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SEGURANÇA S
PABLO ROJAS
PABLO ROJAS
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DO TRABALHO PA B
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preservação da integridade física e mental do trabalhador
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Normas Regulamentadoras
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fazem parte das obrigações das empresas e são
internamente garantidas por uma equipe de profissionais
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composta por técnicos e engenheiros de segurança do Ergonomia
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trabalho, além de médicos e enfermeiros da área. Gerenciamento de risco
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Entre outras funções, cabe ao técnico organizar os
Acidentes de trabalho
TÉ U A
programas de prevenção de acidentes, orientar a
G B
CIPA e os trabalhadores quanto aos riscos existentes e Doenças ocupacionais
estabelecer a obrigatoriedade do uso de equipamentos
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de proteção individual e coletivo. Elaborar planos de Benefícios previdenciários
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prevenção de riscos ambientais, realizar inspeções de
segurança, emitir laudos técnicos e organizar palestras e Código de Ética Profissional na
treinamentos são também atividades que compõem o dia segurança do trabalho
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a dia deste requisitado profissional.
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Pensando nos estudantes que se preparam para atuar
nesse mercado, a Tekne traz neste livro informações
valiosas para o desempenho de atividades de prevenção
e eliminação dos riscos que podem levar a acidentes e
doenças ocupacionais. Estudante: Visite www.bookman.
Este lançamento é um instrumento pedagógico com.br/tekne para ter acesso a
indispensável para alunos e professores dos cursos vídeos e links para complementação
técnicos previstos pelo Ministério da Educação no dos conteúdos.
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec).
www.bookman.com.br/tekne
R741t Rojas, Pablo.
Técnico em segurança do trabalho [recurso eletrônico] /
Pablo Rojas. – Porto Alegre : Bookman, 2015.
CDU 331.45
O contrato de trabalho cria um vínculo entre a empresa e o empregado que obriga reciprocamente
as partes, ou seja, traz vantagens e ônus recíprocos. Ao assumir o contrato de trabalho, o empre-
gado se coloca à disposição do empregador com sua força de trabalho e fica subordinado às regras
fixadas no contrato e na legislação trabalhista.
IMPORTANTE
O Por sua vez, ao assinar o contrato de trabalho com um trabalhador, o empregador assume diversas
O Artigo 2 da CLT diz que o obrigações, como pagar os salários pelos serviços prestados, manter um ambiente de trabalho sau-
empregador é o responsável
dável e reduzir os riscos ao trabalho por meio da aplicação de normas de saúde, higiene e seguran-
pela prestação de serviço,
ça. Esses preceitos estão previstos na Constituição Federal (BRASIL, 1988b) (Artigo 7º, incisos XXII,
pois é ele quem contrata,
XXIII e XXVIII) e no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho relativas à segurança
assalaria e dirige a prestação
de serviço na empresa,
e à medicina do trabalho, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978 (BRASIL, 1978a).
portanto, cabe a ele o ônus
e o bônus advindos dessa
prestação de serviço
(BRASIL, 1943).
Responsabilidade do empregador
na prevenção de acidentes do
trabalho
Por lei, a empresa é responsável pela adoção e pelo uso de medidas coletivas e individuais de pro-
IMPORTANTE teção e segurança da saúde do trabalhador, devendo prestar informações pormenorizadas sobre os
Para haver riscos da operação a executar e do produto a manipular. De acordo com o Artigo 157 da CLT (BRA-
responsabilização do SIL, 1943), cabe à empresa cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho
empregador por um acidente e instruir os empregados, mediante ordens de serviço, quanto às precauções para evitar acidentes
de trabalho, é necessário de trabalho ou doenças ocupacionais.
existir nexo causal entre
sua conduta e o resultado A empresa deve também punir o empregado que, sem justificativa, recusar-se a observar as re-
danoso (causalidade feridas ordens de serviço e a usar os equipamentos de proteção individual fornecidos, conforme
naturalística) ou entre previsto no Artigo 158 da CLT (BRASIL, 1943). Quanto às terceirizações, por força de norma re-
o resultado danoso e a gulamentadora, a empresa tomadora de serviços está obrigada a estender aos empregados da
conduta que ele deveria
empresa contratada que lhe presta serviços no seu estabelecimento a assistência de seus serviços
ter adotado (causalidade
especializados em engenharia e segurança e em medicina do trabalho.
normativa).
