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APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................5
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SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO
Esperamos que o contato com as mais diversas situações que envolvem as relações entre Igreja e
órgãos governamentais seja importante na sua própria percepção e compreensão da postura da Igreja
em relação ao Estado.
Não temos a pretensão de esgotar o assunto abordado, até porque as leis brasileiras são dinâ- micas e
estão em constantes mudanças, o que nos obriga a uma constante atualização, mas sem dúvida, o
presente material ajudará de forma efetiva as Igrejas participantes a melhorarem os aspectos contábeis,
financeiros, fiscais, trabalhistas e previdenciários. Agrega-se ainda à legislação secular as principais
decisões do Supremo Concílio e de sua Comissão Executiva, que ao longo dos anos vem
disciplinando a vida econômico-financeira de nossas Igrejas.
Você tesoureiro é uma peça fundamental e estratégicas na consolidação da imagem da IPB como
instituição séria, responsável e acima de tudo cumpridora de suas obrigações secula- res. Afinal foi
Jesus quem nos ensinou: “dai a César, o que é de César”.
Esperamos que este Workshop represente para você uma oportunidade de crescimento e
aprimoramento e assim você possa contribuir na melhoria da organização administrativa- financeira
de sua Igreja, Concílio ou Sociedade.
Um bom trabalho!
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Pessoa Jurídica é a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido por lei (Contrato Social ou
Estatuto Social), formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros, podendo ter fins
lucrativos ou não.
Art. 1º – A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de Igrejas locais, que adota como única regra de fé e
prática as Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamento e como sistema expositivo de doutrina e prática a sua
Confissão de Fé e os Catecismos Maior e Breve; rege-se pela presente Constituição; é pessoa jurídica, de
acordo com as leis do Brasil, sempre representada civilmente pela sua Comissão Executiva e exerce o seu
governo por meio de Concílios e indivíduos, regularmente instalados.
Art. 9º – A assembléia geral da Igreja constará de todos os membros em plena comunhão e se reunirá
ordinariamente, ao menos uma vez por ano, e, extraordinariamente, convocada pelo Conselho, sempre que for
necessário, regendo-se pelos respectivos estatutos.
§ 1º – Compete à assembléia:
[...] c) aprovar os seus estatutos e deliberar quanto à sua constituição em pessoa jurídica;
A fundamentação legal para a personalidade jurídica das igrejas encontra-se consagrado no Código Civil Brasileiro.
A Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que instituiu o novo Código Civil preconiza:
TÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS
No texto original o dispositivo legal não mencionava as organizações religiosas (Igrejas) como pessoas jurídicas de
direito privado, sendo elas equiparadas as Associações, o que foi alterado posteriormente pela lei 10.825/2003,
incluindo assim, uma nova modalidade de pessoas jurídicas, classificadas como organizações religiosas.
• Criação: Direito e liberdade de escolher o devido processo de formação da organização religiosa sem
qualquer interferência estatal.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Estruturação Interna: Direito de promover a distribuição interna de suas tarefas e funções, criando
órgãos, comissões, secretarias, necessários ao cumprimento de suas finalidades institucionais, sem que o
poder público seja permitido impor qualquer obstáculo.
• Funcionamento: Direito e liberdade de exercer as atividades institucionais ou suspender a sua práti- ca, por
seus mecanismos próprios de deliberação, sem que o Estado possa intervir nesse processo.
O Supremo Concílio/IPB já se manifestou concernente à necessidade das Igrejas Locais, Presbitérios e Sínodos se
constituírem em pessoa jurídica. Então vejamos:
SC-IPB-2006 Doc. XCVII - Quanto aos Docs. 52, 57, 65 e 274 – Sínodo Rio de Janeiro - Proposta quanto à
personalidade jurídica dos sínodos - Sínodo Bauru - Proposta de criação de estatuto e reconhecimento de pessoa
jurídica dos Sínodos - Sínodo Sorocaba - Arrazoados e assuntos afins sobre a possibilidade do sínodo ser pessoa
jurídica - CE/SC-2006 - DOC. CL - Quanto ao Doc. 161 - Solicitação de estabelecimento de regras para a
organização de sínodos e proposta de estatuto para sínodos - Quanto aos Documentos 52, 57, 65 e 274 procedentes
do Presbitério do Rio de Janeiro, Sínodo de Bauru, Sínodo de Sorocaba e CE-SC/IPB quanto a personalidade
jurídica de sínodos. Considerando: 1. que os sínodos são reconheci- dos como concílios da IPB, nos termos do art.
60 da CI-IPB; 2. que o art. 143, alínea "b" da CI-IPB prevê a criação de estatutos para concílios; 3. que a outros
concílios é facultada a constituição em pessoa jurídica; 4. que a falta de constituição em personalidade
jurídica vem acarretando problemas tais como impossibilidade de abertura de conta corrente
para maior controle financeiro e reconheci- mento por parte das leis brasileiras; 5. que
historicamente o SC-IPB sempre reconheceu a legalidade de sínodos se constituírem em pessoa jurídica; 6. O teor
da Resolução SC-51-035. O SC/IPB RESOLVE:
1. reconhecer que a CI-IPB estabelece a possibilidade dos sínodos se constituírem em pessoa jurídica; 2.
determinar que todos os sínodos se constituam em pessoa jurídica e adaptem para o caso o
mode- lo de estatuto dos presbitérios, apresentando o projeto de estatutos ao Supremo Concílio
ou à sua CE, para aprovação; 3. determinar que os sínodos que já tiverem se constituído em personalidade
jurídi- ca façam a devida alteração nos estatutos, nos termos desta resolução; 4. determinar que observem toda a
legislação vigente para com os órgãos municipal, estadual e federal, cumprindo-as a fim de que periodi- camente
possa ser emitida certidão negativa nestas instâncias, conforme a necessidade; 5. revogar as resoluções em
contrário, especialmente a Resolução SC-98-070.
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos
seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato
social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
1. Registro dos Atos Constitutivos (Estatuto - Conforme modelo aprovado pelo Supremo
Concí- lio) no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
• Documentos básicos solicitados pelo Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
– Requerimento assinado pelo representante legal da Igreja (Pastor - Presidente do Conselho),
solicitando ao Oficial do Registro Civil das Pessoas Jurídicas que se digne proceder o registro;
– Duas vias (02) originais do Estatuto Social, assinados pelo representante legal da Igreja (Pre- sidente)
e visados por advogado;
– Livro de Atas contendo as atas de fundação, aprovação do estatuto, eleição e posse da diretoria e
respectivas xérox das atas;
– Duas (02) vias datilografadas/ digitadas das atas contidas no livro, transcrevendo-se os no- mes das
pessoas que assinaram as atas no livro e o Estatuto. Declarar, ao final, que as vias conferem com o
original, lavrado em livro próprio, devendo esta declaração ser assinada pelo secretário (a) e
representante legal da Igreja;
– Duas vias da relação qualificada da diretoria/ conselho (nome completo, cargo, carteira de identi- dade,
CPF, nacionalidade, naturalidade, estado civil, profissão e domicílio), declarando, ao final, que as vias
conferem com o original, devendo ser assinada pelo representante legal da Igreja.
2. Registro na Secretaria da Receita Federal do Brasil para que a Igreja obtenha sua inscrição
no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
• O que é o CNPJ?
O CNPJ é o cadastro administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil que registra as informações
cadastrais das pessoas jurídicas e de algumas entidades não caracterizadas como tais.
Para solicitação do CNPJ é preciso acessar o site da Receita Federal, em coleta online (programa gerador do CNPJ)
e preencher o formulário, logo após o preenchimento, transmitir e depois enviar os documentos acima via sedex ou
entregar na agencia de atendimento da Receita Federal .
• Os documentos necessários variam de acordo com a legislação de cada município, mais tem como
pontos centrais.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O regulamento da Previdência Social, decreto 3.048/99 em seu artigo 256, dispõe sobre os procedi- mentos
da matrícula junto ao INSS.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprova- ção do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o
ato constitutivo.
• A ata deverá ser devidamente registrada no Cartório Civil das Pessoas Jurídicas na qual origina- riamente
foi registrada o Estatuto para a devida alteração;
• Este procedimento deverá ser efetuado de igual forma na Secretaria da Receita Federal e Prefei- tura
Municipal, objetivando a atualização dos dados cadastrais da Igreja, toda vez que houver alteração.
