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V EFIBA
XXII SEMANA DE FILOSOFIA DA UESC
INTERFACES
CONTEMPORÂNEAS
DA FILOSOFIA
ILHÉUS
2023
2
V Encontro de Filosofia da Bahia – EFIBA /
22ª Semana de Filosofia da UESC
Ilhéus-BA: UESC, 2023.
ISSN: 2358-5862
3
COMISSÕES
Coordenação Geral
Josué Cândido da Silva (UESC)
Malcom Guimarães Rodrigues (UEFS)
Comissão organizadora
Alan da Silva Sampaio (UNEB)
Giovana Carmo Temple (UFRB)
Josué Cândido da Silva (UESC)
Juliana de Orione Arraes Fagundes (UESC)
Juliana Ortegosa Aggio (UFBA)
Malcom Guimarães Rodrigues (UEFS)
Paulo Gilberto Bertoni (UESB)
Roberto Sávio Rosa (UESC)
Simone Borges dos Santos (UFBA)
Zoêmia Núbia Sampaio de Souza (UESC)
Comitê Científico
Ademar Bogo (UESC)
Antônio Augusto Caldasso Couto (UESC)
Antônio Balbino Marçal Lima (UESC)
Antônio Janunzi Neto (UEFS)
Carlos Roberto Guimarães (UESC)
Caroline Vasconcelos Ribeiro (UESB)
Elizia Cristina Ferreira (UNILAB)
Frederik Moreira dos Santos (UFRB)
Jarlee Oliveira Silva Salviano (UFBA)
José Luiz de França Filho (UESC)
Juliana da Silva Pinheiro (UESC)
Júlio Celso Ribeiro de Vasconcelos (UEFS)
Laurênio Leite Sombra (UEFS)
Rafael dos Reis Ferreira (UFRB)
Roberto Sávio Rosa (UESC)
Rogério Tolfo (UESC)
Sagid Salles Ferreira (UESC)
Wagner Teles de Oliveira (UEFS)
4
Promoção
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Apoio Institucional
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
Apoio técnico
Amanda Moanna Santiago Ciriaco
Antonio Marco Borges
Flávia Silva Brasil
Mateus Santana Silva
Maria Luiza Nascimento
5
Lista de Ilustrações
Todas as Ilustrações são fotografias de quadros do artista plástico
Almaques Gonçalves, disponíveis no Instagram @almaques.art.
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SUMÁRIO
Lista de Ilustrações
Índice de Autores
APRESENTAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
MINICURSOS
MESAS DE COMUNICAÇÕES
7
I. FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL
8
II. FILOSOFIA MODERNA
9
III. ÉTICA E ESTÉTICA
10
IV. MARXISMO E TEORIA CRÍTICA
11
V. TEORIA DO CONHECIMENTO E FILOSOFIA DA CIÊNCIA
12
VI. FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
13
VII. FILOSOFIA E QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS
14
VIII. FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I
15
IX. ENSINO DE FILOSOFIA
16
X. FILOSOFIA, CULTURA E POLÍTICA
17
XI. FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA II
18
XII. FENOMENOLOGIA E PSICANÁLISE
19
XIII. FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA III
20
XIV. FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA IV
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Índice de Autores
Abraão Vinicius Vieira Guimarães
Aglaé Caroline Santos Carneiro
Alexia Oliveira Rodrigues
Alice Pereira dos Santos
Ana Beatriz de Lima Correia
Ana Paula Silva dos Santos
Angelis Freitas Ribeiro Silva
Ângelo Márcio Macedo Gonçalves
Arlindo Antonio do Nascimento Neto
Beatriz Iva de Sales
Bianca da Silva
Carlos Alberto Nunes Junior
Caroline Vasconcelos Ribeiro
Cátia Brito dos Santos Nunes
Cláudio Magalhães Batista
Cleiton de Aragão Alves
Daiane Soares dos Santos
Daila Ataíde dos Santos
David Barroso Braga
David Passos Dantas
Douglas Ferreira Reis
Edinei Araujo Santos
Edna Furukawa Pimentel
Ednan Galvão Santos
Eliene Macedo Silva
Elton Moreira Quadros
Emerson Cruz dos Santos
Emilly de Souza Rodrigues
Emily de Oliveira Ovalhe
Enock O. S. Neto
Enzo Kleber Costa de Santana
Érliton dos Santos Rocha
Felipe Eleutério Pereira
Felipe Roque dos Santos
Fernando Pereira dos Santos
Filipe E. S. Silva
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Filipe Santos de Melo
Flávio Rocha de Deus
Francisco Gabriel Soares da Silva
Gabriel Fefin Machado
Gabriel Kugnharski
Gabriel Sousa Suzart
Gelzania Silva de Santana
Geovane Rocha da Silva
Gilvane Silva Nascimento
Hércules Pedreira Oliveira
Hildegarda de Bingen
Ianna Laura Ferreira Simões de Almeida
Iranildes Oliveira Delfino
Isabela de Jesus Neves
Ivanildo Soares dos Santos
Ivonei Guedes Evangelista
João Augusto Aquino Rocha
João Victor Damião Gordiano
João Vitor dos Santos Cruz
Jorge Garcia Marín
Jorge Luiz Nery de Santana
José Adriano Santana de Jesus
José Carlos da Silva Simplício
José Isaac Costa Júnior
José Roberto Silva de Oliveira
Juan Erlle Cunha de Oliveira
Julia Coelho Gomes Seixas da Fonseca
Julio Marcelo Leite Patriota
Kayk Oliveira Santos
Kayo Henrique Farias de Araujo Ferreira
Kelly Santos Marques
Larissa Fernandez de Andrade Santos
Leandro Texeira Daltro
Leidiane Ribeiro Silva
Lincoln Nascimento Cunha Júnior
Lisandro Bacelar da Silva
Lucélia Novaes Lima
23
Ludimila de Araújo Pereira
Ludymila Sena dos Santos
Mariana Marcelino Silva Alvares
Mariana Moreira da Silva
Mariana Vitti Rodrigues
Marianne da Silva Nascimento
Marília Gabriella Emidio Dos Santos
Marília Santos Silva
Mateus Santana Silva
Matheus Almeida Lopes
Matheusa Lima dos Anjos
Messias Nunes Correia
Milena Oliveira Pires
Mônica Souza de Oliveira
Naiane Santos Matos
Nalanda Oliveira Lopes
Nicole Dias da Silva
Noel Vieira da Silva Neto
Osmar dos Anjos Santos
Paula Mariana Entrudo Rech
Paulo Alberto Sobral de Moraes
Paulo Cesar do Nascimento Costa
Paulo Gilberto Bertoni
Pedro Augusto Dias Rocha
Rafael Fernandes Mendes dos Santos
Rebeca Paixão Barreto dos Santos
Regiane Rodrigues Oliveira Novais
Renivalda Jesus Santos
Roberto Kennedy de Lemos Bastos
Roberto Roque Lauxen
Rodrigo Ornelas
Romualdo Batista Malaquias
Sineone Kélvim Oliveira de Farias
Stefano Dazzi
Taiane Andrade Ornelas
Valério Cássio Silva de Oliveira Junior
Vitor Otavio Santos dos Anjos
Yasmin Lira da Silva
24
25
APRESENTAÇÃO
26
A rigor, toda filosofia, todo comentário filosófico apresentado no
encontro é contemporâneo. Platão, Aristóteles, Avicena, Tomás de
Aquino são de novo revisitados, mas quando escutamos os
comentários, eles são contemporâneos, talvez mais claramente
quando se fala sobre cons�tuição de iden�dade fragmentada, mas
também quando se ques�onam os atributos divinos. No mesmo
sen�do, os estudos sobre Montaigne, Descartes, Condillac,
Rousseau, Kant, quer por falar da representação maquinal,
cartesiana, dos animais ou confrontar o ce�cismo com a religião ou
ainda destacar a figura materna nas confissões de um filósofo. Eles
são contemporâneos aos estudos sobre corpo feitos a par�r de
Judith Butler. Apresentam-se na mesma sala pesquisas sobre
corpos abjetos, des�tuídos de ontologia. Assim ainda,
contemporâneos do estudo sobre a emergência da espiritualidade
cristã conforme Foucault. Mas também se pode encontrar em um
pensamento an�go, medieval ou moderno uma atualidade, por
exemplo, na relação entre a espiritualidade, o feminino e o sagrado
em bell hooks e Hildegarda de Bingen.
Por outro lado, em sen�do estrito, filosofia contemporânea seria
aquela que, tal qual um centauro, tem como alvo este nosso
tempo, como no caso das pesquisas sobre: a linguagem a par�r de
Heidegger ou de Witgenstein; a discursividade dos corpos a par�r
da teoria da performa�vidade; sobre o método cien�fico;
representação e opressão; cinema e teoria crí�ca; marxismo e
feminismo; violência e descolonização desde Frantz Fanon; música
e reconhecimento da mulher negra segundo Angela Davis; as
relações entre neoliberalismo, biopolí�ca e necropolí�ca; o caráter
polí�co da educação, com enfoque especial às questões étnico-
raciais, e de gênero e sexualidade.
