The Beginning After The End Book Vol 3

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O COMEÇO DEPOIS DO FIM

LIVRO 3: AGRADECENDO A FESTAS
TARTARUGA
CONTEÚDO
43. Academia Xyrus
44. Você se atreve?
45. Não exatamente como
planejado 46. Mais sábio que
o sábio 47. Atenção 48.
Relembrar 49. Comitê
Disciplinar 50. Turmas e
Professores 51. Aulas e
Professores II 52. Aulas e
Professores III 53. É um Prazer
54. Partida de Partida 55. Isso Vai
Doer 56. Reunião Familiar 57.
Sentimentos e Memórias Antigas
58. Primeiro Dia de Trabalho 59.
Confronto 60. Idiota Romântico 61.
Minha Equipe 62. Passos de Bebê
63. Excursão 64. Cripta da Viúva
65. Cripta da Viúva II 66. Cripta da
Viúva III 67. Cripta da Viúva IV 68.
Cripta da Viúva V
43
ACADEMIA XYRUS
“ACORDE !” O grito perfurou meu sono.

O ar saiu dos meus pulmões quando Elijah bateu no meu esterno com uma força capaz de
ressuscitar um cadáver.
Eu joguei Sylvie adormecida na minha colega de quarto agressiva, na esperança de que ela me
protegesse dele.
“Silvia! Isso dói!" Elias uivou. Como eu esperava, meu vínculo assustado instintivamente começou
a arranhar o rosto de Elijah.
"Tem que haver uma maneira melhor do que a dor física para me tirar da cama." Eu resmunguei,
esfregando meu estômago.
"Você está me dizendo. Você sabe como é difícil te acordar? E você me recompensa jogando
Sylvie em mim, mesmo que ela não esteja em sua forma completa de dragão, suas garras são
afiadas. Ele estremeceu, tocando cautelosamente os arranhões superficiais que Sylvie havia
infligido.
"De qualquer forma, vamos nos atrasar se você não se apressar e se preparar, então tire sua
bunda da cama." Elijah ficou em cima da minha cama, me empurrando com o pé.
“Vamos nos lavar, Sylv!” Eu fingi estar animada enquanto pegava meu companheiro e me dirigia
para o chuveiro.
Não! Papai, eu não quero tomar banho! Estou limpo! “Kuuuu!” Os lamentos desesperados de
Sylvie simplesmente saíram do meu outro ouvido enquanto eu a puxava para dentro. Sylvie agora
tinha pelo - ou, pelo menos, escamas muito finas, longas e macias que eram bastante semelhantes
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para peles. Isso significava que ela atraía sujeira como um ímã, então lavá-la com mais frequência se
tornou uma necessidade.
“Irmão, você está acordado?” Ellie abriu a porta enquanto eu me trocava. Elijah estava completamente
vestido, pelo menos, mas eu só tinha minha parte de baixo vestida.
“Você gosta dos músculos incríveis do seu irmão mais velho?” Eu flexionei meu corpo em diferentes
poses.
"Ai credo! Tudo o que vejo são pele e ossos.” Ela apenas balançou a cabeça, me dando um olhar
duro que parecia questionar se eu era o mesmo irmão que ela tanto admirava em seu aniversário.
"Mamãe disse para se apressar e se vestir para que possamos comer." Ellie fechou a porta atrás dela
sem esperar resposta.
Soltei um suspiro quando comecei a abotoar minha camisa. Ela estava tão fofa em sua festa de
aniversário, pensei. As crianças crescem rápido demais.
Os uniformes que Xyrus nos enviou não eram nada fora do comum. A minha consistia em uma
camisa branca, um colete cinza, um cordão marrom para amarrar no pescoço por baixo do colarinho
da camisa e um par de calças sociais da marinha sob medida. Havia também um relógio de bolso de
ouro preso a uma corrente no bolso do peito do meu colete, dando-me uma aparência muito
acadêmica.
O uniforme de Elijah, por outro lado, tinha um design muito mais nítido. Seu blazer preto tinha enfeites
brancos que combinavam com os de sua calça preta. Em vez de uma gravata de barbante, ele usava
uma gravata preta de ponta quadrada com uma faixa branca, indicando que ele era um aluno de nível
um. Um distintivo com uma espada cruzada e um bastão estava intrincadamente gravado no bolso
do paletó, e com sua camisa branca por baixo, ele parecia arrojado.
Em vez das ferramentas usuais que um conjurador carregava, Elijah havia feito uma faixa preta de
duas partes que ele usava em seus dedos indicador e anelar. Essas duas bandas estavam conectadas
por uma fina corrente preta, o que lhe dava uma aparência muito gótica, e ele havia comprado
recentemente novos óculos que estavam um pouco mais na moda. Ele deixou claro que esta seria
sua estréia em encontrar uma namorada, então ele se orgulhava de sua aparência, embora
resmungasse que não importava o quanto

tentasse, ele sempre estaria na minha sombra.
Dei-lhe um encolher de ombros impotente, mas fiz uma nota mental para agradecer a minha mãe e
meu pai por seus genes mais tarde.
Dando uma boa olhada em Elijah e em mim no espelho, pensei no quanto amadurecemos fisicamente.
O nerd Elijah de dois anos atrás agora se foi? ele tinha uma aparência muito mais nítida e fria agora,
o que estranhamente contradizia sua personalidade.
Quanto a mim, meus olhos eram de uma rica cor de safira que quase parecia brilhar, contrastando
bem com a cor ruiva ardente do meu cabelo. Olhos azulados e cabelos ruivos me fizeram perceber
como tudo era coincidência. Quais eram as probabilidades
que minha coloração se alinharia com os dois elementos básicos em que eu era mais adepto?
Minhas características faciais eram muito mais suaves que as de Elijah, mas enquanto suaves e
gentis, elas também pareciam serenas e elegantes.
Estudei meu rosto como se não fosse o meu. Mesmo depois de doze anos neste corpo, eu não
estava completamente acostumada com minha aparência – especialmente em comparação com o
rosto bastante normal que eu tinha no meu velho mundo.
“Você tem certeza de que fez a escolha certa, Art – entrando como um mago erudito? Eu pensei que
você com certeza iria como um mago de batalha como eu,” Elijah comentou enquanto arrumava seu
cabelo. Ele ainda mantinha seu cabelo preto liso aparado, mas agora estava mais curto e penteado
para o lado.
“A única razão pela qual você queria se matricular como mago de batalha é porque eles têm garotas
mais fofas.” Dei-lhe um tapa firme nas costas, dando-lhe um sorriso malicioso.
"Cale-se. Apenas observe. O novo e melhorado Elijah será popular e encontrará uma namorada que
fará você babar de ciúmes!” Ele ajustou seu blazer, dando uma última olhada em si mesmo.
Obviamente satisfeito com sua aparência, ele caminhou em direção à porta. Eu a segui, e Sylvie
pulou em cima da minha cabeça. Suas pequenas garras cravaram no meu couro cabeludo para
mantê-la firme, fazendo-me me preocupar um pouco com a possibilidade de chegar à Academia com
pequenas manchas carecas em todo o meu couro cabeludo.
"Você demorou o suficiente para se preparar! Quem vocês estão tentando impressionar?”
Minha mãe balançou o dedo para nós enquanto Tabitha, usando um avental que

combinava com a da minha mãe, rindo.

"Bom Dia meninos. Apresse-se e coma. Lilia vai estar no palco para a orientação já que ela faz
parte do conselho estudantil. Ela provavelmente está nervosa agora, então certifique-se de torcer
por ela.” Tabitha sentou-se à nossa frente ao lado de mamãe e Ellie.
"Eu vejo que vocês dois estão usando os colares que eu dei a vocês," eu notei, minha boca ainda
cheia de aveia e frutas.
“Por que eu não faria isso? É uma joia tão bonita. Eu gostaria que seu pai tivesse metade do juízo
que você,” minha mãe suspirou, brincando com o ornamento da Wyrm Fênix.
"Todos os meus amigos estão com ciúmes por causa de quão bonito é. Certifique-se de me trazer
mais coisas como esta, ok, irmão?” Ellie se inclinou para frente em sua cadeira, falando
animadamente.
"Claro", eu disse com desdém, tentando calcular quanto algo como o pingente realmente custaria.
“Hum, tia Alice? Você se importa de curar meu rosto antes de sairmos? Não quero que minha
estreia na escola dê errado por causa desses arranhões de gato.” Elijah virou o olhar para Sylvie,
que mostrou a língua em resposta.
“Ainda brigando com Sylvie?” Minha mãe sorriu. “Venha aqui e deixe-me dar uma olhada nisso.”
Ela colocou a mão na frente do rosto de Elijah e sussurrou um canto fraco até que um brilho
começou a emanar de seus dedos. Alguns momentos depois, os pequenos arranhões em seu
rosto desapareceram e Elijah deu um suspiro satisfeito.
“Obrigado, tia Alice.” Elijah recostou-se na cadeira e continuou comendo

café da manhã.
Meu pai veio correndo? as gotas de suor escorrendo pelo rosto deixavam claro que ele estava
treinando. “Desculpe, estou atrasado para o café da manhã! Eu estava no meio de um pequeno
avanço.” Ele sentou-se ansiosamente e olhou para Elijah e para mim.
"Uau, meus dois meninos já estão indo para a escola. Eu não posso acreditar. Parece que criamos
Arthur bem, certo, querida? Meu pai sorriu amplamente.

“O que você quer dizer com 'nós'? Fui eu quem o criou,” minha mãe zombou, dando-lhe um
sorriso malicioso.
“Acho que a única vez que criei meus filhos é quando eles se metem em problemas, então?” Meu
pai ergueu uma sobrancelha.
"Desde que você saiba," minha mãe declarou com naturalidade, fazendo toda a mesa rir.
Os únicos que faltavam eram Vincent e Lilia. Lilia teve que começar a escola alguns dias antes,
já que tinha trabalho a fazer para o conselho estudantil, mas Vincent andava cada vez mais
ocupado esses dias. Ele fazia parte do comitê de gestão do navio Dicatheous, que partiu hoje.
"Sabe, eu ainda estou surpreso que você quisesse participar de Xyrus como um mago erudito,
Art," meu pai mencionou, talvez pela centésima vez, enquanto devorava seus ovos.
"Ambas são boas escolhas, mas, no final, os magos de batalha são os que recebem toda a
glória," Tabitha suspirou. Lilia também era uma maga de batalha, apesar das objeções de Tabitha
e Vincent. Eles queriam que Lilia se tornasse uma maga erudita - seria muito menos perigoso no
futuro - mas Lilia estava determinada a
fazer um nome para si mesma.
“Ainda farei algumas aulas gerais sobre batalhas de mana sempre que puder soltar meus
músculos, mas não há muito para aprender se for apenas táticas de luta.”
Eu disse com uma risada.
"'Não há muito a aprender' - se algum dos alunos ouvisse você dizer isso, você levaria uma surra.
Não, espere, eu acho que eles provavelmente não poderiam bater em você. Elijah riu consigo
mesmo ao pensar no massacre que a escola enfrentaria se alguém brigasse comigo.
"Por favor, controle-se, Arthur," minha mãe repreendeu, seu rosto cheio de preocupação. "Há
membros de algumas famílias muito influentes que frequentam essa escola. Você não gostaria
de causar problemas para a família de Tabitha.
"Não se preocupe. Eu vou ter certeza de apenas bater moderadamente nas pessoas.” Eu saudei,
enchendo meu rosto com mais aveia enquanto Sylvie roubava as frutas misturadas nele.

Minha mãe balançou a cabeça, mas meu pai riu.

Uma empregada entrou e nos fez uma reverência, dizendo: “Sr. Artur, Sr. Elijah, o motorista
diz que devemos sair agora se você quiser chegar a tempo para a cerimônia de orientação.
“Bem, vamos embora.” Elijah terminou a última mordida de seu presunto e enfiou algumas
verduras na boca, então se levantou e endireitou seu blazer preto.
Levantei-me e caminhei ao redor da mesa até onde minha mãe e Ellie estavam sentadas.
"Mãe, Ellie, antes de eu sair, preciso que vocês me mostrem seus dedos indicadores."
"O que?" Minha mãe olhou para mim, confusa, mas mesmo assim mostrou o dedo indicador,
e minha irmã seguiu o exemplo sem hesitar. Eu imbuí meu próprio dedo com mana, então
dei uma rápida cutucada em seus dedos, apenas o suficiente para uma gota de sangue se
formar em cada dedo.
"Coloque o sangue nos colares." A seriedade na minha voz os fez obedecer silenciosamente,
apesar da surpresa inicial. Eles colocaram os dedos indicadores em seus respectivos colares,
e o sangue das pontas dos dedos foi imediatamente absorvido pelas joias.
"Esses colares agora estão ligados a você, então apenas vocês dois podem usá-los.
Eles vão protegê-los caso papai ou eu não estejamos por perto, mas ainda assim, mantenham-
se seguros enquanto eu estiver fora, ok? Dei um forte abraço em cada uma delas, fazendo
minha irmã chorar um pouco. Abracei meu pai e Tabitha também, meu pai me segurando
firmemente em seus braços fortes.
"Seja bom, rapazes, e não se preocupe conosco", disse ele.
“Venha visitar sempre que puder e mantenha contato!” minha mãe acrescentou antes de nos
deixar ir.
“Tchau, irmão. Tchau, Elias. Ser seguro!" minha irmã gritou atrás de nós enquanto descíamos
as escadas.
"Sua bagagem está na parte de trás da carruagem." O motorista fez uma reverência e abriu
a porta para nós.
“Destino, Academia Xyrus!” Elijah apontou o dedo para o céu como se estivesse dando uma
ordem antes de entrar na carruagem.

