Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parte 6
Atividade Atividade
√ √ √ √
Para a e b reais, se a = b, podemos dizer que a= b? Para a, b ∈ [0, +∞)], se a = b, podemos dizer que a= b?
√ √
Observe que a e b não estarão √ definidas
√ se a = b < 0. Por Lembre-se de que definimos a função raiz quadrada com domínio
outro lado, quando dizemos que a = b, estamos dizendo que estas [0, +∞), logo, se a√= b,√com a, b ∈ [0, +∞), pela definição de fun-
expressões estão definidas. Assim, como é falso dizer que ção, devemos ter a = b.
√ √ √ √
a, b ∈ R e a = b ⇒ a e b estão definidas e a = b,
√ √ √
Observação: Note que, quando escrevemos a = b estamos √
a= b⇒a=b
supondo que ambas as raízes estão definidas , isto é, a, b ∈ [0, +∞).
√ √
A Não é verdadeiro que
√ função raiz quadrada f (x) = x é injetiva, logo, se f (a) = a =
b = f (b), temos a = b.
√ √
a=b⇒ a= b
√ √
Sendo a, b ∈ [0, +∞), a = b ⇔ a= b
Atividade Atividade
√ √
I A função raiz quadrada é crescente: ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ a< b.
√ √ √
I ∀a, b ≥ 0, a+b ≤ a+ b.
√ √ √ √ √ √ √ √
Demonstração. Considere o número p = a · b. Note √ que
√ p = a · b ≥ 0 como Demonstração. Considere o número p = a/ b. Note que p = a/ b√≥ √ 0 como
produto de dois números ≥ 0. Vale também que p2 = ( a · b)2 = a · b. De fato: divisão de um número ≥ 0 por um número > 0. Vale também que p2 = ( a/ b)2 =
√ √ √ √ a/b. De fato:
p2 = ( a · b)2 = ( a)2 · ( b)2 = a · b. √ 2 √
a ( a)2 a
√ p2 = √ = √ = .
Como √a · b é o único√número b ( b)2 b
√ real ≥ 0 que elevado ao quadrado é√igual a a√· b, segue-
√
se que a · b = p = a · b. A demonstração de que ∀a, b ≤ 0, a · b = −a · −b
p
Como a/b é o único número real ≥ 0 que elevado ao quadrado é igual a a/b, segue-
fica como exercício. p √ √ p √ √
se que a/b = p = a/ b. ∀a ≤ 0, ∀b < 0, a/b = −a/ −b fica como exercício.
√ √ √
Demonstração.
√ √ Sejam a, b ≥ 0 com a < b. Note que b > 0, b > 0, b − a > 0 e Demonstração. Sejam a, b ≥ 0. Inicialmente, observe √ a+b ≥ 0e a+ b ≥ 0
√ que
b + a > 0. Uma vez que como soma de dois números ≥ 0. Note também que a · b ≥ 0 como produto de dois
√ √ √ √ números ≥ 0. Agora
(b − a) = ( b − a) · ( b + a), √ √ √ √ √ √ √ √
0 ≤ a · b ⇒ 0 ≤ 2 · a · b ⇒ a + b ≤ a + 2 · a · b + b ⇒ a + b ≤ ( a + b)2 .
podemos escrever que √ √
√ √ b−a Como 0 ≤ a + b ≤ ( a + b)2 , usando a propriedade anterior, concluímos que
b− a= √ √ .
b+ a
√ √ √ √ √ q
√ √
Assim, b − a > 0 como divisão de dois números a + b ≤ ( a + b)2 .
√ > 0.√ Em particular, a < b.
Naturalmente, vale também que se 0 ≤ a ≤ b, então a ≤ b.
Mas, pela primeira propriedade,
q
√ √ √ √ √ √
( a + b)2 = | a + b| = a + b.
√ √ √
Portanto, vale que a+b ≤ a+ b.
Observação. Note que, na Resposta. As funções não são iguais, pois possuem domínios diferentes. Note, por
√ expressão acima, nem sempre
√ √ vale a igualdade! Tome, por
exemplo, a = 9 e b = 16: a + b = 5 < 7 = 3+4 = a+ b. Quando vale a igualdade? exemplo, que 0 pertence ao domínio de f , mas 0 não pertence ao domínio de g.