Mesmo a mais misógina e colonial das áreas, quase exclusivamente
eurocêntrica, sofre uma mudança significa�va. Na Filosofia,
sempre foram tema�zadas as questões de raça, classe, gênero e
sexualidade, desde Platão pelo menos. O que é propriamente
27
contemporâneo é seu acento, que deixa de servir a representações
castradoras para contestar o caráter opressivo dessas
representações e descrever as estratégias de resistência e
superação. É nesse sen�do que é próprio de nosso tempo e local
inves�gar o conceito de liberdade em Luiz Gama, advogado e
intelectual abolicionista do século XIX, indagar sobre a expressão
do corpo e o desterro existencial em Frida Kahlo, pintora mexicana
da primeira metade do século XX, ou reler a crí�ca “feminista” ao
casamento de Murasaki Shikibu, escritora e aristocrata japonesa
do início do milênio passado. Este movimento contemporâneo
aponta para uma quebra com a tradição ocidental, para explodir,
como dizia Benjamin, o continuum da história, neste caso, da
História da Filosofia.
Para cada seção, há uma ilustração do ar�sta baiano Almaques
Gonçalves. Seus quadros retratam o Centro da Cidade da Bahia,
com seus ambulantes, construções históricas, pixações, e colado
ou encostado na paredee, quadros, ilustrações, esculturas de
pintores, escultores, fotógrafos. Assim, muitas vezes pintores
clássicos como Bo�celli, Leonardo, Michelangelo, Rafael, e
sobretudo Caravaggio) estão do lado de Carybé, Verger, Mario
Cravo Jr., Ismael Nery, Por�nari, Rubem Valen�m, Carlos Bastos.
Suas pinturas são contemporâneas porque atualizam o clássico a
par�r da vida urbana e provocam uma experiência esté�ca a par�r
de uma historicidade da pintura que se abre no encontro entre
Ivan, o terrível (1885) de Ilia Repin e o grafite de mulheres rosas
libertárias de Taliboy, ou como se autoin�tula, Guerrilheira Urbana
e Ar�sta de Fachada. Ou a Medusa (1596) de Caravaggio pintada
em alguma parede velha, ainda por terminar, um azulejo
português, cartazes com Iaôs de Oxumarê, Ogum, Oxóssi, Yemanjá
e Oxum por Carybé, faces do surrealismo sombrio de Ismael Nery,
fotografia em preto e branco de Robert Mapplethorpe, e uma
pixação soteropolitana do verme de LVC.
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O EFIBA, ao buscar as interfaces contemporâneas da Filosofia, quer
ser um espaço de abertura a outras formas de saber, sen�r e
pensar em um diálogo crí�co que busca uma compreensão mais
ampla dos desafios de nossa época, e, ao mesmo tempo, contribuir
para o movimento de revisão de nossos currículos.
Boas leituras, bons encontros!
Comissão Organizadora
29
PROGRAMAÇÃO
16/10 – Segunda-Feira
14-18h – Credenciamento
19h – Abertura – Magnífico reitor da UESC – Alessandro
Fernandes de Santana
19h30 – Conferência de abertura – A ironia e o jogo com os
limites da razão
Sílvia Faustino de Assis Saes (UFBA)
17/10 – Terça-Feira
8-12h – Minicurso
14-18h – Sessões de comunicações
18-19h – Lançamento de livros no foyer do auditório Paulo Souto
19h – Mesa redonda – Ética e Política: Violências
Contemporâneas
Relação entre neoliberalismo, prisões e raça
Simone Borges (UFBA)
A face oculta da democracia: violência e política
Edson Teles (UNIFESP)
Crítica da faculdade de punir
Alan Sampaio (UNEB)
18/10 – Quarta-Feira
8-12h – Minicurso
14-18h – Sessões de comunicações
18-19h – Lançamento de livros no foyer do auditório Paulo Souto
19h – Mesa redonda – Filosofia, ensino e extensão
Mediadora: Zoêmia Núbia Sampaio de Souza (UESC)
30
Filosofia, ensino e extensão
Carlos Alberto Albertuni (UEL)
A experiência extensionista no curso de Licenciatura em
Filosofia da UFRB
Geovana da Paz Monteiro (UFRB)
19/10 – Quinta-Feira
8-12h – Minicurso
14-18h – Sessões de comunicações
18-19h – Apresentação musical no foyer do auditório Paulo Souto
19h – Apresentação teatral
19h30 – Mesa redonda – Filosofia, arte e cultura
Mediador: Roberto Sávio Rosa (UESC)
Wagnerianas: A teatralidade como argumento e ação
Marcus Santos Mota (UNB)
Arte e Filosofia como Políticas Culturais
Fabrício Silva de Brito (Coordenador do EFITEBA)
20/10 – Sexta-Feira
8-12h – Minicurso
14-18h – Sessões de comunicações
18-19h – Apresentação musical no foyer do auditório Paulo Souto
19h – Conferência de encerramento – Abordagens pluralistas
da Filosofia: Interfaces da reflexão sobre o sentido da vida
Maria Eunice Quilici Gonzales (UNESP)
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MINICURSOS
Complexidade, Informação e Criatividade na Era dos Big Data –
Profa. Dra. Maria Eunice Quilici Gonzales (UNESP)
Profa. Dra. Mariana Vitti Rodrigues (EXETER – Inglaterra)
Data: 17 e 18/10 – 9h -12h
Local: Auditório do Pavilhão Max Menezes
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MESAS DE COMUNICAÇÕES
33
FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL
17/10
Terça
Sala
221
34
O EXISTENTE POSSÍVEL E O EXISTENTE NECESSÁRIO EM AVICENA
35
A IMPORTÂNCIA DA DIALÉTICA EM ARISTÓTELES COMO MÉTODO
DE INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA
36
O CONCEITO DE VERDADE EM TOMÁS DE AQUINO
37
A PRIMEIRA CONSTRUÇÃO DO COGITO EM AGOSTINHO DE
HIPONA E A CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADE FRAGMENTADA
38
OS ATRIBUTOS DIVINOS EM AGOSTINHO DE HIPONA: SOBRE O
PRIMEIRO PARÁGRAFO DE CONFISSÕES
39
AGOSTINHO DE HIPONA E A DEIFICAÇÃO COMO IMERSÃO NA LUZ
IMUTÁVEL
40
SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A HARMONIA, O AMOR E O MUNDO
N’O BANQUETE
41
acerca do funcionamento das artes, o termo grego que dá origem
à palavra harmonia se apresenta, e entender a sua relevância para
compreensão que o médico tem sobre Eros é um dos obje�vos da
pesquisa. As artes são u�lizadas por Erixímaco para explicar a
dinâmica amorosa em todas as coisas, a qual se apresenta em
alguma medida no discurso de Dio�ma. Ao decorrer do seu elogio
que também descreve a natureza de Eros, Dio�ma dialoga com os
conteúdos dos discursos anteriores. Neste processo, o exercício
filosófico é descrito pela sacerdo�sa na medida em que ela
demonstra, por meio dos progenitores de Eros, a sua posição
intermediária, originada por um movimento de busca e gestante
daquele que perpetuo ao empenho incessantemente, pois esta
seria a natureza de Eros. Ao trajar a pele do filósofo, Eros, que está
sempre em processo, contempla o conhecimento e o deseja. Neste
caso, a inves�gação está pautada em estudar como a harmonia,
presente nas artes do discurso de Erixímaco, pode ser
indispensável para a busca do conhecimento que é descrita por
Dio�ma.
Palavras-chave: Platão; Amor; Erixímaco; Harmonia.
42
EROS PÂNDEMOS, EROS URÂNIOS E EROS FILOSÓFICO: UM
ESTUDO SOBRE O PAPEL PEDAGÓGICO DO FILÓSOFO NO
“BANQUETE”
43
FILOSOFIA MODERNA
17/10
Terça
Sala
222
44
O CETICISMO E A RELIGIÃO EM MONTAIGNE: UMA ANÁLISE DAS
CONTRAPOSIÇÕES ARGUMENTATIVAS
45
KANT E O PROBLEMA DA AFECÇÃO: UM IMPASSE ENTRE O
IDEALISMO E O REALISMO TRANSCENDENTAIS
46
possamos ter objetos dos sen�dos rompe com o fenomenalismo e
ins�tui a necessidade de objetos reais que originem os fenômenos
(realismo transcendental).
Palavras-Chave: Idealismo transcendental; Realismo
transcendental; Problema da afecção.
47
NOTAS ACERCA DA LOUCURA NA FILOSOFIA DE CONDILLAC
48
É A LINGUAGEM ARTICULADA CONDIÇÃO PARA O PENSAMENTO?
UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE PENSAMENTO E LINGUAGEM
À LUZ DA FILOSOFIA DE CONDILLAC
49
infinita entre homens e animais. A nossa questão se delineia: seria
a linguagem articulada, entendida enquanto condição de
possibilidade para o pensamento, capaz de inaugurar diferenças
tão decisivas ao ponto de ameaçar a continuidade homem-animal,
e, por sua vez, alterar o caráter da diferença concebida apenas
como gradual, até certo ponto da obra, para uma diferença de
natureza entre homens e animais?
