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_______________________ UNIDADES 5 e 6__________________________

PROPRIEDADES FÍSICAS NOS OCEANOS : L UZ E S OM

5.1 A LUZ NOS OCEANOS


Quando a radiação energética do sol chega a Terra, alguma parte desta radiação penetra no
oceano e sofre atenuação, porém muito é absorvida fornecendo calor aos oceanos. Além da importância
significativa no balanço calorífico da Terra, a absorção luminosa nos oceanos é essencial na modelagem
ecológica, devido à atividade fotossintética do fitoplâncton e das algas. O comportamento da luz visível na
água do mar é bastante diferente do seu comportamento na atmosfera, pois ela é absorvida mais
rapidamente no mar em comparação com a atmosfera. Além disso, o oceano é aproximadamente opaco às
ondas eletromagnéticas exceto aquelas próximas ao comprimento de ondas da luz visível. No espectro
eletromagnético da radiação solar, a luz visível é um segmento estreito deste espectro e está dividida em
níveis de energia do violeta até o vermelho (Figura 5.1). O oceano é um absorvedor seletivo desta
radiação, e a absorção é maior nas cores que possuem maiores comprimentos de onda (vermelho e
laranja). Assim, a radiação com menores comprimentos de onda do visível são transmitidos para maiores
profundidades (Figura 5.1, porção inferior). Conseqüentemente, comprimentos de onda do vermelho ao
laranja são absorvidos nos primeiros 10 m, e o amarelo desaparece antes dos 100 m, mas a radiação do
azul ao verde pode ainda ser percebida abaixo dos 250 m. A partir dos 1000 m a única fonte luminosa
provém da bioluminescência dos animais. Portanto, o oceano pode ser diferenciado em duas zonas (Figura
5.2): (1) zona eufótica ou zona que se estende da superfície até a região onde haja iluminação suficiente
para a atividade fotossintética (200 m em águas muito transparentes; 40 m em águas sobre a plataforma
continental e aproximadamente 15 m em águas costeiras); e (2) zona afótica ou zona abaixo da eufótica até
o fundo oceânico, onde nenhum feixe de luz consegue chegar.

5.1.1 Atenuação
Como podemos observar o quanto de luz penetrou e que foi atenuada na água? Através do
cálculo da atenuação vertical da luz visível, que é progressiva com o aumento da profundidade e diferente
para cada comprimento de onda. A atenuação da energia luminosa na água do mar obedece à le i
( -kz)
exponencial de Beer: Iz = I0 e , onde Iz é a intensidade da radiação que chega a uma profundidade z,
em metros, I0 é a energia incidente na superfície, k é o coeficiente de atenuação vertical da água e incluí
ambos efeitos de absorção e espalhamento. Para a água do mar o coeficiente k varia consideravelmente
com o comprimento de onda (Figura 5.3). Para águas claras oceânicas (Figura 5.3a), k tem um mínimo em

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0,45 µm, ou seja, a luz azul é pouco atenuada, penetra melhor, enquanto que ondas com λ mais curtos
como ultravioleta e λ longos como infravermelho, a atenuação é maior e a penetração correspondente
menor. Para águas túrbidas costeiras, o amarelo e o laranja são menos atenuados e penetram melhor.

Figura 5.1: Espectro eletromagnético e transmissão da luz visível na água.

Figura 5.2. Profundidade da zona eufótica em diferentes tipos de água do mar.

