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Portaria de Potabilidade

888/2021

“a adoção de limites de presença de substâncias e organismos potencialmente


nocivos à saúde humana na água consumida, embora necessária, não é suficiente
para garantir a desejável proteção à saúde” (HELLER, 2001)

Art. 2º. Esta Portaria se aplica à água destinada ao consumo humano proveniente
de sistema de abastecimento de água, solução alternativa de abastecimento de
água - coletiva e individual - e carro-pipa.
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DEFINIÇÕES

V - sistema de abastecimento de água para consumo humano (SAA): instalação


composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de
captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de
água potável, por meio de rede de distribuição;
VI - solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano
(SAC): modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, sem
rede de distribuição;
VII - solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo humano
(SAI): modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a
domicílios residenciais com uma única família, incluindo seus agregados familiares;
XII - controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades
exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa
coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à
população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição;

XIII - vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações


adotadas regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento
a este Anexo e avaliar se a água consumida pela população apresenta risco à saúde;
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COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

Secretarias de Saúde
✓ Autorizar o fornecimento de água para consumo humano, por meio de SAA, carros-
pipa ou solução alternativa de abastecimento de água (documentação específica –
Artigo 15).

Art. 15. O responsável por SAA ou SAC deve requerer, junto à Autoridade de
Saúde Pública Municipal, autorização para início da operação e
fornecimento de água para consumo humano, mediante a apresentação dos
seguintes documentos:
I - anotação de Responsabilidade Técnica do responsável pela operação
do sistema ou solução alternativa coletiva;
II - comprovação de regularidade junto ao órgão ambiental e de
recursos hídricos;
III - laudo de análise dos parâmetros de qualidade da água previstos
neste Anexo; e
IV - plano de amostragem.
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COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

Prestadores (SAA ou SAC)

I - exercer o controle da qualidade da água para consumo humano;


II - operar e manter as instalações destinadas ao abastecimento de água
potável em conformidade com as normas técnicas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e demais normas pertinentes;
X - manter avaliação sistemática do SAA ou SAC, sob a perspectiva dos riscos à
saúde, com base nos seguintes critérios:
1 - ocupação da bacia contribuinte ao manancial;
2 - histórico das características das águas;
3 - características físicas do sistema;
5 - condições de operação e manutenção; e
6 - qualidade da água distribuída;

Dentre outros....
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EXIGÊNCIAS – SAA e SAC
Art. 23 Os sistemas e as soluções alternativas coletivas de abastecimento de
água para consumo humano devem contar com técnico habilitado responsável
pela operação, com a respectiva ART expedida pelo Conselho de Classe.
Art. 24 Toda água para consumo humano fornecida coletivamente deverá
passar por processo de desinfecção ou adição de desinfetante para
manutenção dos residuais mínimos...
Parágrafo único. As águas provenientes de manancial superficial devem ser
submetidas a processo de filtração.
Art. 25 A rede de distribuição de água para consumo humano deve ser
operada sempre com:
I - pressão positiva em toda sua extensão;
II - regularidade de fornecimento evitando situações de paralisação e
intermitências; e
III - práticas de desinfecção das tubulações em eventos de trocas de suas
seções.
Art. 26 A instalação hidráulica predial ligada ao sistema de abastecimento de
água não poderá ser também alimentada por outras fontes.
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PADRÕES DE QUALIDADE
Padrão Microbiológico
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PADRÕES DE QUALIDADE
Controle Microbiológico → Padrão de Turbidez

§ 1º Entre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP estabelecido


no Anexo 2 (tabela acima) para água subterrânea, pós-desinfecção, o limite máximo
para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT.
§ 2º Em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) ou pontos de
consumo deverá atender ao VMP de 5,0 uT para turbidez.
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PADRÕES DE QUALIDADE
Padrão Microbiológico
Art. 32 É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou
2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a
extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) e nos pontos de consumo.
A concentração máxima de cloro residual livre é de 5 mg/L (Tabela de Padrão Químico).

Art. 33 No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá


ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no
sistema de distribuição (reservatório e rede) e no ponto de consumo, de acordo com
as disposições do Art. 32.
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PADRÕES DE QUALIDADE
Padrão Químico
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PADRÕES DE QUALIDADE
Padrão Químico

Para cada U$1 gasto em processos de fluoretação, são


economizados potencialmente U$80 em custos odontológicos
(American Water Works Association - AWWA, 1999)
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PADRÕES DE QUALIDADE
Padrão Químico

Padrão Organoléptico
PC 05/2017
Anexo XX
1,5

0,01
0,03
500
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PLANO DE AMOSTRAGEM
DECRETO 5440/2005

✓Mecanismos e instrumentos de informação ao


consumidor sobre a qualidade da água para
consumo humano, com base no Código de
Defesa do Consumidor.
✓Determina penalidades por seu NÃO
5440/05
cumprimento.
✓Aplica-se a qualquer entidade (pública ou
privada), pessoa física ou jurídica que distribua
água.

CDC: é um dos direitos básicos do consumidor ter


informação adequada e clara sobre produtos e
serviços...
DECRETO 5440/2005

Parâmetros Básicos
✓ Coliformes Totais
✓ Escherichia Coli,
✓ Turbidez,
✓ Cor aparente,
✓ CRL,
✓ Fluor.

