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AULÃO DE PORTUGUÊS

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Prof. André Corrêa


Prof. André Corrêa
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS

PROF. ANDRÉ CORRÊA


Prof. André Corrêa
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
REGRAS:

• Nunca começar lendo o texto;


• Sempre dividir as questões em compreensão ou
interpretação;
• Destacar a primeira oração de todos os parágrafos, além
de muita atenção no primeiro e no último;
• Quando se referir a um parágrafo, sempre o (re)ler;
• Sempre destacar números (anos, porcentagens etc.);
• Destacar os parágrafos com as afirmações dos
personagens do texto.
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COMANDOS PARA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Esses comandos baseiam-se verbos que indicam inferências, ou seja,
orientam o candidato às ideias implícitas.

Exemplos:
• Depreende-se do texto que...
• Subentende-se das ideias e informações do texto que...
• A partir das ideias do texto, infere-se que...
• O texto permite deduzir que...
• Pode-se concluir do texto que...
• A intenção do narrador é...
• Conclui-se, em relação ao texto que...
• Explica-se do texto que...
• O humor da tirinha se dá por...
• O efeito de sentido da tira/charge/quadrinho é... Prof. André Corrêa
COMANDOS PARA COMPREENSÃO DE TEXTOS
Esses comandos baseiam-se em verbos que indicam ações visuais, ou
seja, orientam o candidato às ideias explícitas. Resposta no texto.

Exemplos:
• De acordo com texto/autor...
• Segundo o _________parágrafo...
• Em conformidade com texto...
• O texto informa que...
• O narrador do texto diz que...
• Segundo o personagem...
• Com base no texto...
• No texto...
• Após a leitura do texto, podemos afirmar...
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Casamento e desigualdade
Precisamos combater a desigualdade e suas causas, diz o manual do bom cidadão
contemporâneo. Concordo que a desigualdade vem produzindo uma série de
complicações, que exigem enfrentamento, mas o mesmo não se estende
automaticamente às suas causas, que podem ser moralmente inatacáveis.
Você, leitor, é a favor dos casamentos arranjados ou prefere aqueles nos quais os
noivos escolhem livremente quem irão desposar? E quanto à posição da mulher?
Acha que elas devem se contentar em ser rainhas do lar ou pensa que devem
estudar e participar do mercado de trabalho, assegurando assim sua
independência econômica?
Se você não for um conservador anacrônico, deve ter se posicionado pelas uniões
livres e pela emancipação feminina. Pois bem, a combinação desses elementos é
causa importante de desigualdade. Nos EUA, como mostra um estudo recente, ela
respondeu por nada menos do que um terço do aumento de desigualdade
registrado entre 1967 e 2013.
Não é difícil ver como a concentração de renda ocorre. Antigamente, era baixa a
correlação entre o nível educacional e econômico dos parceiros de uma união. A
partir do pós-guerra, as mulheres foram se tornando mais presentes nas
universidades, onde, gozando de maior liberdade para definir seus
relacionamentos, passaram a namorar colegas estudantes e casar-se com eles.
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Ora, quem frequenta uma universidade tende a conquistar empregos com
melhores salários. E, quando os dois parceiros de uma união matrimonial
estão no topo, essa família se torna bem mais rica do que as outras,
vantagem essa que tende a ser transmitida para a próxima geração, na
forma de pesados investimentos educacionais e culturais nos filhos, que
conhecerão seus parceiros nas universidades de elite e repetirão o ciclo.
Temos aí um problema, mas sua solução não passa pela volta dos
casamentos arranjados.

1- De acordo com o texto, o casamento assortativo:


a) é consumado apenas por conservadores anacrônicos.
b) estimula a emancipação feminina.
c) tem por princípio a liberdade de escolha do cônjuge.
d) atribui a mulher o papel de “rainha do lar”.

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2-

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3- “Se você não for um conservador anacrônico” - terceiro
parágrafo. podemos entender como conservador anacrônico aquele
que necessariamente é:

a) fundamentalista.
b) obsoleto.
C) agressivo.
d) contemporâneo

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4-

A tirinha expressa uma crítica


(A) à falta de criatividade das crianças ao brincar.
(B) aos efeitos de uma guerra nuclear.
(C) às imposições cotidianas na vida das crianças.
(D) às brincadeiras infantis muito longas.
(E) à falta de lições de casa propostas pelas escolas.
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5- Leia o texto:

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6-

Sobre a charge acima é válido asseverar que:


a)é inequívoca crítica à rebeldia infantil.
b)exalta a liberdade de expressão conferida às crianças de modo
geral.
c)a ausência da linguagem verbal torna a charge ininteligível.
d)faz referência à tentativa forçosa de padronização de
pensamentos. Prof. André Corrêa
O poema a seguir será utilizado na resolução das questões 7 e 8.

A RUA DIFERENTE
Na minha rua estão cortando arvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.

7- Podemos definir como o tema central do poema:


a) a imutável rotina da vida.
b) a inevitável inconstância do existir.
C) o regozijo generalizado provocado pelas mudanças.
d) a impossibilidade de o novo se impor ao antigo. Prof. André Corrêa
8- Analise as considerações feitas sobre o poema.
I. Nos primeiros três versos o "eu lírico" discorre sobre mudanças físicas
pelas quais passa a rua em que mora.
II. Diante das transformações que se impõem é possível detectar o
inconformismo dos vizinhos e da filha do poeta, contrariados com o abalo de
suas rotinas.
III. Em "a vida tem dessas exigências brutas" podemos deduzir que para o
autor é possível frear as mudanças impostas pela vida, ainda que para tanto
o uso da força bruta seja imperativo.
IV. É possível inferir no poema sentimentos antagônicos em relação às
mudanças pelas quais a rua vem passando.
Representa dedução possível da leitura do texto o afirmado em:
a) apenas uma das proposições.
b) apenas duas das proposições.
c) Apenas três das proposições.
d) todas as proposições apresentadas. Prof. André Corrêa
9- Abaixo, transcrevemos alguns trechos do texto.
I. “O marido morreu, os filhos seguiram sua vida, e ela ficou num deserto sem
oásis”.
II. “Quando em certo período o destino havia aparentemente tirado de baixo de
mim todos os tapetes e perdi o prumo, o rumo, o sentido de tudo...”.
III. “Perguntou-me o jovem jornalista, e lhe respondi: aquelas que se esperaria
do melhor amigo”.
IV. “Falo daquela pessoa para quem posso telefonar, não importa onde ela
esteja nem a hora do dia ou da madrugada...”.
A autora lançou mão do recurso da linguagem figurada nos trechos
representados pelas proposições:

A)I e II, apenas.


B)I e III, apenas.
C)II e IV, apenas.
D)II, III e IV, apenas.
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10- “utopia/distopia” – os termos mencionados no primeiro
parágrafo, na ordem que aparecem, contrapõem:

a)pessimismo e otimismo.
b)fato e fantasia.
c)probabilidade e impossibilidade.
d)devaneio e opressão.

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Colocação Pronominal I e II
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Colocação Pronominal I

Refere-se à colocação dos pronomes oblíquos átonos,


aqueles que não vêm preposição antes deles (me, te,
se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), antes (Próclise), no
meio (Mesóclise) ou depois do verbo (Ênclise).