Os domínios naturais (efetivos) das funções f e g são dadas, respectivamente, por:
y
5
x
−2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
q
d((x, y ), (4, 3)) = 1 ⇔ (x − 4)2 + (y − 3)2 = 1
q 2
⇔ (x − 4)2 + (y − 3)2 = 12
Funções reais cujos gráficos são
⇔ (x − 4)2 + (y − 3)2 = 1. semicírculos
Funções reais cujos gráficos são semicírculos Funções reais cujos gráficos são semicírculos
√ √
Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de
centro na origem e raio |a|. centro na origem e raio |a|.
√ √
Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de
centro na origem e raio |a|. centro na origem e raio |a|.
Funções reais cujos gráficos são semicírculos Funções reais cujos gráficos são semicírculos
√ √
Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de Moral: o gráfico de y = f (x) = a2 − x 2 é o semicírculo superior de
centro na origem e raio |a|. centro na origem e raio |a|.
Atividade Atividade
f: R → R
Se n ∈ N é ímpar, prove que (−x)n = − (x n ) para todo x ∈ R. , com n um número par.
x 7→ y = f (x) = x n
A função raiz n-ésima: caso n par A função raiz n-ésima: caso n ímpar
f : [0, +∞) → [0, +∞) f : (−∞, +∞) → (−∞, +∞)
, com n par. , com n ímpar.
x 7→ y = f (x) = x n x 7→ y = f (x) = x n
I Já demonstramos que f : [0, +∞) → [0, +∞) é injetiva. I Já demonstramos que f : (−∞, +∞) → (−∞, +∞) é injetiva.
I Já mencionamos que f : [0, +∞) → [0, +∞) é sobrejetiva (a prova deste I Já mencionamos que f : (−∞, +∞) → (−∞, +∞) é sobrejetiva (a prova
fato requer ferramentas de análise). deste fato requer ferramentas de análise).
I Logo f : [0, +∞) → [0, +∞) é bijetiva e, portanto, inversível. I Logo f : (−∞, +∞) → (−∞, +∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
I A função inversa f −1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremos I A função inversa f −1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremos
as notações √ as notações √
n
x e x 1/n n
x e x 1/n
para representar para representar
f −1 (x). f −1 (x).
√
n
√
n
I Note então que, se n é par e a ≥ 0, então a é o único número real ≥ 0 I Note então que, se n é ímpar e a ∈ R, então a é o único número real
que, elevado a n, dá o número real a. que, elevado a n, dá o número real a.
Se n é par,
√
o domínio de f (x) = n x = x 1/n é [0, +∞).
Se n é ímpar,
√
o domínio de f (x) = n x = x 1/n é R.
r √
n
r √
n
n a a n a −a
I Se n é par, ∀a ≥ 0, ∀b > 0, = √
n
e ∀a ≤ 0, ∀b < 0, = √
n
.
b b b −b
√
n
√
n
I A função raiz n-ésima é crescente (n par): ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ a< b.
√
n
√
n
√
n
I Se n é par, ∀a, b ≥ 0, a+b ≤ a+ b.
√
n
I Se n é ímpar, ∀a ∈ R, an = a. I As demonstrações destas propriedades seguem basicamente as mesmas
técnicas usadas na demonstração das propriedades da função raiz quadrada.
Elas ficam, portanto, como exercícios. Na última propriedade, a fórmula do
√
n √ √
n
I Se n é ímpar, ∀a, b ∈ R, a·b = n
a· b. binômio de Newton pode ser útil:
n
√ n
X n
r
a n
a (a + b) = an−i bi .
I Se n é ímpar, ∀a ∈ R, ∀b ∈ R − {0}, n
√
= n . i
i=0
b b
√ √ I
I A função raiz n-ésima é crescente (n ímpar): ∀a, b ∈ R, a < b ⇒ n
a<
n
b. Mesmo para n ímpar, devemos colocar como hipótese
√ que a e√b sejam
√
maiores do que ou iguais a zero na desigualdade n a + b ≤ n a + n b
√
da
√ última propriedade.