Resumo Mensal
✓ Tipo de análise,
✓ Mínimo de análises previstas na Portaria 888/2021,
✓ Número de análises realizadas,
✓ Número de amostras conformes,
✓ Comentários.
Deve-se explicitar os problemas crônicos f(sistema, região, época do
ano), para que os cuidados sejam tomados pela população.
DECRETO 5440/2005
DECRETO 5440/2005
CEDAE
TECNOLOGIAS DE
TRATAMENTO
NBR 12.216
Recomendação de tratamento

Processo Aeração Coag. Flocul. Decant. Filtraç. Desinf. pH Fluoret. TA

A
B
C
D
TRATAMENTO DE ÁGUA

E
F
G
A: Clarificação Simplificada
B: Clarificação físico-química (sem Decantação) ou Convencional – adição de coagulante
C: Remoção de Fe e Mn (águas subterrâneas)
D: Remoção de Patogênicos (cloração, radiação ultra violeta, ozonozação)
E: Neutralização e remoção de dureza (adição de cal)
F: Promoção da saúde bucal (adição de flúor)
G: Tratamento avançado para remoção de odor e sabor (membranas, carvão ativado, etc.)
NBR 12.216
Recomendação de tratamento
NBR 12.216: Recomendação de tratamento
1) Bacias sanitariamente protegidas
DBO<3,0mg/l; CF<1000NMP/100ml
Processos: D + E + F
2) Bacias não protegidas
TRATAMENTO DE ÁGUA

AB requer tratamento simplificado


DBO<4,0mg/l; CF<5000NMP/100ml
Processos: A + D + E + F
3) Bacias não protegidas
AB requer tratamento físico-químico
DBO<6,0mg/l; CF<20.000NMP/100ml
Processos: B + D + E + F
4) Bacias não protegidas
DBO>6,0mg/l; CF<20.000NMP/100ml
Processos: B + D + E + F + G
TECNOLOGIAS DE
TRATAMENTO

Água Bruta

Clarificação
Desinfecção
Fluoretação
Correção de pH
TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

SÓLIDOS → relaciona-se com os contaminantes

✓ Características Físicas: classificação por tamanho (SS, SC e SD)

Fixos
(SSF)
Em suspensão (5%)
(SS ou SST)
(35%) Voláteis
(SSV)
ST (30%)
(100%) Fixos
(SDF)
Dissolvidos (40%)
(SD ou SDT)
(65%) Voláteis
(SDV)
(25%)
TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

✓ Adição de coagulante (sulfato de alumínio, cloreto férrico, polímero, etc.)

✓ Neutralização da carga elétrica superficial dos colóides

✓ Gradiente de velocidade → mistura rápida (calha Parshall)


TRATAMENTO DE ÁGUA

Coagulante
TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

Régua para
medira a vazão Seção estrangulada

Seção
Seção divergente
convergente

Largura da
garganta(W)

Medidor Parshall
TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

ETA CARAGUATATUBA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

ETA CAMPOS DO JORDÃO


TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

ETA GUARAÚ (SABESP)


TRATAMENTO CONVENCIONAL
COAGULAÇÃO

Dosagem Massa
Al2O3 ou Fe
Nome Usual Específica Disponibilidade
(%)
(mg/L) (kg/m³)
Sulfato de
8,3 – 17,1 10 - 60 600 – 1.400 Sólido e Líquido
Alumínio
Cloreto Férrico 12 - 14 5 - 40 1.425 Líquido (39 – 45%)

Sulfato Férrico 5 - 40 1.530 – 1.600 Sólido e Líquido (17%)

PAC 6 – 10,5 < 10 900 Sólido


Fonte: Libânio (2005)

Produto Sólido: ↓ custo com transporte, solução preparada na ETA.


Produto Líquido: ↓ custo de manutenção, ↑ organização, ↓ operadores.
TRATAMENTO CONVENCIONAL
FLOCULAÇÃO

✓ Posterior remoção por sedimentação e/ou filtração


✓ Colisão e atração dos colóides hidrolizados
✓ Formação de floco de ↑ tamanho → ↑ peso
✓ Carga elétrica superficial neutralizada
✓ Gradiente de velocidade variável
TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
FLOCULAÇÃO

ETA DUARTINA/SP – FLOCULADOR DE FLUXO HORIZONTAL


TRATAMENTO CONVENCIONAL
FLOCULAÇÃO

ETA ALTO TIETÊ


TRATAMENTO CONVENCIONAL
FLOCULAÇÃO
TRATAMENTO CONVENCIONAL
DECANTAÇÃO

✓ Processo físico de sedimentação


✓ Separação gravitacional dos sólidos sedimentáveis
✓ Remoção de partículas de ↑ tamanho, ↑ peso, ↑densidade
TRATAMENTO CONVENCIONAL
DECANTAÇÃO

Ponte rolante com raspadores


TRATAMENTO CONVENCIONAL
OU CICLO COMPLETO

Água Bruta

Clarificação

Desinfecção
Fluoretação
Correção de pH
TRATAMENTO CONVENCIONAL
FILTRAÇÃO RÁPIDA

✓ Gravidade: 120 a 360 m³/m².dia


✓ Pressurizado:120 a 900 m³/m².dia
✓ Aplicável para a maioria das águas
✓ Limpeza por lavagem reversa (retrolavagem)
TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
FILTRAÇÃO RÁPIDA
TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
DESINFECÇÃO, FLUORETAÇÃO E
CORREÇÃO DE pH

Adição de Desinfetante, Alcalinizante e Flúor


TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
CLORAÇÃO

Cilindros de 90 kg

Cilindros de 900 kg
TRATAMENTO CONVENCIONAL
FLUORETAÇÃO

Ácido Fluossilícico (H2SiF6)


TRATAMENTO CONVENCIONAL
CORREÇÃO DE pH

SILO

MOTOR
RASPADOR MÓVEL

DISCO
SAÍDA DO
PRODUTO
POLIAS
DOSADO

RASPADOR MÓVEL

POSICIONADOR

DISCO SAÍDA DO PRODUTO DOSADO

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