima.siqueira@docente.unip.br
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INTRODUÇÃO
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sífilis nos municípios brasileiros. A educação sexual e a prevenção são fundamentais
para garantir que a sífilis não se espalhe ainda mais entre a população.3
METODOLOGIA
Para a realização deste artigo, foi necessário o acesso aos dados oficiais dos
municípios brasileiros, disponibilizados plataforma online do Ministério da Saúde
através do site http://indicadoressifilis.aids.gov.br/.
Foram selecionados os dados básicos e indicadores da sífilis dosmunicípios
brasileiros, referentes ao ano de 2011 a 2022. A partir destes dados,foi feita uma análise
descritiva para verificar os casos de sífilis em Frutal/MG.
A estatística descritiva consiste na apresentação de informações numéricas ou
gráficas para descrever o conjunto de dados. Assim, foram utilizados os recursos do
Excel para gerar tabelas e gráficos e realização dos calculos estatísticos.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
- Sífilis primária: é a forma mais precoce da doença. Nesta fase, a bactéria seinstala
no organismo e provoca a formação de úlceras dolorosas, conhecidas como úlceras
de sífilis, na área genital, oral ou anal da pessoa infectada. Estasúlceras podem durar
entre 3 semanas e 3 meses.6
- Sífilis Secundária: nesta fase, a pessoa infectada pode apresentar sintomas como
manchas vermelhas na pele, feridas na boca, febre, dores musculares, perda de
cabelo, entre outros sintomas. Estes sintomas geralmente desaparecem
espontaneamente em cerca de 2 semanas, mas podem persistirpor até 6 meses.6
- Sífilis Terciária: a fase terciária da sífilis é a mais grave e pode levar à morte,se não
tratada corretamente. Neste estágio, a bactéria se espalha para outras partes do
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corpo, como o cérebro, o sistema nervoso, o coração e os ossos. Ossintomas desta
fase incluem dores musculares, dores de cabeça, paralisia, problemas visuais e
auditivos, entre outros.6
Além dos três tipos principais existem outros dois tipos de sífilis: sífilis adquirida
e sífilis congênita. A sífilis adquirida é a forma mais comum de sífilis.Esta doença é
transmitida através de relações sexuais desprotegidas ou do contato com o sangue ou
a pele de uma pessoa infectada. Na sífilis congênita,a bactéria é passada da mãe para
o bebê durante a gravidez. Esta doença pode causar graves problemas de saúde no
bebê, como surdez, cegueira, deficiências mentais e outros problemas sérios.6
Os sintomas da sífilis podem demorar de 10 a 90 dias para aparecer. Os
sintomas variam de acordo com o estágio da doença. No início, a sífilis pode se
manifestar como úlceras indolores, que podem surgir na boca, nos lábios, na língua,
na garganta, nos órgãos genitais, na região anal ou na pele. Com o passar do tempo,
pode surgir inchaço dos gânglios linfáticos e outros sintomas como dores de cabeça,
fadiga, febre e dor nos músculos.7
Embora a sífilis seja curável, se não for tratada adequadamente, ela pode levar
a complicações graves, como infertilidade, surdez, danos cerebrais, paralisia e até a
morte. Por isso, é importante que todas as pessoas que corremo risco de contrair a
doença busquem atendimento médico imediato caso apresentem algum dos sintomas
citados.7
O diagnóstico da sífilis é realizado através de testes de sangue que detectam
anticorpos específicos para a doença. Quando esses testes são positivos, é
necessário realizar outros exames para confirmar o diagnóstico, como a avaliação de
lesões na pele e na mucosa e cultura de secreção.
