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Você gosta das lendas mitológicas da Grécia e Roma Antiga? Então você
vai adorar esse E-Book! Abaixo você vai descobrir as doze famosas proezas
atribuídas a Hércules, um dos heróis mais conhecidos da antiguidade.

Além disso, você também vai ver uma seleção especial de moedas que
representam essas lendas. Todos os doze trabalhos de Hércules aparecem
no dinheiro produzido na época.

Cada uma dessas moedas antigas conta uma história única. Vamos
desbravar esse universo fascinante da numismática.

Boa leitura!

Gladston Jafet Chamma


Numismata e fundador da loja online e do blog Jafet Numismática
Hércules (ou Héracles) é um herói mitológico da antiguidade. Ele é filho da união
de Júpiter (ou Zeus) com a mortal Alcmena.

A esposa de Júpiter, chamada Juno (ou Hera), fica enraivecida por seu marido ter
gerado um filho com outra. Por isso, Juno guarda um grande ódio contra Hércules,
fazendo de tudo para atrapalhar a vida do enteado.

Ainda nos primeiros anos de vida, Juno envia duas serpentes monstruosas ao
quarto do bebê. O jovem Hércules demonstra desde cedo sua força e coragem,
matando as duas serpentes com suas próprias mãos!

Moeda de Tebas cunhada em 425-395


a.C. O anverso apresenta o escudo
tradicional da região. O reverso
representa a lenda de Hércules lutando
contra as serpentes enviadas por Juno.

A Origem dos 12 Trabalhos


O ódio da deusa Juno contra Hércules desencadeia uma série de eventos que
vão culminar nos 12 famosos trabalhos do herói.

Antes do nascimento de Hércules, Júpiter havia declarado que o próximo filho da


linhagem de Perseu seria coroado rei de Micenas. Nesse caso, o herdeiro natural
do trono seria Hércules. Mas Juno fez com que Eristeu nascesse de sete meses e
se tornasse o próximo da linha sucessória. Portanto, Hércules odiava Eristeu por
ter roubado o trono de Micenas.

Depois de passados muitos anos, a deusa Juno faz Hércules assassinar a sua esposa
e filhos no meio de um ataque de loucura. Quando ele acorda de sua insanidade

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temporária, o herói se arrepende do que fez e consulta o Oráculo de Delfos. Para
se redimir do crime, Hércules é condenado a servir o seu primo Eristeu por doze
anos e realizar todos os trabalhos que o então rei de Micenas ordenasse.

Daí surgem os doze trabalhos que Hércules é obrigado a cumprir para recuperar
a sua honra. Como Eristeu queria se livrar do primo, ele escolhe voluntariamente
tarefas inúteis e impossíveis de serem realizadas. No entanto, Hércules mostra
que é um semideus com força e coragem gigantescas!

Veja acima um painel romano do século III d.C. Ele decorava um sarcófago com a
representação de nove dos doze trabalhos de Hércules. Da esquerda para a direita:

- Matar o Leão de Nemeia


- Matar a Hidra de Lerna
- Capturar o Javali de Erimanto
- Capturar a Corça de Cerineia
- Se Livrar das Aves do Lago de Estínfalo
- Pegar o Cinto da Rainha Hipólita
- Limpar os Estábulos do Rei Aúgias
- Capturar o Touro do Rei de Creta
- Capturar as Éguas de Diomedes

Os três últimos trabalhos de Hércules, que não aparecem na representação acima,


são:

- Capturar os Bois do Monstro Gerião


- Pegar as Maças de Ouro das Hespérides
- Capturar o Cão Cérbero

Depois de cumprir essas tarefas, Hércules se torna imortal! Confira abaixo cada
um desses doze trabalhos e as moedas antigas que retratam as lendas.

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Como o primeiro dos doze trabalhos, Eristeu ordena que Hércules traga a pele
do Leão de Nemeia. Essa criatura mantinha várias mulheres sob o seu domínio
e fazia armadilhas para atrair outras pessoas. Ao entrar na gruta, os guerreiros
ouviam um choro feminino e, quando estavam próximos o suficiente, a mulher
se transformava em leão para devorá-los.