CE-SC/IPB-2006 - DOC. LXXX - Quanto ao documento 175 - Ementa: Consulta o Presbitério de Rondônia
sobre questões de natureza contábil, jurídica, previdenciária e tributável. A CE-SC-IPB 2006 RESOLVE:
Esclarecer às igrejas e presbitérios sobre as seguintes questões: 1. Quando houver eleição no conselho e ou
assento de pastor assumindo o exercício da presidência do conselho nos termos do Art. 34, letra
"b" da CI/IPB, que implique na mudança de assinaturas para movimentação de contas bancárias,
o Conselho deverá lavrar uma ata contendo registro específico de tais ocorrênci- as. A ata
devidamente assinada pelo presidente e secretário do Conselho deverá ser registrada em
Cartório, encaminhada através de ofício solicitando o competente registro. O cartório não poderá
negar o registro nos termos do Art. 44, Parágrafo 1º do Código Civil vigente que afirma "São livres a criação, a
organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado o poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento (incluído pela Lei
número 10.825, de 22 de dezembro de 2003)". As demais atas, salvo atas de alienação de imóveis, tanto anteriores
como posteriores contendo as resoluções do Conselho não precisam ser registradas guardando assim a privacidade
nos termos do Art.72 da CI-IPB.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Conforme já vimos anteriormente, a Igreja é classificada consoante o Código Civil como "Organi-
zações Religiosas" e segue analogicamente a regra aplicável a todas as pessoas jurídicas, sejam
associações, fundações ou empresas, conforme estabelece a sua parte geral. Analisaremos
agora alguns artigos da Lei 10.406/2002 que instituiu o novo Código Civil:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado
ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a docu- mentação respectiva, e
a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas
as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de conta- bilista
legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Esses profissionais, no âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão
responsabilizados, juntamente como os contribuintes, por qualquer falsidade dos documentos
que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o
Imposto de Renda.
Podem ainda assumir a responsabilidade pela escrituração contábil, os titulares, sócios, acionistas ou diretores,
desde que legalmente habilitados para o exercício desta atividade.
Estão dispensadas da exigência deste item as pessoas jurídicas domiciliadas em localidades onde não houver
profissionais devidamente habilitados.
Além da necessidade de ter escrituração contábil completa, a Igreja adquire outras obrigações,
conforme legislação fiscal, trabalhista e previdenciária, que trataremos detalhadamente mais a
frente.
• Imunidade Tributária
O mestre Hugo de Brito Machado em sua obra "Curso de Direito Tributário", 22ª edição, Editora Malheiros,
ensina:
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Consoante a melhor doutrina são espécies de tributos o imposto, as taxas, as contribuições sociais, o
empréstimo compulsório e as contribuições de melhoria. Portanto a imunidade tributária prevista na
Constituição Federal, diz respeito somente aos impostos, não se aplicando as outras espécies de tributo.
A Constituição Federal em seu artigo 150 dispõe sobre a imunidade tributária estabelecendo de forma inequívoca
e explicita, qual a espécie de tributo imune e quais as pessoas protegidas pela carta magna.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos
os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
O Código Tributário Nacional, Lei 5.172/66, em seu artigo 9º também dispõe sobre a imunidade: Art. 9º É
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV cobrar imposto sobre:
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entida- des
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lcp nº 104, de
10.1.2001);
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros.
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos
pelas entidades nele referidas:
I não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Reda- ção
dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001);
II aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capa- zes de
assegurar sua exatidão.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A imunidade atribuída aos templos de qualquer culto é incondicional, isto é, não depende
do cumprimento de requisitos legais. Portanto, as igrejas podem remunerar seus religiosos e
dirigen- tes, sem com isso perder a condição de imune.
Ressaltamos o que o renomado doutrinador Alexandre Moraes versa sobre a imunidade tributária, em sua
obra Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 4ª edição, Atlas, 2005:
“A imunidade tributária referente aos templos dos cultos religiosos deve estar relacionada
com os imóveis necessários ao exercício de suas finalidades essenciais, entendidos não
somente como os imóveis ligados à realização das cerimônias e liturgias, mas também os
imóveis relacio- nados diretamente com essas atividades, tais como os seminários, conventos,
as sacristias e a residência oficial de ministros religiosos. Trata-se, pois, de garantia
instrumental à liberdade de crença e culto religioso previsto no art.5º, VI, do texto constitucional,
cuja finalidade é impedir a criação de obstáculos econômicos por meio de impostos, à realização
de cultos religiosos”.
Ressaltamos ainda, o parecer da Drª Tais Amorim de Andrade Piccinini sobre a possibilidade de perda de
imunidade, conforme abaixo transcrito:
“Neste aspecto, temos então que ainda que um direito constitucional, o benefício tributário
às entidades religiosas poderá ser revogado, perdendo a entidade religiosa a imunidade, caso
fiquem comprovadas práticas deturpadas na esfera financeira, tais como desvio da finalidade,
enriquecimento ilícito de dirigentes, favorecimento indevido ou confusão patrimonial”.
IMUNIDADE X ISENÇÃO
Constituição Federal Lei Ordinária
Irrevogável Pode ser revogada
Alcança somente a espécie de Pode alcançar todas as espéci-
tributo imposto es tributárias
Prazo indeterminado Na sua concessão pode-se deli-
mitar o prazo de vigência
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Além disto, sobre as pessoas jurídicas recaem obrigações acessórias, que não cumpridas impõe a elas sanções,
levando-as a responderem aos poderes tributadores.
Vejamos:
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A legislação previdenciária é rígida e dispensa relevada importância aos registros contábeis. Então vejamos:
Decreto nº 4.862/2003, art. 283. Por infração a qualquer dispositivo das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 1991, e
10.666, de 8 de maio de 2003, para a qual não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o
responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) a R$
63.617,35 (sessenta e três mil, seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da
infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores:
Portanto a Igreja mesmo gozando da imunidade tributária para espécie imposto, é obrigada a cumprir as obrigações
acessórias, que para sua satisfação, via de regra, dependem da escrituração contábil.
Conceito de Contabilidade
É uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa.
(RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. São Paulo: Saraiva, p.14.)
Objeto
É o Patrimônio, que tem como definição um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa ou
uma entidade.
Finalidade Principal
Registrar e assegurar o controle do patrimônio administrativo e fornecer informações sobre a composição e as
variações patrimoniais, bem como o registro das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar
seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais (sociais, culturais, esportivos, beneficentes ou outros).
Características da Contabilidade
As informações geradas pela Contabilidade devem propiciar aos seus usuários base segura às suas decisões, pela
compreensão do estado em que se encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que
oferece.
• Confiabilidade – é atributo que faz com que o usuário aceite a informação contábil e a utilize como base de
decisões, configurando, pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informação;
• Compreensibilidade – a informação contábil deve ser exposta na forma mais compreensível ao usuário a
que se destine. A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
de Contabilidade e dos negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das
informações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com a
profundidade necessários;
Outras Finalidades
• Transparência e prestação de contas dos dirigentes das decisões que tomarem com os
recursos.
Exemplos:
– Relatório do tesoureiro ao conselho e do conselho a igreja (relatório simplificado diferente de relatório
embasado nas demonstrações contábeis).
– Evita fraudes e escândalos.
• Base para a avaliação da situação atual e tomada de decisões necessárias aos desafios
diári- os e futuros.
Exemplo:
– Qual a situação financeira real da Igreja? Posso comprar, devo alienar? Posso contratar colabo- radores?
Posso efetuar aumento de côngruas pastorais? No que devo investir?
• Faz prova, a favor da Igreja, perante autoridade administrativa, dos fatos registrados e com-
provados por documentos hábeis.
– Fiscalização Trabalhista, Previdenciária, Municipal, Estadual e Federal.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Demonstrações Contábeis – Demonstração expositiva dos fatos (Balanço Patrimonial e Demons- tração
do Resultado do Exercício, entre outras);
• Auditoria – Confirmação dos registros e demonstrações contábeis;
• Análise de Balanços – Análise e interpretação das demonstrações contábeis.
07 – CONTAS CONTÁBEIS
É o instrumento utilizado para registrar os fatos de idêntica natureza que alterem o patrimônio da
empresa.
As contas classificam-se em dois grupos: o das contas patrimoniais e o das contas de resultado.
• Contas Patrimoniais – representam os bens, direitos e obrigações da empresa. São, portanto, as contas
que aparecem na estrutura patrimonial, classificadas como ativo ou passivo.
• Contas de Resultado – registram as despesas e receitas da empresa. São as contas que demons- tram o
resultado do exercício.
ATIVO PASSIVO
Caixa Fornecedores – Casa Editora Presbiteriana
Bancos Obrigações Trabalhistas – Folha de Pa-
gamento
Adiantamentos Obrigações Sociais – INSS
Imóveis Obrigações Fiscais – IRRF
Veículos Obrigações Conciliares – Supremos Con-
cílio e Causas Presbiteriais
DESPESAS RECEITAS
Côngruas Pastorais Dízimos e Ofertas
Salários e ordenados Ofertas para Missões
Supremo Concílio Ofertas para construção
Causas Presbiteriais
Verba UPH
Comunicações
08 – COMPONENTES PATRIMONIAIS
Classificação dos componentes patrimoniais em grupos:
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Incluem-se nessa conta bens e direitos que se Relacionam-se nessa conta obrigações
transformarão em dinheiro após o exer- cício exigíveis que serão liquidadas com prazo su-
seguinte. perior a um ano - dívidas a longo prazo.