Palavras-chave: Iluminismo; Sensualismo; Linguagem; Homem;
Animal.
50
A ILEGITIMIDADE E A ORIGEM DA PROPRIEDADE EM J. J.
ROUSSEAU
51
FIGURA MATERNA EM ROUSSEAU: NOTAS SOBRE CONFISSÕES, I
52
A COMPARAÇÃO ENTRE O HOMEM E OS ANIMAIS: SOBRE A
CAPACIDADE DE PENSAR DOS ANIMAIS
53
diferença quan�ta�va, o autor afirma que os animais não possuem
razão nenhuma, e que apesar deles demonstrarem algumas
habilidades como, por exemplo, os papagaios que podem proferir
algumas palavras, mas que para Descartes, “eles são incapazes de
falar como nós, isto é, de testemunhar que pensam o que dizem.”.
Palavras chaves: Homem; Animal; René Descartes; Discurso do
método.
54
ÉTICA E ESTÉTICA
17/10
Terça
Sala
223
55
NIETZSCHE E FERNANDO PESSOA: CORPO, FILOSOFIA,
LITERATURA E POÉTICA
Enock O. S. Neto
Graduando em Filosofia - UNEB
en06jp04@gmail.com
PIBIC - FAPESB
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O CASAMENTO E O SOFRIMENTO FEMININO EM MURASAKI
SHIKIBU ATRAVÉS DO CONTO DE GENJI
57
(diário), tornou-se um meio de infundir suas vozes e de relatar as
complexidades da existência feminina. Entre tais autoras, destaca-
se a responsável pelo livro reconhecido como o primeiro romance
psicológico, vulgo O Conto de Genji: Murasaki Shikibu. Recebendo
o �tulo de filósofa por Mary Waithe no segundo volume da
coletânea História das Mulheres na Filosofia, Murasaki merece tal
designação pelo seu engajamento na vida intelectual e o reflexo
deste em sua obra principal. Apesar do conhecimento dos clássicos
chineses ser visto como um tabu para as mulheres, sendo restrito
aos homens, a filósofa aproveitou o privilégio de se encontrar em
um ambiente nutrido de contatos com o cânone chinês para se
destacar nessa área de estudo. A relevância da arte desempenhada
na sociedade asiá�ca desse período possibilita uma conversa rica
entre a literatura e a filosofia no Conto de Genji, já que a prosa
narra�va era um es�lo amplamente usado, desde escritos
históricos e tratados religiosos até ensaios filosóficos. Apesar de
Genji no Monogatari (nome original) centrar-se no personagem de
Genji, o livro vai além de uma �pica jornada do herói ao abordar as
relações amorosas do protagonista, e como as ações deste
impactam as envolvidas. Por mais específico e datado o contexto
da obra trabalhada seja, o panorama traçado por Murasaki das
angús�as vivenciadas pelas mulheres, que estão à mercê das
convenções sociais e do desejo masculino, torna válida a
abordagem de elementos e questões que atravessam o tempo.
Palavras-chave: Murasaki Shikibu; Filosofia Oriental; O Conto de
Genji; Casamento.
58
ENQUADRAMENTO E FOTOS DE GUERRA EM BUTLER E SONTAG
59
violência é condicionada pelo enquadramento da cena, tanto pelo
que apresenta, quanto pelo que é invisibilizado.
Palavras-chave: �ca; Enquadramento; Fotografia; Butler; Sontag.
60
CORPOS ABJETOS: ENTRE A NARRATIVA E A NAVALHA
61
chegam a ser disputadas dentro do discurso democrá�co. Por
outro lado, iden�dades e corpos dissidentes seguem sendo não
conciliáveis, pois a par�r do conceito de abjeção em Butler alguns
corpos são des�tuídos de ontologia desde a dimensão discursiva
que produz saberes. Desse modo conseguimos compreender a
existência de polí�cas de exceção ou como as violências
incorporadas pelo Estado, que funcionando através dos seus
disposi�vos jurídicos, médicos e culturais acabam gerindo essas
polí�cas, entre os quais negam a cidadania e colocam esses corpos
num processo de marginalização, a par�r do não reconhecimento.
Palavras-chave: Judit Butler; epistemologia; gênero e sexo;
abjeção; reconhecimento.
62
CORRELAÇÕES ENTRE A ESPIRITUALIDADE, O FEMININO E O
SAGRADO NAS OBRAS DE BELL HOOKS E HILDEGARDA DE BINGEN
63
Além de analisar as diferenças e similaridades de fenômenos,
como a “teologia do feminino” criada por Hildegarda, e como o
citado fenômeno pode contribuir para a proposta de bell hooks:
uma completa organização do movimento feminista, com intuito
de abordar as mul�dões de fiéis cristãos, convertendo-os ao
entendimento de que não é necessário exis�r conflito entre
feminismo e espiritualidade cristã. Quais as condições de
possibilidade para que a espiritualidade contribua com a luta pela
liberdade feminina e com o autoamor? Para isso, buscou-se pontos
de convergência nas obras das pensadoras.
Palavras-chave: Hildegarda de Bingen; bell hooks; Espiritualidade;
Feminino; Sagrado.
64
FILOSOFIA E ÉTICA DA INFORMAÇÃO: ANÁLISE FILOSÓFICA-
INTERDISCIPLINAR DA INFOSFERA NA AUTONOMIA HUMANA
65
MEMÓRIA E EMOÇÃO CRIADORA NA CANÇÃO CAJUÍNA, DE
CAETANO VELOSO
67
MARXISMO E TEORIA CRÍTICA
17/10
Terça
Sala
224
68
JOVEM KARL MARX: LUTA DE CLASSES, IDEOLOGIA E
EMANCIPAÇÃO
69
outro modo, uma tenta�va de amoldamento das consciências
caracterizado pela propositura de polí�cas públicas regressivas no
âmbito dos direitos sociais e das liberdades individuais. Os
retrocessos presentes na atual conjuntura dão ainda mais sen�do
a produção de Marx. O trabalho se concentrará em Sobre a questão
judaica (1843) de Marx e A Ideologia Alemã (1845-1846) de Marx
e Engels. Ao mesmo tempo que busca promover o confronto de
comentadores como Konder, Lowy, Chauí e Mészáos. Nosso
caminho inves�ga�vo buscará apropriar-se das melhores virtudes
do método estrutural da análise de texto operando-o por meio da
leitura, fichamento e exegese rigorosa do corpus da pesquisa.
Palavras-chave: Emancipação; Ideologia; Luta de classes; Marx.
70
NOTAS SOBRE O CONHECIMENTO EM LÊNIN
71
FETICHISMO EM MARX
Filipe E. S. Silva
Mestrando em Filosofia – PPGF/UFBA
filipeemanuel27@gmail.com
75
posicionar contrário ao roman�smo quando se propõe a reler o
mundo ao avesso, reivindicando o caminho da significação
alegórica. Desse modo ele parece estabelecer uma nova relação
com a natureza, que não é a de uma consolação do indivíduo
perdido no mundo em ruínas. Baudelaire busca um novo
procedimento que expresse o desconforto com relação a
destruição do mundo imanente de sen�dos, das coisas, para
refazer de um outro modo. Seria correto dizer que Baudelaire
busca uma nova linguagem para expressar o novo mundo? Essa
linguagem nova poderia ser a própria alegoria?
Palavras-chave: Alegoria; Símbolo; Ruína; Baudelaire; Catástrofe.
76
NOTAS SOBRE O VÍNCULO ENTRE ANTAGONISMOS SOCIAIS E
SOFRIMENTO EM THEODOR ADORNO
Gabriel Kugnharski
Doutorando em Filosofia - USP
gabrielkugnharski@hotmail.com
FAPESP
77
porque causam e prolongam o sofrimento. Nesse sen�do, analiso
o ensaio “Notas sobre o conflito social hoje” (1968), escrito em
colaboração com a socióloga Ursula Jaerisch, no qual os
antagonismos sociais são apreendidos a par�r de uma análise
micrológica dos detalhes da vida privada e dos fenômenos
individuais mais aparentemente desprovidos de sen�do. Defendo
que embora o exercício de decifração do conteúdo social a par�r
de fenômenos co�dianos aparentemente banais já tenha sido
empregado por Adorno em obras anteriores, – ao menos desde as
Minima Moralia (1951), – o texto de 1968, se analisado juntamente
com outros da mesma época, como Aspectos do novo radicalismo
de direita (1967), traz uma ênfase maior sobre o potencial violento
inscrito nos antagonismos sociais não resolvidos. Com isso,
veremos que, do ponto de vista metodológico, o texto de Adorno
e Jaerisch aponta para uma abordagem sociológica que seria, para
os autores, a mais apropriada para expor e cri�car os antagonismos
sociais, pois a esfera privada é apresentada como um domínio
socialmente mediado. Não por acaso, em referência clara à
psicanálise, Adorno e Jaerisch concebem os conflitos mesquinhos
como “atos falhos sociais” [gesellschaftliche Fehlleistungen], que
se mostram cruciais para a compreensão dos processos sociais
fundamentais. Por fim, procuro discu�r brevemente um aspecto
indicado no ensaio de Adorno e Jaerisch, mas pouco desenvolvido:
o fato de que a esfera privada é concebida não apenas como
atravessada pela dominação, mas também como um âmbito que
resiste e até mesmo se opõe a ela.