Hércules tenta atacar com suas armas: um arco a flechas, um tacape e uma espada
de bronze. No entanto, nenhuma delas funciona. Então ele ataca o Leão de Nemeia
com suas próprias mãos. O herói enfia seu braço na garganta do leão, sufocando
e matando a criatura.

Cerâmica datada de cerca de 520-500 a.C. que


representa a luta de Hércules contra o
Leão de Nemeia.

Ao tentar retirar a pele da criatura, Hércules nota que nenhum instrumento é


capaz de descolar o couro. Graças à intervenção de Atena o herói consegue achar
uma solução. Usando as próprias garras do Leão de Nemeia ele descola a pele
do animal, usando-a como sua armadura! Confira abaixo diversas moedas que
representam essa lenda:

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Decadracma cunhado em Siracusa e
datado de cerca de 400 a.C.

Famoso tetradracma de Alexandre o


Grande, traz Hércules vestindo uma
cabeça de leão como chapéu e Zeus
com um cetro e uma águia nas mãos.

Dracma de Antonius Pius cunhado


em Alexandria por volta de
138-161 d.C.

Moeda cunhada na região da Lídia


pelo imperador romano Caracala
entre 198-217 d.C.

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A Hidra era uma criatura mitológica dos mares que possui muitas cabeças (de
cinco a centenas delas, dependendo do relato). O monstro apresenta dois poderes
sobrenaturais: o seu hálito é envenenado e suas cabeças se regeneram quando
são arrancadas.

O segundo trabalho de Hércules é matar essa criatura que habitava o lago de


Lerna. Aproximando-se do local, o herói cobre o nariz e a boca para se proteger
dos vapores exalados pela Hidra. Ele atrai a criatura com flechas inflamadas e
começa a cortar as suas cabeças, que crescem de novo no mesmo instante!

Hércules decide chamar o seu sobrinho Lolaus para ajudá-lo a vencer a criatura.
Enquanto um corta as cabeças, o outro cauteriza rapidamente a cicatriz para
evitar que elas nasçam novamente. Assim eles conseguem finalmente matar o
monstro.

Ânfora datada de 540-530 a.C.


representando Hércules e Lolaus no
combate contra a Hidra.

Quando Eristeu descobre que Hércules pediu ajuda para realizar o trabalho, ele
não considera o feito como válido. Veja abaixo as moedas antigas que representam
essa lenda:

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Dracma cunhado em Alexandria
por Antoninus Pius, datado de
cerca de 138-161 d.C.

Moeda de Gordian III


representando a batalha de
Hércules contra a Hidra.

Um enorme javali devastava as plantações dos camponeses da cidade de Erimanto


(na região da Arcádia). O rei Eristeu ordena então que Hércules capture e traga o
animal vivo. Essa seria uma tarefa impossível para um homem normal, mas não
a um semideus!

Hércules passa muito tempo caçando a sua presa e, durante o inverno, consegue
identificar a toca do animal. Ele dá vários berros para atrair o javali e persegue-o
por vários dias atirando pedras e galhos. Nesse trabalho o herói não podia usar
suas armas comuns para não machucar nem matar a presa.

Ele constrói uma armadilha, cavando um buraco enorme e enchendo de neve.

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Hércules continua a correr atrás do javali para cansá-lo e desestabilizá-lo. O monstro
cai na armadilha e fica atordoado. Hércules amarra as patas carrega o animal até a
casa de Eristeu. O rei fica completamente espantado com o tamanho gigantesco
do javali.

Hércules e o javali de Erimanto,


quadro de Eugène Delacroix pintado
entre 1851-1854.

Essa lenda mitológica representa a força e a inteligência descomunal do herói.


Por isso, diversos imperadores cunharam essa imagem em suas moedas. Confira
abaixo algumas:

Dracma cunhado por Antoninus


Pius na cidade de Alexandria por
volta de 138-161 d.C.

Medalhão cunhado por Septimus


Severus por volta de 193-211 d.C.

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A corça de Cerineia era conhecida por ser rápida como um raio, pertencendo ao
domínio da deusa caçadora Diana (ou Ártemis). O animal possuía chifres de ouro
e cascos de bronze. O rei Eristeu ordena que Hércules traga a corça viva e sem
ferimentos.