Imobilizado Patrimônio Líquido
São bens e direitos que não se destinam a São um grupo de contas que registra o
venda e têm vida útil longa, no caso de bens. patrimônio pertencente a Igreja. O capital po-
Abarca itens de natureza permanente que serão derá ser feito por meio de moeda corrente ou
utilizados para a manutenção da ati- vidade bens e direitos.
básica da Igreja.
09 – PLANO DE CONTAS
• É uma relação de contas a ser utilizada para registrar contabilmente os atos e fatos que alterem o patrimônio
da empresa, devendo ser simples, claro e objetivo.
• O título das contas deve representar o objetivo de cada uma, ou seja, o que nelas se pretende registrar, de
acordo com as operações da empresa.
• O Plano deve ter o número de contas suficientes para expressar com clareza os fatos ocorridos.
• Para que possa ser utilizado com facilidade por todos os envolvidos na escrituração contábil, deve ter como
parte integrante um rol de todas as contas com a descrição da função, do funcionamento e do saldo de cada
uma delas.
• A função e o funcionamento da conta devem determinar, com clareza, as quais registro se destina e de que
forma devem ser efetuados.
Exemplificando:
Conta Caixa:
Função – Destina-se ao registro de todas as entradas e saídas de dinheiro provenientes de recebimentos e
pagamentos efetuados.
Funcionamento – DEBITADA pelos recebimentos e CREDITADA pelos pagamentos.
Saldo – Deve ser sempre DEVEDOR e representa o valor em dinheiro que a empresa possui.
Um Plano simples e objetivo pode ser dividido em Grupos, Subgrupos, Contas Sintéticas e Contas Analí- ticas, como
a seguir exemplificamos:
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
PLANO DE CONTAS
1 ATIVO
1.1 CIRCULANTE
1.1.1.01 CAIXA
GERAL 1.1.1.01.0001 CAIXA
1.1.2.01 ADIANTAMENTOS
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.3 IMOBILIZADO
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
1.2.4 INTANGÍVEL
2 PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.01 FORNECEDORES
2.1.01.0001 CASA EDITORA PRESBITERIANA
2.2.1 FINANCIAMENTOS
3 RECEITAS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
4 DESPESAS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
4.1.1.06 EVANGELIZAÇÃO
4.1.1.06.0001 MATERIAL DE APOIO/ FOLHETOS
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4.1.1.11.0002 DESPESAS AUTORIZADAS PELO CONSELHO
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
5. CONTAS DE RESULTADO
A escrituração das operações desenvolvidas pela Igreja, só poderá ser efetuada mediante docu-
mento hábil e de indiscutível idoneidade, que comprove fielmente o fato.
É importante verificar:
• Se o documento está com todos os dados legais completos (nome da igreja, CNPJ, endereço, recibado, etc.).
• Se a data de emissão do documento é compatível com o exercício da operação.
• No caso de nota fiscal é imprescindível verificar se a data de emissão do documento está dentro do prazo de
validade.
• É importante verificar se o documento fiscal emitido foi feito mediante Autorização para Impressão de
Documentos Fiscais (AIDF).
• O documento deve ser original.
• Se o documento é compatível com a operação realizada.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Nota Fiscal
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Cupom Fiscal
11 – DOCUMENTOS INIDÔNEOS
Exemplos de Documentos que não podem ser aceitos pela Contabilidade para escrituração:
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Recibo de Papelaria
12 – LIVROS CONTÁBEIS
• Livro Diário:
É o registro básico de toda a escrituração contábil. Nele devem ser lançados, dia a dia,
todos os atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar a situação
patrimonial da Igreja. Este livro deve ser encadernado com o termo de abertura e
encerramento, devidamen- te numerado e autenticado por órgão competente (Cartório de
Registro Civil das Pessoas Jurídicas), além de assinado pelo profissional contábil e o
representante legal da empresa.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
§ 2º – Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou socie- dade
empresária.
• Livro Razão:
É utilizado para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no
livro Diário, ou seja, o livro razão reflete exatamente aquilo que foi lançado no livro Diário,
mas de forma individualizada (por conta ou subconta), obedecendo a ordem cronológica
das opera- ções.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
13 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Objetivo:
• Balanço Patrimonial;
• Demonstração de Resultado do Exercício;
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Balanço Patrimonial
1 – Balanço Patrimonial
Empréstimos
IPB - JPEF 30.000,00
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EVANGELIZAÇÃO 1.624,38
Material de Apoio/ Folhetos 1.624,38
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
MÚSICA 1.553,00
Conservação de Instrumentos 523,00
Conjunto Luz nas Trevas 350,00
Coral da Igreja 680,00
MISSÕES 27.756,15
Supremo Concílio 16.904,10
Causas Presbiteriais 8.452,05
Missão Presbiterial 2.400,00
A Igreja que não mantém Escrituração Contábil deve, no primeiro dia do mês de janeiro, se assim
resolver:
a) Realizar Levantamento Patrimonial;
b) Elaborar Balanço de Abertura;
c) Iniciar a Escrituração Contábil;
d) Contratar profissional contábil habilitado.
a) Levantamento Patrimonial
É o conjunto de providências que precede a elaboração do Balanço de Abertura e que consiste
na verificação física de todos os bens, direitos e obrigações existentes em 31 de dezembro do ano
anterior. Ativo Circulante
• A Igreja deverá efetuar a verificação do saldo de caixa e dos valores disponíveis nas contas
bancárias (conta corrente/ poupança/ aplicações) através dos extratos bancários.
• Deverá também levantar se existe algum adiantamento pendente (salários, férias,
fornecedores, viagens e outros).
Ativo Não Circulante
• Os bens do ativo imobilizado devem ser registrados separadamente de acordo com a conta
apropriada, pelo valor original, mediante verificação física e documento idôneo.
Passivo Circulante e Passivo Não Circulante
• A Igreja deve levantar os valores de todas as contas, tais como fornecedores, obrigações
traba- lhistas, obrigações sociais, obrigações fiscais, obrigações conciliares, utilizando-se de
todos os elementos disponíveis, como livros fiscais, trabalhistas, notas fiscais, folha de
pagamento, re- latório do Presbitério e do Supremo Concílio, DCTF, DIRF, GFIP, etc.
Patrimônio Social
• A Igreja não integraliza capital, portanto o saldo desta conta será a diferença entre ativo e
passivo.
38
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
b) Balanço de Abertura
Após os procedimentos examinados a pessoa jurídica deverá elaborar o balanço patrimonial o
qual será transcrito em livro diário, devidamente registrado para abertura da escrituração do ano-
calen- dário.
c) Escrituração Contábil
É o registro dos fatos através do lançamento com base em documento hábil e idôneo.
NOTA: É importante que o profissional contábil habilitado observe as normas brasileiras de contabilidade
utilizadas para o terceiro setor que são aplicáveis as organizações religiosas.
39
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil no artigo 2º dispõe sobre a finalidade da Igreja como organização
religiosa, evidenciando com clareza sua atividade tipicamente espiritual.
Art. 2º – "A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e
verdade, pregar o evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e
"ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos,
na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos princípios de fraternidade
cristã e o cresci- mento de seus membros na graça e no conhecimento de Nosso Senhor
Jesus Cristo".
Quanto ao Ministro a CI/IPB expressa sobre sua fundamental importância para o desenvolvimento da atividade
espiritual da Igreja.
Constata-se então, que a relação da Igreja com o ministro é de cunho eminentemente espiritual.
A professora Alice Monteiro de Barros em sua obra "Curso de Direito do Trabalho", 4ª edição, Editora LTR, leciona:
41
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
IDENTIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO
TRIBUNAL: 2ª Região DECISÃO: 24/09/2001
NÚMERO ÚNICO PROC: RO01 - RECURSO ORDINÁRIO TURMA: 01 ÓRGÃO
JULGADOR - PRIMEIRA TURMA
EMENTA
Relação de emprego. Pastor Evangélico. Não é empregado aquele que divulga a sua fé. Não se
trata, tecnicamente, de um trabalho, mas de uma missão. Não se trata de uma profissão de ofício,
mas de uma profissão de fé. Não há subordinação jurídica, mas divina. Os aspectos materiais
dessa missão decorrem das necessidades da vida moderna, são circunstanciais, e não
elementos jurídicos de um contrato. São, enfim, coisas da alma e do espírito, coisas do homem
com a sua crença, e não simples relação de trabalho do homem para o homem.
DECISÃO
Por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, para rejeitar integralmente o pedido. Custas por reversão.
IDENTIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO
TRIBUNAL: 2ª Região DECISÃO: 25/04/2006 ANO: 2004
RECURSO ORDINÁRIO TURMA: 10ª
ÓRGÃO JULGADOR - DÉCIMA TURMA
EMENTA
Relação de Emprego. Pastor Evangélico. Músico de Igreja. Inexistência. O exercício de
determina- das tarefas, no âmbito dos templos religiosos, dentre as quais a do labor pastoral e a
de tocar instrumentos musicais, via de regra, são encaradas como atribuições naturais
cometidas aos seus seguidores, cujo escopo fundamental é atingir o caminho da salvação
prometida pelos Evange- lhos. Enfoque diverso, depende de prova robusta que comprove que as
atividades foram exercidas
42
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
DECISÃO
Por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, para manter íntegra a r. sentença de origem, por seus
próprios e jurídicos fundamentos.
TST - RR - 104323/94, Rel.: Min. Ursulino Santos - DJ 25.11.94. “Relação de emprego. Trabalho Religi-
oso. Pastor. Inexiste contrato de trabalho entre um pastor e sua igreja. Apesar da atividade intelectual e física, o
traço de união é a fé religiosa decorrente da vocação, sem a conotação material que envolve o trabalhador comum”.
43
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Portanto, a Igreja deverá contratar o obreiro - evangelista observando a legislação trabalhista, dando-o todos os
direitos de trabalhador celetista, tais como fgts, férias, 13º salário, entre outros.
A Igreja Presbiteriana do Brasil cuida e ampara seus ministros conforme decisões a seguir:
CÔNGRUAS PASTORAIS
SC-E-2010- Doc. 26 - Doc. XXVI - Quanto ao documento 072 - Ementa: Proposta de Revisão - Data
Reajuste das Côngruas Pastorais. Considerando: 1 - Que o reajuste das côngruas pastorais no mês de Janeiro
facilita o planejamento financeiro das Igrejas; O SC/IPB - 2010 RESOLVE: 1 - Alterar para o mês de
Janeiro a data de reajuste das côngruas pastorais; 2-revogar todas as disposi- ções
contrárias. 3-determinar que a SE-SC/IPB dê ciência a todos os Presbitérios.
CE-2007- Doc. 141 - CE-SC/IPB-2007 - DOC. CXLI - Quanto ao documento 208 - Ementa: Proposta de
emenda Constitucional. Considerando: 1. Que a natureza do trabalho ministerial não implica em vínculo
empregatício; 2. Que já existe jurisprudência na lei sobre o referido assunto; 3. Que esta matéria não
configura uma emenda constitucional; A CE-SC/IPB-2007 RESOLVE: 1. Tomar
conhecimento; 2. Não atender; 3. Recomendar que as igrejas usem a rubrica "Côngruas
Pas- torais", desvinculando o termo de quaisquer noções salariais.
CASA PASTORAL
CE-2007- Doc. 229 - CE-SC/IPB-2007 - DOC. CCXXIX - EMENDA ADITIVA - Considerando que a
Comissão Executiva, por delegação de poderes do SC IPB em sua resolução CE-SC/IPB-2007 - DOC.
CXXVII, ao revogar integralmente a Resolução SC-074-007; Considerando que a resolução tratava de
salários direto e indireto, este representado pela casa do ministro; Considerando que a manutenção do status
que trará prejuízos aos pastores, além de gerar instabilidade e insegurança aos mesmos; Considerando que a
Resolução CE-SC/IPB-2007 - DOC. CXXVII é omissa quanto a questão de auxílio moradia. A CE-SC/IPB-
2007 RESOLVE aprovar a seguinte emenda aditiva: 08)
44
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
FÉRIAS
CI/IPB – Art. 40 – É assegurado, anualmente, aos ministros em atividade, o gozo de um mês
de férias, seguida ou parceladamente, com os vencimentos.
BENEFÍCIOS
A Igreja Presbiteriana do Brasil oferece aos seus Ministros:
• FAP (Fundo de Assistência Pastoral): CE 95 - 120 - Doc. LXXXVI
• UNIMED: CE-SC/IPB - 2007 - Doc. CCXXXII; CE-SC/IPB - 2008 - Doc. CLXXXV
• IPB/PREV: CE - 96 - 100 - Doc. C; SC 2006 Doc. 112; CE-SC/IPB 2007 - Doc. 247; CE-SC/IPB 2008 -
Doc. CLXXXV
A lei trata o pastor e qualquer outro religioso com a denominação de "ministro de confissão religiosa" e ainda de
"membro de instituto de vida consagrada", "membro de congregação" e "membro de ordem religiosa".
De acordo com a legislação previdenciária o ministro de confissão religiosa ou pastor é segurado obriga- tório,
na categoria de contribuinte individual (anteriormente "equiparado a trabalhador autônomo). Isso quer dizer
que a filiação dele não é uma faculdade. Obrigatoriamente deve-se filiar à Previdência. Outros segurados
obrigatórios: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial, conforme legislação que
citaremos a seguir.
A IN/RFB 971/2009, no seu art. 9º, inciso VIII, diz que "deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de
contribuinte individual: O ministro de confissão religiosa ou o membro de vida consagrada, de congre-
gação ou de ordem religiosa."
O ministro é segurado obrigatório da Previdência Social, na condição de contribuinte individual conforme preconiza
o artigo 12, inciso V, alínea C da Lei 8.212/91, conforme segue:
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [. ]
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/99). [. ]
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa (Redação determinada pela Lei nº 10.403, de 08/01/02).
45
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Sendo assim, é imprescindível que o Ministro efetue sua inscrição perante a Previdência
Social, o que pode ser realizado via internet.
Quanto à Contribuição Social Previdenciária do Ministro a Instrução Normativa MPS/ SRP nº
3, de 14/07/2005 é taxativa:
Art. 79. A contribuição social previdenciária do segurado contribuinte individual é: [...]
§ 4º A contribuição do ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada, de
congregação ou de ordem religiosa, na situação prevista no § 10 do art. 69, a partir de 1º de abril de 2003,
corresponderá a vinte por cento do valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário de
contribuição.
TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados contribuintes individual e facultativo para
pagamento de remuneração a partir de 01 de janeiro de 2016.
880,00 5,00*
880,00 11,00**
880,00 até 5.189,82 20,00
* Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurada (o) facultativo que se dedique ex-
clusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência.
** Plano Simplificado
Como contribuinte obrigatório cabe ao ministro de confissão religiosa contribuir com a Previdência Social,
estabelecendo a lei uma alíquota que deve incidir sobre o salário-de-contribuição ou base cálculo.
Alíquota: Como contribuinte individual o religioso deverá contribuir com o valor equivalente a 20% sobre
o salário-de-contribuição, conforme art. 21 da Lei de Custeio.
Costumeiramente se afirma que pode haver contribuição com alíquota de 11%. É verdade. E também com alíquota
de 5%. No entanto, nenhuma dessas possibilidades se aplica ao pastor.
Alíquota de 11%: O art. 12 da Lei 8.28.212, prevê a possibilidade de pagamento de alíquota de 11%, MAS
aplica-se tão somente àquele que trabalha por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
equiparado e ainda o segurado facultativo. Não é o caso do pastor, pois ele não se adequa à ideia de trabalho
por conta própria nem sem relação de trabalho (não confundir com
46
OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
relação de emprego: o pastor não é empregado, mas tem relação de trabalho com a igreja). Alíquota de 5%:
aplicável apenas no caso de microempreendedor individual e do segurado facultativo. Oportuno lembrar que os
casos de contribuição com alíquotas de 11% e 5% decorrem de opção do segurado de exclusão do direito ao
benefício de aposentadoria por tempo de serviço. Reforço: não se aplica ao pastor!
O Supremo Concílio/IPB proferiu importantes decisões sobre a contribuição previdenciária do Pastor: CE-2007-
Doc. 5 - CE-SC/IPB - DOC. V - Quanto ao documento 167 oriundo do SC/IPB-2006. Emen- ta:
Quanto ao Doc. 285 - Elaboração de normas efetivas de contribuição ao INSS por parte dos
ministros. A CE-SC/IPB-2007 RESOLVE: 1. Tomar conhecimento. 2. Aprovar nos seguintes ter-
mos: Considerando: 1 - Que o SC/IPB tem se pronunciado várias vezes sobre a referida
matéria, sem que haja efetivo acatamento às decisões, de modo que há ministros que não
recolhem os valores devidos ao INSS; 2 - que a contribuição ao INSS é fundamental para
regularização do ministro em termos de seguridade e, inclusive, contratação de qualquer
outro plano de providên- cia privada; 3 - que situações de ministros jubilados ou viúvas de
ministros que não recolheram devidamente suas contribuições ao INSS produzem enormes
desgastes não apenas para o mi- nistro e seus familiares, mas, especialmente, para os
presbitérios; 4 - que os Presbitérios, nos termos da alínea "m" do Art. 88 da CI/IPB, são
responsáveis pela supervisão do cumprimento das ordens dos concílios superiores. O SC-
IPB-2006 RESOLVE: 1- Determinar aos presbitérios, que através de suas tesourarias, efetuem
levantamento do recolhimento ao INSS da contribuição dos ministros sob sua jurisdição e
fiscalizem o recolhimento dessas contribuições; 2- Determinar aos presbitérios que auxiliem
tecnicamente os seus ministros inadimplentes no processo de negoci- ação e regularização
de sua situação perante aquele órgão; 3- Estabelecer que em caso de trans- ferência de
ministro para outro presbitério que seja anexado ao documento de transferência có- pia dos
comprovantes de recolhimento da contribuição.