Olhando para trás, para minha antiga casa, quando entrei na carruagem que me levaria à minha
nova, não pude deixar de sorrir.
A viagem até a Academia Xyrus não foi muito longa, já que era na mesma cidade, mas o campus
em si era enorme e a entrada pelo portão principal demorava um pouco. Havia uma abundância
de outras carruagens extravagantemente decoradas, algumas duas vezes mais longas que as
carruagens normais com bestas de mana de baixo escalão puxando-as.
“Psh. Que bando de exibicionistas,” Elijah resmungou enquanto observava estudantes de

aparência pomposa saindo confiantes de carruagens, suas armas decoradas para indicar se
eles eram um conjurador ou aumentador.
Nossa carruagem também era bastante luxuosa, do ponto de vista dos plebeus.
Comparado com aquelas carruagens ricamente decoradas de famílias importantes, porém, a
nossa não era tão atraente.
“Chegamos, Mestre Arthur, Mestre Elijah.” O motorista abriu a porta para nós e saímos, ambos
inalando profundamente o ar do campus.
"Huh... o ar tem o mesmo gosto aqui. Achei que teria um gosto melhor,” Elijah disse, estalando
os lábios.
"Não seja estúpido." Empurrei meu amigo para frente enquanto seguíamos a multidão de
estudantes caminhando pelo caminho de mármore brilhante.
"Santa mãe de..." O queixo de Elijah caiu quando ele olhou quase verticalmente para o prédio à
nossa frente. O enorme edifício branco, coberto de runas que haviam sido gravadas em sua
superfície, deixou até a mim atônito.
“Vamos entrar,” eu disse, trazendo Elijah de volta aos seus sentidos. Caminhamos ao lado dos
outros alunos que frequentavam esta escola pela primeira vez.
Uma vez lá dentro, eu estremeci com o quão alto era. Milhares de estudantes entusiasmados
conversaram, alguns com amigos com quem vieram, outros com pessoas que estavam
conhecendo pela primeira vez.
“Vamos encontrar um lugar!” Embora Elijah estivesse bem ao meu lado, tive que gritar para ele
me ouvir. Eventualmente, tomamos nossos lugares no meio do auditório

atrás.
Olhando ao redor com mais cuidado, fiquei surpreso com a quantidade de anões e elfos
que avistei, conversando animadamente com os que os cercavam.
“Uau, eu nunca vi elfos completos antes.” Elijah olhou ao redor com entusiasmo,
procurando por potenciais almas gêmeas entre a multidão. Eu balancei minha cabeça em
seu comportamento, mesmo que eu esperasse isso. Eu era incapaz de ver esses alunos
como outra coisa senão criancinhas.
Quando me cansei de olhar em volta, concentrei minha atenção no palco, que ainda
estava vazio, exceto por um único pódio. Nesse momento, uma nuvem borrada entrou em
foco e eu vi a forma do Diretor Goodsky de pé atrás do pódio. A última vez que nos
encontramos, quase quatro anos atrás, ela estava usando o chapéu enorme que era típico
de mágicos. Hoje ela usava uma elegante tiara branca que combinava com seu manto
branco, parecendo muito mais refinada do que a impressão de bruxa que ela havia dado
em nosso primeiro encontro.
Os olhos da diretora Goodsky estavam fechados, mas quando ela os abriu, ela parecia
estar olhando diretamente para mim, e um arrepio percorreu minhas costas. Sorrindo, ela
levantou a mão lentamente enquanto seus olhos permaneciam fixos nos meus.
A essa altura, muitos outros calouros a haviam notado. Eles começaram a falar ainda
mais alto, alguns aplaudindo, mas quando a mão do diretor Goodsky alcançou o nível de
sua cabeça, tudo instantaneamente ficou em silêncio.
Olhando ao redor, vi expressões de surpresa nos rostos de todos, porque embora os
lábios de todos estivessem se movendo, ninguém na platéia estava fazendo barulho.
"Desculpe-me pela minha grosseria, mas eu odeio falar. Não é bom para minha garganta?
não, não é", disse ela com uma voz agradável que, embora suave, era claramente audível,
mesmo do meu lugar na última fila.
"Gostaria de dar as boas-vindas a todos vocês - os futuros líderes, estudiosos e potências
de Dicathen - nesta humilde academia. Eu sou Cynthia Goodsky.
Por favor, me chame de Diretor Goodsky, e não tenha medo de dizer oi quando me vir
pelo campus. Não sou bom com discursos. eu estou aqui diante de você

hoje não para aborrecê-los com uma apresentação longa, errante e autocongratulatória, mas
para apresentar a vocês o conselho estudantil que representa esta academia e participa das
decisões importantes junto comigo. Por favor, dê-lhes uma recepção calorosa.” Ela acenou
com a mão levantada e, um por um, os membros do conselho começaram a sair.
Jarrod entrou primeiro, andando confiante, olhando para frente, seu rosto bonito de menino
provocando uma onda de gritos estridentes das meninas na platéia.
Após o silêncio anterior, o barulho repentino foi como ser acordado na calada da noite por
felinos lutando do lado de fora da janela do seu quarto. Atrás dele, um cara muito brincalhão
e alegre saiu, acenando para a platéia e dando um sorriso radiante.
“Olhe, olhe – lá está Lilia! Precisamos torcer”. Elijah se levantou e gritou a plenos pulmões, e
eu segui o exemplo, gritando o nome dela também. Seu comportamento tímido estava longe
de ser visto enquanto ela caminhava calmamente em direção ao centro do palco, onde ela
fazia pequenas reverências em cada direção. Não havia como ela nos ver ou distinguir nossas
vozes individuais, mas ainda demos tudo de nós para torcer por nosso amigo.
Atrás dela veio um estudante alto com franja longa e repartida. Seu rosto estava congelado
em uma careta severa com um olhar afiado que parecia estar olhando para todos, dando-lhe
uma aparência bastante pomposa. Embora os aplausos para ele não fossem tão altos quanto
para Jarrod ou o cara alegre, ele, no entanto, atravessou o palco com graça praticada.
Finalmente, o último a chegar fez a multidão ficar em silêncio. O inconfundível cabelo

prateado de bronze refletia as luzes no auditório, dando-lhe um brilho sereno, e balançava
atrás dela enquanto cada um de seus passos dignos ecoava pelo auditório silencioso. Sua
pele cor de pêssego e creme deixou os meninos ao meu redor boquiabertos, e quando ela
se virou para o público, seus olhos redondos turquesa capturaram os corações de todos os
meninos na multidão.
Ela tinha apenas treze anos... certo? Eu tinha dificuldade em acreditar no que estava vendo.

Tess – que eu não conseguia pensar como nada além de uma criança – tinha
amadurecido o suficiente para me pegar desprevenido. Seu rosto ainda continha uma
inocência infantil, mas o jeito que ela se portava me fez duvidar que essa fosse a
mesma garota que eu conhecia desde que eu era pouco mais que uma criança.
Ela era mais alta do que Lilia, mas ainda um pouco mais baixa do que o cara sério ao
lado dela. Sua postura, no entanto, a fazia parecer maior e mais grandiosa do que
todos os outros no palco. Fazendo uma profunda reverência, ela se endireitou,
colocando o cabelo atrás das orelhas pontudas, seu rosto sem emoção como o de uma boneca.
"Meu nome é Tessia Eralith, e tenho a honra de estar aqui como presidente do conselho
estudantil desta academia."

44
VOCÊ SE ATREVE?
QUANDO TESS ENTROU, ela havia, sozinha, mudado a atmosfera

dentro de todo este edifício.
Quando ela se curvou e se apresentou, um rugido de aplausos irrompeu enquanto todos
os alunos na sala aplaudiam com admiração. Ao meu lado, um menino humano esquelético
falava animadamente com seu amigo ao lado dele.
“Essa é a princesa Eralith que eu estava falando. Meu irmão disse que ela está no campus
desde o ano passado como discípula direta do Diretor e começará a frequentar
formalmente este ano conosco.” Ele se inclinou para seu amigo na tentativa de manter a
conversa entre eles, mas o volume em que ele falou o traiu.
"Isso significa que ela foi a primeira não humana a pisar neste campus. Espere... ela é
apenas uma primeiranista e já é a presidente do conselho estudantil? É mesmo possível?"
Seu amigo, que eu não podia ver, falava cada vez mais alto a cada palavra, até que todos
pudéssemos ouvir a conversa.
“Sim, eu já ouvi falar dela também. Ela é supostamente uma espécie de supergênio, certo?
“Ela é tão linda e talentosa também? Isso não é justo…”

"Eu me pergunto o que eu teria que fazer para que ela olhasse para mim."
A platéia estava cheia de conversas sobre Tess? para os meninos, girava em torno da
estrela inalcançável que ela era, mas para as meninas, era uma mistura de admiração e
inveja.

Sylvie estava ficando louca em cima da minha cabeça quando reconheceu Tess no palco.
“Kyuu!” Papai! Essa é a mamãe! Ela está lá embaixo! Vamos dizer oi!' Sylv estava pulando para
cima e para baixo, então eu a peguei e passei meus braços ao redor dela.
'Quem é sua mãe?' Suspirei em derrota com sua excitação. Após a eclosão, Sylvie se tornou muito
próxima de Tess, e eu sabia que ela gostava dela, mas
'Mamãe'?
"Uau." Elijah, em quem eu havia parado de prestar atenção, segurou meu braço com firmeza com
as duas mãos, como se precisasse do meu apoio para não desmaiar.
"Uau", ele repetiu. Por mais inteligente que fosse, ele com certeza agia como um idiota às vezes.
"Você está bem aí, Elias?" Eu levemente cutuquei sua cabeça, mas ela apenas saltou como um
brinquedo bobblehead.
"...Arte, acho que estou apaixonado." De repente, ele soltou seu aperto firme no meu braço e me
deu os braços, como se imaginasse que eu era Tess.
Ok, isso está ficando fora de controle. Sylvie? Alguma ajuda? Meu vínculo prontamente trancou sua
mandíbula no topo da cabeça de Elijah.
Ele gritou, mais de surpresa do que de dor. "Oh, desculpe..." Com Sylvie ainda pendurada no topo
de sua cabeça, Elijah soltou meu braço e voltou seu foco para o palco abaixo.
Quando a multidão se acalmou o suficiente para que Tess começasse a falar novamente, o diretor
Goodsky desapareceu silenciosamente.
Tess falou com eloquência suficiente para surpreender até a mim. Ela tinha apenas treze anos, mas
tinha a capacidade de chamar a atenção da multidão com suas palavras – que, embora simples e
diretas, eram cheias de maturidade. Ela falou sobre os princípios desta academia, como este era
um solo sagrado onde os alunos deveriam se sentir seguros para andar livremente. Tess enfatizou
que qualquer um que machuque outro aluno fora de um duelo consentido enfrentaria uma disciplina
rigorosa, sua voz firme e inabalável.
"Embora eu também seja do primeiro ano, como todos vocês, tive o privilégio de estar dentro da
academia por mais um ano. Isso tornou muito evidente para mim que há uma discriminação
profundamente enraizada contra os estudantes de magos eruditos. EU,

por um lado, não tolerará nenhum tipo de agressão ou intimidação com base no fato trivial de ser um
mago erudito em vez de um mago de batalha.
A multidão ficou um pouco inquieta com essa declaração? todos os presentes ouviram rumores sobre
as dificuldades que os estudantes de magos acadêmicos poderiam enfrentar.
"Os uniformes e os cursos avançados continuarão sendo diferentes. A partir deste ano, cursos de
educação geral contendo classes de magos acadêmicos e classes de magos de batalha serão
obrigatórios nos dois primeiros anos, para promover uma integração mais forte dos alunos em ambos
os focos e permitir que você construa relacionamentos com seus colegas de batalha ou magos
acadêmicos. Após os dois anos, os alunos podem optar por mudar sua especialização educacional
fazendo um teste, embora seja bastante difícil.”
Esta última declaração provocou um murmúrio insatisfeito da multidão. Embora Elijah e eu tivéssemos
sido admitidos sem testes devido à minha conexão especial com o Diretor Goodsky, a maioria dos
alunos, independentemente da formação, tinha que testar para um mago acadêmico ou para uma
posição de mago de batalha.
Para entrar como um mago erudito, um estudante recém-chegado precisava apenas de uma base
básica de magia, que era a coleta de mana. Enquanto eles tinham que fazer um exame escrito para
avaliar sua acuidade mental, a parte prática do exame era muito mais simples.
Estudantes de magos de batalha, no entanto, tinham um exame prático muito mais rigoroso e realmente
executavam feitiços ou técnicas básicas, dependendo de serem um conjurador ou um aumentador.
Pode ter parecido uma moleza para alguém como Elijah, Tess ou eu, mas eu tinha que admitir que
poderia ser um grande desafio para alguém que acabava de acordar.
O estudante alto e de aparência severa foi o próximo, silenciando a multidão com um aceno de mão.
"Esse é o filho primogênito da famosa família Graves", disse o menino ao meu lado. "Certifique-se de
não ficar no lado ruim dele." O volume de seu 'sussurro' derrotou seu propósito.
"Meu nome é Clive Graves e sou seu vice-presidente do conselho estudantil. Como

mencionou o presidente, este ano trará muitas mudanças. Junto com a integração e a
liberdade de alternância entre os dois tipos de alunos, haverá também uma mudança nos
critérios de graduação.
"No passado, os alunos esperavam se formar na academia após quatro anos de frequência.
No entanto, está se tornando cada vez mais evidente que as capacidades de muitos magos
graduandos são menos do que satisfatórias. Portanto, o diretor declarou que a graduação da
Xyrus Academy não será mais determinada apenas pela frequência; os alunos devem atender
a certos padrões e passar em um exame de graduação.
"Embora as condições para a graduação tenham se tornado muitas vezes mais difíceis, a
academia permitirá até dez anos para que um aluno atenda a esses critérios. Nesse período,
esperamos fervorosamente produzir magos de primeira classe nos campos teórico e de
combate. Damos as boas-vindas a todos vocês – humanos, elfos e anões – à Academia
Xyrus.” Clive fez uma reverência, o resto do conselho estudantil seguindo o exemplo.
A última parte do anúncio não foi exatamente novidade para nenhum de nós. Mas tinha sido
anunciado muito recentemente, o que me fez pensar que tinha algo a ver com o novo
continente. A academia foi encarregada de produzir magos de alta qualidade no caso de uma
futura batalha contra nossos vizinhos recém-descobertos?
Após a cerimônia, todos os novos alunos foram dispensados para seus dormitórios.
Saindo do auditório, meus olhos inconscientemente procuraram por Tess, mas ela não estava
à vista. Do lado de fora, as árvores se arqueavam sobre as passarelas de mármore,
produzindo pequenas chuvas de folhas de outono coloridas. Os alunos estavam todos
conversando animadamente uns com os outros, conhecendo seus pares. À medida que
caminhávamos para dentro do campus, onde ficavam os dormitórios, algumas alunas
passaram por Elijah e por mim, olhando duas vezes para nós e rindo.
Com seus amigos.
Elias suspirou. “Sinto que fico significativamente menos bonito quando estou perto de você.”
Os ombros de Elijah se curvaram enquanto caminhávamos lado a lado, Sylvie acariciando
sua cabeça com pena de seu poleiro em cima do meu.

"Bem, mesmo que a maioria das garotas venha atrás de mim, algumas delas eventualmente terão
que se contentar com você, certo, amigo?" Eu provoquei, dando-lhe uma piscadela brincalhona.
"Dane-se." Ele me bateu no estômago enquanto nós dois rimos.
De repente, uma forte explosão assustou a nós dois, assim como aos alunos que caminhavam nas
proximidades. Algo estava acontecendo no final da passarela de mármore. Depois de trocar um
olhar rápido, Elijah e eu disparamos.
“Eu não vejo como um anão de bunda curta como você pode esperar ser um ampliador adequado.
Por que você não se limita a forjar armas para guerreiros de verdade como eu?”
“Que diabos você disse? Quem você pensa que é, afinal?
Percebi o que estava acontecendo a uma boa distância e parei de correr, balançando a cabeça. Foi
apenas uma postura estúpida entre dois alunos.
A explosão foi feita pelo humano, atingindo uma árvore próxima com um punho aprimorado de mana.
“Isso não pode se tornar perigoso?” Elias olhou ao redor. Alguns dos alunos estavam se afastando
dos dois, para o caso de começarem a brigar. Estávamos entre os últimos a deixar o auditório, então
a maioria dos alunos já estava mais dentro do campus ou em seus dormitórios. Não havia muitas
pessoas ao redor, mas se esses dois começassem a brigar, alguns dos estudantes nas proximidades
poderiam ser pegos na bagunça.
“Eles não ousariam brigar no primeiro dia, certo? Vamos embora.” Tentei cutucar meu amigo para
fazer um desvio e evitar os dois alunos discutindo.
"Vamos", disse Elias. "Não temos nada melhor para fazer de qualquer maneira, apenas desempacotar.
Vamos ver como eles são bons. Veja, o humano parece ser um ampliador de segundo nível.”
O anão e o humano usavam uniformes de mago de batalha, mas o humano musculoso tinha duas
listras na gravata, enquanto o anão tinha apenas uma.
“Declare o duelo, bunda curta, para que possamos começar! Meu nome é Nicolas Dreyl. Ou todos
vocês latem e não mordem?” O humano sorriu, colocando a mão direita sobre

o distintivo preso ao peito esquerdo.