Durante um ano, Hércules persegue o animal por toda a Grécia até que sua presa
se canse e se refugie. O herói então atira uma flecha certeira, que imobiliza o
animal sem verter uma só gota de sangue dele.

No caminho de volta à casa de Eristeu, Hércules encontra dois deuses: Diana e


Febo (ou Apolo). Eles acusam o herói de maltratar um animal sagrado. Hércules
explica a sua obrigação e promete soltar a corça assim que seu trabalho estivesse
completo. O ânimo dos deuses se acalma e ele consegue passar.

Representação da lenda em uma


ânfora antiga, datada de cerca
de 530-520 a.C.

Medalhão do imperador romano


Caracala cunhado depois do ano
de 211 d.C.

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Dracma de Antonius Pius
representando a lenda da
corça de Cerineia, cunhado em
Alexandria por volta de 138-
161 d.C.

A superfície do lago Estínfalo, localizado no centro da Arcádia, era a morada de


um enorme bando de aves cruéis. Além de se alimentarem de carne humana, os
seus bicos, patas e asas eram de bronze. As aves eram filhas do deus da guerra,
Marte (ou Ares). O trabalho dado a Hércules consistia em se livrar de todo o bando.

Hércules se beneficia da ajuda de Minerva (ou Atena) e Vulcano (ou Hefesto), que
fabricaram dois bastões de bronze. O herói faz um enorme barulho batendo os
bastões um contra o outro e isso assusta as aves. Hércules então abate a maior
parte dos animais com seu arco e flecha. Algumas aves se afogam, outras escapam,
mas nunca mais voltam para a Grécia.

Hércules e as aves do lago Estínfalo, mosaico construído na


primeira metade do século III na cidade de Liria (Espanha).

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Moeda cunhada na Arcádia
por volta de 350 a.C. com a
representação de uma ave de
Estínfalo no reverso e Hércules com
a cabeça do leão de Nemeia no
anverso.

Dracma de Antonius Pius


representando a lenda das aves
do Estínfalo. Moeda cunhada em
Alexandria por volta de 138-161 d.C.

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Essa tarefa consiste em limpar os estábulos do Rei Aúgias em um dia. A principal


razão para isso era de degradar a imagem do herói perante a população, que já
o admirava muito por ter realizado os trabalhos precedentes.

Esses estábulos tinham uma particularidade: nunca tinham sido limpos! Seu
rebanho era considerado sagrado e imune contra toda doença. O trabalho parece
impossível, pois mais de 3000 bois circulavam ali há trinta anos. Inclusive o próprio
Rei Aúgias propõe a Hércules um décimo do rebanho se ele conseguir realizar a tarefa.

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Hércules desvia as águas do rio Alfeu para lavar as imundícies dos estábulos.
Aúgias fica furioso porque estava certo que o herói não cumpriria a tarefa. O rei
não cumpre seu acordo e então começa uma guerra. Hércules volta para a cidade
com um pequeno exército, mata o rei e todos os seu filhos, exceto Fileu (que tinha
se mantido fiel ao herói).

Hércules desviando as águas do rio


Alfeu. Mosaico romano da primeira
metade do século III construído na
Liria (Espanha).

Eristeu não considera esse trabalho como válido, pois 300 bois foram prometidos
para Hércules. Seja com ajuda de terceiros ou mediante pagamento, a tarefa não
pode ser validada. Confira abaixo as moedas que representam essa lenda:

Moeda cunhada por Antoninus


Pius representando a limpeza dos
estábulos de Aúgias.

Dracma do imperador Antoninus


Pius cunhado por volta de 138-161
d.C. em Alexandria.

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Na ilha de Creta havia um touro incontrolável que atacava as plantações, os
camponeses e tudo que aparecia no caminho. Os mortais não tinham capacidade
para domar o animal. O trabalho atribuído a Hércules é de capturar essa fera
selvagem.

