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Proibida a reprodução parcial ou total desse e-book sem autorização expressa do autor.
Você gosta das lendas mitológicas da Grécia e Roma Antiga? Então você
vai adorar esse E-Book! Abaixo você vai descobrir as doze famosas proezas
atribuídas a Hércules, um dos heróis mais conhecidos da antiguidade.
Além disso, você também vai ver uma seleção especial de moedas que
representam essas lendas. Todos os doze trabalhos de Hércules aparecem
no dinheiro produzido na época.
Cada uma dessas moedas antigas conta uma história única. Vamos
desbravar esse universo fascinante da numismática.
Boa leitura!
A esposa de Júpiter, chamada Juno (ou Hera), fica enraivecida por seu marido ter
gerado um filho com outra. Por isso, Juno guarda um grande ódio contra Hércules,
fazendo de tudo para atrapalhar a vida do enteado.
Ainda nos primeiros anos de vida, Juno envia duas serpentes monstruosas ao
quarto do bebê. O jovem Hércules demonstra desde cedo sua força e coragem,
matando as duas serpentes com suas próprias mãos!
Depois de passados muitos anos, a deusa Juno faz Hércules assassinar a sua esposa
e filhos no meio de um ataque de loucura. Quando ele acorda de sua insanidade
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temporária, o herói se arrepende do que fez e consulta o Oráculo de Delfos. Para
se redimir do crime, Hércules é condenado a servir o seu primo Eristeu por doze
anos e realizar todos os trabalhos que o então rei de Micenas ordenasse.
Daí surgem os doze trabalhos que Hércules é obrigado a cumprir para recuperar
a sua honra. Como Eristeu queria se livrar do primo, ele escolhe voluntariamente
tarefas inúteis e impossíveis de serem realizadas. No entanto, Hércules mostra
que é um semideus com força e coragem gigantescas!
Veja acima um painel romano do século III d.C. Ele decorava um sarcófago com a
representação de nove dos doze trabalhos de Hércules. Da esquerda para a direita:
Depois de cumprir essas tarefas, Hércules se torna imortal! Confira abaixo cada
um desses doze trabalhos e as moedas antigas que retratam as lendas.
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Como o primeiro dos doze trabalhos, Eristeu ordena que Hércules traga a pele
do Leão de Nemeia. Essa criatura mantinha várias mulheres sob o seu domínio
e fazia armadilhas para atrair outras pessoas. Ao entrar na gruta, os guerreiros
ouviam um choro feminino e, quando estavam próximos o suficiente, a mulher
se transformava em leão para devorá-los.
Hércules tenta atacar com suas armas: um arco a flechas, um tacape e uma espada
de bronze. No entanto, nenhuma delas funciona. Então ele ataca o Leão de Nemeia
com suas próprias mãos. O herói enfia seu braço na garganta do leão, sufocando
e matando a criatura.
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Decadracma cunhado em Siracusa e
datado de cerca de 400 a.C.
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A Hidra era uma criatura mitológica dos mares que possui muitas cabeças (de
cinco a centenas delas, dependendo do relato). O monstro apresenta dois poderes
sobrenaturais: o seu hálito é envenenado e suas cabeças se regeneram quando
são arrancadas.
Hércules decide chamar o seu sobrinho Lolaus para ajudá-lo a vencer a criatura.
Enquanto um corta as cabeças, o outro cauteriza rapidamente a cicatriz para
evitar que elas nasçam novamente. Assim eles conseguem finalmente matar o
monstro.
Quando Eristeu descobre que Hércules pediu ajuda para realizar o trabalho, ele
não considera o feito como válido. Veja abaixo as moedas antigas que representam
essa lenda:
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Dracma cunhado em Alexandria
por Antoninus Pius, datado de
cerca de 138-161 d.C.
Hércules passa muito tempo caçando a sua presa e, durante o inverno, consegue
identificar a toca do animal. Ele dá vários berros para atrair o javali e persegue-o
por vários dias atirando pedras e galhos. Nesse trabalho o herói não podia usar
suas armas comuns para não machucar nem matar a presa.