“Tch! Você vai se arrepender.” O anão era uma cabeça mais baixo que seu oponente e, com sua
constituição volumosa, parecia desajeitado vestindo o uniforme do blazer. Mas ele carregava seu
machado de batalha gigante com uma facilidade que me disse que ele era mais do que a única
faixa em sua gravata indicava.
O anão colocou a mão no distintivo de metal preso ao blazer e cantou: “Declaro um duelo entre
mim, Broznean Boor e Nicolas Dreyl!” O distintivo de metal em seu peito começou a brilhar, assim
como o distintivo usado por seu oponente.
"Eu aceito o duelo." Os dois emblemas brilharam em cores diferentes até que se sincronizaram,
produzindo um som alto de 'ping' .
A insígnia no uniforme do mago de batalha e o relógio de bolso no uniforme do mago erudito
atuavam como artefatos para o sistema de duelo, criando uma barreira ao redor de cada usuário
que poderia suportar uma certa quantidade de força. Quando um
a barreira da parte quebrou, o duelo acabou e a outra parte foi a vencedora. Demorou um dia
inteiro para o artefato recarregar para produzir outra barreira, e durante esse tempo o duelo foi
proibido. Para mantê-lo justo, os magos não tinham permissão para lançar um desafio a ninguém
em um nível inferior a eles, e era por isso que o humano tinha que provocar o anão para iniciar o
duelo.
O mago humano retirou as espadas duplas de seu anel dimensional e assumiu sua posição,
enquanto as pessoas que observavam começaram a recuar para evitar serem pegos na luta.
“Vá, Broz!” Elijah gritou, torcendo pelo anão, o que lhe rendeu alguns olhares de reprovação.
Eu estudei os dois aumentadores? o humano de nível dois era um mago de estágio do núcleo
vermelho, enquanto o anão ainda estava no estágio preto. Isso deve ser interessante.
O estudante humano deu um rugido poderoso quando suas duas espadas começaram a brilhar
em um amarelo fraco, e a terra ao seu redor começou a tremer.
"Sim!" O anão saltou e se impulsionou para frente empurrando uma árvore próxima, carregando
seu próprio machado de batalha com mana de atributo terra.
“Ooh, ambos são aprimoradores de atributos de terra, Art!” Ainda mais animado agora,

Elijah se inclinou para assistir a luta, enquanto Sylvie se enrolou, dormindo profundamente, na
minha cabeça.
“Esmagamento de Tremor!” o anão gritou, colocando a palma da mão esquerda na cabeça de
seu machado e fazendo o brilho opaco se condensar.
Com um estrondo retumbante , o poder do golpe do anão forçou o humano a derrapar para trás,
embora ele tenha bloqueado com ambas as espadas. Ele fez uma careta, os braços tremendo.
O estudante humano abaixou suas espadas e correu em direção ao anão, que já estava em
posição defensiva. As espadas duplas rasparam no chão.

Quando ele chegou ao alcance, ele girou para cima, e um rastro de terra o seguiu, criando lâminas
gêmeas de terra após cada espada.
Nada mal. Não era de surpreender que o anão já pudesse usar seu elemento de atributo terra,
mas fiquei impressionado que um humano no estágio vermelho já pudesse aumentar seu atributo
terra nesse grau. Ele era talentoso nisso
senso.
“Quebrar!” O corpo do anão brilhou amarelo quando ele bateu o pé direito com força no chão,
criando uma ondulação ao redor dele que quebrou a lâmina de terra que se aproximava em
fragmentos. O anão bloqueou as duas lâminas reais do humano com seu machado, mas
conseguiu um pequeno arranhão no braço do movimento ascendente.
"Pilar Terra!" o humano, Nicolas, exclamou. Seguindo o golpe para cima, ele pisou com força com
o pé da frente diretamente na frente do anão, levantando uma frágil coluna de rocha do chão para
acertar o anão diretamente no estômago.
"Uau!" O corpo do anão foi erguido no ar pela força do golpe, e seu escudo quebrou com um som
alto de estilhaçamento, sinalizando que o duelo estava
sobre.
Aplausos subiram dos humanos que estavam reunidos ao redor, mas os anões na platéia
gemeram de vergonha.
Elijah apenas suspirou e se virou para sair. Quando me movi para segui-lo, vi um leve sorriso no
rosto do humano enquanto ele mais uma vez imbuía mana em seus dois

lâminas.
Aquele tolo não estava planejando deixar isso terminar aí. Ele estava indo para o golpe final.
Se eu interferisse diretamente, todos conheceriam meu rosto, mas se eu usasse uma técnica
de longo alcance para detê-lo, isso criaria ainda mais problemas. Eu estava frustrado que
Elijah não tinha percebido que o humano ia lançar outra técnica. Seria mais natural para Elijah
interferir em um feitiço, já que ele era um conjurador.
Mas havia outra maneira. Desculpe, Tess.

"É o presidente do conselho estudantil que eu vejo? Ela está vindo!” Eu deliberadamente
gritei mais alto do que o necessário, para assustar o menino humano.
Assim como eu previa, ele se apressou para colocar suas espadas de volta em seu anel
dimensional, procurando nervosamente pelo presidente. A multidão que estava assistindo ao
duelo, analisando-o e conversando entre si, também começou a procurar por Tess.
Elijah esticou o pescoço acima da multidão para procurá-la. "Onde ela está? Eu não a vejo.”
“Opa! Devo ter me enganado.” Eu apenas dei de ombros e me virei para ir embora, mas uma
mão agarrou meu ombro com firmeza.
"Você está brigando comigo ou algo assim, pirralho?" Era o humano que estava duelando—
Nicolas.
"Sim! Que diabos, cara? Nos deixando animados por nada!” Uma onda de decepção percorreu
a multidão? aparentemente eu tinha subestimado o quão fortemente os alunos aqui
idolatravam Tess.
"Pensei que a tinha visto. Me desculpe." Comecei a tirar sua mão do meu ombro, dando-lhe
uma piscadela.
"Sim, é melhor você se desculpar." Ele tirou a mão e cuspiu no chão aos meus pés antes de
sair.
"Sabe, um conselho se você quiser se formar: eu não acho que matar aquele garoto anão
teria feito algum bem para você." Fiquei parada enquanto Sylvie cuspia diretamente na nuca
dele.

Ele instantaneamente se virou, ambas as espadas em suas mãos mais uma vez. Eu podia ver
uma veia saltando de sua testa de forma caricatural.
Eu fiz um som crepitante, então pensei, Oops, eu não deveria rir nesta situação. Eu dei uma
olhada rápida para trás? Elijah estava apenas balançando a cabeça, sabendo que era tarde
demais.
"Você se atreve-?" O garoto de treze anos com espadas grandes demais para seu corpo imaturo
correu em minha direção desajeitadamente, preparando-se para cortar com suas duas lâminas.
Seu rosto estava vermelho de raiva.
Eu levantei uma sobrancelha quando levantei uma mão para parar o golpe.
Assim que eu me preparei para quebrar suas espadas, uma voz o deteve. Era uma voz que todos
os novos alunos ouviram não muito tempo atrás, uma voz pela qual muitos deles provavelmente
se apaixonaram. Era também a voz do meu amigo de infância.
“Você se atreve?”

45
NÃO FOI DE ACORDO COM O PLANEJADO
O rosto do menino empalideceu visivelmente quando ele congelou com a voz inconfundível.
Virei-me para ver todo o conselho estudantil caminhando em nossa direção. Os estudantes
que estavam ao redor da cena se separaram como se o próprio rei estivesse passando.
Na frente, movendo-se com passos calmos, mas rápidos, estava Tess, seu rosto de boneca
inexpressivo. Atrás dela, avistei Lilia, que me deu um olhar preocupado.
Meu atacante imediatamente recuperou suas duas lâminas em seu anel dimensional e fez uma
reverência respeitosa aos membros do conselho. O suor escorria por sua testa.
- O que está acontecendo, Artur? Jarrod foi o primeiro a falar, fazendo com que todos na
multidão levantassem uma sobrancelha em surpresa.
“Parece que o mago erudito conhece alguém do conselho estudantil.”
"Não é à toa que ele estava agindo tão arrogante agora."
“Pf. Você o viu levantar o braço como se fosse parar o ataque com as próprias mãos?
Revirei os olhos para os sussurros da multidão. Embora fossem crianças pré-adolescentes, eu

esperava que eles tivessem algum grau de boas maneiras, já que eram todos de famílias
influentes.
"Não, não aconteceu muita coisa, embora você devesse dar uma olhada naquele estudante
anão deitado ali... Broznean, acho que era o nome dele." Apontei para a árvore onde o anão
ainda gemia e apertava o estômago.
Elijah caminhou em minha direção, esperando acalmar a situação. “Oi, Lília. Desculpe-

acabamos sendo pegos nessa pequena briga depois que o duelo terminou. Sem danos
causados!" Ele deu um leve aceno para ela enquanto falava, mas dirigiu suas palavras para
Tess, seu rosto ainda envolto em uma máscara de indiferença.
"Ainda assim, este aluno estava prestes a atacá-lo quando um duelo não foi lançado.
Isso é uma ofensa grave”. Lilia deu um passo adiante, seu olhar um pouco mais severo
enquanto pegava um caderninho e anotava algo.
Enquanto Lilia, Jarrod e Elijah estavam falando sobre o que exatamente aconteceu, os olhos
penetrantes de Tessia perfuraram em mim, como se ela esperasse que eu fizesse algo.
Mas mesmo com minha longa experiência de vida, eu não tinha confiança sobre o que fazer
nesse tipo de situação.
Ela queria que eu a tratasse respeitosamente como presidente do conselho estudantil?

Ela queria que eu a tratasse como uma amiga de infância? Ela queria manter nosso
relacionamento passado em segredo como um todo?
'É mamãe!' Sylvie kyued de cima da minha cabeça, e eu tive que dizer com firmeza para ela
ficar parada e não ir até ela.
Enquanto isso, a multidão estava ficando cada vez mais barulhenta, os meninos fazendo
tudo o que podiam para dar uma olhada melhor em Tess.
"Você. Eu acreditei que lhe fiz uma pergunta. Você se atreve?” Ela deu um passo à frente,
os olhos fixos na aluna do segundo ano. No começo eu pensei que ele era tecnicamente um
nível mais alto do que Tess, mas quando eu dei uma olhada na fita amarrada sob seu
colarinho, ela tinha duas listras também.
“N-não. Claro que eu nunca ousaria quebrar as regras assim. Eu simplesmente queria
assustar o garoto – eu tinha planejado parar antes que minha arma o atingisse. Mas vendo
que eu ainda estava agindo precipitadamente, peço desculpas,” ele disse, me lançando um
olhar ameaçador enquanto se curvava para Tess.
"Sair." Ela continuou a olhar para ele enquanto ele se afastava a uma boa distância antes de
se virar e ficar fora de vista. Alguns dos garotos na multidão seguiram atrás dele,
provavelmente os que haviam atiçado a chama em toda essa briga em primeiro lugar.
"E você! Por que você está começando uma briga com um aluno sênior no primeiro dia

Da escola? Você deve saber o seu lugar! Não importa o quão barulhento ele possa ter sido,
ele ainda é seu último ano e não quebrou as regras ao duelar com os outros alunos. Você não
prestou atenção ao meu discurso sobre as tensões entre os magos eruditos e os magos de
batalha? No entanto, aqui está você, causando conflito com um estudante de mago de batalha
no primeiro dia!” Ela cruzou os braços com força enquanto seu olhar severo caía sobre mim,
seu rosto corado de raiva ou vergonha – eu não sabia dizer qual.
"O que?" Eu não tinha certeza se a tinha ouvido corretamente. Meu olhar se estreitou e dei um
passo em direção a ela. Eu podia ver os olhos de Elijah se arregalarem de horror quando ele
percebeu que eu ia passar do ponto sem volta.
"Corrija-me se estiver errado, mas você parece estar falando com base em uma conclusão
que tirou depois de tropeçar nos últimos cinco segundos dessa situação. Você está realmente
me dando sermão agora?” Dei outro passo à frente e pude ver a expressão altiva de Tess
começando a desmoronar.
"Ele estava prestes a ferir gravemente ou até mesmo matar Broznean ali, depois que o duelo
acabou. Se eu não tivesse parado aquele pirralho arrogante, você teria que lidar com um
assassinato, não uma briga desregulada entre dois estudantes,” eu continuei, minha voz
saindo mais alta do que eu pretendia. "Mas certamente, peço desculpas pelo problema que
causei, presidente do conselho estudantil," eu disse friamente, atordoando a todos, incluindo
Tess.
Assim que me virei, um nó duro de culpa se formou na minha garganta. Eu tinha acabado de
zombar dos alunos por sua imaturidade, mas aqui estava eu, agindo da mesma maneira. Eu
tinha esquecido que Tess era apenas uma menina de treze anos, mas esperava que ela agisse
de uma maneira que nem eu poderia.
Elijah seguiu de perto enquanto eu me afastava, meu orgulho me impedindo de voltar.
Que lindo reencontro.

“Espera aí, primeiro ano.” Clive Graves correu em minha direção, agarrando-me pelo braço
enquanto tentava me girar de volta. “Você foi criado em uma caverna? Essas são as maneiras
que sua mãe lhe ensinou enquanto crescia? Você sabe mesmo quem você é

estavam conversando?”
Segurando firme, parei e olhei para ele por cima do ombro.

Eu sabia desde o primeiro olhar que nunca me daria bem com ele, mas suas palavras de
alguma forma tinham o poder de me irritar mais do que a maioria. 'Fui criado em uma caverna'
— ele estava insultando seriamente minha mãe?
"Vamos lá." A malícia escorrendo da minha voz assustou até Elijah e ele instintivamente deu
um passo para trás. Clive imediatamente soltou meu braço, pulando para longe enquanto se
protegia com mana. Eu bufei em escárnio e continuei andando.
Elijah deu alguns passos apressados para me alcançar, até que ele estava andando ao meu
lado. “Você sabe o que acabou de fazer, certo? Cara, você com certeza o amor atrai problemas,
não é? Primeiro a masmorra e agora isso.” Ele balançou a cabeça, mas continuou a me seguir,
me assegurando não verbalmente que ele ainda estava do meu lado.
Eu quase ri com o fato de que ninguém sabia da minha história com Tess, mas então outra
onda de culpa torceu minhas entranhas. Talvez eu tenha sido muito duro com ela – não, eu
definitivamente fui muito duro com ela. Ela ainda era apenas uma garotinha. Eu não deveria
ter perdido minha paciência só porque ela agiu de acordo com sua idade.
Enquanto a culpa consumia meus pensamentos, dei um tapa na minha bochecha e decidi
deixar a natureza seguir seu curso – porque esse sempre era o melhor curso de ação a se
tomar em um relacionamento.
Eu não estava realmente bravo com ela? minha paciência tinha se esgotado naquele momento.
Eu sabia que deveria me reconciliar com ela antes que ficasse muito estranho, mas tive a
sensação de que o momento seria um problema.
Elijah e eu conseguimos chegar ao nosso dormitório sem mais problemas.
A academia ostentava dois dormitórios masculinos e dois dormitórios femininos. Os dois
conjuntos de residências foram separados em calouros e veteranos.
Os calouros - aqueles alunos que ainda estavam tendo suas aulas de educação geral - foram
transferidos para os dormitórios dos veteranos depois que eles terminaram seus cursos básicos
e decidiram formalmente que tipo de aluno eles eram.

será.
Os dormitórios dos calouros eram simples, para dizer o mínimo. Eles estavam limpos
e bem conservados, mas sem brilho em termos de móveis ou decorações. Havia um
interior bege quente, com escadas até o último andar, e cada andar continha um
corredor estreito ladeado de quartos.
“Quarto 394. Estamos aqui!” Elijah destrancou a porta colocando a palma da mão em
uma pedra redonda acima da maçaneta. Parecia ser um artefato simples, usado para
ler assinaturas básicas de mana. Assim que ele abriu a porta, Sylvie entrou correndo
no quarto, imediatamente fazendo um ninho em uma das camas.
O quarto não era tão chique quanto o da Mansão Helstea, mas tinha uma sensação
muito caseira. Entrando, havia dois armários à nossa direita? à nossa esquerda havia
um pequeno banheiro abarrotado de duas pias adjacentes, um chuveiro e um vaso sanitário.
Duas camas, separadas por um criado-mudo, ficavam lado a lado contra a parede
do lado esquerdo, enquanto do lado direito havia uma longa gaveta para roupas
dobradas. A área de dormir era separada da área de estudo por uma parede que
chegava à nossa cintura, com três degraus elevados que conduziam a um arranjo
de mesas e sofás. As duas carteiras foram colocadas em paredes opostas, para que
estivéssemos sentados de costas um para o outro enquanto estudávamos. Um longo
sofá estava posicionado contra a parede baixa, separando as mesas das camas. A
parede oposta era feita quase inteiramente de vidro, o que instantaneamente me atraiu para ela.
A vista abrangeu uma grande parte do campus, que atualmente era uma tela de
cores de outono. Olhando daqui, eu não teria ideia de que este lugar era um instituto
para magos sem que me dissessem.
Sentei-me no sofá, um pouco animada com os dias que viriam. Sylvie se inclinou
contra a janela, olhando para a vista.
"Ahh! Nós nem jantamos ainda, mas eu já estou cagando. Eu me pergunto de quem
é a culpa?” Elijah pulou na cama logo atrás do sofá, aquele que Sylvie não tinha
reivindicado como dela.
Deixei-me deslizar para o lado até estar deitada no sofá, meu corpo praticamente
derretendo de fadiga. Meus olhos vidrados, olhando para o céu

do lado de fora da minha janela, até que notei a pilha de malas que havia sido trazida pelo
nosso motorista mais cedo. Com um gemido, eu me virei e neguei a existência deles, temendo
as horas de desfazer as malas que viriam.
TESSIA ERALITH
Nossa! Estraguei tudo. Estraguei tudo. Estraguei tudo. Eu estraguei totalmente !