SC-E - 2010 - DOC. XXVII: Quanto ao documento 073 - Sobre Contribuição de Pastores
Junto ao INSS. Considerando: 1-Que o ministro de confissão religiosa é segurado obrigatório da Previdên-
cia Social, na condição de contribuinte individual conforme preconiza o artigo 12, inciso V, alínea C, da Lei
8.212/91; 2-que a Instrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14/07/2005 é taxativa, pois no seu artigo 79,
parágrafo 4º diz "A contribuição do ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, na situação prevista no parágrafo 10, do artigo 69, a partir
de 1º de abril de 2003, corresponde a vinte por cento do valor por ele declarado, observados os limites
mínimo e máximo do salário de contribuição. 3-que existem as decisões SC- 1970, doc CXXIII; CE-2006,
doc 80; CE-2007, doc CXXVII; CE-2007, doc CXLI; CE-2007, doc V; 4-
que os pastores são membros dos Presbitérios; 5-que os Presbitérios são normatizados por deci- sões do
SC/IPB; 6-que a exigência da contribuição previdenciária para os pastores é também uma norma da
legislação previdenciária e que a IPB através de suas decisões determina que os pastores as cumpram; 7-que
esta norma só traz benefícios ao ministro; 8-que os benefícios previdenciários são calculados tendo como
base de cálculo os valores recolhidos junto ao INSS. O SC-E/IPB - 2010 RESOLVE: 1- Determinar que
os pastores recolham à Previdência Social no percentual de 20% sobre o seu rendimento
declarado, respeitado o teto de contribuição, de acordo com a legislação em vigor; 2-
revogar as decisões em contrário.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
44 - Como deve ser a contribuição e o desconto da entidade religiosa sobre o valor pago ao
minis- tro de confissão religiosa?
De acordo com o parágrafo 13 do art. 22 da Lei 8.212/91, não se considera remuneração
direta ou indireta, para efeito de contribuição previdenciária, os valores dispendidos pelas
entida- des religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão
religiosa, mem- bros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em
condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado.
Portanto, o valor pago ao ministro de confissão religiosa não é considerado remuneração, a
menos que seja pago por tarefa executada, como exemplo, pela quantidade de missas reza-
das, ou por casamento celebrado, por batismo, etc. Quando o valor é pago mensalmente
para a subsistência do religioso, a lei não considera como remuneração, portanto não deve
ser informado na GFIP e nem ser descontada a contribuição do religioso. Só deve ser
informado na GFIP, quando o valor for considerado remuneração.
Neste caso, o ministro de confissão religiosa deverá recolher sua contribuição sobre o
valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário-de-
contribuição, utili- zando o código de recolhimento de contribuinte individual.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1º – O art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 22........................................................................”
§ 12. (VETADO)
§ 13. Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os valores
despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa,
membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister
religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da
quantidade do trabalho executado."
Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Os Ministros que gozam do benefício previdenciário da aposentadoria, seja por tempo de serviço ou por idade, que
continuem em plena atividade ministerial, permanecem como segurados obrigatórios, na con- dição de
contribuintes individuais, devendo continuar recolhendo a contribuição previdenciária, conforme art. 12 instrução
normativa 971 de 2009, vejamos:
“Art. 12. O aposentado por qualquer regime de previdência social que exerça atividade remunerada
abrangida pelo RGPS é segurado obrigatório em relação a essa atividade, nos termos do § 4ºdo art. 12 da Lei nº
8.212, de 1991, ficando sujeito às contribuições de que trata a referida Lei."
A obrigação acessória, apesar do nome, não acompanha necessariamente a principal. Isso quer dizer que o fato de
inexistir a obrigação principal de pagar tributo ou multa, não significa que a igreja deixe de ter de cumprir o dever
de apresentar as declarações de DCTF e DIRF, por exemplo.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Portanto, é de fundamental relevância, o conhecimento e estudo das obrigações pertinentes à igreja, conforme
detalhamos a seguir:
II – Obrigações Permanentes
São obrigações que devem ser cumpridas em todos os meses do ano.
a) Salários
É a retribuição devida e paga diretamente pelo empregador (igreja) ao empregado (zelador, vigia, secretária,
etc.), de forma habitual, não só pelos serviços prestados, mas pelo fato de se encontrar à dispo- sição daquele, por
força do contrato de trabalho, observando-se o piso salarial do sindicato pertinente.
Deverá ser pago o salário estipulado por mês até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido, considerando-
se o sábado, para este efeito, como dia útil.
A igreja é responsável por produzir documento comprobatório próprio, ou seja, recibo de pagamento de
salários e a folha de pagamento, devendo estes, serem guardados mediante arquivo, para eventual exibição junto a
fiscalização, quando solicitados e servirão como prova de pagamento quando houver necessidade (exemplo:
reclamatória trabalhista).
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
b) FGTS
É um depósito bancário destinado a formar uma poupança para o trabalhador, que poderá ser saca- da nas
hipóteses previstas na lei, principalmente quando é dispensado sem justa causa. O fato gerador do FGTS é a
remuneração mensal paga ao empregado no mês anterior, de cujo valor calcula-se o percentual de 8% (oito por
cento).
O recolhimento terá de ser realizado até o dia 7 (sete) de cada mês, devendo ser antecipado quando não
houver expediente bancário.
Para prestar informações ao FGTS e à Previdência Social, bem como para a geração da Guia de
Recolhimento do FGTS (GRF), a igreja deverá utilizar obrigatoriamente o Sistema Empresa de Recolhi- mento do
FGTS e Informações à Previdência (SEFIP).
O arquivo SEFIP deverá ser transmitido com as informações à Previdência Social mesmo que não haja
recolhimento do FGTS.
Exemplo: Declaração à Previdência pela igreja de serviços prestados por autônomo.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
c) Contribuição Previdenciária
A igreja deverá recolher a contribuição Patronal, a descontada dos empregados e a de terceiros, tendo como
base de cálculo a remuneração do empregado, paga no mês anterior, até o dia 20 (vinte) de cada mês, através da
GPS (Guia da Previdência Social).
Desde 01/04/2003, as igrejas estão obrigadas a reter a contribuição previdenciária do segurado contribuinte
individual a seu serviço, e recolher o produto arrecadado, juntamente com a contribuição patronal a seu cargo. A
retenção é de 11% do total da remuneração paga ou creditada no decorrer do mês, observado o limite máximo
previdenciário.
O recolhimento poderá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente
bancário no dia 20.
TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador
avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2016
Se a mãe e o pai estão nas categorias e faixa salarial que têm direito ao salário-família, os dois recebem o benefício.
A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do
empregado.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Comércio Varejista;
Comércio Armazenador;
Auto-escola;
Curso Livre;
Locações Diversas;
Partido Político;
Empresas de Factoring.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
CNAE DENOMINAÇÃO
94.9 Atividades de Organizações Associativas Não Especificadas Anteriormente
94.91-0 Atividades de Organizações Religiosas
9491-0/00 Atividades de Organizações Religiosas
Exemplo prático: Igreja admite zelador, que tem 01 (um) filho com idade até 14 anos, com Remuneração de
R$880,00 e contrata contribuinte individual eletricista para prestação de serviços no mês de 03/2016 com
remuneração de R$200,00.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Importante: A Igreja precisa verificar se o prestador de serviço é inscrito na Previdência Social. Caso não seja, a
Igreja deverá colaborar para que o mesmo efetue sua inscrição, pois se não o fizer torna-se inviável sua contratação.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Deduções
01 Cota Salário Família R$ 29,16
Subtotal R$ 29,16
Valor a Recolher R$ 339,08
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados contribuintes individual e facultativo para
pagamento de remuneração a partir de 01 de janeiro de 2013.
880,00 5,00*
880,00 11,00**
880,00 até 5.189,82 20,00
* Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurada (o) facultativo que se dedique ex-
clusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência.