Na Figura 5.3b, a energia eletromagnética que passa em águas oceânicas claras e túrbidas, a 1,
10 e 50 m em função do λ pode ser observada. A penetração maior é na cor azul, pois em 1 m penetra
100% da energia incidente, a 10 m 80%, e a 50 m 40%, enquanto que para o amarelo e o vermelho, a
penetração é muito menor, 75% em 1m, 25% em 10m e 0% em 50m. Em águas mais turva s perto da
costa, todos λ são atenuados mais que em água clara, i.e. k é maior como mostrado pela curva 2 da

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Figura 5.3a, com atenuação menor em verde/amarelo. Na Tabela 5.1 pode ser visto a diminuição da
penetração da luz azul em função do aumento do K. Na coluna onde temos k = 0,02, coeficiente
correspondente à água oceânica muito clara, a transmissão do azul chega até 100 m com 14% da
intensidade original. Para um k = 0,2, coeficiente correspondente à água oceânica não muito clara, a
transmissão do azul passa pela água chegando até 10 m com 14% da intensidade original, a uma
profundidade 10x menor que com K=0,02. Para um k = 2, coeficiente correspondente à água muito
túrbida, já no 1 m chega somente 14% da intensidade original.

Figura 5.3: (a) coeficiente de atenuação em função do comprimento de onda para águas claras (linha
cheia) e águas costeiras turvas (linha pontilhada); (b) energia relativa incidente a 1, 10 e 50 m para águas
claras e para 1 e 10 m para águas costeiras turvas.

Tabela 5.1: Porcentagem de luz azul que é transmitida em diferentes profundidades e em diferentes tipos
de água (k variável) e sua atenuação.

Os valores de atenuação da luz na água do mar dependem da absorção e espalhamento que são
dependentes do comprimento de onda. Estes são extremamente influenciados pela atividade biológica e a
soma de material particulado/dissolvido em suspensão na água, como por exemplo: material particulado ou
dissolvido em suspensão que absorvem pouco e espalham muito (é possível estudar plumas de sedimentos
ou sedimentos ressuspendidos em regiões costeiras através de imagens de satélite ou fotografias aéreas
devido à propriedade do espalhamento da luz (Figura 5.4ab)), algas e fito absorvem tanto os
comprimentos de onda maiores e menores enquanto refletem a luz verde, devido a presença de clorofila, a

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absorção por substâncias amarelas ou componentes orgânicos provenientes da decomposição de
organismos, componentes inorgânicos (nitrogênio, fósforo) e substâncias húmicas.

Figura 5.4ab: Pluma do Rio Itajaí-açu.

As cores azul escuro ou índico são características de mares tropicais e equatoriais,


particularmente onde existe pouca produção biológica. Águas pouco produtivas carregam poucas algas e
substâncias amarelas, devido a isso são azuis. Em altas latitudes, as cores mudam do verde - azulado para
verde nas regiões polares devido à alta produção/atividade biológica, que torna a água mais fértil. Então o
vermelho e o azul são absorvidos pelas substâncias amarelas. Em águas costeiras, a cor do mar é
geralmente marrom/esverdeado pois também aí pode existir intensa produtividade devido às descargas
fluviais e estuarinas.

6.1 O SOM NOS OCEANOS (ACÚSTICA S UBMARINA )


A percepção humana somente consegue distinguir a energia eletromagnética, a luz, e a energia
mecânica, o som. Na atmosfera a luz se propaga muito mais facilmente do que o som devido à atenuação
maior deste último, mas nos oceanos ocorre o inverso, ou seja, o som se propaga melhor que a luz. A
velocidade do som na atmosfera passa de 340 m/s para 1.500 m/s. Se a água do mar fosse transparente à
luz, assim como é para o som, poderíamos ver até o fundo das bacias oceânicas. A impossibilidade de
utilizar a visão no oceano e o custo em se obter informações em grandes profundidades levou o homem a
utilizar-se da acústica submarina. Esta é a única forma de energia para obtenção de informações a grandes

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distâncias no mar, e a razão de obtenção destas informações depende diretamente da Velocidade de
Propagação da Onda Acústica.
O som é qualquer perturbação mecânica que se desloca com velocidade finita (C, m/s), em um
meio elástico e com direção de propagação paralela às partículas do meio, i.e. deslocamentos com
compressão e rarefação. O deslocamento dessa perturbação mecânica é chamado de onda sonora e é
governada pela natureza do meio. Com ajuda das Figuras 6.1 e 6.2, segue algumas definições: (1) onda
sonora: conjunto de cristas e cavas que consistem de bandas de alta e baixa pressão do ar; (2)
comprimento de onda ou λ: é a distância entre sucessivas cristas, em m; (3) freqüência (f): o número de
cristas que passa por unidade de tempo ou o número de vibrações por segundo, é o inverso do tempo
(f=1/T ), em s-1 ou Hz; (4) velocidade do som (C): a velocidade com que a onda se propaga, em m.s-1.