Eu enterrei minha cabeça em meu travesseiro e gritei meus pulmões em frustração.
Devíamos ter uma reunião emocional e romântica. Bem, foi emocionante, mas na direção
oposta! Por que eu tinha dito tudo aquilo? Por que eu briguei com ele? Eu sabia que Art nunca
iria começar uma briga sem uma razão, mas eu apenas fui e repreendi ele por algo que eu nem
sabia.
visto.
Nossa! Eu sou tão estúpido! Ele provavelmente me odeia agora.
Por que digo isso? Eu até trouxe o meu discurso! Eu devo ter soado como um esnobe. Ainda
assim, estávamos em uma multidão assim e ele teve alguma falha na comoção. Mas…
Tenho certeza que ele me odeia agora...
Se Art tivesse apenas me cumprimentado ou apenas falado comigo normalmente, eu não teria
dito isso. Foi tudo culpa dele. Ele até me ignorou depois que eu vim até lá para ajudar a resolver
a bagunça em que ele estava. Ele nem disse oi! Eu não estava esperando um abraço completo
ou mesmo um beijo ou qualquer coisa – apenas um “muito tempo, não vejo, Tess,” teria sido
bom.
Quem era aquele cara de cabelo preto, afinal? Eu me perguntei. Ele me lembrou um corvo. Ele
era amigo de Art? Melhor amiga? Ambos pareciam saber
Lilia e Jarrod.
Nossa! Isso é tão frustrante!

Eu gritei no meu travesseiro novamente na esperança de liberar um pouco da minha frustração.
Então, uma batida na minha porta me fez levantar.
"É Clive", ouvi uma voz abafada dizer através da porta. "Estou aqui para verificar você. Você
está se sentindo bem?"
Eu calmamente limpei minha garganta antes de responder. "Vou bem obrigado." eu usei

minha voz 'pública', como eu a chamava, o que me fez soar muito mais frio.
"Quem era aquele primeiro ano, afinal? Eu não posso acreditar que ele falou assim com você
quando você estava tentando aconselhá-lo! Devo falar com o diretor sobre isso? Podemos
puni-lo e...
"Está bem. Apenas deixe. Também não vá ao diretor... isso é uma ordem. Falei mais
duramente do que costumava fazer para passar o ponto. Como ele ousa falar mal do Art. Só
eu posso falar mal dele.
Eu caí de volta no meu travesseiro quando ouvi o som fraco de seus passos saindo.
Os dormitórios eram anteriormente separados por tipo de aluno, mas agora eram separados
por gênero e nível de classe. Como membros do conselho estudantil, porém, cada um de
nós tinha seu próprio quarto em um prédio ao lado do escritório do diretor. Era desconfortável
morar na mesma casa que um bando de caras, mas Lilia estava aqui, e os caras geralmente
estavam bem, então eu não me importei muito.
Artur estúpido. Você sabe o quanto eu queria gritar seu nome e correr para você quando vi
você na platéia? Mesmo que ele estivesse longe, como eu poderia ter perdido aquele cabelo
ruivo brilhante com uma fera de mana descansando em cima de sua cabeça! Sylvie parecia
muito diferente de quando ela nasceu, mas isso não me surpreendeu. O fato de ela ser um
dragão deveria ter me chocado, mas nada que Art fez poderia me surpreender. Ele era
exatamente assim.
Eu nem tinha mais energia para gritar de frustração. Eu queria culpar Art por tudo isso, mas
eu sabia que ele não era inteiramente culpado. Ele provavelmente queria manter nosso
relacionamento em segredo para mim, já que eu era uma figura pública aqui. Mas ainda
assim... Por que ele só era burro quando se tratava do coração de uma garota?
Fictício.
Espero que ele não me odeie...
Havia tantas perguntas que eu queria fazer a ele também. O que ele estava fazendo? Como
foi seu tempo como aventureiro? Ele se machucou em algum lugar? Ele sentiu minha falta?
Será que ele pensou em mim nesses últimos quatro anos?
Eu queria me gabar para ele o quanto eu tinha ficado mais forte também. Após o treinamento

diretamente sob o comando do diretor Goodsky, minhas habilidades como conjurador haviam
melhorado aos trancos e barrancos. Eu teria treinado com o vovô, mas essa não era a melhor
ideia, já que ele era um aprimorador, o que limitava o que ele poderia me ensinar. Ele me ensinou
o básico da manipulação de mana, mas o diretor sabia muito mais sobre o caminho do conjurador.
Ela também estava familiarizada com as diferenças entre elfos e humanos, o que a ajudou a me
treinar especificamente.
Vovô sabia que eu tinha um grande potencial porque, quando acordei, criei uma implosão que
explodiu todo o meu quarto e parte da cozinha do andar de baixo. Isso foi quando Art morava
conosco - quando eu tive que acordá-lo
todos os dias também.

Eu funguei.
Oh não. Eu não deveria começar a chorar. Art não me odiaria só por isso, iria?
Eu deveria apenas esclarecer as coisas com ele e pedir desculpas. Ele não iria me ignorar, certo?
Amaldiçoei sua estupidez e funguei novamente.

ARTHUR LEYWIN
Eu assisti distraidamente enquanto Sylvia tirava uma soneca ao meu lado no sofá, seu pequeno
corpo subindo e descendo a cada respiração.
"Não é como se você explodisse de repente assim, Art. Faria mais sentido para você simplesmente
ignorá-la e ir embora, não faria? Elijah ainda estava deitado em sua cama, sua mão sustentando
sua cabeça enquanto me encarava.
“Bem, eu admito que não deveria ter explodido, mas não pude evitar...”
Duas batidas rápidas interromperam nossa conversa, e Elijah pulou e se dirigiu para a porta. "Isso
é estranho. Quem gostaria de nos ver no primeiro dia? Talvez nossos vizinhos estejam vindo para
dizer olá.” Ouvi o clique da porta se abrindo.
"Quem é esse?" Eu perguntei quando percebi que ninguém estava falando. Virei-me para ver
Elijah ainda congelado. Levantei-me para ver o que estava acontecendo e vi o diretor Goodsky
parado na porta com indiferença, sorrindo para mim.
“Boa noite, Arthur, Elijah. Posso entrar?"

46
MAIS SÁBIO QUE O SÁBIO
“DIRETOR GOODSKY! É uma honra conhecê-lo pessoalmente.” Elijah fez uma

reverência dura, que parecia quase cômica, então levantou a cabeça muito rápido,
quase derrubando os óculos no processo. A sempre graciosa Cynthia Goodsky sorriu
educadamente, os pés de galinha ao redor de seus olhos aumentando seu charme.
“Por favor, entre, Diretor Goodsky. Elijah, pare de bloquear a porta. Puxei a cadeira
da minha mesa, gesticulando para que o diretor se sentasse no sofá.
"Eu te disse, me chame de Cynthia." Ela lançou um olhar severo em minha direção
enquanto flutuava passando por Elijah, mal parecendo tocar o chão, e se sentou no
sofá. Atrás dela, a porta se fechou sozinha. A quantidade de harmonia que ela tinha
com o elemento vento continuava a me surpreender? o ar ao seu redor parecia se
curvar à sua vontade sem nem mesmo um comando.
"Eu não acho que seria sensato para um garoto de doze anos sem experiência estar
no primeiro nome com o diretor da academia mais prestigiosa deste continente," eu
disse levemente enquanto me sentava na minha cadeira enquanto ela estava sentada
de pernas cruzadas na almofada do sofá, as costas retas e corretas.
“Meu Deus, seu vínculo certamente mudou de aparência desde a última vez que nos
encontramos. Intrigante." Cynthia estendeu a mão para Sylvie, que estava enrolada
no sofá, mas ela pulou para fora do alcance do diretor e se aninhou em cima da
minha cabeça.

"Tão tímido como antes, eu vejo." Cynthia deu a Sylvie um último olhar de estudo antes de voltar
seu olhar para mim. "Hmmm... que peculiar. Eu só sinto a mana do atributo vento e terra dentro
de você. Você está usando um selo, por acaso?” Ela inclinou a cabeça para o lado. Elijah estava
bem atrás dela, como se estivesse na presença de um comandante em guerra.
Eu levantei meu braço esquerdo para revelar meu bracelete, os dois pingentes pendurados nele,
em resposta à sua pergunta.
"Não posso dizer que não estou decepcionado. Eu estava esperando sair por aí ostentando você
como meu pequeno protegido quadra-elemental, mas acho que mesmo um aumentador de
elemento duplo é raro o suficiente. Estou feliz em ver que você optou por ser um mago erudito —
como eu esperava. Ela riu baixinho.
"Eu estava planejando fazer uma visita ao seu escritório para atualizá-lo sobre algumas coisas,
mas sua vinda aqui me poupa o trabalho, eu acho. Eu provavelmente fiz um inimigo de uma
família não tão amigável enquanto eu era um aventureiro, então eu não quero dar a ele nenhum
motivo para suspeitar de mim – pelo menos não agora.” Recostei-me na cadeira, estudando os
dois berloques presos ao meu bracelete.
“Sim, eu li os relatórios sobre o caso entre o Aventureiro Note e o Aventureiro Lucas Wykes. Um
inimigo bastante problemático que você conseguiu adquirir. Como eles são uma casa militar,
tenho certa autoridade sobre a família dele, mas eles têm muitos trabalhos ocultos que continuam
nos iludindo.” A diretora Cynthia esfregou o queixo pensativamente.
"Está bem. Não considero isso um assunto urgente. Ele é apenas uma tarefa que terei que
terminar algum dia. Se eu fizer algo precipitado agora e isso repercutir em meus amigos e
familiares, será aí que será um problema. Eu realmente gostaria de sua ajuda com outro assunto.”
Eu coloquei meus cotovelos nos joelhos enquanto me inclinava para a Diretora Cynthia.
"Por favor fale."

"Eu quero fazer as aulas de teoria de mana de nível superior, especialmente aquelas sobre
desviantes," eu disse simplesmente.
“Hmm... Isso não seria muito difícil de fazer, mas Arthur, não era um dos seus

principais razões para frequentar esta academia para se encaixar com seus pares?” Ela me examinou
enquanto esperava pela minha resposta.
"Eu não me importo de fazer essas aulas além das minhas normais, onde eu estaria com alunos da minha
idade. Estou apenas impaciente para aprender um pouco mais sobre manipulação de mana desviante,
desde th—desde que atingi um teto nisso recentemente.” Eu quase deixei escapar, 'já que não havia magia
de desvio no meu velho mundo'.
"Tudo bem. Eu posso fazer isso acontecer. Eu posso até te dar um passe para que você possa observar as
batalhas simuladas dos magos de primeira classe também.” Ela parecia magnânima, mas eu a olhei com
desconfiança.
"Ok... Então qual é o problema?" Eu levantei uma sobrancelha.
“Arthur, estou com o coração partido! Eu só queria fazer isso para o seu crescimento!” Ela colocou a mão
dramaticamente sobre o coração, como se estivesse genuinamente ofendida.
"Arte! Você está sendo rude com o diretor!” Elijah parecia um pouco em pânico, já que não conseguia ver a
expressão facial de Cynthia.
Eu sorri para ela, esperando silenciosamente por uma resposta.
Goodsky suspirou. "Muito bem. Claro que acredito que é justo receber alguma compensação por fazer esses
tipos de favores para você,” ela disse, desconcertando Elijah.
"Espero que você não sugira algo absurdo, como entrar para o conselho estudantil." Eu balancei minha
cabeça.
"Eu ouvi sobre sua pequena briga com a princesa mais cedo," ela disse com uma risada, e meu rosto ficou
um pouco vermelho. "Eu não esperava que o sempre calmo e composto Arthur Leywin explodisse assim.
Acho que seu relacionamento com a princesa Eralith é realmente especial.
"Espere, o que? O que isso significa?" Elijah se aproximou de nós para que pudesse nos ver com mais
clareza, embora permanecesse de pé, provavelmente por respeito ao diretor. Ele parecia chocado com sua
própria falta de educação, mas eu poderia dizer que sua curiosidade era forte demais para deixá-la cair.
Antes de responder, Cynthia olhou para mim como se pedisse permissão. eu dei a ela um

deu de ombros despreocupado, e ela se virou para Elijah. "Sua melhor amiga também é
amiga de infância da nossa adorável presidente do conselho estudantil." Seus lábios se
curvaram em um sorriso malicioso, como se ela fosse uma adolescente contando uma boa fofoca.
Eu estava um pouco preocupado que a mandíbula de Elijah pudesse se desequilibrar. Uma
mistura de emoções cruzou seu rosto frouxo, de choque a traição e inveja.
"Quão-? Quando-? O que?" Ele não conseguia produzir uma frase completa enquanto
tentava entender toda a situação.
Ignorando-o, voltei-me para Cynthia. — Como você descobriu, afinal? Eu perguntei, curioso.
"Eu não estou surpreso que você saiba, mas eu não acho que você poderia ter tropeçado
aleatoriamente com esse pequeno petisco também."
“Virion Eralith é um velho conhecido meu,” ela disse com um sorriso. “Eu não contei a
ninguém sobre você, mas não pude resistir a dizer a ele que minha academia receberia um
mago quadra-elemental talentoso em alguns anos. Ele e eu somos competitivos desde há
muito tempo, mas ele recebeu a notícia com bastante calma, o que me deixou desconfiado.
No entanto, não fiz a conexão até que sua neta chegou para ser minha discípula. Você sabe
a primeira coisa que ela perguntou quando eu a levei?
Eu poderia dizer que ela estava tentando segurar o riso, mas por quê? Eu apenas balancei
minha cabeça em derrota, meu rosto ficando ainda mais vermelho em antecipação.
"'Quando Arthur Leywin vai começar a frequentar esta escola?'" A diretora Cynthia disse,
elevando a voz como uma Tess mais jovem. Por mais grandiosa e misteriosa que ela possa
parecer para todos, ali estava ela, rindo como uma pré-adolescente, se divertindo com meu
constrangimento.
"O que? Arte! Como você conhece ela?" Eu poderia dizer que Elijah queria sufocar as
respostas de mim, mas estava segurando, já que a diretora ainda estava aqui, embora ela
provavelmente não se importasse.
"Eventualmente, coloquei dois e dois juntos. Sério, Arthur – sendo treinado por Virion? Eu
me sinto um pouco traído.” Ela cruzou os braços com um suspiro.
A essa altura, Elijah havia acabado de afundar em sua cadeira. Ele parecia ter desistido.

