EEH404 Recursos Hídricos - 2023 - 1 UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola Politécnica
EEH 404 – Aproveitamento de Recursos Hídricos

Unidade: Portos e Vias Navegáveis
Gilberto Olympio Mota Fialho

fialho@poli.ufrj.br
Professor Associado do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da
Escola Politécnica da UFRJ
2023 / 1 Turma 10288
EEH 404 – Aproveitamento de Recursos Hídricos – 2023 / 1
Portos e Vias Navegáveis Gilberto Fialho
The Ships
…
But what is terribly, terribly sad is when certain great ships with coral ornaments and
masts of ebony, their large white and red banners unfurled in the breeze, replete with
treasures, sail past and do not enter the harbor, whether because everything in their
cargo is prohibited or because the harbor is not deep enough to receive them. And so,
they pass on by. Favoring winds swell their silken sails, the sun polishes the splendor of
their golden prows, and they sail calmly, majestically away ― away from us and our
narrow, constraining harbor forever.
…
Constantine Petrou Cavafy (1863 - 1933)
Gilberto Fialho
fialho@poli.ufrj.br
Professor Associado do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da
Escola Politécnica da UFRJ
Prof. Gilberto Fialho 2

Portos e Vias Navegáveis Gilberto Fialho
Geni e o Zepelim
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada.
…
Chico Buarque
Oh, Seu Oscar

…
Fiz tudo para ter seu bem-estar
Até no cais do porto eu fui parar
Martirizando o meu corpo noite e dia
Mas tudo em vão
Ela é, é da orgia…
Wilson Batista

Gilberto Fialho
Portos e Vias Navegáveis
“A natureza para ser comandada precisa ser obedecida”
Francis Bacon, 1620
“Se tiveres que tratar com água, consulta primeiro a experiência e depois a razão”
Leonardo Da Vinci, em torno de 1500

Formação de Recursos Humanos em Engenharia Portuária na UFRJ: Gilberto Fialho
Ênfase Recursos Hídricos (disciplinas de Portos & Enga. Costeira)

Graduação
Ênfase Transportes (disciplina Transporte Aquaviário)
Engª Portuária (PENO/COPPE / Área Transporte Aquaviário)

Pós-Graduação
UFRJ Engª Costeira (PENO/COPPE / Área Enga. Costeira)
(stricto sensu)
Mestrado Profissionalizante em Engª Ambiental (Poli / UFRJ)
Pós-Graduação
Especialização em Engª Portuária para as empresas:
(lato sensu)
Vale, VLI, Petrobras, Transpetro, etc. (DRHIMA / Poli / UFRJ)

Comentários Adicionais: Gilberto Fialho
Ensino abrangente (lato sensu)
Visão geral do assunto  possibilita a visão sistêmica dos processos envolvidos
(ganha em abrangência mas perde em profundidade)
Ensino especializado (stricto sensu)
Visão profunda do assunto  privilegia visão detalhada em vez da visão sistêmica
(ganha em profundidade mas perde em abrangência)

Por que construir um PORTO ? Para que construir um PORTO ?

Gilberto Fialho
Onde construir o PORTO ? Quando construir o PORTO ?

Quem vai empreender o PORTO ? Quanto custará construir o PORTO ?
Quais as principais vantagens e desvantagens de construir um PORTO ?

Quais os estudos que precisamos fazer para construir um PORTO ?

E depois de construir o PORTO ? Gilberto Fialho
O que mudou com a construção do PORTO ?
Que alterações podem ser observadas com a construção do PORTO ?

Gilberto Fialho
O que é PORTO ?
Água  Mar ou Rio
É só isso ?
Terra  Cais Navio
Navio + Terra + Mar ou Rio = PORTO ? ? ?

Navio + Terra + Mar = PORTO ? Gilberto Fialho

Gilberto Fialho
Exemplos de alguns portos brasileiros

Gilberto Fialho
Porto do Rio de Janeiro (RJ)

Gilberto Fialho
Porto de Santos (SP)

Gilberto Fialho
Porto de Rio Grande (RS)

Gilberto Fialho
Porto de Suape (PE)

Gilberto Fialho
Porto de Barra do Riacho (ES)
Estaleiro Jurong Aracruz (ES)

Gilberto Fialho
Porto do Pecém (CE)

Gilberto Fialho

Algumas diferenças físicas entre alguns Portos Gilberto Fialho
Portos em Áreas Naturalmente Abrigadas
Portos em Áreas Desabrigadas


Portos em Áreas Abrigadas

Gilberto Fialho



Gilberto Fialho
Porto de Suape (PE)