Figura 6.1: Característica de uma onda sonora; (a) propagação de zonas alternadas de compressão e
rarefação; (b) subida e descida da pressão acústica quando a onda sonora passa.

Figura 6.2: Definições de onda.

6.1.1 Velocidade do som


Como visto na Figura 6.2, a velocidade de uma onda sonora qualquer é igual à freqüência
multiplicada pelo comprimento da onda ou C= f λ. O comprimento da onda sonora no oceano possui uma
enorme variação, por exemplo, de 1.500 m para freqüência de 1 Hz até 7,5 mm para freqüência de 200
kHz. Assim, o aumento na freqüência corresponde a uma diminuição do comprimento de onda. O som se

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propaga em meio elástico e a água suporta a propagação de ondas acústicas pois é um meio elástico.
Como dito anteriormente, o deslocamento, ou velocidade da onda sonora, é governado pela natureza do
meio ou seja pela distribuição da salinidade, temperatura na água do mar e pela pressão naquela
profundidade que esta água está submetida. A velocidade do som ou o termo C torna-se, portanto, uma
função complexa entre as variações de temperatura, salinidade e pressão. A velocidade do som pode ser
dada pela relação C2 =E/ρ, onde E é o coeficiente de compressibilidade1 e ρ é a densidade. Veja algumas
relações:
(1) Um aumento na temperatura da água do mar diminuirá a densidade induzindo um aumento na
velocidade do som, p.ex., um aumento de 1ºC ao longo da camada de mistura em direção à superfície do
oceano resultará em um aumento de 3 m/s em C.
(2) Um aumento na salinidade da água do mar aumentará a densidade induzindo uma diminuição
na velocidade do som. Porém, com o aumento da quantidade de sal o coeficiente de compressibilidade
também aumentará. O aumento da compressão provocado pelo aumento da salinidade se sobrepõe ao
aumento da densidade devido ao efeito causado pelo aumento de sal, então a velocidade do som
aumentará em vez de diminuir.
(3) Um aumento na profundidade durante a propagação do som aumentará a sua velocidade
devido ao aumento da compressão pela variação da pressão.
Resumindo, o som VIAJA MAIS rápido na água com o AUMENTO da temperatura, salinidade e
pressão. Para determinar a exata velocidade do som para um ponto no oceano, estas 3 variáveis devem
ser determinadas, assim a fórmula usada para determinar a velocidade do som no oceano é a fórmula de
Wilson, ou C=1449,2+4,6t-0,055t2+0,00029t3 +(1,34-0,010t)(S-35)+0,016D, onde C é a velocidade do
som em m/s, t é a temperatura em °C, S é a salinidade em psu, e D é a profundidade em m. Próximo da
superfície, a temperatura varia muito e a velocidade do som é comandado por este parâmetro, mas em
águas profundas a profundidade (i.e. a pressão naquela profundidade) é o fator determinante. Somente em
águas de grandes latitudes, onde a temperatura está sempre próxima do zero e não muda muito, a
salinidade tem um efeito mais significativo, mas mesmo assim muito suave.

6.1.2 Refração
Como todo movimento de onda, o som pode também ser influenciado pela refração, reflexão,
absorção de energia da onda pelo meio e espalhamento devido a objetos, porém a refração é o principal
processo físico que altera a propagação do som. Quando um feixe de energia radiante (luz, calor, som,

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Decréscimo relativo do volume de um sistema pelo aumento da pressão, em um processo isotérmico.