— Ela pensa muito em você, Arthur. Tenho certeza de que ela não pretendia causar tal
espetáculo. Meu regime de treinamento não é fácil? os poucos que tentaram antes dela
falharam. Ela só é capaz de acompanhar e continuar a treinar comigo por causa do
desejo dela de alcançar você, Arthur. Até você deve perceber que agiu de forma
bastante imatura.” A bronca me pegou desprevenido.
Ela parecia uma mãe desapontada.
"Sim. Eu sei o quão idiota eu agi, não há necessidade de me lembrar.” Suspirei, inclinando-me ainda
mais para trás em meu assento.
“Você vai fazer as pazes com ela em breve, eu espero? Eu odiaria ver minha discípula
desanimada enquanto ela treina.” Ela sorriu para mim gentilmente antes de continuar.
"O que eu quero de você não é estar no conselho estudantil, mas sim fazer parte de
um comitê que vai começar este ano: a disciplina
comissão”.
Eu sabia que ela iria querer que eu fizesse algo assim. Eu balancei minha cabeça.
"Esqueça. Não preciso das aulas teóricas. Vou aprender sozinho com os livros da
biblioteca.”
"Os livros sobre desviantes não são acessíveis aos calouros, e mesmo para os
veteranos, você precisaria mostrar que você é um desviante - algo que você não pode
fazer agora", ela respondeu calmamente, desmantelando meus planos.
"Fazer parte deste comitê disciplinar ou qualquer outra coisa... como isso faz sentido?
Eu sou um novo aluno que está aqui como um mago erudito. O que os outros membros
pensariam, afinal?” Eu perguntei, tentando argumentar com ela.
"Embora eles possam não aprovar no início, com algum tempo, acredito que você será
mais do que capaz de mudar de idéia, mesmo com sua deficiência auto-imposta." O
diretor Goodsky acenou para o meu bracelete com os selos de mana e sorriu. Ela
parecia decidida a continuar com isso.
"Arthur, ao contrário dos membros do conselho estudantil, que são selecionados de
acordo com critérios mais amplos, o comitê disciplinar será estritamente baseado na força.
Suas responsabilidades não serão tão pesadas quanto as do conselho estudantil, e
estar no comitê disciplinar lhe dará a chance de trabalhar com

outros estudantes – alguns dos quais também são desviantes, e todos fortes em seus próprios
campos.” Seus argumentos estavam ficando mais fortes.
"Você diz que os membros são escolhidos com base na força—" Antes que eu terminasse minha
frase, ela me cortou.
"Não, Lucas Wykes não estará no comitê disciplinar, se é isso que você está se perguntando.
Arthur, esta é uma oportunidade que qualquer outro estudante consideraria uma honra. Eu
insisto em que você aceite.” Ela se inclinou, seu rosto um pouco mais sério agora.
Inclinei a cabeça enquanto pensava nas coisas. Além das aulas regulares e extras, eu teria que
fazer um trabalho de comissão. Isso limitaria significativamente meu tempo de treinamento
individual, para o qual eu ainda estava descobrindo onde poderia ir
segredo.
Como se estivesse lendo minha mente, ela jogou fora sua oferta final. "Como a quantidade de
trabalho envolvido pode ser um pouco acima da classe e do estudo independente, também
posso oferecer a você acesso a um centro de treinamento privado, onde você não precisará se
preocupar com ninguém se intrometendo." Ela apontou para minha pulseira. "Por favor, Arthur -
eu realmente sinto que isso pode ser um bom negócio para nós dois a longo prazo." Sua
sinceridade suavizou sua expressão um pouco.
Pensei em como fazer parte do comitê disciplinar poderia se encaixar nos meus planos e,
quando não encontrei nenhum prejuízo especial em concordar com isso, respondi. "Tudo bem,
eu estarei no comitê disciplinar." Meus ombros afrouxaram quando soltei um suspiro.
"Bom! Como as aulas começam amanhã, enviarei seu novo horário ao seu professor do primeiro
período.” Ela puxou um uniforme sob medida de um anel dimensional e o jogou para mim, junto
com uma faca embainhada e uma alça. “Aqui está o seu novo uniforme – eu o trouxe no caso
de boas notícias. A faca é apenas o símbolo do comitê disciplinar, mas era bastante cara, então
tome cuidado para não perdê-la. Há também uma peça de roupa exterior”, acrescentou o diretor,
“mas você terá que colocá-la adequadamente”.
Irritou-me que ela já tivesse preparado isso antes de entrar, mesmo que

era 'apenas no
caso'. Ocorreu-me que mesmo combinando minha vida anterior com esta, tanto o vovô
Virion quanto o diretor Goodsky ainda seriam mais velhos do que eu? afinal, eu só vivi até
meus trinta e tantos anos, quando eu estava começando a passar do meu auge como
duelista. Eu estava tão preso ao fato de que eu tinha duas vidas que não me ocorreu que
ainda havia pessoas que eram mais experientes. Claro, eu ainda tinha uma vantagem
sobre os magos tradicionais aqui, porque de onde eu vinha, o uso de 'mágica' era muito
mais avançado. Os magos mais velhos deste mundo também tinham uma vantagem, no
entanto, pois estavam acostumados com a quantidade de mana na atmosfera aqui e a
dominavam até certo ponto.
Acho que mesmo com duas vidas, ainda haveria alguém mais sábio.
Eu involuntariamente afastei os pensamentos da minha mente, e a diretora Goodsky
inclinou a cabeça com curiosidade. Eu apenas desviei o olhar, e ela optou por não
prosseguir com a pergunta.
"Agora que o assunto que vim discutir está resolvido", disse ela, "vou me despedir.
Aproveite seu primeiro jantar aqui — e, por favor, resolva as coisas com minha querida
Tessia o mais rápido que puder. Não quero que meu precioso discípulo continue
deprimido.” Ela desapareceu como uma brisa passageira, deixando-me imaginando por
que ela não entrou da mesma forma. Provavelmente para respeitar nossa privacidade, presumi.
Assim que o diretor Goodsky saiu, uma sombra pairou sobre mim. Olhei para cima para
ver Elijah olhando para mim, uma expressão atordoada em seu rosto.
Seus olhos brilharam e eu não sabia dizer se ele ia falar comigo para tentar me estrangular.
“Você tem algumas explicações a dar.”

47
ATENÇÃO
DEI A ELIJAH UM PACOTE HESITANTE. "Lá, lá..." Eu suspirei. Até Sylvie teve pena dele,
pulando da minha cabeça para se empoleirar na dele e mordendo o topo de seu couro cabeludo
para acordá-lo.
Seus olhos torturados me perfuraram quando ele virou a cabeça. "Não é justo", ele murmurou.
"O que?" Inclinei-me para mais perto para ouvi-lo melhor.
Ele se inclinou para mais perto de mim, seus lábios quase tocando meus ouvidos. “Não é justo,
droga !”
Eu gritei e pulei para longe de surpresa, meus ouvidos zumbindo. "Que diabos! Não grite no meu
ouvido!” Eu mexi meu dedo mindinho dentro do meu canal auditivo para limpar a saliva com que
ele me borrifou.
“Aparência, talento – até sorte com as garotas. Por que você tem tudo?” Ele colocou as duas
mãos no meu braço, uma expressão de profunda concentração em seu rosto.
Confuso com essa ação aparentemente aleatória, perguntei: “O que você está fazendo?”
"Tentando ver se consigo absorver um pouco da sua arturidade," ele murmurou, ainda concentrado.
"Você é burro?" Eu balancei minha cabeça, batendo em suas mãos. Implacável, Elijah manteve
as mãos presas ao meu braço, ganhando alguns olhares estranhos dos alunos que passavam
enquanto saíamos para jantar.
A caminho do refeitório, que não ficava muito longe dos dormitórios, expliquei brevemente a Elijah
como havia conhecido Tess — ele realmente odiava quando eu

a chamava assim — na Floresta de Elshire. Enquanto eu contava a ele a história, desde viver
no castelo do Reino de Elenoir com Tess até aprender a manipulação de mana com seu avô,
eu poderia dizer que não estava ajudando seu humor.
“Você sabe como os anões são atraentes, Art?” Ele se inclinou um pouco perto demais para o
conforto enquanto caminhávamos.
"O que? De onde vem isso?”

Ele dispensou minhas perguntas. "Apenas vá comigo por um segundo. Estou tentando fazer
você entender como as coisas foram difíceis para mim.
Revirei os olhos. "Ok... Quão atraente?"
"Não. No. Todos”, disse ele com naturalidade. "O padrão de beleza dos anões é o completo
oposto dos humanos, Arte! Eu posso ter sido criado em seu reino, mas nunca chegará um dia
em que eu possa simpatizar com sua definição de
'atraente.'"
Eu ri, imaginando como uma mulher atraente seria para os anões.

"Oh sério! Elabore para mim como sua vida foi devastadora .
"Quando fiz oito anos, meu avô - o mais velho que cuidou de mim - me apresentou a quem
ele esperava que fosse minha futura esposa. Toda a semana anterior, ele estava falando
sobre como ela era bonita e elegante.
Quando ela apareceu, pensei que estava olhando para um homem, Art. Seu corpo estremeceu
ao recordar a cena.
“O nome dela era Helgarth, e eu juro que ela me fez temer por minha castidade. Ela tinha
pelos faciais aos nove anos de idade!” Elijah estava me sacudindo neste momento, mas eu
não conseguia parar de rir.
“Ok, ok, entendi! Você era um menino muito carente que começou a passar pela puberdade
muito cedo.” Dei de ombros e tentei acalmar meu ataque de riso.
"Você passa sua infância cheia de mulheres masculinas que saem por aí mostrando seus
braços esbugalhados e vê como você fica quando vê garotas normais." Ele balançou a cabeça
e caiu novamente.
“Espere, essas 'mulheres masculinas' não deveriam ser garotas normais para você? Você era

criado por anões desde que você era pequeno, certo?” Eu argumentei.
"Isso não significa que eu só tive exposição a anões. E eu sabia que parecia diferente deles, então
sempre fui cético em relação ao senso de beleza deles", ele retrucou.
Eu balancei minha cabeça. "Bem, você é um estudante na escola mais prestigiosa do continente
como estudante de mago de batalha agora, e você provavelmente está pelo menos um estágio
completo à frente de qualquer um de nossa classe. Apenas mostre suas habilidades. Você está
destinado a atrair alguém de acordo com seus elevados padrões eventualmente.”
“Sua pena está literalmente me machucando.” Ele suspirou, fazendo nós dois rirmos. Ele se virou
para me estudar e mudou de assunto, dizendo: “Gosto mais do seu novo uniforme. Isso faz você
parecer mais forte, mais inacessível de alguma forma.” Ele assentiu enfaticamente.
O novo uniforme que recebi da Diretora Cynthia não parecia muito diferente do meu uniforme de
mago erudito. Consistia em uma camisa branca com uma única faixa preta no meio do braço acima
dos cotovelos e um colete cinza claro e calças cinza escuro. O colete era feito de um material
diferente da calça, porém, e havia gravuras especiais no interior de cada um que me fez suspeitar
que eles tinham qualidades protetoras. No lugar do meu relógio de bolso no bolso do peito havia
uma alça que atravessava meu peito e se encaixava em meu ombro, segurando minha faca de prata
embainhada sobre meu coração. Um cordão dourado em volta do meu colarinho substituiu o cordão
vermelho, dando ao meu traje uma aparência mais real em geral.
Olhei para baixo e soltei um suspiro. Eu tinha que admitir que o uniforme parecia bom, mas eu não
gostava de roupas espalhafatosas como essa. Fiquei imaginando como seria o casaco.
"Então, o que você vai fazer sobre o comitê disciplinar?" Elijah me perguntou um pouco mais sério.
Inclinei a cabeça, sem entender aonde ele queria chegar. "O que você quer dizer?"
Dando de ombros, ele olhou para frente. Estávamos quase no jantar

corredor. “Quero dizer, eu sei que você já faz parte desse novo comitê e tudo mais,
mas você vai realmente levar isso a sério e tal? Parece muito trabalho.”
Verdadeiro. O diretor queria que eu fizesse parte desse novo comitê, mas não havia
especificado exatamente o que eu tinha que fazer. “Vou tentar o meu melhor. Eu
poderia muito bem dar tudo de mim, já que decidi seguir em frente, certo? Além disso,
Ellie vai frequentar esta academia em alguns anos. Eu preciso pavimentar o caminho
para que seja mais fácil para ela quando ela chegar aqui.” Abri a porta do refeitório e
fomos recebidos pelas conversas indistinguíveis dos alunos e pelo cheiro forte de carne
e ervas.
Quando entramos, o corredor ficou quieto e eu podia sentir os olhares dos alunos
enquanto eles nos estudavam. Ignorando os olhares e os ocasionais olhares curiosos,
fomos até a fila e pegamos nossa comida, nos colocando em um canto dos fundos.
“Parece que você já é popular, Art.” Elijah sorriu enquanto pegava um pedaço de carne
assada com o garfo.
"O que posso dizer?" Eu dei um lance arrogante da minha cabeça, e nós dois
começamos a rir.
Em um bolso do novo uniforme, a diretora Cynthia havia deixado um bilhete com
algumas instruções, e comecei a lê-las enquanto comíamos.
“Ah! Não se esqueça, temos a corrida do clube amanhã de manhã!” Elijah disse, sua
boca cheia de carne.
Suspirei com o lembrete. "Oh sim. Eu tenho que ir ao auditório bem cedo amanhã. Diz
aqui que o comitê disciplinar está sendo anunciado oficialmente antes que a corrida do
clube comece.” Brinquei com meus legumes e tentei dá-los a Sylvie, que prontamente
os rejeitou.
"Isso significa que você vai conhecer o resto do comitê disciplinar.
Que legal! Acorde-me antes de sair, então.
"Vai fazer." Eu espetei um pedaço de carne assada para mim, mas Sylvie o roubou
antes que chegasse à minha boca.