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Hércules continua a correr atrás do javali para cansá-lo e desestabilizá-lo. O monstro
cai na armadilha e fica atordoado. Hércules amarra as patas carrega o animal até a
casa de Eristeu. O rei fica completamente espantado com o tamanho gigantesco
do javali.
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A corça de Cerineia era conhecida por ser rápida como um raio, pertencendo ao
domínio da deusa caçadora Diana (ou Ártemis). O animal possuía chifres de ouro
e cascos de bronze. O rei Eristeu ordena que Hércules traga a corça viva e sem
ferimentos.
Durante um ano, Hércules persegue o animal por toda a Grécia até que sua presa
se canse e se refugie. O herói então atira uma flecha certeira, que imobiliza o
animal sem verter uma só gota de sangue dele.
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Dracma de Antonius Pius
representando a lenda da
corça de Cerineia, cunhado em
Alexandria por volta de 138-
161 d.C.
Hércules se beneficia da ajuda de Minerva (ou Atena) e Vulcano (ou Hefesto), que
fabricaram dois bastões de bronze. O herói faz um enorme barulho batendo os
bastões um contra o outro e isso assusta as aves. Hércules então abate a maior
parte dos animais com seu arco e flecha. Algumas aves se afogam, outras escapam,
mas nunca mais voltam para a Grécia.
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Moeda cunhada na Arcádia
por volta de 350 a.C. com a
representação de uma ave de
Estínfalo no reverso e Hércules com
a cabeça do leão de Nemeia no
anverso.
Esses estábulos tinham uma particularidade: nunca tinham sido limpos! Seu
rebanho era considerado sagrado e imune contra toda doença. O trabalho parece
impossível, pois mais de 3000 bois circulavam ali há trinta anos. Inclusive o próprio
Rei Aúgias propõe a Hércules um décimo do rebanho se ele conseguir realizar a tarefa.
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Hércules desvia as águas do rio Alfeu para lavar as imundícies dos estábulos.
Aúgias fica furioso porque estava certo que o herói não cumpriria a tarefa. O rei
não cumpre seu acordo e então começa uma guerra. Hércules volta para a cidade
com um pequeno exército, mata o rei e todos os seu filhos, exceto Fileu (que tinha
se mantido fiel ao herói).
Eristeu não considera esse trabalho como válido, pois 300 bois foram prometidos
para Hércules. Seja com ajuda de terceiros ou mediante pagamento, a tarefa não
pode ser validada. Confira abaixo as moedas que representam essa lenda:
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Na ilha de Creta havia um touro incontrolável que atacava as plantações, os
camponeses e tudo que aparecia no caminho. Os mortais não tinham capacidade
para domar o animal. O trabalho atribuído a Hércules é de capturar essa fera
selvagem.
Certos relatos contam que Hércules é enviado a Creta para matar o Minotauro.
Como sempre na mitologia greco-romana, as histórias variam muito de acordo
com a fonte. Afinal, as lendas eram transmitidas oralmente e escritas em lugares
e tempos diferentes.
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Moeda cunhada pelo imperador
romano Septimus Severus por
volta de 193-211 d.C.
Existem duas versões para essa lenda. O objetivo de Hércules é capturar as éguas
de Diomedes, rei da Trácia, e leva-las a Eristeu.
A primeira versão conta que Hércules é ajudado por seu companheiro Abdero no
momento de roubar as éguas. Eles são perseguidos por Diomedes e seus homens.
As éguas incontroláveis acabam por devorar Abdero. Hércules descobre que os
animais se alimentam de carne humana, ele então joga Diomedes como alimento.
Isso acalma os animais e o herói consegue conduzir o rebanho para Eristeu.
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Mosaico romano que representa as éguas de
Diomedes. Obra construída em Liria (Espanha) durante
a primeira metade do século III.