** Plano Simplificado
Exemplos Práticos:
1 – Ministro de Confissão Religiosa que percebe mensalmente a côngrua pastoral no valor de R$2.330,00, sendo
R$2.330,00 x 20% = R$466,00
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
2 – Ministro de Confissão Religiosa que percebe mensalmente a côngrua pastoral de R$ 6.780,00. Limite
máximo do salário de contribuição - R$ 5.189,82 x 20% = R$ 1.037,96
Valor a ser recolhido no carnê = R$ 1.037,96
3 – Ministro de Confissão Religiosa que percebe mensalmente a côngrua pastoral de R$ 4.000,00. Limite
máximo do salário de contribuição - R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00
Valor a ser recolhido no carnê = R$ 800,00
Tabela Progressiva para o cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir de abril/2015
Até 1.903,98 – –
Relação de Dependência
• Companheiro(a) com o(a) qual o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 (cinco) anos, ou cônjuge.
• Filho(a) ou enteado(a) até 21 (vinte e um) anos.
• Filho(a) ou enteado(a) universitário(a) ou cursando escola técnica de 2º grau, até 24 (vinte e quatro) anos.
• Filho(a) ou enteado(a) em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho.
• Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a guarda judicial,
até 21 (vinte e um) anos.
• Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, com idade de 21 até 24 anos, se ainda estiver
cursando estabelecimento de nível superior ou escola técnica de 2º grau, desde que o contribuinte tenha
detido sua guarda judicial até os 21 anos.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
• Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a guarda judicial,
em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho.
• Pais, avós e bisavós que, em 2015, receberam rendimentos, tributáveis ou não até R$ 22.499,13.
• Menor pobre, até 21 (vinte e um) anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual tenha a guarda judicial.
• A pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
BASE LEGAL:
Portanto, conforme legislação acima, sobre a importância paga ao pastor deve incidir sim o imposto de renda na fonte,
conforme a tabela progressiva do IRRF da Secretaria da Receita Federal do Brasil em vigor.
Base de cálculo
Art. 15 – A base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda na fonte é determinada mediante
a dedução das seguintes parcelas do rendimento tributável:
I – as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do direito de
família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de
alimentos provisionais;
II – a quantia equivalente a R$ 189,59 (cento e oitenta e nove reais e cinquenta e nove centavos), por
dependente;
III – as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
IV – as contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil e as contribui- ções
para os Fapi, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados
aos da Previdência Social, no caso de trabalhador com vínculo empregatício ou de admi- nistradores;
V – o valor de até R$ 1.787,77 (um mil, setecentos e oitenta e sete reais e setenta e sete centavos)
correspondente à parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, transferência para a
reserva remunerada ou reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou por entidade de previdência privada, a
partir do mês em que o contribuinte completar sessenta e cinco anos de idade.
Exemplo Prático:
1 - Igreja contrata pedreiro para prestar serviços referente a reforma no valor de R$3.000,00 no mês de março de
2016. O pedreiro é casado, sua esposa é do lar, e tem um filho menor.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
CAMPO
DO DARF O QUE DEVE CONTER
01 Nome e telefone do contribuinte.
02 Data da ocorrência ou do encerramento do período base no formato DD/MM/AAAA.
03 Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacio- nal da
Pessoa Jurídica (CNPJ).
04 Código da receita que está sendo paga. Os códigos de tributos administrados pela RFB
podem ser obtidos na Agenda Tributária, no endereço http://
www.receita.fazenda.gov.br.
05 Preencher conforme orientações da RFB para receitas que exigem o preenchimento deste
campo.
06 Data de vencimento da receita no formato DD/MM/AAAA.
07 Valor da receita principal que está sendo paga.
08 Valor da multa, quando devida.
09 Valor dos juros de mora, ou encargos do DL - 1.025/69 (PFN), quando devidos.
10 Soma dos campos 07 a 09.
11 Autenticação do Agente Arrecadador.
2 - Ministro de Confissão Religiosa que percebe mensalmente a côngrua pastoral de R$ 6.780,00. Limite
máximo do salário de contribuição - R$5.189,82 x 20% = R$ 1.037,96
Valor a ser recolhido no carnê - R$ 1.037,96
Dependentes - Esposa e filho
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
3 - Ministro de Confissão Religiosa que percebe mensalmente a côngrua pastoral de R$ 4.000,00. Valor do
salário de contribuição - R$ 4.000,00 x 20% = R$ 800,00
Valor a ser recolhido no carnê - R$ 800,00 Dependente
- filho
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TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
OBRIGAÇÕES MENSAIS
OBRIGAÇÃO PRAZO DE CUMPRIMENTO ATÉ
Salários O 5º dia útil do mês seguinte
Depósito do FGTS O dia 7 de cada mês
Remessa da cópia da GPS ao Sindicato O dia 10 de cada mês
Contribuição previdenciária do contribuinte Até o dia 15 do mês seguinte ao da competência
individual
IR na Fonte O último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente à
ocorrência do fato gerador
Contribuições previdenciárias e retenções Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência
PIS – Folha de Pagamento Até o 25º dia do mês subsequente a ocorrência do fato
gerador
Contribuição Sindical dos Empregados Até o último dia do mês seguinte ao desconto
DCTF Até o 15º dia útil do 2º mês subsequente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores
Janeiro
• Contribuição Sindical Patronal
É o encargo devido pela igreja ao sindicado representativo da categoria econômica e deve ser recolhido
até o último dia útil do mês de janeiro.
Fundamentação Legal: Artigo 580, III da CLT.
Fevereiro
• DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte
A Igreja informa anualmente à Receita Federal através da DIRF, os valores do IRRF retidos na fonte,
sobre os rendimentos pagos ou creditados aos seus colaboradores, prestadores de servi- ço e ministros.
Prazo de entrega da DIRF: O prazo de entrega da DIRF se encerra no último dia útil do mês de
fevereiro do ano subsequente ao ano-calendário anterior.
Forma de apresentação: A DIRF deverá ser apresentada exclusivamente pela internet, através do
programa Receitanet, independente da quantidade de registros ou do tamanho do arquivo. Vale observar
que, na transmissão de dados, a DIRF será submetida a validações que poderão impedir a entrega da
declaração.
Penalidades: A falta de apresentação da DIRF no prazo fixado pela legislação ou sua apresen- tação
fora de prazo submete o declarante à multa de 2%, por mês-calendário ou fração de atraso, incidente o
montante do imposto e contribuições informados, ainda que integralmente
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
pagos, limitada a 20% desse valor. Para a DIRF do ano-calendário 2007 entregue com atraso será emitida
notificação de multa por atraso na entrega, no ato de transmissão.
A multa não será inferior a: R$ 200,00, tratando-se de pessoa física e pessoa jurídica inativa e pessoa
jurídica optante pelo SIMPLES; e R$ 500,00, nos demais casos.
A multa terá como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega
da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-apresen- tação, da lavratura
do auto de infração.
O declarante que apresentar a DIRF fora de prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício, obterá
o benefício de redução da multa em 50%. Se houver a apresentação no prazo fixado em intimação, a
multa será reduzida em 25%.
• Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda
A igreja que pagar rendimentos com retenção na fonte deve fornecer à pessoa física beneficiária (ministro,
colaborador, prestador de serviço) o comprovante de rendimento até o último dia do mês.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Março
• Contribuição Sindical dos Empregados
A igreja é obrigada a descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de
cada ano, a contribuição sindical por ele devida ao respectivo sindicato.
Fundamentação Legal: Artigo 580, I e Artigo 582 da CLT
Exemplo prático - Remuneração de zelador no mês de março/2016 (R$880,00):
R$880,00/ 30 = R$29,33
Contribuição Sindical devida = R$29,33
• RAIS - Relação Anual de Informações Sociais
Funciona como um censo anual do mercado formal de trabalho, disponibilizando informações sobre tipo
de vínculo, remuneração, grau de instrução, data de nascimento e nacionalidade dos trabalhadores. Em
relação aos estabelecimentos, a RAIS possibilita a obtenção de informações sobre o tipo de atividade
econômica, a variação nos diferentes setores da economia e o tamanho das empresas.
• RAIS Negativa
A igreja que não tiver empregados deverá informar apenas os campos que identificam a mesma, podendo
para tanto, utilizar-se dos programas GDRAIS ou RAIS Negativa Web.
Prazo de entrega: Neste ano o prazo de entrega da RAIS teve início no dia 15/01/2013 e encer- rou-se
no dia 08/03/2013, para qualquer forma de declaração e independente do número de empregados
relacionados, devendo a entrega ser feita via Internet.
Penalidades: O empregador que não entregar a RAIS no prazo legal ficará sujeito à multa a ser
cobrada em valores monetários a partir de R$ 425,64, acrescidos de R$53,20 por bimestre de atraso,
contados até a data de entrega da RAIS respectiva ou da lavratura do auto de infração, se este ocorrer
primeiro.
