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ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR

I MUNDO NASCENTE UNITED NATIONS MODEL

Raul Jurischka Conte

Leonardo Ferronato Pelle Guin

Arthur Luiz Savino de Moura

Gustavo Martins Cerqueira

GUIA DE ESTUDOS

GABINETE DE GUERRA

O CONFLITO DE YOM KIPPUR

Guia de estudos realizado com o intuito de


introduzir aos participantes da I Mundo
Nascente um estudo a respeito da Guerra
do Yom Kippur. .

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Sumário

1 Carta aos Delegados.................................................................................3

2 Introdução ao Gabinete.............................................................................4

3 Contexto Histórico.....................................................................................5

3.1 Frente Árabe...................................................................................6

3.2 Frente Hebraica..............................................................................9

4 Geografia.................................................................................................12

5 Referências Bibliográficas.......................................................................16

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1 Carta aos Delegados

Caríssimos Senhores Delegados,

Gostaríamos primeiramente de agradecer a confiança depositada pelos


senhores neste evento marcante para nós, nossa I MUNDO NASCENTE
UNITED NATIONS MODEL. Estávamos há muito tempo batalhando pela
oportunidade de proporcionar um evento como esse em nossa escola e,
finalmente, o momento tão esperado chegou! Inúmeras reuniões foram
realizadas visando a preparação e a organização dessa simulação, que foi feita
com muito apreço e dedicação para os senhores.

O estilo do nosso comitê, o Gabinete de Guerra, não apresenta o mesmo


modelo de reuniões que o da ONU. Para evitar surpresas ou qualquer espanto
aos delegados que ainda não participaram de uma simulação desse tipo, a
primeira parte do nosso Guia de Estudos se destina a uma explicação das regras
de funcionamento do gabinete. Tais normas serão relembradas e ratificadas no
primeiro dia de simulação, antes do início das sessões.

A outra parte do Guia busca fornecer informações básicas, porém


essenciais, sobre a história da Guerra de Yom Kippur. Será apresentado aos
senhores uma breve contextualização do conflito, a visão de cada lado da guerra
e algumas informações sobre a geografia do local, procurando indicar o caminho
a ser seguido para estudos mais aprofundados sobre o tema.

A leitura deste Guia é imprescindível para que todos possam aproveitar


ao máximo dessa experiência da melhor forma possível. Reiteramos também
que cada delegado deve prosseguir com seus estudos autônomos, não se
limitando apenas a este documento.

Aguardamos ansiosamente pela presença dos senhores! Nossa equipe


estará pronta e disposta a resolver qualquer problema e sanar eventuais dúvidas
que possam surgir desde o presente momento até o final do evento. Lembrem-
se: “quem teme ser vencido tem a certeza da derrota".

Atenciosamente,

Equipe do NESG.

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2 Introdução ao Gabinete
A simulação de um Gabinete de Guerra tem como objetivo recriar o
processo de decisão tomada de uma guerra que foi marcante na história da
forma mais fidedigna à realidade, levando em conta níveis estratégicos e/ou
políticos a partir de dois lados opostos. Neste caso, cada sala constitui o centro
de operações – político ou militar – de uma parte do conflito. Esta parte, por sua
vez, é formada por militares ou figuras políticas mais importantes de cada lado
da batalha em questão.

Cada um destes indivíduos é um personagem histórico, com


características e pensamentos próprios acerca das estratégias e/ou táticas a
serem seguidas visando à vitória no conflito. Ao mesmo tempo, estes
personagens estarão inseridos em salas que, por sua vez, delimitarão o escopo
de suas ações em seus respectivos campos de atuação, o que será visto mais
detalhadamente em tópicos posteriores deste guia.

Cada sala exercerá seu poder através do envio de ordens militares ou


diplomáticas ao grupo de controle (GruCon), que as executará e informará o
resultado aos remetentes o quanto antes. Desta forma, o Gabinete da Guerra De
Yom Kippur (1973) será composto por três salas: uma para o Grupo de Controle
(GruCon) , uma para a frente árabe e uma para a frente hebraica. Vale salientar
que é estritamente proibido o acesso por parte de delegados ao GruCon e as
salas que não sejam a original do(a) delegado(a).

