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Asset Allocation e
Behavioral Finance
Asset Allocation e Behavioral Finance
2) Risco e Retorno 6
a) Definição 6
b) Coeficiente de variação 6
c) Conversão 7
1
c) Retorno esperado da carteira 33
d) Arbitrage Pricing Theory (APT) 34
4) Outros Riscos 38
a) Risco Operacional 38
b) Risco de Liquidez 39
c) Risco de crédito 39
2) Volatilidade 41
3) Classes de ativos 41
4) Alocação de Carteira 42
a) Stock Picking 42
b) Market Timing 42
c) Consolidando 43
2
5) Ativos de Renda Fixa 43
a) Relação entre Selic, CDI e ativos indexados ao CDI 43
b) Ativos indexados ao IPCA 45
c) Ativos atrelados ao IGP-M 46
2) Estudo de caso 56
a) Caso: 56
b) Raio-x do investidor: 56
c) Preocupações: 56
d) Diagnóstico da Estrutura Patrimonial 56
e) Soluções Propostas 57
f) Proposta final da Estrutura Patrimonial 58
3
g) Anexo 60
3) Vieses 64
a) Vieses Cognitivos 64
b) Vieses Emocionais 64
4) Vieses Cognitivos 65
a) Conservadorismo 65
b) Confirmação 65
c) Ilusão de Controle 65
d) Retrospectiva 66
e) Representatividade 66
f) Ancoragem 68
g) Enquadramento (Efeito Framing) 69
5) Vieses Emocionais 69
a) Aversão à perda 69
b) Excesso de confiança 70
c) Autocontrole 71
d) Status Quo 71
e) Arrependimento 72
f) Teoria da Perspectiva 72
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Módulo 1 - Teoria das Carteiras
1) Cálculo do Retorno de um Ativo
P → Preço
Para ser consolidado requer a multiplicação dos fatores
( 1 + 1 ) ( 1 + 12 ) ( 1 + m ) -1 = retomo período
2- R.Linear
𝑃1
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑜 = 𝑙𝑛 𝑃0
Quando for analisado vários períodos de uma vez, como a variação diária entre N anos, a
soma dos Retornos Contínuos Diários será mais próximo a verdadeira variação total que a
soma do Retorno Linear. Sendo que o R. Contínuo tem a soma igual ao retorno total pela
fórmula logarítmica.
5
2) Risco e Retorno
a) Definição:
1- Como medir?
Σ 𝑥𝑖
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎 = Ẋ = 𝑋𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑛
2
Σ (𝑥𝑖−𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎)
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 𝑆 = σ = 𝑛−1
b) Coeficiente de variação
Indica quanto será a variação (risco) para cada unidade de retorno. Quanto menor for o CV,
melhor, pois é um sinal de que o risco será menor em relação ao retorno.
6
c) Conversão
1- Conversão de Retorno ao dia e retorno ao ano:
252
𝑟𝑎𝑎 = [(1 + 𝑟𝑎𝑑𝑢) − 1] * 100
VF = 102,19
Usando o desvio padrão do fundo, que é de 0,27% ao mês, podemos, inicialmente, estimar
o valor máximo esperado. Para tanto, somamos o desvio padrão à média:
7
Média + desvpad = 2,19% + 0,27% = 2,46%
Valor Máximo esperado = 100 x (1+2,46%) = R$ 102,46
Também a partir do desvio padrão podemos estimar o valor mínimo esperado, subtraindo
o desvio padrão da média:
Sabendo que a média dos retornos é de 2,9% ao mês e o desvio padrão é de 4,64% ao
mês, temos:
8
c) Distribuição normal dos retornos
Quando temos um conjunto maior de dados do que o apresentado nos exemplos anteriores,
podemos estimar o risco de um investimento com maior precisão.
Observe a tabela a seguir. Ela contém dados coletados do Ibovespa ao longo de um ano
(244 dias de pregão):
9
Delimitamos, em seguida, uma área sob a curva normal que terá como limites superior e
inferior a distância de um desvio padrão em relação à média:
Essa região que compreende a área sob a curva de um desvio padrão para mais e para
menos em relação à média equivale a, aproximadamente, 68% dos pregões.
10
esquerda. Essa região é equivalente a 90% dos pregões.
Portanto, supondo que os dados futuros repitam os dados passados, seria de se esperar
que os limites superior e inferior da região indicassem a faixa na qual os retornos do
Ibovespa estarão na grande maioria dos dias.
11
𝑀é𝑑𝑖𝑎 ± (1 𝑥 σ) = 68%
𝑀é𝑑𝑖𝑎 ± (3 𝑥 σ) = 99, 7%
a) Correlação
Suponhamos o investimento em um título de renda fixa que tenha risco (medido pelo desvio
padrão) de 3% e um retorno ao ano de 7%. Consideremos ainda uma ação cujo risco seja
de 25% e o retorno anual de 12%.
A partir dessa linha intuitiva, seria natural supor que, quanto maior for o risco global da
carteira, maior também será seu retorno. Porém, a observação do que acontece com as
carteiras na prática mostra que há alguns problemas com essa visão.
12
Suponha, por exemplo, que o investidor aplique recursos em um título de renda fixa que
remunere a taxa Selic. Uma vez que o governo determine certas políticas econômicas e o
Banco Central decida incentivar a economia reduzindo as taxas de juros, haverá impacto
negativo na rentabilidade dos títulos de renda fixa. Em contrapartida, os retornos de
algumas ações terão impacto positivo, já que os estímulos à economia podem incentivar o
consumo, favorecendo diversas empresas.
Esse exemplo demonstra que a relação entre o risco e o retorno, se montarmos uma
carteira de ativos, nem sempre será linear. Em alguns momentos, o investidor será
beneficiado pelo retorno maior de certo tipo de ativos, mas poderá ocorrer queda na
rentabilidade de outros.
É medida de 1 a -1
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Gráfico de dois ativos (A e B) com uma correlação igual a 1,0.
1- Cálculo:
𝐶𝑜𝑣(𝑎,𝑏)
𝐶𝑜𝑟𝑟(𝑅𝑎, 𝑅𝑏) = ρ𝑎𝑏 = σ𝑎×σ𝑏
No excel → =CORREL
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Cov (Ra, Rb) = Covariância entre o retorno do ativo A e o retorno do ativo B
𝑅𝐴𝑖 = Retorno do ativo A em determinado período
n = número de períodos
A partir do cálculo da correlação entre ações, podemos montar carteiras com ativos que
apresentem baixa correlação entre si. Dessa forma, se as condições de mercado afetarem
negativamente algumas ações da carteira, outras ações terão bom desempenho,
equilibrando as perdas.
O gráfico abaixo mostra como seria a curva de relação risco-retorno de uma carteira
composta por ações e títulos de renda fixa, com correlação diferente de 1.