Alémdisso, também pode ser necessário realizar exames de imagem, como
ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para avaliar os
órgãos internos.8 O tratamento da sífilis é feito com antibióticos específicos, como
penicilina, doxiciclina ou azitromicina. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido
possível para evitar complicações graves e a disseminação da doença.8
O tratamento normalmente tem duração de 10 dias, mas pode variar deacordo
com o estágio da doença. Além disso, é importante que o paciente sigaas orientações
médicas, como evitar contato sexual enquanto estiver sendo tratado. Os antibióticos
mais usados para o tratamento da sífilis são a penicilina, a doxiciclina e a azitromicina.
A penicilina é o medicamento de escolha para o tratamento da sífilis, pois é altamente
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eficaz e tem baixo risco de efeitos colaterais. A doxiciclina e a azitromicina também
são usadas no tratamento da sífilis, mas são menos eficazes que a penicilina.9
A prevenção da sífilis inclui o uso de preservativos em todas as relaçõessexuais,
o rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis e o tratamento adequado e
precoce.10
Segundo o Boletim epidemiológico da sífilis em 2021, na Região Norte do
Brasil, o número de casos de sífilis tem aumentado de forma expressiva desde 2012,
atingindo os mais altos níveis de incidência da doença. Esta tendência foi observada
nos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia.11
Em 2019, foi registrado um aumento de 27,3% nas notificações de casos de sífilis
primária, tornando-se um problema de saúde pública que exige respostas urgentes.12
Para reduzir o impacto da sífilis na saúde brasileira é necessário que aspessoas
conheçam os fatores de risco e os sintomas, que sejam realizados testes de detecção
precoce e que sejam adotadas medidas preventivas eficazes.12 A criação de
programas de prevenção de Infecções sexualmente transmissíveis- ISTs pode ajudar
a reduzir a incidência de sífilis ao proporcionaracesso à informação e aos serviços de
saúde necessários para o diagnóstico e tratamento da doença.8
Assim, é essencial que as autoridades de saúde continuem a desenvolver
estratégias eficazes para prevenir e controlar a sífilis, a fim de reduzir o impacto desta
infecção na saúde da população brasileira. Para o monitoramento da ocorrência de
sífilis, é necessário o acompanhamento de indicadores epidemiológicos, de forma a
identificar os grupos de maior vulnerabilidade e a incidência da doença no país.
Portanto, a vigilância epidemiológica da sífilis tem como objetivo auxiliar na
prevenção, controle e monitoramento da doença.8
O Ministério da Saúde (MS) desenvolveu o Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN), um instrumento de apoio à vigilância epidemiológica, que tem
por objetivo levantar e monitorar os indicadores epidemiológicos associados à Sífilis.
Com o SINAN, é possível acompanhar deforma mais detalhada a ocorrência de sífilis
nos municípios brasileiros e identificar os grupos de maior vulnerabilidade à doença.5
Outro importante indicador epidemiológico da sífilis é a proporção de casos não
identificados, que se refere à proporção de casos que não são diagnosticados e,
portanto, não são notificados. É importante que esse indicador seja acompanhado de
forma contínua, pois ajuda a identificar a qualidade do sistema de vigilância e
monitoramento.5
8
A análise de indicadores e dados básicos da sífilis nos municípios brasileiros é
essencial para a prevenção, controle e monitoramento da doença. A vigilância
epidemiológica tem como objetivo auxiliar na identificação dos grupos de maior
vulnerabilidade à sífilis e da incidência da doença no país. OSINAN e a proporção de
casos não identificados são importantes indicadores epidemiológicos para
acompanhar a ocorrência de sífilis nos municípios brasileiros.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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sífilis adquirida desde 2011, com um pico de taxa de detecção de 162casos por 100.000
habitantes em 2018, conforme tabela 2 abaixo:
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Fonte: Ministério da Saúde, 2022.13
Na tabela 4 acima, verificamos que a cidade de Frutal/MG teve um totalde 232
casos de sífilis em gestantes desde 2005. A taxa de detecção foi de 2,8casos por 1000
nascidos vivos em 2012 e, desde então, tem aumentado para 44,4 casos por 1000
nascidos vivos em 2017. Os últimos 5 anos (2018-2021) apresentam uma taxa de
detecção cada vez maior, à medida que vão passando os anos, chegando a 61,6
casos por 1000 nascidos vivos em 2020.