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Porto do Pecém (CE)

Programação das Aulas

Gilberto Fialho
Portos e Vias Navegáveis (slide 28)
 Contextualização das Questões Portuárias no Brasil (slide 35)
 Principais Tipos de Cargas e Navios (slide 44)
 Portos (slide 129)
 Vias Navegáveis (slide 224)

Gilberto Fialho
 Contextualização das Questões Portuárias no Brasil
 Principais Tipos de Cargas e Navios
 Portos
 Vias Navegáveis

Introdução a PVN
Gilberto Fialho
Porto – perspectiva histórica:
A história de boa parte das nações está ligada a portos
 desembarque de imigrantes
 elemento condutor dos ciclos econômicos  influenciando a criação

de núcleos urbanos que, mais tarde, se transformariam em cidades
 pólo indutor de desenvolvimento local, regional e nacional, dependendo de

sua relevância

Introdução a PVN
Gilberto Fialho
Porto – visão geral dos aspectos ambientais:
Aspectos positivos (a serem amplificados):
 geração de desenvolvimento – local, regional e nacional
 criação de empregos e renda – em todos os níveis de escolaridade
Aspectos negativos (a serem neutralizados e / ou mitigados):
 poluição do litoral
 alterações morfológicas costeiras
 impactos prejudiciais à fauna e flora terrestre e marinha
 pode servir de porta de entrada a epidemias, drogas, contrabando,

degradação no entorno da comunidade portuária

Introdução a PVN
Porto – desafios: Gilberto Fialho
Amplificar os aspectos positivos e neutralizar / mitigar os aspectos negativos
A engenharia portuária pode contribuir decisivamente para responder,

com sucesso, a esses desafios  engenheiros portuários
Praticamente todas as especialidades de engenharia

contribuem para esses objetivos:
 civil – em todas as ênfases

 ambiental
 elétrica
 eletrônica
 mecânica
 automação e controle
 metalurgia
 naval
 produção
Introdução a PVN
Gilberto Fialho
Engenharia Portuária – áreas de atuação do engenheiro:
 Planejamento Portuário  projeto conceitual
 Projeto Portuário  projeto básico
 Construção de Portos  projeto executivo
 Operação Portuária  dia-a-dia portuário

Gilberto Fialho

Questões fundamentais a serem respondidas pelos Gilberto Fialho
Engenheiros Portuários:
 Por que construir um porto?
 Para que construir um porto?
 Quem decide construir um porto?
 Quando construir um porto?
 Onde construir um porto?
 Como construir um porto?
 Quanto custa construir um porto?

Gilberto Fialho
 Portos

Gilberto Fialho
Contextualização das Questões Portuárias no Brasil:
 Aspectos Associados ao Planejamento Portuário
 Aspectos Associados à Operação Portuária
 Aspectos Associados a Problemas Ambientais

Contextualização das Questões Portuárias no Brasil

Gilberto Fialho

Contextualização das Questões Portuárias no Brasil – (continuação)

Aspectos Associados ao Planejamento Portuário Gilberto Fialho
Porto de Santos
(SP)


Gilberto Fialho


Aspectos Associados à Operação Portuária Gilberto Fialho
Porto de Itajaí (SC)


Gilberto Fialho


Aspectos Associados a Problemas Ambientais Gilberto Fialho
Futuro Terminal Portuário de Belmonte (BA) – Dez 2001


Terminal Portuário de Belmonte (BA) – Out 2022


Terminal Portuário de Belmonte (BA) – Out 2022

Gilberto Fialho
 Portos

Principais Tipos de Cargas e de Navios Gilberto Fialho
Para realizarmos as atividades anteriores precisamos conhecer os

principais tipos de cargas, bem como os principais tipos de navios:
Principais Tipos de Cargas
Principais Tipos de Navios

Principais Tipos de Cargas e de Navios

Gilberto Fialho

Principais Tipos de Cargas e de Navios

Gilberto Fialho
Cargas transportadas por via marítima
Cargas transportadas Cargas transportadas

embaladas sem embalagem
Carga geral Granéis Granéis

Unitizada Novos Granéis
fracionada Líquidos Sólidos
Madeira
Petróleo
Sacarias Papel Grãos
Gasolina
Caixarias Pré-lingada Celulose Minérios
GLP
Barris Pallets Aço Carvão
GNL
Tambores Contêiner Automóveis Cimento
Químicas
Engradados Caminhões Fertilizante
Sucos