O retorno da carteira será calculado pela média ponderada dos retornos dos ativos,
conforme a fórmula a seguir.
15
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝑅𝑐 = (𝑊𝑎 × 𝑅𝑎) + (𝑊𝑏 × 𝑅𝑏)
Exemplo:
𝑅𝑐 = 18%
2- Risco da carteira
2 2 2 2
𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 = σ𝑐 = (𝑊𝑎 × σ𝑎) + (𝑊𝑏 × σ𝑏) + 2 × (𝑊𝑎 × 𝑊𝑏 × σ𝑎 × σ𝑏 × ρ𝑎𝑏)
2 2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 = 𝑆𝐶 = σ
𝑐
Exemplo:
Carteira composta por ações de BR Foods e Itaú, que têm uma correlação de 0,37384.
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Montamos, em seguida, carteiras hipotéticas com diferentes proporções das duas ações ,
calculando o retorno e o risco de cada uma dessas carteiras, usando as fórmulas que já
vimos:
Com esses dados, faremos uma curva de alocação de ativos que relaciona o risco e o
retorno de cada uma das carteiras.
O ponto destacado no gráfico representa a carteira com 20% em ações da BRF e 80% em
ações do Itaú. Essa carteira tem, como mostra a tabela, retorno médio de 1,948% e risco de
7,7%. Note que, se um investidor optasse por essa carteira, conseguiria reduzir o risco para
um patamar inferior às demais.
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Suponhamos que o Ativo B de uma carteira seja o ativo livre de risco.
Por ter um risco que pode ser considerado zero, esse ativo não faz diferença no cálculo do
risco da carteira. O risco igual a zero anula todos os membros da equação com variáveis
relacionadas ao Ativo B.
1- Risco da Carteira
Pois 𝑆𝑏 ≈ 0
2- Retorno da Carteira
𝑅𝑎 → Retorno do ativo A
Exemplo:
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Usando os seguintes pesos para os ativos, temos o Retorno e Risco da carteira:
3- Graficamente
O gráfico da relação entre risco e retorno de uma carteira que contém um ativo livre de risco
indica uma relação linear entre as duas variáveis.
À medida que a proporção do ativo com risco aumentar na carteira, o risco total da carteira
aumentará proporcionalmente.
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d) Carteiras com mais de dois ativos
Em uma carteira com dois ativos, A e B, o retorno e o risco são calculados da seguinte
maneira:
1- Introduzindo um ativo D:
2 2 2 2 2 2
σ𝑐 = (𝑊𝑎 * σ𝑎) + (𝑊𝑏 * σ𝑏) + (𝑊𝑑 * σ𝑑) + 2𝑥(𝑊𝑎 * 𝑊𝑏 * σ𝑎 * σ𝑏 * ρ𝑎𝑏) + 2𝑥(𝑊𝑎 * 𝑊𝑑 * σ𝑎 * σ𝑑 * ρ𝑎𝑑) + 2𝑥(𝑊𝑏 × 𝑊𝑑 × σ𝑏 × σ𝑑 × ρ𝑏𝑑)
2- De forma genérica
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3- Matrizes
Para calcularmos o retorno da carteira usando matrizes, é preciso multiplicar a matriz dos
pesos de cada ativo na carteira pela matriz transposta dos retornos:
e) Cálculo no Excel
Exemplo:
21
1- Cálculo do retorno diário:
𝑃𝑟𝑒ç𝑜𝐷
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = ( 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 )−1
𝐷−1
𝑃𝑟𝑒ç𝑜𝐷
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑙𝑛( 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 )
𝐷−1
Tendo obtido todos os retornos diários usando o logaritmo natural, calcularemos o retorno
médio usando a função “Média”, e o desvio padrão usando a função “Desvpad.p”.
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Podemos deixar a caixa “Rótulos na primeira linha” marcada, para que a fórmula entenda
que selecionaremos um intervalo que contém texto (nesse caso, os códigos das ações).
Calculamos o retorno da carteira multiplicando a matriz dos pesos de cada ativo na carteira
pela matriz transposta dos retornos dos ativos (Função Matriz.mult):
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Risco da carteira = RAIZ(MATRIZ.MULT(matriz pesos; MATRIZ.MULT(matriz var e covar;
TRANSPOR(matriz pesos)))
Os resultados obtidos indicam risco e retorno da carteira considerando o período de um dia,
O gráfico a seguir mostra um gráfico com a relação entre risco (eixo horizontal) e retorno
(eixo vertical) de cada um dos ativos e da carteira como um todo (representada pelo ponto
verde).
O risco da carteira (22,0%) foi menor do que o risco de cada um dos ativos. Contudo, o
retorno (17,4%) também foi baixo, perdendo apenas para o retorno anual de -30,7%.
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f) Otimizando a carteira com o Solver
No exemplo anterior, obtivemos uma carteira com risco de 22% e retorno de 17,4%
ao ano, a partir da seguinte proporção: CCR (10%), BRF (20%), Itaú (30%),
Bradesco (20%) e Suzano (20%).
Para melhorarmos a relação entre risco e retorno, podemos alterar a participação de
cada ativo na carteira, de forma a buscar o menor coeficiente de variação possível.
O coeficiente de variação, como já vimos, é obtido pela divisão do desvio padrão
(risco) pelo retorno. Portanto, quanto menor for esse coeficiente, maior será o
retorno e menor o risco.
A carteira com os cinco ativos têm os seguintes retornos e riscos:
Para calcularmos o coeficiente de variação (CV), basta, então, dividirmos risco (S) pelo
retorno (R), obtendo:
Usaremos a ferramenta Solver, do Excel, que nos indicará a melhor distribuição de pesos
dos ativos de modo a cumprir os objetivos de risco e retorno.
O Solver, assim como a ferramenta Análise de Dados, está na aba “Dados” do Excel.
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● No campo “Definir Objetivos”, selecionamos a célula que corresponde ao coeficiente
de variação da carteira (126,2%).
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O total de pesos de ativos na carteira deve ser 100%:
A carteira obtida pelo Solver contém apenas ações da CCR e do Bradesco, nas
proporções de 2% e 98%, respectivamente. O retorno da carteira (54,8%) é ligeiramente
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inferior ao da ação do Bradesco (55,2%) e os riscos são praticamente iguais (32,5% e
32,7%, respectivamente).
Esse resultado mostra que, nem sempre o simples acréscimo de ativos à carteira
maximiza o efeito positivo da diversificação reduzindo o risco.
Risco diversificável, ou Risco não sistemático → O risco possível de ser reduzido por
meio da diversificação da carteira
Risco não diversificável, ou Risco sistemático → Diz respeito ao sistema como um todo.