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etc) ao passar do meio em que se propaga para outro meio, sofre na superfície de separação dos dois
meios, um desvio na sua direção de propagação, ou seja, mudança da direção devido a uma variação do
meio onde se propaga, está sofrendo o processo de refração. A lei de Snell relaciona a mudança na
direção da onda às mudanças na velocidade da onda e diz o seguinte: "quando uma onda viaja
obliquamente de um meio para outro, a relação do seno do ângulo de incidência com o seno do ângulo de
refração é igual a relação entre as velocidades da onda nos dois meios, e é constante para os dois meios
particulares", ou senθ1 /senθ2 = C1/C2 onde C1 e C2 são as velocidades do som em meios diferentes
(onde há variação de T,S,P), e θ1 e θ2 são os ângulos de incidência do raio com respeito a normal. Do
resultado da refração, o som será sempre desviado para regiões onde sua velocidade diminua.
Imagine duas camadas de água no oceano onde o som se propaga com diferentes velocidades
devido às variações de temperatura nestas camadas. Tem-se uma fonte sonora numa região onde o som se
propaga com C1=15m/s e tem um ângulo de incidência de φ1=30° (Figura 6.3, caso 1, temperatura da
água maior) e passa para uma área onde sua velocidade diminui pois a temperatura diminuiu, tem
C2=10m/s, qual será a direção do raio refratado φ2? Aplicando a lei de Snell no limite entre os dois meios
(conhecendo-se as suas variações), o raio será pouco refratado e terá sua direção modificada, seguindo a
direção da normal, onde a velocidade de propagação é menor. Porém, no caso 2, a refração fará com que
o raio sonoro retorne para a região de baixa velocidade C1, portanto o som será sempre desviado para
regiões de baixa velocidade, onde a água tem temperaturas menores.
A pli caç ão da Le i de Snel l a refra çã o dos ra ios de onda s sonora s

se n θ1 C1
se n θ2 C2

Ca so 1:
M e io 1 possui tem peratura ma ior
e entã o C1 mai or
M e io 2 possui tem peratura me nor
e entã o C2 menor
C 1= 15 m/s

θ1 = 30
M eio 1
θ2 = 19
M e io 2

C2= 10 m/s

Ca so 2:
M ei o 1 poss ui tempe ra tura me nor
e e ntã o C 1 menor
M ei o 2 poss ui tempe ra tura ma ior
e e ntã o C 2 maior C1= 10 m/ s

θ1 = 30
M e io 1
M ei o 2 θ2 = 49
C2=15 m/s

Figura 6.3: Aplicação da Lei de Snell a refração de raios sonoros.


6.1.3 Perfil do som no oceano
6.1.3.1 Canal do som

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A Figura 6.4a mostra a distribuição da temperatura e a salinidade com a profundidade em
médias latitudes, a Figura 6.4b mostra os efeitos individuais da salinidade, temperatura e pressão e na
Figura 6.4c é mostrado o perfil da velocidade do som resultante com um mínimo centrado em 700 m.
Deste figura pode se perceber a ampla variação de temperatura nos oceanos e seu enorme efeito na
velocidade do som.

Figura 6.4: (a) Perfis de temperatura e salinidade, (b) correção na velocidade do som devido a salinidade,
temperatura e pressão, (c) perfil resultante da velocidade do som mostrando a velocidade mínima.

O efeito combinado da temperatura e pressão na velocidade do som resulta em uma curva com
mínimo próximo a 1.000 metros de profundidade. Este mínimo é chamado de Canal do Som. Partindo do
conceito de que a velocidade do som diminui quando diminui T,S e P e que este é sempre desviado para
as baixas velocidades devido a refração, a região onde se tem o mínimo de velocidade do som serve para
canalizar o som, pois as ondas tenderão a se propagar neste mínimo. Com a presença do C mínimo em
torno uma profundidade média de 1000-700 m (às vezes em 2000 m dependendo da latitude), este gera
um canal de som onde o som se propaga mais lentamente. Para uma fonte perto desta profundidade de C
mínimo (Figura 6.5), ondas de som que são direcionadas com um ângulo moderado acima da horizontal
são refratadas para baixo, atravessam a profundidade mínima e são então refratadas para cima, continuam
a oscilar para cima e para baixo ao redor da profundidade mínima C. O canal de som nada mais é do que
uma zona profunda onde a velocidade do som na água do mar é relativamente baixa, e onde as ondas de
som podem ser trapeadas pela refração. Uma conseqüência dos perfis de temperatura, salinidade e
pressão na velocidade do som com as propriedades da água e profundidade, é a velocidade do som
mínima in situ próximo da superfície em altas latitudes e aproximadamente 1000 m em médias e baixas
latitudes.