Nota-se que os dados para o ano de 2022 são preliminares e, portanto, ainda
podem variar. No entanto, é possível notar uma estatística de aumento nos últimos
anos.
11
Fonte: Ministério da Saúde, 2022.13
Esse dado revela que essa faixa etária também se enquadra como grupo de
risco para a doença, o que contrasta com os números de 2014, que não ultrapassaram
os 20% (18,2%).20 O aumento no número de notificações de gestantes adolescentes,
com baixa escolaridade e ainda em idade escolar, chama atenção no estudo, indicando
que essas jovens têm iniciado a vida sexual mais precocemente e sem proteção. Essa
constatação demonstra uma melhoria na eficácia dos programas de saúde e
vigilância.20
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Fonte: Ministério da Saúde, 2022.13
Entre os anos de 2018 e 2021, os casos diagnosticados têm aumentado
consideravelmente, sendo que no ano de 2021 foi diagnosticado 1 caso entre
mulheres brancas e 3 casos entre mulheres pretas.
A partir dos dados acima, é possível concluir que o município de Frutal/MG
apresenta um alto índice de casos de sífilis entre gestantes, sendo que as mulheres
pardas e brancas são as mais afetadas. Os casos diagnosticados têm aumentado
consideravelmente nos últimos anos e dessa forma, é necessário implementar ações
de prevenção e conscientização para reduzir a incidência desta doença na região.
Analisando os dados da tabela 9 abaixo, pode-se observar que o município de
Frutal/MG possui um número relativamente alto de casos de gestantes com sífilis,
sendo que, no ano de 2018, foram registrados 40 casos que foram tratados com
penicilina. Apesar de todos os protocolos existente na assistência e a disponibilidade
da penicilina G benzatina disponível nas UBS, os estados brasileiros, evidenciam uma
dificuldade no manejo do tratamento da doença, e uma dificuldade de realizar o
tratamento.25
14
Fonte: Ministério da Saúde, 2022.13
No geral, estes dados sugerem que há um aumento no número de casosde sífilis
no município de Frutal/MG. É importante que as autoridades locais tomem medidas
para controlar a disseminação desta doença e melhorar as condições de saúde da
população.
A cidade de Frutal, situada no estado de Minas Gerais, não aparece na tabela
11 mostrada abaixo. No entanto, é importante destacar que, de acordo com dados do
Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de
Minas Gerais, o estado registrou 33 casos de sífilis congênita em menores de um ano
de idade entre 1998 e 2011, e 6 casos em 2014 e 4 casos em 2017. Além disso, a
taxa de detecção foi de 1,5 caso por mil nascidos vivos em 2013, 7,8 casos por mil
nascidos vivos em 2015 e 5,6 casos por mil nascidos vivos em 2018.
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amora ou em Mozer, tíbia em sabre, sinal de Higoumenakis, dentes de Hutchinson e
goma no véu do paladar.26
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12. Silva JA. Doenças Infecciosas. São Paulo: Editora Sarvier; 2017.753 p.
18. Nonato SM, Melo APS, Guimarães MDC. Sífilis na Gestação e Fatores
Associados a Sífilis Congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013.
Brasília, v. 24, n. 4, p. 681-694, out-dez 2015.
20. Viellas EF et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 30, supl. 1, p. S85-S100, 2014.
21. Saraceni V, Pereira GFM, Silveira MF, Araujo MAL, Miranda AE.
Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de
seis unidades federativas no Brasil. Rev Panam Salud Publica.
2017;41:e44.
22. Souza WN, Benito LA. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil
no período de 2008 a 2014. Universitas: Ciências da Saúde.
2016;14(2):1-8.
26. Burns DAR et al. Tratado de Pediatria. 4a ed. Barueri: Manole, 2017.
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