Exemplos:
• Candidatou-se à vaga de emprego. (Ênclise)
• Encontrar-te-ei na saída do cursinho. (Mesóclise)
• Luiz que me avisa dos concursos. (Próclise)

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I- Próclise (Pronome oblíquo átono antes do verbo)
Casos obrigatórios
a) Palavras de sentido negativo (não, nada, nem,
nunca, ninguém...)

Exemplos:
• Ninguém te ouvirá sobre este assunto.
• Não o apoiaremos contra os professores.
• Nunca nos dizem o problema.

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b)Advérbios, não seguidos de vírgula (já, hoje,
aqui, sempre, talvez, muito, terminados em
“mente” etc.)

Exemplos:
• Ainda se ofendem acerca de futebol.
• Raramente nos vemos no intervalo da escola.
• Sempre te ajudo nos afazeres de casa.
• Quiçá a encontre interessada em concursos.

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c)Nos pronomes:

1) Relativos (quem, que, quais, onde, qual etc.)

Exemplos:
• A bolsa que te comprei é essa.
• Ana quem nos convidou para a festa.
• A comida à qual me refiro é francesa.

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Casos facultativos de próclise
Pode-se utilizar tanto a próclise quanto a ênclise:

1) Com pronomes pessoais do caso reto (eu, tu


etc.), desde que não precedidos de palavra
atrativa.

Exemplos:
• Eu lhe empresto o lápis. (próclise)
• Eu empresto-lhe o lápis. (ênclise)

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PRÓCLISE (PRONOME OBLÍQUO ANTES DO VERBO)

PRINCIPAIS PALAVRAS:

• QUE, NÃO, TODOS OS ADVÉRBIOS, PRINCIPALMENTE TERMINADOS EM


“MENTE” (RARAMENTE, CERTAMENTE) E DE TEMPO (AGORA, HOJE, JÁ,
QUANDO, AINDA), SE, CASO, TALVEZ, NUNCA, QUEM, ONDE, ESTE, ESTA,
SEMPRE, COMO, PORQUE, EMBORA, JAMAIS, NADA, QUAL, TODA,
NENHUMA, TUDO, ALGUMA, NINGUÉM, SÓ, MUITO, NEM, TAMBÉM,
QUASE, POUCO.

EXEMPLOS:
• CERTAMENTE NOS VEREMOS AMANHÃ.
• PERDERÁS A VAGA, CASO SE ATRASE.
• NADA TE AGRADOU ONTEM. Prof. André Corrêa
II- Mesóclise (Pronome oblíquo átono no meio do
verbo)
Essa colocação pronominal é obrigatória quando
o verbo está no futuro do presente ou no futuro do
pretérito.

Exemplos:
• Far-te-ei aquele favor.
• Emprestar-nos-á os livros?
• Dar-lhe-iam uma nova oportunidade?
• Mandá-la-ei agora.
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• Observações:
1)Havendo palavra que exija próclise, essa
colocação prevalece sobre a mesóclise.

Exemplos:
• Não te entregarei as planilhas à noite.
• Certamente nos bastaria um “obrigado”.

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2) Se o verbo no futuro não iniciar a oração, a
mesóclise é opcional.

Exemplos:
• Seus irmãos lhe dariam uma viagem de presente.
• Seus irmãos dar-lhe-iam uma viagem de presente.

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III- Ênclise (Pronome oblíquo átono depois do verbo)
Casos obrigatórios
a)Quando o verbo inicia a oração. (Exceção: se o verbo que iniciar a
oração estiver do futuro do presente ou futuro de pretérito)

Exemplos:
• Encontramo-nos na sala de aula.
• Conquisto-a diariamente.

Obs.: PONTUAÇÃO INICIA NOVA ORAÇÃO.

Exemplos:
• Quero-a bem, revelo-te com prazer.
• Via-o com frequência na escola. Mudou-se para longe daqui.
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3) Verbo Principal no Particípio
Estando o verbo principal no particípio, o pronome
oblíquo átono não poderá vir depois dele.

Exemplos:
• As crianças tinham-se perdido no passeio.
• O aluno tem-se preocupado com a Matemática.
• As professoras têm-me dito os filmes para o Enem.

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Colocação Pronominal II

1- Em verbos transitivos diretos (fazem a pergunta “o


quê?” e não aceitam preposição na resposta)
terminados em r, s ou z, terão suas respostas
substituídas por lo, la, los, las. Se após retirarmos
essas consoantes restarem a, e, o deve-se acentuá-las.

Exemplos:
• Ana diz a verdade. Ana di-la.
• Ele quis o carro? Sim, qui-lo.
• Luiz irá receber os livros. Luiz irá recebê-los.
• Ela foi tratar as doenças? Sim, foi tratá-las.
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2- Em verbos transitivos diretos (fazem a pergunta
“o quê?” e não aceitam preposição na resposta)
terminados em vogal ou ditongo oral, terão suas
respostas trocadas por o, a, os, as.

Exemplos:
• Deixou o filho na sala. Deixou-o na sala.
• Aguarda as notícias? Sim, aguarda-as.
• Ele vendeu os fios. Ele vendeu-os.
• Luiz bebe o suco? Luiz bebe-o.

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3- Em verbos transitivos diretos (fazem a pergunta
“o quê?” e não aceitam preposição na resposta)
terminados em ditongos nasais (õe, õem, am, em),
terão suas respostas trocadas por no, na, nos,
nas.

Exemplos:
• Fizeram os trabalhos? Sim, fizeram-nos.
• Ele põe as luvas. Ele põe-nas.
• Perdem dinheiro? Sim, perdem-no.
• Repõem a tinta. Repõem-na.
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Observação I:
O pronome “lhe” refere-se à pessoa (NA MAIORIA DAS
VEZES), exerce função de objeto indireto, respondendo a
pergunta “a quem?”.
Exemplos:
• Perdoa aos pais. Perdoa-lhes.
• Obedecem à mãe. Obedecem-lhe.
• Responde a pessoas. Responde-lhes.

ATENÇÃO!!!
Em alguns casos, o “lhe” refere-se a coisas. Para identificá-
lo, O VERBO tem de fazer a pergunta “a que?” e a resposta
vir com a preposição “a”.
Ex.: Cabe (a que?) ao senado votar. Cabe-lhe votar.
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Observação II:
Na primeira pessoa do plural (nós) , a última sílaba perde
o “s” final quando seguida pelo pronomes átonos nos, la,
las, lo, los, porém, mesmo que o verbo faça as perguntas
“o quê? ou “quem?”, não receberá acento.

Exemplos:
• Vemo-nos na escola.
• Encontramo-nos mais tarde.
• Tiramos a roupa do varal. (Tiramo-la do varal.)
• É necessário dividirmos os assuntos. (É necessário
dividirmo-los.)

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1- Nos períodos abaixo, analise a substituição dos elementos sublinhados por
pronomes oblíquos.

I. "Para entender a história brasileira, basta seguir o caminho da escravidão" -


Para entendê-la, basta segui-lo.

lI. "Ordens religiosas possuíam escravos" - Ordens religiosas os possuíam.

III. "A Igreja foi conivente e usufruiu da escravidão que destruiu aldeias e nações
milenares na África" – A igreja foi conivente e usufruiu da escravidão que
destruiu-as.