Ele é o risco geral, ao qual todas as empresas e setores estão expostos. Portanto, uma
variável que afete o risco sistemático irá afetar todas as empresas componentes deste
sistema.
Um exemplo de risco sistemático seria uma crise capaz de afetar toda a economia
brasileira.
1- Beta
Beta pode ser visto como o Risco Relativo também, que nos permite prever o
comportamento do Ativo em relação ao comportamento do seu benchmark.
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𝐶𝑜𝑣𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎(𝑅𝑎,𝑅𝑀)
β= 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑅𝑀)
𝑅𝑎 →Retorno do Ativo A
𝑅𝑀 → Benchmark de Mercado
● Beta < 1 → Ativos mais defensivos, ou seja, preços menos voláteis que o mercado.
Se o beta = 0,80 e o mercado subir 10%, a ação tenderá a subir 8%.
(Ativo tem um risco inferior ao risco do mercado)
● Beta > 1 → Ativos mais agressivos, portanto elas possuem um risco sistemático
maior que o de mercado.
Se o beta = 1,2 e o mercado subir 10%, a ação tenderá a subir 12%.
2- Risco Total
𝑅𝑖𝑇 = β + 𝞂
Os quatro pontos amarelos dispersos na região do gráfico representam ativos com seus
respectivos retornos e riscos.
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A curva amarela representa as possibilidades de combinações desses ativos em diferentes
proporções para compor carteiras.
O ponto vermelho representa uma possibilidade de carteira com os quatro ativos, que
oferece um retorno de aproximadamente 2,5% e um risco de aproximadamente 3,5%.
Note que é possível montar uma carteira mais eficiente do que essa, combinando os ativos
em proporção diferente, de forma a obter um retorno superior correndo o mesmo risco.
Essa carteira é representada pelo ponto azul, que está justamente sobre a curva. A
carteira mantém o risco de 3,5%, mas alcança um retorno superior a 3%.
Fronteira Eficiente → Curva amarela, formada por pontos que representam carteiras com
o maior retorno possível para determinado nível de risco.
Securities Market Line (SML) → É a reta inclinada, que é constituída por pontos que
representam as carteiras possíveis a partir da combinação do ativo livre de risco com os
demais ativos com risco.
Uma carteira que combina o ativo livre de risco com os ativos com risco em uma proporção
tal que combina da forma mais eficiente o risco e o retorno da carteira.
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● Elaborar a ponderação da carteira (matriz w)
1- Diferenciais:
31
2- Vantagens:
● Permite ao investidor expressar visão de retorno relativo entre ativos, e não apenas
retorno absoluto, como no modelo de Markowitz
Prêmio pelo risco → Retorno requerido por investidores para correr tal risco. Esse prêmio
tem como parâmetro uma carteira de ações representativa do mercado como um todo.
A diferença entre o retorno do ativo livre de risco e o retorno esperado pelo investidor
é o prêmio pelo risco.
32
Para estimar o retorno esperado de uma carteira ou ativo, uma das principais ferramentas
usadas pelos financistas é o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros, ou, na
nomenclatura em inglês, como ele é mais conhecido, Capital Asset Pricing Model.
Esse modelo foi desenvolvido nos anos 1960 e ampliado nas décadas posteriores pelos
economistas William Sharpe e Jack Treynor, a partir da teoria de portfólios e diversificação
elaborada por Harry Markowitz nos anos 1950. Os três pesquisadores, junto com o
economista Merton Miller, foram laureados com o Prêmio Nobel de Economia em 1990.
O CAPM oferece uma previsão da relação entre o risco de um ativo e seu retorno esperado.
Essa relação oferece uma taxa de retorno de referência (o retorno requerido) para a
avaliação de possíveis investimentos. Usando essa ferramenta, podemos avaliar se o
retorno esperado de uma ação que prevemos é superior ou inferior ao seu retorno “justo”,
tendo em vista seu nível de risco.
1- Fórmula
2- Exemplo:
𝑅𝑓 = 6%
𝑅𝑚- 𝑅𝑓 = 8%
β = 0,46
Ke = 6% + 0,46 x 8%
Ke = 9,7%
33
b) CAPM: perspectiva do investidor estrangeiro
Para o estrangeiro, faz sentido usar como referencial de ativo livre de risco os títulos
públicos americanos (T-Bonds).
Consequentemente, o retorno de mercado utilizado deve ser o da bolsa dos EUA (índice
S&P 500, por exemplo).
Esses ajustes também são usados com frequência pelos próprios investidores brasileiros.
Uma das razões é que a bolsa brasileira é mais nova do que a americana, tem um número
de ações muito menor e um histórico de retornos também menor. Assim, para ter maior
precisão, usam-se os parâmetros do mercado dos EUA para o cálculo do retorno esperado.
Risco País (Country Risk Premium) → Medido pelo EMBI + Brasil, ou pelo CDS BR.
O uso do risco país na fórmula serve como ajuste para o mercado brasileiro, já que os
dados usados são da bolsa americana.
É necessário ainda fazer os ajustes para obtermos o Ke em reais. Para isso, usamos a
seguinte fórmula:
34
c) Retorno esperado da carteira
Para calcularmos o retorno esperado de uma carteira de ativos também é usado o CAPM,
mas precisaremos usar o Beta da carteira como um todo e não apenas o Beta de um ativo.
O Beta da carteira é calculado pela média ponderada dos betas dos ativos. Ele é obtido
pela somatória das multiplicações dos betas de cada ativo pelos respectivos pesos dos
ativos na carteira.
𝑛
β𝑐 = ∑ β𝑗 × 𝑊𝑗
𝑗=1
A teoria defende a ideia de que os retornos oferecidos pelos ativos podem ser analisados
com diversas variáveis econômicas, mas dá maior foco ao risco sistêmico, pois afeta todo
setor.
Um ponto importante da APT é que a teoria assume que pode existir um erro de
precificação por parte do mercado. É justamente o oposto do que se vê na metodologia
CAPM, onde parte-se do pressuposto de que os mercados são totalmente eficientes na sua
precificação.
Para o APT, com base nesses desajustes do mercado, existam oportunidades para lucrar
com os erros de precificação.
Além disso, assim como outros modelos, a APT traz uma lentidão na análise de novas
variáveis. Por exemplo, uma reestruturação de uma empresa não é fácil de ser percebida
em um modelo matemático.
Ou
35
𝑛
𝐴𝑃𝑇 = 𝑅𝑓 + [ ∑ {β𝑗 × (𝑅𝑗 − 𝑅𝑓)}]
𝑗=1
𝑅𝑗 → Retorno da variável
Não é definido quantos e quais fatores de risco deveriam ser utilizados no modelo, mas
alguns sugeridos são:
● Variação da inflação
● Crescimento do PIB
● Beta da ação
● Beta do barril de petróleo
● Beta do câmbio
● Beta do setor.
