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O direito à Não é de hoje que o tema da

liberdade de liberdade de expressão tem


cadeira reservada no rol de

expressão
grandes debates sobre a internet,
além de lugar de destaque em
cartas internacionais de direitos
universais, como a Declaração dos
Direitos Humanos e o Pacto
Internacional sobre Direitos Civis
e Políticos. No Brasil, ela é
reconhecida na Constituição de
1988 e foi expressamente
incorporada no Marco Civil da
Internet.
Redes sociais são uma boa ferramenta para manter
contato com amigos, ver notícias, curiosidades e até
memes engraçados. É um espaço para compartilhar
informações uns com os outros e também saber como
o conteúdo que você produz está sendo recebidos por
seus seguidores.

No entanto, essa necessidade de validação e o medo


de perder alguma atualização importante podem
levar ao uso excessivo da rede e à dependência.

Redes sociais possuem um formato que fornece


constante fluxo de informações e usam mecanismos
de gratificação, fazendo com que seja muito fácil
perder a noção do tempo durante seu uso. Mas como
identificar se já existe algum tipo de dependência?

Os principais sinais de alerta são:


- Alterações de humor, sentimentos de raiva e tristeza
ou frustração ao ficar longe das redes;
- Necessidade de mais horas de uso;
- Isolamento social;
- Fadiga;
- Desempenho insatisfatório nos estudos ou no
trabalho.
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O que diz a lei
sobre liberdade
de expressão
Digital?
A liberdade de expressão não pode, em regra,
sofrer uma limitação prévia, sob pena de
caracterização da censura. Estas regras
valem, por óbvio, para a manifestação de
idéias e opiniões por qualquer meio.
Liberdade de Expressão
A Constituição Federal prevê a liberdade de expressão em seu artigo 5º,
IV ao estabelecer que “é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato”, bem como no inciso XIV do mesmo artigo 5º “é
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício profissional”, e também no art.
220 que dispõe “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão
e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão
qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”.
A INTERNET NÃO É
UMA TERRA SEM LEI
O Marco Civil da Internet tem como princípios
essenciais, de acordo com seu artigo 3º: i) a garantia
da liberdade de expressão, comunicação e
manifestação do pensamento; ii) a proteção da
privacidade dos usuários e de seus dados pessoais e
iii) a garantia da neutralidade da rede, conforme a
seguir.

O Youtube, por exemplo, pode determinar a


suspensão de determinado canal por entender que o
conteúdo ali disponibilizado afronta as regras
criadas pela plataforma.
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LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL
DE 2014
(Lei do Marco Civil da Internet no
Brasil)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no
Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios em relação à matéria.

Art. 2o A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade
de expressão, bem como:
I - o reconhecimento da escala mundial da rede;
II - os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em
meios digitais;
III - a pluralidade e a diversidade;
IV - a abertura e a colaboração;
V - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VI - a finalidade social da rede.
Art. 3o A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:

I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos


termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade;
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas
técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII - preservação da natureza participativa da rede;
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com
os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
Art. 4o A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção:

I - do direito de acesso à internet a todos;

II - do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos


assuntos públicos;

III - da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso; e

IV - da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade e a


interoperabilidade entre aplicações e bases de dados.
CONCLUSÃO
Diante do que estudamos, entendemos que a liberdade
de expressão deve ser a mais ampla possível, sendo-lhe
impostos os limites apenas quando houver conflito
com outros princípios e/ou direitos alçados ao mesmo
status
Acreditamos que a divulgação da informação, da
cultura e do conhecimento devem ser levadas a todos
os brasileiros, indistintamente, principalmente pela
dimensão continental de nosso país, e, muito mais
ainda, pela falta de acesso que muitas comunidades
ainda têm para buscar o conhecimento.
Os princípios da neutralidade de
rede e de garantia da liberdade de
expressão, comunicação e
manifestação de pensamento
introduzidos pela Lei Federal
12.965/14 (Marco Civil da Internet)
são de fundamental importância
para os avanços tecnológicos do
país, bem como a uma nova cultura
de respeito cada vez maior ao
princípio constitucional da
liberdade de expressão – agora e
em escala cada vez maior no
universo digital.

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