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1 – Introdução
Em finais dos anos 80, em Cuito Canavale, uma aldeia do sudeste de Angola, teve lugar
uma batalha entre os representantes das duas superpotências que lutavam entre si pelo
domínio mundial na época: de um lado, estavam as forças racistas da África do Sul
apoiadas por Washington (EUA imperialistas) e do outro lado estavam as forças armadas
social-fascistas de Angola e de Cuba apoiadas por Moscovo (União Soviética social-
imperialista).
Cada lado tinha os seus próprios interesses capitalistas e imperialistas para defender, e
por isso a batalha de Cuito Canavale foi uma luta dura em busca da maximização dos
lucros. A superpotência que saia vitoriosa teria o caminho livre para o domínio político-
económico absoluto sobre a África Austral e sobre os inestimáveis recursos, matérias-
primas e mão-de-obra da região (e daqui, a porta estava aberta para o domínio absoluto e
exclusivo sobre todo o continente Africano). Como o propósito de todos os imperialismos
é a maximização do lucro através da conquista de mercados neo-coloniais, nenhuma das
superpotências envolvidas queria perder esta oportunidade para ter uma das regiões mais
ricas do mundo nas suas mãos. Consequentemente, a batalha de Cuito Canavale foi
extremamente sangrenta, como muitos dos mercenários de ambos os lados sendo mortos
ou feridos. No entanto, o lado financiado pela União Soviética social-imperialista acabou
por conseguir a vitória. Desde então, os ideólogos e admiradores do social-imperialismo
Soviético e do social-fascismo Cubano têm passado o seu tempo elogiando este episódio:
“O papel de Cuba em Angola ilustra a divisão entre aqueles que lutam pela causa da
da liberdade, libertação e justiça para repelir os invasores e os colonialistas, e
aqueles que lutam contra as causas justas, aqueles que fazem a guerra para ocupar,
colonizar e oprimir.” (Isaac Saney, Cuba and Southern African Liberation: the
unknown story, traduzido da versão em Inglês)
O objectivo deste artigo é desmascarar esta falsificação intolerável da história. Com este
texto, pretendemos apresentar a nossa visão Estalinista-Hoxhaista sobre as actividades
reaccionárias dos mercenários Cubanos em África ao serviço do fascismo Castrista e do
social-imperialismo Soviético.
É claro que isto não pode ser feito correctamente sem uma análise das origens e
fundamentos do revisionismo Cubano e da sua subserviência total à União Soviética
social-imperialista. Afinal de contas, a intervenção Castrista em África não aconteceu por
acaso. Foi o resultado de uma sequência de factos que começou muito antes de 1959,
muito antes da pseudo-revolução anti-socialista Cubana. Os revisionistas Cubanos
sempre tentaram descrever o seu regime social-fascista como sendo "socialista":
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"Cuba (...) é o primeiro Estado socialista na América. A revolução Cubana iniciou o
estabelecimento do socialismo na América Latina." (Documentos do Partido
Revisionista de Cuba, O desenvolvimento histórico da revolução Cubana, 1964,
traduzido da versão em língua Alemã)
Mas, como veremos, estas palavras são meras mentiras. A pseudo-revolução burguesa
Cubana e o regime Castrista-Guevarista implementado nunca tiveram nada a ver com o
socialismo. Na verdade, o revisionismo Cubano representa um dos tipos mais perversos
do revisionismo porque conseguiu cultivar uma aura "romantizada" em torno de si que
ainda engana muitos trabalhadores hoje em dia. Há muitos trabalhadores que rejeitam
firmemente todos os outros estados social-fascistas, mas quando se trata da Cuba
Castrista, eles tendem a aceitá-la devido ao seu carácter alegadamente "democrático" e
"popular". Além disso, devido à sua demagogia "de esquerda" e ao seu regime de
aparência "socialista", os revisionistas Cubanos continuam a contribuir para o descrédito
do movimento e da ideologia comunista. Neste artigo, vamos tentar desvendar o
verdadeiro carácter reaccionário, pró-capitalista, pró-imperialista e anti-comunista do
revisionismo Cubano.
Mas nada nem ninguém pode negar o fato de que Cuba era totalmente dependente do
imperialismo Americano. Em 1895, 95% (!) do comércio externo Cubano estava nas
mãos dos oligarcas Americanos. Quando a falsa “revolução” de 1959 ocorreu, o gigante
monopolista Corporate Finance detido por Morgan e Rockefeller controlava praticamente
a totalidade do sector produtivo Cubano - do açúcar (a produção principal da ilha) até ás
minas, energia e tabaco. Durante a primeira metade do século XX, Cuba sempre foi um
dos principais receptores de penetração de capital norte-Americano. Estes factos por si só
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são suficientes para revelar a dependência de Cuba do imperialismo Americano. Esta
dependência foi mais do que intensa – foi realmente chocante, e nos atrevemos a afirmar
que não eram certamente muitas as colónias tradicionais que não eram tão dependentes
de suas metrópoles respectivas como Cuba foi dependente dos oligarcas imperialistas
Americanos (esta é de facto uma das características do neo-colonialismo: longe de
diminuir, a dependência das neo-colónias relativamente aos seus respectivos
colonizadores torna-se maior do que nunca). Como já referimos, a dependência de Cuba
atingiu níveis escandalosos: por exemplo, Cuba era um dos principais produtores
mundiais de açúcar, no entanto, ela nem sequer possuía indústrias para transformar seus
os produtos. Como resultado, Cuba exportava açúcar bruto, mas tinha de importar açúcar
refinado!
O controle Americano sobre Cuba foi tão intenso que a economia da ilha permaneceu
nada mais do que um mero apêndice da economia imperialista Americana - durante esses
anos, o único propósito da produção Cubana foi satisfazer as necessidades de lucros
máximos dos imperialistas Americanos. Quase todas as riquezas produzidas por Cuba
foram imediata e automaticamente exportadas para os EUA. Cuba fornecia o capitalismo
Americano com matérias-primas, açúcar e café e absorvia as mercadorias excedentes
manufacturadas feitas nos EUA em favor dos interesses dos bilionários norte-Americanos
e contra os interesses dos trabalhadores Cubanos – uma situação neo-colonial típica. E
isto é admitido abertamente até por publicações burguesas Americanas e Britânicas:
"Tendo-se finalmente estabelecido como uma república livre (1902), Cuba tornou-se
dependente dos Estados Unidos (...)." (New Encyclopaedia Britannica, Volume 3,
Chicago, 1992, traduzido da versão em língua Inglesa)
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Mas neste momento, vamos focar a nossa atenção no movimento burguês que nasceu em
Cuba nos anos 40 e 50. Este movimento foi composto por membros da burguesia Cubana
"patriótica" que estavam cansados de ver a burguesia pró-Americana compradora que
controlava Batista recebendo todas as esmolas dadas por seus amos imperialistas
Americanos. Inicialmente, esta secção da burguesia usou alguns slogans "nacionalistas" e
o seu objectivo era ocupar um lugar melhor dentro do “mercado” mundial capitalista-
imperialista dominado pelos oligarcas. Em vez de um domínio explicitamente
colonialista sobre a ilha, com os bilionários Americanos possuindo directamente o sector
produtivo do país, a burguesia "nacional" Cubana queria uma dependência mascarada
que, pelo menos, dar-lhe-ia algum controle aparente sobre os meios de produção. Na
verdade, esta secção "patriótica" da burguesia Cubana nem sequer queria a completa
expulsão do imperialismo Americano - ela só queria uma parte um pouco maior dos
lucros. Neste sentido, a burguesia "nacional" Cubana era muito menos ambiciosa do que
a burguesia nacional Maoista Chinesa, por exemplo, que nunca hesitou em
verdadeiramente derrotar todos os outros imperialismos em sua busca de transformar a
China numa superpotência imperialista dominante a nível mundial. Na verdade, como
vamos entender, estas duas burguesias tinham objectivos semelhantes, mas, devido às
diferenças de ordem geográfica, demográfica, de dimensões e recursos entre a China e
Cuba, o primeiro tornou-se num país imperialista, enquanto o segundo permaneceu
dependente.
Mas vamos voltar aos eventos históricos. O movimento anti-Batista organizado pela
burguesia "nacional" Cubana foi sem surpresa constituído pelos filhos e filhas dessas
famílias Cubanas burguesas que estavam determinadas em colocar as mãos nalguns dos
lucros tomados pelos oligarcas imperialistas Americanos e pela burguesia compradora.
No entanto, estes representantes da burguesia Cubana "patriótica" logo entenderam que
eles teriam de seguir o caminho da luta armada se realmente queriam realizar seus
objectivos. Foi nesta altura que Fidel Castro apareceu como um dos principais líderes do
movimento armado da burguesia nacionalista contra o domínio total dos imperialistas
norte-Americanos e dos seus lacaios Cubanos. A primeira acção relevante deste
movimento armado ocorreu no dia 26 de Julho de 1953, quando Fidel e o seu grupo
burguês atacaram uma unidade do exército de Batista (os famosos quartéis de Moncada).
No entanto, este ataque acabou por fracassar e Castro foi preso até 1955, quando foi para
o México e organizou um grupo chamado "Movimento 26 de Julho", composto por 82
combatentes recrutados nas fileiras da burguesia Cubana "radical" que queriam assumir o
controle político e económico do país. Na verdade, a maioria destes "combatentes
revolucionários" vinham de meios favorecidos. Fidel (que era um advogado burguês) e
seu irmão Raul (que mais tarde também se tornou uma figura principal do social-
fascismo Cubano) eram filhos de um rico fazendeiro de inclinações "nacionalistas"
(obviamente, um membro da burguesia nacional de Cuba) e Che Guevara (que se juntou
ao movimento naquele momento) veio de uma próspera família Argentina e tinha uma
licenciatura em Medicina. Portanto, a imagem de um corajoso grupo de "combatentes
Marxistas-Leninistas" nascidos das massas trabalhadoras oprimidas e exploradas que
teriam supostamente "assumido a liderança da luta do povo Cubano contra o
imperialismo Americano" é totalmente falsa. E é importante notar isso, porque essa
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imagem falsa é um dos mitos espalhados pelos revisionistas Cubanos junto dos
trabalhadores no que respeita às verdadeiras origens e propósitos da pseudo-revolução
burguesa e anti-comunista Cubana de 1959. Isto não é negar que alguns dos que se
juntaram a Castro e a Guevara vieram das classes exploradas. Claro que havia
trabalhadores que foram enganados pela retórica "anti-imperialista" e "progressista" da
burguesia nacional Cubana e que acreditavam que para apoiar Castro significaria o fim da
opressão atroz afectando proletariado Cubano. Mas, como veremos, os combatentes de
Castro estavam muito longe de serem Marxistas.
De facto, desde meados da década de 1950, a relação entre Batista e seus patrões
Americanos tinha-se seriamente deteriorado. E isto porque as posições abertamente pró-
capitalistas e pró-imperialistas de Batista tornaram-se num problema para os interesses
dos imperialistas norte-Americanos, porque ele estava permitindo que muitos
trabalhadores Cubanos entendessem que a sua situação desesperada era resultado da
dominação dos oligarcas imperialistas Americanos e que era necessário combatê-los a
fim de conseguir uma vida melhor. Nesta situação, a tirania brutal de Batista representou
um imenso perigo porque ela poderia até mesmo levar à aquisição e desenvolvimento de
uma ideologia comunista autêntica entre os trabalhadores Cubanos - o pior pesadelo da
oligarquia imperialista Americana. Portanto, os magnatas capitalistas Americanos já
tinham decidido que a camarilha de Batista tinha que ser substituída por outra que iria
usar uma máscara um pouco mais "democrática" e "patriótica" a fim de enganar os
trabalhadores Cubanos e mantê-los longe do Marxismo-Leninismo enquanto permitia a
manutenção do controle dos capitalistas Americanos sobre a ilha. Estas intenções foram
claramente assumidas pelos representantes do governo oligárquico Americano na época.
Já em 1957, Robert Hill, então responsável pelas relações do Departamento de Estado
com o Congresso dos EUA disse a Earl Smith (o recém-nomeado embaixador dos EUA
em Cuba) que:
"Você está atribuído a Cuba para presidir á queda de Batista. A decisão foi tomada
de que Batista tem de se ir embora." (Hugh Thomas, The Cuban Revolution, Londres,
1986, traduzido da versão em língua Inglesa)
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Na verdade, também o próprio Guevara confirma as nossas palavras. Em 1961, ele
declarou que:
"Os monopólios, como é comum nestes casos, começaram a pensar num sucessor
para Batista, provavelmente porque sabiam que o povo se opunha a ele (...)."
(Ernesto Guevara, Cuba - Exception or Vanguard?, Londres, 1969, traduzido da versão
em língua Inglesa)
Não é novidade que todo este contexto fez com que as forças de Batista ficassem
profundamente desmoralizadas e enfraquecidas:
"Os soldados de Batista, desmoralizados pelo repúdio geral do governo que serviam
e pela corrupção acelerado entre os seus próprios oficiais ... simplesmente
desapareceram como força de combate depois de meados de 1958. Batista via agora
todos os elementos de seu poder erodidos, seu grande exército inútil, seu apoio
político em casa inexistente, seus capangas à procura de exílio, e retirado o apoio de
Washington." (Philip Bonsal, Cuba, Castro and the United States, Pittsburgh, 1971,
traduzido da versão em língua Inglesa)
Pouco antes de perder o poder, Batista lançou uma ofensiva contra os combatentes de
Castro, mas foi inútil. As forças armadas de Batista tinham-se tornado:
“ (...) O governo dos EUA já vinha tomando medidas urgentes para remover Batista
do poder .... William D. Pawley, ex-embaixador no Peru e no Brasil e amigo pessoal
do presidente Eisenhower, estava prestes a ser enviado como emissário secreto para
negociar com Batista. Pawley seria autorizado a oferecer a Batista a oportunidade
de viver com a sua família em Daytona Beach, na Flórida (...). O aspecto-chave do
plano era que Pawley seria autorizado a falar com Batista pelo presidente
Eisenhower.” (Ramon L. Bonachea & Marya San Martin, The Cuban Insurrection:
1952-1959, New Brunswick (EUA), 1974, traduzido da versão em língua Inglesa)
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Então, como pode ser observado, as pequenas forças de Castro em defesa dos interesses
burgueses nacionais Cubanos só foram capazes de derrotar Batista porque seus objectivos
coincidiram com os do imperialismo Americano na época. Isto significa a destruição
completa das reivindicações Castristas / Guevaristas que "os revolucionários Cubanos
triunfaram sobre um gigantesco exército apoiado pela superpotência Americana por
meios militares":
"Eles (as forças de Castro) não derrotaram o exército de Batista em qualquer
sentido militar." (Theodore Draper, Castro’s Revolution: Myths and Realities, 1962,
traduzido da versão em língua Inglesa)
"O colapso do exército de Batista foi muito mais um fenómeno político e psicológico.
do que uma derrota por uma força inimiga superior." (Theodore Draper, Castroism:
Theory and Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, isto já havia sido percebido pelo camarada Enver, que disse:
"É um facto que ninguém pode negar, que os participantes nesta revolução (ou seja,
a revolução Cubana de 1959) pegaram em armas e foram para as montanhas, mas é
um facto inegável que não lutaram como Marxistas-Leninistas. Eles eram
combatentes da libertação contra a camarilha Batista e triunfaram sobre ela
precisamente porque essa camarilha era um elo fraco do capitalismo." (Enver
Hoxha, The Fist of the Marxist-Leninist Communists Must Also Smash Left Adventurism,
the Offspring of Modern Revisionism (From a conversation with two leaders of the
Communist Party (Marxist-Leninist) of Ecuador), 21 de Outubro de 1968, traduzido a
partir da edição em Inglês)
Mas quem seria escolhido pelos imperialistas Americanos para substituir Batista?
Certamente teria que ser alguém que tinha um certo "currículo" de oposição anti-Batista ,
a fim de dar aos trabalhadores Cubanos a falsa impressão de que a derrubada de Batista
tinha representado uma verdadeira mudança de sistema político-económico mantendo
tudo na mesma. A escolha dos oligarcas Americanos caiu no Coronel Ramon Barquin
(que mais tarde foi substituído por Castro nas preferências Americanas), um membro de
nada mais nada menos do que do "Movimento 26 de Julho" de Castro e de Che Guevara!
Assim, longe de ter travado uma "guerra feroz e revolucionária" a fim de derrotar Batista,
os apoiantes de Castro foram escolhidos pelo próprio imperialismo Americano para
substituir Batista em cumprimento dos seus interesses capitalistas. Mas como é que isso
aconteceu? Na verdade, as forças de Castro, como representantes da burguesia nacional
Cubana, utilizaram uma estratégia muito sábia: eles entenderam que Batista não estava
servindo o imperialismo Americano bem e que, mais cedo ou mais tarde, os oligarcas
Americanos iriam expulsá-lo do poder. Portanto, eles começaram a fazer o possível para
convencer os imperialistas norte-Americanos que eles eram, de fato, os melhores
candidatos para substituir Batista por um regime que iria manter o proletariado Cubano
submetido a dura exploração e que iria garantir a perpetuação da dominação Americana
sobre o país, enquanto usava uma forma mais "democrática" ou mesmo uma máscara
"progressista" para que os trabalhadores Cubanos nunca se sentissem tentados a aderir a
ideologias autenticamente revolucionárias.
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É claro que isto nunca foi exactamente verdade, porque o objectivo da burguesia nacional
Cubana era colocar um fim ao domínio absoluto do imperialismo norte-Americano sobre
a ilha e não permitir a sua continuação. Mas mesmo aqui, a burguesia "patriótica" Cubana
foi extremamente astuta: ela percebeu que nunca teria a chance de alcançar o poder se
antagonizasse os oligarcas Americanos. Então, o "Movimento 26 de Julho" pró-burguês e
anti-socialista de Castro e Guevara fez o seu melhor para manter o imperialismo
Americano ao seu lado, mesmo porque nunca iria encontrar uma melhor maneira de por
Batista fora do seu caminho do que deixar que uma poderosa potência imperialista o
derrubasse. E esta mascarada organizada pelos representantes da burguesia nacional
Cubana foi bem sucedida e enganou os oligarcas Americanos. O próprio Castro era um
dos jogadores principais neste cenário fabricado pela burguesia "patriótica" Cubana. Já
em 1958, ele afirmou que:
Em primeiro lugar, essa afirmação é, certamente, uma denúncia de todos os que persistem
em traiçoeiramente apresentar o anti-Marxista Castro como um "bolchevique ortodoxo" e
um "firme comunista". Na verdade, mesmo após a pseudo-revolução Cubana de 1959,
Castro visitou os EUA e ele declarou que o objectivo da sua viagem era o de garantir a
segurança dos investimentos estrangeiros em Cuba:
"Castro disse a uma audiência de televisão que ele estava indo para os EUA para
assegurar os créditos." (Hugh Thomas, The Cuban Revolution, Londres, 1986,
traduzido da versão em língua Inglesa)
E, de facto, como já dissemos, na época, a burguesia nacional Cubana nem sequer tinha a
pretensão de expulsar todos os investimentos e influências dos imperialistas Americanos
em Cuba - ela só queria eliminar um número suficiente deles a fim de alcançar um lugar
favorável dentro do “mercado” mundial capitalista-imperialista dominado pelos oligarcas
e uma maior participação nos lucros. Como se pode concluir, estamos muito longe dos
verdadeiros fins e posições Marxistas-Leninistas. Na verdade, no que respeita ao
"Movimento 26 de Julho" pró-burguês de Castro, não há até mesmo os menores sinais de
Marxismo-Leninismo. Pelo contrário, os oligarcas imperialistas Americanos apoiaram o
movimento de Castro porque eles viram-no como um movimento anti-comunista.
Durante essa mesma visita aos EUA, Castro deu entrevistas que foram amplamente
difundidas na televisão Americana e nas quais ele disse abertamente:
"Eu não sou um comunista, nem concordo com o comunismo." (Fidel Castro, Meet
the Press' Programme, traduzido da versão em língua Inglesa)
Estas foram as palavras exactas usadas por Castro. E a mídia capitalista oligárquica dos
EUA confirmou as suas afirmações:
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"O Dr. Castro tem afirmado repetidamente que seu movimento não é comunista e
que, se Cuba pode obter algum grau de prosperidade, o comunismo não pode
desenvolver-se lá." (Times Newspaper, 20 de Abril de 1959, traduzido da versão em
língua Inglesa)
"O Dr. Fidel Castro esteve diante do Clube Nacional de Imprensa aqui hoje para
repetir as suas garantias feitas tantas vezes durante a sua visita à capital acerca da
amizade com os Estados Unidos, que não há comunistas em seu governo e que não
tem planos para expropriar quaisquer participações estrangeiras em Cuba." (Times
Newspaper, 21 de Abril de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, Castro ainda conseguiu obter ajuda da CIA na luta em favor dos interesses
de classe da burguesia nacional Cubana devido ao seu ardente anti-comunismo que,
naturalmente, encantou os líderes fascistas da CIA:
E aqueles que pensam que Castro apenas fingiu ser um anti-comunista para
temporariamente ter os imperialistas norte-Americanos a seu favor para fins estratégicos
estão igualmente equivocados. Em Cuba, Castro costumava dizer a seus colegas e amigos
do "Movimento 26 de Julho" o quanto odiava o comunismo e tudo o que está relacionado
com ele. Ele chegou ao ponto de declarar-lhes que:
“ (...) A nossa revolução não é vermelha, mas verde-oliva, a cor do exército rebelde."
(Fidel Castro citado em: Guia del Pensiamento politicoeconomico de Fidel, (Guide to the
Politico-economic Thought of Fidel), Havana, 1959, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"O comunismo é um sistema que suprime as liberdades, as liberdades que são tão
caras ao homem." (Fidel Castro citado em: Theodore Draper, Castroism: Theory and
Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
"O comunismo é a ditadura de uma classe única e eu lutei toda a minha vida contra
a ditadura." (Fidel Castro citado em: Hugh Thomas, The Cuban Revolution, Londres,
1986, traduzido da versão em língua Inglesa)
Em primeiro lugar, é preciso afirmar que não é de estranhar que Castro se defina como
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abertamente anti-comunista. Afinal, não podemos nunca esquecer que ele estava
representando os interesses de exploração da burguesia nacional Cubana que nunca iria
querer que as classes trabalhadoras e oprimidas Cubanas aderissem à ideologia comunista
genuína. E isso é muito compreensível - depois de tantos esforços para conseguir o
controle político-económico predominante sobre Cuba contra a vontade da burguesia e do
compradora e do imperialismo norte-Americano, os exploradores "patrióticos" Cubanos
fariam o possível para não perder tudo em resultado de uma eventual revolução socialista
dos trabalhadores Cubanos. Portanto, eles estavam fazendo o possível para ter os seus
representantes armados (o movimento 26 de Julho de Castro e Guevara) espalhando
veneno anti-comunista entre as massas Cubanas. Na verdade, se tudo tivesse ocorrido de
acordo com os planos iniciais da burguesia nacional Cubana, o regime Castrista teria sido
um regime explicitamente anti-socialista e nacionalista semelhante a todos aqueles que
apareceram não apenas na América Latina, mas também noutras partes do mundo (como
o do argentino Perón e o de Getúlio Vargas no Brasil, que, por sinal, também
constumavam lançar apelos "revolucionários" e “de esquerda" retratando-se como os
"defensores dos descamisados" - ou seja, dos pobres - com o objectivo de desviar os
trabalhadores de ideologia comunista, convencendo-os que a sua esperança estava no
sistema burgueso-capitalista da caridade do Estado de Perón e de Getúlio. Se o
Peronismo e o Varganismo tivessem usado alguma fraseologia "Marxista-Leninista", o
resultado final seria impressionantemente semelhante ao Castrismo).
No entanto, como veremos, a burguesia nacional Cubana foi forçada a alterar os seus
planos e a instalar um regime social-fascista, tornando-se num satélite neo-colonial do
imperialismo Soviético.
E, além disso, temos também de sublinhar a sua manipulação perversa e uso traiçoeiro de
conceitos Marxistas-Leninistas. Ele afirma que "o comunismo é a ditadura de uma única
classe", mas isso é uma mentira total. "Comunismo" e "ditadura" são palavras
mutuamente exclusivas. E isso porque qualquer forma de governo do estado é a prova da
existência de uma ditadura de classe - de acordo com os ensinamentos dos cinco clássicos
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do Marxismo-Leninismo. Consequentemente, a inevitabilidade das ditaduras de classe só
será definitivamente evitadas precisamente no comunismo - uma sociedade sem estado,
sem classes e sem propriedade que necessariamente exclui qualquer forma de ditadura de
classe, pela simples razão de que não há classes ou governos estaduais (ditaduras de
classe, por exemplo) no comunismo .
De qualquer forma, quando o Sr. Castro afirma que "o comunismo é uma ditadura de
classe" ele provavelmente está se referindo às etapas que vêm antes do comunismo: a
construção de uma sociedade socialista que é, necessariamente, automaticamente e
inevitavelmente estabelecida com base no estabelecimento de uma ditadura proletária.
Então, sim, é claro que o socialismo é a ditadura de uma única classe: a do proletariado,
que é a única classe verdadeiramente revolucionária no mundo. É claro que todas estas
verdades Marxistas-Leninistas-Estalinistas-Hoxhaistas são anátemas para os revisionistas
Cubanos, que frontalmente negam a necessidade tanto da ditadura do proletariado como
da liderança da classe proletária da revolução - como os lacaios pró-capitalistas que
sempre foram e continuam a ser.
"Haverá liberdade para aqueles que falam em nosso favor e para aqueles que falam
contra nós e nos criticam. Haverá liberdade para todos os homens, porque temos
conseguido a liberdade para todos os homens. (...) Devemos seguir um único
preceito, o de respeito pelos direitos e sentimentos dos outros." (Fidel Castro, The
Revolution Begins Now, Janeiro de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
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terem que mudar absolutamente nada acerca do seu regime burguês opressivo.
Igualmente surpreendentes são as preocupações Castristas hipócritas sobre a "liberdade
para todos" e sobre "os sentimentos dos outros". Esta "preocupação" pela "liberdade e
respeito" certamente não se estende aos trabalhadores Cubanos que foram sempre
sistematicamente explorados, reprimidos, maltratados e submetidos pelos Castristas à
escravidão assalariada mais perversa sob disfarces "socialistas". Assim, as preocupações
de Castro são exclusivamente direccionadas em favor da burguesia Castrista. Pelo menos
nós, Estalinistas-Hoxhaistas, admitimos abertamente que um dos nossos principais
objectivos é guiar o proletariado mundial no combate pela aniquilação completa e
definitiva de todos os elementos e ideologias capitalistas-imperialistas-revisionistas a fim
de abrir o caminho para a construção bem sucedida de uma sociedade sem estado, sem
classes e sem propriedade á escala global. E é óbvio que nós não vamos permitir que os
exploradores sejam "livre" e não vamos a "respeitar os sentimentos" dos que
impiedosamente abateram, escravizaram e roubaram os trabalhadores por milhares de
anos!
Após isso, vamos apenas chamar a atenção para o facto de que tudo isso explica por que
os EUA foram o primeiro país (!) a reconhecer o regime Castrista. Em 03 de Janeiro de
1959, os oligarcas Americanos estavam muito felizes por Castro chegar ao poder, e
transmitiram o seu optimismo aos seus lacaios do Departamento de Estado dos EUA:
"A boa vontade sincera do Governo e do povo dos Estados Unidos em relação ao
novo Governo e ao povo de Cuba.” (Departamento de Estado dos EUA, Bulletin,
volume 40, n º 1.022 (26 de Janeiro de 1959), traduzido da versão em língua Inglesa)
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confronto directo com o imperialismo Americano poderia ser letal para o regime burguês
Castrista recém-nascido e ainda não consolidado.
Concluindo, podemos afirmar que até alguns meses após a "revolução" anti-socialista
Cubana de 1959, os imperialistas Americanos estavam muito contentes com Castro e
estavam convencidos de que haviam encontrado o homem certo para servir os seus
predatórios interesses lucrativos. Foi só quando a burguesia nacional Cubana finalmente
sentiu que o seu poder de classe estava suficientemente consolidado para começar a
realizar os seus objectivos de se apropriar dos lucros resultantes da exploração dos
recursos e da força de trabalho de Cuba retirando-os das mãos dos oligarcas imperialistas
Americanos, é que as relações Cubano-Americanas começaram a esfriar.
Algum tempo após a pseudo-revolução anti-socialist de 1959, os Castristas lançaram uma
chamada "reforma agrária", cuja finalidade era confiscar as terras pertencentes a
multinacionais capitalistas norte-Americanas e à burguesia compradora. No entanto, essa
"reforma agrária" foi uma farsa do começo ao fim. Os exploradores "patrióticos"
Cubanos usaram uma estratégia muito inteligente: eles distribuíram algumas pequenas
quantidades de terra aos camponeses pobres sem terra, a fim de darem a si mesmos uma
aura "popular". No entanto, o que eles fizeram com a maior parte das terras que haviam
pertencido aos antigos exploradores? Eles usaram a técnica já bem conhecida por todos
os tipos de regimes social-fascistas do mundo: "expropriar" e "nacionalizar" a terra em
palavras, transformando-a em propriedade privada das classes dominantes em actos. E
este era o objectivo da "reforma agrária" Castrista:
Estas "granjas" (fazendas / quintas estatais) foram dadas aos membros da burguesia
nacional Cubana que se tornaram os verdadeiros donos da terra - em detrimento dos
camponeses Cubanos, que alimentavam muitas ilusões sobre a "reforma agrária"
Castrista, mas que acabaram sendo tão explorados pelos novos proprietários "patrióticos"
como o eram pelos oligarcas imperialistas Americanos. Por esta altura, a burguesia
Castrista Cubana optou por fingir "nacionalizar" e “socializar” a terra a fim de inculcar
nos trabalhadores Cubanos a ideia errada de que o novo regime era "popular" e até
mesmo "progressista". De facto, logo que assumiu o poder, a burguesia Castrista
entendeu que deveria abandonar a sua antiga ideologia e políticas explicitamente anti-
comunista se quisesse explorar com sucesso os trabalhadores Cubanos. A burguesia
Castrista lembrava-se bem do que tinha acontecido a Batista, que havia perdido o apoio
dos imperialistas Americanos e que foi, consequentemente, expulso do poder porque as
suas características assumidamente fascistas continham o perigo de promover a
consciência comunista dos trabalhadores Cubanos (e essa tendência da burguesia
Castrista para substituir uma ideologia fascista por uma social-fascista com o objectivo de
maximizar os lucros e de perpetuar a ditadura capitalista será totalmente confirmada e
completada quando os social-imperialistas Soviéticos ocuparem Cuba e a transformarem
em mais uma das suas neo-colónias).
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Neste ponto, é importante notar que esta "reforma agrária" é outro dos muitos mitos
inventados pelos revisionistas Cubanos, que tentam apresentar isso como tendo sido uma
espécie de "revolução camponesa" - não podemos esquecer que uma das principais
características ideológicas do revisionismo Cubano é sua pretensão de descrever-se como
"uma ideologia camponesa", enquanto despreza totalmente os camponeses e o
proletariado em favor das classes social-fascistas dominantes. Este é um aspecto que o
revisionismo Cubano e o Castrismo comparte com um monte de outras tendências
revisionistas e social-fascistas como o Maoismo, por exemplo. Mais adiante neste artigo,
vamos reflectir sobre todas essas questões relacionadas com as características ideológicas
do revisionismo Cubano.
“ (...) Devemos declarar que fazemos leis só para o benefício da nação (...). Nós não
fazemos as leis por ódio, nós não odiar ninguém." (Fidel Castro, The Revolution
Begins Now, Janeiro de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
Essa afirmação de Castro é totalmente reaccionária e anti-socialista. Ela nos lembra dos
discursos fascistas sobre os "interesses nacionais acima dos interesses de classe". Castro
afirma que a sua "reforma agrária" pró-capitalista foi feita por puros "interesses
nacionais" e não por "ódio". A atitude de Castro não é nada de novo. Tal como todos os
fascistas, capitalistas e revisionistas, ele insiste em qualificar como "interesses nacionais"
os interesses das classes opressoras que ele serve. Sem surpresa, Castro está
representando os interesses da burguesia nacional Cubana (sua própria classe) como
sendo sinónimo dos interesses gerais de Cuba numa tentativa oportunista para promover a
união de todos os Cubanos contra o imperialismo Americano e seus lacaios locais em
benefício da burguesia nacional Castrista "patriótica" e dos seus interesses de classe
gananciosos de maximização dos lucros. Castro tenta incutir nos trabalhadores Cubanos a
falsa ideia de que os interesses e os objectivos de classe da burguesia nacional Cubana
também são os seus e que o imperialismo Americano e seus servidores Cubanos são os
únicos inimigos que devem ser combatidos. O camarada Enver denunciou esta noção
anti-socialista há muito tempo, sublinhando que para alcançar a verdadeira emancipação,
as massas trabalhadoras devem derrotar e eliminar os opressores externos (imperialismos
estrangeiros, a burguesia compradora, etc.) e opressores internos (a burguesia nacional
"patriótica” que é igualmente exploradora e repressiva):
É também muito interessante notar que Castro afirma que "nós não odiamos ninguém".
Todos os comunistas sabem que o ódio de classe é uma parte inerente da sociedade de
classes - desde que as classes não sejam completamente eliminadas, cada classe é
14
determinada a odiar seus antagonistas dentro da sociedade de classes. Afinal, deve haver
ódio de classe num mundo onde uma pequena minoria se enriquece escandalosamente
através de matar e condenar ziliões à exploração insustentável, á degradação e á miséria.
Como defensores ferrenhos da burguesia anti-Americana de Cuba, Castro e seus
partidários necessariamente odeiam os seus inimigos de classe: os imperialistas
Americanos e seus lacaios locais, tal como também odeiam as classes trabalhadoras
Cubanas. Mas esta preocupação de Castro em assegurar que os novos exploradores e
opressores Cubanos "não odeiam ninguém" é simplesmente ridícula e é prova de seu
carácter burguês e capitalista. Com efeito, apenas as classes exploradoras e seus lacaios
reaccionários e anti-comunistas como Castro tentam esconder o seu ódio de classe para
com os trabalhadores em geral e para com o proletariado com o objectivo de esconder a
natureza tirânica e predatória da sua ordem politico-socio-económica. Nós, Estalinistas-
Hoxhaistas, não temos o menor problema em assumir que odiamos profundamente todos
os inimigos de classe do proletariado mundial porque eles tentam impedir a revolução
socialista mundial. Na verdade, o ódio de classe do proletariado é algo completamente
natural e saudável desde que seja dirigido para as metas de classe certas e seja
acompanhado por uma aderência firme ao Marxismo-Leninismo-Estalinismo-
Hoxhaismo. A promoção e fomento do ódio de classe do proletariado contra todos os
tipos de opressores e exploradores é tão essencial para a aquisição de uma consciência
genuinamente comunista pelos trabalhadores do mundo que pode decisivamente
determinar se o socialismo mundial e o comunismo mundial serão vitoriosos ou não.
Mas vamos voltar aos eventos históricos. Ao contrário das mentiras da burguesia
nacional Cubana - cujo objectivo é enganar os camponeses Cubanos através de agradá-los
com falsas promessas de "terra para todos" a fim de transformá-los em um instrumento
para estabelecer e reforçar a sua ordem exploradora de classe - as fazendas estatais
Castristas estavam longe de ser algum tipo de "paraíso camponês". A realidade dentro
dessas "fazendas estatais" era outra. Como já referido, a "reforma agrária" Castrista não
foi nada mais do que uma mera redistribuição de terras em favor dos interesses da
burguesia nacional Cubana. Como os novos proprietários que eram, os opressores
"patrióticos" Cubanos não hesitaram antes de começar a explorar brutalmente os
camponeses. Assim, em teoria, as fazendas estatais Castristas são "cooperativas", mas na
verdade elas eram e continuam a ser verdadeiros campos de concentração onde
camponeses Cubanos são transformados em escravos assalariados e são explorados até ao
osso pelas novas classes dominantes:
E devemos observar que este salário pode ser severamente reduzido. Na verdade, a
burguesia nacional Cubana trata os camponeses de maneira despótica e arrogante:
15
mesmo na realização de reuniões.” (Theodore Draper, Castroism: Theory and Practice,
1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
Assim, como se pode concluir, os desejos dos camponeses ou o seu bem-estar não
contavam nada para os novos exploradores Cubanos. Eles estavam apenas aproveitando o
facto de que, devido à sua natureza, o campesinato é uma classe relativamente fácil de
enganar se usarmos slogans aparentemente "populares" e "progressistas". Não só a
burguesia nacional Cubana, mas também muitas outras burguesias nacionais em todo o
mundo sabiam e continuam a saber muito bem disso. É verdade que a população Cubana
na época era principalmente constituída por camponeses, mas mesmo que este não fosse
o caso, mesmo que o proletariado Cubano fosse numericamente relevante, a burguesia
Castrista Cubana sempre tentaria usar o campesinato como um meio para avançar seus
interesses de classe. E isso porque é muito mais arriscado para burguesia nacional tentar
enganar o proletariado - que é uma classe inerentemente revolucionária que pode
facilmente adquirir uma consciência de classe comunista. Na nossa declaração de guerra
contra o Maoismo III, observamos que também os ideólogos e organizações Maoistas que
defendem os interesses da burguesia nacional em seus respectivos países fizeram o
possível para iludir e manter os camponeses ao seu lado durante a sua luta contra a
burguesia compradora e contra os imperialismos estrangeiros, por um lado, e contra a
revolução socialista e proletária, por outro lado. Quando o poder da burguesia nacional
estivesse já suficientemente consolidado, então é que o estado social-fascista e
16
revisionista de estilo Maoista mostra a sua verdadeira face e reprimia os camponeses
selvaticamente tal como faz relativamente a todos os outros trabalhadores. E assim foi
também o caso da burguesia Castrista de Cuba Castrista: enquanto ela precisou do apoio
dos camponeses Cubanos para consolidar o seu poder de classe contra a burguesia
compradora e o imperialismo Americano, ela invadiu as mentes dos camponeses Cubanos
com slogans sobre a "revolução camponesa". Como os camponeses Cubanos foram
brutalmente explorados pelos proprietários imperialistas Americanos e pelos seus lacaios
Cubanos, eles facilmente acreditaram nas mentiras da burguesia Castrista. No entanto,
como a burguesia nacional começou a sentir que o seu controle sobre o país estava mais
ou menos garantido (ela estava completamente enganada acerca disso, como veremos),
ela também começou a mostrar a sua verdadeira face aos camponeses, aprisionando-os
em "cooperativas" que eram campos de trabalho escravo.
Mas as coisas começaram a ficar complicadas para burguesia Castrista Cubana quando
expropriou as plantações de açúcar que pertenciam ás multinacionais imperialistas
Americanas:
"Os proprietários das terras que pretendemos distribuir não são roubados, pois eles
serão compensados. Eles serão pagos em títulos do governo, a pagar em 20 anos, o
que produzirá juros de 4,50% ao ano." (Fidel Castro, When the people rule, Janeiro de
1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
17
l’époque de la dictature du prolétariat, Oeuvres choisies, Volume II, traduzido da versão
em língua Francesa)
E também os Marxistas-Leninistas Albaneses explicitamente reforçaram a necessidade de
expropriar os opressores sem lhes dar qualquer tipo de indemnizações:
Tanto na União Soviética dos camaradas Lenine e Estaline como também na Albânia
socialista do camarada Enver Hoxha, o proletariado Soviético e o proletariado Albanês
(em aliança com o campesinato e os soldados) foram liderados por autênticos partidos
Maxistas-Leninistas que os guiaram na implementação da ditadura do proletariado e do
socialismo. E em ambos os países, as expropriações dos exploradores foram feitas de
18
uma maneira relativamente rápida: por exemplo, os Marxistas-Leninistas Albaneses
começaram a expropriar os meios de produção pertencentes às classes exploradoras
durante a Guerra de Libertação Albanesa, mesmo antes de terem alcançado o poder. Mas,
além disso, nem a União Soviética Bolchevique nem a Albânia de Enver desperdiçaram
um único centavo em indemnizações dadas aos exploradores. O "ressarcimento" dos
exploradores que sugaram o sangue dos trabalhadores durante milénios é completamente
contrária aos ensinamentos mais fundamentais do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-
Hoxhaismo, que exigem que as expropriações e socializações devem ser rápidas,
eficientes e violentas (no caso de que os exploradores tentam resistir, como sempre
acontece).
Mas nós não precisamos nem de olhar para os exemplos de países genuinamente
socialistas. Mesmo dentro dos parâmetros das burguesias nacionais que procuram uma
fatia maior de controlo político-económico de seus países, a burguesia Castrista de Cuba
é muito flexível. Na verdade, a "reforma agrária" da burguesia nacional Cubana foi bem
menos ambiciosa e "radical" do que a feita pela burguesia nacional Chinesa durante a
época de Mao, por exemplo. Enquanto esta última expropriou os meios de produção
pertencentes aos imperialistas estrangeiros e aos seus lacaios sem lhes dar qualquer
indemnização, os exploradores "patrióticos" Cubanos concederam-lhes compensações
que foram até mesmo superiores às dadas em países sob dominação imperialista
Americana (!):
"As taxas de juros sobre os títulos propostos foram maiores do que a Reforma
Agrária do General MacArthur no Japão. A lei de Reforma Agrária acabou por ser
muito modesta (...)." (Hugh Thomas, The Cuban Revolution, Londres, 1986, traduzido
da versão em língua Inglesa)
Então, aqui estão notícias para todos os Castristas do mundo: o general conservador e
pró-imperialista MacArthur é mais "revolucionário" que o vosso ídolo social-fascista. E
isto pode também ser aplicado a Guevara, porque ele desempenhou um papel muito
importante na políticas internas e externas Cubanas durante e após a pseudo-revolução
burguesa de 1959.
"A redistribuição generalizada de terra, que pode ter graves efeitos adversos na
produtividade, pode revelar-se prejudicial para a economia em geral." (New York
Times, 12 de Junho de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
Escusado será dizer que os oligarcas Americanos não se poderiam importar menos sobre
o que era bom ou ruim para a economia Cubana desde que os seus lucros continuassem a
ser maximizados. As suas "sérias preocupações" sobre os efeitos da reforma agrária
Castrista sobre a economia Cubana relacionavam-se unicamente com a sua raiva de ver
como todas as suas propriedades e meios de produção estavam indo directamente para as
19
mãos dos exploradores Cubanos "patrióticos". Nesta atitude dos imperialistas norte-
Americanos também percebemos o facto de que eles se sentiram enganados por Castro.