36
α = (𝑅𝑝 + 𝑅𝑓) + β × (𝑅𝑚 − 𝑅𝑓) = 𝑅𝑝 − 𝐶𝐴𝑃𝑀
b) Índice de Sharpe
Desenvolvido por William Sharpe, o Índice de Sharpe mostra quanto o retorno do ativo
superou o ativo livre de risco para cada unidade de risco.
Quanto maior esse índice, melhor o desempenho do ativo em relação ao risco, e um índice
de Sharpe superior a 1 é considerado excelente. O índice quando negativo se torna
impossível de interpretar.
(𝑅𝑝 − 𝑅𝑓)
𝐼𝑆 = σ𝑝
c) Índice de Treynor
Sendo muito semelhante ao Índice de Sharpe, ele mostra quanto foi o retorno de uma
determinada carteira para cada unidade de risco sistemático (não diversificável) assumida.
(𝑅𝑝 − 𝑅𝑓)
𝐼𝑇 = β𝑝
● VAR Histórico
● VAR Paramétrico
● VAR com Simulação de Montecarlo
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a) VAR Histórico
É o cálculo mais simplificado do VAR, e tem como base a análise de um histórico de
desempenho de uma ação ou uma carteira de ações.
Por exemplo, imagine que você tem 100 observações, para um VAR histórico de 5% basta
selecionar os 5 piores retornos.
Este nível de confiança nos indica que é esperada perda maior que a calculada pelo VAR.
Assim, ao utilizar 99% de confiança, espera-se que a cada 100 observações do VAR, em
pelo menos 1 vez a perda do investimento financeiro seja superior à perda estimada no
cálculo do VAR.
=PERCENTIL(matriz; k)
Uma vantagem desse método é que não é necessário assumir nenhuma distribuição para
os retornos do portfólio. Essa metodologia simplesmente analisa o que realmente teria
acontecido olhando pelo “retrovisor”
b) VAR Paramétrico
O cálculo do VAR Paramétrico de um ativo, ou de uma carteira, tem como base os
parâmetros de volatilidade e as correlações entre os ativos.
𝑡
𝑉𝐴𝑅𝑥% = 𝑉 × α × σ𝑖 × 𝑡
Onde:
V → Valor do investimento
α → Estatística z em norma padrão dado o nível de confiança desejado (x)
38
=INV.NORMP(probabilidade)
𝑡
| |
𝑉𝐴𝑅𝑥% = 𝑅𝑒 − (𝑧 × σ𝑖) × 𝑉 = {𝑅 − (𝑧 × σ𝑖)} × 𝑉 × (− 1)
Onde:
V → Valor do investimento
𝑅𝑒 → Retorno esperado
https://www.ime.unicamp.br/~cnaber/tabela_normal.pdf
Exemplo:
1
𝑉𝐴𝑅5% = |10% − (1, 65 × 15%)| × 100𝑀𝑀
1
𝑉𝐴𝑅5% = 𝑅$14, 75𝑀𝑀
39
● Em 1 ano há 5% de probabilidade que esse portfólio irá experimentar uma perda de
pelo menos R$ 14,75 milhões.
● Em 1 ano a aplicação pode ter uma perda de R$ 14.75MM em 95% dos dias
operados
● 95% de confiança que no período de 1 ano a perda máxima será inferior a R$14,75
milhões. Portanto, o VAR de 5% mostra que em 5% das a perda será maior que
R$14,75MM.
E é a partir desta simulação que são realizadas diversas simulações para calcular a
probabilidade de acerto e erro.
Tais probabilidades são rodadas em softwares de amostragem, que podem gerar centenas
ou milhares de resultados possíveis com base nos dados iniciais inseridos pelo usuário.
Os resultados obtidos são ordenados da maior para a menor rentabilidade como no cálculo
do VaR pelo método histórico. Os dados geralmente são apresentados graficamente para
uma melhor visualização dos resultados e sua frequência.
4) Outros Riscos
a) Risco Operacional
Está ligado a falhas ou fraudes no processo de envio ou execução de ordens de negociação
de ativos.
Esse erro é mais comum com investidores que operam por conta própria, mas também
ocorrem nas instituições financeiras.
b) Risco de Liquidez
O risco de liquidez tem relação com a velocidade com que um determinado ativo pode ser
vendido e convertido em caixa. Ativos negociados em bolsa têm maior liquidez, enquanto
ativos de balcão ou imóveis, por exemplo, têm menor liquidez.
40
O investidor deve ficar atento ao prazo para resgate de títulos, como os CRIs, que podem
não permitir resgate antecipado. Além disso, é importante observar o prazo para liquidação
de operações com ações e títulos do tesouro, que atualmente é de 2 dias úteis.
c) Risco de crédito
Popularmente conhecido como “calote”, o risco de crédito é a possibilidade de uma
instituição não devolver o capital conforme acordado previamente.
Seria o caso, por exemplo, de uma empresa que não honrou os seus pagamentos de
debêntures, ou de um banco que faliu e não permitiu o resgate dos saldos em caderneta de
poupança.
Isso significa, naturalmente, obter o maior retorno possível correndo o menor risco.
1) Tipos de retornos
a) Retorno ponderado pelo tempo
Considera a variação percentual ao longo do tempo, sem levar em consideração o tamanho
do portfólio.
41
c) Fluxos de caixa de um investimento ao longo de 3 períodos
42
O cálculo da TIR pode ser realizado no Excel, usando a fórmula TIR:
2) Volatilidade
É a medida de dispersão dos retornos de um ativo ou carteira. Se o retorno esperado de um
ativo pode ser calculado pela média dos retornos históricos, a volatilidade será obtida pelo
desvio padrão em relação à média.
2
Σ (𝑥𝑖−𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎)
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 𝑆 = σ = 𝑛−1
Por usarmos uma amostra de retornos diários, após obtermos o desvio padrão, devemos
multiplicar esse resultado pela raiz quadrada de 252, para chegarmos ao desvio padrão
anualizado (um ano tem 252 dias úteis).
3) Classes de ativos
Principais classes:
● Pós-fixados: ativos que dependem da variação das taxas de juros de um dia. Essas
taxas podem ser a Selic ou a taxa do CDI.
43
● Renda variável: participação no capital de empresas, por meio da qual os
investidores serão remunerados por dividendos.
● Commodities: produtos que funcionam como matérias primas, podem ser estocados
sem perda de qualidade. Exemplo: ouro, petróleo etc.