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No acidente de trabalho real e na doença do trabalho, o empregador sempre tem o domínio da
situação fática, ou seja, o empresário é sempre conhecedor do ambiente e das formas como são
realizadas as atividades produtivas. No acidente de trabalho por ficção legal e na doença pro-
NO SITE
fissional, a situação real foge ao seu controle, e ele raramente pode prevê-los ou evitá-los. As res-
O t t ho
ponsabilidades do empregador em relação à segurança no ambiente do trabalho dividem-se em o o está
quatro esferas, detalhadas a seguir. previsto no Artigo 21 da
Lei 8.213/91, disponível
no ambiente virtual de
aprendizagem Tekne: www.
Esfera civil grupoa.com.br/tekne.
A responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito,
a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser con-
siderada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-
-lo. A reparação do dano é feita por meio da indenização, que é quase sempre pecuniária. O dano
pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de uma pessoa.
O empregador também é responsável pelos atos de seus empregados durante o exercício de suas
Em caso de morte do empregado: Pagamento das despesas com tratamento da vítima, seu fu-
neral e luto da família; prestação de alimentos às pessoas a quem o defunto os devia; dano moral;
e constituição de um capital representado por imóveis ou títulos da dívida pública, impenhoráveis,
cuja renda assegure o cabal cumprimento do pagamento das prestações vincendas.
Pagamento de lucros cessantes até o fim da convalescença: Valor pertinente a tudo o que o
acidentado deixou de ganhar em razão do acidente.
Aplicação de multa: No grau médio da pena criminal correspondente, duplicada em caso de alei-
jão ou deformidade.
Pagamento de dote: Se a vítima for mulher em condições de casar e do acidente resultar aleijão
ou deformidade, é determinado o pagamento de dote segundo as posses do ofensor e as circuns-
capítulo 3
tâncias da ofendida.
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Indenização em virtude da incapacidade total ou parcial permanente para o trabalho: Se
a ofensa resultar em incapacidade total ou parcial permanente para o trabalho, o pagamento de
pensão correspondente à importância que o trabalhador deixará de receber pelo trabalho para o
NO SITE
qual se inabilitou ou proporcional à depreciação que o trabalhador sofreu.
Assista a um vídeo sobre
a responsabilidade civil Indenização por dano estético: O dano estético é um dano de caráter não patrimonial, distinto
das empresas sobre a do dano moral. Ele é caracterizado por uma modificação duradoura ou permanente na aparência
segurança do trabalho
externa de uma pessoa contribuindo para o surgimento de dor moral. Ele é uma ofensa aos direitos
disponível no ambiente
de personalidade da pessoa, pois provoca desequilíbrio entre o estado passado da pessoa e o esta-
virtual de aprendizagem
Tekne.
do presente e futuro. É uma modificação para pior.
Indenização em dinheiro: Feita no mesmo valor do capital indicado pela justiça do trabalho (total
ou parcial) com o objetivo de fornecer ao acidentado um capital que garanta a sua subsistência futura.
Indenização por dano moral: O dano moral tem origem em uma ofensa ou violação dos bens de
ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde
(mental ou física), à sua imagem. O trabalhador sempre tem direito a pleitear indenização quando
se sentir lesado.
Esfera criminal
De acordo com o Artigo 13, § 2°, do Código Penal de 1984 (BRASIL, 1984), a pessoa que tem o dever
legal e a possibilidade real de agir no sentido de evitar o resultado e não o faz dolosamente ou culpo-
samente será penalmente responsável por essa omissão. O empregador tem o dever de agir, seja pelo
poder de mando e direção sobre o empregado, mas os responsáveis pela segurança do trabalho na em-
presa (técnico de segurança, SESMT, CIPA) também podem responder criminalmente pelos acidentes.