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Figura 6.5: Diagramas de raios sonoros no canal de som a partir de uma fonte sonora próxima a
velocidade mínima do som no canal do som.

6.1.3.2 Zona de sombra


Na Figura 6.6 encontramos um perfil em que a velocidade das ondas sonoras aumenta da
superfície até uma profundidade intermediária de 60 m e então diminui. Os raios acústicos terão uma
trajetória em direção a superfície devido a refração pois C diminui em direção as maiores profundidade
pois ocorre também uma diminuição de C. A área sombreada representa uma Zona de Sombra onde os
raios não penetram e suas trajetórias não podem ser detectadas devido a refração. Este artifício foi
bastante usado durante a segunda guerra mundial por submarinos que se posicionavam sempre abaixo da
termoclina sazonal. Assim, o sinal sonoro era distorcido e não era possível obter a posição do mesmo com
precisão.
A explicação para o aumento da velocidade do som em torno de 60 m, na camada de mistura, é
que o som viaja mais rápido com o aumento da temperatura e pressão. No caso da pressão, esta aumenta
constantemente com a profundidade e o som viaja mais rápido. Entretanto, na camada de mistura existem
temperaturas altas e homogêneas o que faz com que a velocidade do som seja constante, porém pelo
efeito do aumento da pressão, C aumenta mais ainda em torno de 60 m. No entanto, próximo da zona da
termoclina ocorre um rápido declínio na temperatura com o aumento da profundidade, assim a velocidade
do som volta a diminuir. Deste modo é gerado uma zona (próxima a área onde a velocidade do som é
grande, 60 m) onde os raios não penetram devido a forte refração, assim suas trajetórias não podem ser
detectadas, pois onde ocorre o aumento da velocidade do som, os raios tendem a se propagar para
regiões onde a velocidade diminui.

Figura 6.6: Zona de sombra no oceano com uma fonte de som em pequenas profundidades.
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6.1.3.3 Canal SOFAR
Como vimos, a uma profundidade média de aproximadamente 700-1000 m existe uma camada
no oceano onde as variáveis Temperatura, Salinidade e Pressão, combinadas, criam uma velocidade
relativamente baixa para a transmissão do som (Figura 6.7). O som originado acima e abaixo desta
camada viaja ao longo da camada e então refrata, ou inclina, para dentro da camada. O som então trafega
neste canal e pode ser transmitido pelas bacias oceânicas. Este canal é chamado de SOFAR (ou Sound
Fixing And Raging). O som de baixa freqüência (ou longo período) emitido no canal de som por, p. ex.
bóias sofar , são transmitidos por distâncias de muitos km ao longo dele. Isto permite a detecção de
submarinos a longa distância e também o estudo de baleias que se comunicam a longas distâncias.

Figura 6.7: Canal SOFAR.

Embora o oceano seja relativamente transparente às ondas sonoras em teoria, na verdade isso
não ocorre na prática. Devido a viscosidade e outras propriedades existe absorção e espalhamento da
onda sonora assim como ocorre com as ondas eletromagnéticas (luz), sendo dependente também da
( -bR)
freqüência. A atenuação pode ser dada por IR = I0 e onde IR é a energia sonora que chega a uma
determinada distância (R), I0 é a energia sonora proveniente de uma fonte, b é o coeficiente de atenuação,
R é a distância.

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