4) Alocação de Carteira
Alocação de carteira como a forma que um investidor divide seu patrimônio entre as
diversas classes de investimentos, com o objetivo de equilibrar a alocação em várias
classes de ativos de acordo com a tolerância a risco do investidor, seus objetivos e seu
horizonte de investimentos. Ela dependerá do perfil de risco do investidor.
O objetivo é obter uma relação adequada entre risco e retorno, visando o maior retorno
aliado ao menor risco possível. Essa meta deve estar de acordo com o horizonte de
investimento que o investidor deseja.
Pensando em alocação de carteira como uma ideia macro, teremos abaixo dela alguns tipos
de seleção de ativos que cumprem papéis menores. Os principais são o stock picking e o
market timing.
a) Stock Picking
Essa estratégia consiste na avaliação de empresas para estimar os fluxos de caixa futuros
que ela gerará.
Ao trazer esses fluxos de caixa a valor presente, levando em conta fatores como a
capacidade de endividamento da empresa, os resultados financeiros, investimentos, entre
outros, o analista chega a um preço que considera ser o justo para a ação avaliada.
Os “stock pickers” buscam as ações que estejam “baratas” e tenham grande potencial de
valorização. Geralmente, essa estratégia visa o longo prazo.
44
b) Market Timing
É uma estratégia que tem como objetivo tentar acertar os topos e fundos do mercado, para
vender e comprar ações no momento certo, respectivamente.
c) Consolidando
A análise envolve trazer a valor presente as projeções de fluxos de caixa dos ativos, os
chamados “valuations atuais”. Combinando essa análise com as premissas dos cenários
macroeconômicos, chegamos à estimativa do retorno esperado dos ativos.
É preciso ainda considerar a volatilidade esperada dos ativos e as correlações entre eles,
para prever como será o comportamento da carteira como um todo.
Quanto mais agressivo o perfil, mais diversificado será o portfólio, para aproveitar os
potenciais de ganhos de vários ativos.
Um perfil moderado tem alocação menor renda variável do que o de perfil agressivo, mas
permite, por exemplo, alguma parcela de patrimônio aplicada em fundos multimercado,
dando maior diversificação, com foco no longo prazo.
Quanto à emissão, os títulos de renda fixa podem ser públicos (emitidos pelo Tesouro
Nacional, ou por estados, municípios e pelo Distrito Federal) ou privados (emitidos por
bancos ou empresas privadas).
Quanto à rentabilidade, eles podem ser prefixados ou pós-fixados, cuja rentabilidade está
atrelada a um indexador, que pode ser o CDI, o IPCA, a taxa básica Selic, entre outros. No
caso dos títulos pós-fixados, não se sabe exatamente como serão os fluxos, já que o
comportamento futuro dos indexadores é desconhecido, embora possa ser mais previsível.
Os ativos de renda fixa são recomendados para todos os perfis de investidor. Mesmo os de
perfil mais arrojado costumam ter uma parcela do capital que necessita de maior proteção,
com a qual se pretende contar em emergências, por exemplo. O que mudará de investidor
para investidor serão três parâmetros importantes: o tipo de ativo, o indexador e o
percentual do patrimônio a ser alocado.
45
a) Relação entre Selic, CDI e ativos indexados ao CDI
A taxa Selic e a taxa dos Depósitos Interfinanceiros (DI) são usadas para corrigir os valores
dos ativos de renda fixa do mercado brasileiro. Ambas têm papel fundamental na economia
do país.
Por meio de instrumentos de política monetária, o Banco Central faz ajustes para fazer com
que a Selic efetiva convirja para a Taxa Selic Meta, que é a taxa estabelecida pela
autoridade monetária nas reuniões do Copom.
No mercado brasileiro, a taxa do CDI é o indexador dos contratos de DI futuro, que são
referência para a composição da estrutura a termo das taxas de juros. O gráfico a seguir
mostra a curva que representa essa estrutura.
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Conhecer essa estrutura é essencial para a alocação de ativos, já que há diversos papéis
no mercado que são indexados ao CDI e todos esses ativos podem ser incluídos nas
carteiras dos investidores, dependendo dos objetivos de retorno e da tolerância ao risco.
● Debêntures
● Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs)
● Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)
● Letras Financeiras (LFs)
● Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs)
● Certificados de Depósito Bancário (CDBs)
● Depósitos a Prazo com Garantias Especiais (DPGEs)
Os títulos de renda fixa mais conhecidos indexados ao IPCA são a Nota do Tesouro
Nacional Série B Principal (NTN-B Principal) e a Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B),
negociadas via Tesouro Direto com o nome de Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com
juros semestrais.
O gráfico a seguir mostra a curva de juros das NTN-B, que indica a expectativa do
comportamento das taxas de juros desses papéis em diferentes prazos.
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A alocação de recursos em ativos indexados ao IPCA pode servir a dois objetivos:
Nesse caso, é mais indicado que o investidor permaneça com o título até o
vencimento, pois só assim ele terá a garantia da rentabilidade acrescida da
reposição de seu poder de compra pela correção atrelada ao IPCA. Se o investidor
vender o título antes do vencimento, poderá embolsar ganhos ou realizar perdas.
Se os juros futuros caem (indicando que o mercado espera uma queda dos juros), o preço
de mercado desses títulos sobe. Quando os juros futuros sobem , o preço de mercado cai.
A diferença é que o IGP-M inclui não apenas os preços de bens de consumo e serviços
finais, mas também de matérias primas agrícolas e industriais. O IGP-M é o principal
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indexador de contratos de aluguel atualmente.
● CRIs de loteamentos
● Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-Cs)
● CRIs de imóveis residenciais
Vale destacar que as NTN-Cs não são mais emitidas pelo Tesouro Nacional.
O gráfico abaixo nos mostra que, no período de março de 2020, o patamar do P/L chegou a
aproximadamente 13 vezes o preço sobre o lucro, ficando um pouco acima da média
histórica.
Esse número indica quantos anos o investidor levará para recuperar o valor que ele pagou
quando comprou a ação. Essa “recuperação de valor” ocorre por meio da distribuição de
lucro aos acionistas, na forma de dividendos e outros proventos. Quanto mais efeitos
depreciativos ocorrerem, menor será o índice P/L, e mais barata ficará a ação.
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O mercado de renda variável pode ser acessado por meio dos seguintes ativos:
● Ações: Também é possível que o próprio investidor compre as ações para montar
uma carteira. Nesse caso, haverá gastos com custódia, corretagem e emolumentos
cobrados pela B3.
Principais indexadores: -
Exemplos de ativos: Fundos de estratégia macro, long and short, juros e moedas,
investimentos no exterior, etc.