O rei Minos dá a permissão ao herói de levar o touro. Hércules estrangula o animal


e o conduz até Atenas. Quando Eristeu descobre o feito, ele propõe um sacrifício
do touro em homenagem à deusa Juno. Ela recusa a oferenda, pois ainda odiava o
filho bastardo de seu marido Júpiter. O animal é solto em Esparta e será capturado
mais tarde por Teseu.

Certos relatos contam que Hércules é enviado a Creta para matar o Minotauro.
Como sempre na mitologia greco-romana, as histórias variam muito de acordo
com a fonte. Afinal, as lendas eram transmitidas oralmente e escritas em lugares
e tempos diferentes.

Um lécito antigo (vaso usado para guardar


perfumes). A peça representa a lenda do touro
de Creta e foi criada por volta de 480-460 a.C.

Dracma de Antoninus Pius


retratando Hércules e o touro de
Creta. Peça cunhada por volta
de 138-161 d.C.

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Moeda cunhada pelo imperador
romano Septimus Severus por
volta de 193-211 d.C.

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Existem duas versões para essa lenda. O objetivo de Hércules é capturar as éguas
de Diomedes, rei da Trácia, e leva-las a Eristeu.

A primeira versão conta que Hércules é ajudado por seu companheiro Abdero no
momento de roubar as éguas. Eles são perseguidos por Diomedes e seus homens.
As éguas incontroláveis acabam por devorar Abdero. Hércules descobre que os
animais se alimentam de carne humana, ele então joga Diomedes como alimento.
Isso acalma os animais e o herói consegue conduzir o rebanho para Eristeu.

Na segunda versão, Hércules corta as correntes das éguas e as conduz a uma


península. Ele cava a terra e transforma a península em ilha. Quando Diomedes
chega, Hércules usa um machado para mata-lo e oferece a carne às éguas. Ele
aproveita a ocasião para colocar cabresto nos animais e leva-los a Eristeu.

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Mosaico romano que representa as éguas de
Diomedes. Obra construída em Liria (Espanha) durante
a primeira metade do século III.

Moeda cunhada por Gordian


III representando a força de
Hércules perante as éguas de
Diomedes.

Dracma de Antoninus Pius


cunhado na Alexandria por volta
de 138-161 d.C.

A pedido de sua filha, Eristeu estabelece outra tarefa para Hércules: pegar o
cinto mágico de Hipólita, a rainha das Amazonas. As Amazonas eram um povo
guerreiro composto apenas de mulheres. Elas se uniam aos homens apenas para
reproduzir a linhagem feminina, matando os progenitores e os bebês meninos.

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Eram conhecidas pela falta de pudor e de piedade.
Existem diferentes versões de histórias sobre essa lenda. O primeiro grupo de
histórias conta que Hipólita oferece seu cinto sem lutar, tamanha era a sua intriga
pelos músculos e pela pele de leão de Hércules.

Uma outra versão conta que o herói aprisiona a rainha para que ela lhe entregasse
o cinto. Há ainda uma terceira versão segundo a qual Hércules mata a rainha
Hipólita (sob influência de um ataque de loucura causado por Juno).

Hércules tomando a cinta de Hipólita. Quadro pintado por


Eugène Delacroix em 1852.

Moeda cunhada pelo imperador


romano Elegabalus entre 218-222
d.C. Rainha Hipólita e Hércules
no reverso.

Medalhão cunhado durante o


reinado do imperador Gordian III
entre 238-244 d.C.

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Como Ler as Legendas das Moedas Romanas?

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O monstro Gerião é um gigante com três corpos juntos no nível da cintura: duas
pernas, seis braços, três troncos e três cabeças. Ele era considerado como o ser
mais forte do mundo e possuía um rebanho de 1000 bois. O trabalho de Hércules
é uma afronta direta ao montro: capturar os bois de Gerião.

Para realizar essa tarefa, Hércules deve viajar até a ilha de Eriteia. No caminho, ele
atravessa o deserto da Líbia, onde faz um calor escaldante. O herói se enraivece
e atira uma flecha em direção a Sol Invicto (ou Hélio), o deus do sol. Este fica
admirado com a coragem de Hércules e lhe dá uma taça de ouro, ajudando-o a
chegar até a ilha.