Afinal de contas, o homem que tinha parecido o candidato ideal para manter o seu
domínio sobre Cuba estava apenas usá-los como um meio de se livrar de Batista a fim de
promover os interesses da classe que ele realmente representava: a burguesia nacional
Cubana. Não admira que os oligarcas imperialistas Americanos começassem a sentir uma
profunda hostilidade para com o regime Castrista. E essa inimizade pode ser percebida
em toda a história das relações Cubano-Americanas depois de Junho de 1959.
Em Fevereiro de 1960, por ocasião de uma visita oficial que Anastas Mikoyan (vice-
primeiro-ministro da União Soviética revisionista) fez a Cuba, muitos documentos e
acordos foram assinados, sendo o mais importante aquele em que os social-imperialistas
Soviéticos:
20
"É através do comércio desigual que a União Soviética recebe o valor excedente
gerado pela exportação de capital. Em essência, é pouco mais do que um arranjo de
escrituração: o lucro vem de volta para a URSS seja na forma de juros ou na forma
de superlucros das vendas quando as vendas estão vinculadas por acordos de
comércio e de exportação de capital." (Red Papers 7: How Capitalism Has Been
Restored in the Soviet Union and What This Means for the World Struggle, traduzido da
versão em língua Inglesa)
"A nova política norte-Americana - não anunciada como tal, mas implícita nas
acções do governo dos Estados Unidos – era a de derrubar Castro por todos os
meios disponíveis e através do emprego aberto das Forças Armadas Americanas em
Cuba." (Philip Bonsal, Cuba, Castro and the United States, Pittsburgh, 1971, traduzido
da versão em língua Inglesa)
21
"A partir de Março de 1960, os Estados Unidos começaram a trabalhar para a
queda do regime de Castro." (Lilia Ferro-Clerico & Wayne S. Smith, The US Trade
Embargo, 1988, traduzido da versão em língua Inglesa)
22
Castrista (onde os camponeses viviam em acampamentos de escravos e onde os
trabalhadores eram totalmente explorados e tratados como lixo) como um exemplo de
"socialismo". Conforme o tempo passou, o imperialismo Americano reforçou a sua
determinação em demonizar o socialismo através da apresentação do social-fascismo
Cubano social como sendo uma "tirania comunista". Com isso, visa impedir que os
trabalhadores do mundo em geral e o proletariado mundial em particular adiram à
ideologia Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista, e de fato, se acreditarmos que esse
regime terrível e explorador como o da Cuba Castrista é "socialista ", a nossa vontade de
lutar pelo socialismo vai desaparecer totalmente. Os camponeses, trabalhadores, soldados
e proletários nunca vão querer combater pela implementação de um sistema despótico e
opressor como o que está governando Cuba desde 1959. A estratégia dos ideólogos
imperialistas Americanos e dos seus aliados em todo o mundo é justamente usar o regime
Castrista burguês como um meio de desacreditar a ideologia e o movimento comunista,
perpetuando a ordem mundial totalitária capitalista-imperialista (e sem surpresa, esta
mesma estratégia foi adoptada rapidamente por todos os tipos de anti-comunistas).
Mas é claro que não podemos nunca esquecer que os revisionistas Cubanos são tão
culpados e hipócritas do que os oligarcas Americanos, porque eles próprios contribuem
com entusiasmo para este tipo de propaganda anti-socialista devido à natureza e
características da sua ideologia social-fascista (mais tarde, vamos ver como).
"A decisão formal Americana para armar e treinar um exército no exílio.” (William
A. Williams, The United States, Cuba and Castro: An Essay on the Dynamics of
Revolution and the Dissolution of Empire, Nova Iorque, 1962, traduzido da versão em
língua Inglesa)
"As três grandes refinarias de petróleo em Cuba - Texaco, Royal Dutch ea Standard
Oil - foram informadas pelo governo de que um carregamento de petróleo da
23
Rússia, em conformidade com o acordo de Fevereiro, logo chegaria e que passariam
a ter de processar 6.000 barris de petróleo bruto por dia." (Hugh Thomas, The
Cuban Revolution, Londres, 1986, traduzido da versão em língua Inglesa)
Como retaliação contra isso, Castro determinou que as refinarias de petróleo pertencentes
a estas multinacionais Americanas que se recusaram a refinar petróleo Soviético seriam
nacionalizadas:
"Castro tomou todas as três refinarias." (Tad Szulc, Fidel: A Critical Portrait,
Londres, 1987, traduzido da versão em língua Inglesa)
"Em 6 de Julho, ele reduziu a cota para Cuba em 700.000 toneladas." (Hugh
Thomas, The Cuban Revolution, Londres, 1986, traduzido da versão em língua Inglesa)
"Eisenhower declarou que esta acção representa sanções económicas contra Cuba
Agora temos de olhar para a outros movimentos - económico, diplomático e
estratégico." (Lilia Ferro-Clerico & Wayne S. Smith, The US Trade Embargo, 1988,
traduzido da versão em língua Inglesa)
24
temos de admitir que esta táctica poderia ser bem-sucedida porque, como já explicámos,
a economia de Cuba era dependente principalmente das exportações de açúcar para os
EUA - se elas parassem, toda a ilha iria parar. No entanto, os imperialistas Americanos
"esqueceram-se" dos social-imperialistas Soviéticos, que viram nesta situação uma
oportunidade de conquistar mais um país satélite para o seu lado:
“ (Esta estratégia) foi calculada para por o regime de Castro de joelhos Mas
imediatamente, a Rússia interveio e concordou em ficar com as 700.000 toneladas de
açúcar." (Peter Taaffe, Cuba: Analysis of the Revolution, Londres, 1975, traduzido da
versão em língua Inglesa)
"A União Soviética imediatamente entrou em cena para anunciar que iria comprar
as 700.000 toneladas de açúcar sancionadas pelos Estados Unidos.” (Lilia Ferro-
Clerico & Wayne S. Smith, The US Trade Embargo, 1988, traduzido da versão em língua
Inglesa)
Claro que os social-imperialistas Soviéticos não estavam fazendo isso por caridade para
com povo Cubano: eles tinham um interesse muito bem definido – ter a burguesia
Castrista Cubana sob seu controle a fim de colocar as suas mãos nojentas sobre os
recursos naturais e humanos de Cuba de forma a expandirem a sua esfera de influência
burguesa-capitalista, neo-colonialista, social-fascista, opressora, escravizante,
exploradora e anti-comunista com o objectivo de maximizarem os seus lucros (tal como
os imperialistas norte-Americanos tinham feito antes). E rapidamente Castro cumpriu
estes planos ao antagonizar totalmente a oligarquia imperialista Americana através da
suposta “expropriação” e “nacionalização” de todas as propriedades Americanas em
Cuba:
Como se pode concluir, esta é a origem da lenda sobre as "nacionalizações feitas por
Castro contra os interesses Americanos" como sendo uma prova do "carácter
revolucionário e socialista da revolução Cubana". É óbvio que isso é completamente
falso. Só porque um certo regime expropria e nacionaliza não significa necessariamente
que ele seja socialista. Muito pelo contrário, pode apenas significar que o regime em
questão está a lançar uma manobra destinada a redistribuir a propriedade sobre os meios
principais de produção em favor de um determinado ramo da burguesia. O chamado
"sector público" que existe em muitos países capitalistas e em todas as nações
revisionistas também existe na Cuba Castrista. Mas isso está longe de ser um sinal e
muito menos uma "prova" de um suposto "carácter socialista". Se isso fosse verdade,
grande parte dos países imperialistas e / ou capitalistas seria "socialista". Esse "sector
nacionalizado" - que é na verdade o sector do capitalismo de estado - é pago pelas classes
que trabalham em favor dos lucros da burguesia - que o usa para seus próprios fins e que
25
é a verdadeira dona dele. É claro, a ridícula fraseologia "popular" usada por muitos
ideólogos burgueses-revisionistas relativamente a este "sector público" anti-socialista
nunca conseguiu enganar o camarada Enver Hoxha, que genialmente escreveu no seu
livro "O Eurocomunismo é anticomunismo" que:
Mas por que é que isso aconteceu? Na verdade, a burguesia Castrista compreendeu logo
uma coisa muito simples: que se ela persistisse em seus planos anteriores de um curso
"independente" e nacionalista, seria apenas uma questão de tempo antes que o
imperialismo Americano conseguisse recuperar o controle total sobre a ilha novamente.
Isso ficou evidente devido a vários factores. O primeiro foi o factor económico. Os
oligarcas imperialistas Americanos tinham assegurado que nenhum de seus aliados
jamais compraria açúcar de Cuba. Por exemplo, eles impediram:
"Os países que recebem ajuda dos EUA de utilizar esses fundos para comprar
açúcar de Cuba." (Keesing's Contemporary Archives, volume 12, traduzido da versão
em língua Inglesa)
26
“Em todas as exportações para Cuba (...)." (Keesing's Contemporary Archives,
volume 12, traduzido da versão em língua Inglesa)
"O embargo foi destinado a servir como um elemento dissuasor para outros países
(...), isto é, para proteger os interesses dos proprietários de imóveis dos EUA.” (Lilia
Ferro-Clerico & Wayne S. Smith, The US Trade Embargo, 1988, traduzido da versão em
língua Inglesa)
Além disso, os oligarcas imperialistas dos EUA estavam fazendo todo o possível para ter
de volta a sua antiga neo-colónia:
"O Governo nacionalizou todos os bancos Cubanos e 382 outras empresas detidas
por proprietários de outras nacionalidades, incluindo a maioria das grandes
empresas industriais, comerciais e de transporte." (Keesing's Contemporary Archives,
volume 12, traduzido da versão em língua Inglesa)
"O Governo adquiriu posse de todas as 161 usinas em Cuba. As outras empresas
afectadas incluíram todas as fábricas têxteis, 8 caminhos-de-ferro, 47 armazéns
comerciais, 13 lojas, 11 empresas de café, seis destilarias, 16 engenhos de arroz e 11
circuitos de cinema." (Keesing's Contemporary Archives, volume 12, traduzido da
versão em língua Inglesa)
Essas medidas serviram como retaliação contra a oligarquia imperialista dos EUA, contra
os seus aliados ocidentais que prontamente apoiaram seu mestre imperialista contra o
regime Castrista; e ao mesmo tempo, estas alegadas “nacionalizações” serviram também
para abrir caminho para a apropriação de todos os meios de produção, recursos e força de
trabalho de Cuba pelos social-imperialistas Soviéticos e para a sua dominação neo-
colonialista total, absoluta e exclusiva sobre a ilha em todos os aspectos e sectores. De
facto, uma lição muito importante a retirar deste episódio é a destruição da imagem
fornecida pelos revisionistas Cubanos de que o imperialismo norte-Americano havia
27
supostamente "imposto um embargo económico" e "começou a tentar matar Castro"
porque Cuba seria um suposto símbolo "de um sistema social diferente que os
imperialistas Americanos odeiam" (ou seja, o "socialismo"). Esta é uma mentira completa
organizada pelos revisionistas Cubanos para enganar as massas trabalhadoras: as
"expropriações" e "nacionalizações" capitalistas de Castro e as subsequentes retaliações
Americanas (embargos, tentativas de assassínio, etc.) estão todos incluídos no contexto
de uma rivalidade entre as duas superpotências imperialistas que se esforçavam para
assumir o controle sobre Cuba a fim de maximizar seus lucros. Nada mais, nada menos
do que isso. Mesmo o famoso episódio histórico da crise dos mísseis em Cuba, no início
da década de 1960, também foi uma mera dispute entre os EUA imperialista e a União
Soviética social-imperialista tentando ultrapassar-se nos seus esforços para dominar e
explorar o mundo em geral, e Cuba em particular.
E a percepção da burguesia Castrista de que seu reinado não duraria muito mais tempo se
não tivesse apoio contra a oligarquia imperialista Americana foi reforçada quando o
governo Americano terminou relações diplomáticas com Cuba e ainda mais quando
organizou e lançou a bem conhecida invasão da “Baía dos Porcos", destinada a derrotar o
regime Castrista:
28
E quem poderia oferecer este tipo de segurança contra uma superpotência ultra-poderosa?
Apenas outra superpotência ultra-poderosa, é claro!
Durante a época do socialismo em um único país, se a Cuba Castrista fosse uma nação
verdadeiramente socialista, poderia ter conseguido defender-se e manter o seu sistema
socio-económico socialista só confiando em suas próprias forças, como a União Soviética
Bolchevique e a Albânia socialista fizeram. No entanto, como a burguesia Castrista
instalou um regime capitalista, tinha de manter sua tirania de classe contra a vontade dos
trabalhadores Cubanos. E a verdade é que, durante o primeiro estágio do socialismo, os
pequenos países como Cuba ou a Albânia só podem basear-se com êxito nas suas
próprias forças, se eles estão seguindo um caminho autenticamente socialista, se as
massas trabalhadoras destroem todos os exploradores, concentram todos os meios de
produção nas suas mãos e são conduzidas pelo proletariado e por um partido Marxista-
Leninista-Estalinista-Hoxhaista genuíno que implementa a ditadura do proletariado em
direcção ao socialismo e ao comunismo. Somente em tais condições pode um país
pequeno resistir à invasão imperialista. A Albânia do camarada Enver foi capaz de fazer
isso porque ela seguiu um caminho verdadeiramente socialista. Pelo contrário, a Cuba
Castrista nunca poderia ter feito o mesmo porque ela permaneceu uma nação capitalista
que estava inerentemente sujeita á penetração imperialista.
É claro que quando optou por se colocar sob o domínio da União Soviética social-
imperialista, a burguesia Castrista sabia muito bem que teria que desistir de seus planos
anteriores de explorar livremente os trabalhadores e os recursos Cubanos para sua própria
vantagem exclusiva, mas ela não tinha outra opção: se se colocasse sob o domínio do
social-imperialismo Soviético, talvez pudesse continuar a receber alguma pequena parte
dos lucros como esmolas dadas pelos social-imperialistas Soviéticos, enquanto que se
insistisse em enfrentar o imperialismo Americano, ela iria ser rapidamente derrubada e
perderia qualquer chance de colectar mesmo a menor quantidade de lucros e privilégios
de classe.
Portanto, como podemos concluir, a infinita cobiça, arrogância e gula dos oligarcas
imperialistas Americanos contribuiu muito para forçar a burguesia Castrista a aceitar um
status semi-colonial sob a influência social-imperialista Soviética:
"Cuba se tornou muito mais dependente dos países do Leste do que tinha sido dos
Estados Unidos." (Boris Goldenberg, The Cuban Revolution and Latin America,
Londres, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
29
existência de um alegado “partido Marxista-Leninista", de fraseologia “comunista”, de
uma falsa economia “centralizada e nacionalizada”, etc.) Na verdade, os social-
imperialistas Soviéticos sabiam que esta falsa aparência "socialista" era vital para a
manutenção e ampliação de sua esfera de influência, porque permitia enganar muitos
trabalhadores que acreditavam que a União Soviética ainda era o país verdadeiramente
socialista que era nos tempos dos camaradas Lenine e Estaline. Desta forma, não só eles
conseguiram o apoio de grande parte das massas trabalhadoras lutando contra outros
imperialismos rivais, mas também evitaram a ocorrência de autênticas revoluções
socialistas em países sob seu domínio, porque se o campo do imperialismo Soviético já
era "socialista", os proletários das nações incluídas nesse capo que acreditavam nisso
nunca iriam pensar em fazer uma revolução socialista ou em lutar pelo estabelecimento
de uma ditadura do proletariado - isso não faria qualquer sentido, uma vez que o
"socialismo" e a "ditadura do proletariado" já estavam supostamente "implementados" lá
(ou seja, perpetuando eternamente o domínio de classe capitalista, explorador, opressivo,
escravizante e tirânico dos imperialistas Soviéticos, permitindo-lhes assim maximizar os
seus lucros de forma infinita). Claro que, com o passar do tempo e o desenvolvimento do
movimento anti-revisionista, os social-imperialistas Soviéticos experimentaram
dificuldades crescentes para manter os trabalhadores longe do autêntico Marxismo-
Leninismo, mas quando a burguesia Castrista assumiu o poder - no final dos anos 50 e
início dos anos 60 – o anti-revisionismo ainda se estava a adaptar às novas condições e,
portanto, as mentiras mencionadas dos social-imperialistas Soviéticos ainda eram
bastante eficiente entre a maioria dos proletários e trabalhadores do mundo.
Claro que os social-imperialistas Soviéticos também sabiam que uma condição essencial
para manter os trabalhadores do mundo convencidos sobre essas mentiras era que tinham
para apoiar os países que tivessem também uma aparência "Marxista-Leninista" para
fingir que esfera de influência neo-colonialista Soviética era verdadeiramente
"socialista". Esta foi a principal razão por detrás da súbita “adesão ao Marxismo-
Leninismo" por parte da burguesia Castrista no final de 1961:
"A revolução em Cuba foi declarada oficialmente uma revolução socialista." (Blas
Roca, New Stage in the Cuban Revolution, de 1961, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"Castro logo viu que os Soviéticos não eram susceptíveis de fornecer o guarda-
chuva de defesa a menos que Cuba fosse um "estado Marxista-Leninista". Só então
haveria um imperativo para que eles viessem em sua defesa. Assim, (…) num
esforço transparente para forçar os Soviéticos a garantir a segurança de Cuba, Fidel
30
declarou que a sua revolução era socialista." (Wayne S. Smith, US-Cuba Relations:
Twenty-Five Years of Hostility, 1959-1984, 1985, traduzido da versão em língua Inglesa)
Dar uma falsa aparência "socialista" ao regime Castrista permitiu aos revisionistas
Soviéticos afirmar que eles estavam "ajudando um país Marxista-Leninista fraternal",
justificando e legitimando a submersão em “créditos” imperialistas Soviéticos da
economia de Cuba através do uso de falsa "comunista fraseologia ". Relativamente a isso,
o camarada Enver observou que:
Assim, Cuba tornou-se numa plantação de açúcar gigante ainda mais do que tinha sido
sob o domínio Americano. Este tipo de relações neo-coloniais não permitiu que Cuba
construísse uma base industrial diversificada, porque os social-imperialistas Soviéticos
jamais permitiriam que Cuba poderia se tornar verdadeiramente independente ao fabricar
seus próprios meios de produção através do desenvolvimento da indústria pesada. E a
burguesia Castrista fez tudo o que podia para agradar aos seus novos mestres Soviéticos e
manter-se no poder. Ela intensificou a produção de açúcar para exportação. É por isso
que em Agosto de 1963:
31
"Castro anunciou que a sua política económica totalmente nova foi postulada por
um aumento espetacular na produção de açúcar, com o objetivo de atingir 10
milhões de toneladas em 1970 (duplicando assim a produção de açúcar de 1950). A
diversificação agrícola andou para trás em vez de avançar., Por exemplo, a
produção de arroz havia avançado até um ponto elevado de 181.000 toneladas em
1957, dois anos antes de Castro, mas caiu para as 95.400 toneladas em 1962, três
anos depois da ascensão de Castro." (Theodore Draper, Castroism: Theory and
Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
Pelo contrário, Cuba foi forçada a colocar a sua economia em acordo total com os
interesses dos social-imperialistas Soviéticos que estavam tratando Cuba como um
apêndice de seu mundo económico imperialista: as afirmações que fizemos no início
deste artigo relativamente á situação económica de Cuba durante o domínio Americano
também são inteiramente aplicáveis à época do domínio social-imperialista Soviético
(com a eventual ressalva de que a dominância social-imperialista Soviética sobre Cuba
era, em certos aspectos, ainda mais intensa do que a do imperialismo Americano).
E o que dizer de Che Guevara? Quais foram suas posições relativamente à sujeição
Cubana ao social-imperialismo Soviético?
Durante muitas décadas, têm circulado todos os tipos de mitos em torno de Guevara, a
maioria deles inventados pelos capitalistas e revisionistas. A fim de manter os
trabalhadores longe da ideologia comunista, autêntica, a burguesia fabrica ídolos
pequeno-burgueses "esquerdistas" como Guevara. As lendas de Guevara ainda povoam as
mentes de muitos trabalhadores em todo o mundo, por isso é importante destruir essas
32
impressões falsas que apenas servem os interesses predatórios das classes dominantes do
mundo. A imagem de Che Guevara tornou-se mesmo um produto comercial, outro
instrumento de lucro nas mãos de capitalistas de todos os tipos. Até o governo de Carlos
Menem, que é conhecido por sua assistência imediata ao imperialismo Americano na
Guerra do Golfo I e por sua subserviência incondicional ao capital financeiro mundial e
ao FMI social-darwinista, afirmou que Che deve ser comemorado porque "ele foi um
grande Argentino". Especialmente entre os jovens trabalhadores, fala-se muito sobre a
alegada personalidade Marxista "heróica, corajosa e rebelde" de Guevara e sobre a sua
"oposição incondicional ao imperialismo e á opressão". No entanto, a experiência nos
ensina que um dos parâmetros que distinguem os verdadeiros anti-revisionistas dos falsos
"anti-revisionistas" é a posição adotada relativamente a Che Guevara. De facto, nota-se
que muitos dos supostos "anti-revisionistas" que não poupam esforços em se esconder
atrás de máscaras "Marxistas-Leninistas" e até mesmo "Estalinistas" não hesitam em
defender abertamente Che. Por exemplo, o site:
http://espressostalinist.wordpress.com/category/revisionism/castroism/, é um desses
falsos sites "anti-revisionistas" que fingem estar defendendo o verdadeiro socialismo e
comunismo. O site aparentemente elogia a Albânia socialista do camarada Enver da
Albânia e fala sobre "os cinco chefes do Marxismo-Leninismo" (embora ele não
reconheça Enver Hoxha como um clássico, mas apenas se refere às suas "contribuições
valiosas para o Marxismo-Leninismo" - portanto, desmascarar este site contribui para a
implementação do nosso slogan de 2013: "Abaixo os 4 e 1/2istas!" Os 4 e 1/2istas são
aqueles que não reconhecem o camarada Enver como o 5º Clássico do Marxismo-
Leninismo, mas apenas como alguém que fez "contribuições enriquecedoras" para ele.
Esta posição é sinónimo de um anti-comunismo completo, porque recusar um dos
Clássicos significa rejeitar todos eles como um todo. Ao contrário dos neo-revisionistas
do "Expresso Stalinist", nós não podemos simplesmente considerar o camarada Enver
Hoxha como tendo feito meras "contribuições valiosas" para o movimento e a ideologia
comunista. É absolutamente necessário e indispensável reconhecê-lo como o autêntico 5º
Clássico do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo, como o líder do proletariado,
que verdadeiramente desenvolveu os ensinamentos de Marx, Engels, Lenine e Estaline
após a morte deste último e no contexto de cerco capitalista-imperialista-revisionista
mundial). O site publica slogans e artigos aparentemente "anti-revisionistas", incluindo
alguns que supostamente criticam o "revisionismo Castrista". Mas longe de ser anti-
revisionista, este site é, de facto, neo-revisionista ("anti-revisionista" em palavras, mas
revisionista em actos). Uma das provas mais importantes disto é precisamente a defesa
firme do revisionismo Guevarista que é feita pelo site:
Esta declaração é ilustrativa do tipo de "argumentos" utilizados pelos editores do site para
justificar sua aceitação do revisionismo Guevarista. Em primeiro lugar, o Che nunca
defendeu o camarada Estaline verdadeiramente Marxistas-Leninistas posições. Tudo o
que ele disse foi que os Krushchevistas haviam condenado Estaline porque tinham sido
33
enganados pela "propaganda imperialista". Esta posição do Che tem sido muito utilizada
por seus defensores para lhe dar mais um ar "anti-revisionista". No entanto, se prestarmos
atenção, longe de defender verdadeiramente o legado do camarada Estaline, Che está de
facto desculpando os revisionistas Krushchevistas de terem impedido a construção
comunista na União Soviética. Com sua posição, Che está tentando passar uma imagem
dos Krushchevistas como inocentes e ingénuos astuciosamente enganados pelo
imperialismo ocidental que supostamente maliciosamente os forçou a fazer o seu infame
relatório anti-Estaline. Escusado será dizer que isto é completamente falso. Os
revisionistas Krushchevistas sabiam muito bem o que estavam fazendo, eles agiram com
o propósito claro de restaurar a exploração capitalista e a escravidão assalariada na União
Soviética e eles fizeram-no com sucesso. É verdade que eles poderiam ter sido
incentivados pelas mentiras imperialistas ocidentais, mas seria ridículo pensar que os
Krushchevistas teriam sido algum tipo de vítimas enganadas das calúnias Anti-
Estalinistas. Na verdade, com as suas posições, Che tenta dar a ideia de que "as intenções
dos Krushchevistas eram boas, mas eles foram enganados pelo imperialismo ocidental."
Apesar de suas tentativas, pressões e contribuições para a restauração capitalista na União
Soviética, os imperialistas-capitalistas Ocidentais não podem ser culpados mais que os
Krushchevistas pela eliminação do socialismo no país. Os revisionistas Krushchevistas
agiram em favor dos interesses do imperialismo mundial em geral e do imperialismo
ocidental em particular, mas aniquilaram a sociedade socialista Soviética
deliberadamente e não como "vítimas" inofensivas e bem-intencionadas que teriam sido
enganadas pelo capitalismo-imperialismo mundial. Com este tipo de posições, Che está
de facto a promover a reconciliação com o revisionismo Soviético em geral e com o
Krushchevismo em particular. E não devemos esquecer que Che assumiu publicamente
esta posição em meados dos anos 60, quando o movimento anti-revisionista foi crescendo
e desmascarava os objectivos pró-capitalistas dos revisionistas Soviéticos. Neste
contexto, os Krushchevistas e os outros revisionistas Soviéticos precisavam de alguém
com um certo ar "anti-revisionista" e fraseologia "revolucionária" que poderia desviar os
trabalhadores do referido movimento e trazê-los de volta para as garras da camarilha
burguesa-capitalista-imperialista Soviética. E a pessoa ideal logo apareceu: era Che
Guevara, que pregou a reconciliação com os Krushchevistas, descrevendo-os como bons
comunistas que, ingenuamente, sucumbiram à estratégia anti-Estalinista dos imperialistas
ocidentais. O que Guevara diz é que a restauração capitalista-imperialista na União
Soviética por meio da destruição do socialismo não foi culpa dos Krushchevistas,
portanto não há razão para rejeitá-los como anti-socialistas. Em vez disso, os verdadeiros
anti-revisionistas devem se unir com os Krushchevistas, sendo assim submetidos à
influência venenosa das suas teorias burguesas, reaccionárias pró-capitalistas e anti-
comunistas. A partir daí, o caminho está aberto para a plena reconciliação e aceitação do
revisionismo Khrushchevista / Soviético em particular, e do revisionismo em geral.
Assim, podemos concluir que também com a sua falsa "defesa de Estaline", Che estava
de facto fazendo o máximo para defender o Krushchevismo e para servir os interesses dos
revisionistas Soviéticos em infiltrar e destruir o movimento mundial anti-revisionista
através da sua apresentação como não tendo nada a ver com a restauração capitalista-
imperialista nem com a destruição do socialismo na União Soviética (a propósito, a
maneira como Guevara culpa o imperialismo ocidental por isso também é muito
conveniente para os revisionistas Soviéticos, porque, enquanto os "liberta" de
34
responsabilidade pelo desaparecimento do socialismo na União Soviética perante os
trabalhadores mais conscientes, também lhes permite direccionar a raiva desses
trabalhadores anti-revisionistas para o imperialismo ocidental - que era o seu principal
rival no contexto da sua própria ascensão social-imperialista). E é isso que os neo-
revisionistas do site “Expresso Stalinist" (que nome ridículo...) se atrevem a apresentar-se
como sendo "a prova de defesa de Estaline anti-revisionista de Guevara"!
E o que dizer da suposta adesão de Guevara ao "bloco sino-Albanês"? Uma vez mais, o
Che não fez isto a partir de posições verdadeiramente Marxistas-Leninistas e anti-
revisionistas. Como veremos em breve, Che apoiou a neo-colonização Khrushchevista de
Cuba e até defendeu publicamente que a economia Cubana deve ser totalmente
organizada de acordo com os interesses dos imperialistas Soviéticos. Eis o que o "anti-
imperialista" e "anti-conformista" Guevara disse sobre a bárbara penetração social-
imperialista Soviética em Cuba que acentuou o carácter do país como sendo um
fornecedor de açúcar em massa:
"Temos que mudar todo o nosso sistema de produção para adaptá-lo aos países que
nos fornecem com (...) materiais." (Ernesto Che Guevara citado em: Boris Goldenberg,
The Cuban Revolution and Latin America, Londres, 1965, traduzido da versão em língua
Inglesa)
E quem eram os países que forneciam Cuba com materiais em troca de açúcar naquela
época? Eles eram os países do chamado "bloco de Leste", isto é, os países satélites sob o
domínio neocolonial do imperialismo Soviético. Então, Guevara está exigindo que tudo
na economia Cubana deve ser repensado e readaptado para servir a maximização do lucro
dos capitalistas Soviéticos da maneira mais eficiente possível. Como se pode concluir, ele
não estava nem um pouco preocupado com os trabalhadores Cubanos em geral e com os
proletários Cubanos em particular, muito menos com o avanço da revolução socialista -
tudo que ele queria era satisfazer seus chefes Soviéticos. E nunca devemos esquecer que
o social-imperialismo Soviético foi tão sangrento, tão ganancioso, tão explorador, tão
reaccionário, tão pró-capitalista e tão anti-comunista como o imperialismo Americano,
por exemplo. Em essência, eles são iguais. Isso é muito interessante, pois a maioria dos
que se assumem como Guevaristas adoram afirmam a sua "oposição ao imperialismo
Americano" quando a verdade é que o seu "herói" detestável defendeu um imperialismo
que foi pelo menos tão predatório como o imperialismo norte-Americano. De facto, em
certo sentido, era ainda mais hipócrita do que este último porque, enquanto os
imperialistas norte-Americanos sempre assumiram abertamente o seu anti-comunismo, os
social-imperialistas Soviéticos traiçoeiramente utilizavam uma falsa fraseologia
“Marxista-Leninista” para enganar os trabalhadores do mundo a fim de conquistar novas
"esferas de influência" neo-coloniais e de maximizar seus lucros.
De qualquer forma, á medida que o tempo passou, podemos constatar que o Che sofreu
uma decepção relativamente às acções dos imperialistas Soviéticos. Na verdade, Che era
um defensor dos interesses das secções "radicais" da burguesia nacional. Ele participou
na pseudo-revolução anti-socialista Cubana de 1959 ao lado da burguesia nacional
Cubana contra o imperialismo Americano, mas acreditava erradamente que a experiência
35
Cubana serviria como exemplo para os sectores "radicais" da burguesia nacional noutros
países. De facto, a Cuba Castrista começou a seguir um caminho neo-colonialista de
subserviência em relação ao social-imperialismo Soviético. No início, Che favoreceu essa
penetração e encarou-a como uma mera ajuda para reconstruir a economia Cubana
arruinada. As alegadas "críticas" e "desentendimentos" de Che com os revisionistas
Soviéticos começaram quando ele percebeu que os "camaradas" Soviéticos eram
imperialistas como todos os outros: eles queriam estabelecer um domínio sócio-
económico-político exclusivo sobre Cuba e transformá-la noutra dos seus satélites neo-
coloniais. Pelo contrário, Che queria que a burguesia nacional Cubana explorasse
livremente a ilha sem interferências de potências imperialistas mundiais. Che
representava a facção da burguesia nacional Cubana que insistia em enfrentar as pressões
dos oligarcas imperialistas Americanos sozinha e cujas esperanças de conseguir todos os
lucros para si sem ter que os dar aos imperialistas-capitalistas estrangeiros sofreram uma
grande desilusão quando as facções burguesas ao redor de Castro aceitaram o neo-
colonialismo Soviéticos em troca de protecção e de manutenção no poder.
Além disso, Che também observou que não era apenas em Cuba que, longe de ajudar as
burguesias nacionais "anti-imperialistas" a se livrarem dos concorrentes imperialistas
pelos lucros, os revisionistas Soviéticos estavam envolvidos na sua própria expansão
imperialista e estavam impedindo as burguesias nacionais "radicais" de realizarem os
seus objectivos de classe. Essa é a origem da chamada "oposição de Guevara ao
imperialismo Soviético". Che descreveu uma vez a política comercial Soviética em
relação a Cuba e a outros países subdesenvolvidos como sendo "exploração imperialista"
não porque ele estava atacando o revisionismo e o imperialismo Soviético a partir de
posições verdadeiramente Marxistas-Leninistas, mas porque ele defendeu que o direito de
explorar os recursos e a força de trabalho de cada país em busca da maximização do lucro
deve pertencer á burguesia nacional cada nação e não a potências imperialistas
estrangeiras (claro que essa meta está condenada ao fracasso, porque, por um lado,
enquanto o capitalismo existir, o imperialismo é sempre inevitável e sempre haverá
potências imperialistas saqueando as outras nações contra os interesses da burguesia
nacional. Mas por outro lado, como não existem alternativas nem “terceiras vias” para
além do capitalismo e do socialismo, quando revolução socialista mundial finalmente
triunfar, as burguesias nacionais serão eliminadas enquanto classes exploradoras,
frustrando assim os objectivos de Guevara. Como se pode concluir, os propósitos pró-
burguesias nacionais de Che estão destinados a falhar de qualquer maneira).
36
sua própria ascensão imperialista através da transformação da China numa superpotência
- como já explicámos na DGM I, II e III – a falsa luta "anti-Khrushchevista" de Mao era
devida ao facto de que os revisionistas Chineses queriam substituir os Krushchevistas
como líderes do movimento social-fascista mundial, a fim de enganar os trabalhadores do
mundo em favor dos seus próprios objectivos imperialistas).
Foi isso que Che queria que acontecesse em Cuba. Mas a realidade esteve em total
oposição com o que ele tinha idealizado: Cuba havia se tornado uma neo-colónia
Soviética e maior parte da burguesia nacional do país tinha abandonado os seus planos
anteriores de curso independente em favor de subserviência ao imperialismo Soviético.
Hoje, os neo-revisionistas gostam de retratar a partida de Che de Cuba, em meados da
década de 1960, como prova da "oposição entre ele e Castro". Também de acordo com os
social-fascistas do site "Expresso Stalinist", o “Marxista-Leninista" Guevara estaria em
desacordo com o revisionista Castro quando a verdade é que ambos eram completamente
pró-capitalistas. A única diferença era que Castro e as facções burguesas que o apoiaram
estavam prontos para se contentar com as esmolas dadas pelos imperialistas Soviéticos
em troca de serem mantidos no poder contra o imperialismo Americano. Eles não se
importavam em esquecer os planos anteriores de um curso "independente" a favor de
deixar Cuba se tornar uma neo-colónia Soviética. Por outro lado, Guevara defendeu que a
burguesia nacional Cubana não deveria desistir de seus objetivos de controlar seu próprio
país em sua totalidade sem interferências de potências imperialistas estrangeiras. É por
isso que os neo-revisionistas do "Expresso Stalinist" afirmam que "Guevara se rebelou
contra as políticas pró-Soviéticas de Castro". A fim de "provar" as suas afirmações, eles
publicam esta citação de Guevara:
"Eu vejo este movimento (o movimento 26 de Julho de Castro) como um dos muitos
inspirado pelo desejo da burguesia de se libertar das cadeias económicas do
imperialismo. (...) É nesse espírito que entrei para a luta; (...) pronto para sair
quando as condições da luta se virassem para a direita." (Ernesto Che Guevara citado
em:http://espressostalinist.wordpress.com/category/revisionism/castroism/,Cuban Re
visionism, 2011, traduzido da versão em língua Inglesa)
37
"Temos defendido que a coexistência pacífica entre as nações não inclui a
coexistência entre exploradores e explorados." (Ernesto Che Guevara citado
em:http://espressostalinist.wordpress.com/category/revisionism/castroism/,Cuban Re
visionism, 2011, traduzido da versão em língua Inglesa)
38
fosse muito aberta e explícita, isso poderia levar os trabalhadores a entender que esses
países já não eram socialistas e que todos os sofrimentos e dificuldades pelos quais
passavam eram uma consequência dos desvios revisionistas que implementaram o
capitalismo-imperialismo novamente. Guevara era um acérrimo defensor do capitalismo
de Estado como a melhor forma de esconder a natureza exploradora e opressora dos
estados social-fascistas burgueso-capitalistas e pró-imperialistas sob disfarces "vermelhos
e Marxistas-Leninistas" e temia que a adoção do "modelo Jugoslavo" e do capitalismo
clássico faria os trabalhadores perceberem o que o revisionismo realmente é e faria com
que eles aderissem á verdadeira ideologia comunista e anti-revisionista (abolindo a
existência de todas as classes exploradoras de todo o mundo, incluindo as burguesias
nacionais).
Em primeiro lugar, é falso que o sistema social-fascista Cubano seja mais progressista do
que as ditaduras fascistas neo-liberais pró-Americanas. É claro que o fascismo não é de
todo "progressista" e, portanto, logicamente, uma espécie de fascismo (social-fascismo,
neste caso) não pode ser "mais progressista" do que todas as outras. Os neo-revisionistas
do "Expresso Stalinist" promovem vergonhosamente as mentiras fabricadas pelos
Castristas para convencerem os trabalhadores que o regime revisionista Cubano é
socialista quando na verdade ela é fascismo disfarçado sob máscaras "socialistas" - ou
seja, é social-fascismo. Com isso, eles afirmam de facto que o social-fascismo (do qual a
Cuba Castrista é um exemplo flagrante) é melhor do que os outros formatos do fascismo,
quando a verdade é que dizer que o fascismo é pior do que o social-fascismo significa
estar totalmente submerso no anti-comunismo mais negro. Todos os tipos de fascismo
são maus, o conteúdo e todas as suas consequências para a classe trabalhadora são
igualmente más. Ou nós aceitamos todos os tipos de fascismo (incluindo o social-
fascismo) ou rejeitamos todos os tipos de fascismo (incluindo o social-fascismo). Não é
possível condenar completamente o fascismo sem condenar todos os seus tipos formais,
incluindo o social-fascismo, é claro. E defender um deles é defender todos, tal como os
39
neo-revisionistas do "Expresso Stalinist" fazem. Afinal, todos os tipos de fascismo são
substancialmente iguais e partilham os mesmos objectivos. É por isso que é impossível
ter um duplo padrão relativamente a eles: ou apoiamos todos eles ou nós condenamos e
recusamos todos eles. Pode haver diferentes formas de fascismo, mas o seu conteúdo de
classe burgueso-capitalista é totalmente igual. Eles são fenómenos históricos e que estão
sempre a mudar de forma de acordo com o desenvolvimento dos factores subjectivos e
objectivos das particularidades de uma sociedade capitalista (particularidades da crise da
burguesia) - no entanto: em essência, no carácter, na natureza - todos eles são iguais -
são a expressão do carácter contra-revolucionário da ditadura exploradora, opressora e
brutal da burguesia [tanto a mudança da "democracia" para o fascismo e a mudança entre
as diferentes formas de fascismo (e vice-versa) depende de muitos factores subjectivos e
objectivos – e também do nível de consciência da classe trabalhadora e da sua força real e
objectiva como classe revolucionária. Nem nós, os comunistas, nem a classe trabalhadora
têm qualquer hipótese de "preferir" uma forma de fascismo que gostamos mais de
combater. Temos que preparar a classe trabalhadora para a destruição revolucionária do
fascismo independentemente da sua aparência especial. Temos que elaborar a nossa
estratégia e táctica especiais de acordo com cada forma diferente e com as formas
cambiantes da ditadura burguesa].
É claro, isto não nos impede de concluir que não pode haver certos casos em que o social-
fascismo pode dificultar a tarefa revolucionária de espalhar a nossa ideologia Marxista-
Leninista-Estalinista-Hoxhaista e de promover a aquisição de uma consciência
genuinamente comunista entre os proletários e trabalhadores. Por exemplo, de um lado,
temos a tirania Castrista social-fascista, com as suas máscaras "vermelhas" que tentam
fazer os trabalhadores Cubanos acreditar que a tirania burguesa-capitalista totalitária que
os está oprimindo é "socialismo". Levando em conta que a maioria (para não dizer todos)
dos trabalhadores Cubanos nunca experimentaram o verdadeiro socialismo, que eles não
têm informação adequada sobre a União Soviética Bolchevique e sobre a Albânia
socialista, que eles não têm qualquer tipo de formação ideológica Estalinista-Hoxhaista,
nós temos que admitir que as mentiras dos revisionistas Cubanos sobre a "construção do
socialismo em Cuba" têm muitas probabilidades de convencer os proletários e
trabalhadores Cubanos. Nessas condições, é normal que os trabalhadores Cubanos vejam
o "socialismo" como uma ordem repressiva e exploradora que lhes nega liberdade,
40
enquanto o capitalismo de tipo ocidental aparece como um "regime de liberdade". A
propaganda imperialista Americana também contribui para a divulgação desta imagem
falsa. Esta é a origem do fascínio que muitos trabalhadores Cubanos sentem pelo
capitalismo Americano (apesar do seu entusiasmo morrer rapidamente quando eles
percebem que há uma diferença abissal entre o que oligarquia Americana afirma ser e o
que ela realmente é). Por isso, pode ser mais difícil para nós convencer os trabalhadores
Cubanos sobre a justeza da nossa ideologia Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista,
porque primeiro temos que mostrar a esses trabalhadores que somos defensores do
autêntico socialismo e não do Castrismo, que a tirania revisionista exploradora e
opressiva Cubana não tem absolutamente nada a ver com o verdadeiro socialismo /
comunismo, que estamos de facto em oposição ao social-fascismo Cubano e queremos a
sua aniquilação definitiva.