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Índices representativos de mercado:
b) Alternativos
Características: Contemplam, tipicamente, ativos e fundos que investem em ativos que
não são listados em nenhuma Bolsa ou mercado de balcão. Porém, de forma ampla, podem
contemplar outros ativos e fundos de investimentos normalmente não contemplados nas
classes de ativos tradicionais, mesmo quando listados em Bolsa ou mercado de Balcão,
como os fundos imobiliários
Principais indexadores: -
● Ouro
● USD/BRL
● IFIX
c) Investimentos Internacionais
Principais indexadores: Variável conforme o tipo de ativo. Se Renda Fixa Pós Fixada,
Libor
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● Libor
● 10-Year Treasury
● S&P 500
Essa análise de eventos passados ajuda a estimar os retornos futuros, usando informações
importantes que eles nos revelam, como a volatilidade dos ativos, por exemplo.
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No gráfico, temos os retornos dos indexadores mais comuns usados pelo mercado,
separados pelas classes de ativos que eles representam:
a) Objetivos do Investidor
“Qual o melhor investimento?”
Com base nas respostas, são definidos os parâmetros de risco, retorno e horizonte de
investimentos que determinam a política de investimentos específica do investidor
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b) Definição dos Perfis de Risco
● Risco de mercado: O risco de mercado está ligado à oscilação no preço dos ativos,
causada pelos mais diversos fatores, desde condições macroeconômicas até
eventos específicos que afetam determinados setores ou empresas.
Pouca liquidez: menos pessoas estão dispostas a comprar o ativo, e menor o seu
preço. Quanto maior a procura pelo ativo, menor o risco de liquidez e maior o preço.
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d) Retornos Esperados
O profissional de investimentos deve tentar prever qual será o preço dos ativos no futuro, e
calcular em seguida a estimativa de retorno com base nessa previsão de preço.
● Renda variável: O preço das ações, por exemplo, dependerá das expectativas
quanto ao pagamento de dividendos, ao crescimento dos lucros e à variação da
relação entre o preço da ação e o lucro por ação.
O retorno esperado de uma carteira é igual à soma dos retornos de cada ativo, ponderada
pelo peso que cada um tem no portfólio.
e) Correlação
Além de estimar os riscos de cada classe de ativos e projetar os retornos esperados, é
preciso ainda investigar qual é o efeito da combinação de diferentes tipos de ativos em uma
mesma carteira.
Para isso, usamos a ferramenta estatística da correlação entre os retornos dos ativos, tema
já abordado nesta disciplina.
Uma correlação maior do que zero entre dois ativos indica que seus retornos terão o
mesmo comportamento: se um ativo tiver retorno positivo, o outro também terá.
Vale lembrar que a correlação não implica em causalidade. Os ativos podem ter
volatilidades diferentes.
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f) Precificação de ativos e teoria de mercado eficiente
Ao precificar um ativo, é preciso, inicialmente, levar em conta uma das teorias mais usadas
para explicar a formação de preços dos ativos existentes no mercado: a teoria dos
mercados eficientes.
Ela tem como premissa a ideia de que todas as informações de mercado estão
incorporadas nos preços dos ativos. Logo, não existem ações baratas ou caras. Ou seja, de
acordo com essa teoria, conseguir retornos anormais no mercado no longo prazo é
impossível.
Toda a informação pública está contida nos preços dos ativos, e informações novas
são incorporadas instantaneamente.
Ganhos acima do mercado só ocorrem por sorte e, portanto, é impossível obtê-los
de forma contínua e sistemática.
h) Mapeamento
Deve ser recorrente!
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Baseados em dados históricos de dez/03 a dez/15 com ajustes qualitativos e
estatísticos. Indicados apenas para fins de simulação e exemplificação
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Módulo 4 - Asset Allocation para grandes fortunas
(Wealth Management)
1) Private Banking
No universo de Private Banking, o trabalho de alocação é parte de uma abordagem mais
ampla do patrimônio do investidor, com o emprego de conceitos de Wealth Management e
Asset Management:
Asset Management → Gestão dos ativos financeiros do investidor, com o uso de técnicas
de asset allocation para maximização da performance e minimização de riscos
2) Estudo de caso
a) Caso:
Alocação de ativos após venda de locadora de veículos para empresa do mesmo setor,
predominantemente por meio de troca de ações, com o acionista da empresa vendida
passando a integrar o bloco de controle da empresa compradora
b) Raio-x do investidor:
● Empresário 60 anos, casado, 2 filhos, de 30 e 25 anos (sem participação no
negócio)
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● R$ 300 MM de patrimônio líquido, sendo R$ 60 MM em ações da empresa
compradora
c) Preocupações:
● Proteção e sucessão do patrimônio financeiro
● Negócios
○ Grande exposição ao setor de locação de veículos
● Investimentos
○ Por conta da configuração da venda da empresa e a concentração em uma
única ação
e) Soluções Propostas
1- Garantir a perpetuidade do patrimônio
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2- Prover diversificação de fontes de renda na economia real
Solução 2: Estruturação de um segundo fundo exclusivo (FIA) para incorporação das ações
e gestão profissional dos recursos com eventual venda dessas posições
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f) Proposta final da Estrutura Patrimonial
1- Implementação
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2- Veículos: Brasil
● Portfólio líquido e com disponibilidades (caixa + ativos pós-fixados) para fazer frente
a necessidades eventuais de liquidez com conforto
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● Alocação em Renda Fixa (Fixed Income) com exposição a bonds globais (com maior
diversificação)
g) Anexo
1- Fundos Exclusivos
Benefícios Gerais:
Regime de Fundos:
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2- Previdência Privada como Planejamento Sucessório
Benefícios Sucessórios:
Benefícios Tributários:
● Não está sujeita à incidência do ITCMD* (recursos de planos de previdência não são
considerados herança)
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Módulo 5 - FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
(Behavioral Finance)
1) Introdução às finanças comportamentais
Trata-se de uma área de estudo dentro do campo das Finanças de crescente importância
nos últimos 40 anos, e que apresenta uma visão do homem como investidor diferente da
proposta pela Moderna Teoria de Finanças.
Um dos principais conceitos elaborados pela Moderna Teoria de Finanças que nos é
particularmente interessante para a compreensão das inovações propostas pelas Finanças
Comportamentais: a visão da relação entre o investidor e os riscos dos ativos.
● O investidor enxerga sua carteira como um todo, fazendo uma integração dos
investimentos. Logo, ele se preocupa com o retorno global, ainda que alguns ativos
da carteira possam estar perdendo.
A Teoria de Finanças Comportamentais, arcabouço teórico que ganhou força a partir dos
anos 1970, trouxe uma concepção diferente a respeito do investidor. A discussão sobre o
tema se tornou particularmente intensa após a publicação do trabalho de dois psicólogos
pesquisadores israelenses: Daniel Kahneman e Amos Tversky.