Gilberto Fialho
 Carga Geral Fracionada
 Carga Unitizada
 Novo granel (neo bulk)
 Granel


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Novo granel (neo bulk)
 Granel


Gilberto Fialho
 Carga Geral Fracionada  normalmente embaladas, heterogêneas, com

marcas de identificação, individualizadas, podendo-
se contar em unidades.
Carga geral solta

(peças isoladas)


Gilberto Fialho
Carga Geral Fracionada
Carga geral solta

(estivagem das cargas a bordo)


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Novo granel
 Granel


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Pré-lingada
 Pallets
 Conteiner


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Pré-lingada
 Pallets
 Conteiner


Gilberto Fialho
Carga Unitizada
 Pré-lingada: rede especial, ou cinta, ou estropo, adequados para permitir

o içamento das mercadorias, ensacadas, empacotadas, ou de
algum modo acondicionadas.
Carga geral solta

(sacarias)


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Pré-lingada
 Pallets
 Conteiner


Gilberto Fialho
Carga Unitizada
 Pallets: implemento semelhante a um estrado plano, normalmente de madeira,

que serve de suporte à carga, de modo a permitir a movimentação
horizontal do conjunto por meio de empilhadeiras, bem como o
empilhamento vertical nos veículos de transporte e sua armazenagem.
Carga geral paletizada

(apoiada em estrado de madeira)
Pallet
(estrado de madeira)


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Pré-lingada
 Pallets
 Conteiner


Gilberto Fialho
Carga Unitizada
Contêiner: recipiente construído normalmente em aço, concebido para o transporte

unitizado de mercadorias e suficientemente resistente para resistir ao uso
repetitivo, constituindo um tipo de embalagem retornável.
Conteiner de 40‘ Conteiner de 20‘

Dimensões: Pesos: Dimensões: Pesos:
Comprimento: 40’ (12,192m) Peso máximo: 30,5 t Comprimento: 20’ (6,096m) Peso máximo: 24,0 t
Largura: 8’ (2,438m) Tara: 4,0 t Largura: 8’ (2,438m) Tara: 2,2 t
Altura: 8’ (2,896m) Carga máxima: 26,5 t Altura: 8’ (2,896m) Carga máxima: 21,8 t


Gilberto Fialho
Carga Unitizada
Contêiner
Colocação de
conteiner no porão
do navio


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Novo granel
 Granel


Gilberto Fialho
 Novos granéis (neo bulks)
Conjunto homogêneo de carga geral, sem acondicionamento, em quantidades que

permitem o transporte em grandes lotes.
Produtos que, apesar de na sua essência serem carga geral, pelo modo como
são transportados assemelham-se aos graneis, pelo fato de tenderem a ocupar
os volumes em que estão contidos.
Ex.: Veículos, lingotes de alumínio, fardos de celulose, bobinas de papel,

produtos siderúrgicos, produtos florestais etc.


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Embarque de celulose em navios cargueiros especializados


Gilberto Fialho
Embarque de celulose em navios cargueiros especializados na PORTOCEL (ES)
Defensas


Gilberto Fialho
 Carga Unitizada
 Novo granel
 Granel


Gilberto Fialho
 Granel  carga seca ou líquida transportada sem acondicionamento, sem

marca de identificação e sem contagem de unidades.
Granel Sólido: Granel Líquido:

Grãos
Grãos Petróleo e derivados
Minérios Produtos químicos
Alimentos líquidos (sucos, etc.)
Minério de ferro


Gilberto Fialho
 Granel
 Granel Líquido
 Granel Sólido


Gilberto Fialho
 Granel
 Granel Líquido
 Granel Sólido


Gilberto Fialho
 Granel Líquido
 Petróleo e derivados
— Produtos Claros : gasolina, óleo diesel, querosene de aviação etc.
— Produtos Escuros : óleo combustível, etc.
 Gases liquefeitos:
— Gás Natural Liquefeito (GNL) : metano, etano etc.
— Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) : Propano, butano etc.