IV. "monarquia e elite agrária, que não queria a abolição" - monarquia e elite
agrária, que não queriam-na.

Deram-se adequadamente e respeitando os preceitos da norma culta os períodos


contidos em:

a) apenas uma proposição. b) apenas duas proposições.

c) apenas três proposições. d) nenhuma das proposições apresentadas.


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2- “Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso
notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar
exibia a cada manhã a primeira página de um jornal
modestíssimo, porém jornal.
Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao
diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da redação. O
homem olhou-o, cético, e perguntou:”

O pronome oblíquo presente no excerto faz referência ao:


a) já então famoso cronista e poeta Carlos Drummond de
Andrade.
b) adolescente que oferecia seus serviços.
c) jornal modestíssimo.
d) diretor do jornal.
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3-

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4- “Mas não se preocupe”.

A próclise acima foi empregada obedecendo as prescrições da


gramática normativa da língua portuguesa. Dentre os exemplos
abaixo relacionados, assinale o único em que a ênclise foi utilizada
em desacordo com tais preceitos.

a) Fiquei observando com cautela o homem que se aproximava


apressadamente.

b) Quando se lembrar, telefone para sua irmã – ela o tem procurado


insistentemente.

c) Em se tratando de política, nada mais me surpreende.

d) Se importava muito com os amigos, mas pouco com as próprias


necessidades.
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5- “as células que as acessam não estão ativadas”.

a) artigo definido e pronome oblíquo.


b) preposição e pronome.
c) artigo definido e preposição.
d) pronome oblíquo e preposição.

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6- Analise os excertos seguintes e a maneira como foram
reescritos, à direita de cada um deles.

I. “Nós tememos as más influências” – Nós tememos-las.


II. “Em sua casa é comum comer pão pela manhã?” – Em sua
casa é comum comê-lo pela manhã?”
III. “nem considera a existência de outras possibilidades para si
mesmo” – nem as considera para si mesmo.
Assinale a alternativa em que a substituição dos temos em
destaque pelos pronomes oblíquos se deu conforme a norma
culta.

a)III, apenas.
b)II, apenas.
c)II e III, apenas.
d)I, II e III.
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7-

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Concordância Verbal
Sujeitos simples e composto

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Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com
seu sujeito, que pode ser simples ou composto. Há
também casos de concordância em que o verbo é
impessoal, ou seja, não tem sujeito.

Sujeito Simples

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo


em número e pessoa.

Exemplos:
• As jornalistas investigaram o crime famoso.
• O jovem compra revistas sobre esportes.

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Casos Particulares

1- Quando o sujeito é formado por expressão que


indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos
de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o
verbo concorda com o substantivo.

Exemplos:
• Cerca de mil pessoas participaram do evento.
• Mais de um médico recebeu aumento de salário.

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Observação:

• Quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que


exprimem reciprocidade, ou seja, é preciso no mínimo duas
pessoas para realizar a ação verbal, o plural é obrigatório:

Exemplos:
• Mais de uma aluna se ofenderam na aula de hoje.
(ofenderam uma à outra)
• Mais de um professor se abraçaram.
(abraçaram um ao outro)

Exemplos de verbos recíprocos:


• Cumprimentar-se, beijar-se, ofender-se, olhar-se, abraçar-se
etc.

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2- Quando o sujeito da oração é formado por
uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de,
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...)
seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode
ficar no singular ou no plural.

Exemplos:
• A maioria dos amigos viajou / viajaram nas férias.
• Grande parte das mães buscará/buscarão os filhos na escola.

• Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos


dos coletivos, quando especificados.

Exemplos:
• Um grupo de jovens irá / irão ao cinema.
• A turma de amigas ajuda/ajudam a ONG do bairro.
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3- Quando se trata de nomes que só existem no plural, a
concordância deve ser feita levando-se em conta a
ausência de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar
no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar
o plural.

Exemplos:
• Os Estados Unidos possuem grandes florestas.
• Alagoas conquista pela beleza.
• As Minas Gerais são ricas.
• Minas Gerais produz músicas e queijos excelentes.
• Sertões imortalizou Euclides da Cunha.
• Os Lusíadas imortalizaram Camões.
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4- Quando a expressão que indica porcentagem não estiver
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o
numeral.

Exemplos:
• 12% querem emprego formal.
• 1% apoia a reforma trabalhista.

Quando o sujeito é formado por uma expressão que


indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve
concordar com o substantivo ou com a porcentagem.

Exemplos:
• 12% do orçamento do país foi/foram para a Educação.
• 1% dos alunos faltou/faltaram ao treinamento.

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5- Quando o sujeito é o pronome relativo “quem” = ELE ou
ELA, pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular
ou em concordância com o antecedente do pronome.

Exemplos:
• Fui eu quem recebeu o presente. / Fui eu quem recebi o
presente.

• Fomos nós quem alugou a nova casa/


Fomos nós quem alugamos a nova casa.

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6- Quando o sujeito é o pronome relativo “que”, a
concordância em número e pessoa é feita com
o antecedente do pronome.

Exemplos:
• Serei eu que entregarei os presentes de Natal.
• Fomos nós que descobrimos a verdade.
• Existem pessoas que não aceitam a derrota de
maneira pacífica.

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Sujeito Composto

1- Quando o sujeito é composto e vier antes do verbo, a


concordância se faz no plural:

Exemplos:
• Pai e filho compraram presentes juntos.
• Luiz, Vanessa e Renata viajaram ao Nordeste.

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2- No caso do sujeito composto após o verbo, passa a
existir mais uma possibilidade de concordância, além de
concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo
pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito
mais próximo e ficar também no singular.

Exemplos:
• Faltaram farinha e ovos.
• Faltou farinha e ovos.
• Passou carnaval e Semana Santa.
• Passaram carnaval e Semana Santa.

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Observação:
Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a
concordância é feita obrigatoriamente no plural.

Exemplos:
• Abraçaram-se vencedor e vencido.
• Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

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3- Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
o verbo irá ficar no plural. Nesse caso, os núcleos
recebem um mesmo grau de importância e a
palavra “com” tem sentido muito próximo ao de “e”.

Exemplos:
• O pai com o filho montaram o avião.
• O governador com o prefeito traçaram os planos para
o próximo semestre.

CUIDADO!!
• A mãe, com a filha, fez a pós-graduação fora do país.

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VERBOS IMPESSOAIS (NÃO TÊM SUJEITO)

1- VERBO HAVER + PALAVRA A QUE SE REFERE NO PLURAL, ELE


SEMPRE FICARÁ NO SINGULAR.

EX.: HAVIA MUITAS CIDADES EM MINAS GERAIS.


HAVERÁ AQUI ALUNOS ESTUDIOSOS.

OBS: TAMBÉM PODE FAZER A CONCORDÂNCIA DO “HAVER” NO


SINGULAR E A PALAVRA QUE SE REFERE NO SINGULAR.

EX.: HOUVE UM ACORDO ENTRE OS AMIGOS.

CASO O VERBO “HAVER” ESTEJA JUNTO A OUTRO VERBO, ESSE


ACOMPANHANTE DEVE PERMANCER NO SINGULAR.