O valor da multa resultante da aplicação, mencionado anteriormente, deverá ser acrescido de percentuais, em
relação ao valor de R$ 42.564,00, a critério da autoridade julgadora, na seguinte proporção:
I – de 0% a 2,5% - para empresas com 0 a 25 empregados; II – de
2,6 a 5,0% - para empresas com 26 a 50 empregados;
III – de 5,1% a 7,5% - para empresas com 51 a 100 empregados; IV – de
7,6% a 10,0% - para empresas com 101 a 500 empregados;
V – de 10,1% a 15,0% - para empresas com mais de 500 empregados.
Omissão de Informações ou Declaração Falsa ou Inexata: O empregador que omitir informa-
ções ou prestar declaração falsa ou inexata ficará sujeito à multa a ser cobrada em valores monetários a
partir de R$ 425,64, acrescidos de R$ 26,60 por empregado omitido ou declarado falsa ou inexatamente.
Maio
• Salário-família
O empregado para se habilitar ao recebimento do salário família deve apresentar, no mês de maio de cada ano,
o comprovante de frequência à escola, referente às crianças a partir de 07 anos de idade.
Novembro
• Primeira Parcela do 13º Salário
A igreja está obrigada a pagar a primeira parcela do 13º salário, cujo prazo se encerra no dia 30
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
de novembro, uma vez que a legislação vigente determina que essa gratificação deve ser paga entre os
meses de fevereiro e novembro de cada ano.
• Salário Família
O empregado para se habilitar ao recebimento do salário-família deve apresentar, no mês de novembro,
da mesma forma que já fez em maio, o comprovante de frequência à escola, referen- te às crianças a
partir de 07 anos de idade. Ainda no mês de novembro, o empregado deverá apresentar a caderneta de
vacinação ou equivalente, comprovando a aplicação das vacinas obrigatórias nas crianças menores de 07
anos de idade.
Dezembro
• Segunda Parcela do 13º Salário
O pagamento da segunda parcela do 13º salário terá de ser efetuado até o dia 20 de dezembro de cada
ano, prazo estabelecido na legislação vigente.
• Contribuição Previdenciária do 13º Salário
Recolher as contribuições relativas ao 13º salário até o dia 20 de dezembro. Se não houver expediente
bancário neste dia, o recolhimento deve ser antecipado. A Igreja deve recolher a contribuição relativa.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Exemplo e orientações no envio conforme portaria 768 de 28/05/2015 - NOVAS REGRAS PARA
DECLARAÇÃO DO CAGED
2) O que deve ser enviado: No dia 12 de agosto de 2014 deverão ser enviadas as Admissões antecipa- das, de
que trata a Portaria 768/2014, do período de 1 a 11 e agosto e do dia 12 de agosto de 2014. A partir do dia 13
de agosto enviar as admissões no dia da admissão.
3) Como Declarar: Utilizar o layout disponível já utilizado do CAGED, disponível no endereço: https://
granulito.mte.gov.br/portalcaged/paginas/layout/TL_layout.xhtml ou ainda pelos aplicativos ACI ou FEC. As
demais orientações de preenchimento permanecem as mesmas.
IMPORTANTE: A admissão antecipada do trabalhador em percepção do Seguro-Desemprego SO- MENTE
deve ser enviada no mesmo dia da data de admissão após o trabalhador ter entrado EFETI- VAMENTE em
atividade.
4) Como Consultar o Trabalhador: Para a realização de consulta a situação de trabalhadores que estão
requerendo ou em percepção do benefício Seguro-Desemprego os trabalhadores deverão acessar o sítio
"maisemprego.mte.gov.br", consulta "menu - Trabalhador", na aba "Seguro-Desemprego".
Multa CAGED
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
• NORMAS REGULAMENTADORAS
PPP = Perfil Profissiográfico Previdenciário
PCMSO = Programa Controle Médico de Saúde Ocupacional
LTCAT = Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho
PPRA = Programa Prevenção de Riscos Ambientais
• Férias
A Constituição Federal e a CLT asseguram aos trabalhadores o gozo de férias anuais remuneradas, com pelo
menos um terço a mais do que o salário normal (terço constitucional de férias).
As férias devem observar um período de trinta dias corridos para todos os tipos de empregados.
Período de Férias
Período aquisitivo: são os doze meses iniciais em que o trabalhador adquire seu direito às férias. Período
concessivo: são os doze meses subsequentes ao período aquisitivo nos quais o empregado deverá gozar as suas
férias.
Exemplo:
– Admissão: 01/05/2008
– Período aquisitivo: 01/05/2008 a 30/04/2009
– Período concessivo: 01/05/2009 a 30/04/2010
Durante o período concessivo, o empregador deverá conceder as férias ao empregado a seu único e exclusivo
critério, desde que lhe avise com a antecedência mínima de 30 dias, não importando pedido do empregado ou
sequer sua concordância, em um só período (Arts.134 e 136 da CLT).
Não Concessão das Férias
Quando as férias não forem concedidas no curso do período concessivo, o empregador pagará em dobro a
remuneração do empregado mais o terço constitucional (art.137 da CLT).
Requerimento do Abono de Férias
É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor
da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
Para ter direito ao abono de férias, o empregado deverá requerê-lo à empresa até 15 dias do término do
período aquisitivo.
• Termo de Responsabilidade
Para fazer jus do recebimento salário-família, o empregado, quando de sua admissão, deve firmar o termo de
responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao INSS qualquer fato ou circunstância
que determine a perda do direito ao benefício.
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
A Igreja é pessoa jurídica de direito privado, como já mencionamos anteriormente, e deverá fazer as retenções e
recolhimentos sobre as empresas prestadoras de serviço, conforme legislação em vigor.
Vejamos os impostos a serem retidos e recolhidos pela Igreja sobre pessoa jurídica:
a) RETENÇÕES IRRF: Todas Pessoas Jurídicas, inclusive os condomínios de edifícios e exceto as
empresas optantes pelo SIMPLES ME ou EPP, que contratarem com outras Pessoas Jurídicas a prestação
dos serviços que estão sujeitas à retenção da alíquota de 1,5% de IR, estarão obriga- das a realizarem a
retenção e recolhimento conforme previsão legal do Decreto nº 3.000/99 - Regulamento do IR. Sendo em
regra, o código da receita de recolhimento utilizado no DARF deverá ser 1708 e o vencimento deverá
ocorrer sempre no terceiro dia útil da semana seguinte ao pagamento da pessoa jurídica prestadora dos
serviços.
b) RETENÇÕES PIS, COFINS E CSLL: Todas Pessoas Jurídicas, inclusive os condomínios de edifícios e
exceto as empresas optantes pelo SIMPLES ME ou EPP, que contratarem com outras Pessoas Jurídi- cas a
prestação dos serviços que estão sujeitas à retenção da alíquota de 4,65% de PIS/COFINS/ CSLL,
estarão obrigadas a realizarem a retenção e recolhimento conforme previsão legal da Lei nº 13.137/2015,
publicada em 22/06/2015, dentre outras modificações que alterou a Lei nº 10.833/2003, estabeleceu que a
dispensa da retenção das contribuições para o PIS, COFINS e CSLL, que se aplica- va a pagamentos de valor
igual ou inferior a R$ 5.000,00, foi reduzida, só ocorrerá quando resultar em um valor de retenção
das contribuições igual ou inferior a R$ 10,00.
Exemplo prático:
Valor da NOTA FISCAL pela prestação de serviço = R$ 426,76
Retenções:
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 1,00%
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 3,00% PIS –
Contribuição para o Programa de Integração Social 0,65%
Cálculo:
PIS – R$ 426,76 X 0,65% = R$ 2,77
COFINS – R$ 426,76 X 3% = 12,80
CSLL – R$ 426,76 X 1% = 4,27
TOTAL DO DARF A SER RECOLHIDO = R$ 19,84
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TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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OBRIGAÇÕES FISCAIS,
TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Definição
“É um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros
e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das pes- soas jurídicas,
inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informa- ções”.
Foi instituído pelo Decreto nº 6.022/2007 e alterado pelo Decreto nº 7.979/2013.
Objetivo
• Promover a integração dos Fiscos, mediante a padronização e o compartilhamento das informa- ções
contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais de acesso;
• Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimen- to de
transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores; e
• Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos proces- sos, a
rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados
e auditoria eletrônica.
Ao lermos a definição do que é o Sistema Público de Escrituração Digital não entendemos de imedi- ato qual
o objetivo do governo nessa tal modernização da sistemática atual. Para facilitar o entendi- mento observe os
diagramas a seguir e obtenha uma prévia do verdadeiro foco do governo.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Histórico:
• Emenda constitucional n° 42/2003: Art. 37 Administração Pública direta e indireta de qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípi- os de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, ao seguinte:
[...]
XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusi- ve com o
compartilhamento de cadastro e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
• Decreto Federal n° 6.022, de 21/01/2007: Institui o SPED, como instrumento que unifica as
atividades contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante
fluxo único, computadorizado de informações.