√ De √ a = −1, b = −1 e n = 3, então
√ fato: se
√
n
√
n n
3 3
−1 − 1 = − 2 > −2 = 3 −1 + −3 −1.
I Se n é ímpar, ∀a, b ≥ 0, a+b ≤ a+ b.
p
n
√ m nm
√
I Se m é par ou n é par, então ∀x ≥ 0, x= x.
p
n
√ m nm
√
I Se m e n são ímpares, então ∀x ∈ R, x= x.
Esboce, em um mesmo sistema de coordenadas, os gráficos Esboce, em um mesmo sistema de coordenadas, os gráficos
das funções definidas por das funções R → R definidas por
√ √ 2 √ √
6
3
f (x) = x, g(x) = x 2 e h(x) = x f (x) = x e g(x) = x 2
1
y = f (x) = x −n = , com n ∈ N e x 6= 0
xn
1 1
(3) Se 0 < x < 1, então n
< n+1 .
x x
1 1
(4) Se 1 < x, então < .
x n+1 xn
f (x) = x −n
1 1
Dica: Note que, se 0 < a < b, então < .
b a
y = f (x) = x p/q , com p ∈ Z−{0}, q ∈ N e p/q fração irredutível y = f (x) = x p/q , com p ∈ Z−{0}, q ∈ N e p/q fração irredutível
(1) Se p > 0, q > 0 e q é par, então, por definição, (1) Se p < 0, q > 0 e q é par, então, por definição,
√ 1 1
x p/q =
q
x p/q = xp = √
x −p/q q
x −p
para todo x ≥ 0. para todo x > 0.
(2) Se p > 0, q > 0 e q é ímpar, então, por definição, (2) Se p < 0, q > 0 e q é ímpar, então, por definição,
√ 1 1
x p/q =
q
x p/q = xp = √
x −p/q q
x −p
para todo x ∈ R. para todo x ∈ R − {0}.
x a·b 6= (x a )b
1 E potências irracionais?
Um exemplo: Fazendo x = −1, a = 2 e b = , temos
2
1
x a·b = (−1)2· 2 = (−1)1 = − 1,
a b
2
1
2 1 √
(x ) = (−1) = 12 = 1 = 1.
√
2
Como calcular f (x) = x para x = 3?
√
Resposta: use aproximações racionais (cada vez melhores) de 2!
√ √
2
Aproximação de 2 Aproximação de 3
1.4 31.4 = 35
7
= 4.6555367217460790 . . . Aplicações de Leis de Potência
141
1.41 31.41 =3 100 = 4.7069650017165727 . . .
707
1.414 31.414 =3 500 = 4.7276950352685357 . . .
7071
1.4142 31.4142 = 3 5000 = 4.7287339301711910 . . .
141421
1.41421 31.41421 = 3 100000 = 4.7287858809086143 . . .
A Lei de Zipf: “Dom Casmurro” de Machado de Assis A Lei de Zipf: “Romeo and Juliet” de Shakespeare
(A) (B)
Posição (x) Frequência (y ) Palavra xe = log(x) ye = log(y ) Palavra
1 708 and 0,00000. . . 2,85003. . . and
2 688 the 0,30103. . . 2,83758. . . the
3 586 I 0,47712. . . 2,76789. . . I
4 540 to 0,60205. . . 2,73239. . . to
5 464 a 0,69897. . . 2,66651. . . a
6 396 of 0,77815. . . 2,59769. . . of
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
11 296 Romeo 1,04139. . . 2,47129. . . Romeo
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
22 178 Juliet 1,34242. . . 2,25042. . . Juliet
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
3781 1 yoke 3,57760. . . 0,00000. . . yoke
3782 1 yon 3,57772. . . 0,00000. . . yon
3783 1 youngest 3,57783. . . 0,00000. . . youngest
ye = 3,837 − 1,005 xe ⇒ ln(y ) = 3,837 − 1,005 ln(x) ⇒ y = 6870,684 x −1,005
Frequência das palavras em “Romeo and Juliet” de William Shakespeare
Leis de Potência
Cuidado: alguns fernômenos são, outros não são descritos por uma lei de potência!
Matemática Básica 79