EX.: DEVE HAVER MUITOS CONCURSOS ESTE ANO.


PODE HAVER SOLUÇÕES CONCRETAS.
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2- Verbo “fazer” indicando tempo decorrido ou fenômeno
atmosférico, ou seja se vier referência de tempo após
ele, sempre ficará na 3ª pessoa do singular. (ele ou ela)

EX.: Fez muitas semanas.


Faz quinze anos que ele foi embora.
Na minha cidade faz muito calor.

Obs.: Caso o verbo “fazer” indicando tempo esteja


acompanhado de outro verbo antes dele (verbo auxiliar),
este último deve ficar na 3ª pessoa do singular.

EX.: Deve fazer anos.


Pode fazer três dias.
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3- Os verbos que manifestam fenômenos naturais ou da
natureza são também verbos impessoais, só podendo ser
conjugados na 3ª pessoa do singular (ele ou ela):
Alguns desses verbos: chover, chuviscar, garoar, gear,
nevar, orvalhar, relampejar, trovejar, ventar, alvorecer,
amanhecer, anoitecer, escurecer.

Exemplos:
• Choveu muitos dias neste mês.
• Neva desde as cinco da madrugada.
• Amanhece meses secos no sertão.
• No outono, venta horas seguidas.

PROF. ANDRÉ CORRÊA


4- Verbo “tratar-se” + de sempre ficará na terceira pessoa
do singular (ele ou ela).

EX.: Trata-se de perguntas importantes.


É que se trata de muitos assuntos na prova.

5- Os verbos “bastar” e “chegar” são impessoais quando


seguidos da preposição “de”, indicando que é algo é
suficiente.

EX.: Basta de passeios!


Chega de mentiras!

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OBS.: os verbos “ter” e “vir” devem ter o acento
circunflexo (diferencial) quando estiverem na
terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

Exemplos
• As visitas vêm do Amazonas.
• Eles e elas têm muitos parentes em São Paulo.
• Os livros têm capa de luxo.

Prof. André
Os verbos terminados em “ter” e “vir” recebem
acento agudo na terceira pessoa do singular e
acento circunflexo na terceira pessoa do plural,
ambos no presente do indicativo.

Exemplos:
• Ele retém memórias de infância.
• As professoras e alunas contêm conhecimento.
• O policial intervém na confusão.
• A elas convêm sempre dizer a verdade.

Prof. André
Concordância com partícula apassivadora “SE”

1- Quando a palavra “se” atua como partícula


apassivadora, transforma o objeto direto no sujeito
paciente de uma oração na voz passiva. Deverá então ser
feita a concordância com esse sujeito.

Exemplos:
• Compra-se casa. (Casa é comprada)
• Compram-se casas. (Casas são compradas)
• Abençoa-se candidato. (Candidato é abençoado)
• Abençoam-se candidatos. (Candidatos são abençoados)

PROF. ANDRÉ CORRÊA


Concordância com partícula de indeterminação do sujeito
“SE”

1- A palavra “se” é um indeterminador do sujeito, quando a


frase é formada por um objeto indireto, verbo de ligação ou
por verbos intransitivos. Havendo um sujeito indeterminado, a
concordância verbal deverá ser sempre feita com a 3.ª pessoa
do singular.

Exemplos:
• Precisa-se de advogado criminalista.
• Precisa-se de advogados criminalistas.
• Necessita-se de aluna responsável.
• Necessita-se de alunas responsáveis.
• Vive-se bem na cidade de Santos.
• Está-se contente com as novidades educacionais.
PROF. ANDRÉ CORRÊA
1- Assinale a alternativa em que a concordância verbal está
correta de acordo com a norma culta.

a)Os alimentos do gato Garfield foi sempre preparado com


cuidado.
b)Não adiantam pedir desculpas, se na verdade você comer
além do necessário.
c)Haviam muitos bolinhos de chocolate na travessa sobre a
mesa.
d)O gato Garfield, assim como todos os gatos, não consegue
controlar sua gulodice.

Prof. André Corrêa


2-

Levando em conta os princípios da norma culta, é correto afirmar, no


tocante à concordância, que:

a)apenas a PLACA 1 necessita de correção nesse quesito.


b)a PLACA 2 e a PLACA 3 foram redigidas com flagrante erro de
concordância.
c)a PLACA 3, e apenas ela, foi grafada desrespeitando os princípios da
norma culta.
d)as PLACAS 1 e 2 devem ser corrigidas no que se refere à concordância,
para que estejam em consonância com a norma culta.
Prof. André Corrêa
3- No que se refere à concordância, assinale a
alternativa que está em consonância com a norma culta
da língua.

A)Há bastantes interessados na casa, será vendida


rapidamente.
B)É necessária determinação para enfrentarmos os
obstáculos que a vida impõe.
C)Seria necessário vários bombeiros para que a remoção
dos escombros se encerrasse ainda naquela noite.
D)Tenho percebido você meia distraída nos últimos dias,
o que está acontecendo?

Prof. André Corrêa


4- Analise os períodos seguintes no que se refere à concordância.

I. Os Estados Unidos aceitou enviar um grupo de pesquisadores à


África para melhor analisar a nova variante do vírus.
II. Cerca de cem mil pessoas participou do protesto na Praça da
Paz Celestial.
III. Os candidatos tem direito a interpor recurso quando não estão
de acordo com o gabarito.
IV. Assinou a ata o presidente da Seção e os secretários que o
acompanhavam.
Está redigido em conformidade com a norma culta da língua o
período apresentado em:

a) apenas uma das proposições.


b) apenas duas proposições.
c) apenas três proposições somente.
d) nenhuma das proposições apresentadas.
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5- "Há dois meses que Iracema recebia flores, sem cartão".
Na frase acima, o verbo "haver" foi utilizado em conformidade com
a norma culta. Agora, analise o emprego do verbo "haver", nas
sentenças a seguir.

I. Nas praias de Santos, houveram muitas pessoas presentes na


queima de fogos em comemoração ao Ano Novo.
II. Elas haviam chegado cedo, para que pudessem assistir ao
espetáculo o mais confortavelmente possível.
III. Felizmente, os festejos correram bem e não houve incidentes
graves.
Podemos afirmar que o verbo "haver" também foi empregado
corretamente em:

A)I e II, apenas .


B)I e III, apenas.
C)II e III , apenas.
D)I, II e III.
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6- Assinale a alternativa em que a concordância não se
realizou em consonância com a norma culta da língua
portuguesa.

a)O trabalho, assim como a confiança, fez dela uma mulher


forte.
b)Fui eu quem resolveu sair da empresa.
c)Os Estados Unidos possuem uma taxa de desemprego
muito baixa.
d)A maioria dos deputados votaram a favor de leis que
protegem os trabalhadores.

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7- Dentre os excertos a seguir, o único em que a flexão do
trecho sublinhado para o plural não acarretará consequente
flexão do verbo é o presente em qual alternativa?

a)Ela ainda provoca maior fragilidade.


b)A dica também vale para adultos.
c)Para a pessoa que tem a coordenação motora muito
prejudicada.
d)Cuidador para garantir a higiene correta dos dentes.