Por outro lado, é muito mais fácil atrair para a nossa ideologia autenticamente comunista
aqueles trabalhadores que vivem nos regimes fascistas pró-Americanos neoliberais da
América Latina. E isso porque esses regimes devem apresentar - até certo ponto - o
carácter de classe predatório do Estado capitalista na frente dos olhos dos trabalhadores
de uma forma mais aberta, sem muitos dos subterfúgios e máscaras utilizadas pelos
sociais-fascismos em geral e pelo Cubano-fascismo social, em particular, permitindo
assim que os trabalhadores de vejam a ordem capitalista-imperialista escravizante como
ela realmente é entendendo que uma vida melhor só pode ser alcançada através da
eliminação do sistema capitalista-imperialista. Então, quais destes regimes anti-
comunistas são mais fáceis de desmascarar? Quais deles mostram o carácter predatório,
reaccionário, explorador, opressor e anti-comunista inerente e inevitável do estado
capitalista de uma forma mais explícita na frente dos trabalhadores? Qual deles é mais
capaz de facilitar a aquisição de uma genuína consciência comunista e a aderência ao
Estalinismo-Hoxhaismo? Estes últimos, é claro. A verdade é que não existe uma forma
pura do fascismo assim como não há uma forma pura do social-fascismo (essas formas
puras só existem em construções teóricas) e que mesmo o fascismo "aberto" faz uso de
diferentes máscaras escondidas com o propósito de enganar as classes trabalhadoras (é
sabido que, por exemplo, o fascismo de Hitler estava escondido atrás do
nacional-"socialismo" Na verdade, a burguesia evitaria estabelecer o fascismo puro
devido a suas óbvias lições históricas negativas e á sua rejeição pela classe trabalhadora -.
e até mesmo pela pequena burguesia). Não devemos subestimar a influência negativa das
novas máscaras "progressistas" de alguns regimes reaccionários da América Latina, como
na Bolívia de Morales, na Venezuela Chavista, etc. [de facto, estes regimes burgueso-
capitalistas que transformaram os seus países em neo-colónias do imperialismo Chinês
tentam esconder o seu carácter de classe explorador, repressivo, pró-imperialista e anti-
comunista ao retratarem-se como sendo “grandes amigos” da Cuba burguesa-capitalista-
revisionista e pró-imperialista com o propósito de se aproveitarem das falsas máscaras
“Marxistas-Leninistas” e da sua suposta “luta contra o imperialismo Americano” (que,
por sinal, é actualmente o principal rival do imperialismo Chinês, sendo que mais uma
vez se verifica que os referidos regimes agem inteiramente de acordo com os interesses
de classe predatórios da burguesia monopolista social-fascista e social-imperialista
Chinesa em desacreditar e destruir o imperialismo Americano) para se apresentarem
como também sendo “anti-imperialistas” e até mesmo “socialistas”. Segundo estes
41
regimes burgueso-capitalistas Latino-Americanos, a sua “amizade” com o regime Cubano
explorador e social-fascista significaria automaticamente que eles também são
alegadamente “socialistas”]. No que respeita ao Brasil, nós já cumprimos essa tarefa com
sucesso (ver: Abaixo o Neo-Revisionismo Brasileiro!). É nosso dever desmascarar o
carácter reaccionário destes regimes (que se escondem atrás de slogans de "reformas
sociais" ou mesmo de fraseologia "socialista") com a mesma intensidade com que
desmascaramos os social-fascismo Cubano. Quanto mais esclarecidas foram as massas da
América Latina e quanto mais elas se tornarem politicamente conscientes, mais os
regimes reaccionários vão ser forçados a enganar as massas com falsas frases
"socialistas".
E sobre a afirmação de que "temos de apoiar Cuba porque o embargo Americano contra
ela tem o propósito de destruir um sistema político diferente e de esquerda"? Esta
afirmação é totalmente reaccionária. Ao dizerem isso, os neo-revisionistas do "Expresso
Stalinist" estão na verdade promovendo o mito revisionista Cubano, segundo o qual a
Cuba social-fascista representaria um "sistema diferente e de esquerda" (isto é, o
42
socialismo) em oposição à oligarquia imperialista Americana que simbolizaria o
capitalismo. Na verdade, o objectivo do embargo Americano contra Cuba não é destruir
um "sistema social diferente" porque não há diferenças substanciais entre o capitalismo
Castrista e o capitalismo Americano. O seu objectivo é recuperar o domínio absoluto e
exclusivo colonial sobre Cuba e instalar ali um regime fantoche pró-Americano
inteiramente fiel aos interesses e desejos dos magnatas Americanos. Nada mais do que
isso.
Mas vamos voltar para as nossas críticas contra Guevara. As lendas e mitos que cercam
Guevara e a sua participação na construção do social-fascismo Cubano também são
constantemente utilizados pelos revisionistas Cubanos para romantizar o seu regime anti-
socialista. Como brilhante Quinto Clássico do Marxismo-Leninismo, o camarada Enver
logo entendeu quem Guevara realmente era. Já citamos esta afirmação do camarada
Enver sobre Guevara em muitas ocasiões, mas vamos fazê-lo uma vez mais porque vale
sempre a pena:
"Quem foi Che Guevara? (...) Ele era um rebelde, um revolucionário, mas não um
marxista Leninista como eles tentam apresentá-lo. (...) As ideias de Che Guevara e
de qualquer outra pessoa que se apresenta como marxista e afirma a "paternidade"
dessas ideias nunca tiveram nada a ver com o Marxismo-Leninismo. (...)."(Enver
Hoxha, The Fist of the Marxist-Leninist Communists Must Also Smash Left Adventurism,
the Offspring of Modern Revisionism (From a conversation with two leaders of the
Communist Party (Marxist-Leninist) of Ecuador), 21 de Outubro de 1968, traduzido a
partir da edição em Inglês)
Com esta afirmação, o camarada Enver conseguiu dar uma descrição perfeita da essência
do Guevarismo em apenas algumas palavras. E Guevara foi - junto com Fidel Castro -
também um dos principais defensores da "integração" da Cuba Castrista na chamada
"divisão internacional socialista do trabalho":
"No seu relatório sobre sua turnê Soviética em 04 de Junho de 1963 Castro fez saber
que era necessária uma “divisão internacional do trabalho"." (Theodore Draper,
Castroism: Theory and Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
43
interesses dos novos capitalistas Soviéticos. Isso foi o que ocorreu também com Cuba e
com a sua produção de açúcar. O camarada Enver entendeu muito bem o que era a
"divisão internacional do trabalho socialista" imposta pelos revisionistas Soviéticos:
Então, nos perguntamos: onde está a famosa "coragem revolucionária" tantas vezes
atribuída a Guevara? Esperamos sinceramente que este texto contribua para elucidar
todos aqueles que pensam erroneamente que o uso de uma t-shirt de Che Guevara é
sinónimo de ser um Marxista-Leninista. É hora de os trabalhadores do mundo se livrarem
definitivamente do revisionismo de Guevara através da aderência total á única ideologia
verdadeiramente revolucionária e comunista: o Marxismo-Leninismo-Estalinismo-
Hoxhaismo.
44
especialmente no que respeita à sua recusa da liderança do partido na revolução através
de o relegarem para meras funções de "orientação":
Perante isto, vamos deixar o 5º Clássico do Marxismo-Leninismo falar por nós. No seu
grande livro "A auto-administração Jugoslava: teoria e prática capitalista", o camarada
Enver literalmente destrói a ideologia social-fascista Titoista nos seus fundamentos e
declara algo que pode ser considerado como uma resposta directa ás noções anti-
socialistas de Castro sobre o papel do partido:
3 – A ideologia Castrista-Guevarista
3.1 – Credenciais "Marxistas-Leninistas”
45
expressão máxima da revolução nas condições latino-Americanas". O seu nome mais
correcto seria talvez Castrismo-Guevarismo, porque o Castrismo é constituído
principalmente pelas ideias anti-comunistas de Fidel Castro e de Che Guevara, embora
tenha havido outros ideólogos revisionistas como Regis Debray que também
contribuíram para o seu desenvolvimento. No entanto, por motivos de simplificação,
vamos nos referir a ela apenas como "Castrismo".
Portanto, não foi por acaso que o Comintern dissolveu a sua "Secretaria para a América
Latina" em 1935 [fundada em Maio-Junho de 1928]. A dissolução foi decidida pela nova
direcção revisionista do Comintern.
46
Em consequência, o PCC adoptou mais tarde uma linha reformista que desviou o partido
dos interesses dos trabalhadores Cubanos. Esta adopção do revisionismo coincidiu com o
tristemente famoso VII Congresso do Comintern em 1935 no qual Dimitrov defendeu o
abandono dos princípios Estalinistas em favor de uma estratégia capitulacionista em face
dos partidos, ideologias e classes capitalistas-burgueses-revisionistas com o pretexto de
um falso "combate ao nazi-fascismo " baseando-se nos representantes do sistema socio-
económico que dá origem a esse mesmo nazi-fascismo: o capitalismo-imperialismo.
"A vitória do desvio de direita no seio dos partidos comunistas dos países
capitalistas significa a degeneração ideológica dos partidos comunistas e a
intensificação da social-democracia. (...) Isto significa a consolidação do capitalismo,
pois a social-democracia é o principal agente do capitalismo entre a classe
trabalhadora. Portanto, a vitória do desvio de direita nos partidos comunistas dos
países capitalistas criou as condições necessárias para a perpetuação do
capitalismo." (Estaline, Les Questions du Léninisme, 1931, traduzido da versão em
língua Francesa)
Na verdade, no 10º Plenário do Comité Central do P"C" C em Julho de 1938, Blas Roca
defendeu abertamente um acordo entre o P “C”C e o fascista Batista:
47
Claro que Batista entendeu muito facilmente o que revisionistas Cubanos entendiam por
"democracia". Em troca do apoio, Batista legalizou o P “C”C:
"O Partido Comunista foi legalizado pela primeira vez na sua história de 13 anos no
dia 25 de Setembro de 1938." (Robert J. Alexander, Communism in Latin America,
Nova Iorque, 1957, traduzido da versão em língua Inglesa)
"A ascensão dos comunistas foi devido ao seu acordo com Batista, pelo qual eles
receberam total liberdade de acção e de ajuda do governo no campo sindical em
troca de apoio político para as ambições presidenciais de Batista." (Robert J.
Alexander, Communism in Latin America, Nova Iorque, 1957, traduzido da versão em
língua Inglesa)
"O coronel Batista tornou-se parte integrante das forças progressistas. Devemos
trabalhar abertamente em favor do apoio das massas ás políticas de Batista." (R. A
Martinez, The Latin American Significance of the Cuban Democratic Upsurge, citado em
World News and Views, Abril de 1939, traduzido da versão em língua Inglesa)
Escusado será dizer que o P “C” C tornou-se num inimigo das aspirações e interesses dos
trabalhadores Cubanos, apoiando um regime que brutalmente os explorava e matava. Mas
é fácil ver que o objectivo de Batista em legalizar o P"C"C era dar a seu regime um certo
ar "popular" e até mesmo "de esquerda" para enganar os trabalhadores Cubanos, e assim
convencê-los a apoiar o seu regime fascista. Batista fingiu ser "democrático" ao legalizar
o partido revisionista Cubano. É claro que, se o P “C” C tivesse permanecido leal ao
Marxismo-Leninismo, se tivesse permanecido fiel à linha Estalinista, Batista nunca o
teria legalizado, porque ele teria percebido que o P “C” P era um partido verdadeiramente
revolucionário que ameaçava o sistema capitalista-imperialista. Mas como o P “C” C foi
transformado num cadáver oportunista no contexto do abandono dos princípios
Estalinistas pelo movimento comunista mundial, Batista sabia que o P"C"C não
representava qualquer ameaça real para o sistema de exploração nem em Cuba, nem nos
EUA, nem em outro lugar qualquer – ele tornou-se num partido reformista totalmente
inofensivo cujo objectivo era o de ajudar os oligarcas imperialistas Americanos a
manterem o seu reinado sangrento sobre Cuba através de dar ao seu fantoche Batista um
ar mais "democrático" e "popular" com o objectivo de fazer os trabalhadores Cubanos
renunciarem á aquisição de uma genuína ideologia Marxista-Leninista para a realização
do verdadeiro socialismo e comunismo (com esse mesmo propósito, a burguesia
compradora Cubana ao serviço dos oligarcas imperialistas Americanos permitiram
48
mesmo a existência de alguns "sindicatos" pró-capitalistas e anti-socialistas sob o
controle total do seu fantoche fascista Batista).
Tal era o estado do movimento "comunista" Cubano várias décadas antes de Castro!
"Lutamos por uma grande frente unida nacional." (Blas Roca citado em W.Z Foster,
The Congress of the CP of Cuba, Fevereiro de 1939, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"Levou dois ministros do Partido para o seu governo." (Peter Taaffe, Cuba: Analysis
of the Revolution, Londres, 1975, traduzido da versão em língua Inglesa)
49
Batista que ilegalizasse o PP “S” C, pois este era um partido que ainda se qualificava
como "socialista" - mesmo que de “socialista só tivesse mesmo o nome. No início dos
anos 1950, tudo o que incluísse a palavra "comunista" ou mesmo "socialista" era
demasiado para os oligarcas imperialistas Americanos. Portanto, o PP “S”C foi
novamente ilegalizado:
"Batista proibiu o Partido em 1953." (Robert Scheer & Maurice Zeitlin, Cuba: An
American Tragedy, 1964, traduzido da versão em língua Inglesa)
Em face disso, poder-se-ia esperar que talvez os revisionistas Cubanos percebessem que
o carácter de classe repressiva do Estado capitalista não pode ser eliminado por meios
pacíficos e rectificariam os seus erros adoptando uma linha Marxista-Leninista-
Estalinista autêntica e envolvendo-se na luta armada contra o fascista Batista e seus
patrões Americanos. Mas seria um erro se pensássemos assim. Os revisionistas Cubanos
eram oportunistas incuráveis. Mesmo enfrentando a repressão furiosa de Batista, os
revisionistas Cubanos repetidamente afirmaram que era preciso:
"Durante a maior parte dos anos da tirania, o partido tentou evitar a violência."
(Theses of the Executive Committee of the Popular Socialist Party, Abril de 1959,
traduzido da versão em língua Inglesa)
Esta posição dos revisionistas Cubanos está em oposição total aos verdadeiros princípios
Estalinistas-Hoxhaistas:
"A revolução (...) não pode triunfar pelo caminho pacífica. Lenine (...) sempre
colocou o acento tónico na violência revolucionária, porque a burguesia nunca se
rende voluntariamente." (Enver Hoxha, O Imperialismo e a Revolução, Tirana, 1979,
edição em Português)
50
Na verdade, o PP "S" C nem sequer via a luta armada da burguesia nacional Cubana
contra a burguesia pró-Americana de Batista com bons olhos. Os revisionistas Cubanos
viam-na como "gangsterismo violento". Consequentemente, o PP "S" C não participou na
revolução Cubana burguesa de 1959 por qualquer meio. No entanto, quando os
guerrilheiros de Fidel alcançaram o poder, os líderes revisionistas do PP"S"C entenderam
que não tinham outra opção além de apoiar a "revolução":
"O Partido apoia o novo regime." (Theses of the Executive Committee of the Popular
Socialist Party, Abril de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
No entanto, é somente a partir do momento em que a burguesia Castrista é forçada a
procurar a ajuda e a proteção dos social-imperialistas Soviéticos contra os oligarcas
imperialistas Americanos é que ela começa a ficar interessada no PP"S"C. E isto porque,
como já explicado neste artigo, um dos principais requisitos necessários para a burguesia
Castrista receber o apoio dos social-imperialistas Soviéticos era dar á sua dominação de
classe uma certa aparência "socialista". Os social-imperialistas Soviéticos exigiram isso
porque era a única forma de continuar a enganar os trabalhadores do mundo fazendo-os
acreditar que eles tinham de apoiar a União Soviética, porque era "um país socialista que
se esforça para o avanço da revolução, ajudando todos os outros países socialistas",
quando a verdade é que, desde a tomada do poder pelos Krushchevistas, a ex-União
Soviética Bolchevista tinha sido transformada em uma superpotência imperialista feroz
lutando para estender sua esfera de influência e transformando países como Cuba em seus
satélites neo-coloniais. Naturalmente, os novos capitalistas Soviéticos e também as
burguesias dos satélites pró-Soviéticos (incluindo a burguesia Castrista) estavam
empenhadas em fazer o seu melhor para que o proletariado mundial nunca entenda isso,
porque de outra forma o império revisionista Soviético estaria em perigo se ele tivesse
que enfrentar a raiva dos trabalhadores do mundo em luta a favor do socialismo
autêntico.
Concluindo, Cuba teve que aparecer como um país "socialista". Mas como poderia esta
mascarada ser eficientemente feita sem um "partido Marxista-Leninista"? Qualquer
regime burguês que pretenda ser "socialista" não vai convencer ninguém sem isso.
Como o anti-Marxista "Movimento 26 de Julho" não tinha nada semelhante a um partido,
os líderes Castristas sentiram-se tentados a usar o PP "S" C para seus fins perversos. Na
verdade, embora completamente revisionista, o PP "S" C foi o único partido político em
Cuba que tinha a palavra "socialista" na sua designação oficial, ou seja, que tinha teve um
último remanescente de aparência de "esquerda".
51
estava tão profundamente envolvido nas políticas tirânicas pró-Americanas de Batista
teria sido impossível:
"Fidel não podia simplesmente se juntar ao PPSC sem perder a face. Uma nova
organização, que não teria de suportar o fardo da história longa do PPSC ERA
obviamente preferível." (Theodore Draper, Castro’s Revolution: Myths and Realities,
1962, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, o que a burguesia Castrista realmente queria era conseguir a ajuda dos
dirigentes revisionistas do PP “S”C a fim de construir um novo partido sob o controle dos
Castristas:
"Castro insistiu desde o princípio que o velho partido comunista deveria ser
absorvido por um novo partido comunista sob a sua liderança." (Tad Szulc, Fidel: A
Critical Portrait, Londres, 1987, traduzido da versão em língua Inglesa)
É óbvio que esse novo "partido comunista" sob a liderança de Fidel Castro seria o
escolhido para desempenhar o papel de "partido Marxista-Leninista que está governando
um país socialista" de acordo com as exigências social-imperialistas.
"Cada partido manteve a sua identidade e autonomia." (Tad Szulc, Fidel: A Critical
Portrait, Londres, 1987, traduzido da versão em língua Inglesa)
52
partidos para representá-los). Por exemplo, referindo-se à Frente Democrática na Albânia
socialista, o camarada Enver Hoxha sempre sublinhou que:
"Esta frente não é um partido político, nem uma coalizão de partidos: no nosso país,
não há outros partidos para além do Partido do Trabalho da Albânia." (Enver
Hoxha citado por Gilbert Mury em: Enver Hoxha contre le revisionisme, Paris, 1972,
traduzido da versão em língua Francesa)
De facto, e ao contrário do que aconteceu em todos os estados capitalistas-revisionistas,
nem na União Soviética Bolchevique nem na Albânia do camarada Enver foi permitida
qualquer tipo de "união" ou de "coalizão" entre as massas trabalhadoras e a burguesia,
nem mesmo com a facção "radical" dessa mesma burguesia (afinal, todos os sectores
burgueses sem excepção são igualmente predatórios, não importa se eles são abertamente
reaccionários e anti-comunistas ou se eles preferem usar máscaras "progressistas",
"democráticas" ou mesmo " populares / de esquerda"). Sendo autênticos partidos
Marxistas-Leninistas, nunca o PCUS (B) e o PTA permitiram a penetração de influências
capitalistas, burguesas e revisionistas dentro das fileiras do proletariado porque a
consciência comunista entre os trabalhadores seria gravemente comprometida, a ditadura
do proletariado seria perigosamente enfraquecida e a construção socialista seria
impossível (abrindo assim o caminho para a restauração capitalista-imperialista,
incluindo o retorno inerente da escravidão assalariada, da exploração, da opressão,
alienação, etc. ...)
53
monolítico do proletariado, e não um bloco de elementos de diferentes classes”."
(Enver Hoxha, O Imperialismo e a Revolução, Tirana, 1979, edição em Português)
"A iniciativa privada ainda é necessária." (Blas Roca citado em: Hugh Thomas, The
Cuban Revolution, Londres, 1986, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, essa contradição não era uma contradição de princípios, pois ambas as
facções em última análise defendiam a propriedade e a empresa privada (o capitalismo de
Estado é apenas outra sua forma). Mas isso é natural porque também as duas facções
eram burguesas e pró-capitalistas, portanto, nunca poderiam ter opiniões opostas
substancialmente. O que estava acontecendo nesta ocasião foi que os Castristas estavam
representando os interesses da burguesia nacional Cubana que estava agora se
transformando em uma classe compradora pró-Soviética, enquanto os antigos líderes do
PP "S"C estavam representando uma secção diferente da burguesia. Na verdade, eles
pareciam representar uma secção cujos interesses e objectivos eram mais próximos às da
burguesia nacional Cubana que recusou a dominância social-imperialista Soviética e que
não queria desistir de seus sonhos antigos de exploração dos trabalhadores Cubanos por
conta própria. Os ex-dirigentes do PP“S"C defendiam a ideia de que o novo regime
Cubano deve ser uma aliança entre as diversas classes e que era importante:
Esta ideia é tomada do revisionismo Maoista, que também propõe uma "aliança de
classe" sob o domínio burguês como forma de prevenir a chegada ao poder do
proletariado. Mesmo o ideólogo burguês Theodore Draper rapidamente observou que os
líderes do PP"S"C:
54
classe média, camponeses, trabalhadores e burguesia nacional.” (Theodore Draper,
Castroism: Theory and Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na DGM I, II e III, nós já analisámos esta teoria Maoista, por isso recomendamos a todos
os interessados que as leiam, até mesmo porque este artigo deve ser completada com
outros documentos da Internacional Comunista (Estalinista-Hoxhaista). Vamos apenas
acrescentar que o PP “S”C queria manter a propriedade privada explícita como um meio
de manter a referida aliança de classe sob o domínio burguês. Mas esses planos dos
líderes do PP "S"C foram condenados ao fracasso. A agora burguesia pró-Soviético
representada pela facção Castrista não queria compartilhar nem o poder político nem a
propriedade dos meios de produção com outras secções da burguesia. E para alcançar este
objectivo, era fundamental concentrar todos os sectores produtivos Cubanos em suas
mãos através de capitalismo de estado em desenvolvimento, até porque dessa forma a
ajuda e protecção fornecida pelos social-imperialistas Soviéticos seria assegurada. Afinal
de contas, juntamente com a existência de um aparentemente "partido Marxista-
Leninista", também a existência de uma falsa "economia planeada e socializada" era
essencial para construir o disfarce "comunista" da Cuba Castrista. Através do
desenvolvimento de capitalismo de Estado, a burguesia iria realizar dois grandes
objectivos: por um lado, agradaria aos social-imperialistas Soviéticos e enganaria as
massas trabalhadoras Cubanas impedindo-as de entender o carácter de classe explorador
do estado Castrista; e por outro lado, permitiu-lhe utilizar o apoio imperialista Soviético
para reforçar o seu controle sobre Cuba a fim de destruir definitivamente os últimos
restos da influência de todas as outras secções da burguesia Cubana que tinham interesses
incompatíveis com os dos novos governantes pró-Soviéticos.
De qualquer forma, a burguesia Castrista não hesitou em usar essas contradições para
eliminar a influência dos líderes do antigo PP"S"C dentro do PUR"S". Os Castristas
queriam que o PUR"S" estivesse sob o seu controle exclusivo. Portanto, no dia 26 de
Março de 1961, Castro "denunciou" o líder do PP “S” C Aníbal Escalante:
"Castro destacou Aníbal Escalante para algumas das acusações mais contundentes
em seu arsenal formidável de invectiva sarcástica. Os Cubanos foram informados
que Escalante tinha criado "uma monstruosidade contra-revolucionária” na ORI,
que ele construiu sua própria máquina para assumir o partido e o governo." (Tad
Szulc, Fidel: A Critical Portrait, Londres, 1987, traduzido da versão em língua Inglesa)
E:
"Castro deixou bem claro que ele estava golpeando muitos outros através de
Escalante." (Theodore Draper, Castro’s Revolution: Myths and Realities, 1962,
traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, muitos dos líderes revisionistas do PP "S" C foram jogados fora: Escalante
foi violentamente exilado, Blas Roca foi expulso das actividades públicas, etc. Com o
tempo, todos aqueles que se opunham á facção Castrista dentro do PUR "S" rapidamente
perceberam que havia apenas duas opções para eles: ou eles aceitavam o novo domínio
55
absoluto da burguesia Castrista pró-Soviética compradora sobre Cuba ou seriam
prontamente removidos. Sem surpresa, oportunistas como eles eram, a grande maioria
deles não se importou em desistir das suas posições anteriores para abraçar os Castristas,
uma vez que poderiam assim continuar a desfrutar de privilégios de classe ao apoiarem a
burguesia Cubana pró-Soviética representada por Castro. E foi assim que Fidel Castro:
“ (…) avançou (...) como a autoridade final." (Theodore Draper, Castroism: Theory
and Practice, 1965, traduzido da versão em língua Inglesa)
Embora a predominância da burguesia Castrista foi decidida neste momento, a luta contra
os líderes do PP"S"C e as facções burguesas "independentistas" que eles representavam
continuou até ao final de 1960. Em 1965, o PUR"S" mudou o seu nome mais uma vez,
desta vez para "Partido Comunista de Cuba" (mantendo integralmente e mesmo
intensificando o carácter burguês-capitalista e anti-socialista herdada de seu antecessor: a
PUR "S"). No mesmo ano, Fidel Castro também foi anunciado como o Secretário-Geral
do PC "C" e o jornal "Granma" (o jornal oficial do social-fascismo Cubano) foi fundado.
No final, a burguesia Castrista pró-Soviética havia prevalecido em todos os campos
políticos, económicos e ideológicos e aplicado os seus planos de desenvolvimento do
capitalismo de Estado. Como afirmam os analistas pró-capitalistas acerca do social-
fascismo Cubano:
"O estado nacionalizou toda a produção privada entre 1967 e 1970." (Economist
Intelligence Unit, Country Profile: Cuba, 1987-1988, traduzido da versão em língua
Inglesa)
56
1920 / início de 1930 e, como o Estado burguês-capitalista Castrista (criado em 1959)
nunca representou o poder proletário, então estas chamados "nacionalizações" e
"expropriações" são nada mais do que um disfarce ridículo cujo objectivo é manter os
trabalhadores longe do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo através de
convencê-los de que eles estão vivendo em um "regime socialista" e, portanto, não há
necessidade de lutar por coisas como a eliminação da escravidão assalariada, a
implementação da regra dos trabalhadores etc., porque tudo isso já foi "concretizado" (e o
mesmo pode ser dito sobre a falsa fraseologia "Marxista-Leninista" e as outras máscaras
"vermelhas" usadas pelo social-fascismo Cubano ultra-reaccionário para esconder a sua
verdadeira natureza burguesa-capitalista-revisionista e anti-comunista).
Mas esses tipos de disfarce social-fascista são totalmente naturais dados os objectivos e
natureza do revisionismo Cubano. A "revolução" Cubana foi anti-comunista desde o
início. Um dos principais princípios do Marxismo-Leninismo é que uma verdadeira
revolução socialista só pode ser conduzida pelo proletariado. Se este não for o caso, então
isso significa que a revolução em questão não é socialista. O camarada Lenine já tinha
sublinhado muitas vezes que só o proletariado poderia conduzir eficientemente uma
verdadeira revolução socialista:
"Nem na sua primeira, nem na segunda fase a revolução pode ser descrita como
proletária, o proletariado ... tinha participado pouco na luta." (Boris Goldenberg,
The Cuban Revolution and Latin America, Londres, 1965, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"A classe operária não tinha de forma alguma participado na revolução." (José R.
Alvarez Diaz, The Road to Nowhere: Castro's Rise and Fall, 1965, traduzido da versão
em língua Inglesa)
Mas eles não eram os únicos. Também os revisionistas Cubanos confirmam a ausência de
participação do proletariado na pseudo-revolução anti-socialista Cubana:
"A acção colectiva da classe operária não poderia ser o factor decisivo por uma série
de circunstâncias." (Blas Roca, The Cuban Revolution in Action, Agosto de 1959,
traduzido da versão em língua Inglesa)
57
De facto, mesmo os próprios Castristas assumem abertamente que:
"A nossa revolução não é uma revolução feita por sindicatos ou trabalhadores
assalariados urbanos ou por partidos operários ou por qualquer coisa assim." (C.
Wright Mills, Listen, Yankee: The Revolution in Cuba, 1960, traduzido da versão em
língua Inglesa)
Se ainda havia dúvidas sobre o carácter anti-proletário da pseudo-revolução Cubana,
estas declarações elucidam-nos. Este facto por si só é prova de que a pseudo-revolução
burguesa Cubana nunca poderia ser socialista. Devido à posição que ocupa relativamente
aos meios de produção, devido ás suas condições de trabalho e de vida, a classe operária
(ou seja, o proletariado) é a classe mais revolucionária de todas. É muito mais capaz do
que qualquer outra de se livrar de preconceitos e ideias burgueses-capitalistas a fim de
adquirir uma consciência comunista. Durante as suas vidas, os cinco clássicos do
Marxismo-Leninismo nunca se cansaram de sublinhar a necessidade da direcção do
proletariado numa autêntica revolução socialista. Por exemplo, o camarada Enver Hoxha
sempre fez o seu melhor para aplicar esse princípio básico do Marxismo-Leninismo na
Albânia, mesmo sendo este um país onde esmagadora maioria da população era
camponesa quando os Marxistas-Leninistas Albaneses alcançaram o poder. Mas Enver
sabia que ter o proletariado liderar a revolução é essencial para o sucesso do socialismo
(na Albânia e nos outros lugares) e, portanto, nunca se intimidou com o facto de que a
população Albanesa era principalmente camponesa. Durante a Guerra de Libertação
Nacional na Albânia, os poucos proletários tinham liderado as actividades de guerra
revolucionárias. No entanto, em muitos casos, as classes operárias Albanesas eram tão
escassas que elas tendiam a serem quase inexistentes. Em face disso, os camaradas
Albaneses liderados por Enver desenvolveram um plano que é uma lição de determinação
revolucionária para todos os comunistas de todo o mundo: com a ajuda internacionalista
da União Soviética Estalinista, os comunistas Albaneses criaram o proletariado Albanês.
Na verdade, eles desenvolveram a indústria pesada dos meios de produção para garantir a
independência definitiva do país e, consequentemente e simultaneamente com isto, eles
também favoreceram a formação de uma forte classe operária Albanesa que nunca parou
de aumentar em número até 1985 (por altura da morte do camarada Enver, o número dos
Albaneses que trabalhavam na indústria estava prestes a superar o número dos que
trabalhavam na agricultura (!). E se o revisionismo não tivesse tomado o poder na
Albânia, esta situação teria sido certamente intensificada). Este é uma lição para todos os
revisionistas repugnantes que tentam esconder a sua recusa deste princípio fundamental
do Marxismo-Leninismo argumentando sobre "as condições específicas dos países" e que
"no nosso país, não é possível cumprir o princípio da liderança proletária porque não há
qualquer proletariado". Hoje em dia, é muito raro encontrar um país onde as classes
operárias estejam tão ausentes como estavam na Albânia de 1945, mas, mesmo se este for
o caso, os Marxistas-Leninistas Albaneses nos mostraram que não pode haver desculpas
falsas para não seguir esse grande princípio socialista: se não há proletariado
revolucionário, então nós, Estalinistas-Hoxhaistas, vamos criá-lo e colocá-lo liderando a
revolução rumo ao socialismo e ao comunismo!
58
Na Albânia, este novo proletariado cuja existência foi promovida e consolidada pelo
PTA, foi colocada na liderança da revolução socialista. Esta liderança proletária foi
mencionada na Constituição Albanesa de 1976:
"O pequeno número da classe trabalhadora na Albânia não impediu que ela jogasse
seu papel hegemónico porque tinha á cabeça o seu Partido Comunista que foi
guiado pelos ensinamentos de Marx, Engels, Lenine e Estaline. A linha correcta do
nosso partido, que respondeu à situação e aos interesses das grandes massas
trabalhadoras, tornou possível alcançar a grande unidade do povo em torno da
classe trabalhadora em uma única frente sob a liderança única e indivisível do
Partido Comunista. (...) Negando o papel hegemónico e dirigente da classe operária
na revolução e Na construção do socialismo, os Eurocomunistas mas não poderiam
deixar de abandonar também o papel e a missão do partido comunista como ela é
definido pelo Marxismo-Leninismo e como ela foi confirmada pela longa história do
movimento revolucionário e comunista mundial." (Enver Hoxha, O Eurocomunismo é
Anticomunismo, Tirana, 1980, edição em Português)
59
E também o reaccionário Guevara insistiu nesta mentira:
"O campesinato nunca teve nas suas mãos qualquer uma das alavancas de comando
da revolução, antes ou depois da vitória desta." (Theodore Draper, Castro’s
Revolution: Myths and Realities, 1962, traduzido da versão em língua Inglesa)
60
socialista Cubana foi feita não por mas contra o campesinato (e também contra todos os
trabalhadores Cubanos). No início deste artigo, já tínhamos explicado como os
camponeses tinham sido instrumentalizados em benefício dos interesses da classe que
realmente lideraram a revolução anti-socialista Cubana de 1959: os da burguesia nacional
Cubana (que mais tarde se transformou em burguesia compradora pró-Soviética). Na
verdade, tal como tinha sido feito com o campesinato, a burguesia nacional Cubana
também usou outras classes não proletárias para realizar seus objectivos. Afinal, não
podemos esquecer que as classes médias pequeno-burguesas Cubanas enfrentaram
dificuldades e foram oprimidas pelo domínio Americano sobre Cuba que favorecia a
burguesia pró-Americana em seu detrimento. Através de promessas de uma posição
muito mais confortável dentro da ordem capitalista, os intelectuais Cubanos da classe
pequeno-burgueses foram manipulados pela burguesia Cubana que as usaram para fazer a
"revolução" sem nunca recorrer ao campesinato ou ás classes trabalhadoras (cuja
consciência desperta e demandas consequentes pelo verdadeiro socialismo real poderiam
ser letais para a burguesia nacional Cubana):
"A luta armada foi iniciada pela pequena burguesia. A liderança política da luta
armada estava nas mãos da pequena burguesia." (Blas Roca, The Cuban Revolution
in Action, Agosto de 1959, traduzido da versão em língua Inglesa)
"A revolução Cubana foi exclusivamente uma revolução da classe média (...) A
revolução foi feita e sempre controlada por filhos e filhas da classe média (ou seja,
da pequena-burguesia)." (Theodore Draper, Castro’s Revolution: Myths and Realities,
1962, traduzido da versão em língua Inglesa)
61
"Devido às características básicas de sua posição económica, a pequena burguesia é
incapaz de fazer qualquer coisa de forma independente." (Lenine, The Proletarian
Revolution and the Renegade Kautsky, Outubro a Novembro de 1918, traduzido da
versão em língua Inglesa)
"A pequena burguesia não pode, pela própria natureza económica das coisas, ser
outra coisa do que a expressão da impotência classe." (Lenine, The Tax in Kind, Abril
de 1921, traduzido da versão em língua Inglesa)
Há muito tempo atrás, o camarada Lenine já tinha notado isso com notável precisão:
"Os democratas pequeno-burgueses sempre serviram apenas como uma capa para a
ditadura da burguesia e um trampolim para o seu poder indivisível." (Lenine,
Theses for a Report on the Tactics of the RCP, 3º Congresso da Internacional Comunista,
Junho de 1921, traduzido da versão em língua Inglesa)
"A pequena burguesia na vida real depende da burguesia e segue a burguesia nas
suas perspectivas." (Lenine, The Tasks of the Proletariat in Our Revolution, Setembro
de 1917, traduzido da versão em língua Inglesa)
62
grupo social que inerentemente serve os interesses da burguesia (ou pelo menos de uma
sua certa facção: no caso Cubano, ela serviu a burguesia nacional Cubana).
Mas a natureza reaccionária e anti-comunista do Castrismo não termina aqui. Uma das
principais características do Castrismo é que ele afirma que a revolução anti-socialista
Cubana de 1959 deve ser a base e modelo para todas as revoluções na América Latina. E
a razão para isso foi que, de acordo com os Castristas, o facto de que alguns homens
foram capazes de fazer uma revolução em Cuba significa que este pequeno país poderia
perfeitamente ser o iniciador do processo revolucionário global na América Latina.
Castro queria ser reconhecido como o líder do "processo revolucionário" na América
Latina e que a sua "revolução" anti-socialista de 1959 deve ser considerada como o
inspirador da mesma:
63
observar que a América Latina foi e ainda é uma das regiões mais exploradas do mundo.
Desde o século XVI, os imperialistas mundiais nunca se cansaram de massacrar,
abusando e oprimir os trabalhadores latino-Americanos em sua busca por apropriação dos
recursos altamente rentáveis deste continente. E durante o século XX, esta situação foi
agravada – quando a "revolução" anti-socialista Cubana teve lugar, a imensa maioria dos
países latino-Americanos tinham sociedades desiguais onde a pobreza mais negra vivia
lado a lado com a riqueza mais inacreditável - algo que continua a ocorrer hoje em dia em
todo o mundo. Por isso, é fácil perceber o charme que a "revolução" Castrista exerceu (e
ainda exerce) sobre os miseráveis trabalhadores latino-Americanos. Para muitos deles,
defender o Castrismo e a pseudo-revolução burguesa Cubana era para defender o
socialismo em seus próprios países, e a defender o fim das oligarquias reaccionárias
locais e do controle absoluto imperialista sobre as suas nações (que era exercido,
principalmente, pelo imperialismo Americano). Para estes trabalhadores latino-
Americanos sem uma consistente formação ideológica Marxista-Leninista, a "revolução"
Cubana parecia uma promessa de uma vida melhor, sem opressão e exploração. Eles não
foram capazes de compreender que, ao defender a difusão da "revolução" Castrista, eles
estavam de facto ajudando o cumprimento dos interesses dos social-imperialistas na
América Latina. Com isso, não queremos culpar os trabalhadores latino-Americanos. Não
foi sua culpa. Eles só apoiaram o Castrismo porque não foram ensinados e educados de
acordo com os genuínos princípios Marxista-Leninistas. A maioria deles não sabia nada
sobre a Albânia socialista, e até mesmo sobre a União Soviética Bolchevique o seu
conhecimento era superficial e vinha principalmente daquilo que os revisionistas
Soviéticos queriam que eles soubessem. Na verdade, muitos deles abandonaram o
Castrismo quando perceberam que a Cuba social-fascista se tornou-se um lacaio neo-
colonial subserviente dos objectivos social-imperialistas predatórios. Como o camarada
Enver comentou:
64
Mas vamos voltar á nossa análise do Castrismo. Este tipo de revisionismo nega os
ensinamentos mais fundamentais dos cinco clássicos do Marxismo-Leninismo. Assim de
acordo com o Castrismo, não há necessidade de um partido Marxista-Leninista na
liderança da revolução. De facto, não há necessidade sequer de um partido Marxista-
Leninista:
"Fidel Castro diz que esta vanguarda (da revolução) não é (…) o partido Marxista-
Leninista (...). Em Cuba não foi o partido que foi o núcleo directivo do exército
popular." (Fidel Castro citado em Regis Debray, Revolution in the Revolution? Armed
Struggle and Political Struggle in Latin America, 1968, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"A revolução Cubana tem demonstrado que é possível fazer a revolução sem um
partido de vanguarda Marxista-Leninista da classe operária." (Régis Debray,
Strategy for Revolution, 1970, traduzido da versão em língua Inglesa)
Escusado será dizer que esta é uma noção completamente anti-comunista. Negar a
necessidade absoluta e inevitável de um partido monolítico comunista Leninista-
Estalinista em que o Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo é a única ideologia
permitida é sinónimo de negar a possibilidade de uma revolução socialista. E negando
isso, são também automaticamente negadas todas as etapas seguintes: a implementação
da ditadura do proletariado, a realização da construção do socialismo, o avanço em
direcção ao comunismo, etc., porque todas essas fases subsequentes não podem ser
realizadas sem uma revolução socialista. E uma revolução socialista não pode ser
realizada sem um partido autenticamente proletário e comunista com base no centralismo
democrático como configurado pelo camarada Lenine. O partido comunista de tipo
Leninista-Estalinista é a chave fundamental para abrir a porta para o socialismo e o
comunismo, porque é o principal instrumento através do qual o proletariado é organizado,
treinado e preparado para assumir o seu papel histórico de liderança na revolução
socialista. É por isso que o partido Marxista-Leninista é a única vanguarda possível desta
revolução socialista. A existência de um partido Marxista-Leninista é a pedra de toque da
implementação da ditadura do proletariado e, consequentemente, da construção socialista
e comunista bem sucedida. Como o camarada Enver afirmou relativamente à situação
Albanesa:
65
"Apesar das inúmeras dificuldades que encontramos em nosso caminho, nós
alcançámos um sucesso após o outro. Alcançámos estes sucessos, em primeiro lugar,
porque o Partido completamente dominava a essência da teoria de Marx e Lenine,
entendeu o que a revolução era, quem a estava fazendo e quem tinha que a liderar,
entendeu que á cabeça do partido deve estar a classe operária em aliança com o
campesinato, que o partido tinha que ser um partido de tipo Leninista. Os
comunistas entenderam que este partido não deve ser comunista apenas no nome,
mas tinha que ser um partido que aplicasse a teoria Marxista-Leninista da
revolução nas condições concretas do nosso país, que iria começar o trabalho para a
criação da nova sociedade socialista, a exemplo da construção do socialismo na
União Soviética da época de Lenine e Estaline. Esta posição deu ao nosso Partido a
vitória, deu ao país a grande força política, económica e militar que tem hoje. Se
tivéssemos agido de forma diferente, se não tivéssemos aplicado consistentemente
estes princípios da nossa grande teoria do socialismo, este não poderia ter sido
construído num pequeno país cercado por inimigos como é o nosso." (Enver Hoxha,
O Imperialismo e a Revolução, Tirana, 1979, edição em Português)
66
O Partido Comunista Leninista-Estalinista permite que o proletariado seja temperado com
uma disciplina de ferro e com uma formação profunda ideológica que lhe permita
desempenhar eficientemente o seu papel histórico de liderança e como a vanguarda da
revolução socialista, como o principal arquitecto da derrota e aniquilação da ordem sócio-
económica-ideológica burguesa-capitalista, como o guia verdadeiro de todos os
trabalhadores no sentido de uma sociedade sem estado, sem classes e sem propriedade.