Palavras-chave: Theodor Adorno; Ursula Jaerisch; antagonismos
sociais; integração; sofrimento.
78
BEAUVOIR DIALOGA COM O MARXISMO: MATERIALISMO
HISTÓRICO E A OPRESSÃO DA MULHER
79
não mais subordinada pelas associações de parentesco, consolida-
se a dominação do sistema de propriedade. A subjugação das
mulheres está enraizada nesse processo: anteriormente na casa
comunista, as mulheres eram valorizadas pela evidente
maternidade dos filhos, enquanto a paternidade era
indeterminada. Nessa virada, a propriedade privada passa a reger
essa família e as regras de herança são alteradas para que a riqueza
recém-adquirida pudesse ser herdada de homens para homens,
deixando a mulher sem direitos. Beauvoir cri�ca a incompletude
dessa tese em definir a subjugação feminina, pois não explica o
caráter singular da opressão da mulher, reduzindo-a à luta de
classes. A condição da mulher e do proletário são diferentes: a
mulher se enxerga como o Outro, mas não tem noção de classe;
também não há uma reciprocidade como no caso do
patrão/proletário, pois a mulher não enxerga o homem como
outro. Ignorando o trabalho reprodu�vo e enxergando na mulher
apenas uma trabalhadora, desconsidera que ela é diferente do
homem, por conta da sua função enquanto reprodutora da classe
trabalhadora. O trabalho reprodutor feminino é indispensável ao
sustento da vida e à sobrevivência humana na esfera domés�ca,
mas não remunerado, é ignorado pelas ciências econômicas,
subordinando as mulheres e gerando a opressão de gênero. Assim,
a libertação das mulheres não pode ser alcançada apenas por meio
da revolução proletária: exige uma análise e transformações mais
profundas das estruturas de poder e das relações sociais.
Palavras-chave: Simone de Beauvoir, gênero, marxismo,
materialismo histórico.
80
TEORIA DO CONHECIMENTO E
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
18/10
Quarta
Sala
221
81
CARTOGRAFIA COMO PRÁTICA EPISTÊMICA INDISCIPLINAR: AS
INTENSIDADES QUE SE MOBILIZAM POR ENTRE AS FRONTEIRAS
HEGEMÔNICAS
82
pesquisas das representações sociais, focando na ciência social e
no direito, que se revelam como elementos hegemônicos e
centrais de percepção de mundo, em torno dos quais orbitam o
verdadeiro e o inverossímil, o legí�mo e o ilegí�mo. Nesse sen�do,
o autor privilegia o espaço como a modalidade para pensar e agir,
em meio à qual as temporalidades se instalam, pois cada uma
dessas formas de tempo confere uma mentalidade própria às
relações sociais que nele têm lugar. Do ponto de vista filosófico, o
método da cartografia busca evidenciar a mul�plicidade como o
elemento que possibilita as produções. Ao pensar a mul�plicidade
como uma teoria e não como um disposi�vo de dis�nção entre a
consciência e o inconsciente, entre a natureza e a história, o corpo
e alma, que garante a separação do aglomerado e da unidade,
Deleuze e Guatari (2011, 1992) a concebem como uma realidade,
de onde se originam as subje�vações, as totalizações e as
unificações. Como teoria, ela possui os seguintes princípios:
elementos (singularidades), relações (devires), acontecimentos
(hecceidades), dimensões (espaço-tempo); modelo de realização
(rizoma), plano de composição (platôs) e vetores (territórios e
desterritorialização). Assim, tais princípios formam os diversos
planaltos que revelam a mul�plicidade como substância
(substan�vo) e não como mera qualidade (adje�vo); e se
manifestam como outras proposições da filosofia – as linhas de
fuga que buscam abandonar as segmentaridades territoriais,
responsáveis pelos sistemas e pela organicidade, na tenta�va de
evidenciar as intensidades (conexões rizomá�cas) e os
agenciamentos (produções inorgânicas).
Palavras-Chave: método da cartografia, produção de
conhecimento, rizoma, agenciamentos
83
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O CARÁTER DIALÉTICO DA
EPISTEMOLOGIA QUÍMICA BACHELARDIANA
85
O QUE HÁ DE EXPLORATÓRIO NA EXPLORAÇÃO EPISTÊMICA?
86
PRINCÍPIOS DO ENTENDIMENTO: O PAPEL SECUNDÁRIO DA
RAZÃO
89
prá�cas de ciência aberta para os processos de descoberta
cien�ficas.
Palavras-chave: Raciocínio abdu�vo; Jornada de dados; Ciência
aberta.
90
CONEXÕES E DESCONEXÕES ACERCA DA TEORIA DO MÉTODO
CIENTÍFICO NA MICRO-EPISTEMOLOGIA DE GASTON BACHELARD
E NA EPISTEMOLOGIA DE KARL POPPER
91
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
18/10
Quarta
Sala
222
92
LICENCIATURA EM FILOSOFIA: ALGUNS DILEMAS NO PROCESSO
FORMATIVO
93
INFÂNCIA E FILOSOFIA: O PENSAMENTO ACERCA DO BRINCAR
94
mudança da sociedade e dos paradigmas de conhecimento, a
infância foi reconhecida na sua autenticidade de ser criação, e não
mais vista como adulto em miniatura. Na atualidade podemos ver
as crianças e suas particularidades sendo novamente
ressignificadas. A indústria do brinquedo, aperfeiçoada pelas
possibilidades tecnológicas e digitais, contribui para o
desenvolvimento criativo e cognitivo da criança, e outras vezes
nem tanto, acarretando prejuízos nos processos de aprendizagem
e socialização. Outra realidade a ser considerada é a criança que
não usufrui de seu direito de ser criança, lançada precocemente
no mundo adulto. Através das brincadeiras as crianças veem as
pessoas e o mundo de maneira particular, expressando suas
vivências e aprendizados no ato de brincar. Pensar o papel do
brinquedo e da brincadeira é tarefa eminentemente importante
na era da tecnologia e das interações digitais.
Palavras-chave: Criança; Infância; Brincadeira; Filosofia;
Aprendizagem.
95
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS E ANCESTRALIDADES: POR
UMA FILOSOFIA DO ENCANTAMENTO
96
EDUCAÇÃO CONTINUADA: AS DISCORDÂNCIAS ENTRE OS
FUNDAMENTOS POLÍTICOS E O CURSO DE LICENCIATURA
97
desenvolvimento de a�vidades alterna�vas, tornando o ensino
democra�zado.
Palavras-chave: Formação de professores; Educação con�nuada;
Inclusão; Ensino filosófico; Estratégias metodológicas.
98
EDUCAÇÃO DECOLONIAL
99
QUESTÕES DE GÊNERO NO CURRÍCULO DE FILOSOFIA: ANÁLISE
DO LIVRO DIDÁTICO PNLD-2021
101
GÊNERO E SEXUALIDADE: A AUSÊNCIA DO DEBATE NOS ESPAÇOS
ESCOLARES E NOS LIVROS DIDÁTICOS
102
FILOSOFIA PARA UM ENSINO FEMINISTA
103
mulher para um papel empá�co, mas inferior ao homem. E quando
se trata da educação na atualidade ela é �da como precursora,
tornando a profissão “coisa de mulher”. Entretanto, em disciplinas
como de filosofia as mulheres ocupam menos espaços, isso se dá
por vários fatores, um deles seria a falta de conteúdos produzidos
e direcionados nas universidades a assuntos feminista, e por isso a
necessidades de se formar filosofas através de disciplinas
feministas filosóficas. É importante também tratar desses assuntos
na sala de aula do ensino básico, pois esse ensino deve se iniciar
desde a educação primaria para que dessa forma, seja incen�vado
o senso crí�co reflexivo sobre a sociedade machista em que
vivemos. Na sequência, como menciona bell hooks “se criarmos
teorias feministas e movimentos feministas que falem com essa
dor, não teremos dificuldades para construir uma luta feminista de
resistência com base nas massas”. Em suma se faz necessário uma
filosofia feminista nas salas de aula, tanto para um reconhecimento
da causa por meio de reflexões, como também para uma mudança
social, pois quanto mais fazermos dos espaços educacionais locais
de fala sobre assuntos discriminados, mais tornaremos pública a
urgência de uma mudança no pensamento social e na educação
como um ato emancipatório.
Palavras-chave: Filosofia; Feminismo; Educação; Kant; bell hooks.