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CRASE

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CRASE
É a fusão (junção) da preposição “a” exigida pela
regência do verbo ou do nome mais o artigo definido “a”.
A crase é indicada pelo acento grave (`).
Básico para que ela ocorra:

O termo antes do substantivo feminino deve fazer a(s)


pergunta(s) “a quê?” e/ou “a quem?”

Exemplos:
Refiro-me à aula. (a quê?)
Ele fez referência à tia. (a quem?)
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Casos de uso obrigatório

- Diante de substantivos femininos:

Exemplos:
• Nós iremos à premiação do Nobel.
• Sou grato à justiça Divina.
• Fumar é prejudicial à humanidade.

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Observação:
• Mesmo que o substantivo seja feminino, é preciso
observar essa tabela, para que ocorra a crase. Essa
regra serve também para os pronomes de tratamento
“dona”, “madame”, “senhora” e “senhorita”.

Exemplos:
• Dirijo-me à aluna. (singular + singular OK)
• Referiu-se à senhora. (singular + singular OK)
• É favorável a regras. (singular + plural NUNCA)
• Fez referência às escolas. (plural + plural OK)
• É fiel às madames. (plural + plural OK)

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- Diante das palavras "moda” e “maneira”, com
sentido de “à moda de” ou “à maneira de” (mesmo
que as duas expressões estejam subentendidas):

Exemplos:
• O jogador fez um gol à (maneira de) Pelé.
• Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
• Pintou um quadro à (maneira de) Picasso.

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- Na indicação de horas exatas:

Exemplos:
• Ele saiu às nove horas da manhã.
• As meninas saíram às 18h35min.
• Voltaram da farra à meia-noite.
• Ficou conectada ao cursinho das 19h às 23h.

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- Nas locuções adverbiais, conjuntivas e prepositivas
quando a palavra principal for feminina.

Exemplos:
Locuções adverbiais: à noite, à tardinha, à força, à beira
de, às margens de, à beça etc.
• Resolveram tudo às escondidas.
Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.
• Aline aprenderá o conteúdo à medida que o estude mais.
Locuções prepositivas: à custa de, à frente de, à espera
de, à exceção de etc.
• Estou à procura de ajuda. Está à espera de um milagre.
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- Antes dos pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s), aquilo, se o termo antes deles fizer
a(s) pergunta(s) “a quê?” e/ou “a quem?”

Exemplos:
• Iremos àquele casamento.
• Dirigiu-se àquela professora.
• Refiro-me àquilo que vi na série.
• Está apto àquela vaga de emprego.

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- Antes dos pronomes relativos a qual ou as quais,
quando o verbo que estiver após esses pronomes
relativos exigir preposição “a”, usaremos a crase.

Exemplos:
• A cidade à qual iremos é na Europa.
• São leis às quais as alunas devem se adaptar.
• Aquela é a resposta à qual Maria chegou.

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Casos em que não ocorre crase

- Diante de substantivos masculinos:

Exemplos:
• Andamos a cavalo.
• Iremos a pé.
• Passou a calça a contragosto.
• Fez o desenho a giz.
• Compramos os móveis a prazo.
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- Diante de verbos:

Exemplos:
• Sou favorável a se arrepender do ocorrido.
• Ela não se refere a dizer isso.
• Estou disposto a ajudar.
• É referente a observarem as plantas.

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- Diante da maioria dos pronomes e das expressões
de tratamento, com exceção das formas senhora,
senhorita, dona e madame:

Exemplos:
• Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
• Entreguei a todas os documentos válidos.
• Ele fez referência a Vossa Excelência ontem.
• A igreja a que me dirijo é no centro.
• Aonde você pretende ir a essa hora?
• Agradeci a ele, a quem tudo devo.

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- Diante de numerais (exceto horas exatas)

Exemplos:
• Chegou a duzentos o número de feridos.
• Daqui a uma semana começa o campeonato.
• Irei após as 20h.
• Chego a partir das dez.

- Diante de artigos indefinidos:

Exemplos:
• Refiro-me a uma professora qualquer.
• Sou favorável a uma cidade.

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- Não ocorre entre palavras repetidas, entre
números, entre dias da semana nem entre
meses do ano, se antes do “a” vier
preposições (exceção de “até”).

Exemplos:
• Ficaram frente a frente, depois lado a lado.
• O mestrado foi de 2017 a 2020.
• Estuda de segunda a sexta.
• O curso foi de janeiro a julho.
• Eliana estuda durante a tarde.
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Observação:
- É possível a construção com crase, se houver a
determinação desses dias:

Exemplos:
• Viajará da próxima segunda à próxima sexta.
• Estudou da segunda passada à sexta passada.

Também se o substantivo feminino após o segundo


número após estiver implícito:

Exemplo:
• Consulte o livro da página 20 à (página) 22.

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Casos especiais da crase
- Diante de cidades:
• Se a cidade não vier com adjetivo ou
locução adjetiva, não haverá crase.

Exemplos:
• Vou a Campo Grande.
• Chego a Manaus.

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• Observação:
• Se a cidade vier adjetivada ou acompanhada
de locução adjetiva, o sinal indicativo de
crase é obrigatório.

Exemplos:
• Vou à Lisboa de Saramago.
• Irei à Porto Velho antiga.

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- Diante de estados e países:
• Se o nome do lugar for feminino, o uso do
acento grave é obrigatório. Caso seja masculino
e acompanhado de adjetivo ou de locução
adjetiva, o uso dele também é obrigatório.

Exemplos:
• Vou à França.
• Irei à Bahia.
• Irei a Portugal.
• Irei à Portugal de Camões.
• Vou à São Paulo imparável.
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- A crase e a palavra distância
• Se a palavra “distância” estiver especificada, determinada,
a crase deve ocorrer.

Exemplos:
• Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui.
• Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco.

• Se a palavra “distância” não estiver especificada, a


crase não pode ocorrer.

Exemplos:
• Os policiais ficaram a distância.
• Gostava de fotografar a distância.
• Ensinou a distância.
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- Não se acentua o (a) antes de “casa” quando esta
tiver o sentido de "lar, domicílio, morada", portanto,
a sua própria casa não “merece” artigo definido.
Se você vem de casa ou se você ficou em casa, só
pode ser a sua própria casa:

Exemplos:
• Chegou tarde a casa (lar).
• Chegavam a casa (lar) sempre à tardinha.
• De volta a casa (lar) fui recebido pela minha mãe.

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• Se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou
locução adjetiva (termo modificador), use a crase:

Exemplos:
• Chegou cedo à casa da Maria.
• Fiz uma visita à casa de meus avós.
• Fui à casa de meu irmão.