Gilberto Fialho
 Granel Líquido
Petróleo e derivados


Gilberto Fialho
 Granel Líquido
Gases Liquefeitos
GLP (-40º C) GNL (-162º C)


Gilberto Fialho
 Granel
 Granel Líquido
 Granel Sólido


Gilberto Fialho
 Granel Sólido
O conceito de granel sólido engloba todos aqueles produtos que são
transportados sem embalagem, de forma homogênea, como material solto.
Os tipos de granéis podem ser classificados em dois grandes grupos:
 Bulk – Cereais, fertilizantes, sal, etc.
 Minérios (Ore) – Aspecto granular de alta densidade


Gilberto Fialho
Principais Tipos de Navios Mercantes

 Conceitos importantes
 O canal do Panamá – sua influência nas

dimensões dos navios
 Navios p/ o transporte de Carga Geral
 Navios p/ o transporte de Granéis


Gilberto Fialho




Gilberto Fialho

— em relação às dimensões físicas
— em relação ao peso


Gilberto Fialho



Gilberto Fialho
em relação às dimensões físicas


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Calado do Navio


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Comprimento total (LOA – length overall):

É a maior distância, medida paralelamente à linha d’água, entre a extremidade mais a vante
(proa) e mais a ré (popa), nas partes imersas ou emersas da embarcação.
Comprimento entre perpendiculares (LBP – length between perpendiculars):

É o comprimento do navio medido entre duas perpendiculares ao plano de flutuação do navio: a
primeira, passando pela interseção da linha de flutuação (considerando o navio totalmente
carregado) com o contorno da proa, e a segunda, passando pela linha de centro do eixo do leme.
Calado (d – draught):
É a distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da embarcação, na condição
em que é feita a medida. Todos os navios dispõem de escalas de calado marcadas no casco, na
proa, na popa e, às vezes, a meio navio.


Gilberto Fialho
Calado máximo ou calado de projeto:

Corresponde ao calado medido com a embarcação à plena carga. Para verificação visual do calado
máximo, as embarcações dispõem de marcas no casco, chamadas marcas de borda livre (Disco de
Plimsoll), que indicam visualmente os calados máximos permitidos, segundo condições de
salinidade da água e da temperatura.
Disco de Plimsoll


Gilberto Fialho
Boca (B – beam):
Corresponde à maior distância entre as bordas da embarcação.
Pontal:
Corresponde à distância vertical, medida à meia-nau, entre o convés
principal e a parte mais baixa da embarcação (fundo).
Borda Livre:
Corresponde à distância vertical entre a superfície da água e o convés principal.
Pontal = Calado + Borda Livre


Gilberto Fialho



Gilberto Fialho
em relação ao peso
Deslocamento do navio:
Corresponde ao peso do volume da água deslocada pela embarcação, portanto é o peso do navio
para uma determinada condição de carregamento.
Deslocamento bruto do navio:

Corresponde ao deslocamento da embarcação com o máximo de carga permitida a bordo. É
também chamado de deslocamento à plena carga. Portanto, é o peso máximo do navio totalmente
carregado nas condições de projeto.
Deslocamento leve do navio:

Corresponde ao peso próprio do navio (casco + motor + equipamentos).
Porte Bruto:
Corresponde aos pesos da carga paga, do combustível, lubrificantes, água, tripulantes e
pertences, mantimentos, passageiros e bagagem. É medido em toneladas de porte bruto (TPB).
Porte Bruto = Deslocamento bruto - Deslocamento leve


Gilberto Fialho




Gilberto Fialho
O canal do Panamá – sua influência nas dimensões dos navios
Largura das eclusas antigas:

110’ (~33,5m)
Largura das eclusas novas (2016):
180’ (~54,9m)


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Dimensões das eclusas e dos navios do Canal do Panamá
Eclusas antigas do Canal do Panamá:
 Comprimento: 304,8 m (1.000’)
 Largura: 33,5 m (110’)

 Profundidade: 12,8 m (42’)
Eclusas novas no Canal do Panamá:
 Comprimento: 427 m (1.400’)
 Largura: 55 m (180’)
 Profundidade: 18,3 m (60’)


Gilberto Fialho




Gilberto Fialho
p/ Carga Geral p/ Granéis
Carga geral Granéis Granéis

Unitizada Novos Granéis
fracionada Líquidos Sólidos
Cargueiro Petroleiros
Cargueiro Porta Especializado Químicos Graneleiros
Convencional Contêineres GLP Mineraleiros
Roll-on/Roll-off GNL


Gilberto Fialho




Gilberto Fialho
 Cargueiro Convencional
 Porta Contêineres
 Cargueiro Especializado
 Roll-on / Roll-off (RO – RO)


Gilberto Fialho
 p/ o transporte de Carga Geral


Gilberto Fialho
Cargueiro Convencional
São navios que estão em extinção, sendo substituídos pelos

cargueiros especializados e os porta contêineres


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Porta Contêineres


Gilberto Fialho
Porta Contêineres
Capacidade: 20.124 Teu’s


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho

Cargueiro Especializado


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho

Roll-on / Roll-off


Gilberto Fialho

Roll-on / Roll-off


Gilberto Fialho




Gilberto Fialho
 Granéis Líquidos
 Granéis Sólidos


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
 p/ o transporte de Granéis
Granéis Líquidos
 Petroleiros
 Químicos
 GLP
 GNL