104
FILOSOFIA E QUESTÕES ÉTNICO-
RACIAIS
18/10
Quarta
Sala
223
105
RACISMO E CULTURA A PARTIR DE FRANTZ FANON
106
passa a uma forma mais sofis�cada e disfarçada que condena
formas de vida, através da desvalorização dos aspectos esté�cos,
é�cos, polí�cos e epistêmicos das culturas dos povos colonizados,
determinando-os a se cons�tuir enquanto sujeitos, dentro da
cultura colonial imposta pela dominação. Uma estrutura que nega
suas formas de conhecer, de se organizar socialmente e, acima de
tudo, nega o seu ser. Portanto, esse trabalho visa analisar como o
racismo age diale�camente com a cultura e afeta, não só as
relações par�culares, mas também, desde as ins�tuições à
cons�tuição da subje�vidade do sujeito, à medida que a lógica do
sistema de dominação necessita do racismo para con�nuar se
mantendo e condicionando existências.
Palavras-chave: Cultura; Racismo; Colonização; Frantz Fanon.
107
SOBRE A VIOLÊNCIA: UMA LEITURA DE FRANTZ FANON
108
A IDENTIDADE DE ESTUDANTES QUILOMBOLAS NA UFBA: UM
ENFOQUE METODOLÓGICO
109
TEMAS E QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS PARA CRIANÇAS: IMAGENS
E CONCEITOS ATRAVÉS DE CONTOS FILOSÓFICO-LITERÁRIOS
110
extraídos dos Olhares Negros: Raça e Representação (1992) de bell
hooks (1952-2021) e de O negro visto por ele mesmo de Beatriz
nascimento (1942-1995). E o nosso entendimento do que é
Filosofia está sustentado nas caracterizações do conhecimento
filosófico dadas por Gilles-Gaston Granger (1920 - 2016) em Por um
conhecimento Filosófico. (1989).
Palavras-chave: Filosofia; Criança; Raça; Ensino; Literatura.
111
A ESTETIZAÇÃO DO MUNDO E UM AFROFUTURO AMEAÇADO
112
BLUES COMO FONTE DE RECONHECIMENTO, FORÇA E PODER DA
MULHER NEGRA: UMA APRESENTAÇÃO DO PENSAMENTO DE
ANGELA DAVIS
113
PARA ACABAR COM O MITO DAS “CITÉS GUETOS” – A
REFERENCIAÇÃO DAS TERMINOLOGIAS NORTE-AMERICANAS
COMO APAGAMENTO DAS REALIDADES PERIFÉRICAS AO REDOR
DO GLOBO
114
estruturou os bairros que existem nas periferias americanas da
atualidade, sobretudo por conta do apartheid, regime de
separação racial que vigorou nos Estados Unidos. No entanto, as
cités da França não têm essa semelhança compar�lhada: de um
aspecto geográfico que separa pessoas como resultado de
restrições étnicas raciais determinadas pelo Estado. As ocorrências
policiais de pequenos delitos passam a ser tratadas nas manchetes
dos no�ciosos franceses com ares de cinema americano, tornando
uma degradante roman�zação da violência não somente como
“mercadoria”, mas projetando-a a um novo patamar: “item para
exportação”. Em segundo momento, diante dessa “inovação
exploratória”, apresento as “noções de mão esquerda” e “mão
direita” do estado, originárias de Pierre Bourdieu com as quais
Wacquant dialoga, visando compreender melhor a regulação da
classe operária e penalização da pobreza, e ainda,uma breve
reflexão da é�ca do reconhecimento, defendida por Judith Butler.
Com o quadro resultante, exponho a conceituação do aparelho
social que Wacquant chama de “gueto” que segmenta e controla
através de questões étnicas raciais. Em um breve diálogo com o
restante da obra de Wacquant, sobretudo nos livros As prisões da
miséria, Os condenados da cidade e Punir os Pobres, essa
aproximação dos autores promove uma ampliação de
entendimento da marginalidade urbana.
Palavras-chave: Gueto; Marginalidade urbana; Mídia; Filosofia;
Wacquant.
115
SILÊNCIO COMO UMA FORMA DE OPRESSÃO. A MÁSCARA
METAFÍSICA
116
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I
18/10
Quarta
Sala
224 –
117
A SEGUNDA PESSOA: UMA POSSÍVEL CARACTERIZAÇÃO
UNIFICADA?
118
pessoa a uma forma de processo subpessoal de baixo nível, ou
meramente mecânico. Assim sendo, propomos neste trabalho
mapear os principais traços das diferentes concepções
contemporâneas de segunda pessoa, investigando a possibilidade
de uma unificação entre as diferentes perspectivas: (1) gramatical,
relacionada à dinâmica da expressão linguística (Davidson; Heal);
(2) na visão fenomenológica (Zahavi); (3) como perspectiva moral,
inspirada na ética deontológica (Darwall; Lewis); (4) de acordo com
o perspectivismo ameríndio (Castro); (5) e nativa (Di Paolo;
Thompson; Hutto & Myin); (6) sob uma visão neuronal (Schilbach
et al.); (7) como uma perspectiva de atribuição mental (Pérez &
Gomila); (7a) como uma dinâmica de atribuição de pessoalidade
(Liñan & Pérez-Jiménez; Barone at al.; Eleutério & Broens).
Palavras-chave: Pessoalidade; Relações interpessoais; Perspectiva
de segunda pessoa.
119
A LINGUAGEM NO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN: DA
ONTOLOGIA AOS INDISCERNÍVEIS
120
ar�culação entre mundo e linguagem é tributária da subsistência
de objetos simples e, como tais, devem ser indiscerníveis.
Palavras-chave: Ontologia; Tractatus; Witgenstein.
121
INTENCIONALIDADE E CONVENCIONALIDADE DOS ATOS DE FALA
NA TEORIA DA INTERPRETAÇÃO DE QUENTIN SKINNER
122
psicologista e ainda em defender que a recuperação da intenção
do autor depende da recuperação das convenções vigentes no
momento da performance do ato de fala a ser analisado. Em outras
palavras, nos textos a serem analisados por nós, o historiador da
filosofia pretendeu manipular os conceitos de intenção e
convenção de forma a construir uma teoria da interpretação não
reducionista; sem localizar o significado apenas “dentro” ou “fora”
do texto. Os artigos discutidos serão: Conventions and
understanding of speech acts (1970), On performing and
explaining of linguistic actions (1971) e Motives, intentions and
interpretation of texts (1972). Enfim, a conclusão a que chegamos
é a de que Quentin Skinner não pode ser visto como um
intencionalista ingênuo, propagador de uma “hermenêutica
romântica”, como afirmou o historiador David Harlan em
Intellectual History and the return of literature (1989), nem como
um contextualista radical, esvaziador da autonomia e da
originalidade dos textos clássicos, conforme defendeu Margaret
Leslie em um artigo crítico publicado em 1970. É mais razoável
descrever a visão skinneriana acerca da intencionalidade autoral
não nos termos de um apelo à subjetividade do autor, mas como
uma visão da intencionalidade ancorada na dimensão
convencional dos proferimentos. Sendo Assim, Skinner arrefece o
seu intencionalismo e seu contextualismo radicais
reciprocamente, fazendo o “dentro” e o “fora” dos textos serem
interdependentes e a intenção autoral depender das convenções
compartilhadas socialmente.
Palavras-chave: Quentin Skinner; Teoria da interpretação;
Intencionalidade autoral; Teoria dos atos de fala; História das
ideias.
123
MARTIN HEIDEGGER: A INTERPRETAÇÃO TRADICIONAL DA
LINGUAGEM E SEUS LIMITES
124
Heidegger, a linguagem e o nome gozam de um pres�gio
ontológico que pode causar estranheza no leitor, pois sem o nome
– isto é, sem a palavra – os entes sequer vigoram como tais. O ente,
sem o nome, desaparece, evapora; porque é o próprio nome que
confere vigência ao ente e, ademais, o sustenta nessa vigência.
Vigência, aqui, diz: ser. Essa perspec�va não implica que, sem a
palavra nomeadora, o ente se desintegre num absoluto não-ser,
mas que, sem ela, o ente se retrai, se esconde, se vela – quer dizer,
vigora ao modo do retraimento. Em Heidegger, não está em jogo
uma relação causal entre nome e ente, pois ambos surgem ao
mesmo tempo, como uma irrupção imediata, como num clarão
que se ilumina a si próprio e àquilo que ele toca. Somente a
linguagem poé�ca – a linguagem arcaico-originária – dá conta de
dizer, entenda-se, encontrar uma palavra apropriada para dizer,
esse momento inaugural de realidade se realizando. E aqui reside
o limite fundamental da linguagem tradicional, que lida com entes
dados, cristalizados, presen�ficados, mas jamais com o seu dar-se,
o seu presen�ficar-se.
Palavras-chave: Linguagem; Ser; Homem; Fala; Saga.
125
A EXPERIÊNCIA DA LINGUAGEM NA POESIA SEGUNDO
HEIDEGGER
126
sempre nos encontramos na linguagem e com a linguagem, mas
não percebemos ou damos a devida atenção a esse
acontecimento. O filósofo esboça suas reflexões sobre a
linguagem, mas se distância e não tem o intuito de classificar ou dá
uma certeza sobre o tema ao contrário das abordagens correntes
provenientes da filosofia da linguagem, filologia das línguas e
linguís�ca, pois considera que em tais perspec�vas a linguagem é
unicamente tratada como objeto. Nas reflexões do filósofo, ele
busca um norte a questão: mas, onde a linguagem, como
linguagem vem a palavra? Essa comunicação se ocupa da resposta
dada pelo pensador. Para o intento desta revisão bibliográfica,
destaca-se a reflexão do filósofo sobre a experiência do poeta com
a linguagem para a efe�vação da experiência. A poesia é
apresentada como um dos caminhos para se realizar a experiência
da linguagem. Heidegger, no entanto, não encerra sua meditação
na poesia, mas a considera como um caminho demonstra�vo para
a realização da experiência pensante da linguagem.