Todos aqueles que negam a necessidade de um partido Marxista-Leninista do
proletariado estão automaticamente recusando a ideologia comunista em sua totalidade,
como acontece com os Castristas que substituem o partido Marxista-Leninista por seitas
de guerrilha minúsculas sem qualquer tipo de relações com as massas trabalhadoras [de
facto, o Castrismo tem semelhanças com o Maoismo ao declarar que "o partido é o
exército", isto é, que o exército comanda o partido. Na verdade, como já dissémos muitas
vezes, o que determina tudo é a classe que controla o poder político, económico, social e
militar. E na Cuba social-fascista, a classe que detém todos esses campos de poder é a
burguesia (e na Cuba Castrista, assim como em todos os outros regimes burgueses-
capitalistas-revisionistas, o exército sempre foi uma das principais ferramentas utilizadas
pela burguesia Castrista para reprimir as massas trabalhadoras e manter a sua dominação
de classe tirânica). Por isso, também o poder militar e o exército estão em suas mãos.
Assim, na Cuba Castrista, o exército burguês, anti-socialista, pró-capitalista e pró-
imperialista está certamente acima do partido, que, por sinal, está muito longe de ser um
partido Marxista-Leninista].
Esses tipos de noções Castristas revelam uma total falta de uma visão de mundo
Marxista-Leninista e são totalmente opostas ao que aconteceu na Albânia do camarada
Enver e na União Soviética Bolchevique onde a luta armado era firmemente dirigida por
um partido comunista proletária genuíno e onde:
67
pode ser feita por um pequeno grupo de falsos "heróis" anti-socialistas completamente
isolados das classes trabalhadoras, os Castristas estão condenando a revolução socialista
ao colapso. Mais do que isso, eles desacreditam esta mesma revolução na frente dos
trabalhadores - afinal, se os trabalhadores estão convencidos de que apenas os "heróis"
pode libertá-los e se estes "heróis" falham, então os trabalhadores pensam que estão
condenados a serem explorados e oprimidos para sempre. Na verdade, as massas
lideradas pelo seu partido Marxista-Leninista são as únicas que podem libertar-se. Este
princípio é insubstituível e inegável.
68
partido em que reine a disciplina proletária - certamente um anátema para todos os
anarquistas, cuja ideologia burguesa-capitalista recusa firmemente qualquer coisa que
seja capaz de eficientemente preparar o proletariado para liderar a revolução socialista
(afinal, a finalidade principal do anarquismo é evitar o socialismo e comunismo). Na
verdade, os anarquistas estão entre os mais arrogantes e presunçosos de todos os
ideólogos anti-comunistas. No início do século XX, o camarada Estaline brilhantemente
desmascarou sua verdadeira natureza e fins, em seu livro "Anarquismo ou socialismo?"
Mas, apesar disso, os anarquistas não desistem de seus objectivos de manterem os
trabalhadores longe do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo, pois esta é a única
ideologia capaz de realmente levá-los para uma sociedade sem estado, sem classes e sem
propriedade.
"Os anarquistas Cubanos explicaram que não lutaram contra Batista a fim de
estabelecer uma nova ditadura, mas para abolirem todas as ditaduras."
(http://www.anarchismus.at/anarchistische-klassiker/augustin-souchy/7270-
augustin-souchy-die-kubanischen-libertarios-und-die-castro-diktatur, Augustin
Souchy, Cuba libertarians and Castro’s dictatorship, 1975, traduzido da versão em
língua Alemã)
Em primeiro lugar, nota-se que os anarquistas tentam ganhar o apoio dos trabalhadores
para enganá-los sobre o seu carácter burguês-capitalista retratando-se como "vítimas" que
"queriam abolir todas as ditaduras, mas que, eventualmente, não conseguiram impedir a
ascensão da tirania terrorista Castrista.” Isso é falso. A ascensão e a manutenção de
despotismos burgueses-capitalistas exploradores como o de Castro é precisamente o que
os anarquistas querem. Através de sua negação da disciplina proletária, da necessidade de
um partido proletário de tipo Leninista-Estalinista e de uma ditadura proletária capaz de
aniquilar todos os opressores e inimigos anti-comunistas, os anarquistas querem, de facto,
manter o sistema capitalista vivo recusando a única forma de realizar o socialismo e o
comunismo. A sua defesa que o estado pode ser abolido imediatamente após a
"revolução" anarquista é de facto uma defesa do oposto: da perpetuação do estado
opressivo capitalista-revisionista. E isto porque sem a implementação da ditadura do
proletariado, sem um forte partido de vanguarda comunista liderando as massas, os
exploradores burgueses-capitalistas nunca serão eliminados, as suas influências e
interesses permanecerão intactos e será apenas uma questão de tempo antes que eles
reconquistem as suas ex-posições de classe, com todas as consequências nefastas para os
trabalhadores. Um período mais ou menos longo de ditadura do proletariado é
absolutamente indispensável para destruir completamente todos os exploradores e
opressores, para realmente os aniquilar em todos os sentidos.
69
Caso contrário, eles sempre serão capazes de se organizar para resistirem e para usarem a
promessa de privilégios de classe oligárquicos para corromper os trabalhadores para o seu
lado. É por isso que o combate incansável contra os antigos exploradores nos campos
ideológicos e sociais também é muito importante. Negar isso significa negar qualquer
possibilidade de alguma vez alcançar o socialismo, significa reduzir a necessidade
histórica do comunismo a uma mera utopia. Este é precisamente o objectivo dos
anarquistas. Nós só temos que prestar atenção a suas reivindicações ridículas sobre Cuba.
Os anarquistas esperavam que após a derrota de Batista, o estado milagrosamente cairia e
todas as ditaduras de classe seriam abolidas por artes mágicas. É óbvio que isso nunca
poderia acontecer. Naquele tempo, não havia nem mesmo um autêntico partido
comunista em Cuba, o "movimento revolucionário" do país era totalmente dominado por
revisionistas e pró-capitalistas (incluindo os anarquistas). Nestas condições, é claro que
depois da derrota de Batista, e se as circunstâncias não mudassem, a revolução burguesa
Cubana não tinha a menor possibilidade de ser transformada em uma revolução socialista
e os trabalhadores Cubanos sem uma vanguarda de partido Marxista-Leninista não seriam
capaz de adquirir uma consciência verdadeiramente comunista e instalar uma ditadura do
proletariado em direcção ao socialismo e ao comunismo. E através da divulgação de suas
fantasias sobre o "desaparecimento mágico” do Estado e da sua recusa firme de ditadura
do proletariado MLEH (a única maneira eficiente de realmente abolir o estado), os
anarquistas para esta situação, contribuíram muito para enganarem os trabalhadores
abrindo o caminho para a ascensão da burguesia Castrista e para o estabelecimento
posterior do social-fascismo em Cuba.
"Os tribunais de Castro aplicaram longas penas de prisão e até mesmo a morte."
(http://www.anarchismus.de/transnational/kubaanarchismus.htm , Anarchist
Conference of Paris, de 1971, traduzido da versão em língua Alemã)
70
augustin-souchy-die-kubanischen-libertarios-und-die-castro-diktatur, Augustin
Souchy, Cuba libertarians and Castro’s dictatorship, 1975, traduzido da versão em
língua Alemã)
E ao contrário do que dizem os anarquistas, Castro não os reprimiu porque eles não eram
comunistas, pois Castro e seus falsos "revolucionários" também nunca foram comunistas,
pois a pseudo-revolução anti-socialista de Cuba de 1959 e o consequente social-fascismo
nunca tiveram nada a ver com a ideologia comunista. Os anarquistas Cubanos foram
reprimidos devido ao simples facto de que a sua utilidade para os interesses da burguesia
nacional Cubana tinha terminado. Enquanto lutam pelo poder, a burguesia nacional
Cubana precisava de alguns falsos "revolucionários", cujos slogans "libertários"
desviariam os trabalhadores da ideologia comunista genuína. Isso foi muito importante,
pois a burguesia nacional Cubana nunca poderia deixar que todos os seus esforços para
tomar o poder e os privilégios de classe contra a vontade dos imperialistas norte-
Americanos e seus lacaios locais fossem atirados borda fora se os trabalhadores Cubanos
aderissem ao Marxismo-Leninismo, formassem um partido proletário e fizessem uma
autêntica revolução socialista. Este seria o pior pesadelo para a burguesia nacional
Cubana. É por isso que os anarquistas foram necessários para desempenhar o papel de
"combatentes da liberdade" cuja ideologia anti-comunista os tornou inofensivos para os
interesses da burguesia nacional Cubana e que tinham a grande vantagem de ter uma
certa aparência" independente". Esta característica foi essencial para a burguesia nacional
Cubana porque ele fez com que os anarquistas surgissem diante dos olhos dos
trabalhadores Cubanos como não tendo nada a ver com qualquer facção burguesa, sendo
assim capaz de enganar os trabalhadores e mantê-los longe do MLEH de uma maneira
muito mais eficiente que se eles aparecessem como os lacaios ideológicos da burguesia
nacional Cubana que eles realmente eram. É por isso que as facções burguesas Cubanas
ao redor de Castro apoiaram e promoveram os anarquistas durante a luta anti-Batista. É
claro que, depois da vitória na pseudo-revolução anti-socialista de 1959, depois de terem
tomado o poder, a burguesia Castrista não estava disposto a suportar os ridículos gritos
71
"libertários" dos anarquistas. Os anarquistas já haviam servido o seu propósito: eles
tinham ajudado a evitar que os trabalhadores adquirissem uma consciência comunista e
de aderirem ao MLEH, salvaguardando o sistema de escravização burguesa e o estado
capitalista explorador permitindo que a burguesia nacional Cubana (que mais tarde se
transformou numa burguesia compradora social-fascista) alcançasse o poder. Portanto, a
burguesia Castrista decidiu colocar os anarquistas fora de seu caminho. Foi desde então
que os anarquistas Cubanos começaram a gritar contra a "ditadura repressiva de Fidel
Castro". Assim, como se pode concluir, as pretensões anarquistas da "luta anti-Castrista"
são mera fachada. Os anarquistas estiveram de facto entre os maiores contribuintes para a
ascensão da tirania burguesa anti-comunista e social-fascista Castrista. Por trás de suas
pomposas auto-qualificações de "combatentes da liberdade" e "ideólogos libertários”, os
anarquistas estão, de facto, entre os partidários mais leais e mais eficientes da ditadura
burguesa-capitalista-imperialista-revisionista sangrenta e do seu respectivo estado de
classe totalitário.
72
Leninista-Estalinista. Eles oportunistamente afirmaram que tal partido é perfeitamente
dispensável, pois só traz "a enchente de comissões, secretarias, congressos, sessões
plenárias, reuniões, etc.", que são a causa do "vício da deliberação excessiva", que
"dificulta a independência táctica que é exigida na condução das operações militares"
[aqui, podemos notar a noção Castrista-Guevarista de que a luta militar deve ter
prioridade absoluta sobre todos os outros tipos de luta - contrariamente ao princípio
Estalinista-Hoxhaista afirmando que as lutas política, económica, social e militar devem
ser eficientemente combinadas (dando sempre primazia à luta política) a fim de
conquistar os trabalhadores para a nossa ideologia e avançar rumo à revolução socialista
genuína e á ditadura do proletariado. Na Cuba social-fascista, a burguesia Castrista detém
o controle total sobre o exército, mas isto vai mudar em breve quando os soldados
Cubanos finalmente se juntarem aos trabalhadores e camponeses Cubanos na derrubada e
aniquilação da tirania burguesa-capitalista-revisionista e pró-imperialista exploradora,
opressora, repressora de acordo com os princípios do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-
Hoxhaismo].
Como se pode concluir, por trás das posições anti-partido liberal anarquistas de Castro e
Debray, pode-se perceber o seu medo a tudo o que está relacionado com a organização e
disciplina genuinamente proletária que é inerente a um partido Marxista-Leninista-
Estalinista-Hoxhaista tipo e a defesa de que os líderes burgueses-capitalistas do partido
Castrista devem ter total liberdade para exercer a sua autoridade despótica servindo os
interesses da burguesia social-fascista e dos seus patrões imperialistas sem ser
incomodada por "deliberação excessiva", isto é, sem depender de ninguém. E, de facto,
isso é o que ocorre dentro do chamado Partido "Comunista" de Cuba: a liderança em
torno dos irmãos Castro não tem qualquer tipo de contactos com os trabalhadores e
governa através de métodos totalitários e tendo em conta apenas o que é melhor para os
seus mestres imperialistas e social-imperialistas a fim de continuar a desfrutar de seus
privilégios de classe. Além disso, o Castrismo-Guevarismo também promove o mito
individualista burguês do "super-líder":
De acordo com Debray, a "experiência" de Cuba poderia ser descrita simplesmente como:
73
que ele guia? E escusado será dizer que este "revolucionário perfeito" não precisa de
congressos nem de reuniões do partido para nada (por exemplo, o partido "Comunista" de
Cuba Castrista foi fundado oficialmente em 1965, mas só teve seu primeiro "Congresso"
em 1976, mais de uma década depois. Isso comprova o desprezo dos revisionistas
Cubanos por qualquer tipo de decisões coletivas, até porque os seus "congressos do
partido" só servem para a burguesia Castrista reafirmar o seu poder de classe
exploradora. Os trabalhadores Cubanos estão totalmente excluídos desses "congressos").
E, afinal, por que é que esse "revolucionário semi-divino" precisa deles? Este "líder
herói" que "tem todas as qualidades" já sabe de tudo, ele não tem absolutamente nada a
aprender nem a ouvir, os trabalhadores devem segui-lo sem qualquer questão (o que, por
sinal, não poderia ser mais conveniente para os interesses de classe da burguesia social-
fascista - da qual este "líder super" é um mero fantoche) e ele deve ser livre para
"reconstituir" o chamado "partido comunista" como lhe agradar de acordo com os
interesses das classes exploradoras revisionistas que o controlam:
Além disso, Debray vai ainda mais longe com este delírio anti-comunista e afirma que
este "super líder" é nada menos do que a "inovação surpreendente que foi introduzida na
teoria do Marxismo-Leninismo." Então, de acordo com Debray, nós, os Estalinistas-
Hoxhaistas, estamos totalmente enganados quando afirmamos que Marx, Engels, Lenine,
Estaline e Hoxha são os cinco Clássicos do Marxismo-Leninismo. Devemos
imediatamente substituir todos eles por Castro e por Debray que, alegadamente, são os
verdadeiros "desenvolvedores do Marxismo-Leninismo" (os revisionistas Cubanos
qualificam a promoção do individualismo burguês e do culto de personalidade capitalista-
fascista como um “desenvolvimento do Marxismo-Leninismo ").
E Guevara também incentivou tudo isso ao afirmar que "o objectivo é que todas as
qualidades estejam unidas em uma só pessoa". E, de facto, na Cuba social-fascista, este
culto de um "líder-herói" Fidelista idealizada já serviu para afastar os trabalhadores e
fazê-los esquecer não apenas que a escravidão e a exploração capitalista permaneceram
intocadas em Cuba apesar dos slogans "revolucionários" dos Castristas, mas também para
os impedir de notar a ausência de qualquer tipo de partido proletário genuíno do tipo
MLEH que é a chave para alcançar o verdadeiro socialismo e comunismo (como pode ser
notado, tudo no Castrismo-Guevarismo está em consonância total com os propósitos
burgueses-capitalistas).
E o mesmo pode ser dito sobre a afirmação de que a "revolução" Castrista pode
perfeitamente ser feita através de alguns grupos guerrilheiros minúsculos. Estes grupos
guerrilheiros pequenos-burgueses intelectualistas foquistas também se destinam a
74
"substituir" o partido autenticamente comunista acima mencionado e a sua disciplina de
ferro proletária colectiva. Na verdade, os ideólogos Castristas ainda continuam a insistir
teimosamente na fábula segundo a qual uma dúzia de homens liderados por Castro e
Guevara conseguiram derrotar o todo-poderoso exército de Batista. Como já analisámos
neste artigo, isso é uma mentira total. Em 1959, o exército de Batista estava enfraquecido
e a sua "derrota" pelos guerrilheiros de Castro só foi possível porque isso estava de
acordo com os interesses do imperialismo norte-Americano na época. Batista foi
derrubado não foi devida aos "méritos revolucionários e militares" ridiculamente
sobrestimados de Castro e de Guevara mas sim á realização dos objectivos dos oligarcas
Americanos que queriam a expulsão de Batista. Esta é a razão histórica por detrás da
famosa afirmação de Che que:
"As forças populares podem ganhar uma guerra contra o exército." (Ernesto
Guevara, Guerrilla Warfare, 1969, traduzido da versão em língua Inglesa)
Sim, claro que as forças populares e dos trabalhadores podem ganhar uma guerra contra o
exército. Elas são capazes de fazer isso se elas tiverem o seu próprio exército vermelho
ao seu lado sempre sob a liderança do partido Marxista-Leninista do proletariado. Na
Guerra de Libertação Nacional Albanesa, as pessoas que trabalham triunfaram sobre os
invasores nazi-fascistas e imperialistas sob condições indizivelmente difíceis. E ao
contrário do que aconteceu com Fidel e Guevara e com os seus guerrilheiros burgueses
intelectualistas, os trabalhadores Albaneses e a sua vanguarda Marxista-Leninista do
proletariado nunca foram apoiados por qualquer superpotência imperialista. Os
camaradas Albaneses tinham que liderar a luta popular por conta própria e eles foram
vitoriosos graças aos seus princípios e inabalável adesão ao Marxismo-Leninismo-
Estalinismo.
Mas mesmo no contexto de uma revolução burguesa, as forças populares podem de facto
ser um factor decisivo no seu triunfo. Por exemplo, na China, as forças populares
contribuiram muito para a vitória da burguesia nacional Chinesa contra o exército do
poderoso Kuomintang compradore. Mas em Cuba nem mesmo isso aconteceu; os
guerrilheiros de Fidel Castro e Che Guevara não têm quaisquer contactos com as massas
populares trabalhadoras e elas não derrotaram Batista em qualquer sentido militar (na
verdade, a burguesia capitalista Castrista-Guevarista e os guerrilheiros anti-socialistas
nunca poderiam ter triunfado contra Batista e muito menos contra os poderosos
imperialistas Americanos através de meios militares porque em países pequenos como
Cuba e Albânia isso só é possível quando a luta armada for firmemente dirigida por um
partido comunista genuíno proletário seguindo uma linha Marxista-Leninista-Estalinista-
Hoxhaista correcta e livre de oportunismos e revisionismos de qualquer tipo, como
ocorreu na Albânia com o PTA do camarada Enver). Portanto, a falsidade Castrista de
que "pequenos grupos de guerreiros populares" guiados por ideologias e forças anti-
comunistas podem derrotar exércitos ultra-poderosos é baseado num mito histórico que
não tem a mínima correspondência com a realidade.
E como se isso não fosse suficiente, os Castristas ainda declaram que a "vanguarda" da
"revolução socialista" pode perfeitamente ser composta por não-comunistas:
75
"Em todos os países onde existe a luta armada, a guerrilha é a vanguarda, embora
seja composta de homens de diferentes ideologias." (Declaration and Resolutions of
the Latin American Solidarity Organization (LASO) Conference, in Granma, Setembro
de 1967, traduzido da versão em língua Inglesa)
Os Castristas estavam sempre prontos a abraçar e a elogiar todo o lixo cultural capitalista
burguês. Os diplomatas Albaneses testemunharam isso em primeira-mão porque a
Albânia socialista manteve relações diplomáticas com Cuba tendo em consideração os
interesses das massas trabalhadoras Albanesas e Cubanas em manter uma relação
amigável. Nas suas políticas externa e diplomática, os Marxistas-Leninistas Albaneses
sempre distinguiram as classes trabalhadoras de cada país dos seus opressores capitalistas
imperialistas e revisionistas respectivos (a Albânia socialista do camarada Enver só
rejeitou ter qualquer tipo de relações com as superpotências imperialistas e com os
estados abertamente fascistas). Por isso, eles mantiveram relações diplomáticas com a
Cuba Castrista de acordo com este princípio e sem nunca fazer qualquer tipo de
concessão ao social-fascismo Cubano. Assim, em 1967, um dos estudantes norte-
Americanos que visitaram Cuba escreveu em seu diário que os diplomatas Albaneses em
Havana observaram que:
76
Esta situação está em total acordo com a recusa Castrista-Guevarista de prevalência do
realismo socialista no campo artístico e cultural:
"Por que nos esforçamos para buscar nas formas congeladas do realismo socialista a
única receita válida? Não vamos tentar condenar todas as formas de arte pós-século
XIX do trono pontifício do realismo-a-todo-o-custo. Isso significaria cometer o erro
proudhoniano de retorno ao passado, abafando a expressão artística do homem que
nasce e se forma hoje." (Ernesto Guevara, Man and Socialism in Cuba, traduzido da
versão em língua Inglesa)
Aqui está o "marxista" Guevara no seu melhor! Assim, o realismo socialista está
"congelado" e ultrapassado. Defender a sua posição dominante seria equivalente ao
"proudhonianismo". De acordo com Guevara, as pessoas têm que ser totalmente livres
para escolher qualquer expressão artística que eles gostarem, incluindo as formas mais
degeneradas e perversas de "arte" burguesa-capitalista.
Em primeiro lugar, é incrível como alguém como Guevara, que rejeita a existência de um
partido Marxista-Leninista se atreve a acusar os outros de proudhonisnismo, isto é, de
anarquismo (Proudhon foi um dos fundadores da ideologia anarquista). Guevara e todos
os ideólogos Castristas são os que devem muito ao anarquismo proudhoniano com a sua
recusa firme do partido Marxista-Leninista, do centralismo democrático, da ditadura do
proletariado, etc., Nós, Estalinistas-Hoxhaistas, defendemos a prevalência absoluta do
realismo socialista sobre todas as outras formas de expressão artística. Na verdade, a
eliminação de todas as outras linhas artísticas em favor da implementação do realismo
socialista como a única e exclusiva forma de arte permitida pelo mundo proletário é um
dos nossos principais objectivos no campo das políticas culturais. E isto porque só o
realismo socialista é arte genuína, todas as outras correntes "artísticas" são totalmente
nojentas e defendem a exploração e alienação. Só o realismo socialista educa os
trabalhadores no espírito da ideologia Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista, só o
realismo socialista inculca nos trabalhadores mensagens directas e claras que reforçam a
sua determinação em construir o socialismo e o comunismo. Todas as outras formas de
"arte" não são dignas desse nome, como acontece por exemplo com a horrível “arte
abstracta” ou com a repugnante "pop art" que são lixo inventado pelos capitalistas para
envenenarem os trabalhadores. O realismo socialista é a única forma de arte que merece
ter um lugar dentro do futuro mundo socialista, é a única forma de expressão artística que
é ideologicamente saudável e que liberta as mentes dos trabalhadores das influências
burguesas-capitalistas-revisionistas (na verdade, os Castristas sempre foram grandes fãs
de modo de vida capitalista decadente. Antes da pseudo-revolução anti-socialista Cubana
de 1959, Cuba foi literalmente ocupada por bordéis-casinos. Depois das guerrilhas de
Castro tomarem o poder, esses casinos foram fechados. Mas Fidel Castro opôs-se a isto e
prontamente exigiu a sua reabertura! Sem dúvida, mais uma prova da natureza totalmente
degenerada do Castrismo).
Mas isso está muito longe de ser a única questão em que Guevara exibe o seu anti-
comunismo. Che Guevara também possuía uma visão idealista centrada na ideia de
"colaboração" entre opressores e oprimidos. Em 1965, ao visitar a Argélia, Che Guevara,
77
disse que "o desenvolvimento dos países libertados deveriam ser pagos pelo campo
socialista". Além do facto de que esta declaração está infinitamente mais perto de
caridade do que do marxismo revolucionário (aqui, podemos perceber a tentativa
Castrista-Guevarista de reduzir o socialismo a uma questão "redistributiva") e que o
desenvolvimento de um determinado país deve ser realizado principalmente pelos seus
próprios trabalhadores no processo de construção do socialismo, e não devido a alguma
"ajuda de caridade" externa, nós também devemos perguntar a que "campo socialista"
Che Guevara estava se referindo. Em 1965, a traição de Khrushchev estava totalmente
consumada. A União Soviética tinha sido transformada em uma superpotência
imperialista dominada pela nova burguesia revisionista que ferozmente explorava os
povos oprimidos. Mas Che Guevara queria que a União Soviética social-fascista e
capitalista pagasse "o desenvolvimento dos países libertados"! Isto era completamente
impossível, porque a União Soviética social-imperialista não tinha o menor interesse no
desenvolvimento dos países semi-coloniais oprimidos. Pelo contrário, a burguesia
Soviética fez o possível para manter os países em estado de cativeiro a fim de explorá-los
mais facilmente. Mas a declaração de Che revela claramente que ele defende a
"cooperação" entre os proletários explorados dos países semi-coloniais e os imperialistas
exploradores Soviéticos. Assim, vemos como o Guevarismo visa paralisar e negar as
contradições irreconciliáveis entre explorados e exploradores em benefício de uma
alegada "cooperação" entre eles.
Além disso, Guevara foi também um dos promotores da ideia utópica Castroista de que o
socialismo e o comunismo podem ser desenvolvidos simultaneamente (!),
independentemente das condições objectivas das forças produtivas" de desenvolvimento.
Sebastian Balfour, um historiador burguês que dedicou grande parte de sua carreira ao
estudo da pseudo-revolução burguesa Cubana afirma que Guevara incentivou:
"A crença entre Castro e seus apoiantes mais próximos que podiam saltar os
estágios de desenvolvimento e criar em um curto espaço de tempo as condições para
uma sociedade comunista na qual cada pessoa recebe de acordo com suas
necessidades e dá de acordo com a sua capacidade. O marxismo ortodoxo insistiu
que sem o desenvolvimento das forças produtivas numa escala maciça, o socialismo
não é possível .... Che Guevara argumenta, pelo contrário, que a aliança de Cuba
com o bloco Soviético desenvolvido tornou possível pular etapas na transição para o
socialismo." (Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
78
mas era totalmente oposto ao princípio socialista de "a cada um segundo o seu trabalho",
que significa que as pessoas devem receber um salário diferente para trabalho diferente
de acordo com a quantidade e qualidade de suas contribuições para a sociedade. Durante
a construção socialista e comunista, estas diferenças devem ser restritas (e até mesmo
eliminadas) através do aumento do nível salarial geral e nunca através dos seus cortes
severos e constantes. Na verdade, os social-fascistas Cubanos agem como capitalistas
explícitos: eles fazem o possível para pagar aos trabalhadores o mínimo possível. Mas
eles tiveram que esconder este fim reaccionário sob slogans "vermelhos", e os cortes nos
salários dos trabalhadores foram descritos como sendo parte da chamada "construção
simultânea do socialismo e do comunismo" como proposto por Guevara. Em segundo
lugar, Guevara parece pensar que "o bloco Soviético desenvolvido" já havia alcançado o
socialismo e o comunismo, porque caso contrário eles nunca poderiam ajudar Cuba a
alcançá-los também. Mas descrever o "bloco de Leste" social-fascista como tendo
realizado o socialismo e o comunismo é estar totalmente submerso nas águas geladas do
mais negro reaccionarismo. Sem dúvida, este era o caso de Guevara, que constumava
expressar sua crença de que o imperialismo Soviético iria se esforçar para implementar o
socialismo e o comunismo em Cuba. Mas o social-imperialismo Soviético era um dos
mais mortais inimigos do socialismo e do comunismo, ele nunca iria defendê-los ou
construí-los nem em Cuba nem em qualquer outro lugar do mundo. Pelo contrário, o
social-imperialismo Soviético lutou para destruir o socialismo e para restaurar o
capitalismo em todo o mundo em busca de controlo neo-colonial e de maximização do
lucro. Mas, claro, talvez devêssemos perguntar o que é que os Castristas-Guevaristas
entendem por "socialismo". Para eles, se o domínio de classe da burguesia compradora
pró-Soviética Cubana é "socialismo", então o controlo dos social-imperialistas Soviéticos
sobre Cuba também poderia ser qualificado como "ajuda à construção do socialismo" ...
Assim como também ocorre com outras correntes revisionistas (como o Maoismo),
também os Castristas gostam de apresentar a sua ideologia social-fascista como "uma
ideologia camponesa":
Claro que isso é uma farsa porque o Castrismo é na verdade uma ideologia burguesa. Ele
utilizado uma máscara "camponesa" a fim de ganhar os camponeses para o lado da
burguesia nacional Cubana (como meio de evitar recorrer ao proletariado intrinsecamente
79
revolucionário). Através de falsas promessas sobre uma suposta "revolução camponesa" e
"poder camponês", os Castristas conquistaram os camponeses oprimidos para o seu lado.
Estes camponeses acreditavam que apoiarem o Castrismo iria garantir-lhes o fim da
exploração milenar. Quando eles finalmente perceberam que, longe de aliviá-los da
exploração, os Castristas estavam de facto a intensificá-la ainda mais, já era tarde demais.
Os Castristas já haviam consolidado o seu poder de Estado e o seu aparato repressivo em
defesa dos interesses da burguesia nacional Cubana que havia sido transformada numa
burguesia pró-Soviética do tipo compradora. Na verdade, é bastante compreensível o uso
de uma fraseologia "pró-camponesa" pelos Castristas - afinal, não podemos esquecer que
a grande maioria da população, não só em Cuba, mas também toda a América Latina era
composta por camponeses. A fim de conseguir o apoio da maioria das massas
trabalhadoras da América Latina (que eram massas camponesas) e usá-las como um
poderoso instrumento maciço contra os seus rivais de classe, os Castristas rapidamente
compreenderam que teriam de seduzir os camponeses. Caso contrário, como poderiam os
Castristas convencê-los a apoiar a exportação da "revolução" Cubana para os seus
respectivos países de acordo com os interesses dos social-imperialistas Soviéticos?
Também Maoistas usaram esta mesma estratégia para enganar os camponeses. Nós já
analisámos como as organizações Maoistas fizeram isto nas nossas DGM I, II e III. E as
teorias reaccionárias Castristas foquistas que dão predominância completa ás áreas rurais
como "arenas genuinamente revolucionárias" em detrimento das áreas urbanas e do
proletariado são igualmente assustadoramente semelhantes ao Maoismo:
Nós já explicámos que, apesar dos slogans Castristas '"pró-camponeses", eles nunca
tiveram a intenção de realmente deixar os camponeses liderar a revolução - pelo
contrário, o propósito dos Castristas era inicialmente o de favorecer os interesses da
80
burguesia nacional Cubana e, posteriormente, o de favorecer a interesses do social-
imperialismo Soviético na América Latina e em todo o mundo. O uso de máscaras
"camponesas" pelos Castristas foi sempre subordinado a estes objectivos. E, além do
Maoismo, há também uma outra corrente do revisionismo que tem semelhanças inegáveis
com a teoria Castrista-Guevarista de que "a revolução deve começar no campo e
espalhar-se para as cidades": o revisionismo cambojano. É verdade que o revisionismo
cambojano é em si profundamente influenciado pelo Maoismo, mas é impossível não
perceber que os gritos anti-proletários de Guevara sobre "a tomada das cidades pelo
campo" são equivalentes ás tristemente famosas ideias de Pol Pot acerca do "cerco da
cidade pelo campo" que trouxeram tantos sofrimentos aos trabalhadores cambojanos (na
nossa DGM II, a “questão Pol Pot” é resumidamente analisada).
"Se alguém trabalha mais porque ele vai ganhar mais, esta é uma atitude positiva
que vai aumentar a produção. Mas não contribui para a formação de uma
consciência comunista." (Fidel Castro, Speech to the 4th Congress of Cuban Communist
Youth, 1982, traduzido da versão em língua Francesa)
81
of the People’s Republic of Albania in Cuba, 27 de Setembro de 1967, traduzido da
versão em língua Inglesa)
Sem surpresa, o Castrismo também rejeita totalmente tudo o que estiver relacionado com
a ditadura do proletariado:
O camarada Lenine disse há muito tempo atrás que a aceitação ou recusa da ditadura do
proletariado é o principal aspecto que diferencia, respectivamente, os verdadeiros
comunistas dos revisionistas. E isto porque o camarada Lenine considerou a questão da
ditadura do proletariado como sendo uma das questões mais importantes relativamente à
construção socialista e comunista. O camarada Lenine costumava afirmar que aqueles
que são verdadeiros comunistas são caracterizados pela sua firme defesa da ditadura do
proletariado - em oposição aos reformistas e revisionistas que a rejeitam. Estas
afirmações do camarada Lenine são inteiramente aplicáveis aos Castristas, que nem
sequer mencionam as palavras "ditadura do proletariado" em sua constituição pró-
capitalista de 1976. Em vez disso, eles afirmam hipocritamente:
Os Castristas nem sequer tentam esconder o seu anti-marxismo ao declarar Cuba como
um "estado de trabalhadores e camponeses" – sem qualquer referência ao poder do
proletariado, para não falar da ditadura do proletariado (que, nunca é demais repetir, são
totalmente rejeitados pela ordem política, social, económica e ideológica burgueso-
capitalista, opressiva, exploradora, escravizante, pró-imperialista, revisionista, social-
fascista e anti-comunista Castrista-Guevarista). Nós já sabemos que a Cuba revisionista é
82
o oposto de um "Estado operário e socialista" (ou seja, é um estado social-fascista), e os
Castristas nem sequer tentaram esconder isto.
E infelizmente para os Castristas, nem sequer todas as suas mentiras reaccionárias suas
83
lhes permitiram cumprir os interesses de seus patrões imperialistas Soviéticos através da
exportação do "exemplo" social-fascista Cubano na América Latina a fim de transformar
este continente numa neo-colónia Soviética pronta a ser explorada até ao osso pelos
capitalistas de Moscovo. Com excepção da tentativa fracassada de Guevara para fazer
isto na Bolívia (e que provocou a sua morte), o "modelo" Castrista-Guevarista nunca foi
aplicado em qualquer lugar fora de Cuba.
De facto, á medida que o tempo passou, a Cuba social-fascista tornou-se mais e mais
subserviente relativamente ao social-imperialismo Soviético. Nós já explicámos as causas
que fizeram a burguesia Castrista abandonar seus planos anteriores de curso nacionalista
independente em favor de se tornar uma classe compradora pró-Soviética. Vamos apenas
dizer que, com o tempo, essas causas se intensificaram ainda mais.
84
que ele via como um pré-requisito para um embargo efectivo. Ele foi bem sucedido.
Na 8 ª Reunião da OEA dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, realizada um ano
depois, em Janeiro de 1962 em Punta del Este (Uruguai), Cuba foi excluída do
Sistema InterAmericano e um embargo de armas foi-lhe imposto." (Lilia Ferro-
Clerico & Wayne S. Smith, The US Trade Embargo, 1988, traduzido da versão em língua
Inglesa)
De facto, pouco depois disso, todos os países da América (com excepção do México)
cortaram relações diplomáticas com Cuba cumprindo os desejos dos imperialistas
Americanos, que justificaram seus esforços para isolar a Cuba Castrista com razões
hipócritas, como "Cuba foi expulsa da OEA porque o seu regime Marxista-Leninista é
incompatível com os princípios democráticos" e outros "argumentos" deste tipo. É óbvio
que nem a Cuba Castrista nunca teve nada a ver com o Marxismo-Leninismo, nem os
EUA fascistas e oligárquicos estavam minimamente preocupados com a democracia. Os
imperialistas norte-Americanos estavam usando apenas suas falsas preocupações com a
"democracia" como uma máscara para esconder a verdadeira razão por trás da expulsão
de Cuba: através do isolamento dos Castristas, os imperialistas norte-Americanos
estavam tentando enfraquecer a influência imperialista Soviética sobre a América Latina.
Até então, os oligarcas Americanos tinham sido os governantes e exploradores absolutos
da América Latina, mas quando Castristas colocaram Cuba sob controle Soviético, os
imperialistas norte-Americanos sentiram o seu domínio sobre a América Latina
ameaçado, pois Cuba poderia perfeitamente servir como uma porta de entrada que os
Soviéticos usariam para penetrar nos outros países latino-Americanos. O facto de que o
regime Castrista tinha sucesso em descrever-se com cores "socialistas" que exerceram (e
ainda exercem) grande atracção sobre os trabalhadores pobres da América Latina também
foi um motivo de grande preocupação para os imperialistas norte-Americanos,
especialmente porque eles entenderam muito bem que por trás dos esforços Castristas
para "exportar a revolução Cubana" e para "derrotar o imperialismo Americano" estava o
social-imperialismo Soviético pronto para ocupar a América Latina e para transformá-la
em sua neo-colónia, privando assim os imperialistas Americanos de seu controle rentável
deste continente. Os oligarcas Americanos se lembraram do que tinha acontecido com
Cuba e não queriam que o mesmo ocorresse em qualquer outro lugar. É por isso que eles
lutavam para enfraquecer e isolar o regime Castrista por todos os meios, inclusive ao
congelarem todos os activos Cubanos em bancos norte-Americanos e ao pressionarem
agravantes contra Cuba impondo:
"Um embargo a (...) todo o comércio dos EUA com Cuba." (Keesing's Contemporary
Archives, volume 13, traduzido da versão em língua Inglesa)
"Nenhuma carga financiados pelo governo poderia ser enviados a partir de portos
norte-Americanos em qualquer embarcação de bandeira estrangeira envolvida no
comércio com Cuba." (Keesing's Contemporary Archives, volume 14, traduzido da
versão em língua Inglesa)
85
Nesta situação, a burguesia Castrista se sentiu ainda mais obrigada a colocar-se sob o
domínio imperialista Soviético como uma forma de se proteger contra a perseguição da
oligarquia imperialista Americana, até porque a União Soviética social-fascista e os seus
satélites foram tornando-se na maioria dos países que tinham relações com Cuba. Em
1968, a Embaixada Albanesa em Cuba sublinhou:
“ (...) Como é perigoso para Cuba contar com a ajuda dos países revisionistas, uma
vez que ele dão quando Cuba diz o que eles gostam e tiram quando Cuba os critica."
(Conversation with Xhustin Papogorgi, Third Secretary of the Embassy of the People’s
Republic of Albania in Cuba, 27 de Setembro de 1967, traduzido da versão em língua
Inglesa)
E, na verdade, sem petróleo Soviético e sem ser capaz de vender seu açúcar aos países
revisionistas do "bloco de Leste", a economia Cubana cairia rapidamente e o reinado
burguês Castrista não duraria um segundo mais. Conscientes da necessidade desesperada
dos Castristas por relações económicas e protecção militar, os social-imperialistas
Soviéticos retiraram daqui as vantagens máximas: uma das principais condições impostas
pelos imperialistas Soviéticos aos Castristas era de que eles teriam que adoptar uma
política externa que fosse totalmente favorável aos seus interesses expansionistas de
exploração.
E a primeira grande oportunidade para os Castristas mostrarem a sua lealdade para com
seus chefes social-imperialistas veio mais cedo do que tarde. Em 1968, como resposta às
políticas da secção pró-ocidental da burguesia Checa (que queria se livrar da dominação
de Moscovo e substituí-la pela do imperialismo Americano e que queria a implementação
do capitalismo clássico em vez de capitalismo de Estado), uma coalizão de países
revisionistas composta pela Bulgária, Hungria, Polónia e Alemanha Oriental brutalmente
invadiram a Checoslováquia sob o comando social-imperialista Soviético com o
propósito assumido de derrubar a burguesia pró-ocidental do poder e de reinstalar um
regime fantoche pró-Soviético que assegurasse a perpetuação da esfera de influência e
dos lucros máximos dos imperialistas Soviéticos. É claro que essa invasão não foi nada
pacífica, com as forças enviadas pelos países revisionistas referidos lançando uma onda
de repressão sangrenta contra os trabalhadores checos. O movimento anti-revisionista
Marxista-Leninista mundial prontamente denunciou a invasão, mas mesmo alguns dos
que normalmente apoiavam a União Soviética revisionista e social-imperialista foram
forçados a pelo menos fingirem que "condenavam" esta mostra explícita de barbárie
social-fascista. Pelo contrário, os Castristas aproveitaram esta chance de convencer os
imperialistas Soviéticos que eles poderiam contar com Cuba como um dos seus estados
lacaios. Assim, Castro fez uma declaração pública na qual ele endossou abertamente a
invasão da Checoslováquia ordenada pelos Soviéticos. De facto:
"Castro tinha pouca opção a não ser apoiar a acção Soviética. Cada vez mais isolado
no exterior, sua estratégia de guerrilha em frangalhos, e com um déficit comercial
enorme, o regime Cubano não se podia dar ao luxo de perder o apoio Soviético."
(Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
86
Naturalmente, o facto de que Cuba estava supostamente "isolada" (isto é, em oposição
aos imperialistas ocidentais-capitalistas, devido à sua aliança com o social-imperialismo
Soviético e com o "bloco oriental" revisionista) e que sua economia estava em ruínas não
é uma justificação para o apoio Castrista á agressão social-imperialista. As condições e as
dificuldades da Cuba Castrista foram causadas pelos próprios burgueses-capitalistas
Castristas, que sempre se opuseram à construção socialista preferindo defender uma
forma de desenvolvimento capitalista com a venda de seu país ao social-imperialismo em
troca de serem mantidos no poder como fantoches pró-Soviéticos. Com efeito, esta
situação é um dos exemplos no qual as "cadeias Soviéticas de Castro" (à qual o camarada
Enver se referia frequentemente) são claramente reveladas.
"O principal porta-voz da tese de que a União Soviética era o aliado natural do
Terceiro Mundo contra o imperialismo ocidental, contra o argumento apresentado
pela China, entre outros, de que a União Soviética e os Estados Unidos eram ambos
potências imperialistas." (Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em
língua Inglesa)
É óbvio que Cuba Castrista nunca poderia fazer isso com sucesso se ela sempre adoptasse
posições absolutamente coincidentes com os dos capitalistas Soviéticos.