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Petroleiros
 Químicos
 GLP
 GNL


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Navios Petroleiros


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Petroleiros
 Químicos
 GLP
 GNL


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Navio Químico


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Petroleiros
 Químicos
 GLP
 GNL


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Navios para GLP – Gás Liquefeito de Petróleo


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Petroleiros
 Químicos
 GLP
 GNL


Gilberto Fialho
Granéis Líquidos
 Navios para GNL – Gás Natural Liquefeito Golar Spirit atracado no Porto
do Pecém (CE)
Capacidade: 129 mil m3


Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Graneleiros (p/ Grãos)
 Mineraleiros


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Mineraleiros


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Navios Graneleiros (p/ Grãos)
Porto de Paranaguá (PR)
Carregamento de soja


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Mineraleiros


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Navios Mineraleiros
Píer 1 do Porto de Ponta da Madeira (MA)

Vale Dongjiakou
Capacidade: 400.000 tpb


Gilberto Fialho
Granéis Sólidos
 Navios Mineraleiros
Porto de Tubarão (ES)
Vale Rio de Janeiro

Capacidade: 400.000 tpb
Gilberto Fialho
 Portos

Portos
Gilberto Fialho
Estratégico  Plano Diretor Portuário
 Planejamento Portuário Tático  Projetos Portuários
Operacional  Rotina portuária
 Projeto Portuário
 Construção de Portos
 Operação Portuária

Portos
Gilberto Fialho

Planejamento Portuário
Gilberto Fialho
Requisitos que um bom porto moderno deve possuir
 Acessos adequados (terrestres e marítimos)
 Áreas amplas e planas  permite o uso adequado dos espaços
 Águas profundas  permite o acesso de navios maiores e

mais modernos

Gilberto Fialho
Requisitos que um bom porto moderno deve possuir – (continuação)
 Águas profundas  permite o acesso de navios

maiores e mais modernos

Acessos terrestres adequados Gilberto Fialho
MRS
Logística
Via Porto de Santos (SP)
Anchieta
Rodovia dos
Imigrantes
Rumo
Logística

Acessos marítimos adequados Gilberto Fialho
Fatores que afetam o acesso marítimo

Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Porto do Açu (RJ)

Áreas planas
e amplas

Gilberto Fialho


Gilberto Fialho
Porto do Açu (RJ)
Águas profundas
(para grandes navios)

Gilberto Fialho
Elementos componentes de um Porto:
Canal de Acesso
Área de Fundeio
Bacia de Evolução
Área de Acostagem
Áreas de Armazenagem

Gilberto Fialho
Canal de Acesso
Canal de Acesso
(em planta) (seção transversal)
Canal navegável, balizado e

sinalizado, que liga o alto-mar
com as instalações portuárias,
podendo ser natural ou
artificial, ter uma ou duas vias
de navegação.

Canal de Acesso ao Porto de Santos Gilberto Fialho
(entrada do Porto)

Gilberto Fialho
Áreas de Fundeio
Local onde a embarcação lança

ferro (âncora) para aguardar a
visita das autoridades ou esperar
vaga para atracar.

Gilberto Fialho
Bacia de Evolução
Área destinada à manobra dos

navios para as operações de
atracação e desatracação,
normalmente localizada
defronte ao cais.

Gilberto Fialho
Área de Armazenagem (ampla e plana)

Gilberto Fialho
Terminal de Ponta
da Madeira (MA)
Pátios de estocagem
(amplos e planos)
Porto de Itaqui (MA)

Gilberto Fialho
Portos naturalmente abrigados  localizados em estuários, baías, angras e enseadas
Portos artificialmente abrigados  localizados em mar aberto e protegidos por:
Molhe
Quebra-mar

Gilberto Fialho
Porto do Rio de Janeiro (RJ)
Exemplo de Porto naturalmente abrigado

(pela baía de Guanabara)

Gilberto Fialho
Exemplo de Porto artificialmente abrigado – (com 2 molhes)


Gilberto Fialho
Exemplo de Porto artificialmente abrigado – (com 1 molhe)
Porto de Suape (PE) Molhe

Gilberto Fialho
Exemplo de Porto artificialmente abrigado – com quebra-mar
Quebra-mar
Porto de Pecém (CE)
Ponte de Acesso