A proposta dos dois pesquisadores – laureados com o prêmio Nobel de Economia em 2002
(Tversky foi homenageado postumamente) – após a realização de diversos experimentos foi
a de que, diferentemente do que supunha a Moderna Teoria de Finanças, o investidor:
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● É avesso a perdas, e não ao risco. Para o investidor, as perdas são mais
importantes, “têm mais peso” do que os ganhos. Por isso, frequentemente é possível
notar que um investidor se expõe a muito mais risco do que inicialmente desejava
numa tentativa de reparar prejuízos. Segundo as Finanças Comportamentais, a
aversão a risco só acontece em situações que envolvem ganhos.
● Faz uma segregação dos ativos que compõem sua carteira. Não compreende a
diversificação do portfólio e se frustra por perdas mínimas, ainda que o restante da
carteira de investimentos esteja com bom desempenho.
a) Heurísticas
Os pesquisadores definiram heurística como “um procedimento simples que ajuda a
encontrar respostas adequadas, ainda que geralmente imperfeitas, para perguntas difíceis”.
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3) Vieses
Assim como existem heurísticas, há também vieses aos quais os investidores estão
sujeitos.
Vieses são erros de comportamento que levam a tomadas de decisão segundo critérios
inadequados. Os vieses dividem-se entre cognitivos e emocionais.
a) Vieses Cognitivos
São falhas de raciocínio que levam a erros de interpretação, falhas na análise estatística,
erros de memória, entre outros. Esses vieses podem ser mitigados por meio de treinamento
e instrução, aumentando o repertório de informações.
● Conservadorismo
● Confirmação
● Ilusão de controle
● Retrospectiva
● Representatividade
● Ancoragem
● Enquadramento
b) Vieses Emocionais
Têm relação com nossos sentimentos, impulsos e a nossa intuição. Ao contrário dos vieses
cognitivos, os emocionais são difíceis de serem superados, embora o investidor possa
acomodá-los em algum grau.
● Aversão à perda
● Excesso de confiança
● Autocontrole
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● Status quo
● Arrependimento
4) Vieses Cognitivos
a) Conservadorismo
O viés cognitivo do conservadorismo envolve a atitude de formar uma visão inicial sobre
um assunto, falhando ao não mudar essa visão quando uma nova informação se
torna disponível.
Um trader pode ter uma posição em determinada ação, tendo sua visão já consolidada
sobre o ativo e posição comprada nele há bastante tempo. Ao saírem novas informações
mostrando que as características do papel mudaram, o trader influenciado por esse viés
não incorpora as novas informações, e mantém a ação em carteira.
b) Confirmação
O viés da confirmação leva o investidor a procurar por informações que deem suporte à
opinião pré-concebida.
Quem está sujeito a esse viés evita buscar fatos que possam entrar em conflito com
sua visão inicial.
A forma de mitigação desse viés passa por desenvolver o hábito de procurar informações
que contradigam as ideias já consolidadas na mente do investidor.
Existe uma tese que diz que a decisão de escolher ou não um candidato é tomada nos dois
primeiros minutos de entrevista. O que o entrevistador faz no restante do tempo é buscar
elementos para confirmar sua primeira impressão.
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c) Ilusão de Controle
Na manifestação do viés de ilusão de controle, os participantes de mercado imaginam
que podem controlar ou afetar resultados, quando na verdade eles não têm esse
poder.
A ilusão de controle pode ser detectada e mitigada quando o investidor passa a documentar
suas decisões de investimento e as justificativas para cada uma.
d) Retrospectiva
O viés da retrospectiva se traduz em uma memória seletiva de eventos do passado.
Essa seleção tende a manter mais disponíveis as decisões positivas, fazendo o passado
parecer mais simples do que de fato foi.
Para detectar e mitigar esse viés, o investidor deve buscar analisar diversas decisões que
tomou no passado, buscando identificar os erros cometidos.
Um dos exemplos da manifestação desse viés é a forma como os investidores olham para
momentos passados de crises econômicas, ou de eventos que trazem grande instabilidade
aos mercados, como as eleições. Depois de decorrido algum tempo desses eventos, os
investidores tendem a achar que foram mais simples e menos impactantes do que de fato
aconteceu.
e) Representatividade
Nós, seres humanos, para dar significado às nossas experiências, desenvolvemos
propensão a classificar ideias e objetos.
Quando nos deparamos com um fenômeno novo, que não tem relação com o acervo de
classificação que já construímos, tentamos estabelecer uma relação entre o novo e o já
conhecido.
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Essa estrutura de percepção nos ajuda a tomar decisões mais rápido, sendo, portanto,
importante para a nossa sobrevivência. Por exemplo, imagine pessoas antigas vivendo em
contato com animais perigosos. Ao se deparar com um animal desconhecido,
provavelmente, os encontros passados com animais ameaçadores virão à tona na memória,
ajudando a classificar a nova situação como demandante de cuidados e um estado aguçado
de alerta.
O problema é que, algumas vezes, a situação nova com a qual nos deparamos apenas se
parece com outra familiar que já vivemos. Então, usamos nossa estrutura de
classificação com base nessa semelhança. Mas, na verdade, a nova situação é
completamente diferente da antiga.
O viés da representatividade consiste em uma influência muito forte que uma informação
recebida tem sobre nossa capacidade de prever o futuro. É o fenômeno mental no qual,
diante da necessidade de tomar uma decisão mais complexa, nos apoiamos em
nosso repertório pessoal para julgar uma coisa, pessoa ou situação.
1- Exemplo 1:
Você acha mais provável que ele seja um colecionador de selos ou um motorista de BMW?
2- Exemplo 2:
Eles podem examinar meses, ou até anos do desempenho passado do gestor concluindo,
com base em dados estatísticos inadequados, que a performance do fundo será garantida
pela habilidade de seleção de ativos desse gestor, quando, claramente, desempenho
passado não é garantia de desempenho futuro, principalmente quando se trata de
investimentos.
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3- Exemplo 3:
4- Exemplo 4:
Você está analisando uma empresa do setor siderúrgico, ABC Siderurgia, que tem 75 anos
de atividades e está enfrentando dificuldades financeiras. Em sua análise, você precisa
decidir se ABCS3 se encaixa em um de dois grupos.
Ao tentar responder a essa pergunta, a maioria dos investidores tentará julgar se a ação
ABCS3 é representativa do grupo 1 ou do grupo 2.
5- Exemplo 5:
Você cresceu em uma cidade que tinha uma indústria alimentícia muito grande, presente na
vida econômica da cidade. Seu pai e seus tios trabalharam lá, assim como vários dos pais
dos seus amigos. Você ia a festas juninas nessa empresa, e seu pai se aposentou com um
generoso plano de previdência subsidiado pela empresa.