(Redação trazida pelo Decreto 7.979, de 2013)
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
1. Definição
A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma nova obrigação acessória de caráter eminentemente fiscal
destinada a todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro
arbitrado ou lucro presumido.
A ECF passou a ser exigida em relação aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário de 2014, em
substituição à Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), ressalvada a
hipótese de pessoas jurídicas incorporadas, fusionadas, cindidas ou encerradas no ano de 2014.
A ECF caracteriza-se como uma das engrenagens que compõem o Sistema Público de Escrituração Digital
(Sped) por onde será transmitida anualmente até o último dia útil do mês de setembro do ano seguinte ao
ano-calendário a que se refira.
DIPJ – extinção
As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º.01.2014, da entrega da
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). No entan- to, no caso de
encerramento, incorporação, fusão ou cisão de empresas durante o ano-calendário de 2014, a pessoa jurídica
deve entregar a DIPJ referente a esse evento.
Nota: Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, alterada pela IN RFB nº 1.489/2014, IN RFB nº 1.524/2014,
IN RFB nº 1.574/2015 e a IN RFB nº 1.595/2015.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
c) às pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.605, de 22 de dezem- bro de
2015.
4. Prazo de entrega
A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o último dia útil
do mês de junho do ano seguinte ao ano calendário a que se refira e deverá ser assinada digitalmente
mediante utilização de certificado digital válido.
5. Penalidades
A não apresentação da ECF nos prazos fixados, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões,
acarretará aplicação, ao infrator de multas aplicadas, conforme o caso, às pessoas jurídicas tributadas pelo
real e às demais pessoas jurídicas (lucro presumido, arbitrado ou imu- nes e isentas).
A pessoa jurídica que não se adequar à divulgação e não apresentar as informações ou a fizer com atraso, fica
sujeita a multa equivalente a 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), por mês- calendário ou fração, do
lucro líquido antes da incidência do imposto sobre a renda e da contribui- ção social sobre o lucro líquido, no
período a que se refere a apuração, limitada a 10% (dez por cento). O valor da multa inicia-se em R$100,00
por cada incorreção, R$500,00 pela não entrega e pode chegar até R$ 5.000.000,00, conforme art. 57 da
Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
3.1 Definição
A EFD-Contribuições trata de arquivo digital instituído no Sistema Público de Escrituração Digital -
SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, com base no conjunto de
documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e
aquisições geradores de créditos da não-cumulatividade.
Com o advento da Lei nº 12.546/2011, arts. 7º e 8º, a EFD-Contribuições passou a contemplar também a
escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, incidente nos setores de serviços e
industrias, no auferimento de receitas referentes aos serviços e produtos nela relacionados.
Os documentos e operações da escrituração representativos de receitas auferidas e de aquisições, custos,
despesas e encargos incorridos, serão relacionadas no arquivo da EFD-Contribuições em relação a cada
estabelecimento da pessoa jurídica. A escrituração das contribuições sociais e dos créditos, bem como da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, será efetuada de forma centralizada, pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
II. as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos
valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução
Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais);
III. as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário ou desde a data de
início de atividades, relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se encontravam
nessa condição;
IV. os órgãos públicos;
V. as autarquias e as fundações públicas; e
VI. as pessoas jurídicas ainda não inscritas no CNPJ, desde o mês em que foram registrados seus atos
constitutivos até o mês anterior àquele em que foi efetivada a inscrição.
§ 1º – São também dispensados de apresentação da EFD-Contribuições, ainda que se encon- trem inscritos
no CNPJ ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:
§ 7º A pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real ou Presumido
ficará dispensada da apresentação da EFD-Contribuições em relação aos correspon- dentes meses do ano-
calendário, em que:
I. não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra natureza, sujeita ou
não ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção, não incidência, suspensão ou alíquota
zero;
II. não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não cumulatividade do
PIS/Pasep e da Cofins, inclusive referentes a operações de importação.
§ 8º – A dispensa de entrega da EFD-Contribuições a que se refere o § 7º, não alcança o mês de dezembro do
ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação a esse mês, proceder à entrega regular
da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do ano-calendá- rio em que não auferiu receitas e não
realizou operações geradoras de crédito.
3.5 Penalidades
Multa pelo atraso e pela não entrega (Lei 12.873/2014)
I. Por apresentação Extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que
estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração
apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional;
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas
jurídicas;
II. Por não atender a intimação da RFB:
Nunca inferior a 45 dias. R$ 500,00 por mês-calendário ou fração.
III. Por apresentar com informações omitidas ou inexatas:
1) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comer- ciais ou das
operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em rela- ção aos quais seja
responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta;
§ 3º – Redução de 50% antes de qualquer procedimento fiscal.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
4.1 Definição
A Escrituração Contábil digital é parte integrante do projeto SPED a que se refere o Decreto nº 6.022, de 22
de janeiro de 2007, que busca promover a integração dos fiscos mediante a padronização, racionalização e
compartilhamento das informações digitais, bem como integrar todo o processo relativo à escrituração
contábil, com a substituição do atual documentário em meio físico (papel) por documento eletrônico com
validade jurídica para todos os fins.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
4.5 Penalidades
A não apresentação da ECD até o último dia útil do ano seguinte implicará em multa no valor de R$
5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração.
Nova Multa pela Lei 12.873/2014
I. Por apresentação Extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurí- dicas
que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração
apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional;
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às de- mais
pessoas jurídicas;
II. Por não atender a intimação da RFB: Nunca inferior a 45 dias.......R$ 500,00 por mês-calendá-
rio ou fração.
III. Por apresentar com informações omitidas ou inexatas:
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais),do valor das transações comer-
ciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais
seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta;
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais),
do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de
terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou
incompleta.
§ 3º – Redução de 50% antes de qualquer procedimento fiscal.
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NOVAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
5.1 Definição
É um instrumento de unificação da prestação das informações das obrigações trabalhistas, previdenciárias e
fiscais, que padroniza sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo um ambiente
nacional.
(Redação do Art. 2º da minuta da Portaria Interministerial)
5.2 Objetivo
Estabelecer a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e
fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de
produção rural.
(Redação pelo artigo no item 1, Capítulo 1 do Manual de Orientação definitivo)
5.3 Detalhamento
Consórcio e-Social
O e-Social era a princípio um dos módulos do projeto SPED, mudando várias vezes de nome, e- FOPAG, e-
Previdenciário, Sped Folha, EFD Social até chegar em e-Social, mas em nenhum mo- mento chamou a
atenção das três esferas de governo envolvidas na criação da base única das obrigações acessórias, apesar de
estar incluído como módulo era do interesse da união. A ideia para resolver esse dilema foi a criação de um
consórcio para implantação do projeto.
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Simplificação
Com a implantação do e-Social desaparecerão:
DCTF Previdenciária: Unificação dos procedimentos no âmbito da RFB de cobrança, parcelamentos e certidão
negativa.
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5.5 Identificadores
A partir da data de entrada em vigor do e-Social os empregadores serão identificados apenas pelo CNPJ, se
pessoa jurídica e apenas pelo CPF, se pessoa física. No lugar da matrícula CEI para as pessoas físicas, foi
criado o CAEPF - Cadastro de Atividades de Pessoa Física, que será um número sequencial, acoplado ao
número do CPF. A pessoa física deverá providenciar registro no CAEPF, obedecendo a normas previstas em
ato normativo próprio a ser publicado oportunamente.
No lugar da matrícula CEI para as obras de construção civil, foi criado o CNO - Cadastro Nacional de Obras,
que será sempre acoplado a um CNPJ ou CPF. As matrículas CEI existentes na data de implantação do e-
Social relativas a obras, comporão o cadastro inicial do CNO.
Os trabalhadores por sua vez, terão como identificadores obrigatórios, o CPF e o NIS (NIT, PIS ou PASEP).
O par "CPF x NIS" deverá estar consistente com o CNIS - Cadastro Nacional de Informa- ções Sociais e será
validado no ato da transmissão. Sua inconsistência gerará recusa no recebimen- to da informação.
Qualificação cadastral
A validação dos dados do trabalhador dar-se-á pela informação dos seguintes dados:
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A chave do trabalhador no e-social é o CPF associado ao NIS, ou seja, os dados cadastrais deverão estar atualizados
em todos os órgãos.
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• Encargos sociais;
• Políticas de benefícios legais e espontâneos;
• Ações trabalhistas;
• Segurança e medicina no trabalho: CIPA, PPRA, PCMSO.
5.10 Conclusão
O e-Social é um projeto do governo federal que tem por objetivo desenvolver um sistema de coleta das
informações descritas no seu objeto, armazenando-as no Ambiente Nacional do e-Social, possi- bilitando aos
órgãos participantes do projeto, sua efetiva utilização para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e de
apuração de tributos e do FGTS.
O e-Social estabelece a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias,
tributárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo
empregatício, e de produção rural.
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