Porto de Suape (PE) – evolução do Plano Diretor Portuário Gilberto Fialho
- planejamento estratégico -

Gilberto Fialho
Problemas ambientais (de natureza física) com a

implantação de portos

Problemas ambientais com a implantação de portos Gilberto Fialho
Porto de Fortaleza (CE)

Problemas ambientais com a implantação de portos Gilberto Fialho
Porto de Belmonte (BA)
~370m

Gilberto Fialho

Projeto Portuário
Gilberto Fialho
 Obras de Acostagem
 Obras de Abrigo Portuário
 Instalações de Apoio Portuário

Projeto Portuário
Gilberto Fialho

Projeto Portuário
Cais de atracação – principais tipos
Gilberto Fialho
Porto de Santos
(SP)

Projeto Portuário
Cais de atracação – principais tipos Gilberto Fialho

Projeto Portuário

Projeto Portuário
Cais
de Gravidade
Cais de
Estacas Prancha

Projeto Portuário
Terminal de Minério
Dolfim de
Amarração
Cais descontínuo
Cais contínuo
Cais de
Molhe de abrigo Rebocadores Molhe de abrigo
contra corrente contra corrente

Projeto Portuário
Terminal de Minério
Terminal de Ponta da Madeira (MA) da Vale
Cais descontínuo
Cais contínuo

Projeto Portuário
Terminal de Granel Líquido

- São Sebastião (SP) -
Dolfim de Dolfim de Plataforma de Cais descontínuo

Amarração Atracação Operação

Projeto Portuário
Atracação de Navio
Cais (descontínuo)
Rebocador

Projeto Portuário
Porto do Rio de Janeiro
Cais
(contínuo) Cabeço de
Amarração

Projeto Portuário
Cais de atracação Gilberto Fialho
Cabeços de amarração

Projeto Portuário
Gatos de escape rápido

Projeto Portuário
Defensa Marítima

Projeto Portuário
Defensa Marítima
Terminal de Ponta da Madeira (MA) – Píer 4 da Vale 28.11.2012

Projeto Portuário
Defensa Marítima
Terminal de Ponta da Madeira (MA) – Píer 4 da Vale

28.11.2012

Projeto Portuário
Cais de Acostagem – conceitos importantes Gilberto Fialho
Definição:
São instalações destinadas a permitir que os navios atraquem e realizem as operações
de carga e descarga de mercadorias ou o trânsito de passageiros.
Berço de atracação:
Determinada extensão de cais acostável onde o navio permanece atracado.
Terminal Portuário:
Conjunto de berços com a mesma finalidade operacional.
Porto:
Conjunto de berços com múltiplas finalidades operacionais.
Comprimento do Berço:
Corresponde ao Comprimento Total do Navio de Projeto + Folga (podendo ser assumida
como sendo igual à Boca do Navio de Projeto).

Projeto Portuário
de natureza operacional
Funções das Obras de Acostagem
de natureza estrutural
Funções de natureza operacional:

Possibilitar a atracação e amarração do navio para que possa operar com segurança.
Permitir a ligação entre o navio e a terra mediante uma plataforma que possibilite:
- a recepção e transporte das mercadorias e/ou passageiros entre os armazéns
portuários e o navio, ou vice-versa;
- o tráfego de veículos rodoferroviários para carga e/ou descarga;
- a operação de guindastes (elétricos ou sobre pneus);
- o acesso de equipamentos de manutenção;
- a instalação de condutos de serviços (água, combustível, energia, telefone,
incêndio, etc.).

Projeto Portuário
Funções de natureza estrutural:
Resistir aos esforços provenientes:
- da atracação dos navios  esforços de atracação (solicitando as defensas

portuárias);
- da amarração dos navios  esforços de amarração (solicitando os cabeços de

amarração);
- da contenção do terrapleno (quando houver);
- da operação dos equipamentos portuários.

Projeto Portuário
Gilberto Fialho

Projeto Portuário
Molhe do Porto de Praia Mole, em Vitória (ES) Gilberto Fialho
Molhe de abrigo do Porto de Praia mole (ES)
(com pedras - enrocamento)

Projeto Portuário
Molhe do Porto de Rio Grande (RS) Gilberto Fialho
Molhe
(com blocos artificiais de concreto)
Tetrápodes
Tetrápodes

Projeto Portuário
Molhe do Porto de Rio Grande (RS) Gilberto Fialho

Projeto Portuário
Gilberto Fialho
Molhe do Porto de Itajaí (SC)

Projeto Portuário
Obras de Abrigo – conceitos importantes Gilberto Fialho
Molhes
Obras de Abrigo
Quebra-mares
Molhes são obras de abrigo enraizadas em terra.
Quebra-mares são obras de abrigo off-shore, ou seja, sem contato direto com a terra.
As obras de abrigo podem ser constituídas, normalmente, de enrocamento (pedras ou

peças de concreto) ou de blocos pré-fabricados (tipo grandes caixotes).
No Brasil quase a totalidade das obras de abrigo são constituídas por enrocamento feito
com pedras naturais obtidas mediante exploração de pedreiras.