Você, como investidor, corre o risco de assumir que as ações dessa empresa são
representativas do grupo de boas empresas para ser ter em carteira com base nas
informações passadas, que o levaram a construir um estereótipo.
Entre as formas de identificar e mitigar esse viés, o investidor deve olhar com mais
profundidade ao fazer a análise de ativos, para evitar recorrer aos estereótipos na tomada
de decisão.
f) Ancoragem
As pessoas, de modo geral, têm dificuldade para estimar valores de magnitude
desconhecida. Para realizarem essa tarefa, elas recorrem com frequência a “âncoras”,
números ou probabilidades que servirão de referência na estimativa dos novos números ou
probabilidades.
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1- Exemplo 1:
Um investidor suscetível ao viés da ancoragem compra a ação ABCD4 após concluir que
ela estava subvalorizada. Esse investidor paga R$ 12 pela ação, que, no médio prazo, sobe
para R$ 20,00. Então, saem na imprensa informações negativas sobre a empresa, e
ABCD4 cai para R$ 15,00.
O investidor faz âncora no preço de R$ 20. Com o papel a R$ 15, ele não encara que
ganhou 25% em relação ao preço de compra, mas que perdeu 25% em relação ao preço de
R$ 20. Ele decide, então, manter a ação em carteira, estabelecendo o preço de R$ 20 como
âncora para estimar até onde o papel pode se recuperar.
2- Exemplo 2:
A moldura que uma pessoa adota ao tomar uma decisão é controlada, em parte, pela
formulação do problema e em parte pelas normas, hábitos e características da pessoa.
1- Exemplo:
O investidor pode ter uma visão bastante positiva ou muito negativa sobre um fundo de
investimento, dependendo de como for feita a apresentação.
Supondo que, nos últimos 12 meses, esse fundo rodou negativo em 9 deles, há duas
maneiras de se referir a esse fato:
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● Esse fundo teve 3 meses de resultados positivos no ano.
Os dois argumentos querem dizer a mesma coisa, porém, o uso do primeiro pode ser uma
tentativa de suavizar a realidade.
5) Vieses Emocionais
a) Aversão à perda
O conceito de aversão à perda é considerado um dos pilares das Finanças
Comportamentais. Este modelo comportamental diz que o investidor irá ponderar tanto os
ganhos quanto as perdas, mas não dá a ambos o mesmo valor psicológico.
Para Kahneman e Tversky, os investidores sentem muito mais a dor da perda do que o
prazer obtido com um ganho equivalente.
b) Excesso de confiança
O excesso de confiança pode ser resumido como uma fé injustificada na própria
capacidade de raciocínio, julgamento e habilidades cognitivas.
De modo geral, as pessoas pensam que são mais espertas e têm melhores informações do
que realmente são e têm.
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Por exemplo, uma pessoa pode conseguir uma dica de um consultor financeiro ou ler algo
na internet, e então estar pronta para agir, fazendo algo como tomar uma decisão de
investimento baseada na percepção de um conhecimento maior.
Vários estudos têm mostrado que os investidores confiam demais nas próprias habilidades.
Os investidores também tendem a estar muito certos de seus julgamentos. Por exemplo, ao
concluir que uma empresa é um bom investimento, as pessoas geralmente se tornam cegas
à possibilidade de perdas e se sentem surpresas ou desapontadas se o investimento tem
um desempenho ruim.
Esse tipo de comportamento faz com que os investidores caiam na armadilha de ir atrás da
próxima “ação do momento”. Por isso, pessoas suscetíveis a esse tipo de viés tendem a
negociar muito, incorrendo em altos custos operacionais.
c) Autocontrole
O viés de autocontrole está ligado à dificuldade do investidor em seguir uma disciplina
de investimentos de longo prazo. É mais comum que ele tenha foco em uma gratificação
de curto prazo.
Em 2018, por exemplo, os primeiros 4 meses foram muito positivos para o mercado. Nesse
período, muitos investidores conservadores e moderados migraram seu perfil de
investimento para algo mais agressivo.
Porém, a partir de maio, esses investidores sofreram com os impactos da greve dos
caminhoneiros sobre o mercado de ações. Muitos investidores, pela falta de autocontrole e
pensando no curto prazo, voltaram para carteiras mais conservadoras.
d) Status Quo
O viés emocional do status quo é a tendência que as pessoas têm de manter a situação
atual, sendo resistentes à mudança pelas seguintes razões:
● É muito trabalhosa
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● A situação atual envolve ter de realizar um prejuízo
Além disso, o investidor tende a ficar com uma ação que tem um desempenho ruim porque
não quer pagar custos de transação, ou porque tem apego às ações.
1- Exemplo 1:
Uma pessoa que, há anos, investe em renda fixa, mas acumulou patrimônio suficiente para
aplicar uma parcela em renda variável. Ela diz que quer manter dessa forma, sem
mudanças, porque sempre foi assim, e dá trabalho alterar.
2- Exemplo 2:
Investidor que está com uma aplicação arriscada demais para seu perfil, mas não faz
realocação porque já está com ela há muito tempo e se sente desconfortável em mudar.
e) Arrependimento
O viés do arrependimento está ligado a duas atitudes do investidor.
A primeira é a de não fazer nada com medo das decisões darem errado.
Como consequência, esse tipo de investidor acaba tendo uma carteira com excesso de
conservadorismo, ou com um risco desproporcional.
f) Teoria da Perspectiva
A teoria da perspectiva relaxa a suposição de aversão do investidor ao risco e propõe que a
aversão é, na verdade, às perdas.
O investidor sente mais quando perde do que quando ganha na mesma magnitude.
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6) Como aplicar as Finanças Comportamentais na construção de
carteiras de investimentos
O portfólio comportamental está alinhado aos objetivos do investidor e seus respectivos
horizontes de tempo.
Assim que os objetivos do investidor estão bem definidos, o passo seguinte é montar uma
carteira dividida em camadas, conforme ilustra a pirâmide a seguir.
Portanto, quanto mais no topo, menor a liquidez, maior a complexidade, maior o horizonte
de investimento e maior a procura por rentabilidade.
Investidores que acreditam possuir vantagem maior de informação em relação aos demais
acabam concentrando mais a carteira (por julgarem ter as melhores opções possíveis) e
deixam de lado boas oportunidades.
Investidores com aversão a perda são mais sensíveis a movimentos de queda de mercado
no curto prazo. Por isso, procuram ativos de maior liquidez, para justamente poderem reagir
nas fases de queda intensa.
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De modo geral, os investidores, na busca de portfólio ótimo, tendem aos extremos: ou
montam uma carteira com muitos ativos, muito diversificada, ou muito concentrada, ou
muito líquida.
● A gestão ativa surge como forma de trabalhar e adaptar o portfólio caso o mercado
fique instável.
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