Assim que chega em Eriteia, ele é atacado por Órtros, um cão de duas cabeças,
irmão de Cérbero. Um pastor vem em busca do cão, mas Hércules também o mata.
Essa agitação chama a atenção do monstro Gerião. O gigante chega armado com
três escudos, três lanças e três capacetes bélicos.

Combate entre Hércules e o monstro Gerião.


Ânfora antiga datada de 540 a.C.

Gerião persegue Hércules até um riacho, onde o herói atira uma flecha envenenada
que atravessa uma das cabeças do gigante. O monstro morre por causa do veneno,
assim o herói se empossa do rebanho de bois.

Juno tenta causar diversos problemas durante o caminho de volta - enviando


moscas e uma inundação. Depois de um ano, Hércules consegue entregar os
bois a Eristeu. Confira as moedas que representam essa lenda:

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Dracma representando os bois do
monstro Gerião. Peça cunhada
pelo imperador Antoninus Pius
entre 138-161 d.C.

Moeda do imperador romano


Galiano retratando a lenda dos
bois de Gerião.

O jardim das Hespérides era conhecido por seus frutos sagrados. A deusa Gaia
(ou Terra) ofereceu tais maçãs de ouro como presente a Juno quando ela se casou
com Júpiter. Mas os frutos provinham desse jardim cuja localização exata era
desconhecida de todos.

A fim de descobrir a localização do jardim, Hércules pergunta a Nereu, um deus


primitivo conhecido como “o velho do mar”. A explicação de Nereu é vaga: o jardim
se localiza no extremo Ocidente, onde o sol se põe. Ele então se transforma em
serpente e desaparece.

Hércules viaja em direção a oeste, atravessando o estreito de Gibraltar. Então ele


encontra o Titã Atlas, que suporta o mundo sobre as costas e é o único capaz de
dar a localização exata do jardim das Hespérides . Atlas propõe um acordo:
Ele conduz Hércules ao jardim desde que o herói aceite o fardo de carregar o
mundo por ele.

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Hércules e Atlas, por Heinrich Aldegrever.
Ilustração de 1550.
Hércules aceita a proposta e tira o peso do mundo
das costas de Atlas. Este último vai até o jardim das
Hespérides, colhe as maçãs de ouro e oferece ao
herói que ele mesmo entregue os frutos a Eristeu.
Nesse momento, Hércules pede que Atlas segure o
mundo por alguns instantes, só até que ele encontre
uma rocha e fique mais confortável.

Atlas põe as maçãs no chão e retoma o peso do


mundo sobre seus ombros. Hércules então pega
as maçãs de ouro e foge para entrega-las a Eristeu.
Confira as moedas sobre essa lenda:

Medalhão de Septimus Severus datado Representação da lenda sobre as maçãs


de 193-211 d.C. representando as maçãs das Hespérides. Medalhão cunhado por
das Hespérides Antoninus Pius.

O último trabalho do herói é capturar Cérbero, um cão com três cabeças que é
guardião da entrada do inferno.

Hércules recebe a ajuda de Minerva e Mercúrio (ou Hermes) para atravessar o rio
Estige e chegar à porta do inferno. Ele se encaminha em direção ao deus do inferno
Plutão (ou Hades) e sua esposa Proserpina (ou Perséfone). Hércules explica seu

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trabalho e pede a permissão para levar Cérbero. Os deuses do inferno aceitam,
desde que o cão não seja maltratado.

A captura de Cérbero por Hércules.


Ilustração de Hans Sebald
Beham, 1545.

Cérbero não concorda com os seus donos e Hércules precisa lutar para leva-lo!
Ele segura o cão na base das suas três patas e aperta tão forte que Cérbero acaba
se submetendo a segui-lo. Hércules conduz o cão acorrentado a Eristeu, que se
espanta com o tamanho do monstro e ordena o herói a leva-lo de volta ao inferno.
Veja as moedas que representam essa lenda:

Representação da captura de Cérbero.


Moeda de Probo, imperador romano de
276-282 d.C.

Dracma de Antoninus Pius retratando a


lenda de Cérbero. Cunhagem entre
138-161 d.C.

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