Projeto Portuário
Gilberto Fialho

Projeto Portuário
Instalações de Apoio Portuário Gilberto Fialho
Administração
Oficinas de manutenção
Subestação de energia
Reservatórios de água
Refeitório
Segurança
Recreação
Estacionamento

Gilberto Fialho

Construção de Portos
Metodologia Construtiva de Molhes
Exploração da Pedreira e Quebra-mares Gilberto Fialho
Carregamento dos caminhões na pedreira

Metodologia Construtiva de Molhes e Quebra-mares Gilberto Fialho
Construção por Via Terrestre (ponta de aterro)
Arrumação das pedras no molhe

Colocação dos Blocos no molhe

Colocação de um bloco no molhe

Construção por Via Marítima (com equipamento flutuante)
Colocação dos Blocos no quebra-

mar com equipamento flutuante

Metodologia Construtiva de Cais de Atracação Gilberto Fialho
Cantitravel

Cantitravel

Cravação de estacas de
concreto protendido

Gilberto Fialho

Operação Portuária
Gilberto Fialho
Operação Portuária (antigamente)

Gilberto Fialho
Operação Portuária (antigamente)

Gilberto Fialho
− Contêiner
− Novo Granel (neo bulk)
− Granel Sólido
− Granel Líquido

Gilberto Fialho
− Contêiner
− Granel Sólido
− Granel Líquido

Gilberto Fialho
Conteiner

Operação Portuária (atualmente) – Contêiner Gilberto Fialho
Terminal de Conteiner (porto do Rio de Janeiro)

Operação Portuária (atualmente) – Contêiner Gilberto Fialho

Gilberto Fialho
− Contêiner
− Granel Sólido
− Granel Líquido

Operação Portuária – Novo Granel Gilberto Fialho
Navio Cargueiro Especializado

- embarque de celulose no Porto
de Barra do Riacho (ES) -

Operação Portuária – Novo Granel Gilberto Fialho
Navio Roll-on / Roll-off (RO/RO)

Gilberto Fialho
− Contêiner
− Granel Sólido
− Granel Líquido

Operação Portuária – Granel Sólido Gilberto Fialho
Operação Portuária (carregamento de granéis sólidos)

Carregamento de grãos (a granel) Carregamento de grãos (a granel)

(reparar o porão cheio – por volume) (reparar a emissão de particulados)

Carregamento de grãos em porões

simultâneos
(reparar os resíduos sólidos)

Carregamento de grãos
(reparar a geração de resíduos sólidos)

Carregamento de grãos no porão do navio

(reparar a geração de resíduos sólidos por equipamento mal operado)


(reparar a redução de resíduos sólidos)


(reparar a redução de resíduos sólidos)

Carregamento de grãos
(praticamente sem gerar resíduos sólidos)

Operação Portuária (descarga de granéis sólidos)



Descarga de barrilha no Porto de São Sebastião (SP) em 2004


Descarga de clínquer na Europa



Importação de Soja - Porto de Nantong (China)



Descarga de barrilha no Porto de São Sebastião (SP)

(reparar a redução dos resíduos sólidos)

Descarga de sulfato de sódio no Porto de São Sebastião (SP)


Descarga de barrilha no Porto de São Sebastião (SP)

Gilberto Fialho
 Portos

Navegação Interior Gilberto Fialho

Navegação Interior no Brasil

Gilberto Fialho
Navegação Interior – tipos de navegação praticados
Região do Tocantins-Araguaia
Região Amazônica Navegação Interior
Navegação Interior
Cabotagem
Longo Curso
Região do Paraguai
Região do Paraná
Região Sul
Navegação Interior Região do São Francisco
Cabotagem em Vias Interiores Navegação Interior
Longo Curso em Vias Interiores
Fonte: ANTAQ


Gilberto Fialho
Principais Cargas Transportadas na Região Hidrográfica Amazônica
Bauxita no rio Trombetas no Pará