Conversamos sobre os clubes que Elijah deveria participar e as aulas que tínhamos. Como se
viu, o comitê disciplinar se reunia todas as manhãs, o que me irritava.
Parece que finalmente vou quebrar meus maus hábitos de sono.
Além da reunião diária, meu horário de aula consistia em Fundamentos da Teoria de Mana,
Manipulação Prática de Mana e Noções Básicas de Artificação pela manhã. Depois do almoço,
minhas aulas da divisão superior começariam - Teoria da Magia Desviante I, Mecânica de
Combate em Equipe I e Formações de Feitiço I. Durante o semestre de outono, havia muito
mais classes da divisão superior para estudantes de mago de batalha, enquanto as variedade
para estudantes de mago eruditos. Clubes voltados para alunos de nível superior se reuniam
antes do almoço, já que suas aulas eram todas à noite, e vice-versa para os alunos de nível
inferior.
A maioria dos alunos só tinha três ou quatro aulas por semestre, mas eu estava essencialmente
carregado com o dobro das aulas. Minha última aula terminou às sete da noite, não me deixando
nenhum tempo para clubes.
Quanto a Elijah, só tivemos Fundamentos da Teoria de Mana juntos? suas outras aulas eram
Fundição Básica de Corrente e Utilização de Mana I. “Talvez eu devesse entrar para um clube
de luta corpo a corpo. Ouvi dizer que mais e mais conjuradores estão tentando se tornar pelo
menos um pouco adeptos da luta a curta distância, apenas no caso”, ponderou enquanto enfiava
outro pedaço de carne na boca.
“Sim, eu ouvi isso do meu pai. Ele está me dizendo que existem alguns conjuradores que
querem ser recrutados para aprender luta de curto alcance, embora eu não saiba exatamente
como isso funcionaria. Eu brevemente me perguntei por que eu não me sentia cheio, embora
meu prato estivesse vazio? então percebi que mal havia comido a carne graças a Sylvie, que
agora balançava a cabeça com satisfação em cima da minha cabeça.
Durante nossa refeição, nós dois estávamos cientes de que as pessoas estavam falando sobre
nós e lançando olhares em nossa direção de vez em quando. No entanto, nenhum deles
realmente veio até nós – até agora.
Um grupo de estudantes em uniformes de mago de batalha caminhou até nossa mesa,

ignorando completamente a minha existência. O líder do grupo, um garoto alto com cabelos
castanhos ondulados repartidos no meio, estendeu a mão para Elijah.
“Meu nome é Charles Ravenpor II, da famosa família Ravenpor. Tenho certeza que você já ouviu
falar de nós, certo? Não pude deixar de notar que você está passando tempo com alguém abaixo
de você. Estou sendo especialmente cortês hoje ao oferecer para deixá-lo estar em nosso grupo.
Seu queixo se ergueu, confiante de que Elijah pegaria sua mão.
"É uma honra fazer parte do grupo Ravenpor", uma das groupies ecoou nas costas.
“A família Ravenpoop? Nunca ouvi falar de uma família com o nome de fezes de pássaros.
E você, Arte? Elijah me deu um olhar exageradamente sem noção, me fazendo rir pelo nariz.
“Não, mas eu ficaria muito envergonhado de estar em uma família como os Ravenpoop, mesmo
que eu soubesse deles.” Tentei esconder meu sorriso enquanto brincava com essa troca imatura.
Alguns dos alunos próximos que estavam ouvindo nossa conversa começaram a rir.
"V-você... Como você se atreve a zombar de uma família de prestígio como a Ravenpor House?"
Charles deu um soco na nossa mesa, enfatizando seu nome, o que os fez rir ainda mais.
“Sou uma aluna do segundo ano que deve ser respeitada! Entrei em contato com você, um
novato, porque não queria que um estudante de mago de batalha se rebaixasse por estar com
lixo de estudante, mas em vez disso você cuspiu na minha cara assim?
Sua mão já estava se contorcendo para alcançar a varinha presa à perna direita.
Elijah o olhou nos olhos e disse: “Primeiro de tudo, ele é um estudante de mago erudito . Arthur
é tão mago quanto qualquer estudante de mago de batalha. Segundo, por que eu iria com
alguém que descaradamente despreza meu melhor amigo e colega de quarto? Terceiro, é óbvio
que você não está aqui por gentileza comigo, mas por hostilidade em relação a Arthur, então
pare seu show infantil e vá mijar

desligado."
Eu tive que admitir que quando meu amigo colocou uma expressão séria, juntamente com suas
feições naturalmente afiadas, ele parecia bastante formidável.
A emissão de duelos dentro de uma instalação não projetada para a batalha foi proibida? usar
magia dentro do refeitório resultaria em uma punição severa, mas isso não impediu o Sr. Ravenpor.
O vento se reuniu ao redor dele enquanto ele lutava para manter sua raiva sob controle.
"Jack!" ele rugiu. O vento acalmou quando um de seus lacaios deu um passo à frente, um menino
com o rosto de um garoto de treze anos, mas um corpo que parecia muito mais velho.
"Mostre a esses pirralhos como as coisas funcionam por aqui," Charles rosnou,
de volta.
Jack parecia um pouco hesitante, mas Charles latiu que seria devidamente compensado. Com
isso, Jack revelou um sorriso malicioso enquanto deslizava um par de manoplas com garras sobre
os punhos. "É uma merda para você", disse ele com um sorriso, estalando o pescoço antes de
dividir a mesa ao meio.
O refeitório estava uma comoção agora, enquanto os alunos se reuniam ao redor, alguns de pé
nas mesas para ter uma visão melhor.
Elijah jogou as mãos para cima em surpresa, protegendo o rosto enquanto a mesa se partia em
pedaços. Permaneci imperturbável, no entanto, sentado ainda com as pernas cruzadas enquanto
tomava um gole do copo de água que estava segurando. Sylvie tinha adormecido.
"Você é louco? Esta é uma instalação de jantar!” Elijah gritou enquanto se levantava para enfrentar
Jack, que flexionou seus punhos com garras.
“Não importa. O chefe vai cuidar de tudo de qualquer maneira. Mantenha seus dentes cerrados
agora.” Seu punho direito brilhava com mana sem atributo.
Ele era um estudante do segundo ano também, a julgar pelas duas listras em sua gravata preta,
mas mesmo sem um atributo, seu núcleo ainda era laranja escuro - o que, para sua idade, era
muito bom.
A mão direita de Elijah brilhava, seus dois anéis de um amarelo fraco enquanto ele preparava um
feitiço, mas eu já havia notado que a intenção assassina de Jack era direcionada a mim, não a mim.

amigo.
Eu mantive minha cabeça baixa e me preparei para resolver isso rapidamente, mas antes que eu
tivesse a chance de fazer qualquer coisa, vinhas brotaram do chão e se enrolaram firmemente
em torno de Jack.

48
REMINISCÊNCIA
LEVOU APENAS alguns momentos para as vinhas envolverem completamente Jack.

Enquanto ele lutava para se libertar, as videiras se retorciam mais, deixando seu rosto
com um tom feio de roxo.
Enquanto a maioria estava confusa, Charles parecia saber exatamente o que estava
acontecendo. Seu rosto empalideceu e ele imediatamente se afastou da comoção que
havia criado. Elijah também ficou surpreso, virando a cabeça para a esquerda e para a
direita para ver quem havia lançado o feitiço, mas a pessoa responsável ainda não havia se mostrado.
De pé, enfrentei o sufocante Jack, que havia parado de lutar contra as vinhas. A atmosfera
no refeitório estava tensa enquanto todos esperavam em silêncio que o autor do feitiço
aparecesse. Dando a Elijah um olhar significativo, eu silenciosamente levantei meu braço,
colocando minha palma nas videiras enquanto eu lançava meu feitiço Torrent. Controlando
cuidadosamente a quantidade de mana que eu usei, despertei uma forte rajada de vento
da minha palma.
As groupies de Ravenpor atrás de Jack se cobriram contra a rajada de vento quando foram
pegas no ataque. Eu libertei Jack das trepadeiras que o estavam sufocando, mas no
processo, eu rasguei suas roupas também, deixando-o do mesmo jeito que ele veio do
ventre de sua infeliz mãe.
Jack caiu de joelhos, tossindo e ofegante. Sem uma palavra nem uma mudança de
expressão, virei-me e caminhei em direção a Charles, que discretamente tentava sair do
refeitório. Ele estava junto à parede, quase em frente às portas principais, quando
desembainhei o

faca do comitê que recebi do diretor, imbuí mana do vento nela e a joguei. A faca cortou o ar e
perfurou seu blazer, prendendo-o contra a parede.
"Que diabos?" ele gritou quando fiquei cara a cara com ele.
"Talvez seja só eu, mas acho patético quando pirralhos de famílias nobres, como você, batem
em seus peitos por algo que você nunca mereceu. Antes de se gabar de quão poderosa é sua
família, pelo menos seja competente o suficiente para não constrangê-los.” Com um gesto
rápido eu puxei a faca que ele estava lutando para remover? então entrei pela porta e saí, sem
olhar
de volta.
O ar fresco do outono me cumprimentou quando fechei a porta, minha respiração se tornando

visível em uma nuvem na minha frente.
'É mamãe!' A cabeça de Sylvie disparou de seu poleiro em cima do meu crânio.
Ignorei meu vínculo, olhando para o céu noturno, iluminado por inúmeras estrelas, enquanto
falava. "Sabe, você poderia tê-lo matado se eu não tivesse interrompido o feitiço."
Apenas alguns metros à minha esquerda, a voz familiar respondeu. "Eu ia cancelar quando ele
desmaiasse. Além disso, eu sei que você ia lidar com isso.
“Ah, agora você deixa comigo? O que o impediu de fazer isso esta manhã após a cerimônia?
Eu ri. Caminhei em direção à figura encostada na parede do prédio, suas feições mascaradas
pela sombra da noite estrelada.
Pelo seu silêncio, eu já podia imaginar que tipo de expressão perturbada ela usava. Fiquei na
frente dela, perto o suficiente para ver seu rosto, mas ela estava olhando para baixo, então eu
só podia ver a coroa de seu cabelo prateado, que brilhava ao luar.
"Ahem," eu tossi sem jeito, cobrindo minha boca com um punho. O silêncio entre nós parecia
uma eternidade. Finalmente, ela olhou para cima, revelando seu rosto como
ela brincava com as mãos atrás das costas.
"Desculpe-Oww!"

A atmosfera embaraçosa se dissipou instantaneamente quando nós batemos cabeça um no outro em
nossas tentativas de nos curvar em desculpas ao mesmo tempo.
Comecei a rir enquanto esfregava minha cabeça latejante. “Acho que ouvi meu crânio estalar naquele
momento.”
"Cale-se." Tess também massageou a cabeça, mas continuou a olhar para baixo.
Então seus ombros começaram a tremer e eu ouvi uma fungada.
Inclinei-me para frente para ver o rosto do meu amigo de infância. “Tess. Você está chorando?" Eu
provoquei, gentilmente enxugando suas lágrimas com o interior da minha manga.
"E-é porque dói", ela fungou, evitando meus olhos, mas não se afastando do meu toque.
“Doeu tanto assim?” Suavizei minha voz enquanto me levantava, cuidadosamente passando meus
dedos sobre sua cabeça, verificando se havia um galo.
"Sim! Isso machuca muito!" Ela deu um tapa na minha mão, então enterrou o rosto no meu peito,
envolvendo os braços em volta da minha cintura enquanto ela começou a chorar a sério.
Os segundos pareceram se alongar enquanto eu sentia seu corpo tremer com suas respirações
irregulares e soluços. Olhei de volta para o céu noturno, sentindo meu rosto queimar enquanto eu
desajeitadamente retribuía seu abraço.
"P-pensei que você me odiasse," ela disse, sua voz abafada no tecido da minha camisa.
"Mesmo que haja momentos em que eu fique bravo com você, eu nunca te odiaria, Tess," eu disse
suavemente.
"Eu... eu também não quero isso."
"Não quer o quê?"
"Eu não quero que você fique com raiva de mim", ela murmurou.
"Bem, desta vez eu estava errado. Eu não deveria ter atacado você assim.” Mesmo agora, mal tendo
me reunido depois de anos separados, reconheci que tratava Tess de maneira diferente de todos os
outros. Eu não sentia uma razão para ficar brava com a maioria das pessoas – além de talvez minha
família e Elijah – mas era como se minhas emoções corressem mais perto da superfície quando Tess
estava por perto. Mesmo na minha antiga vida, eu nunca fui bom nesse tipo de coisa.

"Não, eu também estava errado. Eu não deveria ter te chamado assim na frente de todas aquelas
pessoas. Mas eu tenho que ser a rígida presidente do conselho estudantil na frente de todos,
sabe?” Ela parecia desesperada quando finalmente levantou o rosto para o meu? seus olhos
estavam vermelhos e um pouco inchados de tanto chorar.
Passos soaram atrás de mim e Elijah gritou: “Arte! Você deveria ter visto os rostos de todos atrás
de você – oh meus céus.” Elijah parou quando viu com quem eu estava.
Eu dei a ele um olhar envergonhado, percebendo que Tess ainda estava enrolada em mim.
"Vejo você de volta ao nosso dormitório," ele disse rapidamente, então saiu correndo, quase
tropeçando em seus próprios pés.
“Tess, acho que você provavelmente deveria me soltar agora.” Eu sorri enquanto observava seu
rosto ficar vermelho.
"Oh, certo." Ela imediatamente me soltou, dando um passo para trás enquanto seu olhar descia,
envergonhada demais para olhar para mim.
Eu tive que rir um pouco - meu amigo de infância realmente não mudou. “Você quer dar uma
voltinha comigo?” Dei-lhe um sorriso quando Sylvie pulou do topo da minha cabeça para os
braços de Tess.
“Kyu!” 'Faz tempo que não vejo, mamãe!'
TESSIA ERALITH
Cada um de seus passos era leve e confiante, como se estivesse sempre certo de sua direção e
propósito... Era o jeito que ele andava?
Aqueles olhos que pareciam calmos e equilibrados, mas ainda um pouco brincalhões... Era o seu
olhar?
Ou era o seu sorriso? A forma como brilhava mesmo quando estava tão escuro lá fora...
O que foi que me fez tão estupidamente atraída por ele? Ele era apenas mais um garoto! Outro
rapaz bastante talentoso, bem-educado e bastante bonito. Isso foi tudo.
Então, o que me fez ficar tão tola perto dele, e por que eu continuava fazendo coisas para me
envergonhar sempre que o via?

Eu inconscientemente soltei um suspiro derrotado.
"Algo está errado?" Ele olhou para mim com preocupação, sua voz gentil enviando arrepios na minha espinha.
“Não, nada está errado.” Eu ri nervosamente e senti meu rosto ficar vermelho novamente, então comecei a
acariciar Sylvie mais rápido como uma distração. Puta merda!
Eu podia sentir seus olhos me estudando enquanto caminhávamos pelo caminho de mármore, nossa única
fonte de luz a lua espreitando entre as árvores que se arqueavam sobre a passarela. Quando nos encontramos
mais cedo hoje, mal passamos alguns segundos juntos antes que as coisas ficassem ruins, então realmente
fazia quase quatro anos desde a última vez que nos vimos. Eu teria olhado para ele também, mas eu sabia
que ia ficar vermelho brilhante, então eu apenas mantive meu olhar baixo.
Eu me perguntei se ele olhava para outras garotas assim. Eu esperava que não. Eu queria sua atenção toda
para mim, assim como agora.
Enquanto caminhávamos, conversamos sobre o que estávamos fazendo nos últimos anos. Suas histórias
sobre seu tempo como aventureiro eram emocionantes, mas não pude deixar de me sentir um pouco
desapontado por ele estar com aquela garota Jasmine o tempo todo.
Os cantos dos olhos de Art se enrugaram enquanto ele ria baixinho, revelando seu sorriso brilhante.
"O que?" Eu segurei Sylvie na minha frente defensivamente.
"Estou apenas gostando das diferentes expressões que você está fazendo enquanto eu conto minha história."
Eu peguei um vislumbre de seus olhos e me senti ficando vermelho novamente. Isso estava ficando ridículo.
Eu estaria com frio sem Sylvie para me aquecer, mas Art não parecia nada frio. Eu me perguntei se ser um
domador de feras tornava seu corpo impermeável aos elementos. Eu corei de vergonha quando me lembrei de
abraçá-lo por tanto tempo.
Ele estava realmente quente, no entanto.
Relaxei um pouco enquanto conversávamos. Contei a ele um pouco sobre meu treinamento com

Vovô, mas me concentrei mais na vovó Cynthia e nas coisas que ela estava me ensinando.
"Você a chama de 'vovó'?" Sua cabeça inclinou um pouco em curiosidade.

Assentindo, eu respondi: "Ela me disse para chamá-la assim, já que eu era seu único discípulo e
ela não tinha filhos."
"Entendo..." Ele parecia estar ponderando sobre isso.
Continuei, contando a ele sobre o treinamento rigoroso pelo qual passei e a dificuldade que tive
em melhorar minha magia de atributos de plantas por causa da falta de professores confiáveis.
Não havia outras raças que pudessem manipular mana de atributo de planta, e mesmo entre os
elfos havia muito poucas pessoas que eram habilidosas em magia de plantas. Algumas linhagens
nobres tinham capacidade para isso, mas geralmente acabavam se concentrando em outro
elemento. Aprender a magia das plantas era muito difícil.
“Então você é um especialista duplo em plantas e vento, hein? Uau, eu sabia que você seria
talentoso.” Sua admiração genuína me fez sentir orgulhoso. Muitas vezes recebi elogios
embelezados de todos os tipos de figuras importantes, mas fiquei surpreso ao perceber que
apenas um simples elogio dele poderia me deixar tão feliz. Ele continuou: “Não estou surpreso que
a diretora Goodsky tenha decidido ensinar você mesma.”
Eu queria que o tempo parasse, mas logo chegamos aos dormitórios. Por que eles estavam tão
perto do refeitório? Eles deveriam estar do outro lado da escola.
"Nós dois devemos dormir um pouco. Está ficando tarde e amanhã é um grande dia.”
Ele tocou meu braço suavemente, por apenas um momento, e queimou como se sua mão estivesse
imbuída de mana de atributo de fogo. Ele não poderia tê-lo segurado ali só mais um momento?
"Sim você está certo. Parabéns por se tornar um membro do comitê disciplinar, a propósito.” Eu
tentei o meu melhor para sorrir, mas me senti principalmente desapontada por nossa caminhada
ter sido tão curta.
Arthur apenas sorriu enquanto Sylvie pulava para trás em cima de sua cabeça. "Obrigado."