Consequentemente, uma estratégia muito inteligente foi lançada - em todas as questões
importantes, a Cuba Castrista invariavelmente estaria ao lado do social-fascismo e do
social-imperialismo Soviético. Mas, além disso, os Castristas-Guevaristas
esporadicamente publicavam “críticas e discordâncias anti-Soviéticas" a fim de fornecer
uma visão de Cuba como um país "independente" e "não-alinhado". Essas falsas
"críticas" nunca puseram em causa os fundamentos da subserviência e da dependência
neo-colonial da Cuba Castrista relativamente ao social-imperialismo Soviético, eles
87
apenas tinham o objectivo de convencer os trabalhadores que apoiavam o já mencionado
"movimento dos não-alinhados do terceiro mundo" a transferirem o seu apoio para a
Cuba Castrista (e, portanto, para a União Soviética imperialista). Desta forma, pensando
que estavam defendendo um país "não-alinhado", eles estavam de facto defendendo um
satélite pró-Soviético social-fascista, contribuindo assim para o fortalecimento do império
revisionista Soviético explorador de forma a que este expandisse a sua esfera de
influência burgueso-capitalista, neo-colonialista, social-fascista, opressora, escravizante e
anti-comunista com o objectivo de maximizar os seus lucros. Esta estratégia astuta foi tão
eficiente que em 1979, Cuba foi mesmo escolhida como país anfitrião da VI Cúpula dos
Não-Alinhados, com Castro a tornar-se o presidente do movimento durante quatro anos.
Nesta Cimeira, Castro reafirmou os slogans Castristas habituais sobre a "luta contra o
imperialismo" e chegou ao ponto de afirmar que:
"Cuba é um país socialista. (...) Nós somos amigos da União Soviética (...)."
(Documentos do Partido Revisionista de Cuba, Havana: Declaration of the VI. Summit of
bloc-free [non-aligned] countries, 1979, traduzido da versão em língua Alemã)
"O apoio oficial de Cuba á intervenção Soviética no Afeganistão, apenas três meses
depois da sexta conferência de países não-alinhados, minou a reivindicação de
Castro à liderança moral do Terceiro Mundo .... Cuba não poderia se opor à acção
Soviética sem pôr em risco seu relacionamento com Moscovo. Quando o Movimento
dos Países Não-Alinhados chegou a votar uma resolução da ONU condenando a
intervenção, Cuba estava entre as nove nações que apoiaram a União Soviética
contra 56 que apoiaram a resolução." (Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da
versão em língua Inglesa)
88
Com tudo isso, não queremos glorificar o "movimento dos não-alinhados do terceiro
mundo". A sua condenação do social-imperialismo Soviético em geral e da sua invasão
do Afeganistão em particular não tinha nada a ver com a defesa dos autênticos princípios
internacionalistas, mas foi apenas devido ao facto de que os social-fascistas Chineses que
controlavam o movimento perceberam que condenarem as acções Soviéticas poderia ser
uma boa maneira de enfraquecer os seus principais rivais. O carácter anti-comunista
desse movimento e da "teoria dos três mundos" foi correctamente denunciado pelo
camarada Enver nos seus livros "O imperialismo e da Revolução", "As superpotências",
"Reflexões sobre a China", etc.:
"A teoria dos «três mundos» é contra a revolução proletária, e substitui-a pela
revolução democrático-burguesa. Esta teoria anti-Marxista elimina o papel decisivo
dirigente do proletariado na revolução, coloca todas as forças no mesmo saco,
chamando-os de «terceiro mundo» e dando-lhes papéis e atributos que estas forças
não possuem, e com este «mundo» nega o mundo socialista. (...) De acordo com esta
teoria, ser-se um país subdesenvolvido significa ser-se um país socialista. Esta teoria
é simplesmente anti-Marxista e reaccionária, ela significa considerar todos os países
não desenvolvidos com sistemas capitalistas burgueses como sendo países
socialistas." (Enver Hoxha, Reflections on China, Volume II, Tirana, 1979, traduzido a
partir da edição em Inglês)
Todos esses países e seus estados estão irremediavelmente em dívida, portanto, a sua
economia é um apêndice doente do grande capital mundial que faz a lei nesses
89
países, determina a sua política, mantém ou derruba as cliques que os governam, de
acordo com as necessidades e com a política de empresas conjuntas do grande
capital financeiro." (Enver Hoxha, The Superpowers, 1986, traduzido da versão em
língua Inglesa)
Inicialmente, este "movimento dos não-alinhados" foi fundado pelos Titoistas que
tentaram estabelecer a sua própria esfera de influência, mas com o tempo, os Titoistas
foram eventualmente superados pelos revisionistas Chineses como líderes do
"movimento dos não-alinhados". Os social-fascistas Chineses acrescentaram a "teoria do
terceiro mundo" chauvinista anti-socialista e reaccionária de Mao, e o movimento foi
transformado em nada mais do que uma fachada utilizadas por eles na sua busca por
estender a sua influência a fim de transformar a China numa superpotência imperialista -
como eles conseguiram fazer. Os países pertencentes ao chamado "movimento dos não-
alinhados do terceiro mundo" não são nem "independentes" nem "não-alinhados". Eles
eram e são meras neo-colónias das potências imperialistas que usam a sua adesão a este
movimento anti-socialista para enganar os trabalhadores sobre a natureza reaccionária
dos regimes vigentes nesses países.
90
acordo com os princípios da ideologia comunista - portanto, nos antípodas da Cuba
revisionista e social-fascista.
"Ele (Castro) foi perguntado várias vezes se ele apoiou o caminho chileno para o
socialismo, considerando que contradizia a experiência Cubana." Nós não
encontramos nenhuma contradição, "disse ele." (Fidel Castro citado em Sebastian
Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
"A identidade completa de pontos de vista (entre Cuba e a União Soviética) sobre a
91
situação actual do mundo." (Keesing's Contemporary Archives, volume 20, traduzido
da versão em língua Inglesa)
Além disso:
"O louvor Cuba á União Soviética era ardente." (William E. Ratliff, Castroism and
Communism in Latin America: 1959-1976, 1976, traduzido da versão em língua Inglesa)
Naquela época, os Castristas nunca estavam cansados de expressar a sua "amizade" para
com os outros satélites e neo-colónias Soviéticos. Eles fizeram-lhes várias visitas.
Durante uma visita á Checoslováquia, Alemanha Oriental e União Soviética social-
fascistas, Castro foi ainda condecorado com a Ordem de Lenine, no que foi um insulto à
memória revolucionária e ao legado do 3º clássico do Marxismo-Leninismo que dedicou
sua vida a lutar contra todos os tipos de revisionismo e pela revolução socialista mundial.
Os Castristas também tinham relações muito cordiais com a Coreia do Norte monarco-
fascista, com o Vietname revisionista e com a Jugoslávia de Tito reaccionária. Durante
essas viagens, os Castristas e os outros sociais-fascistas publicavam comunicados
conjuntos nos quais eles hipocritamente proclamavam a sua:
É claro que por aquela altura só a Albânia socialista do camarada Enver ainda era leal ao
Marxismo-Leninismo. Todos os outros países, incluindo a Cuba Castrista e todos aqueles
que fizeram parte do campo revisionista Soviético degenerado eram completamente anti-
comunistas, pró-capitalistas e pró-imperialistas. Eles eram regimes burgueses e social-
fascistas onde os trabalhadores eram barbaramente explorados e oprimidos. Eles não
tinham nem têm absolutamente nada a ver com o Marxismo-Leninismo. Na verdade, a
apresentação das tiranias social-fascistas como sendo "países Marxistas-Leninistas" só
contribuiu para o descrédito do Marxismo-Leninismo ao enganar os trabalhadores do
mundo relativamente ao que o autêntico Marxismo-Leninismo verdadeiramente é e
representa.
Em face disso, não é surpreendente que os imperialistas Soviéticos exijam que os seus
lacaios Castristas enviassem milhares de soldados em defesa de seus objectivos
expansionistas na África. De facto, os líderes Castristas já tinham visitado muitos países
Africanos como a Argélia, Guiné, Serra Leoa, etc. Em 1972, eles fizeram viagens oficiais
a todas estas nações onde eles aproveitaram a oportunidade para espalhar suas ideias anti-
socialistas e também para defender os interesses dos seus mestres social-imperialistas
Soviéticos em expandirem a sua esfera de influência burguesa-capitalista, neo-
colonialista, opressora, social-fascista, escravizante, exploradora e anti-comunista com o
objectivo de maximizarem os seus lucros. Nos seus relatórios relativamente a essas
visitas, afirmaram estar “impressionados” com:
92
“ (...) A transformação socialista desses países." (Documentos do Partido Revisionista
de Cuba, Report of Fidel Castro’s journey, 1972, traduzido da versão em língua Alemã)
Então, os Castristas afirmam que países como a Argélia, Guiné e Serra Leoa, que tinham
expulsado os antigos colonialistas apenas para cair nas mãos das novas superpotências
imperialistas, estão se "tornando socialistas"! Estes países são completamente
dependentes de uma potência imperialista ou de outra nos campos político, económico e
social (tal como em Cuba). Nestas nações, as relações de produção capitalistas
exploradoras sempre se mantiveram intactas, apesar dos slogans "populares", de
"esquerda", "não-alinhados" e até mesmo "socialistas" usados por seus líderes burgueses-
revisionistas para enganar os trabalhadores, evitando assim a revolução genuinamente
socialista.
"Enviou cerca de 12.000 tropas para Angola para ajudar na luta revolucionária do
Movimento Popular de Libertação de Angola." (William E. Ratliff, Castroism and
Communism in Latin America: 1959-1976, 1976, traduzido da versão em língua Inglesa)
Claro que os Castristas não poderiam se importar menos com a opressão exercida pelo
colonialismo Português sobre os trabalhadores Angolanos. Eles estavam enviando tropas
para Angola a fim de salvar a sua própria pele - se não fizessem isso, eles estariam
expostos à ira de ambas as superpotências imperialistas e iriam ser rasgados em pedaços
por elas. O imperialismo norte-Americano continuou tentando destruir o sistema Castrista
e reconquistar suas posições anteriores em Cuba, e se eles se recusassem a cumprir os
objectivos do social-imperialismo Soviético, então eles perderiam o apoio Soviético que
era indispensável para a manutenção de sua ordem social-fascista contra os ataques e
pressões Americanos. Consequentemente, as reivindicações revisionistas Cubanas que
“fomos para a África e viemos embora sem nada, apenas com os caixões dos nossos
filhos e filhas que morreram nas lutas para libertar este continente” são uma mentira
vergonhosa (claro, nós não negamos que muitos desses soldados Cubanos que
intervieram na África eram, na verdade, filhos e filhas das massas trabalhadoras Cubanas.
No entanto, enquanto alguns deles foram forçados a ir para a África pelos Castristas,
também houve outros que foram completamente enganados pelas mentiras dos social-
fascistas Cubanos e dos imperialistas Soviéticos, acreditando firmemente que eles foram
para a África para defender "a libertação dos povos" e até mesmo o "socialismo"). Assim
como tinha acontecido com a invasão Soviética da Checoslováquia, a burguesia Castrista
não tinha outra opção além de apoiar as políticas social-imperialistas Soviéticas se queria
manter o seu poder opressivo.
93
Aproveitando as aspirações dos trabalhadores Africanos á emancipação real e ao
socialismo, os Castristas intervieram em Angola como mercenários pró-Soviéticos
durante os anos 70 e 80, usando as máscaras "vermelhas" e "socialistas" a fim de
conquistar o apoio das massas operárias Angolanas e de todos os outros trabalhadores
Africanos através de os fazer acreditar que a intervenção social-fascista Cubano-Soviética
iria libertá-los da opressão e da exploração cruel que eles sofriam há séculos. Em 1989,
um jornal Americano burguês declarou que:
"Ao longo dos últimos 13 anos, mais de 300 mil Cubanos têm servido lá (em
Angola)." (Financial Times, 17 de Fevereiro de 1989, traduzido da versão em língua
Inglesa)
Na verdade, a sua presença era essencial para permitir que os Soviéticos conseguissem
derrotar as tentativas do imperialismo Americano para controlar Angola e permitir o
estabelecimento de um regime pró-Soviético e social-fascista neste país que garanta os
interesses dos social-imperialistas Soviéticos em estender o seu império neo-colonial
sobre a África. O camarada Enver percebeu perfeitamente o que estava envolvido na
chamada "questão Angolana":
94
eles foi uma luta de facções pelo poder. Cada um deles foi apoiado por diferentes
estados imperialistas. Agostinho Neto foi o vencedor desta competição enquanto que
o socialismo não triunfou em Angola. Pelo contrário, após a intervenção do exterior,
o neo-colonialismo Soviético foi estabelecido lá. A China social-imperialista também
está fazendo grandes esforços para penetrar nos antigos países coloniais e semi-
coloniais." (Enver Hoxha, O Imperialismo e a Revolução, Tirana, 1979, edição em
Português)
No início deste artigo, descrevemos a batalha que teve lugar em Cuito Canavale (sul de
Angola). Ao contrário do que afirmam os Castristas, o objectivo dessa batalha não era
"libertar os povos do sul da África", mas sim decidir quem seria a superpotência que
estenderia a sua influência sobre a região.
95
(Isaac Saney, Cuba and Southern African Liberation: the unknown story, traduzido da
versão em Inglês)
Mas isso não é verdade. O que aconteceu é que tudo isso coincidiu com os interesses do
imperialismo Soviético. O regime racista Sul-Africano era um regime fantoche pró-
Americano que representava os interesses imperialistas Americanos na região.
Consequentemente, se os social-fascistas / social-imperialistas Soviéticos queriam
alcançar o controle sobre essa mesma região, eles teriam que derrotar o regime Sul-
Africano, porque isso significaria o enfraquecimento do imperialismo norte-Americano
na África Austral (e daqui, a porta estava aberta ao domínio absoluto e exclusivo sobre
todo o continente Africano pelos social-imperialistas-capitalistas Soviéticos). Se os seus
interesses social-imperialistas exigissem que o regime abertamente racista Sul-Africano
tinha que ser apoiado, então os social-imperialistas Soviéticos não hesitariam em apoiá-lo
– tudo dependia do que fosse mais benéfico para a expansão da sua esfera de influência
burguesa-capitalista, neo-colonialista, opressora, escravizante, social-fascista,
exploradora e anti-comunista, tudo dependia do que fosse mais benéfico para a
maximização dos seus lucros. E como os Castristas não tinham outra escolha além de
servir o imperialismo Soviético, se os seus mestres social-fascistas e social-imperialistas
lhes tivessem ordenado combater ao lado das tropas racistas Sul-Africanas, eles teriam
feito isso. Os Castristas teriam lutado como fosse mais benéfico para os interesses social-
imperialistas. Aconteceu que, no contexto histórico em questão, o mais vantajoso para os
capitalistas-imperialistas Soviéticos era derrotar e enfraquecer regime Sul-Africano a fim
de expulsar o seu maior rival na região - o imperialismo norte-Americano. Portanto, os
mercenários Cubanos se juntaram aos esforços dos revisionistas Soviéticos. Os Castristas
gostam de se vangloriar de que "lutaram pela causa da liberdade, libertação e justiça
através de contribuir para a libertação de África do colonialismo, opressão e racismo".
Mas isso é uma mentira. Pelo contrário, eles ajudaram os revisionistas e social-
imperialistas Soviéticos a imporem a sua própria dominação colonialista e opressiva
sobre a África. Por exemplo, em Angola e na Namíbia, eles contribuíram
significativamente para a implementação de tiranias social-fascistas que ainda hoje em
dia matam, roubam, abusam e exploram os trabalhadores Angolanos e da Namíbia. E no
que respeita ao racismo, os fundamentos do apartheid ficaram intactos na África do Sul.
Como já explicámos noutros artigos, para além da formação de uma pequena burguesia
negra criada com o acordo dos ricos oligarcas brancos, tudo permanece na mesma no
país. O Apartheid aberto e explícito foi substituído pelo apartheid oculto. Como se pode
concluir, não há razão para glorificar o que não merece ser glorificado. A Cuba social-
96
fascista de Castro foi o lacaio da colonização da África pelos social-imperialistas
Soviéticos.
Também ridícula é a afirmação pomposa Castrista que "Cuito Canavale é o Estalinegrado
Africano". Uma vez mais, a sua arrogância é ultrajante. Eles estão comparando Cuito
Canavale com a gloriosa batalha de Estalinegrado. Ambas as batalhas são incomparáveis
em termos de significado ideológico e também em termos de dimensão. Estalinegrado foi
uma enorme batalha que envolveu muitos milhões de soldados, mas foi acima de tudo um
combate entre dois sistemas socio-económicos opostos e irreconciliáveis: de um lado, a
União Soviética socialista liderado pelo camarada Estaline, do outro lado, os exércitos
fascistas-imperialistas liderados pela Alemanha nazista. É também por isso Estalinegrado
foi uma batalha terrível - não poderia ter havido meios termos lá, um dos lados teve de
morrer para o outro poder sobreviver. Pelo contrário, a batalha de Cuito Canavale foi
apenas uma parte de uma guerra reaccionária e predatória entre duas superpotências
imperialistas pela hegemonia sobre o continente Africano. Nada mais do que isso.
Declarar que Cuito Canavale é comparável a Estalinegrado é mesmo ofensivo à memória
de todos aqueles que deram suas vidas para que a União Soviética Bolchevique pudesse
derrotar a agressão bárbara nazi-fascista.
Os Castristas tentam impor a distorção ideológica burguesa da história do movimento de
libertação Africano aos trabalhadores do mundo em geral, e aos trabalhadores Africanos
em particular para convencê-los sobre a sua natureza falsa "progressista" e "socialista". A
luta de classes do proletariado Africano e a solidariedade do proletariado mundial
escrevem a história da libertação – e mais ninguém. O único país no mundo que
realmente apoiou a luta de libertação na África Austral foi a Albânia Socialista e o
Movimento Mundial Marxista-Leninista com liderado pelo camarada Enver Hoxha e não
a Cuba social-fascista. A Cuba de Castro era o lacaio da colonização Africana pelos
social-imperialistas Soviéticos. Afirmar o contrário é sinónimo de tentar esconder o
carácter burguês-capitalista, neo-colonialista, opressor, escravizante, explorador, social-
fascista, pró-imperialista e anti-comunista da Cuba de Castro.
Infelizmente para os Castristas, a realidade é muito diferente das lendas reaccionárias que
eles inventam. E a imagem da Cuba Castrista a agir independentemente dos interesses
Soviéticos é precisamente isso: uma lenda. Os "argumentos" dos Castristas de que "Cuba
não era um fantoche Soviético, porque os líderes Soviéticos só foram informados sobre a
97
intervenção Cubana em África após o seu acontecimento" não possuem qualquer poder
persuasivo. Longe de provar que a Cuba Castrista não era um lacaio pró-Soviético, eles
conseguem revelar a intensidade incrível da subserviência neo-colonial exploradora de
Cuba em relação aos imperialistas Soviéticos. Na verdade, os Castristas estavam tão
intensamente envolvidos na satisfação das exigências social-imperialistas que eles nem
precisavam de ordens formais vindas de Moscovo para intervir em regiões onde os
interesses dos social-fascistas e social-imperialistas Soviéticos estavam em jogo. Esta foi
também uma forma de ganhar os favores dos social-imperialistas Soviéticos -, desta
forma, os Castristas provaram que a sua prontidão para defender a expansão do império
explorador dos capitalistas de Moscovo foi algo mecânico e imediato. Com tais
servidores tão leais como os Castristas, os social-imperialistas Soviéticos não precisavam
de se cansar dando instruções e ordens. Os Castristas pouparam-lhes as suas energias. A
dependência Castrista dos revisionistas Soviéticos tinha alcançado a um nível tão
profundo que até mesmo dispensava comandos expressos dos imperialistas Soviéticos – a
Cuba Castrista estava pronta para servir os seus mestres de forma automática, sem
esperar por ordens directas. É impossível imaginar uma posição mais subserviente
relativamente ao social-imperialismo Soviético do que a adoptada pelos Castristas. E
como se isso não bastasse, eles ainda se atrevem a declarar que:
"O papel de Cuba fornece países da África com assistência técnica, especialmente
através do envio de pessoal médico para lá." (Documentos do Partido Revisionista de
Cuba, Cuban engagement in Angola, traduzido da versão em língua Alemã)
A primeira frase é tão hipócrita e anti-socialista que não vamos perder nosso tempo
comentando isso, ela já foi respondida ao longo deste artigo. No que respeita à segunda,
os Castristas mais uma vez mostram a sua tendência para cobrir suas acções social-
fascistas e pró-imperialistas com máscaras "humanitárias". Os trabalhadores Africanos
não precisam do pessoal médico Cubano para nada. Eles são capazes de resolver os seus
problemas por si mesmos, sem a intervenção dos revisionistas. Mas isso é muito natural.
Assim como eles fazem em Cuba, também na África os Castristas visam enganar os
98
trabalhadores dando-lhes esmolas ridículas. Esta é uma estratégia muito utilizada por
eles. De facto, no seu longo discurso na Conferência dos Partidos Comunistas da
América Latina e do Caribe, os Castristas também falaram muito sobre o "estado do bem-
estar" de tipo social-democrata burguês que conseguiram estabelecer em Cuba:
“ (...) Em Cuba, a grande maioria das crianças frequentam o sistema de ensino (...) o
número de pessoas com graus académicos tem crescido exponencialmente (...) e
Cuba é um dos três países mais avançados da América no que respeita aos cuidados
de saúde, com 10,330 médicos (...)." (Documentos do Partido Revisionista de Cuba,
Conference of Communist Parties of Latin America and Caribbean, 1975, traduzido da
versão em língua Alemã)
Eles sempre usam isto para desviar a atenção dos trabalhadores da natureza reaccionária
do Estado social-fascista Cubano e do carácter pró-capitalista e anti-socialista do
Castrismo. De facto, nesse mesmo discurso, eles apresentam a "luta contra o
imperialismo Americano" (como se os trabalhadores latino-Americanos não tivessem
quaisquer outros inimigos...) e "a realização dos direitos democráticos" (a implementação
deste tipo de sistema reformista) como sendo sinónimo de "socialismo". Eles até mostram
Cuba como um exemplo a ser seguido. Obviamente, os Castristas estão cumprindo suas
finalidades anti-comunistas, tentando incutir na mente dos trabalhadores a falsa ideia de
que a existência de um sistema de saúde e de ensino é equivalente á construção socialista,
que ter acesso á "segurança social" burguesa é equivalente ao socialismo. Com isso, eles
visam manter os proletários afastados da ideologia anti-revisionista autêntica,
convencendo-os de que eles só têm de implementar um "estado social" social-democrata
em seus países para viverem numa "sociedade socialista". De acordo com esta teoria dos
Castristas, não há necessidade de aniquilar as relações produtivas socio-económicas
opressivas nem de lutar contra as influências burguesas-capitalistas-revisionistas, nem de
destruir a resistência dos exploradores oligárquicos através de meios revolucionários
violentos, nem de socializar os meios de produção, nem de estabelecer uma ditadura do
proletariado sob a liderança de um partido genuinamente Marxista-Leninista, etc. ... Para
os Castristas, para "construir o socialismo" é suficiente implementar um sistema de
"segurança social" pago pelos impostos e "contribuições” extremamente pesados sacados
aos trabalhadores (que são roubados ás classes trabalhadoras pela burguesia social-
fascista e pró-imperialista com o falso pretexto enganoso de "ser necessário para
construir o socialismo"), que irá extinguir a chama revolucionária e a consciência
comunista a fim de perpetuar o reinado de exploração capitalista, imperialista e
revisionista. Esta é uma das características mais perigosas do revisionismo Castrista cujos
fundamentos são muito semelhantes aos da "social-democracia" pró-capitalista Europeia.
99
sabiam muito bem disso, eles sabiam que tinham que fazer o possível para que seus
chefes social-imperialistas tivessem sucesso na sua busca pela hegemonia sobre a África -
caso contrário, era o próprio domínio da burguesia Castrista e os seus privilégios de
classe que seriam postos em risco. Portanto, concordamos completamente com Castro
quando ele diz que "nós (isto é, os social-fascistas Cubanos) colocámos tudo em jogo
nessa acção."
E tudo isto também pode ser aplicado à intervenção Cubana no Corno de África,
nomeadamente na Etiópia. A participação Castrista em guerras que aconteceram na
região foi novamente determinada pelos interesses expansionistas da União Soviética.
Tudo começou quando o regime somali pró-Americano invadiu a região de Ogaden na
Etiópia:
"Em Janeiro de 1978 havia vários milhares de tropas Cubanas no local, com
tanques, artilharia e outras armas pesadas fornecidas pela União Soviética." (Wayne
S. Smith, US-Cuba Relations: Twenty-Five Years of Hostility, 1959-1984, 1985,
traduzido da versão em língua Inglesa)
Como se pode concluir, não importa o quanto Castristas gritem que a participação de seus
mercenários nas guerras inter-imperialistas Africanas "foi guiado pelo internacionalismo
proletário", a verdade permanece a mesma: os Castristas eram lacaios pró-Soviéticos
social-fascistas cujo objectivo era garantir a vitória de imperialistas Soviéticos sobre os
seus rivais:
100
considerável de mercenários lá até hoje para combater os adversários de Neto, isto
é, as ferramentas dos Americanos e dos outros antigos colonizadores a fim de
estabelecer firmemente a influência Soviética no país e transformá-lo num mercado
Soviético. Situações semelhantes estão se desenvolvendo na Rodésia, Zâmbia e no
Sudão. O uso de mercenários tornou-se moda hoje. O capitalismo mundial usa
mercenários para lutar contra os povos que se levantam para ganhar a sua
liberdade e independência nacional, para se libertar do jugo dos exploradores
estrangeiros imperialistas e dos seus aliados locais. Os mercenários são descritos
como exércitos de libertação que "defendem" a soberania e a liberdade dos
respectivos povos." (Enver Hoxha, The Superpowers, 1986, traduzido da versão em
língua Inglesa)
E nós temos que mencionar que, no que respeita à Etiópia, a intervenção Castrista
permitiu a manutenção de um dos mais repugnantes e terríveis regimes social-fascistas
que já existiram: o de Mengistu Hailemariam, o líder do Derg, carrasco do povo Etíope.
Para Mengistu, assassinar trabalhadores Etíopes á fome e sede era uma forma normal de
governar (também nisto, Mengistu é igual a todos os outros governantes capitalistas-
imperialistas-revisionistas). Mas os Castristas não poderiam se importar menos sobre
isso, eles estavam apenas preocupados em satisfazer os interesses dos social-imperialistas
Soviéticos como um meio para manter o seu reinado de classe explorador sobre os
trabalhadores Cubanos - tudo o resto era irrelevante para eles. Consequentemente, eles
não se importaram de apoiar abertamente o fascista Derg, que selvaticamente reprimiu o
proletariado Etíope, uma vez que isso poderia contribuir para a manutenção da burguesia
Castrista no poder. Relativamente à situação da Etiópia, Castro arrogantemente declarou
que:
Claro, todo mundo sabe que esses "conselheiros" militares Cubanos foram usados pelo
Derg de Mengistu para organizar a repressão fascista contra os trabalhadores Etíopes e
oprimir os povos como os do Tigray e da Eritreia que estavam se esforçando para
alcançar a auto-determinação. Então, Castro estátotalmente equivocada. Os social-
fascistas Cubanos não têm o direito de intervir num país estrangeiro contribuindo para a
sujeição de suas massas trabalhadoras a um regime despótico que só serviu os interesses
dos capitalistas-imperialistas de Moscovo. Os social-fascistas Cubanos não tinham o
direito de pôr em risco o combate dos povos oprimidos pela independência. E eles até
chegaram ao ponto de receber Mengistu numa visita oficial a Cuba! Durante uma
semana, Mengistu e seus colegas do Derg estiveram em Cuba comendo, bebendo e
festejando às custas dos trabalhadores Cubanos. E Castro não tinha vergonha de afirmar
que:
101
Mengistu é realmente um defensor do Marxismo-Leninismo? Bem, tudo depende do que
se entende por "Marxismo-Leninismo". Se considerarmos o Marxismo-Leninismo de
acordo com os ensinamentos dos cinco clássicos (Marx, Engels, Lenine, Estaline e Enver
Hoxha), então Mengistu é o oposto de um Marxista-Leninista, ele é um social-fascista.
Mas se como Castro pensamos que impor um despotismo fascista sobre todo um povo e
que vender seu próprio país aos imperialistas Soviéticos é "Marxismo-Leninismo", então
Mengistu é certamente um "Marxista-Leninista". Se ser um "Marxista-Leninista" é deixar
que os capitalistas-imperialistas de Moscovo vorazmente consumam os recursos da nação
ao ponto de condenar as massas trabalhadoras a uma fome mortal, então Mengistu é
certamente um "Marxista-Leninista". Se ser um "Marxista-Leninista" é banhar em sangue
qualquer tentativa das nações oprimidas para conseguirem o seu direito à auto-
determinação é ser um "Marxista-Leninista", então Mengistu é certamente um "Marxista-
Leninista". As qualificações não alteram a essência das coisas.
Estima-se que cerca de meio milhão de pobres morreram nas fomes Etíopes do final dos
anos 70 e dos anos 80, causadas pelas políticas capitalistas pró-Soviéticas de Mengistu. E
milhares mais foram abatidos pela repressão fascista do Derg durante o mesmo período.
Os social-fascistas Castristas são responsáveis por cada uma dessas mortes terríveis,
porque eles deliberadamente e voluntariamente apoiaram o capitalismo de estado
totalitário e pró-Soviético imperialista de Mengistu. Quando a revolução socialista
mundial for vitoriosa e o proletariado mundial estabelecer a sua ditadura, os Castristas
vão pagar por tudo o que fizeram e continuam a fazer contra a causa da emancipação dos
trabalhadores.
102
firmemente e definitivamente o seu poder de classe através de colocar a produção em
geral, e as relações e forças produtivas concordantes em particular ao total serviço da
construção socialista e comunista e da sociedade socialista e comunista. De facto, logo
em 1967, os diplomatas Albaneses em Cuba correctamente observaram:
“ (...) A falta de uma verdadeira economia planeada (...)." (Conversation with Xhustin
Papogorgi, Third Secretary of the Embassy of the People’s Republic of Albania in Cuba,
27 de Setembro de 1967, traduzido da versão em língua Inglesa)
No entanto, até ao final dos anos 60, os Castristas continuaram a esconder o seu sistema
económico de exploração capitalista por trás de máscaras "socialistas", nomeadamente
através do desenvolvimento do capitalismo de Estado. No entanto, como a União
Soviética revisionista avançou para o abandono do capitalismo de Estado e sua
substituição pelo capitalismo clássico, este mesmo curso também foi imposto a Cuba.
Inicialmente, os Castristas tinham medo dele, porque enfraquecer o capitalismo de
Estado significaria o enfraquecimento de seus "disfarces vermelhos" que enganam os
trabalhadores Cubanos e os mantêm longe do socialismo autêntico. Mas eles logo
entenderam que, mais uma vez, eles não tinham escolha. Cuba era agora totalmente
dependente do social-imperialismo Soviético, a sua dependência era equivalente à antiga
relativamente ao imperialismo Americano. Em 1972, Cuba estava totalmente submersa
nos capitais e "créditos" provenientes do bloco Soviético e do COMECON (Conselho
para Assistência Económica Mútua). E durante essa década, as formas Castristas do
capitalismo de Estado foram limitadas como ordenado pelos capitalistas-imperialistas de
Moscovo:
Portanto, de acordo com este "novo sistema de direcção e planeamento" (como era
chamado pelos Castristas, embora nunca tenha havido qualquer tipo de planeamento
económico na Cuba revisionista á excepção da que visa maximizar os lucros da burguesia
Castrista e dos seus patrões social-imperialistas), as fábricas na Cuba social-fascista
devem financiar-se e decidir o seu próprio orçamento, os preços são fixados de acordo
com o custo de produção, os gerentes de fábricas e indústrias que produzem a maior taxa
de retorno sobre o investimento são pagos de acordo com a sua posição social e também
de acordo com a rentabilidade das suas empresas, os trabalhadores são pagos em
103
correspondência com a rentabilidade das empresas em que trabalham e podem perder os
seus empregos se a produção for mais barata sem eles (isto é, os trabalhadores são pagos
de acordo com a sua produtividade determinados pela quantidade de trabalho ou pelo
cumprimento ou não dos objectivos de produção dos seus trabalhos - por outras palavras,
se eles podem trabalhar de forma rápida e rentável). Assim, como se pode concluir,
Castro não teve o menor problema em fazer mudanças oportunistas e pragmáticas na sua
própria ideologia a fim de colocá-la de acordo com os desejos dos social-fascistas e
social-imperialistas Soviéticos. Num Congresso do partido ele referiu que: " (...) o
dinheiro, preços, finanças, orçamentos, impostos, crédito, juros e outras mercadorias
devem funcionar como instrumentos indispensáveis ... para decidir em que é que o
investimento é a mais vantajoso, para decidir que as empresas, que unidades têm o
melhor desempenho, e as que apresentam os piores resultados e assim sermos capazes de
tomar as medidas pertinentes." Na verdade, temos de admitir que Castro não estava
fazendo concessões de princípio devido ao simples facto de que ele estava apenas
transferindo suas preferências de uma forma de capitalismo para outra, ele só foi assumiu
abertamente que as leis que regem a economia Cubana sempre foram e continuarão a ser
as leis do capitalismo. A opção entre o capitalismo de Estado e o capitalismo clássico foi
feita por todos os regimes burgueses de acordo com seus interesses de classe num
determinado momento. E isso não representa qualquer dilema substancial - há ocasiões
em que uma burguesia tira mais vantagens de praticar um capitalismo mais "planeado" e
há outras ocasiões em que ela tira mais vantagens a partir de um tipo mais clássico do
capitalismo. Isso nunca pode obliterar a questão de classe fundamental: tudo depende de
qual classe está no poder. Enquanto a burguesia não for derrotada por uma revolução
socialista e pela implementação de uma ditadura do proletariado, então o sistema socio-
económico será sempre explorador e opressor. É irrelevante se a burguesia em questão
escolhe seguir um capitalismo de Estado "planeado" ou um capitalismo mais "liberal".
Portanto, temos de condenar os revisionistas e os social-fascistas que tentam retratar o
capitalismo planeado de estado como sendo "positivo" ou mesmo como "socialismo" e o
capitalismo de tipo clássico como sendo "negativo" e "reaccionário", porque todos os
tipos de capitalismo são invariável e inevitavelmente repressivos e escravizantes. O
mesmo pode ser dito sobre a Cuba Castrista, onde as chamadas "reformas económicas"
começando nos anos 70 e 80 não representaram qualquer mudança nas características
fundamentais de social-fascismo Cubano: ele continuou a ser tão tirânico, tão
reaccionário e tão anti-socialista como sempre. Na verdade, "as reformas económicas"
Cubanas foram equivalentes ás que ocorreram na União Soviética revisionista durante o
mesmo período. Elas resultaram da restauração revisionista do capitalismo na década de
50 que permitiu a penetração de “créditos” estrangeiros imperialistas também na União
Soviética e que, finalmente, levaram à eliminação dos últimos remanescentes de
aparência "socialista" no bloco oriental revisionista. Esta estratégia foi cuidadosamente
planeada e organizada pelos imperialismos Americano e ocidental que astuciosamente
sabiam como usar as características e concessões revisionistas anti-socialistas para sua
própria vantagem em destruir um poderoso rival. O camarada Enver sabiamente observou
que:
"Ele (o imperialismo Americano) vai explorar a União Soviética, vai fazer lucros
fabulosos a partir dela que servirão para fortalecer o seu império mundial. Além
104
disso, a introdução de capital norte-Americano na União Soviética fará com que até
mesmo os menores remanescentes das vitórias da Grande Revolução Socialista de
Outubro sejam eliminados muito rapidamente, isto vai trazer o desmantelamento da
União Soviética como uma união de repúblicas. Este é o objectivo do imperialismo
Americano: destruir a União Soviética como um poder perigoso rival capitalista. Os
«sabichões» dirão: «Isto vai ser difícil de conseguir». Pelo contrário, isto é
facilmente alcançado quando se sai dos trilhos do Marxismo-Leninismo.” (Enver
Hoxha, Reflections on China, Volume II, Tirana, 1979, traduzido a partir da edição em
Inglês)
"O investimento estrangeiro está sendo procurado cada vez mais avidamente,
principalmente através de concessões. Estima-se que 60 empresas comuns estão
agora em vigor, com mais 100 na calha. As concessões e os acordos de partilha de
produtos já existem com 29 países, incluindo vários na Europa." (Economist
Intelligence Unit, Country Profile: Cuba, 1991, traduzido da versão em língua Inglesa)
105
tiveram a preocupação de não deixar qualquer tipo de investimentos estrangeiros ou
“créditos” provenientes de países imperialistas, capitalistas e / ou revisionistas
penetrarem, ocuparem e colonizarem a Albânia socialista porque eles sabiam muito bem
que:
Este artigo 28 da Constituição Albanesa de 1976 já foi citado por nós noutros artigos,
mas ele é sempre indispensável. De facto, a presença deste artigo na Constituição
Albanesa de 1976 é um sinal claro de seu carácter autenticamente Marxista-Leninista.
Por exemplo, a Constituição revisionista e social-fascista da Coreia do Norte não só não
inclui qualquer artigo como este, mas ainda encoraja abertamente a penetração
imperialista estrangeira no país.
O proletariado de qualquer nação que realmente visa construir o socialismo nunca pode
negligenciar a necessidade de pôr em prática o princípio fundamental contido no artigo
28 da Constituição Socialista Albanesa. Caso contrário, a restauração capitalista seria
uma mera questão de tempo, porque desde que as multinacionais capitalistas-
imperialistas estão autorizadas a dominar livremente a economia de um país, elas
inevitavelmente também dominam o seu sistema socio-político. E é óbvio que as
empresas oligárquicas não estão lá para proteger o socialismo, elas vão fazer de tudo para
destruí-lo e reinstalar a escravidão assalariada e a exploração sobre os trabalhadores.
Claro que os Castristas não têm que enfrentar este tipo de problemas. Eles não estavam
nem estão preocupados em defender o socialismo contra o assédio imperialista porque
nunca houve socialismo em Cuba. Pelo contrário, eles estavam muito ocupados
incentivando a transformação de Cuba de um país compradore apenas aberto ao
imperialismo Soviético num país compradore aberto ao imperialismo mundial como um
todo:
"Ficou claro que todo o investimento estrangeiro era bem-vindo, inclusive em áreas
106
como a exploração de petróleo, níquel, bens de capital, têxtil e agricultura (...)."
(Keesing's Record of World Events, Volume 38, traduzido da versão em língua Inglesa)
Na verdade, apesar de embargo dos EUA, havia muitas empresas norte-Americanas que
estavam interessadas em investir em Cuba e na tomada de lucros a partir dos recursos do
país. No entanto, nunca a oligarquia imperialista Americana concordou com os pedidos
da burguesia Castrista para pôr fim ao embargo contra Cuba, que é mantido até hoje. Para
os imperialistas norte-Americanos, não é suficiente para que os Castristas estejam
dispostos a deixar as multinacionais Americanas penetrar e explorar Cuba. Eles querem
mais do que isso: os oligarcas imperialistas Americanos querem reconquistar o seu
controle exclusivo sobre Cuba, eles querem ser os únicos donos de Cuba e enquanto os
Castristas continuarem a recusar-lhes isso, eles nunca vão desistir de suas tentativas para
enfraquecer e derrubar a burguesia Castrista. Na verdade, os Castristas sabem muito bem
que se os imperialistas norte-Americanos recuperarem o controle absoluto sobre Cuba,
eles rapidamente expulsarão a burguesia Castrista a fim de substituí-la por uma clique
fantoche pró-Americana mais fiável e livre de todas as máscaras "socialistas" que os
Castristas ainda insistem em utilizar para enganar os trabalhadores e os proletários. Por
conseguinte, enquanto for capaz de evitar a sua própria derrubada, a burguesia Castrista
fará o seu melhor para não deixar os oligarcas imperialistas Americanos reconquistar as
suas posições anteriores em Cuba.
107
socialista e comunista porque eles sabem que não há outra forma de definitivamente se
livrarem do brutal regime opressivo burguês-capitalista-imperialista.
"A mais clara indicação de que algo estava errado foi a epidemia de absentismo em
todo o país. Castro observou em Agosto e Setembro de 1970 que cerca de 20% da
força de trabalho estava ausente em qualquer dia, enquanto que no Oriente em
Agosto de 1970 52% dos trabalhadores agrícolas não apareceu para o trabalho. (...)