A pedido de sua filha, Eristeu estabelece outra tarefa para Hércules: pegar o
cinto mágico de Hipólita, a rainha das Amazonas. As Amazonas eram um povo
guerreiro composto apenas de mulheres. Elas se uniam aos homens apenas para
reproduzir a linhagem feminina, matando os progenitores e os bebês meninos.
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Eram conhecidas pela falta de pudor e de piedade.
Existem diferentes versões de histórias sobre essa lenda. O primeiro grupo de
histórias conta que Hipólita oferece seu cinto sem lutar, tamanha era a sua intriga
pelos músculos e pela pele de leão de Hércules.
Uma outra versão conta que o herói aprisiona a rainha para que ela lhe entregasse
o cinto. Há ainda uma terceira versão segundo a qual Hércules mata a rainha
Hipólita (sob influência de um ataque de loucura causado por Juno).
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O monstro Gerião é um gigante com três corpos juntos no nível da cintura: duas
pernas, seis braços, três troncos e três cabeças. Ele era considerado como o ser
mais forte do mundo e possuía um rebanho de 1000 bois. O trabalho de Hércules
é uma afronta direta ao montro: capturar os bois de Gerião.
Para realizar essa tarefa, Hércules deve viajar até a ilha de Eriteia. No caminho, ele
atravessa o deserto da Líbia, onde faz um calor escaldante. O herói se enraivece
e atira uma flecha em direção a Sol Invicto (ou Hélio), o deus do sol. Este fica
admirado com a coragem de Hércules e lhe dá uma taça de ouro, ajudando-o a
chegar até a ilha.
Assim que chega em Eriteia, ele é atacado por Órtros, um cão de duas cabeças,
irmão de Cérbero. Um pastor vem em busca do cão, mas Hércules também o mata.
Essa agitação chama a atenção do monstro Gerião. O gigante chega armado com
três escudos, três lanças e três capacetes bélicos.
Gerião persegue Hércules até um riacho, onde o herói atira uma flecha envenenada
que atravessa uma das cabeças do gigante. O monstro morre por causa do veneno,
assim o herói se empossa do rebanho de bois.
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Dracma representando os bois do
monstro Gerião. Peça cunhada
pelo imperador Antoninus Pius
entre 138-161 d.C.
O jardim das Hespérides era conhecido por seus frutos sagrados. A deusa Gaia
(ou Terra) ofereceu tais maçãs de ouro como presente a Juno quando ela se casou
com Júpiter. Mas os frutos provinham desse jardim cuja localização exata era
desconhecida de todos.
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Hércules e Atlas, por Heinrich Aldegrever.
Ilustração de 1550.
Hércules aceita a proposta e tira o peso do mundo
das costas de Atlas. Este último vai até o jardim das
Hespérides, colhe as maçãs de ouro e oferece ao
herói que ele mesmo entregue os frutos a Eristeu.
Nesse momento, Hércules pede que Atlas segure o
mundo por alguns instantes, só até que ele encontre
uma rocha e fique mais confortável.
O último trabalho do herói é capturar Cérbero, um cão com três cabeças que é
guardião da entrada do inferno.
Hércules recebe a ajuda de Minerva e Mercúrio (ou Hermes) para atravessar o rio
Estige e chegar à porta do inferno. Ele se encaminha em direção ao deus do inferno
Plutão (ou Hades) e sua esposa Proserpina (ou Perséfone). Hércules explica seu
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trabalho e pede a permissão para levar Cérbero. Os deuses do inferno aceitam,
desde que o cão não seja maltratado.
Cérbero não concorda com os seus donos e Hércules precisa lutar para leva-lo!
Ele segura o cão na base das suas três patas e aperta tão forte que Cérbero acaba
se submetendo a segui-lo. Hércules conduz o cão acorrentado a Eristeu, que se
espanta com o tamanho do monstro e ordena o herói a leva-lo de volta ao inferno.
Veja as moedas que representam essa lenda:
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Registro da SNB:
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