Olhei para suas costas quando ele começou a ir para seu dormitório. Para minha surpresa, ele se
virou depois de apenas alguns passos.
"Eu quase esqueci!" Ele puxou algo do bolso e pressionou na palma da minha mão. "Aqui. Isso
provavelmente vai te ajudar muito.” Soltando minha mão, ele me deu uma piscadela brincalhona,
então se virou para os dormitórios. Sylvie acenou com a patinha para mim quando ele saiu.
Ele nem me deu a chance de agradecê-lo.

Olhando para baixo, estudei o pequeno orbe verde maçante. Não parecia nada especial, mas
significou muito para mim só porque veio do Art. Conhecendo-o, porém, isso não era apenas uma
bobagem.
"Eu me pergunto..." Eu coloquei um pouco de mana no orbe e quase o deixei cair de surpresa,
minhas mãos tremendo incontrolavelmente.
"Isso... Isso é-!"
ARTHUR LEYWIN
— Papai, você está muito feliz. É porque você fez as pazes com a mamãe? Sylvie brincou
enquanto eu subia as escadas e voltava para o meu dormitório.
Pode, Silv. E você pode parar de chamá-la de "mamãe"? Eu belisquei a orelha do meu laço de
dragão, fazendo-a se contorcer.
Tessia e eu estávamos andando devagar e paramos muitas vezes enquanto conversávamos,
então era bem tarde. Abri a porta do quarto 394 com cuidado, para o caso de Elijah estar dormindo,
mas quase pulei de surpresa ao vê-lo sentado de pernas cruzadas, de frente para a porta, com os
olhos injetados.
"Oh. Vejo que ainda está acordado. Eu acenei desajeitadamente.
"Inferno sim, eu estou acordado." Ele cruzou os braços e usou o queixo para apontar para a minha cama,
sinalizando para que eu me sentasse.
Suspirei impotente. "Vá em frente", eu disse, ficando confortável enquanto meu melhor amigo
lançava sua enxurrada de perguntas.
Eram quase quatro da manhã quando ele terminou. Nós dois estávamos esparramados em nossas
camas, desgastados tanto física quanto mentalmente? Sylvie tinha

adormeceu horas atrás.

"Eu não posso acreditar que você estava abraçando ela." Ele estava balançando a cabeça.
"Eu te disse, eu a conheço desde que ela tinha cinco anos. Não é surpreendente que ela
se sinta mais confortável perto de mim,” eu disse.
Ele balançou a cabeça novamente. "Depois que você saiu, eu ouvi os alunos conversando.
Alguns deles suspeitaram que era o presidente que havia usado o feitiço da videira – ela é
a única que pode usar a magia das plantas tão bem. Você sabe como eles a chamam?”
Ele se sentou e olhou para mim.
"Não o quê?" Eu perguntei, um pouco interessado.
“Houve duas coisas que eu mais ouvi.” Ele se inclinou para mais perto. "Um: a Princesa
Intocável", afirmou.
"Intocável? Por quê? Ela é muito mais forte do que todos os outros?” Eu perguntei.
Mas ele me ignorou. “E dois: Deusa Lunar.”
"Huh? Por que 'Deusa Lunar'?” Eu ri dos apelidos juvenis.
“Porque ela é como a lua, Art. A lua parece estar tão perto que você pode agarrá-la, mas
não importa o quanto você tente, você nunca vai tocá-la. Mas você! Você tocou a lua. Você
abraçou a lua!” Ele agitou os braços em derrota e se jogou de volta na cama.
"Vá dormir," eu retruquei.

Nós dois estávamos cansados demais para tentar tomar banho, e minha cabeça já estava
doendo com o pensamento de quão cansado eu estaria de manhã, mas as memórias do
que aconteceu esta noite me mantiveram acordado. Fiquei me perguntando se tinha feito a
coisa certa no refeitório. Era um hábito que adquiri quando era rei – pensar demais em
minhas ações passadas e sempre planejar minhas ações futuras. Na cama ao meu lado eu
podia ouvir Elijah, dormindo profundamente, murmurando algo sobre a lua novamente.
"Acordar!" Dei um tapa na barriga de Elijah enquanto terminava de prender a alça de ombro
da faca que representava meu status como membro do comitê disciplinar.

"Uau!" Elijah ficou surpreso, mas gemeu quando percebeu o quão cansado estava e
quanta dor estava sentindo.
"Eu posso ver por que você não gosta de ser acordado assim," ele murmurou enquanto
esfregava o estômago.
Sorrindo para o meu amigo, eu caminhei até a porta. "Estou saindo agora, então se
apresse e prepare-se. Vejo você no primeiro período. Sem olhar para trás, acenei para
ele e fui em direção ao auditório. Eu iria me encontrar formalmente com todos os outros
membros do comitê disciplinar esta manhã e estava animado para ver que tipo de
pessoas eles poderiam ser.
Sylvie assentiu animada também, balançando a cabeça de um lado para o outro. Depois
de hoje, todos saberiam que eu fazia parte do comitê disciplinar. Sorri para mim mesma,
imaginando como ficariam os rostos do grupo Ravenpor depois que percebessem o
significado do meu uniforme.
Chegando ao auditório, endireitei minha camisa, colete e alça. Então abri a porta,
sentindo-me cansado, sonolento, curioso e um pouco excitado.

49
COMITÊ DISCIPLINAR
QUANDO ABRI a porta dos fundos do auditório, recebi uma saudação inesperada .
Meu cabelo foi jogado para trás por um rugido de gelar o sangue. Sylvie teve que se agarrar à
minha cabeça para evitar cair. Junto com o grito ensurdecedor da besta de mana que me
cumprimentou vieram balas de saliva que molharam meu rosto e parte superior do peito.
"Pronto pronto." Enquanto limpava o cuspe da besta de mana do meu rosto, eu acariciei
despreocupadamente seu focinho, que estava a poucos centímetros de distância. A criatura
tinha cerca de um metro e oitenta de altura de quatro. Seu corpo estava coberto por uma
espessa pelagem marrom-escura, e uma juba vermelha profunda circundava sua cabeça. Dois
dentes pontiagudos brotaram de sua mandíbula, tornando-o ainda mais ameaçador, mas
comparado à forma de dragão de Sylvie, eu só podia vê-lo como um gatinho crescido.
Mesmo Sylvie mostrou pouco interesse na besta de mana e apenas se acomodou em cima da
minha cabeça.
"Uau. Ele não ficou nem um pouco surpreso...” Por trás da besta de mana, um estudante
espiou. Ele parecia ser alguns anos mais velho do que eu, com cabelos grisalhos muito opacos,
quase brancos, que chegavam até as sobrancelhas. Seus olhos eram tão estreitos que eram
praticamente fendas, e o sorriso em seu rosto parecia mais zombeteiro do que agradável.
Embora magro e alto, sua estrutura geral parecia bastante frágil.
O que mais chamou a atenção, no entanto, foi seu uniforme. Era muito diferente do meu – na
verdade, diferente de qualquer outro que eu tinha visto até agora. Ele usava um vestido solto,

roupão cinza escuro estilo quimono que cobria seus braços e descia por seu torso? calças
pretas? e uma faixa dourada amarrada na cintura. Espreitando de seu manto estava a insígnia
que todos os membros do comitê disciplinar tinham que carregar, a faca de prata. Algo parecia
estranho sobre ele - algo que fez
eu cauteloso.
"Você é o último oficial de DC a chegar. Meu nome é Kai Crestless? Eu sou um quarto ano.
Apenas me chame de Kai.” Sua expressão não mudou nada, seus olhos ainda se estreitaram e
os lábios ainda sorrindo, mas ele deu um leve aceno, revelando uma mão que estava
completamente envolta em bandagens de modo que parecia que ele tinha luvas.
sobre.
"Olá. Meu nome é Arthur Leywin. Prazer em conhecê-lo." Apertei sua mão enfaixada.
“Bah! Mais um menino lindo e delicado! Por que não há mais homens de verdade neste comitê?”
Olhando em volta, vi a fonte da voz e imediatamente me lembrei do que Elijah me disse ontem
antes do jantar.
Uma anã com membros tão grossos quanto troncos de árvore saltou de seu assento e se
aproximou de mim. Ela veio até o meu peito, e as únicas indicações de seu sexo eram seus
longos cabelos castanhos e voz estridente, nenhuma das quais combinava com sua aparência
masculina.
"Parece que vamos trabalhar juntos, então é melhor eu me apresentar.
Sou Doradrea Oreguard, uma primeiranista, como você. Vamos nos dar bem, hein?” ela disse,
batendo firmemente nas minhas costas e enviando um choque pelo meu corpo. o que
potência.
"Arthur Leywin. Prazer em conhecê-lo,” eu respondi, esfregando minhas costas.
“Bem, vamos agora! Me siga. O resto dos oficiais de DC estão na outra sala. O diretor Goodsky
não nos deu nenhum detalhe, então todos estão curiosos.” Ela me conduziu por um corredor, e
Kai seguiu atrás de nós com a besta de mana.
"Todos! O último cara está aqui!” Doradrea gritou a plenos pulmões quando chegamos a uma
sala no final do corredor.

Dentro da sala gigantesca, que imaginei ser usada para eventos, vi outras cinco figuras.
Sem mais delongas, aproximei-me, oferecendo a todos uma saudação de uma só vez. “Meu
nome é Arthur Leywin. Acabei de começar na academia como um estudante de mago erudito.
Eu sou um aumentador de atributo dual elementar, capaz no vento e na terra.” Eu ofereci uma
breve reverência.
“Arthur Leywin?” A primeira pessoa que falou pareceu surpresa. Olhando em volta, vi um menino
que parecia ter cerca de dezessete anos. Seu cabelo cor de mogno estava espetado, fazendo-o
parecer quase um leão. Suas sobrancelhas ferozes em forma de espada combinadas com seus
fortes olhos castanhos para produzir um olhar marcante. Levei alguns segundos, mas logo
percebi quem ele era.
"Se bem me lembro, você deve ser o príncipe Glayder?" Quanto mais eu olhava para ele, mais
confiante eu ficava de que ele era Curtis Glayder, filho do rei de Sapin.
"Dificilmente posso me chamar de príncipe agora que os três reis e rainhas dispensaram seus
títulos e se tornaram o Conselho. Apenas me chame de Curtis. A voz dele
era carismático, carregando uma certa profundidade. Sua expressão estava um pouco perturbada,
porém, sem dúvida porque o guarda de seu pai havia causado alguns problemas para mim na
última vez que nos encontramos.
“Prazer em vê-lo novamente, Curtis. Você deve estar no quinto ano agora, certo? Eu respondi
alegremente, o que aliviou seu olhar perturbado.
"Sim! Aumentador de atributo de fogo do quinto ano e domador de feras. Prazer em vê-lo
novamente,” ele anunciou enquanto apertamos as mãos. O uniforme de Curtis parecia muito
mais intrincado do que o manto folgado de Kai? lembrou-me um uniforme militar antiquado sem
o boné. Seu blazer preto tinha detalhes em cinza escuro e botões dourados. Um cordão de estilo
militar se estendia do ombro direito até a gola do blazer, dando-lhe um ar refinado e feroz.
“Ah.” Tudo clicou quando a fera de mana que me cumprimentou com tanto entusiasmo sentou-
se atrás de Curtis. "Aquele leão do mundo deve ser aquele que seu pai adquiriu no leilão há
vários anos. Ele me deu bastante

Bem-vindo."
“Kai usou Grawder para assustar você?” Ele lançou um olhar para Kai, que apenas deu de ombros. "Sim,
eu lembro que você estava conosco quando o compramos ainda filhote. Formamos um contrato de igualdade
no ano passado depois que ele alcançou a classe A”.
Ele tentou soar humilde, mas eu poderia dizer que ele estava extremamente orgulhoso de se chamar de
domador de feras. Eu não podia culpá-lo? realmente foi uma grande façanha, especialmente porque ele foi
capaz de formar um contrato de igual para igual em vez de um contrato de mestre-servo com sua fera.
Olhando de perto, Curtis e seu leão do mundo pareciam estranhamente semelhantes. O cabelo de Curtis e
a crina de Grawder eram de cores comparáveis, e ambos tinham uma aparência feroz.
"Parece que seu vínculo mudou um pouco também", disse ele, esfregando o queixo.
“Embora pareça mais ou menos do mesmo tamanho.” Enquanto ele estudava Sylvie, que tinha adormecido
na minha cabeça, analisei sua circulação interna de mana. Curtis não parecia ter passado por assimilação,
já que a fera do leão do mundo não será forte nele.
"Sim, a taxa de crescimento dela parece terrivelmente lenta", eu disse casualmente.
"Não se preocupe com isso. Embora existam alguns alunos aqui que têm vínculos, a maioria deles não são
domadores de feras – e menos ainda têm contratos iguais.” Ele deu um tapinha no meu ombro como se
quisesse me confortar.
“Você se lembra da minha irmã, Kathyln, certo?” Ele continuou. A linda, pequena garota de cabelos pretos
me deu uma reverência silenciosa.
Eu dei uma simples reverência em resposta. "Eu faço. É um prazer vê-lo novamente.” Ela tinha crescido
para se parecer muito com sua mãe. O forte contraste de sua pele de porcelana impecável e seu cabelo
preto, olhos escuros e cílios longos a faziam parecer uma boneca. Ela estava vestida de maneira muito
parecida com o irmão, exceto que, em vez de calças, ela usava uma saia que chegava logo acima dos
joelhos. A única garota que eu tinha visto até agora na academia que não usava saia era Doradrea.
“Prazer em conhecê-lo novamente, Arthur. Eu também sou uma estudante do primeiro ano, chegando como
uma estudante de mago erudita. Eu sou um conjurador especialista único em magia de atributo de gelo.”
Ela se curvou novamente, sua expressão dura como pedra.

Entendo... Ela é uma desviante!
"Acho que sou o próximo, embora o pedido esteja cancelado. Meu nome é Claire, Claire Bladeheart”,
disse uma jovem encantadora com cabelos ruivos escarlates que desciam até o queixo. Claire usava
um uniforme de estilo militar também, mas em vez de um cordão dourado como os irmãos Glayder, sua
roupa tinha dragonas douradas – basicamente ombreiras ornamentais – em ambos os ombros, junto
com um colarinho reto e embelezado que circundava seu pescoço. Sua saia cinza claro com detalhes
dourados e botas de cano alto davam a seu uniforme uma sensação muito mais régia em comparação
com o meu simples. “Com as novas mudanças no sistema de notas escolares, sou considerado um
estudante de mago de batalha do sexto ano. Tenho atributos duplos no fogo e no vento, e também sou
o líder do comitê disciplinar. Eu sou um ampliador como você, então apenas me pergunte se você tiver
alguma dúvida!” Esta veterana exalava positividade e paixão de seus próprios poros.
Tentei me imaginar em um uniforme como o de Curtis ou o de Claire e estremeci com o pensamento.
Enquanto eles ficavam ótimos neles, eu estava feliz que os uniformes dos oficiais de DC foram feitos
sob medida para as preferências de cada indivíduo e que o Diretor Goodsky tinha feito o meu muito
mais simples.
Levou um segundo para registrar por que seu nome soava tão familiar. "Você talvez seja parente de
Kaspian Bladeheart?" Eu perguntei.
"Eu sou! Você conhece meu tio?” Ela inclinou a cabeça para um lado.
"Não. Acabei de ouvir muitas coisas boas sobre a força de Kaspian Bladeheart dos ex-membros do meu
pai.” Dei-lhe um sorriso caloroso enquanto ela assentiu em compreensão.
“Isso é muito gentil de sua parte dizer! Meu tio começou a me treinar assim que acordei, então muitas
das minhas técnicas são parecidas com as dele. Claro, ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas
estou feliz que você reconheça o nome dele.” Ela baixou a mão para o punho dourado do florete
amarrado em seu lado esquerdo.
“Há muito tempo que não nos vemos, Arthur Leywin!” Um elfo alto e loiro que parecia ser alguns anos
mais velho que eu se aproximou, cruzando os braços enquanto olhava para mim.