• Acentua-se qualquer outra casa quando esta tiver o


sentido de prédio, edifício, estabelecimento comercial
ou hospitalar, dinastia, ou quando se refere a qualquer
instituição ou sociedade, enfim quando casa não
significa lar, domicílio:

Exemplo:
• O presidente americano regressou à Casa Branca.
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- Não se acentua o (a) antes de “terra” quando
designa "terra firme":
Exemplos:
• Logo que o navio aportou, os marinheiros descerram a
terra. (firme)
• Está muito quente a bordo: vamos a terra. (firme)

- Qualquer outra (terra), inclusive o planeta Terra,


recebe o artigo definido.
Exemplos:
• Vou à terra dos meus avós.
• Cheguei à terra natal.
• Ele retornou à Terra.
• Voltou à terra dos Ianomâmis.
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RESUMO DE QUANDO NÃO OCORRE CRASE:

ANTES DE:

• VERBOS, UMA (SEM SER HORA), QUALQUER,


TODA, CADA, CERTA, NENHUMA, VOCÊ, ELA,
ALGUMA, NINGUÉM, QUE, QUEM, ESSA, ESTA,
DEMAIS PRONOMES INDEFINIDOS, PESSOAIS DOS
CASOS RETO E OBLÍQUO, DE TRATAMENTO
(EXCEÇÕES: DONA, MADAME, SENHORA E
SENHORITA), SUBSTANTIVOS MASCULINOS,
NÚMEROS (EXCEÇÃO: HORAS EXATAS), NOME DE
CIDADES.
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Casos em que a ocorrência da crase
é facultativa

- Diante de nomes próprios femininos:

Exemplos:
• Entreguei o livro a Paula ou entreguei o
livro à Paula.
• Sou favorável a Ana ou sou favorável à Ana.
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- Diante de pronome possessivo feminino:

Exemplos:
• Cedi o lugar a minha mãe ou cedi o
lugar à minha mãe.
• Refiro-me a nossa avó ou refiro-me à nossa
avó.
• Dirijo-me a sua empresa ou dirijo-me à sua
empresa.

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- Depois da preposição até:

Exemplos:
• Irei até a saída ou irei até à saída.
•O show vai até a noite ou
o show vai até à noite.

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CUIDADO!!!

Pode ocorrer de o substantivo feminino vir


implícito antes de “preposição” e “que”. Leia
com bastante atenção toda a oração antes
desses termos.

Exemplos:
• As imagens são iguais às (imagens) de
antes.
• Aquela rua é paralela à (rua) que vai dar na
casa.
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1- As frases abaixo são transcrições livres do texto. De
acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e
quanto ao uso da crase, assinale a alternativa correta.

A)Libertar a alma para sonhar equivale à fazer uma faxina


mental.
B)Fechando porta à porta, acabaremos encerrando à
porta dos anjos.
C)Se te ofertar à uma nova oportunidade, tuas esperanças
se remoçarão.
D)O sofrimento e o choro são um incentivo à maturidade.

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2- “Houve ainda quem dissesse que ___I___ crianças
lembravam pequenas tartarugas e quem tentasse
imaginar como seria uma versão para quando elas
chegassem __II___ faculdade”.

a) I – as, II – na.
b) I – às, II – à.
c) I – às, II – a.
d) I – as, II – à.

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3- Assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, a frase abaixo.
A escola fica ___ esquerda do posto de saúde, ___
faculdade não; fica ___ quarenta metros depois.

A)à – a – a
B)à – a – à
C)a – à – à
D)à – à – à

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4- O recomendado, em meio _______ pandemia que
vivemos, era levar segurança sobretudo _______ que eram
mais vulneráveis e, assim, resistir _______ possíveis efeitos
negativos.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e
quanto ao uso da crase, assinale a alternativa que
preenche correta e respectivamente as lacunas.

A)a / aqueles / à
B)à / àqueles / a
C)à / aqueles / a
D)a / àqueles / à

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5- Assinale a alternativa em que o “a” destacado deva ser
acentuado com o sinal indicativo de crase.

A)O povo observava o trabalho dos bombeiros, “a”


distância.
B)Avistei-os “a” longa distância.
C)O rival estava “a” boa distância do casal.
D)Tudo aconteceu “a” distância de dois quilômetros do
centro.

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6- Observe o uso da crase nas frases abaixo.

I- Sempre vale à pena ter um objetivo.


II- Todos se sentiram à vontade na reunião.
III- A melhor maneira de se conversar é frente à frente.
IV- Obedeça às regras para conseguir um bom desempenho.

O uso da crase:
A)está correto apenas no item I.
B)está correto apenas nos itens II e IV.
C)está incorreto apenas nos itens I, II e III.
D)está incorreto apenas nos itens II e III.
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7- Marque a alternativa que complete corretamente os
espaços em branco:
Fico atento___ antiga Belo Horizonte.
Irei_____ manifestação.
Ele ficou frente___ frente com a vítima.

a) à; aquela; a.
b) à; àquela; a.
c) a; àquela; à.
d) à; àquela; à.

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REGÊNCIA VERBAL

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Verbo Intransitivo

• É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem


necessitar, portanto, de um outro termo para completar o
seu sentido. Sua ação não transita.
Exemplo:
• O aluno viajou.

• O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado


completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras
informações, como:
• companhia: O aluno viajou com os amigos.
• modo: O aluno viajou às escondidas.
• tempo: O aluno viajou cedo. Prof. André Corrêa
Verbo Transitivo

• É o verbo que vem acompanhado por complemento:


quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a
alguém. O sentido desse verbo transita, isto é,
segue adiante, integrando-se aos complementos,
para adquirir sentido completo.

Exemplos:
• O aluno recebeu o certificado.
o quê?
• Luíza concorda com sua opinião.
com quê?

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Verbo Transitivo Direto

• É o verbo que vem acompanhado por complemento:


quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a
alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue
adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir
sentido completo. Indicam o quê ou quem.

Exemplo:
Ela derrubou...

• O quê? – Ela derrubou a xícara com café.


• Quem? – Ela derrubou o pedestre distraído.

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Verbo Transitivo Indireto
• É quando o complemento vem ligado ao verbo
indiretamente, com preposição obrigatória. Indicam de quê,
para quê, de quem, para quem, em quem etc.

Exemplos:
Eu necessito…
• De quê? – Eu necessito de canetas de tinta preta.
• De quem? – Eu necessito de minha irmã perto de mim.

Ele confiou…
• Em quê? – Ele confiou em gramáticas de concurso.
• Em quem? – Ele confiou em seu primo.

Obs.: O pronome “lhe” sempre será objeto indireto.


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Verbo Transitivo Direto e Indireto
•É quando a ação contida no verbo transita para o
complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.
Indicam o quê ou quem, bem como de quê, para quê, de
quem, para quem, em quem,...

Exemplos:
Eu emprestei…

• O quê? – Eu emprestei o carro.


• A quem? – Eu emprestei o car ro à sogra.
o quê? a quem?
Eu informei…

• O quê? – Eu informei o problema.


• A quem? – Eu informei o problema ao diretor da escola.
o quê? a quem?
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REGÊNCIA VERBAL

• A regência verbal estuda a relação que se


estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos)
ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

Exemplos:
• Ana agrada o pai. (no sentido de “fazer carinho”).
• Ana agrada ao filho. (no sentido de "causar agrado ou
prazer", “satisfazer”).
• Chegou a São Vicente. (verbo com adjunto adverbial
de lugar).
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Principais verbos
a) Chegar, Ir
• Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de
lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.

Exemplos:
• Ela irá ao museu.
• Régis vai para Campinas.
• Cheguei a Belo Horizonte.

Obs: Reserva-se o uso de "em" para indicação


de tempo ou meio.

• Nós chegamos em dezembro a Miami.


• Eles chegaram no avião da GOL.

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b)Obedecer e Desobedecer: Possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a".