Em 1970 era claro que este modelo político não estava funcionando bem. Os sinais
mais evidentes foram o absentismo generalizado e os baixos níveis de produtividade
registrados." (Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
108
Como consequência lógica de dependência da Cuba Castrista do social-imperialismo
Soviético, o país ficou submerso na crise da dívida que afecta os países neo-coloniais. No
entanto, os líderes Castristas ainda tentaram justificar a situação desesperada de Cuba
afirmando que:
Fidel Castro defendeu que "será necessário depender cada vez mais dos Soviéticos
devido à diminuição na produção de açúcar". Aqui percebemos as características típicas
do colonialismo. A economia Cubana é monocultural quase na sua totalidade porque os
imperialistas Soviéticos ordenaram que ela deve principalmente produzir o que era mais
rentável para os capitalistas-imperialistas de Moscovo dadas as condições de Cuba:
açúcar bruto. Portanto, se a produção deste produto sofrer uma queda por qualquer razão,
a economia Cubana ficará comprometida, pois não tem outros meios relevantes para se
apoiar, tinha sido configurada como um apêndice do sistema imperialista Soviético e não
tinha (nem tem) capacidade para se manter independente. O princípio socialista vital de
"confiar nas próprias forças" (pelo menos durante a fase do socialismo num só país) que
permitiu á União Soviética Bolchevique e á Albânia socialista resistir ao cerco e á
invasão político-sócio-económica capitalista-imperialista esteve sempre muito longe das
mentes da burguesia Castrista. Ela invariavelmente rejeitou este princípio crucial com o
pretexto de que seria supostamente "incompatível com as condições específicas de Cuba"
e outras desculpas ridículas do mesmo tipo cujo único propósito é justificar as suas
políticas anti-comunistas e social-fascistas que condenaram Cuba á mais atroz
subserviência neo-colonial exploradora relativamente ao imperialismo mundial em geral
e ao social-imperialismo Soviético em particular. O camarada Enver sempre denunciou
este ponto de vista defendido pelos revisionistas Cubanos:
"A experiência Albanesa prova que mesmo um país pequeno com uma base técnica
e material atrasada pode experimentar um grande desenvolvimento económico e
cultural, pode alcançar a sua independência e também pode derrotar os ataques do
capitalismo e do imperialismo mundial se esse país for conduzido por um partido
Marxista-Leninista verdadeiro, se esse país está decidido a lutar até o fim pelos seus
ideais e tiver confiança na sua realização." (Enver Hoxha, Report to the VIII Congress
of the PLA, Tirana, de 1981, traduzido da língua Francesa)
109
orientação base para todos os países socialistas (...) Se (...) as relações entre os
Estados são baseadas na exploração dos pequenos estados economicamente fracos
pelos Estados grandes e poderosos, então as «ajudas» devem ser rejeitadas, pois são
escravizantes." (Enver Hoxha, O Imperialismo e a Revolução, Tirana, 1979, edição em
Português)
Deve-se ainda ressaltar que nos países verdadeiramente socialistas que já existiram (na
União Soviética dos camaradas Lenine e Estaline e na Albânia do camarada Enver), o
princípio fundamental de "depender das suas forças" nunca esteve limitado ás
exportações serem superiores às importações. De facto, em ambos os países, os capitais
investidos na economia sempre provieram inteiramente de fundos de acumulação
próprios do país (com a excepção de um breve período no final de 1940 / início de 1950,
quando a Albânia de Enver recebeu ajuda suplementar internacionalista da União
Soviética Estalinista. E isso nunca afectou a independência socialista da Albânia porque a
União Soviética do camarada Estaline era também um país que construía
verdadeiramente o socialismo. Os países socialistas podem perfeitamente receber ajudas
de outros países socialistas porque essa ajuda internacionalista não tem uma natureza
exploradora e opressora, não pode engendrar o capitalismo e contribui para o
fortalecimento e avanço do socialismo). Pelo contrário, a Cuba social-fascista foi e é
constantemente invadida por “créditos” e capitais escravizantes provenientes das
potências capitalistas, revisionistas e / ou imperialistas. Isso por si só mostra que a Cuba
Castrista nunca pode construir o verdadeiro socialismo e muito menos o verdadeiro
comunismo.
Mas vamos voltar ao nosso relato das consequências económicas que a subserviência ao
imperialismo e ao social-imperialismo mundial trouxeram para a Cuba revisionista.
Como sempre acontece, os bancos capitalistas arranjaram as coisas de modo que a dívida
da Cuba Castrista só iria aumentar com o tempo através da imposição de taxas de spread
proibitivas, cujo objectivo era assegurar que Cuba ficaria permanentemente endividada
para com eles. E eles foram bem sucedidos nisso:
"Em meados dos anos 80 um acentuado declínio no produto social global era
evidente. Em 1986, Cuba teve um déficit recorde de mais de 199 milhões de dólares.
Além disso, Cuba (...) acumulou uma dívida de mais de 6000 milhões de dólares
Americanos." (Sebastian Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
110
Por agora, é mais do que óbvio que a Cuba Castrista nunca poderia ser um país socialista.
Aqueles que insistem em afirmar o contrário estão numa de duas situações: ou eles são
totalmente cegos ou são totalmente reaccionários e anti-comunistas. Infelizmente, é a
segunda situação que se aplica à grande maioria dos ideólogos revisionistas e neo-
revisionistas para quem "Cuba está construindo o socialismo". Um país verdadeiramente
socialista nunca pode ter dívidas. O camarada Enver sempre insistiu que um país
socialista não pode dever nada ao mundo capitalista-imperialista-revisionista. Se uma
nação tem dívidas para com países, empresas ou instituições capitalistas-imperialistas-
revisionistas, então isso significa automaticamente que o país em questão não é socialista.
E se um país que está construindo o socialismo aceita ficar em dívida para com o mundo
burguês, então isso significa que este país deixou de ser socialista. A União Soviética dos
camaradas Lenine e Estaline e a Albânia Socialista do camarada Enver nunca tiveram
qualquer tipo de dívida para com as nações capitalista-imperialista-revisionistas. Como o
camarada Enver explica:
111
colapsou." (Keesing's Record of World Events, Volume 33, traduzido da versão em
língua Inglesa)
"Castro estava pedindo mais sacrifícios por parte do povo Cubano.” (Sebastian
Balfour, Castro, 1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
"A gravidade da situação económica do país exige sacrifícios aos seus cidadãos. Os
preços dos itens não essenciais serão aumentados e a gama de bens sujeitos ao
racionamento deverá ser alargada." (Fidel Castro, Speech at the 3rd Congress of the
Committees for the Defense of the Revolution, traduzido da versão em língua Inglesa)
Foi neste contexto que o "comunista" e "revolucionário" Fidel Castro anunciou algo que é
muito familiar para os trabalhadores: medidas de austeridade. Sim, a Cuba "socialista" e o
seu líder "Marxista-Leninista" Castro decidiram condenar os trabalhadores Cubanos á
miséria para que os banqueiros oligárquicos imperialistas mundiais pudessem obter os
seus lucros abusivos extraídos do suor e do sangue do proletariado e dos trabalhadores
Cubanos. Isso é muito interessante porque partidos revisionistas como o Partido
Comunista Português ou o Partido Comunista da Grécia (ambos defensores intransigentes
da Cuba Castrista) passam o tempo falando contra as medidas de austeridade e contra a
crise da dívida capitalista afectando os trabalhadores Europeus, mas eles hipocritamente
escondem o facto de que o regime Castrista revisionista tem-se endividando e imposto
medidas de austeridade aos trabalhadores Cubanos desde há muito tempo. Esta é uma
prova de que não há diferença substancial entre o sistema revisionista e o sistema
abertamente capitalista-imperialista, eles têm as mesmas características e consequências
não importam as mentiras difundidas pelos social-fascistas sobre a suposta
"superioridade" da ordem revisionista sobre a ordem explicitamente capitalista. E as
coisas em Cuba iam de mal a pior:
"As medidas de austeridade que tinham sido anunciadas no final de 1986 foram
mantidas." (Keesing's Record of World Events, Volume 33, traduzido da versão em
língua Inglesa)
"A economia sofre uma contracção grave (...)." (ABRECOR, Country Report: Cuba,
1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
112
"A economia está agora no seu quarto ano de austeridade; os bens de consumo estão
em falta." (Financial Times, Fevereiro de 1989, traduzido da versão em língua Inglesa)
De facto, em 1988 o Banco Nacional de Cuba declarou oficialmente que a dívida externa
do país aumentou cerca de 672 milhões de dólares em 1987 e totalizou cerca de 6 biliões
de dólares.
Então, a Cuba Castrista acabou completamente invadida e endividada para com o capital
financeiro mundial, com todas as consequências inevitáveis e desastrosas para o
proletariado e os trabalhadores Cubanos que foram submetidos a sofrimentos e pobreza
por causa da dependência Castrista em relação ao social-imperialismo, ao imperialismo e
ao capitalismo-imperialismo financeiro mundial. Isto é o que invariavelmente acontece
quando um país segue um caminho não-socialista. Os efeitos finais são sempre os
mesmos: exploração, exploração e mais exploração.
E as coisas ainda ficaram piores quando, em meados dos anos 80, a camarilha de
Gorbatchev pró-ocidental assumiu o poder e começou a aplicar a Perestroika que levaria
ao desmembramento e destruição do império Soviético no início dos anos 90. Isto foi
trágico para os Castristas, porque os privou das relações económicas e da protecção
militar do “bloco de Leste” social-imperialista dominado pelos Soviéticos. Em 1990, o
governo de Gorbatchev anunciou que o comércio com Cuba:
"Os preços do açúcar em 1990-91 caíram para níveis descritos por Castro como
preços de lixo." (Keesing's Record of World Events, Volume 37, traduzido da versão em
língua Inglesa)
113
Além disso, todas as obras públicas que haviam sido incentivadas pelos interesses do
imperialismo Soviético em Cuba foram paradas e todas as tropas e aparelhos militares
russos estacionados em Cuba foram obrigados a voltar para casa. Esta falta da protecção
militar com a qual os Castristas contavam para salvaguardar o seu regime contra o
imperialismo Americano assustou-os muito. O jornal oficial Castrista "Granma" declarou
que a retirada dessas tropas e equipamentos foi:
"O equivalente a dar a luz verde aos Estados Unidos para realizarem planos
agressivos contra Cuba." (Keesing's Record of World Events, Volume 37, traduzido da
versão em língua Inglesa)
Enquanto mortalmente com medo do facto de que os EUA agora tinham total liberdade
para as suas políticas anti-Castristas, a burguesia revisionista Cubana também percebeu
que a economia Cubana não mostrava sinais de estar se recuperando de crise. De acordo
com os números das fontes social-fascistas de Cuba, em 1991 a economia Cubana
contraiu-se cerca de 25% e em 1992 contraiu-se 35% (!). E outra coisa que temos que
observar é que a dependência do capitalismo e do imperialismo só originam mais
dependência do mesmo tipo. A economia Castrista de Cuba ficou nesta situação terrível
porque os Castristas venderam a nação aos revisionistas imperialistas Soviéticos que
transformaram Cuba numa neo-colónia monocultural e que exigiram que Cuba deveria
seguir uma política anti-socialista de endividamento e de submissão ao domínio do
capital mundial. E a aderência dos Castristas a estas instruções juntamente com o
desaparecimento dos social-imperialistas Soviéticos causou uma grave crise na economia
Cubana que levou à necessidade de mais penetração imperialista-capitalista:
Como se pode concluir, o curso anti-comunista submergiu a Cuba Castrista num círculo
vicioso de dependência neo-colonial em relação ao capitalismo-imperialismo mundial
que ainda é mantido actualmente.
114
"A assimilação tranquila por Cuba de métodos capitalistas é mais visível no turismo
e nos projectos prioritários.” (Economist Intelligence Unit, Country Profile: Cuba,
1990, traduzido da versão em língua Inglesa)
Além disso, as semelhanças entre Gorbatchev e Castro também podem ser percebidas na
entrevista de Fidel ao jornal "El Nuevo Diario" em 1992. Nesta entrevista, ele não fez
nenhum esforço nem para esconder o seu Anti-Estalinismo, nem para esconder a sua
admiração e apoio ao ultra-revisionista Gorbatchev. Esta entrevista revela o quão longe
pode ir o cinismo Castrista e nós nunca poderíamos evitar comentar as suas partes mais
relevantes, até mesmo porque é o nome glorioso do camarada Estaline que está em jogo
aqui:
"Eu não posso dizer que Gorbachev tenha desempenhado um papel em que ele
estava ciente da destruição da URSS porque eu não tenho dúvida de que a intenção
de Gorbachev era lutar para melhorar o socialismo. Aprovamos os esforços
Soviéticos para melhorar o socialismo na URSS. (...) Eu acredito que Estaline
cometeu erros grandes (...) tenho criticado Estaline num monte de coisas. Primeiro
de tudo, eu critiquei sua violação do quadro legal. Acredito que Estaline cometeu
um abuso enorme de poder. (...) Na minha opinião, o processo de socialização da
terra deveria ter começado mais cedo e deveria ter sido implementado
gradualmente. Por causa da sua implementação violenta, teve um custo económico e
humano muito elevado num período muito breve da história. Eu também sinto que
a política pré-guerra de Estaline foi totalmente errónea. (...) Eu acredito que foi uma
flagrante violação de princípios buscar a paz com Hitler a qualquer custo ganhando
tempo. Durante a nossa vida revolucionária, durante a história relativamente longa
da Revolução Cubana, nós nunca negociámos um único princípio para ganhar
tempo ou para obter qualquer vantagem prática. (...) Estaline cometeu uma série de
erros que foram criticados por uma grande parte do mundo e que colocou os
115
comunistas - que eram grandes amigos da URSS - numa posição muito difícil por
terem que apoiar cada um desses episódios. (...) Por fim, o carácter de Estaline, a
sua desconfiança terrível de tudo o fez cometer vários outros erros: um deles foi cair
na armadilha de uma intriga Alemã e realizar um expurgo terrível e sangrento das
forças armadas praticamente decapitando o Exército Soviético na véspera da
guerra." (El Nuevo Diario, Interview with Fidel Castro, Junho de 1992, traduzido da
versão em língua Inglesa)
Em primeiro lugar, apenas um revisionista como Castro pode afirmar que "Gorbatchev
tinha a intenção de lutar para melhorar o socialismo." Quando Gorbatchev assumiu o
poder em 1985, não havia até mesmo os menores resquícios do socialismo para serem
"melhorado". Em meados de 80, o socialismo era inexistente na União Soviética
revisionista e a camarilha de Gorbatchev só continuou o que Khrushchev havia
começado: a restauração capitalista na União Soviética. A única diferença era que a
camarilha pró-ocidental de Gorbatchev abandonou e destruiu o capitalismo de Estado (e
também as suas falsas capas "socialistas") na União Soviética – ao contrário do que
tinham feito os seus antecessores, que tinham preferido mantê-lo como um disfarce
"vermelho" para a natureza imperialista da União Soviética revisionista. Assim, para
Castro, "melhorar o socialismo" é substituir o capitalismo de estado pelo capitalismo
clássico. Esta noção é totalmente reaccionária e tem como único objectivo apresentar
como "socialistas" certos regimes e sistemas socio-económicos que não têm
absolutamente nada a ver com o socialismo (como acontece com o da Cuba social-
fascista / revisionista). Mas esta posição de Castro não é surpreendente. Como ele poderia
discordar de Gorbatchev se os revisionistas Cubanos aplicam políticas que foram e são
essencialmente iguais às de Gorbatchev? Afinal, como já afirmámos, também em Cuba o
capitalismo de estado está sendo cada vez mais enfraquecido e desmantelado a favor do
capitalismo clássico devido às pressões resultantes da intensificação da penetração
imperialista em Cuba (assim como também aconteceu na União Soviética). Na verdade, a
única diferença relevante entre os dois casos é que, até agora, os Castristas estão
insistindo em manter um certo ar "socialista" como uma forma de impedir que os
trabalhadores reconheçam que a Cuba Castrista sempre foi um regime capitalista e
burguês. De facto, assim como está ocorrendo em Cuba, também na União Soviética
revisionista a implementação do capitalismo clássico fez com que coisas como o sistema
de segurança social (de saúde, etc.) que existiam sob o capitalismo de estado fossem
abolidos. Por um lado, isto representa o agravamento das condições de vida para os
trabalhadores, mas por outro lado, isso é positivo porque facilita a aquisição pelos
trabalhadores de uma consciência comunista ao revelar-se a natureza exploradora e
predatória do estado capitalista na frente de seus olhos sem quaisquer subterfúgios dos
revisionistas. De qualquer forma, Castro aproveitou a oportunidade para expressar a sua
admiração para com as políticas social-darwinistas de Gorbatchev antes de começar com
os seus ataques contra o camarada Estaline.
116
luta incansável do camarada Estaline contra tudo o que esteja relacionado com a
exploração burguesa-capitalista-imperialista. Para os ideólogos capitalistas como Castro,
impor um sistema sangrento que mata biliões por lucros é algo perfeitamente aceitável e
benéfico. Pelo contrário, combater pela abolição deste sistema terrível e pela
emancipação definitiva económica, social e política dos trabalhadores contra a
escravatura é "cometer abusos enormes de poder." Por detrás das preocupações hipócritas
de Castro sobre "os abusos de poder e as violações da legalidade de Estaline", é possível
perceber a sua raiva profunda para com a ditadura do proletariado encabeçada pelo
camarada Estaline. Apenas um reformista social-fascista como Castro pode estar
preocupado com a "legalidade". Isso mesmo nos lembra a expressão burguesa ridícula do
"Estado de Direito" que é usada pelos ideólogos anti-socialistas para esconder a natureza
de classe oligárquica do Estado capitalista. Sob o camarada Estaline, os trabalhadores
Soviéticos estavam apenas preocupados com o sucesso na construção do socialismo e do
comunismo. Na União Soviética bolchevique, os trabalhadores nunca estiveram presos
aos conceitos burgueses-capitalistas como "o respeito pela legalidade", etc. Eles nunca
tinham desfrutado de uma tal liberdade antes, a liberdade de poder exercer a sua ditadura
de classe contra todos tipos de opressores através de seu partido Marxista-Leninista que
estava acima de todos os órgãos "legais". E durante a ditadura do proletariado não pode
ser diferente. A chamada "legalidade" deve ser sempre subordinada aos interesses da
construção socialista e comunista. O camarada Lenine chegou a afirmar que a ditadura do
proletariado nunca poderia ser limitada por "lei":
Além disso, Castro faz o máximo para desacreditar os trabalhadores Soviéticos liderados
pelo camarada Estaline e pelos bolchevistas Soviéticos com o objectivo de evitar que os
trabalhadores Cubanos e mundiais compreendam que a União Soviética socialista do
camarada Estaline está em total oposição á Cuba Castrista social-fascista. É por isso que
as tentativas de Castro para inculcar o medo anti-Estalinista nas mentes e nos corações
dos trabalhadores, descrevendo o camarada Estaline como tendo sido um déspota
117
sanguinário, são perfeitamente compreensíveis e naturais. Castro sabe muito bem que no
momento em que os trabalhadores finalmente entendam o que o Estalinismo realmente é,
quando eles finalmente compreendam que na União Soviética do camarada Estaline, os
trabalhadores viviam numa democracia proletária genuína e tinham sucesso na
construção do socialismo, o reino Castrista não vai durar por um mais um único segundo.
Os Castristas têm que demonizar o camarada Estaline de modo a que as massas
trabalhadoras nunca compreendam que o Estalinismo é a única ideologia que pode levá-
los á libertação da tirania capitalista-imperialista-revisionista (e portanto, também do
Castrismo). Na verdade, com esse tipo de propaganda anti-Estalinista, Castro também
defende os interesses dos capitalista-imperialistas mundiais, porque para além de
manterem os trabalhadores longe da emancipação socialista genuína inculcando neles
mentiras Anti-Estalinistas, Castro está permitindo que os capitalistas-imperialistas
mundiais continuem a explorar os trabalhadores do mundo em geral e os trabalhadores de
Cuba em particular perpetuando eternamente a sua ordem totalitária oligárquica. E Castro
continua com os seus gritos Anti-Estalinistas. Ele retrata a socialização Estalinista da
agricultura como tendo sido mal feita e como tendo causado "grandes perdas humanas e
económicas", devido à repressão. Mas isso é falso. Pelo contrário, a liderança da
colectivização da agricultura na União Soviética pelo camarada Estaline foi brilhante: em
cerca de 15-20 anos, o campo Soviético deixou de estar sob uma dominação feudal onde
os camponeses eram literalmente tratados como animais num território liberado onde a
terra foi colocada nas mãos de todos os trabalhadores, onde os camponeses (em aliança e
sob a direcção do proletariado) dedicavam-se a uma luta severa contra todos os
remanescentes dos antigos exploradores e onde o Partido Comunista da União Soviética
(Bolchevique) educava as massas de acordo com os princípios do Marxismo-Leninismo.
No campo Estalinista, os camponeses desfrutavam de um aumento exponencial nas
condições de vida e de produtividade, e eles estavam a participar activamente no reforço
da ditadura do proletariado Soviético e na construção do socialismo e do comunismo.
Tudo isso está em total oposição ao que acontece na Cuba Castrista, onde a terra foi
transferida das mãos dos imperialistas norte-Americanos para as mãos dos social-
imperialistas Soviéticos através dos lacaios Castristas. Em Cuba, a propriedade privada
nunca foi abolida. Os trabalhadores e os camponeses continuaram a ser submetidos á
escravidão e opressão ás mãos dos novos exploradores. Ainda hoje em dia, os Castristas
insistem em afirmar que "Cuba nunca foi uma colónia Soviética, porque, ao contrário do
que tinha acontecido com os imperialistas Americanos, os Soviéticos nunca possuíram
um único meio de produção em Cuba." Mas este é apenas um disfarce para esconder que
Cuba era de facto uma neo-colónia Soviética. Os "gerentes" e "administradores" das
"empresas estatais" (membros da burguesia Castrista) ferozmente exploravam e exploram
a força de trabalho dos trabalhadores Cubanos e transferiam os lucros obtidos para as
mãos dos capitalistas-imperialistas de Moscovo (hoje, eles fazem o mesmo em favor dos
social-imperialistas Chineses que, como vamos ver, substituíram os social-imperialistas
Soviéticos enquanto imperialistas que dominam a Cuba Castrista burguesa-capitalista,
anti-comunista e social-fascista) que tinham de facto o controle absoluto sobre Cuba em
todos os aspectos (termos político-sócio-económicos, etc.) até porque os Castristas eram
totalmente dependentes dos “mercados” burgueso-capitalistas-revisionistas do bloco de
Leste e da ajuda militar Soviética para resistirem á hostilidade imperialista ocidental.
Portanto, sim, os Castristas têm razão quando dizem que o imperialismo Soviético não
118
possuía um único meio de produção em Cuba - na verdade, ele possuía todos os meios de
produção em Cuba.
119
Estalinismo é: a justaposição e a consolidação da ditadura do proletariado socialista
através do uso eficiente e sem medo da violência revolucionária armada contra todos os
tipos de bandidos burgueses, capitalistas, imperialistas e revisionistas que desejam
restaurar a sua tirania escravizante e exploradora.
Mas tudo isto constitui um anátema para Castro, que ainda afirma que o pacto de não-
agressão do camarada Estaline com Hitler foi uma "flagrante violação de princípios". Ele
continua dizendo que "nunca nós (Castristas) fizemos concessões de princípios para obter
vantagens." É realmente surpreendente observar como o Castro fascista, burguês e anti-
comunista, o amante dos casinos, tenta dar lições de princípios ao camarada Estaline, o 4º
Clássico do Marxismo-Leninismo. Nós, Estalinistas-Hoxhaistas, nunca vamos tolerar
esse insulto terrível ao legado revolucionário amado do camarada Estaline, especialmente
quando se trata do fundador repugnante de uma ideologia pró-capitalista que nega cada
um dos pilares da teoria Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista, especialmente quando
se trata de alguém que usa traiçoeiramente o nome glorioso do socialismo e do
comunismo para perpetuar uma ordem social-fascista que oprime os trabalhadores
Cubanos e que vendeu Cuba ao capitalismo, ao imperialismo e ao social-imperialismo. A
assinatura do pacto de não-agressão entre a Alemanha nazista e a União Soviética
Bolchevique foi um exemplo muito ilustrativo das tácticas inteligentes do camarada
Estaline. Claro que ambas as partes sabiam desde o início que o pacto de não-agressão foi
feito para ser quebrado. A Alemanha nazista nunca teve a intenção de manter a sua
palavra e o camarada Stalin sabia isso muito bem, ele sabia que seria uma mera questão
de tempo antes que o nazi-fascismo atacasse o primeiro país do mundo que construía com
êxito o socialismo, até porque aniquilar o socialismo era própria essência e propósito do
nazi-fascismo. Assim, as afirmações de Castro condenando o pacto de não-agressão,
porque "a guerra foi sempre desencadeada" não possuem qualquer razão. Nem a
Alemanha nazista nem a União Soviética bolchevique quiseram impedir uma guerra
inevitável entre os seus dois sistemas irreconciliáveis. No entanto, este pacto de não-
agressão interessava a ambas as partes porque daria tempo aos nazi-fascistas para
preparar o seu ataque contra a União Soviética Estalinista, por um lado, mas também
interessava á União Soviética bolchevique porque dar-lhe-ia tempo para preparar a sua
defesa e contra-ofensiva contra o ataque nazi-fascista (como de facto aconteceu), por
outro lado. Se o camarada Estaline se tivesse recusado a assinar este pacto, a União
Soviética bolchevique não teria tempo suficiente e oportunidades para preparar a sua
defesa / contra-ofensiva e teria perecido sob a agressão bárbara nazi-fascista, o que
levaria á vitória da coalização nazi-fascista na Segunda Guerra Mundial (afinal de contas,
nunca podemos esquecer que foi a União Soviética Estalinista que verdadeiramente
derrotou o nazi-fascismo, e não a Grã-Bretanha, nem os EUA, nem mais ninguém).
Assim, longe de violar qualquer princípio, o camarada Estaline não só salvou a
construção do socialismo na União Soviética, mas também permitiu a formação do
campo socialista Estalinista mundial. Isto não teria sido possível sem a assinatura do
pacto de não-agressão. Assim, ao condenar a assinatura deste pacto pelo camarada
Estaline, Castro está de facto a defender a vitória nazi-fascista na Segunda Guerra
Mundial e a consequente eliminação de qualquer possibilidade de realização do
socialismo mundial e do comunismo mundial. Mas Castro não é o único revisionista a
defender este tipo de pontos de vista. Também o fascista Trotsky (um colaborador pró-
120
nazi) compartilhou as opiniões de Castro. Na verdade, as semelhanças entre o Castrismo
e o trotskismo são tão impressionantes que há uma facção dentro do movimento trotskista
que rejeita a sua qualificação tradicional da Cuba Castrista como sendo um estado
puramente "Estalinista" e defende que é na verdade um "estado revolucionária e marxista
dos trabalhadores" que, no entanto, ainda sofre de "influências burocráticas Estalinistas":
"A luta para reformar o Estado operário com deformações burocráticas. Essa foi a
posição de princípio de Lenine e Trotsky na Rússia antes de o Estalinismo chegar ao
poder (...). Esta também deve ser a nossa posição de princípio sobre o estado dos
trabalhadores Cubanos. Cuba é um Estado operário (...)."
(http://www.marxists.org/history/etol/document/fit/whypolres.htm, George
Breitman, Why the Political Resolution Should Be Amended on the FI and Castroism,
1981, traduzido da versão em língua Inglesa)
Então, como pode ser observado, alguns trotskistas desistiram de suas tentativas
anteriores de totalmente negar qualquer identidade entre a sua própria ideologia e o
Castrismo. Eles entendem que os revisionistas Cubanos são de facto os seus aliados
ideológicos no combate contra o Comintern (EH) e a revolução socialista mundial. Além
de alguns aspectos formais menores que ainda os dividem relativamente a qual é a melhor
maneira de manter os trabalhadores longe do comunismo autêntico (por exemplo,
enquanto os trotskistas defendem que as tendências e forças burguesas-capitalistas devem
ser livres para formar seus próprios partidos múltiplos sob o falso"socialismo" trotskista,
os Castristas defendem que os trabalhadores são muito melhor enganado e convencidos
sobre a "construção do socialismo" se as classes dominantes burguesas-capitalistas
mantiverem a fachada do "partido único comunista". Os trotskistas continuam a não
gostar desta posição dos social-fascistas Cubanos que insistem em qualificar
traiçoeiramente como uma "deformação Estalinista burocrática em necessidade de
reforma", apesar do facto de que partido revisionista Cubano é um partido burguês-
capitalista sem nada em comum com os partidos proletários de tipo Leninista-Estalinista).
A verdade é que Castristas e trotskistas são substancialmente iguais, eles têm um
objectivo único: perpetuar eternamente a oligarquia capitalista-imperialista mundial
garantindo que o proletariado mundial nunca vai abraçar o Marxismo-Leninismo-
Estalinismo-Hoxhaismo - a única ideologia capaz de conduzir os trabalhadores do mundo
para o socialismo e o comunismo.
No entanto, devemos notar que esta é ainda uma facção minoritária dentro do movimento
trotskista. A maioria dos trotskistas ainda insistem na sua velha mentira de representar a
Cuba social-fascista como sendo um exemplo de um "estado Estalinista":
“ (...) Os pobres Cubanos são confrontados (...) com os pesados encargos da remoção
do peso do Khrushchevismo-Estalinismo trazido por Castro."
(http://www.weisbord.org/Castroism.htm, Castroism – Deadly Danger to the Cuban
Revolution, 1962, traduzido da versão em língua Inglesa)
121
(http://www.wsws.org/de/sydney/castro.htm, Bill Vann, The theory of Permanent
Revolution, 1998, tradução da versão em língua Alemã)
Nós não vamos perder muito tempo com esta calúnia trotskista nauseante. Ao longo deste
artigo, demonstrámos que o social-fascismo Castrista Cubano não só não tem nada em
comum com o Estalinismo, mas está em oposição a ele, portanto, a ideologia Estalinista
poderia nunca ter tido nada a ver com a ascensão de Fidel Castro. Os Trotskistas tentam
apresentar a tirania revisionista Cubana como sendo "Estalinismo" apenas para
desacreditar o legado do camarada Estaline na frente dos olhos dos trabalhadores do
mundo a fim de mantê-los longe dele. Este é também o objectivo das tentativas trotskistas
para apresentar o Estalinismo e o Khrushchevism como se fossem inteiramente iguais. Os
Trotskistas desacreditam o Estalinismo ao esconderem a sua verdadeira natureza
proletária e comunista, equiparando-o com uma ideologia tão capitalista, pró-imperialista
e reaccionária como o Krushchevismo. Desta forma ultrajante, todas as características de
exploração e opressão do Krushchevismo (nomeadamente a sua transformação da União
Soviética num estado social-fascista internamente e numa superpotência social-
imperialista externamente) são automaticamente atribuídos aos ensinamentos gloriosos
do camarada Estaline. Mas os trotskistas são quem faz de tudo para impedir a revolução
socialista mundial e o comunismo mundial, eles são os únicos que têm tudo em comum
com o revisionismo Khrushchevista.
122
revolução socialista em si mesma. O Estalinismo é o factor fundamental e decisivo que
permite a implementação vitoriosa e a sobrevivência da ditadura do proletariado.
Consequentemente, rejeitá-la é sinónimo de escolher o lado do imperialismo-capitalismo
mundial, do reaccionarismo, do anti-comunismo, da burguesia mundial, é sinónimo de
lutar para condenar os trabalhadores á subjugação interminável á ordem escravizante,
totalitária, anti-socialista, opressora, exploradora, burguesa capitalista-imperialista-
revisionista. Recusar a ideologia Estalinista significa negar a possibilidade de uma
revolução socialista bem sucedida, e a negação da possibilidade de revolução socialista
bem-sucedida é sinónimo de considerar o comunismo como uma utopia irrealizável, pois
a realização do comunismo é dependente do sucesso da construção socialista e do furor
revolucionário da ditadura do proletariado.
"A ditadura do proletariado não significa o fim da luta de classes, pelo contrário, ela
continua através de novas formas. A ditadura do proletariado é a luta de classes do
proletariado vitorioso que derrubou o poder político burguês. A burguesia é
derrotada, mas não destruída nem extinta e continua não só resistir, mas também a
aumentar essa resistência." (Lenine citado por Estaline em Les Questions du
Léninisme, 1931, traduzido da edição em língua Francesa)
É claro que a ditadura do proletariado não é apenas algum tipo de vitória ideológica
abstracta sobre a burguesia. Não. A ditadura do proletariado só pode garantir a edificação
do socialismo e a "organização superior do trabalho produtivo" (Lenine), através da
aniquilação, eficaz, definitiva e completa da ordem imperialista-capitalista-revisionista.
Todos os Estalinistas-Hoxhaistas sabem que é sempre necessário fortalecer a ditadura do
123
proletariado a fim de esmagar a burguesia e destruir totalmente as bases do sistema
político-socio-económico-ideológico capitalista. E é óbvio que esse processo não pode
avançar sem o uso da violência revolucionária do proletariado contra as forças anti-
socialistas e contra-revolucionárias. A intensificação da luta de classes só irá parar
quando a sociedade comunista esteja totalmente assegurada e o perigo da restauração
capitalista esteja totalmente superado. Afirmar o contrário significa defender o
capitulacionismo e o anti-comunismo, significa defender a restauração da escravidão
assalariada capitalista opressora de acordo com a tese Khrushchevista segundo a qual "o
socialismo é irreversível". Esta tese só defende os interesses da oligarquia mundial
porque enfraquece a ditadura do proletariado e permite a penetração de influências e
elementos capitalistas, imperialistas, burgueses-revisionistas dentro das fileiras
comunistas.
Portanto, longe de ser uma consequência da "desconfiança de Estaline de tudo" (que, por
sinal, era totalmente justificada, pois a União Soviética bolchevique estava
completamente cercada por inimigos), as purgas foram de facto um glorioso exemplo da
capacidade revelada pelos trabalhadores Soviéticos liderados pelo seu partido Marxista-
Leninista-stalinista proletário para resistirem, combaterem e aniquilarem todos os
elementos anti-socialistas, burgueses e pró-imperialistas dentro do partido, do Estado e
do país como um todo. Essas purgas foram de facto uma oportunidade muito boa para
mostrar o talento e a capacidade revolucionária impressionantes do poder proletário
Soviético durante a construção do socialismo. É por isso que os oligarcas e revisionistas
mundiais como Castro estão até hoje com tanto medo das purgas Estalinistas: eles se
identificam totalmente com os elementos anti-comunistas que foram eliminados por
aquelas purgas. Na verdade, os social-fascistas Castristas certamente acabarão da mesma
forma que todos eles assim que o proletariado mundial estabelecer a sua ditadura á escala
global.
124
muito bem, e é a por isso que eles sempre tentam manter os trabalhadores do mundo
longe de Estalinismo com o objectivo de maximizar os lucros capitalistas-imperialistas
através da perpetuação da oligarquia mundial. Mas eles não o conseguirão. Na futura
sociedade mundial sem estado, sem classes e sem propriedade não haverá lugar para o
Castrismo.
Em primeiro lugar, a transição para o comunismo não pode ser realizada se o primado da
política sobre a economia não for respeitado. O camarada Estaline costumava afirmar que
as forças produtivas desempenham um papel preponderante no desenvolvimento da
produção:
"A nova produção é o poder mais importante e decisivo que permite o pleno
desenvolvimento das forças produtivas e sem a qual as forças produtivas seriam
condenadas a vegetar, como é actualmente o caso nos países capitalistas." (Estaline,
Problemas Económicos do Socialismo na URSS, Moscovo, 1952, página 74, edição em
Português)
125
sem relações de produção socialistas totalmente desenvolvidas, nunca pode haver
relações comunistas de produção.
Sem luta de classes, sem os líderes políticos da classe operária e do seu partido para
facilitarem o desenvolvimento das relações de produção socialistas, sem lutar contra a
restauração do capitalismo, a sociedade socialista não é capaz de avançar para o
comunismo.
126
diferenças entre a cidade e o campo e entre o trabalho físico e mental, etc., etc.
Além disso, um dos principais instrumentos para abrir o caminho para o comunismo é a
luta de classes. Nós já sabemos que a luta de classes só pode ser uma força motriz quando
é liderada por uma classe verdadeiramente revolucionária com o objectivo de eliminar as
classes exploradoras que se aproveitam da oposição flagrante entre as relações de
produção e as forças produtivas. Mas, além disso, o materialismo dialéctico revela que a
essência da luta de classes é tal que se torna na principal força motriz relativamente à
abolição da não-conformidade entre o carácter das relações de produção e o carácter das
forças produtivas. A essência da luta de classes do proletariado é a abolição da
inevitabilidade da sociedade de classes e a eliminação das suas contradições inerentes.
127
incompatível com a transição do socialismo para o comunismo. Sob o comunismo, não
haverá mais circulação de mercadorias, mas haverá sim uma troca de mercadorias, nada
será comprado e vendido no mercado, mas será sim distribuído entre os produtores.
Tudo isso também é essencial para melhorar as condições de vida e aumentar os salários
reais dos trabalhadores / empregados pelo menos duas vezes, se não mais, tanto por meio
do aumento do salário directo como também pela redução sistemática dos preços dos
bens de consumo.
128
substituída pela fórmula comunista "de cada um segundo sua capacidade, a cada um
segundo as suas necessidades".
a) onde não há propriedade privada dos meios de produção, mas apenas uma propriedade:
a propriedade social colectiva dos meios de produção;
b) onde não haverá classes e nenhum poder do Estado, mas onde os produtores da
indústria e da agricultura irão gerir tudo numa livre associação dos trabalhadores;
c) onde a economia será organizada de acordo com um plano que irá basear-se na mais
avançada tecnologia na indústria e na agricultura;
d) onde não haverá nenhuma oposição entre a cidade e o campo, entre a indústria e a
agricultura, etc.;
f) onde as ciências e artes vão desfrutar de tais condições favoráveis que elas certamente
irão experimentar um desenvolvimento sem precedentes e surpreendente;
g) onde a personalidade humana, finalmente libertada de preocupações sobre o pão de
cada dia e a necessidade de agradar ás classes dominantes exploradoras, será
verdadeiramente livre;
Em vez de sociedades de classe – que destroem a vida das pessoas e que inevitavelmente
causam incontáveis guerras – a humanidade vai usar toda a sua energia para lutar pelo
desenvolvimento e melhoria do seu próprio poder colectivo.
Uma vez que o sistema global do comunismo tenha sido realizado, os últimos
remanescentes da propriedade privada desaparecerão e o "mercado" mundial capitalista-
imperialista dominado pelos oligarcas (produção social anárquica) será substituído por
129
uma produção social que será planeada de acordo com as necessidades da comunidade
mundial em rápido crescimento. Com a destruição da anarquia da produção e da
concorrência cega, com a implementação de uma economia verdadeiramente planeada e
socializada com a aniquilação total e definitiva do sistema capitalista-imperialista-
revisionista-oligárquico explorador, opressor, escravizante e repressivo, a inevitabilidade
das crises e das guerras devastadoras será irrevogavelmente e inevitavelmente suprimida
e abolida. No lugar do gigantesco desperdício de forças produtivas, o desenvolvimento da
sociedade será conduzido no sentido de uma ordenação espasmódica de toda a riqueza
material e também do desenvolvimento harmonioso da economia através do
desenvolvimento ilimitado das forças produtivas.
Claro, tudo isso é um anátema para os social-fascistas Cubanos, que ainda não tiveram de
encontrar uma maneira de restaurar o capitalismo em Cuba pela simples razão de que não
é impossível restaurar algo que nunca deixou de existir.
130
modernos (entre os quais estão incluídos os Castristas-Guevaristas). É por isso que
decidimos incluí-los neste artigo. Apoiar a transição para o comunismo do camarada
Estaline contra o revisionismo de Castro é crucial para desmascarar o verdadeiro carácter
reaccionário do social-fascismo Cubano.
Desde a década de 1970, o açúcar representou cerca de 80% das exportações Cubanas, e
a balança comercial Cubano sofre de um défice sistemático até hoje (por exemplo, entre
1959 e 1976, a dívida externa Cubana aumentou de 105 milhões de dólares para 181
milhões de dólares, e nos anos 80, ela foi aumentando exponencialmente devido à
intensificação da penetração imperialista no país Hoje, a dívida externa da Cuba social-
fascista para com o capitalismo e o imperialismo mundiais e para com a oligarquia
bancária / financeira mundial atinge o valor de 27 biliões de dólares - e estes são apenas
os números oficiais Castristas, os números reais são certamente muito maiores. Na
verdade, esse número não inclui a enorme dívida que a burguesia social-fascista Castrista
está acumulando relativamente ao social-imperialismo Chinês e a outros imperialismos).
131
endividado. Como já explicámos, ter um saldo comercial negativo era algo impensável
para a União Soviética bolchevique ou para a Albânia Socialista, cujos saldos comerciais
foram sempre, de forma sistemática e invariavelmente, positivos graças á sua economia
autenticamente socialista que lhes permitiu conseguir derrotar o cerco capitalista-
imperialista-revisionista). Na verdade, esta situação tem sido constantemente agravada
desde então apesar dos novos activos que o turismo trouxe para a Cuba Castrista. De
facto, o sector turístico tornou-se a principal actividade económica de Cuba desde 1996,
ano em que o turismo trouxe mais renda para a economia Cubana do que a produção de
açúcar pela primeira vez.
De facto, desde 1991, o único sector da economia Cubana a ter resultados positivos é o
chamado "sector de serviços" ligado ao turismo. No entanto, estes resultados positivos
não são suficientes para compensar o estado ruinoso da economia Cubana em todos os
outros sectores e, portanto, não são suficientes para libertar a balança comercial Cubana
do défice sistemático. E é preciso notar que a agricultura Cubana continua
subdesenvolvida e que a indústria Cubana é quase inexistente (limitada a umas poucas
indústrias leves ligadas à produção de açúcar) – a Cuba Castrista sofre de uma ausência
total de indústria pesada dos meios de produção (que é, não por acaso, o sector mais
indispensável para construir o verdadeiro socialismo). Esta é uma consequência de
séculos de exploração e domínio imperialista e social-imperialista que esculpiram a
economia Cubana em benefício de seus interesses gananciosos para a maximização do
lucro. Tanto na União Soviética bolchevique como na Albânia socialista, a prioridade
absoluta era dada ao estabelecimento e desenvolvimento de uma indústria diversificada
dos meios de produção capaz de assegurar a independência destes países em face dos
cercos, ataques e pressões do mundo capitalista-imperialista-revisionista. Este
desenvolvimento da indústria pesada de meios de produção também é fundamental,
mesmo porque através da prevenção da infiltração económica capitalista-imperialista-
revisionista estamos simultaneamente a evitar a infiltração política, ideológica e militar
capitalista-imperialista-revisionista. Mas, como a Cuba Castrista nunca teve nada a ver
com a construção do socialismo autêntico, após a queda do império Soviético social-
imperialista, ela virou-se para outras potências imperialistas a fim de manter em
funcionamento a sua economia neo-colonial.
132
já foram indicadas, seria impossível para os Castristas definirem um curso independente
baseado nas forças próprias de Cuba. Assim, já no início dos anos 90, a burguesia
Castrista começou a procurar outras potências capitalista-imperialista que poderiam
fornecer mercados ás matérias-primas Cubanas e os quais poderiam vender bens
manufacturados á ilha. Em primeiro lugar, a Cuba Castrista apoiou-se na União Europeia
(um rival do imperialismo norte-Americano). Em meados dos anos 90, os números
oficiais sublinhavam que a maior parte do comércio exterior Cubano era com a UE. No
entanto, com o passar do tempo, a burguesia Castrista logo enfrentou o mesmo dilema
que havia impulsionado a subserviência para com o social-imperialismo Soviético: ela
continuava a ser alvo da oligarquia imperialista Americana, pois os imperialistas norte-
Americanos nunca desistiram do sonho de ter Cuba sob seu domínio absoluto novamente.