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3 Contexto Histórico

Durante o ano de 1967 o Estado de Israel lutou contra a Coalizão Árabe


(Egito, Síria, Jordânia Iraque), atacando-a primeiro, no intuito de defender-se de
um possível ataque da mesma. Durante este conflito Israel provocou enormes
baixas nos países árabes, em especial o Egito, além de conquistar territórios de
importância estratégica, militar, sendo vitorioso nesse conflito.

Agora no ano de 1973 o Oriente Médio passa novamente por um período


de tensão militar. O novo presidente egípcio Anwar Sadat assumiu o poder
garantindo parar o expansionismo israelense e também prometendo
reconquistar os territórios tomados pelo povo judeu. O isolacionismo Israelense
e o apoio soviético em cima dos países árabes, custeando o rearmamento dos
derrotados na Guerra dos Seis Dias, deixam a população da região cada vez
mais aflita. As viagens de Anwar Sadat para inúmeros países do mundo todo e
as movimentações fronteiriças feitas devido a um exercício militar egípcio
inesperado preocupam Golda Meir, primeira ministra de Israel.

Os recentes acontecimentos desestabilizam a paz no Oriente Médio,


ameaçando mais uma vez o início de uma guerra entre dois povos, os quais
possuem um passado conflituoso. O destino do oeste asiático é incerto e está
nas mãos dos senhores, líderes destas nações.

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3.1 Frente Árabe
Após anos de tentativas diplomáticas de retomada dos territórios que nos foi
dado por Alá e que outrora foram covardemente dominados pelos infiéis, a
Frente Árabe se vê, agora militarmente reestruturada, capaz de reconquistar
nossos territórios, e, para tanto, contamos com a sua força!

Escolhemos a presente data para o ataque pois sabemos que trata-se de um dia
sagrado para o nosso inimigo, o qual se encontrará desprevenido, facilitando a
nossa ação.

Os Estados do Egito e da Síria lançarão em conjunto tropas tanto ao Sul, pelo


Canal de Suez, quanto ao Norte, sobre as Colinas de Golan. Mostraremos aos
nossos esnobes inimigos o nosso poder! Não deixaremos que usem os territórios
que nos foi concebido pelo poder divino, tampouco abaixaremos nossas cabeças
para a derrota de 1967. Recuperaremos nossa honra e nossa soberania, em
memória daqueles que sangraram pela nossa Pátria! Rumo à vitória, pela honra
do povo Árabe!

Para a nossa vitória, dispomos dos seguintes vetores bélicos*:

1. Forças de Ataque/Defesa Árabe:

1.A. Antiaérea SA-2

1.B. Antiaérea SA-6

1.C. Antiaérea SA-7

1.D. Canhão Quádruplo ZSU-23-4

1.E. Blindado BTR-50

1.F. Blindado Anfíbio PT76

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1.G. Blindado T-62

2. Força Aérea Árabe:

2.A. Sukhoi Su-7

2.B. MiG-17

2.C. MiG-21MF

2.D. Antonov An-12

3. Marinha Árabe:

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3.A. Barco Míssil de Classe Komar

3.B. Barco Míssil de Classe Osa

3.C. Fragata

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3.2 Frente Hebraica
Durante muito tempo, o povo de Israel foi perseguido e violado com
atentados horríveis. É preciso reagir! O “povo” impuro muçulmano precisa
reconhecer a soberania israelita e será você, caríssimo delegado, que retomará
o poder do único e legítimo povo de Deus!

Acabamos de ser atacados por dois países desprezíveis, Egito e Síria.


Completamente deploráveis foram suas atitudes contra nossa Terra Santa, ao
atacar justamente no dia do perdão, o grande Yom Kippur.

Após poucos anos da incontestável vitória do Povo de Deus, foi


demonstrada a audácia egípcia ao mover grande número de tropas para o leste
da costa do Canal de Suez, aparentemente para uma negociação territorial. Mas
não são as terras que queremos, mas, sim, o reconhecimento de todos os países
árabes de que Israel é um Estado Legítimo. Pode ter a certeza que não
deixaremos isso como está, medidas serão tomadas! Precisamos da ajuda dos
senhores para dizimar estes porcos infiéis. Já fomos vitoriosos antes, na
consagrada III Guerra Árabe-Israelense. Em tão pouco tempo, triplicamos o
nosso glorioso território, e conquistamos a Cidade Santa de Jerusalém. Com
força total, conseguimos avançar para em direção ao Egito conquistando a
Península do Sinai. Conquistamos facilmente também a Cisjordânia da Jordânia
e as Colinas de Golan na Síria.