Exemplos:
• Os filhos devem obedecer aos pais e às tias.
• Elas desobedeceram às regras da escola.

c)Responder: Tem complemento iniciado pela preposição "a".


Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem”, “a
que” e “por que” ou “por quem” se responde.

Exemplos:
• Maria Respondeu ao seu filho. Respondeu-lhe.
• Nós respondemos às perguntas. Respondemos a elas.
• O condenado responderá por seus crimes na prisão.

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d)Agradecer, Perdoar e Pagar: São verbos que
apresentam o. direto relacionado a coisas e o.
indireto relacionado a pessoas, ou seja, exige a
preposição “a” na resposta.

Exemplos:
• Eu agradeci às mães a presença na reunião.
• Alice precisa perdoar o erro no relatório.
• Paguei ao vendedor a televisão 8k.
• Paulo paga o aluguel do carro semanalmente.
• Agradeço à professora o livro emprestado.

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e)Preferir: Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
indireto introduzido pela preposição "a".

Exemplos:
• Prefiro doces a salgados.
• Preferi os doces aos salgados.
• Preferiu campo a praia.
• Preferiu o campo à praia.

f)Simpatizar e Antipatizar: Possuem seus complementos


introduzidos pela preposição “com”.

Exemplos:
• Ela antipatizou com aquela aluna respondona.
• Eu simpatizo com a ficção de Isabel Allende.
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g)Esquecer e lembrar: São transitivos diretos.

Exemplos:
• Eu esqueço o caderno de desenho todas as aulas.
• Ada lembra as datas dos aniversários dos irmãos.

h)Esquecer-se e Lembrar-se: Têm pronome e


preposição, são transitivos indiretos. Exigem a
preposição “de”.

Exemplos:
• Eu lembrei-me do filme de terror ontem.
• Ela se esquece de revisar as dicas de redação.
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i) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, auxiliar.

Exemplos:
• A professora assistiu a aluna na resolução dos problemas matemáticos.
• As enfermeiras assistiram o paciente na doação de sangue.

Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, pertencer, exigindo


a preposição “a”.

Exemplos:
• Assistimos ao filme de romance, depois assistimos à série de terror.
• A Justiça decretou que a filha assiste à mãe.

Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" virá acompanhado de


adjunto adverbial de lugar e a preposição "em".

Exemplo:
• Eles assistem em Paris. Já assistiram em Brasília.
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j) Aspirar
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inalar,
respirar.

Exemplos:
• Elias aspirava a poeira dos móveis quando fazia faxina.
• Ela aspirou o ar poluído da indústria vizinha.

Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como


ambição. Exige a preposição “a”.

Exemplos:
• Nós aspirávamos a férias de seis meses remuneradas.
• As candidatas aspiram ao cargo de professora efetiva.

Obs.: Não aceita “lhe” na resposta.


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k) Implicar: Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
1) Dar a entender, pressupor; também ter como consequência,
acarretar, provocar.

Exemplos:
• A sua determinação implicava resultados excelentes.
• Avançar sinal vermelho implica multa.

2) No sentido de “envolver-se”, exige a preposição “em”.

Exemplo:
• O aluno implica-se em brigas na escola diariamente.

Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo


indireto e rege com preposição "com".
Exemplo:
• O diretor implicava com o professor faltoso.
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l)Visar
1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer
pontaria e de pôr visto, rubricar.

Exemplos:
• O funcionário não quer visar a ata da reunião.
• O policial visou o sequestrador.

2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como


objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a".

Exemplos:
• O professor sempre visa ao melhor método de ensino.
• As alunas visam à aprovação no vestibular da USP.

Obs.: Não aceita “lhe” na resposta.


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1- Analise as frases seguintes.
I. Pagou à conta de luz que havia vencido uma semana
antes.
ll. O rapaz pagou à amiga uma antiga dívida.
lll. Chegou à cidade bastante cansado - a viagem havia
sido longa.
Observamos que a regência verbal não respeitou a
gramática normativa em:

A)l, apenas.
B)l e lll, apenas.
C)ll e lll, apenas.
D) A regência verbal está correta em l, ll e lll.
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2- "... não querem ser obrigadas a ‘sofrer em silêncio”’.
A regência do verbo sublinhado repete-se naquele
enfatizado em qual alternativa?

A)"Vale a pena, caro leitor, pensar a respeito”.


B)"atender às regras a eles impostas".
C)"aceitarem as justificativas mais esfarrapadas”,
D)“cabe discutir, à luz do conhecimento’’.

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3- O trecho abaixo será utilizado na resolução da questão.

“Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que


é processado sob fumaça que produz alcatrão"
Apresenta a mesma regência do verbo sublinhado no excerto,
o presente em qual alternativa?

A)“Quem faz a advertência, de maneira estudada e formal"


B)"... divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à
saúde".
C)“... pesquisas que refutassem as autoridades mundiais do
setor".
D)"... as grandes indústrias do setor foram ao contra-ataque".
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4- “Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem-
sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do
lucro fosse ser distribuído à sociedade"

Observe as sentenças seguintes.


I. Precisamos assistir esse espetáculo, dizem que é maravilhoso!
II. Desde muito jovem habituou-se a assistir os mais necessitados,
fornecendo remédios e mantimentos.
III. Não assistimos o jogo porque seria televisionado muito tarde da
noite e precisávamos acordar cedo no dia seguinte.
O uso do verbo assistir deu-se em consonância com a norma
padrão, tal qual no trecho posto para análise, na(s) sentença(s)
presente(s) em:

A)II, apenas.
B)I e II, apenas.
C)II e III, apenas.
D)I. II e III.
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5- No trecho "Um estudo que analisou dados de centenas de
cidades brasileiras (...)", o verbo grifado apresenta a mesma
regência que se verifica no verbo grifado de qual alternativa,
retirada também do texto?

A)"(...) sugere que o aumento de 1 grau Celsius na


temperatura média pode (...)"
B)"(...) os problemas renais podem acontecer por causa da
desidratação (...)"
C)"Embora o estudo seja de associação (...)"
D)"Os que mais sofrem com a subida do calor são as mulheres
(...)"

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6-

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7-

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8- “até chegarmos a um determinado destino”.
A regência do verbo enfatizado, no contexto, é a mesma
daquele destacado no excerto de qual alternativa?

A)"impede que diferenciemos a cadência da sucessão dos


minutos".
B)"distorceram a percepção de tempo".
C)"o que faz a conjunção entre nossa percepção de tempo e
nossas emoções?".
D)"medo nos expõe às altas velocidades".

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CONJUNÇÕES

PROF. ANDRÉ CORRÊA


Prof. André Corrêa
CONJUNÇÕES

• As conjunções são palavras invariáveis que servem


para conectar orações, estabelecendo entre elas uma
relação de dependência ou de simples coordenação.

Exemplos:
• Ela estuda muito, porém não passa nos concursos.
• Luiz é polivalente, por isso nunca lhe falta emprego.
• Como jogou futebol na chuva, está gripado.
• Ainda que fosse o melhor time, não ficou em primeiro
lugar.
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Conjunções Coordenativas

• Coordenam orações, sem que entre elas se estabeleça


uma relação de dependência sintática ou semântica.

Exemplos:
• Maria vendeu o carro e comprou uma moto.
• Adiante o serviço, pois o chefe quer pronto até a noite.
• Eles brigaram na escola, serão, pois, punidos.
• Está triste, porque perdeu o voo.

