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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

Danúbia Franciele de Paula


Hellen
Joao Paulo

SIFILIS

Introdução
Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível pela bactéria espiroqueta
Treponema pallidum. Sendo uma infecção curável exclusiva do ser humano, possuindo
várias manifestações e estágios (REIS; 2017).
Sua transmissão ocorre através ato sexual sem proteção e durante a gestação.
Sem o devido tratamento a doença evolui para a forma mais grave, como a sífilis
terciaria ocasionando complicações cutâneas, ósseas, cardiovasculares, neurológica e
levar a morte. (REIS; 2017).
Os sinais e sintomas variam de acordo com o estágio da doença. A sífilis
primaria, aparece entre 10 e 90 dias pôs contágio no local de entrada da bactéria,
conhecida como “cancro duro”. (REIS; 2017).
A sífilis secundaria aparece depois da cicatrização da ferida inicial entre seis
semanas a seis meses. Com manchas que não coçam, tanto nas palmas das mãos quanto
nas plantas dos pés. Tais manchas desaparecem com ou sem tratamento, resultando falsa
impressão de cura. (REIS; 2017).
A sífilis latente, apresenta- se de forma variável caracterizada pelo
interrompimento dos sinais e sintomas da sífilis secundaria ou da forma terciaria. Esta
fase e assintomática e pode ser dividida em latente recente ou latente tardia. (REIS;
2017).
A sífilis terciaria seus sinais e sintomas pode surgir entre 1 e 40 anos pós início
da infecção. Apresentando lesões cutâneas, óssea, cardiovasculares e neurológicas.
(REIS; 2017).

Epidemiologia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO;2023), diariamente 1 milhão


de pessoas adquire ISTs no mundo, sendo a maioria assintomáticas. Em 2016, supõe
que 1 milhão de mulheres gestantes ficaram infectadas com sífilis. Sendo 350.000 com
resultados adversos no parto.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO;2023), ainda no ano de
2016 havia 20 milhões de casos de sífilis em adolescentes e adultos com idade entre 15
e 49 anos, sendo novos casos 6,3 milhões. Com uma taxa média em 2014 de 17,2 casos
para 100.000 mulheres e 17,7 casos para 100.000 homens com taxas elevadas na Região
do Pacífico Ocidental, África e América.
No Brasil no ano de 2021, houve 167.523 casos de sífilis adquiridas notificadas
no Sinan uma taxa de 78,5 casos para 100.000 habitantes. Em mulheres gravidas 74.095
casos com uma taxa de 27,1 casos para 1.000 nascidos vivos. Sífilis congênita 27.019
casos com uma taxa de 9,9 casos para 1.000 nascidos vivos. 192 óbitos por sífilis
congênita taxa de mortalidade 7,0 para 100.000 nascidos vivos. (BRASIL; 2022).
Fonte: Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da
Saúde

Diagnostico
Para confirmar o diagnostico, realiza se os testes sorológicos para sífilis (STS),
que consistem em testes de triagem (reagínicos, ou não treponêmicos) Testes
confirmatórios (treponêmicos) e Microscopia de campo escuro.
Testes não treponêmicos (reagínicos) usam antígenos lipídicos (cardiolipina,
isto é, lipídios do coração de bovinos) para detectar reaginas (anticorpos humanos que
se ligam a lipídios). O teste VDRL e os testes rápidos com reaginas plasmáticas (RPR,
rapid plasma reagin) são testes reagínicos sensíveis, simples e baratos, utilizados para
triagem, mas não completamente específicos para sífilis, podendo apresentar resultados
falsos positivos.
Testes treponêmicos detectam anticorpos antitreponema de modo qualitativo e
são muito específicos para a sífilis, incluem: Teste de absorção de anticorpo
antitreponêmico fluorescente (FTA-ABS) Ensaio de micro-hemaglutinação para
anticorpos contra T. pallidum (MHA-TP) Ensaio de hemaglutinação para T. pallidum
(TPHA) Imunoensaio enzimático para T. pallidum (TP-EIA) Imunoensaios por
quimioluminescência (CLIA).
Por se tratar de um problema de saúde pública e afetam muitos indivíduos, o
Ministério da Saúde criou estratégias para o controle da sífilis no país, entre as quais
encontra se compra centralizada e distribuição de insumos de diagnóstico e tratamento
(testes rápidos, penicilina benzatina e cristalina); desenvolvimento de instrumentos de
disseminação de informação estratégica aos gestores, auxiliando a tomada de decisão;
realização de Campanha Nacional de Prevenção; e desenvolvimento de estudos e
pesquisas voltados para o enfrentamento da sífilis no SUS.
Além dos exames, deve se realizar a ultrassonografia transfontanelar (US
transfontanela), um método confirmatório do diagnóstico que caso positivo,
recomendase complementar com Tomografia computadorizada (TC) de encéfalo. O
recomendado é que em unidades neonatais a realização da US transfontanela em todos
os recémnascidos com menos de 1500g de peso ao nascimento e de idade gestacional
igual ou inferior a 34 semanas, realizado com dois ou três dias de vida e repetido na 2ª
semana.
Referências:

Boletim Epidemiológico de Sífilis- Número Especial/ Out. 2022.Situação epidemiológica da

Sifilis no Brasil. Ministerio da Saude.

Disponível em: Boletim Epidemiológico de Sífilis - Número Especial | Out. 2022 —

Ministério da Saúde (www.gov.br)

Acessado em: 31 de maio de 2023.

Infecção sexualmente transmissíveis (ISTs). World Health Organization. (WHO)

Disponível em: Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) (who.int)

Acessado em: 30 de maio de 2023.

REIS, Clauden Serra. Novas diretrizes do Ministerio da Saude para Controle das IST

[AIDS].2017.

Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/una-750

Acessado em: 30 de maio de 2023.

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