Mesmo após a grande demonstração da força israelense, os infiéis


demostraram sua completa insanidade ao ameaçar nosso povo. Não se
contentaram com os 18 mil mortos árabes do último conflito. Que o sangue
derramado de cada um dos nossos 983 heróis que morreram em nossa última
batalha seja honrado pelos nossos guerreiros.

Delegados, nesta guerra os senhores irão dispor dos seguintes vetores bélicos*:

1. Forças de Defesa de Israel:

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1.A. Veiculo Blindado de Transporte Pessoal;

1.B. Tanque M47 Patton

1.C. Carro de Combate M113

1.D. Carro de Combate M60 Patton

1.E. Veículo Blindado M3 Scout Car

2. Força Aérea Israelense:

2.A. Dassault Mirage IIICJ;

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2.B. McDonnell Douglas F-4E Phantom;

2.C. Douglas A-4 Skyhawk;

2.D. Lockheed C-130 Hércules;

3. Marinha Israelense:

3.A. Navio tipo “Crusador”

3.B. Navio Porta-Aviões

3.C. Navio de Guerra

3.D. Fragata

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4 Geografia
Características Gerais do Oriente Médio:

A região é caracterizada pela presença de desertos e vegetação árida e


semiárida. O clima, condizente com a vegetação, é marcado por verões quentes
(em torno dos 49°C) e invernos mais amenos. O relevo é caracterizado
majoritariamente por planaltos, havendo ainda montanhas antigas e planícies
(tendo, por destaque, a Mesopotâmia).

Características Específicas:

• Egito
Um pouco maior que o estado brasileiro do Mato Grosso. Devido à aridez
do país, porém, 99% da sua população concentra-se no vale do Rio Nilo e no
Delta do Nilo, correspondente a 5,5% da área total. Fora do vale do Nilo, o
território e composto, em sua maioria, por desertos rochosos. Nas áreas de areia,
há a formação de dunas que chegam a 30 m de altura.

• Israel
É dividido em quatro regiões geográficas: três faixas paralelas ao norte e uma
grande área árida ao sul. Ao nordeste, no planalto de Golã, suas cadeias de
montanhas nascem. Entre as montanhas da Galileia e da Samaria, está o vale

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do Jizreel, região agrícola de mais importância do país, no norte. Ao sul,
seguindo as cadeias montanhosas, está localizado o Neguev, deserto que cobre
60% do território israelense, caracterizado por planícies de arenito, crateras,
platôs, montanhas ainda mais altas e três crateras oriundas de corrosão. No lado
oriental, passa, de norte a sul, o Rio Jordão, passando também pelo mar da
Galileia, entre as montanhas e o planalto de Golã, e desembocando no Mar
Morto. Abaixo desse, encontra-se o Aravá, a savana de Israel, estendendo-se
até o golfo.

Península do Sinai

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A oeste do Canal de Suez, constitui o território africano de Israel, ocupado
na Terceira Guerra Árabe-Israelense, fazendo fronteira com o Egito. A península
é caracterizada por montanhas e desertos, além de seu formato triangular. Sua
localização é estratégica, ligando o continente asiático ao africano. Não é tão
forte para a economia, contudo.

Mapa da Península do Sinai antes da Guerra dos Seis Dias (1967)

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Colinas de Golã

A área é caracterizada por ser montanhosa e elevada, contendo


pontos naturais de disparo nos topos das colinas. Há a presença de
vulcões dormentes e fluxos de lava.

Mapa das
Colinas de
Golã.

• Síria
Suas regiões a oeste, no litoral, são férteis e verdes. As regiões banhadas
por rios, semelhante ao Egito, também são férteis em suas margens. O restante
do país, sendo a maioria, é composto por estepes e desertos.

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5 Referências Bibliográficas
http://www.cavok.com.br/blog/guerra-do-yom-kippur/

https://en.wikipedia.org/wiki/Yom_Kippur_War

http://www.morasha.com.br/historia-de-israel/guerra-de-yom-kipur-a-luta-pelo-
sinai.html

https://www.militaryfactory.com/armor/yom-kippur-war-tanks-vehicles-and-
artillery.asp

http://www.militarypower.com.br/frame4-warYomKippur.htm

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Marsa_Talamat

http://www.freeworldmaps.net/

https://www.usma.edu/history/SitePages/Home.aspx

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