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a) Aditivas
• Exprimem uma relação de adição, de soma em relação
à oração anterior.
• Principais: e, nem, mas também, não só... mas
também, não apenas... mas sim, como também etc.

Exemplos:
• Maria chorava e gritava com raiva da situação.
• Paulo não quer ir ao sítio nem ficar em casa.

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b) Adversativas
• Exprimem uma relação de contraste, de oposição,
contraposição em relação à oração anterior,
contrariedade à lógica dos fatos, ressalva, restrição.
Principais: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no
entanto, não obstante, nada obstante etc. (senão no
sentido de “a não ser”)

Exemplos:
• Era o melhor aluno, porém tirou zero na prova final.
• Ela não se esforçou muito, todavia obteve um ótimo
resultado.
• Todos os irmãos, senão o caçula, foram ao jogo.

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Observação:
• Em algumas orações, as conjunções “e” e “mas”
trocam de classificação.

Exemplos:
• No dia de sua formatura, Laís visitou o Museu do
Ipiranga, mas foi à Pinacoteca.
• Vou sempre a festas, e não gosto de barulho.

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c) Conclusivas
Exprimem uma ideia de conclusão em relação à oração
anterior.
Principais: logo, pois (com verbo antes dele e entre
vírgulas), portanto, por conseguinte, por isso, assim,
dessa forma, então etc.

Exemplos:
• Acertou todas as questões, receberá, pois, nota
máxima.
• Ele possui muita experiência, logo não ficará
desempregado.

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d) Explicativas
• Exprimem ideia de explicação em relação à oração
anterior.
Principais: pois (antes do verbo e não entre vírgulas),
que, porque, porquanto etc.

Exemplos:
• Dormiu cedo, pois terá prova pela manhã.
• Atualize o caderno, que a professora o pedirá sexta-
feira.

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Conjunções Subordinativas

• Ligam orações dependentes sintática e


semanticamente a uma oração cujo sentido é
incompleto.

Exemplos:
• Quando ela chegou, começou o aniversário.
• Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.
• Embora esteja chovendo, ela não levou o guarda-
chuva.

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a) Causais: introduzem uma oração que é causa da
ocorrência da oração principal.
Principais: porque, como (= por que, no início da frase),
visto que, uma vez que, porquanto, já que, na medida em
que, por (no sentido de “por causa de”), devido a, em
virtude de, dado que, por efeito de, em razão de etc. (em
vista de)

Exemplos:
• Como não quer sair, desistiu de ir ao cinema.
• Ficou alegre porque foi chamada no concurso.
• Está preocupado já que esqueceu o conteúdo da prova.

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b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir
sua realização.
Principais: embora, ainda que, apesar de que, mesmo
que, por mais que, posto que, conquanto, se bem que
etc. (a despeito de)

Exemplos:
• Embora ele não se esforce, Ana sempre é aprovada
em concursos.
• Ana sempre se saía bem nos seminários, mesmo que
ficasse nervosa.

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c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
Principais: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser
que, desde que, a menos que, sem que etc.

Exemplos:
• Caso você precise de mais informações, ligue para a
central.
• Assinarei o acordo, contanto que todos concordem
com as minhas exigências.

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d) Comparativas: introduzem uma oração que expressa
ideia de comparação com referência à oração principal.
Principais: como, assim como, tal como, (tão)... como,
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal
qual, que (combinado com menos ou mais) etc.

Exemplos:
• O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
• Ele é preguiçoso tanto como o irmão.
• A banca da Prefeitura de São Paulo é complicada assim
como a do Estado de Minas Gerais.

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e) Finais: introduzem uma oração que expressa a
finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
Principais: para, para que, a fim de que, a fim de, que
etc., no intuito de.

Exemplos:
• Toque o sinal para que todos entrem na sala.
• Saiu cedo a fim de que não se atrasasse para a
entrevista.
• Obedeça aos seus pais para sair do castigo.
• Vamos torcer, que o tempo melhore.

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f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa
um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
principal.
Principais: à medida que, ao passo que, à proporção
que, as combinações quanto mais... (mais), quanto
mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos...
(menos) etc.

Exemplos:
• Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
• À proporção que estudava Português, acertava mais
questões da matéria.
• A estudante trabalhou muito, ao passo que seus
colegas não fizeram quase nada.
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g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
principal.
Principais: quando, enquanto, antes que, depois que,
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que,
assim que, agora que, mal (= assim que) etc.

Exemplos:
• Enquanto a mãe trabalhava, o filho dormia.
• A vida ficou mais alegre depois que a COVID diminuiu.
• Mal chegou a sua casa, o médico já teve de sair.

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1- "... o uniforme dessa escola pede bermudas, mas as garotas
querem usar shortinhos, pois não querem ser obrigadas a
‘sofrer em silêncio com o calor do verão’".
Os elementos sublinhados, no contexto em que estão inseridos
e na ordem em que aparecem, sinalizam, respectivamente:

a) restrição e causa.
b) adição e conclusão.
c) oposição e explicação.
d) oposição e conclusão.

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2-

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3-

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4- Tendo os quadrinhos por parâmetro, analise as três afirmações a
seguir.
I."Não posso ser uma mulher como nossas mães" - o termo sublinhado
confere à oração apresentada valor circunstancial de causa.
lI."Portanto, não vou cair na mediocridade" - o elemento sublinhado
introduz, no contexto, conclusão.
IlI."Quando eu crescer”- morfologicamente o vocábulo destacado
classifica-se como adjetivo.
Está correto o afirmado em:
a) lI, apenas.
b) IlI, apenas.
c) I e IlI, apenas.
d) I, lI e IlI. Prof. André Corrêa
5-

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6- No segundo parágrafo do texto “Diante disso, como já se
defendeu diversas vezes neste espaço, a reabertura das escolas
deve ser uma prioridade de estados e municípios – algo que vem
ocorrendo, é verdade, embora de forma mais tímida e paulatina que
o desejável.”, as conjunções destacadas estabelecem, correta e
respectivamente, relações de sentido de

(A) comparação e finalidade.


(B) proporção e consequência.
(C) consequência e oposição.
(D) conformidade e concessão.

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7- Leia os trechos a seguir.
I. "O mercado de barcos de luxo chega com atraso ao debate;
ll. "pesquisas e testes para viabilizar tecnologias;
Os elementos sublinhados, no contexto em que estão inseridos
denotam, respectivamente;

a) l- modo; ll- finalidade.


b) l- instrumento; ll- direção.
c) l- causa; ll- explicação.
d) I- finalidade; ll-consequência.

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8- “E ela logo se deparou com os obstáculos enfrentados por muitas
outras mulheres”
O termo grifado exerce a mesma função gramatical da sentença
apresentada em qual alternativa?

a)A influência paterna foi importante para Norwood, logo a influência


dos pais é importante para o futuro profissional dos filhos.
b) Existem muitas mulheres capazes de fazer um trabalho excelente,
logo o preconceito contra mulheres não tem respaldo científico.
c) É preciso que as leis de igualdade entre gêneros sejam aprovadas
logo.
d) Norwood é uma grande cientista, logo deve ser respeitada.

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