É por isso que a Cuba Castrista tem feito nos últimos tempos uma aproximação ás
potências imperialistas latino-Americanas, como o Brasil, e a outros países burgueses
como a Venezuela (cuja camarilha pró-capitalista também gosta de usar máscaras
"revolucionárias" a fim de esconder o facto de que vendeu o país ao imperialismo
Chinês) mas acima de tudo para a social-imperialista China. Isso faz sentido, pois a China
substituiu a União Soviética como a superpotência social-imperialista mundial. Na
verdade, a aproximação com essas novas potências imperialistas emergentes permitiu aos
Castristas manter suas "socialistas" máscaras, até porque os social-imperialistas Chineses
levam uma grande vantagem ao manterem o controle sobre um país ainda usa "mantos
vermelhos", porque isto também fornece o social-imperialismo Chinês com um disfarce
mais "progressista" e "popular" em frente aos olhos dos trabalhadores do mundo que
ainda acreditam que a Cuba Castrista é um país socialista e que, consequentemente, se os
social-fascistas Chineses a estão apoiando, isso é porque a China também é um país
socialista. Claro que, como já explicámos noutros artigos, apesar de seus falsos disfarces
"socialistas", o imperialismo Chinês tem o mesmo objectivo de qualquer outro: a
maximização do lucro através da exploração cruel, opressão e repressão dos
trabalhadores do mundo.
Os social-imperialistas Chineses estão apertando as suas garras sobre Cuba na sua busca
por mercados rentáveis e áreas neo-coloniais de influência e controlo com a conivência e
apoio aberto da burguesia Castrista. Por conseguinte, segundo fontes oficiais:
133
Claro, escusado será dizer que a “ajuda”dos social-fascistas Chineses social-fascista a
Cuba é dependente da aplicação Castrista dessas "reformas económicas" que são capazes
de transformar a economia Cubana num apêndice do imperialismo Chinês, tal como os
revisionistas Soviéticos tinham feito. Na verdade, nós já apontávamos a predominância
de um ciclo vicioso na economia Cubana em que a dependência do imperialismo
estrangeiro só atrai mais dependência do imperialismo estrangeiro. E como a Cuba
Castrista teve sempre uma economia capitalista e pró-imperialista / pró-social-
imperialista, ela está submetida aos interesses dos oligarcas financeiros que sempre e
invariavelmente controlam os falsos "mercados livres" e cuja gula pelo máximo de lucros
cria as crises que revelam as contradições insolúveis do capitalismo:
Então, como pode ser observado, nem mesmo os ideólogos burgueses ocidentais se
iludem sobre a insistência Castrista em usar falsas máscaras "socialistas". É claro que ao
contrário do que o título "Com seus olhos no modelo de crescimento da China, Cuba
começa sua lenta marcha para o capitalismo" insinua, nunca a Cuba Castrista seguiu
outro caminho além do do capitalismo (o título é resultado das tentativas dos ideólogos
capitalistas-imperialistas do Ocidente para apresentarem o capitalismo de Estado como
sendo "socialismo" ou mesmo "comunismo" com o objectivo de desviar os trabalhadores
do mundo do verdadeiro socialismo: de um lado, inculcando nos trabalhadores dos países
do capitalismo de estado a falsa ideia de que eles estão vivendo numa "sociedade
socialista", fazendo os trabalhadores desistir da luta pelo verdadeiro socialismo porque
supostamente ele já foi realizado, e por outro lado, apresentarem as tiranias capitalistas de
estado como sendo exemplos de "socialismo" e até mesmo do "comunismo", eles
desacreditam o socialismo e o comunismo em frente dos olhos dos proletários e dos
trabalhadores mundiais mantendo-os assim afastados do MLEH e mantendo a ordem
capitalista-imperialista-revisionista viva. Como se pode concluir, estes dois propósitos
estão intimamente ligados entre si e se complementam).
Sob o controlo imperialista Chinês, a burguesia Castrista está confirmando seu papel
como uma classe exploradora compradora pró-imperialista típica e está cada vez abrindo
mais as suas portas á penetração imperialista Chinesa. Alguns afirmam que se trata de
Raul Castro (o irmão de Fidel que assumiu a presidência da Cuba revisionista em meados
dos anos 2000, quando Fidel ficou doente) que está promovendo este caminho, e que ele
é algum tipo de Deng Xiaoping Cubano. Há certos Castristas que insistem em apresentar
134
os tempos de Fidel como sendo uma época de "verdadeiro socialismo", em oposição aos
tempos de Raul que seriam "revisionistas". Este raciocínio é equivalente ao dos Maoistas
"ortodoxos", que também afirmam que o fascista Deng Xiaoping supostamente "traiu o
caminho verdadeiramente socialista de Mao". Mas isso não é verdade. Não há diferença
substancial entre Fidel e Raul Castro como não há diferença substancial entre Mao e
Deng Xiaoping. Deng Xiaoping só continuou o curso burguês-capitalista-revisionista-
imperialista de Mao, assim como Raul Castro só continuou o curso burguês-capitalista-
revisionista e pró-imperialista de Fidel. E, como temos observado ao longo deste artigo,
as políticas anti-socialistas e pró-capitalistas-imperialistas foram sempre seguidas pelos
social-fascistas Cubanos e a transformação de Cuba num país burguês-compradore pró-
Chinês iniciou-se quando Fidel Castro ainda dirigia pessoalmente o governo Cubano. Na
verdade, as políticas de Raul Castro só servem para confirmar o caminho abertamente
capitalista que havia sido iniciado há muitos anos com Fidel. Nos últimos tempos, a
burguesia social-fascista Cubana persistiu no seu caminho para implementar o
capitalismo clássico. Nos seus discursos oficiais, Raul Castro explicitamente fala sobre "a
redução do papel do Estado na economia e incentivo á iniciativa privada", e determinou
que os salários dos membros da burguesia Castrista capitalista que rege as "empresas
estatais" serão aumentados sem quaisquer limites. Ao mesmo tempo, de acordo com os
jornais "Jornal de Havana" e "MSNBC", a burguesia Castrista é agora totalmente livre
para ficar em hotéis de luxo e ter celulares construídos e vendidos por multinacionais
imperialistas, por exemplo. Além disso, ela também pode possuir propriedade privada
explícita sem restrições (até agora, tinha sempre em vez de usar máscaras capitalistas de
estado para esconder que a propriedade privada e a sua acumulação nunca foram abolidas
em Cuba). Ao contrário do que aconteceu no passado, quando eles ainda tentavam manter
uma certa aparência "revolucionária", "vermelha" e até mesmo "socialista", os social-
fascistas Cubanos já abraçaram abertamente as formas mais perversas da forma de vida
degenerada capitalista e burguesa. Além disso, os Castristas estão colocando os
trabalhadores Cubanos à disposição total das empresas imperialistas que têm agora livre
reinado sobre a ilha a fim de facilitar e intensificar a exploração dos trabalhadores
Cubanos. De acordo com o site
http://old.news.yahoo.com/s/nm/20111226/wl_nm/us_Cuba_reform, os revisionistas
Cubanos determinaram que até 2016, mais de 40% da força de trabalho do país deve estar
no sector "não-estatal". Estes trabalhadores são descritos pelos Castristas como
"trabalhando por conta própria", mas a verdade é que eles sempre caem nas garras
escravizantes das corporações capitalistas-imperialistas oligárquicas. Este é também um
sinal evidente da tendência Castrista para eliminar gradualmente o sector capitalista
estatal e substituí-lo por um sector capitalista clássico.
E, como já vimos, tudo isso está de acordo com os objectivos dos social-imperialistas
Chineses. Todas estas medidas são resultado da neo-colonização Chinesa de Cuba e têm
o objectivo de promover e fomentar a penetração das multinacionais e “créditos”
imperialistas-capitalistas em Cuba maximizando os lucros dos oligarcas imperialistas
social-fascistas Chineses.
135
invasão de Cuba pelos produtos Chineses é hoje uma realidade, e a necessidade
desesperada dos Castrista pelos produtos Chineses manufacturados e de indústria pesada
é um sintoma revelador da natureza neo-colonial da economia de Cuba. Relativamente
aos sectores de transporte e geladeira, a dependência de Cuba relativamente ao
imperialismo Chinês é quase total. Assim com as publicações Castristas "Jornal de
Havana" e "Granma Internacional" de Junho de 2006, Cuba tinha comprado 100
locomotivas á China por 130 milhões de dólares e havia assinado um contrato para
comprar 1000 autocarros á China para o transporte urbano e inter-provincial. Além disso,
o regime Castrista também comprou mais de 30.000 refrigeradores Chineses.
No entanto, os sectores da economia Cubana que são mais atraentes para os imperialistas
Chineses na sua busca predatória por lucros são, sem dúvida, os da mineração (cobre,
níquel, cobalto, etc.) e do petróleo. Só em 2004, foram assinados 16 “acordos”
relativamente a estes sectores entre as cliques burguesas-capitalistas-revisionistas e
social-fascistas de ambos os países. Segundo fontes burguesas como a "Reuters" e
"Chemical China Report", a unidade de processamento de níquel de Las Camariocas
(cuja construção havia sido deixado inacabada pelos imperialistas Soviéticas) foi
reconstruída pelos social-fascistas e social-imperialistas Chineses, que forneceram um
crédito de 500 milhões de dólares para a sua conclusão no contexto de um “acordo” entre
as corporações capitalistas monopolistas de estado China International Trust / Investment
Corp and Cubaniquel. Além disso, o China Development Bank e o Export and Credit
Insurance Corporation Chinês garantiram o financiamento.
Além disso, em 2005, o "Jornal de Havana" anunciou que os dois países assinaram um
acordo para desenvolver a biotecnologia. Assim, os social-fascistas e social-imperialistas
Chineses já se estão aproveitando dos conhecimentos Cubanos na área biotecnológica.
E além de tudo isso, os imperialistas Chineses também estão usando a proximidade
geográfica de Cuba com os EUA a fim de instalarem bases militares na ilha com o
objectivo de transformá-la numa base de espionagem contra seu principal rival pelo
domínio do mundo: o imperialismo Americano. Claro, os Castristas prontamente
136
abraçaram esses planos dos Chineses, até porque desta forma os social-fascistas Cubanos
podem desfrutar de uma protecção contra os oligarcas imperialistas Americanos que é
equivalente á que anteriormente lhes era dada pelos social-imperialistas e social-fascistas
Soviéticos com o propósito de manterem os recursos de Cuba sob o seu domínio para
maximizarem os lucros (tal como fazem hoje os imperialistas e social-fascistas Chineses).
Esta situação tem, obviamente, posto os imperialistas norte-Americanos furiosos, porque
após o império Soviético desaparecer, eles achavam que era hora de finalmente derrubar
os Castristas e re-ocupar Cuba. Portanto, é fácil imaginar o seu desespero quando
perceberam que os imperialistas Chineses foram tomando o lugar que anteriormente
pertencia aos Soviéticos, o que significa que os oligarcas imperialistas Americanos estão
novamente numa posição em que não podem lançar um ataque aberto militar contra a
Cuba Castrista sem enfrentarem a ira de um rival imperialista que, por sinal, possui um
poder económico-militar superior ao seu. O jornal Chinês “China reform monitor”,
admite que "a China tem instalado bases de espionagem electrónica em Cuba e que o
pessoal Chinês têm vindo a operar duas estações de sinal de inteligência em Cuba desde o
início de 1999."
Os Castristas estão fazendo de tudo para conquistar a simpatia da China imperialista, pois
eles perceberam que é uma mera questão de tempo antes de ela se tornar na superpotência
imperialista dominante do mundo. Nos últimos tempos, muitos representantes da ditadura
revisionista-imperialista Chinesa visitaram Cuba. Em 2004, o social-fascista Hu Jintao
visitou Cuba e foi recebido por Fidel. Jintao não hesitou em afirmar
desavergonhadamente as concretizações do povo, do partido e do governo de Cuba” e até
se atreveu a declarar que “tanto o PC da China como o PC de Cuba se mantêm fiéis á
orientação socialista e comunista de acordo com as condições específicas das suas
respectivas nações.” E o jornal oficial Castrista “Granma Internacional” desce cada vez
mais baixo ao publicar um artigo onde se afirmam falsidades como que “a experiência
Chinesa demonstra que há alternativas”, que “o extraordinário desenvolvimento
económico da China foi conseguido sem capitalismo, graças a um sistema bancário
controlado pelo estado, uma liderança forte e um desenvolvimento social harmonioso”!
Castro também descaradamente afirmou que "Hu é um comunista genuíno". Com este
tipo de declarações, Jintao e Castro querem enganar o proletariado e os trabalhadores
mundiais escondendo o carácter burguês-capitalista e anti-comunista tanto do
revisionismo social-fascista Cubano como do imperialismo Chinês, facilitando assim a
apresentação deste último como sendo uma força "progressista" e até mesmo "socialista e
comunista" cujo objectivo é "libertar os povos do mundo do jugo do imperialismo dos
EUA". É um insulto profundo chamar ao fascista Jintao um "comunista genuíno" quando
a verdade é que ele é o representante da camarilha mais reaccionária, anti-socialista, pró-
capitalista e pró-imperialista do mundo: a camarilha burguesa-capitalista oligárquica
monopolista de estado Chinesa que transformou o seu país numa superpotência
imperialista. Os governantes burgueses, social-imperialistas, capitalistas, neo-
colonialistas, opressores, repressivos, escravizantes, exploradores e anti-comunistas
Chineses são os piores inimigos do proletariado mundial e da revolução socialista
mundial. A "amizade" dos revisionistas Cubanos com os imperialistas Chineses também
mostra como a burguesia Castrista não hesita em mudar de opiniões de acordo com os
seus interesses de classe. Durante as décadas de subserviência em relação aos
137
revisionistas Soviéticos, os Castristas costumavam criticar a China a fim de agradar aos
seus chefes Soviéticos, cuja liderança do movimento social-fascista e social-imperialista
mundial estava sendo ameaçado pelos revisionistas Chineses. Mas hoje em dia, como o
império Soviético desapareceu e os Castristas precisam de outra superpotência para
protegê-los e manter a sua economia neo-colonial viva, eles não pensam duas vezes antes
de colocarem Cuba sob domínio de outra potência social-imperialista - dos imperialistas
Chineses. Isso também é muito interessante porque muitas vezes a burguesia Castrista
acusa a burguesia Cubana pró-Americana exilada em Miami de ser "pró-imperialista".
Mas a verdade é que não há diferenças substanciais entre elas: enquanto a última serve o
imperialismo norte-Americano, a primeira serviu o imperialismo Soviético e agora serve
o imperialismo Chinês. Os Castristas muitas vezes tentam retratar o domínio social-
imperialista Chinês sobre Cuba como sendo "progressista" porque os social-fascistas e
social-imperialistas Chineses ocasionalmente contribuem para a construção de escolas,
para a formação de pessoal técnico e convidam os filhos e filhas da burguesia Castrista
para irem estudar na China. Mas longe de negar o carácter imperialista do revisionismo
Chinês, isso só o prova. Seguindo o exemplo dos social-imperialistas Soviéticos, também
os imperialistas Chineses podem incentivar a formação de quadros e servos estrangeiros
leais (que possam ajudá-los a tirar o máximo de lucros das suas neo-colónias) e fornecer
a certos países alguns “créditos” para a construção de algumas infra-estruturas. Mas não
há nada de "progressista" e muito menos de "socialista" sobre isso. Pelo contrário, isso
constitui um meio de incentivo ao desenvolvimento das relações comerciais com as
nações e ao investimento directo a fim de abrir o caminho para o domínio neo-
colonialista completo sobre eles. Há muito tempo atrás, o camarada Lenine já tinha
notado que a exportação de capitais é uma forma de incentivo à exportação de
mercadorias. Hoje em dia, a exportação de capitais imperialistas Chineses tem como
objectivo principal promover as relações comerciais com a China como um prólogo para
o domínio imperialista absoluto e exclusivo pela burguesia Chinesa social-fascista,
revisionista e monopolista capitalista de estado que procura expandir a sua esfera de
influência burguesa-capitalista, neo-colonialista, social-fascista, opressora, escravizante,
exploradora e anti-comunista.
"O comércio bilateral entre a China e Cuba totalizou em 2005 777 milhões de
dólares, dos quais 560 milhões de dólares foram as exportações Chinesas para
Cuba." (Financial Times, China helps Cuba to move up a gear, Março de 2006,
traduzido da versão em língua Inglesa)
Como já tínhamos referido, esta constitui uma prova mais da natureza anti-socialista da
Cuba Castrista. Nem na Albânia socialista do camarada Enver nem na União Soviética
Bolchevique dos camaradas Lenine e Estaline nunca existiu qualquer tipo de déficit na
balança comercial ou de dívida externa. O surgimento desses fenómenos significaria que
as relações produtivas socialistas teriam sido eliminadas e que a economia estava sob o
138
controle de uma minoria exploradora em busca de lucros máximos - isto é, que tinha sido
transformada numa economia capitalista. Na verdade, ambos estes países socialistas se
esforçado para extinguir gradualmente o seu comércio externo com o mundo capitalista-
imperialista-revisionista, pois o objectivo de qualquer país construindo o socialismo e o
comunismo relativamente ao comércio exterior é o de totalmente abolir qualquer
necessidade de comercializar com nações não-socialistas e não-comunistas.
Mas tudo isso está nos antípodas do que ocorreu na Cuba social-fascista e pró-capitalista.
Em 2000, a economia Cubana ainda não tinha sido capaz de cumprir mais do que apenas
85% da sua capacidade produtiva de 1990. Durante o período de 1989-1992, a economia
Cubana sofreu uma redução de mais de 50%. Cuba só foi capaz de evitar a falência desde
1991 graças ao sector de turismo já mencionado que superou a produção de açúcar como
o principal fornecedor de bens para a economia Cubana. Em 2005, cerca de 2,5 milhões
de turistas canadenses e Europeus visitou Cuba e deixou há mais de 2 biliões de dólares
de receita. Isto juntamente com o dinheiro enviado para casa pelos muitos imigrantes
Cubanos que vivem e trabalham no estrangeiro, representa cerca de 65% do saldo de
pagamentos Cubanos – dois terços da economia Cubana (o peso enorme do dinheiro
migrante na economia capitalista Cuban é de facto a principal razão por trás da decisão
Castrista recente de permitir que todos os Cubanos possam entrar e sair livremente do
país - promovendo assim a penetração de muitos elementos burgueses influenciados pelo
imperialismo ocidental). Portanto, conclui-se que cerca de dois terços da economia
Cubana é essencialmente baseada em sectores não-produtivos e parasitários. Na verdade,
nenhum país que visa construir o socialismo pode sequer pensar em basear seu
desenvolvimento económico em coisas como o turismo, serviços e dinheiro enviado pelos
migrantes! Com efeito, durante a construção do socialismo, os sectores de serviços e
administrativos devem ter o mínimo peso possível na economia, porque são sectores
parasitas que não produzem nada de próprio. Tanto na Albânia socialista como na União
Soviética bolchevique, o peso de sectores não produtivos na economia foi reduzido de
acordo com os princípios do Marxismo-Leninismo. Repetimos mais uma vez: o
socialismo só pode ser alcançado com sucesso através se basearmos o desenvolvimento
económico numa indústria pesada, socializada e diversificada de meios de produção
sempre apoiada por uma agricultura mecanizada e socializada - com todos os meios de
produção e todos os campos económicos sob o controlo total e exclusivo da ditadura do
proletariado dirigida por um autêntico partido Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista.
Como os Marxistas-Leninistas Albaneses afirmaram com precisão:
139
mais dependentes de outros países." (Documentos do PTA, Réponses aux questions
sur l'Albanie, Tirana, 1969, traduzido da versão em língua Francesa)
Em 1993, os líderes Castristas ampliaram a abrangência de sua lei anterior que permite a
existência de "zonas económicas livres" em Cuba permitindo investimentos estrangeiros
imperialistas em praticamente todos os sectores económicos. Esta nova lei também
ampliou as possibilidades oferecidas pela legislação Castrista anterior sobre "zonas
económicas livres" (que já foi analisada neste artigo) relativamente à possibilidade de
constituição de empresas mistas, de concessões sem fim, de fornecer garantias contra
nacionalizações, de garantir o repatriamento de todos os lucros, etc. Tudo isso com o
objectivo de atrair a penetração imperialista estrangeira. Como temos vindo a concluir em
todo este texto, a dependência comercial da Cuba Castrista sempre e invariavelmente
levou à dominação do imperialismo estrangeiro sobre a ordem política, social, económica
e ideológica da Cuba social-fascista. Esta é a verdade sobre o chamado "socialismo
Cubano".
Outro problema que afecta a Cuba Castrista e que é típica das nações neo-coloniais
dependentes é a existência de um mercado negro de proporções gigantescas. Esta questão
vem da década de 1960 e é uma causa das crescentes desigualdades da sociedade
Castrista, com os intermediários comerciais, prestadores de serviços, empresários do
turismo, etc. a enriquecerem fabulosamente enquanto os pobres trabalhadores Cubanos
suportam os efeitos severos das políticas Castristas pró-capitalistas, pró-imperialistas e
anti-socialistas [a burguesia compradora de Cuba também é um exemplo muito ilustrativo
de como a corrupção e o nepotismo são inevitavelmente inerentes ao sistema capitalista-
revisionista. Na Cuba social-fascista, muitos dos cargos mais importantes (no exército, na
administração, etc.) são ocupados por membros do clã familiar de Castro. A burguesia
social-fascista capitalista-revisionista e pró-imperialista Cubana mantém-nos em cargos
140
como uma recompensa pelos serviços de subservientes e inestimáveis que a família
Castro sempre realizou e continua a realizar em benefício das classes social-fascistas
capitalistas, exploradoras, revisionistas e pró-imperialista Cubanas, nomeadamente no
que respeita a reprimir as massas trabalhadoras Cubanas e a mantê-las submetidas ao
domínio revisionista para que burguesia social-fascista possa maximizar os seus lucros,
mas principalmente os dos seus patrões imperialistas e social-imperialistas que mantêm
os social-fascistas e exploradores capitalistas opressores Cubanos no poder]. De facto, em
2004, as condições médias de vida de 1989 ainda não tinham sido alcançadas e as
desigualdades sociais experimentaram um aumento exponencial devido ao surgimento de
mais elementos burgueses ligados à penetração de capitais imperialistas e ao comércio
internacional e turismo (a prostituição é também um fenómeno amplamente difundido em
Cuba devido ao aumento da pobreza e da miséria que são inerentes ao carácter
escravizante, capitalista e explorador da sociedade social-fascista pró-imperialista
burguesa-revisionista e repressiva Castrista). Há um abismo crescente entre os
trabalhadores Cubanos empregados no sector capitalista de estado ainda existente, cujas
condições de vida são miseráveis, e os membros da burguesia Castrista que os exploram e
que enriquecem através de servir os interesses da penetração imperialista e das
multinacionais capitalistas e oligárquicas que operam em Cuba. O facto de que a dívida
externa da Cuba social-fascista para com a oligarquia capitalista-imperialista financeira
mundial é hoje em dia de mais de 27 biliões de dólares (incluindo a dívida para com a
Rússia herdada do antigo domínio neo-colonialista da União Soviética social-imperialista
sobre Cuba) também é um dos principais factores que determinam o crescimento sem
precedentes da pobreza entre as massas trabalhadoras Cubanas.
É claro, isso tem um lado muito positivo, porque permite que os trabalhadores Cubanos
vejam a ditadura burguesa Castrista como ela realmente é, pois permite-lhes adquirir uma
consciência socialista e estar ciente do aprofundamento das contradições insolúveis que
são inerentes á ordem capitalista-imperialista-revisionista.
141
5.2 - O mito do "sistema social" Castrista
Outro "argumento" usado pelos revisionistas Cubanos para "provar" que supostamente o
"socialismo está sendo construído em Cuba" é relativo ao "Estado social" burguês-
reformista que existe na Cuba Castrista. O "sistema social" Castrista social-fascista tem
sido elogiado pelos revisionistas de todas as cores como um exemplo de "socialismo".
Mesmo o social-capitalista Americano Michael Moore dedica seu documentário "Sicko"
a elogiar o sistema de saúde Castrista. É claro que em relação ao sistema de saúde
Americano social-darwinista de tipo nazi, propriedade das corporações capitalistas-
monopolistas (que permanece intocado, apesar das falsas afirmações de Obama acerca de
supostas "reformas"), o sistema de saúde Cubano burguês-reformista pode aparecer como
"socialista" mas isto é apenas mera fachada.
Em primeiro lugar, temos a dizer que este "estado de bem-estar" e estes "direitos sociais"
têm sido limitados recentemente em acordo com as políticas exploradoras, opressoras,
esclavagistas, pró-imperialistas, social-fascistas, capitalistas-revisionistas e anti-
comunistas dos Castristas que promovem a propriedade directa dos imperialistas
estrangeiros sobre o sector produtivo e os recursos de Cuba e que incentivam a formação
de uma dívida externa gigantesca para com a oligarquia financeira mundial que põe em
perigo a sustentabilidade económica de Cuba e condena o país á falência inevitável. Por
exemplo, a BBC News burguesa-capitalista relatou que na Cuba social-fascista os
"subsídios em massa de produtos básicos serão removidos e os gastos sociais serão
"racionalizados" (isto é, cortar para um mínimo). E Luis Sexto, um líder social-fascista
Cubano, afirmou que "ninguém vai esperar pela mão generosa do Estado relativamente a
um aumento no salário ou na pensão, que pode ter de ser adiado... Se você precisar dele,
ou se você quiser viver mais confortavelmente, você pode trabalhar mais" (citação tirada
do site:
http://directaction.org.au/issue21/Cuban_socialist_renewal_changes_under_raul_ca
stro); como pode-se concluir, a burguesia Castrista não faz muito esforço para esconder a
sua aderência ao capitalismo de tipo liberal clássico Mesmo relativamente ao seu famoso
"sistema social", os revisionistas Cubanos estão abandonando muitos de suas antigas
máscaras "vermelhas". Isto constitui um dilema para os social-fascistas Cubanos: a sua
adopção do capitalismo clássico destrói muitas de suas máscaras "revolucionárias" e
"socialistas" mas, simultaneamente, eles sabem que estes disfarces são cruciais para os
enganar os proletários e trabalhadores e mantê-los a acreditar que o socialismo realmente
está sendo construído em Cuba. No entanto, isso está se tornando cada vez mais difícil,
porque, á medida que o tempo passa, o carácter explorador, pró-capitalista, pró-
imperialista e predatório do regime Castrista está se tornando cada vez mais evidente).
Além disso, desde a década de 80, o regime Castrista tem oficializado o desemprego em
Cuba através da implementação de uma "reforma salarial" permitindo que as empresas
adoptem o "desemprego técnico" ao colocarem os trabalhadores em estado de
"disponibilidade temporária". Estes trabalhadores recebem uma indemnização
correspondente a 70% do seu salário, que é de facto um verdadeiro subsídio de
142
desemprego equivalente ao que também existe em determinadas nações capitalistas-
imperialistas. Na verdade, o desemprego na Cuba Castrista recentemente atingiu
proporções catastróficas, com um grande número de trabalhadores a serem despedidos
tanto das empresas capitalistas estatais como das multinacionais imperialistas que operam
no país com o fim de "adaptação às novas condições económicas" e " tornar o sistema
mais competitivo".
Na verdade, mesmo em termos históricos, o "sistema social" Castrista está muito longe da
perfeição. Por exemplo, os revisionistas Cubanos nunca foram capazes de resolver o
problema da falta de habitação no país. Tanto antes da pseudo-revolução anti-comunista
Cubana de 1959 como depois dela, um grande número de trabalhadores Cubanos não têm
uma casa permanente onde viver decentemente. Muitos deles vivem com suas famílias
143
em barracas, em prédios temporários, em pequenas casas sem nenhum tipo de condições
sanitárias e de espaço ou mesmo nas ruas [de acordo com algumas fontes, os
trabalhadores afro-Cubanos são os mais afectados pela pobreza, e eles continuam a sofrer
discriminação racista no acesso ao emprego, ás posições dentro do governo e
administração social-fascista (até porque os membros afro-Cubanos da burguesia
capitalista-revisionista Castrista são praticamente inexistentes), a casas adequadas e até
mesmo aos "benefícios sociais" Castristas (saúde “grátis”, educação "grátis”, etc.). Isso
está longe de ser surpreendente. Afinal, o racismo é um instrumento de maximização do
lucro usado pelas classes opressoras e exploradoras para promover a desunião entre os
trabalhadores, para dirigir as suas reivindicações para bodes expiatórios convenientes e
para fazê-los esquecer que todos os seus sofrimentos são causados pela ordem brutal
esclavagista a que estão submetidos e, assim, mantê-los longe de ideologia e objectivos
comunistas genuínos. Consequentemente, o racismo é algo inerente ao sistema
capitalista-revisionista e só pode ser total e definitivamente removido quando o
capitalismo e o revisionismo também foram totalmente e definitivamente eliminados.
Como isso nunca aconteceu em Cuba, é inevitável que o racismo continue a existir neste
país]. Com efeito, após a tomada do poder pela burguesia Castrista burguesia, o problema
de habitação até se agravou. Entre 1959 e 1975, apenas 210.000 habitações foram
construídas em Cuba. Isto é claramente insuficiente, pois Cuba tinha uma população de
cerca de 6,8 milhões de habitantes em 1959 e de cerca de 10 milhões de habitantes em
1978. Os social-fascistas Cubanos reconhecem que a falta de habitação é um dos
principais desafios do país. Segundo estimativas oficiais, a escassez atingiu cerca de 500
mil casas a partir de meados da década de 1990.
Assim, o "sistema social" Castrista não é o paraíso que muitos julgam. E isso também
mostra o desprezo Castrista para com o bem-estar dos proletários e trabalhadores
Cubanos. Os Castristas só querem enganar os trabalhadores Cubanos sobre a sua natureza
social-fascista através de darem a esses trabalhadores algumas "esmolas sociais" que não
interferem com a acumulação de lucro pela burguesia Castrista e pelos seus amos
imperialistas e social-imperialistas. A partir do momento no qual os investimentos no
"sistema social" cheguem a um valor que interfere com esta acumulação referida, os
Castristas não se poderiam importar menos com o bem-estar das classes trabalhadoras
Cubanas. Isto é o que certamente ocorre com os investimentos na habitação. Mas
afirmamos que, mesmo se os Castristas estivessem dispostos a tentar resolver este
problema, eles nunca iriam realizá-lo devido à simples razão de que os problemas de
habitação só podem ser definitivamente e completamente resolvidos sob o socialismo. Na
verdade, não há um único país capitalista, imperialista ou revisionista que já tenha
conseguido resolver o problema da habitação. No mundo capitalista-imperialista-
revisionista sempre haverá pessoas desabrigadas. No final do século XIX, o camarada
Engels - o 2º clássico do Marxismo-Leninismo - já havia concluído isso. Mas como a
Cuba Castrista nunca foi socialista, os problemas de habitação continuam a estar sem
solução e esta situação não vai mudar até que o país finalmente esteja engajado na
construção socialista genuína. Além disso, mesmo de acordo com os parâmetros dos
Estados revisionistas, o "sistema social" da Cuba Castrista não é nada de excepcional. Na
verdade, ele fica muito atrás dos "sistemas sociais" que existiam noutros estados social-
fascistas. Por exemplo, a Alemanha de Leste revisionista e social-fascista tinha um
144
"sistema social" que era consideravelmente superior ao da Cuba Castrista – e, portanto,
também muito mais capaz de enganar os operários e trabalhadores, claro.
No entanto, é verdade que durante a sua existência e hoje em dia, a Cuba Castrista
continua a exibir características de um "estado de bem-estar" burguês-reformista que é
muito propagandeado pelos defensores do revisionismo Cubano em todo o mundo. Na
verdade, entendemos que talvez Cuba possa aparecer como um "exemplo" para muitos
trabalhadores das nações neo-coloniais devido à existência de uma saúde relativamente
acessível, educação generalizada, um "sistema de segurança social" relativamente
desenvolvido, etc. Mas isso não desculpa a demagogia traiçoeira dos líderes Castristas
quando usam esses factores como "provas" de que em Cuba "o socialismo está sendo
construído". Na verdade, não só os revisionistas Cubanos, mas também muitos outros
revisionistas em todo o mundo usam este mesmo "argumento". Por exemplo, ao
elogiarem o "sistema social" da Cuba Castrista, os Maoistas Britânicos afirmam que:
"Um país pobre como Cuba só é capaz de conseguir tudo isso por causa de seu
sistema socialista.”
[http://www.cpgbml.org/index.php?
secName=proletarian&subName=display&art=251, Documents of the Communist
Party of Great Britain (Marxist-Leninist), Proletarian issue nº 16, Fevereiro de 2007,
traduzido da versão em língua Inglesa]
145
teoria Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista sobre o carácter de classe explorador,
opressor e oligárquico do Estado burguês-capitalista não é aplicável e, portanto, não há
necessidade de derrubá-lo nem para instalar a ditadura do proletariado em direcção ao
socialismo e ao comunismo. Com a implementação do sistema fiscal, os oligarcas exibem
a sua inteligência mantendo os trabalhadores afastados da verdadeira ideologia
revolucionária e comunista (perpetuando assim eternamente a ordem predatória
capitalista-imperialista-revisionista mundial) enquanto eles podem continuar a acumular e
a maximizar os seus lucros sangrentos e gananciosos sem serem incomodados. Enquanto
o Estado não é um Estado de ditadura do proletariado agindo de acordo com os princípios
do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo, será sempre um estado opressivo,
explorador, tirânico e predatório. Esta é a verdade que também se aplica inteiramente á
Cuba Castrista porque as relações de produção capitalistas nunca foram abolidas lá e o
Estado sempre manteve seu carácter burguês. Na verdade, como explicamos na nossa
DGM III, o objectivo final utópico das correntes revisionistas como o Castrismo é
construir um capitalismo supostamente "equilibrado" e "perfeito" em que não haveria luta
de classes nem antagonismos de classe nem contradições insolúveis porque a sua máscara
"socialista" seria tão bem feita que os trabalhadores acreditam firmemente que eles estão
"avançando para o comunismo". A escravidão assalariada e as relações de produção
capitalistas explorador estão escondidas atrás de uma alegada "economia controlada pelo
Estado" e um sistema político supostamente dominado pelo "partido comunista". Os
trabalhadores e proletários já não lutam contra o capitalismo pela simples razão de que,
aparentemente, o capitalismo já foi abolido! O ar e a fraseologia "comunista" deste tipo
de sistema atingem o ponto de inculcar nos proletários e nos trabalhadores a falsa
convicção de que eles já estão vivendo numa "sociedade socialista". Este é sem dúvida o
sonho revisionista final. Com efeito, a criação de tal sociedade capitalista é o objectivo
final impossível não só do Castrismo-Guevarismo mas também de muitas outras
correntes revisionistas. Claro, uma das características essenciais que este "capitalismo
com rosto socialista" deve ter a fim de enganar os trabalhadores é uma ampla gama de
"serviços sociais e humanos" tais como cuidados de saúde "grátis" e educação "grátis".
Esses "serviços sociais e humanos" devem ser apresentados pela burguesia revisionista
como "provas inegáveis de socialismo". Como se o socialismo não fosse nada mais do
que a educação e saúde, como se o socialismo estivesse reduzido a algumas esmolas
ridículas dadas pela burguesia social-fascista-revisionista aos trabalhadores que oprime e
explora (e que, vamos repetir, não são verdadeiramente grátis, porque o sistema fiscal
opressivo continua a existir neste tipo de sistema capitalista-revisionista e, portanto, os
serviços "gratuitos" são efectivamente pagos pelos próprios trabalhadores)!
146
Cubanos reivindicam, não há razão para ficar eufórico por causa de um detestável
"sistema social" burguês-reformista-capitalista, escravizante, revisionista e opressivo que
só existe para evitar que os trabalhadores façam a revolução socialista. O "estado social"
Castrista-Guevarista tem os mesmos fundamentos, origens e propósitos do famoso
"Estado social" escandinavo (na verdade, o regime revisionista Cubano é muitas vezes
descrito como sendo uma outra versão do "estado de bem-estar" escandinavo. E, na
verdade, se as classes burguesas-capitalistas da Suécia ou da Dinamarca usassem alguns
falsos slogans "vermelhos e Marxistas-Leninistas", se adoptassem o capitalismo de estado
e se eles se escondessem por trás da fachada de um "partido comunista" falso, a ordem
político-sócio-económica-ideológica anti-socialista e exploradora resultante seria muito
semelhante á da Cuba social-fascista Castrista) ou mesmo dos "direitos sociais"
defendidos pela social-democracia Europeia. Na verdade, mesmo a "Democracia Cristã"
ultra-reaccionária e pró-fascista tem tudo em comum com o Castrismo, porque todas
essas correntes pró-capitalistas, pró-imperialistas e anti-comunistas querem implementar
um "sistema social de mercado" que mantenha o sistema mundial oligárquico ao
encontrar maneiras de evitar que os proletários e os trabalhadores adiram à ideologia
comunista através da apresentação do capitalismo como "democrático", "popular", o
sistema de "progressista". Esta é a razão por trás dos gritos revisionistas sobre o alegado
"carácter humanitário" do regime burguês Castrista. E, claro, os líderes Castristas fazem o
possível para promover essa imagem falsa – não podemos esquecer que antes da pseudo-
revolução burguesa de 1959, eles costumavam afirmar que "o nosso movimento não
pertence ao comunismo, mas ao humanismo". Na verdade, este foi realmente um slogan
anarquista adoptado pelos Castristas, no que é um exemplo ilustrativo de como o
Castrismo e o anarquismo estão intimamente ligados. Os próprios anarquistas Cubanos
admitem tudo isso e explicam que:
Claro que, quando eles mencionam o "terror", anarquistas e Castristas estão, na verdade
referindo-se á ditadura do proletariado, que firmemente recusam. Na verdade, as suas
promessas traiçoeiras de "liberdade sem terror" têm o objectivo de desviar os
trabalhadores do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo ao convencê-los de que é
possível alcançar a verdadeira emancipação e libertação sem ter que implementar a
ditadura do proletariado. Ao mesmo tempo, ao retratar a ditadura do proletariado
simplesmente como "o terror", anarquistas e Castristas também desvirtuam o que
realmente significa a ditadura do proletariado, estão a esconder o seu carácter de classe
apresentando-a como um período de repressão indiscriminada. Durante a ditadura do
proletariado, o poder político-sócio-económico-militar irá pertencer inteiramente aos
trabalhadores liderados pelo proletariado organizado no seu partido comunista de
vanguarda. Como o camarada Lenine afirmou:
147
nova maneira (para o proletariado e os que nada possuem em geral) e ditatorial de
uma nova maneira (contra a burguesia)." (Lenin, The State and the Revolution,
Collected Works, páginas 381-492, 1918, traduzido da versão em língua Inglesa)
Assim, durante a ditadura do proletariado, nem todo a gente vai ser reprimida,
aterrorizada e aniquilada, mas apenas os elementos e forças burgueses-capitalistas-
imperialistas-revisionistas exploradores e anti-comunistas, mas apenas aqueles que são
contra o socialismo, o comunismo e a sua construção.
E é claro que o Castrismo nunca pertenceu ao comunismo, ele foi sempre uma ideologia
burguesa-capitalista, mesmo porque o que não é comunista é necessariamente anti-
comunista, e que é anti-comunista é necessariamente pró-capitalista. E no que respeita ao
"humanismo", os trabalhadores Cubanos que são explorados pelos Castristas e que são
forçados a trabalhar como escravos para as empresas multinacionais imperialistas que
invadem e ocupam Cuba certamente terão uma visão diferente das coisas. Afinal, o
"sistema social" Castrista não pode enganar os trabalhadores para sempre. Um dia, ele
será despedaçado pelo proletariado mundial.
148
Tal como os camaradas Soviéticos e Albaneses, também nós, Estalinistas-Hoxhaistas,
sabemos que é totalmente falso descrever o "socialismo" como sendo sinónimo de acesso
à saúde e à educação. O socialismo é infinitamente mais do que isso: o socialismo
significa a abolição definitiva da exploração capitalista, significa a destruição da
sociedade de classes tirânica em que os trabalhadores são submetidos á escravidão e a sua
substituição por uma sociedade que está de acordo com o princípio: "De cada um de
acordo com as suas capacidades, a cada um segundo o seu trabalho". Mas o socialismo
significa também a implementação de uma nova mentalidade, porque o socialismo não
pode ser concluído e não pode dar lugar ao comunismo sem a revolutionarização total das
relações sociais e familiares, etc. ... Portanto, o socialismo é sinónimo de destruição de
tudo o que está relacionado com a antiga ordem socio-económica-ideológica exploradora
e capitalista através do uso da violência revolucionária proletária. Como o camarada
Enver comentou:
"É verdade, a linha geral do PTA luta pela industrialização do país, pelo
desenvolvimento da agricultura cooperativa, pela extensão dos serviços de educação
(...). No entanto, não importa o quão importantes esses objectivos são, eles nunca
vão ser um fim em si mesmos, porque eles são apenas meios para atingir um
objectivo maior: a emancipação material e espiritual das massas trabalhadoras
(...)." (Enver Hoxha citado por Gilbert Mury em: Enver Hoxha contre le revisionisme,
Paris, 1972, traduzido da versão em língua Francesa)
149
construir o socialismo ou não. É por isso que eles fazem longos discursos e escrevem
livros gigantescos elogiando a saúde, a educação e a "segurança social" do sistema
Castrista a fim de evitar que o proletariado mundial faça uma análise de classe eficiente e
precisa sobre as bases materiais de regime social-fascista Cubano. Eles promovem a
abstracção da realidade socio-económica concreta que prevalece em Cuba, onde em as
relações produtivas capitalistas foram mantidas intocadas sob disfarces "socialistas" na
agricultura, bem como na indústria e noutros sectores que nunca poderiam ter um carácter
socialista porque as relações produtivas exploradoras e opressivas nunca foram
eliminadas na Cuba Castrista. Consequentemente, a economia de "mercado" (que é
inevitavelmente controlada pelas classes dominantes burguesas-capitalistas e pró-
imperialista anti-comunistas) obviamente nunca foi abolida em Cuba, ao contrário do que
deve ocorrer durante a construção do socialismo e do comunismo autêntico. É verdade
que nas primeiras fases de edificação socialista, pode acontecer que alguns "mercados"
menores ainda persistam. Mas isso não deve ser algo definitivo. Pelo contrário, esses
"mercados" menores que continuam a existir após a revolução proletária socialista irão
desaparecer gradualmente mas firmemente com a edificação da sociedade socialista e
comunista. E mesmo nas primeiras etapas de construção do socialismo, os "mercados"
menores nunca devem ser autorizados a constituir uma forma de exploração e de
restauração capitalista-burguesa, eles devem ser submetidos a um controle total por parte
do Estado proletário que deve sempre ter em mente que o objectivo final é a eliminação
mesmo daqueles pequenas "mercados". No final dos anos 40 e início dos anos 50, o
camarada Enver observou que a Albânia era o país em que as nacionalizações proletárias
foram realizadas mais rapidamente e em que o "mercado" interno foi mais reduzido. O
camarada Enver Hoxha frequentemente observou que uma das causas do sucesso da
implementação do socialismo na Albânia foi o facto de que nesse país os "mercados"
internos foram reduzidas a um mínimo e que o PTA estava lutando pela sua erradicação
total em simultâneo com o aprofundamento da edificação socialista. Mas na Cuba
revisionista e social-fascista aconteceu o contrário. A burguesia Castrista nunca quis
eliminar os "mercados". Pelo contrário, ela reforçou mercados do país a fim de explorar o
proletariado e as classes trabalhadoras Cubanas e consolidar o seu poder opressivo e
escravizante de classe.