Santana (AP)
Santana/Macapá
TUP Porto Trombetas

Soja, movimentada nas hidrovias da Belém
Vila do Conde
região (rios Madeira e Tapajós) Manaus Santarém
Itacoatiara Vila do
Conde (PA)
Miritituba (PA)
Porto Velho
Fonte: ANTAQ


Gilberto Fialho
A Nova Rota da Soja


A Nova Rota da Soja – 2023 Gilberto Fialho
Ferrovia a ser licitada

em 20_ _ (?)
Ferrogrão ligando as cidades

de Sinop (MT) a Miritituba (PA)


Gilberto Fialho
Principal Carga Transportada na Região Hidrográfica do Paraguai
Minério de Ferro (99% das cargas)
Fonte: ANTAQ


Gilberto Fialho
Principais Cargas Transportadas na Região Hidrográfica do Paraná
Graneis sólidos como milho, soja

e farelo de soja (95% do total São Simão (GO)
movimentado na hidrovia)
Rio Paraná Rio Tietê
Pederneiras (SP)
Anhembi (SP)
Mundo Novo (MS)
Fonte: ANTAQ


Gilberto Fialho
Principais Cargas Transportadas na Região Hidrográfica do Sul
Soja, farelo de soja e

trigo (~30% da cargas
movimentadas)
Fonte: ANTAQ


Gilberto Fialho
Cargas Transportadas na Região Hidrográfica do São Francisco
Petrolina (PE)
Não há carga transportada de modo

significativo
Ibotirama (BA)
Fonte: ANTAQ

Gilberto Fialho
Obrigado !

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

EEH 404 – Aproveitamento de Recursos Hídricos

Gilberto Olympio Mota Fialho

Portos e Vias Navegáveis Gilberto Fialho

Prof. Gilberto Fialho 2

Portos e Vias Navegáveis Gilberto Fialho

Oh, Seu Oscar

Prof. Gilberto Fialho 3

Portos e Vias Navegáveis

“A natureza para ser comandada precisa ser obedecida”

Francis Bacon, 1620

Leonardo Da Vinci, em torno de 1500

Prof. Gilberto Fialho 4

Formação de Recursos Humanos em Engenharia Portuária na UFRJ: Gilberto Fialho

Ênfase Recursos Hídricos (disciplinas de Portos & Enga. Costeira)

Engª Portuária (PENO/COPPE / Área Transporte Aquaviário)

Prof. Gilberto Fialho 5

Comentários Adicionais: Gilberto Fialho

Ensino abrangente (lato sensu)

Visão geral do assunto  possibilita a visão sistêmica dos processos envolvidos

(ganha em abrangência mas perde em profundidade)

Ensino especializado (stricto sensu)

Visão profunda do assunto  privilegia visão detalhada em vez da visão sistêmica

(ganha em profundidade mas perde em abrangência)

Prof. Gilberto Fialho 6

Por que construir um PORTO ? Para que construir um PORTO ?

Onde construir o PORTO ? Quando construir o PORTO ?

Quais as principais vantagens e desvantagens de construir um PORTO ?

Prof. Gilberto Fialho 7

E depois de construir o PORTO ? Gilberto Fialho

O que mudou com a construção do PORTO ?

Que alterações podem ser observadas com a construção do PORTO ?

Prof. Gilberto Fialho 8

Água  Mar ou Rio

Terra  Cais Navio

Navio + Terra + Mar ou Rio = PORTO ? ? ?

Prof. Gilberto Fialho 9

Navio + Terra + Mar = PORTO ? Gilberto Fialho

Prof. Gilberto Fialho 10

Exemplos de alguns portos brasileiros

Prof. Gilberto Fialho 11

Porto do Rio de Janeiro (RJ)

Prof. Gilberto Fialho 12

Porto de Santos (SP)

Prof. Gilberto Fialho 13

Porto de Rio Grande (RS)

Prof. Gilberto Fialho 14

Porto de Suape (PE)

Prof. Gilberto Fialho 15

Porto de Barra do Riacho (ES)

Estaleiro Jurong Aracruz (ES)

Prof. Gilberto Fialho 16

Porto do Pecém (CE)

Prof. Gilberto Fialho 17

Prof. Gilberto Fialho 18

Algumas diferenças físicas entre alguns Portos Gilberto Fialho

Portos em Áreas Naturalmente Abrigadas

Portos em Áreas Desabrigadas

Prof. Gilberto Fialho 19

Algumas diferenças físicas entre alguns Portos Gilberto Fialho

Portos em Áreas Naturalmente Abrigadas

Portos em Áreas Desabrigadas