Palavras-chave: Linguagem; Poesia; Heidegger; Experiência.
127
O EXISTENCIALISMO EM SARTRE: O QUE DIZ RESPEITO AO
HOMEM DISCUTE SOBRE A ESCOLHA DE SI MESMO
128
do existencialismo é compreendermos que o homem é aquilo que
ele faz de si mesmo, sua subje�vidade. Contudo, o primeiro passo
do existencialismo é colocar o homem como o responsável por sua
existência, não de uma forma individualista, mas como o
responsável por si mesmo e em consequência disso torna-se
responsável por todos os homens. Ao concluir que é um
humanismo porque não há como o homem se fechar em si mesmo
e isolar-se da humanidade. A figura do homem contemporâneo
encontra apoio no existencialismo para o resgate da
espiritualidade dos an�gos. Que perdeu-se ao longo da história
que compõem os eventos que estruturam as sociedades. O
existencialismo diz muito sobre o voltar-se para si mesmo, cuidado
de si incitado por Sócrates aos jovens atenienses, remete que os
jovens contemporâneos têm a escolha do si mesmo em Sartre,
como incitação para o cuidado de si, base de transformação para
acesso ao conhecimento.
Palavra-chave: homem; subje�vidade; existencialismo; Sartre.
129
EROTISMO E MORTE EM GEORGES BATAILLE
130
ENSINO DE FILOSOFIA
19/10
Quinta
Sala
221
131
O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA FILOSOFIA ATRAVÉS
DO CINEMA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA NO
PIBID-UNEB
132
é alcançado quando os alunos compreendem a Filosofia e sua
atualidade, pois não teria sen�do nenhum falar de Filosofia e de
Filósofos se não trazê-los para o co�diano, para que os alunos
possam perceber a atualidade da Filosofia e temas filosóficos
contemporâneos. Para o Pibid de Filosofia os licenciandos
par�cipam da escola com o cinema e desenvolvem prá�cas
docentes com o uso das obras �lmicas e os debates que é muito
importante e necessário entre a Filosofia e o Cinema. A u�lização
do filme como recurso didá�co para o ensino de filosofia pode ser
uma arma poderosa e quando ele é pensado, escolhido pela
temá�ca conduz a um aprendizado eficaz e com sen�do. O uso do
cinema deve ser u�lizado como um recurso um aparato para uma
melhora de percepção de mundo, de experiência e de formação
cultural tanto dos alunos quanto para os professores. A Filosofia
está presente nos filmes e se faz necessário a ler filosoficamente o
filme ao qual estamos assis�ndo. Filosofar através dos filmes
u�lizando as obras cinematográficas é algo que ins�ga a
problema�zação de um universo novo e capaz de contribuir a
novas interpretações e reflexões.
Palavras-chaves: PIBID; Filosofia; Cinema; Processo ensino-
aprendizagem; Formação.
133
MORAL FECHADA E MORAL ABERTA: UMA REFLEXÃO NAS AULAS
FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO
134
nos aspectos de uma moral fechada presentes na Escola,
sobretudo, a par�r do cul�vo de hábitos enraizados. Pretendemos
mostrar que, para além desse fechamento, a reflexão filosófica é
capaz de possibilitar uma abertura no ambiente escolar. Estes dois
pontos de oposição, tanto a moral fechada quanto a aberta, serão
o liame do nosso trabalho para entendermos os impactos causados
por tais perspec�vas morais no espaço escolar.
Palavras-chave: Moral aberta; Moral fechada; Ensino de filosofia;
Bergson.
135
O USO DE CRÔNICAS DE MACHADO DE ASSIS NA ABORDAGEM DE
QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS
137
dos povos periféricos marcados pelas violências interseccionais,
experiências comum às populações negras, indígenas e “mes�ças”
que estruturou a produção de uma é�ca, esté�ca e polí�cas
próprias atravessadas pelas circunstâncias e condições humanas a
que foram e são subme�das. Essa iden�dade, pertencimento e
aderência me afeta como professor de Filosofia e como tal coloco
a questão de Um Ensino de Filosofia Contextualizado, autoral e
implicado em diálogo com a Interculturalidade Crí�ca afinado com
as Filosofias Afro-ameríndias de libertação. Um esforço jus�ficado
para explorar temas é�cos, esté�cos e polí�cos no chão das
tradições e prá�cas socioculturais dos povos sertânicos do
semiárido baiano.
Palavras-chave: Ensino de Filosofia; Interculturalidade; Fuxico;
Pluriversalidade.
138
A PEDAGÓGICA DA LIBERTAÇÃO
139
legí�ma da razão levando em conta as demandas polí�co-sociais
das famílias da classe trabalhadora que têm na educação o meio
de ascensão social, mas são convencidos, dentro das escolas, a não
projetar-se para ensino superior. O levantamento do Data Folha,
ainda demonstrou que 79% dos estudantes reconhecem ao menos
um professor como agente propulsor de sua progressão, sendo o
corpo docente o maior responsável pelo acesso dos estudantes a
Universidade e melhoria das condições sociais e econômicas.
Desse modo entende-se que o educador, “que opera é�co-
cri�camente”, deve figurar como agente promotor da autonomia
do educando, para que este emancipe-se como sujeito a�vo de sua
autolibertação. O processo educacional deveria atuar fora do
sistema performa�vo e autorreferente considerando o grau de
complexidade civilizatório humano, assim por meio da revisão
bibliográfica que, aliada a observação direta quan�ta�vo-
descri�vo das prá�cas pedagógicas realizadas como bolsista do
Programa Ins�tucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID,
provisoriamente, concluímos que, a relação estabelecida pela
tradição situa o “Ego cogito” sucedido do “Ego conquiro”, que
endossam discursos, nos quais o “Eu triunfo” produto dessas
proposições, apoiam a polí�ca do status quo da totalidade que
domina a forma de ensinar. A pedagógica dusseliana, antes de tudo
entende que o “Eu conquisto” enfraquece o “Eu liberto”,
inviabilizando o desenvolvimento autônomo e,
concomitantemente, fortalecendo a afirmação do outro sujeitado
e nesse ponto uma pedagógica que foque na libertação do sujeito,
se apresenta como práxis adequada, sobretudo, para o ensino de
Filosofia no Brasil.
Palavras-chave: Pedagógica da Libertação; Cogito; Classe
Trabalhadora; Escola Pública.
140
A RELAÇÃO ENTRE FILOSOFIA INTERCULTURAL E
PLURIVERSALIDADE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE
FILOSOFIA
141
pensar a filosofia para além de uma ênfase exacerbada na
perspec�va europeia. Levando em consideração a relação entre os
conceitos de pluriversalidade e interculturalidade, pretendo
apresentar como esses conceitos auxiliam numa compreensão de
filosofia que não exclui, por um lado, o alcance do discurso
filosófico em sua especificidade e, por outro lado, como essa
compreensão de filosofia contribui para iden�ficar a pluralidade
cultural existente no mundo. Com essa inves�gação pretendo, por
fim, apresentar, sucintamente, a importância de revisão do modo
a par�r do qual se ensina a a�vidade filosófica em ambientes
escolares do Ensino Médio; privilegiando, assim, uma
apresentação pluralista da filosofia no co�diano escolar.
Palavras-chaves: Pluriversalidade; Interculturalidade; Ensino.
142
A IMPORTÂNCIA DE UM CURRÍCULO DECOLONIAL NA FILOSOFIA
143
curso de Formação de Professores de Filosofia. Para que assim, a
disciplina se torne menos eurocêntrica e mais capaz de refle�r
sobre as diversas realidades presentes numa sociedade tão diversa
quanto a sociedade brasileira.
Palavras-chave: Filosofia; Currículo; Decolonialidade; Sociedade
brasileira.