DEFINIÇÃO
Comportamento doloso é aquele em que o agente quis intencionalmente o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
Comportamento culposo é aquele em que o agente não tomou o cuidado necessário no sentido de evitar o resultado.
O Artigo 121, § 3°, do Código Penal (BRASIL, 1984) trata do homicídio culposo, que é o instrumento
utilizado quando ocorre a morte de um trabalhador em um acidente de trabalho, pois é a moda-
lidade do crime que decorre, em regra, da inobservância das normas de segurança e medicina do
ATENÇÃO trabalho. De acordo com o Artigo 19, § 2°, da Lei nº 8.213/91 (BRASIL, 1991a), mesmo que não haja
Se o causador do acidente qualquer acidente ou risco de acidente, o simples descumprimento das normas de segurança e
for o próprio empregado, higiene do trabalho já é um relevante penal, respondendo o transgressor por contravenção penal
por culpa exclusiva sua punível com multa.
(ato inseguro), não haverá
crime, pois a auto-ofensa
não é punida em nosso
ordenamento jurídico.
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Esfera trabalhista
A empresa é obrigada a conceder estabilidade provisória pelo prazo de 12 meses ao empregado
NO SITE
que for vítima de acidente de trabalho. Quando a empresa descumpre as normas de proteção à O Artigo 483 da CLT
segurança e à saúde do trabalhador, seus empregados podem rescindir o contrato de trabalho por pode ser lido na íntegra
culpa do empregador, com base nas alíneas c e f do Artigo 483 da CLT (BRASIL, 1943). no ambiente virtual de
aprendizagem Tekne.
Quando ocorre a morte de um empregado em acidente de trabalho por culpa da empresa ou de seus
prepostos, os dependentes ou herdeiros do falecido têm direito às mesmas verbas trabalhistas a que
ele teria direito no caso de rescisão indireta do contrato de emprego, como 40% do FGTS e aviso prévio.
Esfera previdenciária
Quando o acidente de trabalho ocorre por negligência das normas de segurança e higiene do tra-
balho, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis (Artigo 120 da Lei nº
8.213/91). Esse dispositivo é mais um instrumento de punição a quem der causa a acidente de
trabalho, que não ficará civilmente impune mesmo que a vítima ou seus parentes não tenham
interesse ou não possam, por qualquer motivo, acionar o causador do dano (BRASIL, 1991a).
No caso de comportamento doloso, o agente responderá por lesão corporal ou homicídio sim-
ples, de acordo com o caso, sujeitando-se à pena de 3 meses a 1 ano de detenção no caso de lesão
corporal leve, e de 6 a 20 anos de reclusão no caso de homicídio. O agente também poderá ser
enquadrado no Artigo 132 do Código Penal (BRASIL, 1984).
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágra-
foʸúnico - A penaʸéʸaumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de
outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabele-
cimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. ʸ
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No comportamento culposo, o agente responderá por crime de lesão corporal culposa ou ho-
micídio culposo, de acordo com o caso, sujeitando-se à pena de 2 meses a 1 ano de detenção no
caso de lesão corporal e de 1 a 3 anos no caso de homicídio culposo. A pena será aumentada em
um terço se o crime resultar de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício (p. ex.,
engenheiro que falha na escolha do ferro da laje que desaba; técnico de segurança que orienta
erroneamente o empregado que se acidenta; médico do trabalho que erra no tempo de exposição
do empregado aos gases exalados de certo produto químico, etc.).
DICA
Geralmente existe nexo causal entre o resultado e a conduta dos membros do SESMT e da CIPA no acidente de traba-
lho real, ocorrido no local de trabalho, e de doença do trabalho. Quando isso é comprovado, ocorre a ação criminal.
ATENÇÃO
Uma ordem ilegal dada por
um superior hierárquico
não impede o membro do
SESMT ou da CIPA de agir
da forma correta, mas se
ele agir incorretamente
para atender a uma
ordem ilegal dada por um
superior hierárquico, a
responsabilidade sobre
um possível evento danoso
aos funcionários recairá
sobre ele.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.