150
como presentes / actuais) como Cuba, Coreia do Norte, etc., e em certas nações
capitalistas-imperialistas existem alguns "direitos sociais", isso não significa que o
socialismo esteja sendo construído nesses países. Se isso prova alguma coisa, é o acerto
da correcção da afirmação do camarada Marx de que nas sociedades imperialistas-
capitalistas de classe os salários tendem a aumentar com o desenvolvimento das forças
produtivas porque os exploradores são capazes de se assegurar que, se os salários
aumentam, eles ainda assim aumentam a um ritmo que é muito mais lento do que o ritmo
a que aumentam os lucros retirados da força de trabalho e do aumento da produtividade
do trabalho. Consequentemente, nestas circunstâncias, a parcela da renda que é dada às
classes trabalhadoras diminui constantemente apesar do aumento dos salários - o que
significa que a exploração aumenta exponencialmente. E este aumento da exploração
fornece uma base social alargada a todos os tipos de reformismo, revisionismo e
oportunismo.
Os revisionistas Cubanos tentam inculcar nos trabalhadores ideias que são típicas da
economia política burguesa. Os Castristas querem que os proletários e os trabalhadores
do mundo sejam incapazes de ver atrás dos factos externos e superficiais. É por isso que
não perdem uma única chance de proclamar a Cuba social-fascista como um "baluarte
socialista" e as teorias anti-comunistas de Castro como sendo "Marxismo-Leninismo".
Mas só porque um certo regime / sistema ou uma certa ideologia se qualifica como
"socialista" e / ou como "Marxista-Leninista", isso não significa automaticamente que o
regime / sistema e a ideologia em questão realmente mereçam essas qualificações.
151
oligárquica e capitalista-imperialista, do "socialismo com características Chinesas" de
Mao (cujo verdadeiro objectivo era permitir a ascensão da burguesia nacional Chinesa ás
posições monopolistas estatais capitalistas para transformar a China numa superpotência
imperialista), e muitos outros. É claro, pode haver certas particularidades nacionais que
ditam algumas especificidades da construção socialista. No entanto, os cinco clássicos do
Marxismo-Leninismo sempre sublinharam que as especificidades são sempre limitadas a
aspectos menores e secundários da edificação socialista e nunca podem ser estendidas ás
suas características essenciais porque a realização do socialismo e do comunismo
genuíno deve seguir uma certa linha invariável de acordo com os princípios do
Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo, independentemente do lugar em que o
socialismo e o comunismo estão sendo construídos.
É claro que a essência das coisas não vai mudar, não importa como nós insistimos em
qualificá-la. O social-fascismo Cubano nunca será "socialismo" só porque os Castristas
insistem em chamá-lo assim de modo a manter os proletários longe do combate pelo
socialismo autêntico. O capitalismo é o que é e o socialismo também é o que é - podemos
trocar os seus nomes tanto quanto nós quisermos. No final, tudo permanece o mesmo: o
capitalismo continua a ser um sistema inerentemente e inevitavelmente explorador e
opressor e o socialismo continua a ser um sistema inerentemente e inevitavelmente anti-
exploração e anti-opressivo. O carácter repressivo das relações produtivas capitalistas e
escravizantes na Cuba revisionista e social-fascista não será alterado só porque os
Castristas afirmam que elas são "socialistas".
152
E o mesmo ocorre quando os Castristas afirmam que a deles era uma revolução anti-
imperialista, e que, consequentemente, também foi necessariamente uma revolução
socialista. Essa falsa ideia de que qualquer revolução anti-imperialista é automaticamente
uma revolução socialista tem sido promovida pelos revisionistas Cubanos a fim de
apresentar a sua própria revolução burguesa como sendo "socialista":
Além disso, os Castristas sempre fizeram o máximo para promover uma aparência
"idealizada" e "romântica" em torno deles. Como já havíamos afirmado no início deste
artigo, os revisionistas Castristas sempre tentaram apresentar o seu regime social-fascista
e o seu sistema político-socio-económico-ideológico capitalista, pró-imperialista e neo-
colonial como sendo sinónimo de "descentralização e poder popular", em contraste com o
socialismo de “tipo Estalinista" que seria supostamente algo "despótico" e "ultrapassado".
Como se pode concluir, o revisionismo Cubano não difere de todos os outros
revisionismos. No final, as tendências revisionistas são apenas diferentes no nome,
porque todas elas são essencialmente o mesmo, todas têm a mesma causa (as pressões e
tentativas das classes exploradoras para destruírem o movimento comunista e perpetuar a
153
sua tirania de classe) e os mesmos objectivos (evitar que os trabalhadores do mundo
façam a revolução socialista e instalem a ditadura proletária mundial em direcção ao
socialismo e ao comunismo mundiais). Portanto, isso também se aplica inteiramente ao
revisionismo Cubano. Fidel Castro uma vez afirmou que:
Decidimos incluir esta citação de Castro neste texto porque é uma das poucas declarações
pós-1960 em que ele assume o seu anti-Marxismo de forma aberta e explícita. É fácil de
perceber as ideias anarquistas e anti-socialistas de Fidel quando ele se refere ao "diálogo
não institucionalizado" para dar a falsa ideia de que o "socialismo" Cubano tem uma
natureza verdadeiramente "democrática". Se seguirmos e aderirmos á maneira de Castro
de pensar, a Cuba Castrista não seria socialista, mas também seria o único país
verdadeiramente socialista que já existiu, pois seria um exemplo de "democracia
socialista" genuína com um "sistema não-institucionalizado onde o povo e a vanguarda
dialogam livremente". Na verdade, a recusa Castrista de "institucionalização" está em
total consonância e em estreita ligação com a sua rejeição da ditadura do proletariado e
da necessidade de ter um partido Marxista-Leninista liderando a revolução. Este
"socialismo" Cubano estaria em oposição à "tirania Marxista-Leninista-Estalinista" e á
sua "ordem centralizada e ultrapassada". E a que "vanguarda dialogante" se refere
Castro? Certamente que não ao partido Marxista-Leninista que deve liderar qualquer
verdadeira revolução socialista, porque nada disso jamais existiu em Cuba. Por isso, ele
está se referindo á vanguarda da burguesia nacional Cubana, que mais tarde se tornou
num fiel lacaio da União Soviética e da China social-imperialistas (e de todos os tipos de
imperialismos). E quanto ao "diálogo com o povo" que ele menciona? Tendo em conta a
maneira como os exploradores Castristas burgueses-capitalistas sempre trataram os
trabalhadores e os proletários Cubanos, devemos supor que o revisionista Castro
considera como sendo "diálogo democrático" reprimir e abater sem piedade os
trabalhadores em defesa de uma ordem social-fascista exploradora que serve o
imperialismo e o social-imperialismo mundiais.
Nas palavras de Castro, notamos muita arrogância e presunção quando ele afirma que
"nunca seguimos os ensinamentos de Marx", como se as suas próprias ideias burguesas-
capitalistas-revisionistas e pró-imperialistas fossem muito superiores às do camarada
Marx. Na verdade, não são apenas os ensinamentos do camarada Marx que Castro nega:
durante toda a sua vida, ele sempre e invariavelmente negou, rejeitou e lutou contra os
ensinamentos de todos os cinco clássicos do Marxismo-Leninismo.
Como já tínhamos dito, há muitos trabalhadores que recusam todos os outros estados
social-fascistas, mas que ainda têm:
154
“ (...) Um sentimento favorável em relação a Cuba, que eles vêem como tendo uma
tradição verdadeiramente revolucionária e uma sociedade mais aberta." (Michael
Parenti, Blackshirts and Reds, São Francisco, 1997, traduzido da versão em língua
Inglesa)
"O mundo burguês e revisionista pensa que somos um país isolado. Esta é a visão
capitalista-revisionista das coisas. Os imperialistas e revisionistas consideram que
um país que fechou as suas portas á invasão da sua cultura decadente e degenerada
através dos créditos escravizantes, turistas e espiões, está isolado. Deste ponto de
vista, nós realmente somos, e pretendemos permanecer sendo, um país isolado."
(Enver Hoxha, Report to the VII Congress of the PLA, 1976, traduzido da versão em
língua Inglesa)
Que contraste tremendo com os social-fascistas Cubanos, que sempre fizeram e fazem o
máximo para manter o país fechado à ideologia autenticamente comunista que é capaz de
colocar os trabalhadores no caminho da construção do socialismo e do comunismo
verdadeiros. E até agora, os esforços dos revisionistas Cubanos têm sido relativamente
bem-sucedidos: desde finais de 1920 / inícios de 1930, nunca houve um partido
autenticamente proletário Marxista-Leninista-Estalinista-Hoxhaista em Cuba. Mas temos
a certeza de que essa situação vai mudar em breve. Nem mesmo as mentiras mais astutas
dos revisionistas Cubano serão capazes de enganar eternamente os proletários e os
trabalhadores do mundo em geral e de Cuba em particular.
155
Os trabalhadores devem ser elucidados sobre as mentiras Castristas. Mas uma das
maiores dificuldades em desmascarar o social-fascismo Castrista em frente dos olhos dos
trabalhadores e proletários mundiais é devido ao facto de que os revisionistas Cubanos
conseguiram "romantizar" a sua ordem de classe com o objectivo de esconder a sua
natureza inerente burguesa-capitalista, exploradora, opressiva, esclavagista, repressiva,
pró-imperialista e anti-comunista e dar-lhe um certo ar "aventureiro". Foi com esta
finalidade que eles fabricaram todos os tipos de mitos e lendas como as de um "pequeno
grupo guerrilheiro liderado por Fidel Castro e Che Guevara que foi capaz de derrotar um
exército colossal directamente apoiado pelo imperialismo Americano", ou do alegado
falso "socialismo Cubano", etc. ... Na verdade, a história do social-fascismo Cubano
como é contada pelos Castristas-Guevaristas nada mais é do que um monte de mentiras.
Na sua essência, a Cuba Castrista é um país social-fascista como todos os outros, o seu
regime é tão reaccionário, anti-comunista e repressor como os da Coreia do Norte, da
Roménia de Ceausescu ou da Alemanha de Leste, por exemplo. Na verdade, ele é
especialmente perigoso e traiçoeiro devido ás tentativas dos revisionistas Cubanos para
esconder a sua natureza esclavagista e capitalista e a sua subserviência ao imperialismo e
ao social-imperialista por detrás de disfarces "revolucionários", "vermelhos" e até mesmo
"Marxistas-Leninistas". Ao fazer isso, eles ainda enganam muitos trabalhadores do
mundo que continuam a acreditar que a Cuba Castrista é um país caminhando para o
socialismo quando a verdade é que a burguesia social-fascista Cubana sempre manteve
intactas as antigas relações de classe exploradoras e a escravidão assalariada enquanto
traiçoeiramente proclamando que o socialismo está sendo construído em Cuba. Os
defensores do revisionismo Cubano em todo o mundo tentam obrigar os trabalhadores a
apoiar o social-fascismo Cubano, apresentando-o como "socialismo" e assim,
qualificando os verdadeiros comunistas que se opõem a ele como sendo "anti-socialistas"
e "reaccionários". Cabe-nos a nós, Estalinistas-Hoxhaistas, denunciar todas essas
mentiras e expor o revisionismo Cubano como o que ele é: uma ideologia anti-comunista
que serve os interesses dos capitalistas, imperialistas e social-imperialistas mundiais
mantendo os trabalhadores longe do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo
autenticamente revolucionário e contribuindo assim para a manutenção do sistema
oligárquico explorador e opressor mundial.
156
organização genuinamente proletária, revolucionária e socialista do mundo, a
Internacional Comunista (EH) nunca poderia ter adoptado uma posição diferente da que
completamente rejeita e condena o fascismo Kimilsungista (uma análise aprofundada das
origens, causas, consequências e desenvolvimento do revisionismo coreano não pertence
ao escopo deste artigo, o tema merece de facto um artigo inteiro dedicado somente a
ele...). Claro, isso era demais para os neo-revisionistas da "Aliança", que "esquecem" que
defender um Estado revisionista significa na verdade defender de todos eles, porque eles
são essencialmente iguais entre eles. Não é possível condenar o revisionismo Cubano
sem também condenar todas as outras correntes, tendências e forças revisionistas,
incluindo o Kimilsungismo, é claro. Em troca, defender um deles é defender todos eles,
como os neo-revisionistas de "Aliança" fazem.
157
fascistas e revisionistas do passado e do presente sem excepção), os trabalhadores sofrem
uma repressão selvagem e, infelizmente, a maioria deles erroneamente pensa que os
males que sofrem são devidos ao "socialismo", pois a maioria deles não sabe como
distinguir entre o verdadeiro socialismo e o regime pró-imperialista, revisionista,
reacionário, escravizante, burguês-capitalista, opressor, repressor, explorador, social-
fascista, anti-socialista e anti-comunista em que eles estão vivendo. De facto, em Cuba,
na Coreia do Norte e em todos os outros estados revisionista tanto do passado como do
presente, a burguesia social-fascista revisionista-capitalista usa o falso pretexto
"socialista" de "defender o Estado de ditadura do proletariado" (que, na verdade, nunca
existiu nestes países) para reprimir brutalmente os autênticos comunistas.
Consequentemente, todos os fascismos, social-fascismos e ordens e correntes pró-
capitalistas têm como principal objectivo manter os trabalhadores longe do Marxismo-
Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo contribuindo assim para a perpetuação da ordem
mundial capitalista-imperialista-revisionista oligárquica através da manutenção da
escravidão e da exploração assalariada dentro dos seus países ao vender esses mesmos
países aos imperialistas e social-imperialistas mundiais. Tanto Cuba como a Coreia do
Norte são países neo-coloniais de tipo burguês-compradore cujas cliques são lacaios
subservientes dos capitalistas-imperialistas mundiais. Ambos os regimes não têm
absolutamente nada a ver com o MLEH, nem com o socialismo e nem com o comunismo.
Relativamente à Cuba social-fascista, os neo-revisionistas da "Aliança" afirmam que:
Mas estas mesmas palavras também são inteiramente aplicáveis á Coreia do Norte social-
fascista! Então, onde estão as diferenças abissais que fazem os neo-revisionistas da
"Aliança" denunciar o revisionismo Cubano enquanto defendem o revisionismo coreano
Note-Coreano? Nós não as notamos. É claro, existem diferenças secundárias entre os dois
regimes revisionistas, características menores que estão ligadas a razões históricas e
circunstanciais e que não alteram de forma alguma o facto que eles são essencialmente
iguais e compartilham todos os principais objectivos e características socio-económicas-
políticas-ideológicas. É por isso que é impossível ter um duplo padrão em relação aos
regimes social-fascistas: ou apoiamos todos eles ou nós condenamos e recusamos todos
eles. Não há alternativas nem "terceiras vias". É claro que é fácil entender por que é que
os Neo-Revisionistas da "Aliança" preferem os disfarces "comunistas ortodoxos" do
social-fascismo Norte-Coreano às posições e políticas abertamente liberal-anarquistas dos
Castristas. Isso é porque o revisionismo Norte-Coreano pode ser mais capaz de convencer
158
os trabalhadores sobre a sua suposta natureza "socialista", porque ele está insistindo no
capitalismo de Estado e na lenda do "partido comunista" mais do que os revisionistas
Cubanos. Mas ao defenderem abertamente a tirania social-fascista Norte-Coreana, os
neo-revisionistas da "Aliança" estão, na verdade, também defendendo o revisionismo
Cubano, pois como eles são substancialmente iguais, defender um é automaticamente
sinónimo de também apoiar o outro, até porque o que não é verdadeiramente
revolucionário é necessariamente reaccionário: entre dois regimes burgueses-capitalistas,
pró-imperialistas, exploradores, escravizantes, revisionistas, opressores, repressores, anti-
socialistas e anti-comunistas, uma posição que defende um deles é automaticamente
reaccionária (mesmo que essa posição finja "condenar" o outro, isso não muda o seu
carácter reaccionário). Concluindo, os neo-revisionistas da "Aliança" estão criticando o
revisionismo Cubano em palavras, mas estão defendendo-o em actos.
159
os inimigos anti-comunistas sem também, simultaneamente, defendermos o legado de
todos os outros clássicos. Portanto, nós, Estalinistas-Hoxhaistas, sabemos que a negação
dos ensinamentos de um dos clássicos do Marxismo-Leninismo significa a negação dos
ensinamentos de todos eles no seu conjunto. E a negação dos ensinamentos dos clássicos
do Marxismo-Leninismo significa negar descaradamente a ideologia comunista na sua
totalidade. E de facto, é exactamente isso que os neo-revisionistas da "Aliança" são: um
bando de anti-comunistas.
6 – Conclusão
"A revolução Cubana não começou com base no Marxismo-Leninismo e não foi
realizada com base nas leis da revolução proletária liderada por um partido
Marxista-Leninista. Após a libertação do país, Castro também não seguiu um curso
Marxista-Leninista (...)." (Enver Hoxha, The Fist of the Marxist-Leninist Communists
Must Also Smash Left Adventurism, the Offspring of Modern Revisionism (From a
conversation with two leaders of the Communist Party (Marxist-Leninist) of Ecuador), 21
de Outubro de 1968, traduzido da versão em Inglês)
160
como social-fascismo e o social -imperialismo são inerentes ao sistema oligárquico
mundial capitalista-imperialista de escravatura assalariada e de maximização do lucro.
Consequentemente, a única forma de evitar a inevitabilidade de tais coisas como social-
fascismo e o social-imperialismo é através da destruição total e definitiva dessa mesma
ordem capitalista-imperialista de exploração global. Não há alternativa. Os terríveis
regimes anti-comunistas e opressivos que mantêm a escravatura assalariada como o da
Cuba Castrista só serão irremediavelmente aniquilados quando o capitalismo-
imperialismo-revisionismo mundial também for rasgado em pedaços. Eles só serão
definitivamente eliminados quando a revolução socialista mundial triunfar e quando os
trabalhadores mundiais liderados pelo proletariado mundial estabeleçam a ditadura do
proletariado mundial em direcção ao socialismo e ao comunismo mundiais – tudo isto
sob a liderança do Comintern (EH), o único defensor verdadeiramente fiel dos
ensinamentos dos 5 Clássicos do Marxismo-Leninismo. Todas as outras posições para
além defendem de facto a existência e a manutenção do totalitarismo Cubano revisionista
e social-fascista.
Em geral, este artigo pretende ser uma ajuda importante para o proletariado mundial e
para o Movimento Mundial Estalinista-Hoxhaista no contexto da preparação da revolução
socialista mundial. Em particular, pretende ser uma ajuda para que a classe trabalhadora
Cubana se livre do regime social-fascista e pretende ser uma contribuição para a luta
ideológica em favor da ditadura do proletariado Cubano, bem como para a criação da
Secção Cubana do Comintern (EH). Esperamos que este artigo atraia todos aqueles que
dentro e fora de Cuba lutam contra a tirania Castrista a partir de posições autenticamente
Marxistas-Leninistas e que se esforçam pela construção do verdadeiro socialismo no país.
Os trabalhadores Cubanos estão fartos de séculos de opressão capitalista-imperialista-
revisionista. Eles querem usufruir dessa liberdade que sempre lhes foi negada pelos
vários exploradores. Mas a única forma através da qual o proletariado Cubano pode
conseguir isso é abraçando totalmente o Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo e
lutando pela revolução socialista mundial a fim de estabelecer a ditadura proletária
mundial em direcção ao socialismo mundial e ao comunismo mundial.
161
Estaline e Enver Hoxha. Este partido é o Comintern (Estalinista-Hoxhaista), que liderará
os proletários e os trabalhadores de todo o mundo até á sua libertação total e definitiva de
todos os tipos de opressão, repressão, alienação e exploração.
Viva o Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo!
162
7 - Galeria de imagens
7.1 – O Castrismo-Guevarismo: uma ideologia totalmente e
intrinsecamente reaccionária e anti-comunista
163
Foto e comentário extraído do livro "Cuba: a evaporação de um Mito", publicado em
1976 pelo Partido Comunista Revolucionário dos EUA, edição em Inglês. NOTA: o
P"C" R dos EUA é um partido neo-revisionista que está em total oposição à ideologia e
aos objectivos do Comintern (EH) - tendo sido inclusive criticado / desmascarado na
nossa DGM III. Esta foto e este comentário são publicados aqui porque eles não contêm
informações incompatíveis com os nossos princípios Estalinistas-Hoxhaistas e porque
constituem material útil para este artigo.
164
Foto e comentário extraído do livro "Cuba: a evaporação de um Mito", publicado em
1976 pelo Partido Comunista Revolucionário dos EUA, edição em Inglês. NOTA: o
P"C" R dos EUA é um partido neo-revisionista que está em total oposição à ideologia e
aos objectivos do Comintern (EH) - tendo sido inclusive criticado / desmascarado na
nossa DGM III. Esta foto e este comentário são publicados aqui porque eles não contêm
informações incompatíveis com os nossos princípios Estalinistas-Hoxhaistas e porque
constituem material útil para este artigo.
165
Castro e Guevara sempre foram Krushchevistas ardentes e promotores do social-
imperialismo Soviético: todas as famosas viagens de Castro e de Guevara na América
Latina, África, Ásia, Europa Oriental e noutros lugares teve o propósito de ajudar os
capitalistas-imperialistas de Moscovo a conquistarem novos mercados lucrativos e a
alargarem a sua "esfera de influência" social-fascista e neo-colonialista.
166
Castro com Tito, o pioneiro do revisionismo moderno: os revisionistas Cubanos sempre
foram grandes admiradores do titismo, até porque todos eles tinham um único objectivo:
impedir a revolução socialista mundial. Castro, Guevara e Tito se esforçaram para
aniquilarem a ideologia proletária e sentiam profundo ódio relativamente á existência de
autênticos partidos comunistas de tipo Marxista-Leninista-Estalinista como o PTA que
funcionavam de acordo com os princípios do centralismo democrático e que realmente
lideravam o proletariado como vanguarda dos trabalhadores na revolução socialista.
167
Guevara saúda o seu gémeo ideológico Tito. Nas suas reuniões oficiais com outros anti-
comunistas, Castro, Guevara e os outros social-fascistas Cubanos insistiam em vestir o
seu uniforme de guerrilha ridículo (como o que Guevara está usando na foto). Mas
revisionistas como eles não se transformam milagrosamente em Marxistas-Leninistas só
porque usam um chapéu com uma estrela vermelha.
168
Castro com os revisionistas vietnamitas: tanto no Vietname como em Cuba, as classes
social-fascistas dominantes tentam apresentar a ordem capitalista exploradora e a
subserviência neo-colonial ao imperialismo e ao social-imperialismo como sendo
"socialismo". Nesta imagem, Castro está segurando uma espingarda e podemos observar
a falsa aparência "musculosa" e "revolucionária" que os revisionistas Cubanos sempre
incentivaram a fim de enganarem os trabalhadores e a desviarem-nos do Marxismo-
Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo. Na verdade, os Castristas são totalmente contra
qualquer tipo de violência armada verdadeiramente socialista e fazem de tudo para
desacreditá-la através das suas teorias pró-guerrilha foquistas e burguesas.
169
Che e Mao: dois inimigos ferozes do Marxismo-Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo e da
revolução socialista mundial. Esta foto foi tirada no início dos anos 60, numa das últimas
vezes que os revisionistas Cubanos e os revisionistas Chineses estavam juntos antes de os
social-imperialistas Soviéticos exigirem que os Castristas-Guevaristas abandonassem
todos os contactos amistosos com os social-fascistas e social-imperialistas Chineses após
estes claramente emergirem como principais rivais dos revisionistas Soviéticos pela
liderança do social-fascismo e do social-imperialismo mundiais. Apesar disso, os
revisionistas Cubanos e os revisionistas Chineses são essencialmente iguais: defensores
intransigentes da ordem capitalista-imperialista-revisionista totalitária e exploradora e
perigosos inimigos do socialismo mundial e do comunismo mundial. Entre todos os
revisionistas Cubanos, Che foi talvez o mais simpatizante da China Maoista e
revisionista, pois a sua existência representou o triunfo da burguesia nacional Chinesa
sobre o imperialismo estrangeiro e seus lacaios locais. Che queria que o mesmo tivesse
acontecido em Cuba e em todos os lugares do mundo, porque ele era um firme defensor
do “direito” das burguesias nacionais a explorarem livremente cada país sem rivalidade
de imperialismos estrangeiros (claro que essa meta está condenada ao fracasso, porque,
por um lado, enquanto o capitalismo existir, o imperialismo é sempre inevitável e sempre
haverá potências imperialistas saqueando as outras nações contra os interesses da
burguesia nacional. Mas por outro lado, como não existem alternativas nem “terceiras
vias” para além do capitalismo e do socialismo, quando revolução socialista mundial
finalmente triunfar, as burguesias nacionais serão eliminadas enquanto classes
exploradoras, frustrando assim os objectivos de Guevara. Como se pode concluir, os
170
propósitos pró-burguesias nacionais de Che estão destinados a falhar de qualquer
maneira).
171
Fidel Castro e Ceausescu: dois inimigos terríveis do socialismo e do comunismo
autêntico, dois líderes social-fascistas financiados e apoiados pela oligarquia mundial
com o objectivo de desacreditar a ideologia Marxista-Leninista a fim de manter os
trabalhadores e proletários do mundo submetidos á escravidão e exploração.
172
Fidel Castro com o bandido coroado franquista Espanhol Juan Carlos II - como os
revisionistas Cubanos, também os fascistas espanhóis chefiados por Juan Carlos são
arqui-reaccionários e inimigos jurados de tudo o que estiver relacionado com a
emancipação dos trabalhadores da exploração e da opressão assalariada escravizante. Na
verdade, antes de serem forçados a adoptar falsas máscaras "socialistas" e “vermelhas”,
os irmãos Castro sempre foram simpatizantes explícitos dos fascistas espanhóis como os
generais Primo de Rivera e Franco.
173
Guevara com o ditador monárquico fascista Norte-Coreano Kim Il Sung. Por detrás do ar
"aventureiro" e "romântico" de Guevara, existia um inescrupuloso pró-capitalista e um
defensor implacável dos mais perversos regimes social-fascistas deste planeta.
174
O anti-socialista Castro e o monárquico-fascista Kim Il Sung: os fundadores de,
respectivamente, o Castrismo e o Kimilsungismo. No futuro, o proletariado mundial
liderado pelo Comintern (EH) dará o tratamento merecido a este tipo de correntes,
tendências e forças capitalistas-burguesas-revisionistas pró-imperialistas e também a
todos aqueles que as apoiam com o objectivo de perpetuar o sistema opressivo
capitalista-imperialista mundial.
175
Pintura revisionista glorificando a reunião de Castro com o capitalista-fascista-
imperialista Brejnev. Até á queda do império Soviético, a Cuba revisionista e social-
fascista sempre foi um dos defensores mais fiéis do social-imperialismo e social-fascismo
Soviéticos.
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Foto e comentário extraído do livro "Cuba: a evaporação de um Mito", publicado em
1976 pelo Partido Comunista Revolucionário dos EUA, edição em Inglês. NOTA: o
P"C" R dos EUA é um partido neo-revisionista que está em total oposição à ideologia e
aos objectivos do Comintern (EH) - tendo sido inclusive criticado / desmascarado na
nossa DGM III. Esta foto e este comentário são publicados aqui porque eles não contêm
informações incompatíveis com os nossos princípios Estalinistas-Hoxhaistas e porque
constituem material útil para este artigo.
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Foto e comentário extraído do livro "Cuba: a evaporação de um Mito", publicado em
1976 pelo Partido Comunista Revolucionário dos EUA, edição em Inglês. NOTA: o
P"C" R dos EUA é um partido neo-revisionista que está em total oposição à ideologia e
aos objectivos do Comintern (EH) - tendo sido inclusive criticado / desmascarado na
nossa DGM III. Esta foto e este comentário são publicados aqui porque eles não contêm
informações incompatíveis com os nossos princípios Estalinistas-Hoxhaistas e porque
constituem material útil para este artigo.
178
Castro abraça Mengistu – os mercenários revisionistas Cubanos foram amplamente
utilizados pelos social-imperialistas Soviéticos em suas guerras no Corno de África, com
o objetivo de maximizar os lucros através da manutenção de seus lacaios Etíopes no
poder, condenando assim os trabalhadores Etíopes á exploração indizível, á opressão,
repressão, fome e a todos os outros males inerentes à dominação burguesa-capitalista
social-fascista e social-imperialista. Mengistu e Castro eram aliados naturais na luta
burguesa-capitalista-imperialista contra a revolução socialista mundial, contra a ditadura
proletária mundial e contra o socialismo mundial e o comunismo mundial. Ambos são
sociais-fascistas que venderam suas respectivas nações ao imperialismo e social-
imperialismo mundiais, ambos tentam descrever as suas ordens esclavagistas como sendo
"socialista" (para desacreditarem o MLEH na frente dos olhos das massas trabalhadoras
mundiais) e tentarem esconder o seu carácter pró-capitalista, reaccionário e anti-
comunista por detrás de falsas máscaras "vermelhas".
179
Foto e comentário extraído do livro "Cuba: a evaporação de um Mito", publicado em
1976 pelo Partido Comunista Revolucionário dos EUA, edição em Inglês. NOTA: o
P"C" R dos EUA é um partido neo-revisionista que está em total oposição à ideologia e
aos objectivos do Comintern (EH) - tendo sido inclusive criticado / desmascarado na
nossa DGM III. Esta foto e este comentário são publicados aqui porque eles não contêm
informações incompatíveis com os nossos princípios Estalinistas-Hoxhaistas e porque
constituem material útil para este artigo.
180
Fidel Castro saúda Honecker durante uma visita oficial a Havana: os revisionistas
Cubanos sempre admiraram muito os social-fascistas da Alemanha Oriental e nunca
perderam uma oportunidade para apoiarem o regime burguês-capitalista, repressivo e
explorador que escravizava impiedosamente os trabalhadores da Alemanha Oriental.
Durante uma das suas reuniões frequentes com os governantes anti-comunistas da
Alemanha de Leste, a burguesia social-fascista Castrista decidiu dar o nome de "ilha
Ernst Thälmann" a uma das pequenas ilhas tropicais pertencentes a Cuba no mar do
Caribe - no que foi um tremendo insulto ao camarada Thälmann, que passou a vida a
lutar contra todos os tipos de capitalismo, revisionismo e fascismo, fossem eles abertos
ou ocultos atrás de disfarces "socialistas".
181
Castro e Hu Jintao (o representante Chinês da burguesia estatal monopolista capitalista-
imperialista): depois do seu desaparecimento, o lugar do social-fascismo e do social-
imperialismo Soviético (que era o neo-colonizador da Cuba Castrista) foi rapidamente
ocupado pelos social-fascistas e social-imperialistas Chineses.
182
Raúl Castro e os social-imperialistas Chineses sorriem juntos: a Cuba Castrista
resolutamente segue o seu caminho de subserviência ao social-fascismo e ao social-
imperialismo Chinês. Mas isso não vai durar muito mais tempo. Sob a liderança do
Comintern (EH), os trabalhadores e o proletariado mundial vão finalmente ver a verdade
por trás dos sorrisos de seus inimigos de classe. No futuro, os social-fascistas Cubanos,
os social-imperialistas Chineses e todos os outros exploradores serão varridos pela
revolução socialista mundial.
183
Casa dos irmãos Castro - foto retirada do site www.guardian.co.uk
184
Prisão Castrista-Guevarista - foto retirada do site: www.therealCuba.com
Esta é uma imagem da infame prisão "Combinado del Este" no leste de Havana, com suas
células. Na verdade, existem mais de 300 prisões em Cuba, que são utilizadas pela
burguesia social-fascista Cubana como instrumentos repressivos para exercer a sua
ditadura de classe exploradora sobre o proletariado e as classes trabalhadoras Cubanos. E
isso não é de estranhar. Desde sempre, a prisão tem sido um dos muitos meios utilizados
pelo despotismo revisionista Cubano para aterrorizar os trabalhadores Cubanos que
ousam questionar a natureza repressiva e exploradora do regime de Fidel Castro e Che
Guevara. Já no início de 1960, os irmãos Castro e Guevara pessoalmente organizaram
sessões sangrentas de tortura e de execuções com o objetivo de forçar os proletários e
trabalhadores Cubanos a aceitarem o seu sistema de escravidão assalariada e opressão e
exploração burguesa-capitalista-imperialista e parar de lutar pelos autênticos socialismo e
comunismo. Este tipo de medidas terroristas e fascistas são inerentes ao carácter
capitalista da tirania revisionista Cubana, elas persistem até hoje e elas vão sempre existir
até os trabalhadores Cubanos (juntamente com o resto do proletariado mundial)
realizarem a revolução socialista e a ditadura proletária mundial sob a liderança do
Comintern (EH). Quando essa hora chegar, as prisões Cubanas construídas pelo
totalitarismo revisionista esclavagista servirão para encarcerar a burguesia e todos os seus
defensores. Hoje, os trabalhadores Cubanos ultra-explorados são massacrados e mortos
pelas classes sociais-fascistas burguesas dominantes Cubanas e pelos seus amos
exploradores imperialistas e social-imperialistas. No futuro, quando o Marxismo-
Leninismo-Estalinismo-Hoxhaismo triunfar á escala mundial, será o inverso a ocorrer.
185
E os cinco agentes Castristas que foram capturados em Miami em 1998 pelo FBI e
mantidos na prisão desde então pelos oligarcas imperialistas Americanos? Os defensores
da Cuba social-fascista adoram qualificá-los como sendo "heróis defendendo o
socialismo". Uma reunião de 68 partidos social-fascistas de todo o mundo exigia:
“ (...) A imediata libertação dos cinco jovens heróis Cubanos que estão sequestrados
há já sete anos nas prisões dos EUA." (http://inter.kke.gr/IntAct/int-meet/int-
meet2005/2005-int-meet-resolu/2005-solidar-Cuba/view?searchterm=Cuban%20five
%20heroes, Solidarity statement with Cuba, 2006, traduzido da versão em língua
Francesa)
Mas a verdade é que não há absolutamente nada de heróico e muito menos socialista
sobre eles. Eles são apenas um bando de espiões Castristas que estavam nos EUA
tentando descobrir os planos dos oligarcas imperialistas Americanos para derrubarem a
burguesia social-fascista Castrista e reconquistar o seu antigo controlo absoluto sobre
Cuba. Longe de serem "heróis socialistas", eles são apenas cinco lacaios do revisionismo
Cubano (e dos seus actuais chefes social-imperialistas Chineses) que foram presos por
uma superpotência imperialista cujas classes dominantes são rivais daquelas às quais eles
servem. Nada mais do que isso. O que os oligarcas imperialistas Americanos fizeram foi
absolutamente normal. Eles querem recuperar o seu domínio colonialista exclusivo sobre
Cuba, e, consequentemente, é lógico que eles façam de tudo para impedir que os espiões
Castristas saibam os seus planos. A burguesia social-fascista que governa Cuba faz
186
exactamente o mesmo quando consegue prender agentes pró-Americanos em Cuba. Tudo
isso é comum no contexto da luta entre a burguesia capitalista-revisionista Castrista (e os
seus mestres social-imperialistas Chineses) e os oligarcas imperialistas Americanos pelo
domínio absoluto e exclusivo sobre Cuba. Se abraçarmos a maneira de pensar dos
revisionistas Cubanos, também os agentes pró-Americanos presos pelos Castristas devem
ser considerados como "heróis socialistas" porque não há diferenças essenciais entre eles
e os "5 Cubanos": todos eles servem zelosamente as classes burguesas-capitalistas-
imperialistas-revisionistas e anti-comunistas exploradoras que regem os seus respectivos
países com o objectivo de ajudá-las a conhecerem os planos e as fraquezas de seus rivais
a fim de obterem a maximização do lucro.
187
188
Fotos retiradas dos sites: www.corbisimages.com, www.jenniferbrooke.hubpages.com e
www.profimedia.si
189
Foto retirada do site: www.globalpost.com
Os trabalhadores Cubanos sempre foram obrigados a deixar a sua terra natal em busca de
uma vida melhor noutros países devido á exploração e opressão capitalista-imperialista.
No entanto, desde a “revolução” burguesa e anti-comunista de 1959 e a posterior
implementação do social-fascismo em Cuba, essa tendência de migração foi acentuada.
Nesta imagem, vemos um grupo de trabalhadores Cubanos que tentam escapar da
opressão revisionista e social-fascista em condições terríveis, tendo de enfrentar os
perigos do mar com apenas um barco improvisado a partir de um carro.
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Fotos tiradas dos sites: www.photovalet.com, www.nydailynews.com e www.flickr.com
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Foto retirada do site: www.Cubanology.com
Até agora, todas as imagens que foram exibidas mostram a resistência de massa dos
trabalhadores Cubanos contra o social-fascismo Cubano fora de Cuba. Mas esta e as fotos
a seguir são algumas das imagens extremamente raras de protestos anti-Castristas de
trabalhadores dentro de Cuba. Esta foto mostra alguns dos membros da rebelião de
Escambray (1959-1965). Escambray é o nome de uma formação montanhosa em Cuba,
que foi usada como sede por grupos de camponeses Cubanos que se opunham à "reforma
agrária" Castrista-Guevarista capitalista e anti-socialista que só conseguiu concentrar a
terra totalmente nas mãos da burguesia Castrista e transformar os camponeses Cubanos
em escravos impiedosamente explorados pelas novas classes dirigentes social-fascistas
que servem os interesses dos social-imperialistas Soviéticos. Depois da pseudo-revolução
burguesa de 1959, os camponeses rapidamente organizaram uma resistência armada
contra a tirania capitalista-revisionista anti-comunista de Cuba, mas sua luta foi logo
desviada, infiltrada e instrumentalizada pelos oligarcas imperialistas Americanos (que
queria, reconquistar o domínio absoluto sobre Cuba a todo o custo) e também pelos
sectores da burguesia nacional Cubana que estavam insatisfeitos com o facto de que as
facções burguesas dominantes que controlam Castro desistissem de seus planos anteriores
de curso "independente" (que lhes permitiriam explorar livremente os recursos e a força
de trabalho de Cuba sem ter que ver maior parte dos lucros ir para as mãos dos
194
imperialistas estrangeiros) em favor da subserviência neo-colonial exploradora ao social-
imperialismo Soviético. Isso aconteceu porque os camponeses Cubanos não tinham
qualquer tipo de formação Marxista-Leninista e os seus objectivos e a sua luta nunca
foram realizados sob a liderança de ferro de um partido proletário de tipo Leninista-
Estalinista (na verdade, a presença de proletários Cubanos nas fileiras dos rebeldes do
Escambray foi extremamente reduzida se não inexistente - tornando assim a liderança do
movimento pelo proletariado impossível). Todas essas deficiências finalmente levaram à
derrota da rebelião ás mãos do exército Castrista reaccionário (financiado e apoiado pelos
imperialistas Soviéticos) que não hesitaram em abater implacavelmente todos os
camponeses que participaram na revolta e em dar á rebelião Escambray o nome de
"Guerra contra os bandidos" com o objectivo de desacreditá-la e de esconder o facto de
que há trabalhadores (ou camponeses, neste caso) que organizaram uma resistência anti-
social-fascista em Cuba e que lutaram contra a ordem Castrista-Guevarista burguesa-
capitalista, revisionista, pró-imperialista, exploradora, esclavagista, repressiva e anti-
comunista desde o início. Por isso, nunca poderíamos deixar de mencionar a rebelião de
Escambray como um exemplo da revolta das massas camponesas trabalhadoras Cubanas
contra a opressão social-fascista Castrista.
Estas fotos foram tiradas e publicadas contra a vontade e sem o consentimento das
autoridades Castristas burguesas-capitalistas e anti-comunistas. Como podemos observar,
a polícia social-fascista reprime brutalmente uma manifestação dos trabalhadores. Em
Cuba, os trabalhadores estão à mercê total do totalitarismo revisionista. Os chamados
195
"sindicatos" são meros fantoches nas mãos da burguesia Castrista que oprimem as massas
trabalhadoras ainda mais. Sobre esta questão, o camarada Enver declarou que:
196
Foto retirada do site: www.therealCuba.com
197
Mas a luta de classes dos trabalhadores e camponeses Cubanos (inclusive dos jovens)
contra a exploração e opressão social-fascista de Castro não se limita á resistência
passiva. Nesta foto, podemos ver as classes trabalhadoras Cubanas bravamente lutando
contra os brutamontes social-fascistas e anti-comunistas. Como pode ser observado,
apesar de usarem bastões, os assaltantes Castristas estão tendo muitas dificuldades em
dominar os jovens trabalhadores desarmados Cubanos. Nestas condições, os bandidos
revisionistas tentam suprimir os trabalhadores de forma sangrenta. Mas eles vão ter a
resposta que merecem. Quando a Secção Cubana do Comintern (EH) tomar o poder no
país, os revisionistas Cubanos terão de enfrentar a implacável ira comunista das massas
trabalhadoras do mundo em geral, e das massas trabalhadoras Cubanas em particular.
Índice
1 - Introdução (página 1)
198
4.1 - Consequências políticas (página 84)
199