144
UMA REFLEXÃO SOBRE A RELEVÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO
INICIAL DE PROFESSORES: AO ANALISAR OS DESAFIOS DO ENSINO
DE FILOSOFIA NA CONTEMPORANEIDADE
145
demonstraram um índice posi�vo na iniciação à docência: o
primeiro está ligado às intervenções propostas e discu�das entre
às reuniões ministradas pela coordenadora Vanessa Latanzi e pelo
supervisor do programa Rodrigo Rizério; ao adotarmos a prá�ca
direcionada às ‘’ Cenas da Profissão’’, as mesmas constam no
projeto e se dirigem a pequenas intervenções feitas pelos bolsistas
dentro da sala de aula, o resultado desta prá�ca se vê na
desenvoltura do ser docente - o segundo ponto, está ligado a
projetos que incen�vem a construção do ensino-prá�ca docente,
onde a afe�vidade em sala e o uso dá didá�ca para o seu ensino,
torna os conteúdos mais dinâmicos e atraentes - um projeto que
está em desenvolvimento é a olimpíada de filosofia, cujo obje�vo
é propiciar ao discente, estruturas argumenta�vas, raciocínio
lógico, crí�co e que incitem os alunos a desenvolverem potenciais
educa�vos durante sua aprendizagem - é quando exploramos
outros métodos, que evidenciamos a importância que o espaço do
PIBID permite aos alunos o aprendizado prá�co, baseado na
diversidade de a�vidades e reflexões desenvolvidas durante o
programa. Diferentemente dos estágios curriculares, priorizados
nas etapas finais dos cursos, a par�r do PIBID, o futuro educador
pode associar os estudos teórico-acadêmicos à realidade nas
escolas públicas brasileiras de educação básica, colaborando com
uma visão integral da docência e com a observação e o
desenvolvimento de habilidades relacionadas ao ensino e à
aprendizagem.
Palavras-chave: PIBID; Formação acadêmica; Prá�cas docentes;
Ensino de Filosofia.
146
FILOSOFIA, CULTURA E POLÍTICA
19/10
Quinta
Sala
222
147
A MÍTICA CONTEMPORÂNEA IMPRESSA NO UNIVERSO DOS
HERÓIS
148
ESPETACULARIZAÇÃO, PRIVACIDADE E CONSUMO EXPLORADOS
PELA MÍDIA: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE O FILME O SHOW DE
TRUMAN, A TELEVISÃO E O ESCLARECIMENTO
149
da privacidade das pessoas. A exploração da privacidade e a
espetacularização tende a desencadear sérios problemas a vida
pessoal das pessoas, como a difamação, calúnia, invasão da
in�midade como chantagens e ameaças e também danos
psicológicos, está reforça também as desigualdades e injus�ças
socia
Palavras-chave: Privacidade; Consumo; Televisão; Mídia;
Exploração.
150
CINEMA E ANIME
151
UMA ANÁLISE FILOSÓFICA: O CINEMA EM QUESTÃO
152
BIOPOLÍTICA E NEOLIBERALISMO
153
território e população, ele desenvolve algum dos problemas
apontados, mas é o próximo que sugere o exame mais direto do
tema. Trata-se de O nascimento da biopolítica. Uma vez mais, as
indicações da aula inicial são fundamentais. Em primeiro lugar, é
preciso compreender, em termos metodológicos, a forma pela qual
ele pretende inves�gar a questão do governo; sua abordagem,
como em outras ocasiões, é pautada por uma “recusa dos
universais”; ou seja, a arte de governar será inves�gada a par�r de
suas prá�cas e das reflexões acerca dessas prá�cas. Além disso, a
aula destaca, também, a necessidade de uma digressão, antes que
se entre, propriamente, no tema da biopolí�ca. O recuo prevê o
exame de uma racionalidade de governo que se contrapõe à “razão
de Estado” do século XVII: a “arte liberal de governar”. Essa
apresentação toma as primeiras aulas do curso e é seguida pela
exposição de suas transformações ao longo do século passado: o
neoliberalismo. O curso termina sem que, efe�vamente, o tema da
biopolí�ca seja desenvolvido. O obje�vo dessa comunicação é, a
par�r do exame que Foucault faz do neoliberalismo, em especial a
forma como assume nos Estados Unidos, mostrar em que medida
se trata de uma biopolí�ca. Em outras palavras, pretende-se trazer
para o primeiro plano aquilo que permaneceu como pano de fundo
durante as aulas. Espera-se, ainda, sugerir algumas implicações
dessa perspec�va para a compreensão do cenário polí�co
contemporâneo; em especial, para a democracia.
Palavras-chave: Biopolí�ca; Neoliberalismo; Foucault.
154
SENTENCIADO À MORTE: A TANATOPOLÍTICA EM DECISÕES
PENAIS CONDENATÓRIAS
156
CRÍTICA À FILOSOFIA EUROCENTRADA: NOÇÕES PARA UMA
FILOSOFIA INSURGENTE
157
reconstrução do arcabouço epistemológico e se lança como
corrente filosófica que pretende alicerçar pesquisas acadêmicas
de Filosofia na África e na afro-diáspora. Uma vasta discussão de
conceitos é levantada por filósofos engajados na perspectiva
africana da Filosofia (Diop; Obenga; Ramose; Noguera; Towa;
Sodré; Dantas) embora ainda exista o racismo epistêmico dentro
das instituições, decorrente do racismo estrutural. Nos preceitos
dos seus protagonistas, a Filosofia ocidental era condicionada a
um modelo de abstração, que tem em seu cerne, uma origem e
uma referência voltada à cultura europeia. Apesar de suas
verbalizações sempre justificarem a ideia de ser uma Filosofia
universal sem uma cultura, gênero, cor ou credo específicos,
arquitetou-se um cenário centrado nas discussões pautadas
apenas nos interesses de herança europeia, mesmo em um
contexto distinto. A Filosofia Africana, por exemplo, possuía
pouca representatividade no contexto acadêmico, sendo que
este espaço academicista verbalizou uma abertura de
possibilidades epistemológicas, mas admitia apenas seus
próprios pressupostos de matrizes predominantemente
europeias. Foi necessário que ocorresse o rompimento dessa
ideia, que se iniciou a partir do momento em que autores
africanos e afrodiaspóricos passaram a ser discutidos e
abordados como propositores de uma Filosofia destoante da
Filosofia europeia, de cultura supremacista. Dessa forma, o
presente trabalho se constitui em uma contribuição para a
descolonização filosófica da educação, tanto no contexto das
discussões acadêmicas, quanto da educação básica. Além disso,
considera-se a importância da valorização dos autores negros e
das suas produções e suas contribuições para a agência do povo
negro.
Palavras-chave: Eurocentrismo; Filosofia Africana; Afro-diáspora;
Agência.
158
A FILOSOFIA DO DIREITO DE HANS KELSEN: UMA ANÁLISE
CRÍTICA
159
comunicação as crí�cas e refutações dirigidas contra diferentes
aspectos de sua doutrina. Como é cediço, o formalismo jurídico
que marca o posi�vismo jurídico kelseniano tornou-se alvo de
objeções oriundas de importantes teóricos pós-posi�vistas. Com
efeito, o ponto de vista crí�co ocupa, cada vez mais, lugar
destacado no pensamento jusfilosófico contemporâneo.
Palavras-chave: Filosofia do Direito; Posi�vismo; Teoria Pura do
Direito; Hans Kelsen.
160
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA II
19/10
Quinta
Sala
223
161
MICHEL FOUCAULT: A CRÍTICA COMO ATITUDE
Stefano Dazzi
Mestrando em Filosofia - PPGF/UFBA
stefanodazzi@u�a.br
CAPES
165
ENSAIO SOBRE A LIBERDADE: A SITUAÇÃO
166
as escolhas livres, uma “relação com a fac�cidade”. A fac�cidade
parece determinar o que será feito do homem, ou mesmo o que
dele já foi feito, dado como ser em-si. Desse modo,
compreendendo que a liberdade é dada na situação, segue-se que
a liberdade existencial não pode ser alienada nem mesmo em um
escravo. Por vezes são destacados problemas que o homem não
consegue escapar, uma vez que a situação se encontra neles
mesmos. É notório aos seus leitores que Sartre costuma retratar
situações tendo em xeque problemas é�co-morais. Esses
problemas são concernentes: a responsabilidade, a angús�a, a
liberdade, a “consciência reflexiva” e outros conceitos categóricos
indissociáveis à filosofia do autor, de tal forma que são necessários
na discussão acerca da existência, bem como da realidade humana.
Palavras-chave: Liberdade; Situação; Fa�cidade; Moral;
Transcendência.
167
O CONCEITO DE LIBERDADE EM LUIZ GAMA
168
O CONCEITO DE VONTADE LIVRE NA FILOSOFIA DO DIREITO DE
HEGEL
169
A EXTERIORIDADE COMO CATEGORIA FUNDAMENTAL DA
FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO DE ENRIQUE DUSSEL
Bianca da Silva
Graduanda em Filosofia - UFCG
dantasbianca15@gmail.com
171
DIREITO À VIDA EM HEGEL
172
constringente (Notrecht) como princípio que visa assegurar o
direito à vida como um direito de extrema necessidade.
Palavras-chave: Direito à vida; Propriedade; Direito de
necessidade; Sociedade civil.
173
FENOMENOLOGIA E
PSICANÁLISE
20/10
Sexta
Sala
221
174
A COMPREENSÃO EXISTENCIAL DE CORPO: CONSIDERAÇÕES A
PARTIR DO PENSAMENTO DE HEIDEGGER
176
UMA POSSÍVEL ANÁLISE HEIDEGGERIANA DA TELA “SEM
ESPERANÇA” DE FRIDA KAHLO
178
A PSICANÁLISE DE WINNICOTT OBJETIFICA O SER HUMANO? UM
OLHAR A PARTIR DAS DISCUSSÕES DE HEIDEGGER
NOS SEMINÁRIOS DE ZOLLIKON
180
A DICOTOMIA CORPO-MENTE NA FILOSOFIA CARTESIANA E A
PARECERIA PSIQUE-SOMA NA PSICANÁLISE WINNICOTTIANA
182
CONHECIMENTO E INTERESSE: A PSICANÁLISE COMO
AUTORREFLEXÃO
183
ao próprio autor. Nesse aspecto, a hermenêutica psicanalítica não
visa, como a hermenêutica das ciências do espírito, à compreensão
dos nexos simbólicos; antes, o ato da compreensão, ao qual ela
conduz, é autorreflexão. Buscaremos, então, reconstituir a
argumentação empreendida, sobretudo no capítulo 10 de
Conhecimento e interesse, texto proeminentemente dedicado à
caracterização da psicanálise como prática hermenêutica de
autorreflexão, orientando-nos pela seguinte estrutura expositiva:
(i) a apresentação da tese que caracteriza a psicanálise como uma
“hermenêutica crítica”, salientando suas proximidades e
diferenças em relação à “hermenêutica filológica” legada pela
tradição; (ii) apresentar o sonho como objeto privilegiado por meio
do qual se exerce essa hermenêutica profunda e a resistência
como foco da prática psicanalítica; (iii) a seguir, a compreensão da
psicanálise como autorreflexão demandará o esclarecimento de
um conjunto de pressupostos práticos exigidos por seu núcleo
metódico: transferência; interesse do paciente pela autorreflexão
(“paixão pela crítica); o autocontrole do analista
(“desubjetivação”); (iv) por fim, buscaremos salientar que, para
Habermas, a autorreflexão como método não se realiza
plenamente devido a um “mal-entendido cientificista” que teria
acompanhado a psicanálise desde sua fundação.
Palavras-chave: Psicanálise; Autorreflexão; Patologias Sociais;
Interesse Emancipatório.
184
VINCENT VAN GOGH À LUZ DE WINNICOTT E NIETZSCHE: A ARTE
COMO CUIDADO E AFIRMAÇÃO DO EXISTIR
186
O LUGAR DA AFETIVIDADE NO ENVIO DO SER
187
ocupado com a singularidade do ser-aí, em Ser e Tempo e nos
textos posteriores à publicação do tratado maior, até a reflexão
sobre o afeto da serenidade como afeto que faz frente à
manifestação do envio historial do ser próprio da era da técnica.
Palavras-chave: Befindlichkeit, analí�ca existencial, ser.
188
A ESPACIALIDADE E A CORPOREIDADE NO SER-NO-MUNDO DE
HEIDEGGER
189
abordagem teórica e cien�fica que enfoca distâncias mensuráveis
de forma métrica. A compreensão meta�sica moderna da
corporalidade é influenciada por essa conceituação ontológica
tradicional, que a análise de Heidegger busca reconfigurar.
Entendemos, assim, que a perspec�va existencial da espacialidade
do Dasein não ignora a corporeidade, pois examina a interação do
corpo com o espaço de maneira diferenciada. Neste contexto
vemos nos parágrafos 22 e 23 de “Ser e Tempo” uma indicação da
importância existencial do corpo humano na ontologia do Dasein.
A espacialidade permeia não apenas a relação do Dasein com os
utensílios, mas também sua compreensão do corpo e sua
existência imersa no mundo. A desconstrução da perspec�va
tradicional de espaço encontra paralelos na desconstrução da
interpretação do corpo em vigor desde a modernidade, ampliando
a compreensão da interconexão entre o ser humano, o espaço e o
mundo circundante. Compreender a espacialidade e sua relação
com a corporeidade é fundamental para uma apreciação mais
profunda do exis�r humano no contexto do ser-no-mundo
heideggeriano.
Palavras-chave: Corpo; Dasein; Espacialidade; Heidegger; Ser-no-
mundo.
190
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA III
20/10
Sexta
Sala
222
191
SOBRE A HIPÓTESE DE UMA TEORIA GERAL DO JULGAMENTO EM
PAUL RICOEUR
193
A PRIMAZIA DO TEMPO SOBRE A MUDANÇA NA
CARACTERIZAÇÃO DA TEORIA DO RECONHECIMENTO EM PAUL
RICOEUR
195
O EMOTIVISMO E UTILITARISMO E A DECADÊNCIA DA ÉTICA
CONTEMPORÂNEA SEGUNDO ALASDAYR MACYNTIRE
196
A CRÍTICA DE SARTRE A HUSSERL COMO CRÍTICA POSSÍVEL À
COMPREENSÃO MODERNA DE SUBJETIVIDADE
197
Ego e consciência, e assim, separar o psíquico e o transcendental,
este úl�mo rela�vo à consciência e ou outro, rela�vo ao Ego.
Separação esta que cons�tui em seu sen�do profundo, uma
ruptura com o modelo que diz que subje�vidade e sujeito estão
num mesmo nível ontológico e epistemológico.
Palavras-chave: Consciência pré-reflexiva; Subje�vidade;
Fenomenologia; Sartre; Husserl.
198
A QUESTÃO DO PERDÃO: DIFERENÇAS ENTRE PAUL RICOEUR E
HANNAH ARENDT
199
SOBRE O CONCEITO DE DROGA. E ALGUMAS NOTAS ACERCA DA
SUA PROIBIÇÃO
200
trabalho é a compreensão de ambos acerca dos poderes e
interesses que podem operar por detrás do conhecimento
cien�fico e suas classificações. Tanto Foucault quanto Szasz
acreditam que as categorias de normalidade e anormalidade são
culturalmente construídas. Em História da Loucura (1961) e em The
Myth of Mental Illness (1961), há uma crí�ca à tendência
patologizante de questões relacionadas à loucura: ou a
anormalidade social. Ambos os autores argumentam que
conceitos desta natureza podem ser usados como uma ferramenta
de controle social, em vez de uma descrição obje�va de estados
�sicos, o que inclui as substâncias – drogas – que podem provocar
tais estados. Em Ideology and Insanity (1970), Szasz explora como
o conceito de insanidade pode ser usado para jus�ficar ações
coerci�vas e 6igual forma, em O Nascimento da Clínica (1963) e
Nascimento da Biopolítica (1979), Foucault explora como o poder
se manifesta nas ins�tuições médicas e psiquiátricas e como essas
ins�tuições exercem controle sobre os indivíduos, muitas vezes de
maneira invisível. Szasz, por sua vez, em The Therapeutic State
(1984), também discute como o sistema médico-psiquiátrico pode
ser usado para exercer controle social em nome do tratamento,
tanto público quanto privado. Neste cenário usamos os recursos
teóricos fornecido por tais autores para compreender não apenas
os aspectos argumenta�vos da definição, mas também as
consequências materiais, sociais e raciais de tais proibições,
relacionadas a drogas, em nosso tempo.
Palavras-chave: Drogas; Taxonomia dos Conceitos; Derrida;
Foucault; Szasz.
201
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA IV
20/10
Sexta
Sala
223-
202
QUESTIONAR O CÂNONE FILOSÓFICO: UMA POSSIBILIDADE DE
FILOSOFIA A PARTIR DE GLORIA ANZALDÚA
203
A TRANSA ENTRE TUDO O QUE CONTÉM PENSAMENTO
204
em questão obje�va mostrar que a mistura operada por Foucault
em suas elaborações filosóficas, sobretudo no trato com a história
e com a literatura, a ficção, aponta para uma gramá�ca mais
complexa do logos da própria filosofia.
Palavras-chave: Método histórico-filosófico; Linguagem literária;
Experiência de pensamento.
205
AS CONDIÇÕES DA EXPRESSÃO SUBJETIVA E DO
AUTOCONHECIMENTO
206
DIALÉTICA COMO APROPRIAÇÃO E DEVORAÇÃO: PARA UMA
FILOSOFIA MODERNISTA
Rodrigo Ornelas
Doutor em Filosofia pela UFBA; Professor do IFBA-Salvador; Grupo
Poé�ca Pragmá�ca - UFBA
ornelas.rodrigo@hotmail.com
CNPq
207
uma proposta, ela mesma, de discurso filosófico da Modernidade,
evocando o que podemos chamar de uma dialé�ca da devoração.
Palavras-chave: Modernidade; Modernismo; Dialé�ca;
Hegelianismo; Antropofagia.
208
A CONCEPÇÃO DE PESSOA NO PERSONALISMO MOUNIERIANO
EM COMPARAÇÃO ÀS CORRENTES marxista e existencialista
209
fechada para aos outros, para Mounier. Podemos chamar de
individualismo do existencialismo. Em suma, ao analisar as
influências do marxismo e do existencialismo e a crí�ca
personalista sobre o conceito de pessoa destas duas filosofias,
iremos realizar uma abordagem antropológica da filosofia
mounieriana para compreender quem é a pessoa e como o filósofo
em questão a “define”. Posterior a isto, averiguaremos a possível
superação personalista sobre o conceito de pessoa.
Palavras-chave: Personalismo; Emmanuel Mounier; Pessoa;
Marxismo; Existencialismo.
210
211