"Peço desculpas... Eu conheço você?" Eu não tinha ideia de quem era esse elfo — então
Sylvie transmitiu mentalmente a informação. “Ah—Feyfey!” Apontei para ele surpresa.
Rapaz, ele tinha ficado grande. Ele era pelo menos uma cabeça mais alto do que eu e
acabou sendo um menino bonito.
O rosto de Feyfey instantaneamente ficou vermelho como beterraba, e ele colocou as duas
mãos em meus ombros. “É Feyrith. Feyrith Ivsaar III. Posso ser uma primeiranista como
você, mas ainda sou alguns anos mais velha que você, então não me chame por apelidos.
Aliás, sou um mágico especialista em água. Eu podia ver as veias salientes em sua testa.
"É claro! Já faz muito tempo,” eu exclamei enquanto apertava sua mão. Ele retribuiu o
cumprimento com cautela, como se não soubesse o que esperar de mim.
Seu uniforme era preto sólido com listras douradas em seus ombros. Era mais simples que
o de todos os outros, mas combinava bem com ele.
“Por último, mas não menos importante, este é Theodore Maxwell.” Claire se colocou entre
mim e Feyrith e dirigiu minha atenção para o último membro.
“Hmph. Parece que o comitê disciplinar se rebaixou o suficiente para recrutar idiotas.
Quando Theodore se levantou, eu poderia jurar que ele era um urso. Ele tinha pelo menos
um metro e oitenta de altura, facilmente a mesma altura de Grawder. Seu uniforme era
apenas um colete, que estava desabotoado para revelar seus músculos salientes.
Pelas costuras rasgadas nas cavas, presumi que não tinha sido originalmente projetado
como um colete.
Ele parou na minha frente e colocou a mão no meu ombro, e de repente eu senti meu
próprio peso aumentar várias vezes. Meus pés começaram a afundar, o chão ao meu redor
começou a rachar. Ele era um desviante capaz de manipular a gravidade.
Meu corpo foi capaz de resistir, graças à assimilação pela qual passei com a vontade de
dragão de Sylvia, mas não sem protesto. Eu me fortaleci ainda mais com mana quando
tirei sua mão do meu ombro, meus olhos travando nos dele.
Ele queria me testar?

“Hmph.” Notando o olhar frio e sem palavras que eu dei a ele, Theodore soltou seu aperto
e foi embora, murmurando: "Nada mal".
Um apito soou do grupo de alunos.
“Arthur tem coragem. Feyrith caiu de joelhos quando Theodore fez isso com ele,” Kai riu
do lado.
“Eu sou um conjurador e Arthur é um aumentador. Por favor, não me compare com
brutos como você,” Feyrith atacou, seu rosto vermelho de vergonha.
"Agora Agora. Estou animado com o que este semestre nos trará! Nós vamos ser um
time a partir de agora, pessoal! Teremos muitas chances de nos unirmos e nos
aproximarmos, então vamos esperar por isso!” Claire falou com uma voz alegre quando
ela estendeu a mão.
"Estou ansioso para isso." Kai colocou sua mão enfaixada em cima da de Claire, seu
rosto ainda exibindo um sorriso zombeteiro.
"Ei! Parece que vamos ter alguns momentos interessantes.” Doradrea ficou na ponta dos
pés para colocar sua mão musculosa em cima da de Kai.
“Sim, vamos fazer o nosso melhor.” Curtis também colocou a mão, Kathyln seguindo o
exemplo sem dizer nada.
Eu tinha acabado de conhecer todo mundo e já estava cansado. "Tenho certeza que vai ser
uma explosão", eu respirei enquanto colocava minha mão em cima da de Kathyln. Sylvie
correu pelo meu braço e colocou a pata também.
Theodore colocou sua mão enorme em cima da pata de Sylvie e na minha mão, fazendo
todo o círculo tropeçar um passo à frente. Ele deu um aceno silencioso, e Claire abriu
um grande e confiante sorriso e gritou: “Para nós! O comitê disciplinar!”
"Ei!"
"Antes de começar a correria do clube, o conselho estudantil gostaria de apresentar

formalmente a vocês, alunos desta academia, um grupo que foi escolhido pessoalmente
pelo diretor para resolver e prevenir disputas entre os alunos, bem como aplicar punições
para encrenqueiros. Enquanto o conselho estudantil

principal trabalho é ajudar o diretor a garantir que esta academia e os eventos realizados
aqui funcionem sem problemas, o objetivo desse grupo permite que eles usem magia
adequadamente para manter a paz e a segurança dos alunos, seja contra outros alunos ou
invasores. Por favor, junte-se a mim para dar as boas-vindas ao comitê disciplinar!” A voz
de Tessia soou em suas últimas palavras.
O auditório se encheu de aplausos quando as cortinas vermelhas à nossa frente foram
levantadas. Ficamos ali, ombros retos e mãos coladas ao lado do corpo. Eu tive que admitir
que com pessoas como Curtis, com Grawder atrás dele, Theodore, Claire e até Feyrith, nós
éramos uma visão impressionante em nossos uniformes de cores coordenadas.
Olhei para Tessia e percebi que ela estava olhando para mim, mas assim que nossos olhos
se encontraram, ela rapidamente virou a cabeça. Enquanto estávamos na frente dos alunos
da Xyrus no palco, lado a lado, pegamos nossas facas e as estendemos à nossa frente para
que a insígnia aparecesse. Desembainhando nossas facas, passamos a oferecer uma
pequena reverência em grupo antes de saudar a multidão.
Claire fez um pequeno discurso em nome do comitê disciplinar e então todos nós fomos
para o fundo do palco, deixando a multidão com emoções confusas.
Para alguns alunos, o comitê disciplinar serviria como uma algema para proibir seu
comportamento mimado. Para outros, seríamos um escudo protegendo
eles da ameaça de dano.
De qualquer forma, seria um ano letivo interessante.

50
AULAS E PROFESSORES
“Ei , esse não é um dos oficiais de DC? Acho que o nome dele era Arthur, certo?
“Ele não é apenas um primeiro ano? Como ele conseguiu entrar no comitê disciplinar? Ele deve
ter conexões ou algo assim.
"Que idiotice. Mesmo que ele tenha conexões, ele ainda teria que ser muito forte para estar no
comitê disciplinar.”
"Ele é meio fofo, não?"
“Sim, ele é totalmente meu tipo.”

“Aquela raposa branca em cima de sua cabeça é tão adorável!”
Sentei-me no fundo da sala de aula com Elijah ao meu lado. Os murmúrios e sussurros constantes
que ecoavam nas paredes faziam minha cabeça doer. O professor da nossa primeira aula,
Fundamentos da Teoria do Mana, ainda não havia chegado, e as discussões sobre a cerimônia
desta manhã pareciam intermináveis.
"Olhe como você é popular, Sr. Oficial de DC.” Elijah me cutucou com o cotovelo enquanto me
dava um sorriso sarcástico.
Antes que eu tivesse a chance de responder, um homem — o professor, eu presumi — entrou
confiante na sala.
Ele parecia muito jovem - em seus trinta e poucos anos, no máximo. Seu cabelo castanho estava
arrumado e penteado com uma grande parte. Seu rosto estava recém barbeado para revelar uma
mandíbula estreita. Ele estava mais magro, mas não fora de forma. Suas proporções eram boas
para um mágico, que a varinha presa ao seu lado o identificava.

Ele usou a pasta que segurava como um martelo, batendo-a no pódio antes de falar.
"Agora, agora... eu percebo que há muitas coisas maravilhosas para falar, mas você
não é muito bom em fofocar. Se o assunto da conversa está na mesma sala e pode
ouvir o que você está dizendo, então realmente não é fofoca, é? Ele olhou em minha
direção e me deu uma piscadela. Eu balancei minha cabeça em derrota.
Alguns dos alunos se encolheram de vergonha, mas a maioria deles apenas riu.
“Meu nome é Professor Avius, e devo dizer que é ótimo conhecer todos vocês.
Esta é tecnicamente uma aula básica e alguns podem achar que é desnecessária? Eu,
por outro lado, acredito que esta classe é a base para o que fará de você um grande
mago. Não faremos muitos castings, mas haverá tarefas e projetos divertidos que eu
atribuirei ao longo do caminho. Isso é algo que podemos esperar!”
A classe explodiu em um gemido sincronizado com o pensamento de fazer projetos.

Eu não conseguia imaginar que tipo de projetos ele iria designar para crianças de doze
a quatorze anos, mas achei que deveriam ser bem fáceis.
"Nessa nota, acho que hoje é um bom dia para fazer uma palestra. Ninguém vai ficar
mais jovem, então absorva o máximo de conhecimento que puder enquanto seu
cérebro ainda está fresco! Pegue seus cadernos e utensílios de escrita.” Seu rosto fino
se enrugou enquanto ele sorria.
Elijah ajustou os óculos e prontamente pegou um caderno e uma caneta novos e
ansiosamente escreveu o título da aula e a data de hoje. Eu apenas me inclinei para
frente e descansei meu queixo na minha mão para ouvir.
"O tópico de hoje se concentrará na segregação entre conjuradores e aumentadores".
Ele escreveu desajeitadamente no quadro-negro. “Há uma discriminação profundamente
enraizada contra os ampliadores por conjuradores na premissa de que os ampliadores
são 'brutos' ou 'selvagens' que só podem lutar se sujando”. Ele usou os dedos para
citar no ar. "Este é um estigma bastante ignorante, do qual todos deveriam se livrar
aqui e agora." Ele

inclinou-se para frente, seu rosto ficando sério.

Suas palavras causaram alguns murmúrios de desacordo e alguns de reconhecimento.
"Falando como um conjurador, é bobagem dizer que estamos acima dos aumentadores
simplesmente porque nossos corpos são mais adequados para influenciar mana
remotamente, já que essa vantagem está presente apenas enquanto estamos em níveis
mais baixos." Ele rabiscou alguns pontos-chave no quadro-negro. “Quando o núcleo de
mana de um mago atinge o estágio de prata, tanto em conjuradores quanto em
aprimoradores, a capacidade de manipular mana se torna muito menos restrita. Há menos
distinção entre o uso de veias de mana e canais de mana, porque a pureza da mana
produzida pelo nosso núcleo de mana nos permite manipular livremente a mana
remotamente e diretamente.” Ele sublinhou as palavras 'remotamente' e 'diretamente' e
circulou 'menos de distinção'.
Ouvi Elijah fazer um 'ooh' de compreensão, e ele rabiscou furiosamente a declaração em

seu caderno.
Esse professor pelo menos sabia do que estava falando. Durante o treinamento, eu me
tornei cada vez mais consciente de que nos estágios mais elevados do cultivo do núcleo
de mana, havia de fato menos distinção verdadeira.
“Então me diga, turma: se, no final, dois magos – um conjurador e um aprimorador –
alcançarem o estágio de núcleo prateado, quem teria a vantagem?
Eu digo que seria igualado, ou mesmo que o ampliador teria uma vantagem.” Esta
declaração evocou um protesto ainda mais alto dos alunos.
"Antes de me derrubar, pense nisso: até o palco prata, supondo que tenhamos o talento e
a sorte necessários para chegar lá, tanto os conjuradores quanto os aprimoradores treinam
no desenvolvimento de sua magia. No entanto, os ampliadores também treinam em
combate corpo a corpo, refinando seus corpos junto com suas habilidades desde o
momento em que despertam, que geralmente é durante os anos pré-púberes. À medida
que o aprimorador se torna mais forte e atinge os estágios posteriores de seu núcleo, ele
continuará a desenvolver suas habilidades de longo alcance, embora elas possam ser inferiores a um

conjurador neste momento.

"No entanto, à medida que o aprimorador se aproxima cada vez mais do auge de seu
desenvolvimento central, lançar feitiços de longo alcance se tornará cada vez mais natural, e o
aprimorador, naturalmente, ainda manterá suas habilidades de combate. Então, me diga - os
conjuradores são realmente o tipo de mago mais nobre e dominante?
"Alguns magos antiquados continuam acreditando que os conjuradores são manipuladores de mana
superiores, mas a diretora Cynthia e muitas outras figuras influentes neste continente estão tentando
mudar essa suposição. Eu imploro a vocês, jovens, que tenham isso em mente. Amplificadores, não
deixem isso subir à cabeça – neste estágio, vocês ainda estão claramente em desvantagem contra
os conjuradores. Conjuradores, não fiquem deprimidos com esta notícia - desenvolvam suas
habilidades de combate. Embora possa ser mais difícil para você se defender sem a competência
natural de forjar mana ao redor de seu corpo, você ainda pode usar feitiços para fortalecer seu
corpo. Então aprenda a lutar corpo a corpo.” Ele fechou suas anotações e olhou ao redor, deixando
um momento de silêncio para digerirmos o que acabamos de ouvir.
"Alguma pergunta?" ele perguntou, nos dando um sorriso caloroso.

A mão de Elijah imediatamente se ergueu, e o professor apontou para ele.
“Professor, se o que você está dizendo é verdade, quais seriam realmente os resultados finais para
as duas categorias de magos, quando atingirem o estágio prata ou superior?” ele perguntou sério.
O professor olhou para suas anotações antes de responder. “Boa pergunta...Elijah Knight. O
resultado final são dois magos com preferências diferentes em estilos de luta. O conjurador neste
estágio será capaz de imbuir seu corpo com mana - assim como um ampliador pode em estágios
inferiores - mas seu estilo de luta se inclinará mais para o combate de longo alcance, usando muitas
camadas de feitiços para contornar e enganar um ampliador, que podem ser mais adeptos se
chegarem perto.” Ele escreveu alguns dos pontos principais de sua explicação no quadro-negro.
"Quanto ao ampliador, embora feitiços de longo alcance se tornem mais naturais para eles, assim
como os conjuradores nesta fase, eles geralmente se inclinam mais para

lutando de perto e usando feitiços de projéteis mais diretamente.

Afinal, os ampliadores não estão tão acostumados a combates remotos quanto os
conjuradores que, para se distanciar de ameaças de curto alcance, preparam muitas
camadas de feitiços por meio de multi-conjuração e conjuração em cadeia.” Ele circulou as
palavras-chave para nos lembrarmos.
Elijah apenas assentiu em compreensão enquanto escrevia, quase palavra por palavra, a
explicação do professor.
Houve mais algumas perguntas de vários colegas, então o sino na torre gigante tocou. O
professor encerrou a discussão e nos preparamos para nossa próxima aula.
"Vejo você no almoço, então?" Elijah perguntou enquanto arrumava sua bolsa.
"Claro. A pessoa que chega primeiro guarda um lugar na fila para o outro.” Dei um tapinha
nas costas do meu amigo antes de sair pela porta.
Enquanto caminhava pelo salão lotado, senti alguns olhares aqui e ali enquanto as pessoas
reconheciam a mim ou ao meu uniforme. No caminho para minha próxima aula, Manipulação
Prática de Mana, vi alguns alunos que tinham vínculos.
A maioria não era muito impressionante, como o rato com chifres que vi no ombro de um
aluno, mas havia algumas feras bastante grandes que os alunos exibiam com orgulho. Um
menino - talvez quinze anos, seu queixo projetando-se orgulhosamente - cavalgava pelos
corredores em cima de um lagarto gigante. Eu não sabia como a criatura era chamada, mas
a julgar pela quantidade de mana dentro de seu núcleo de besta, não poderia ter sido mais
do que uma besta de mana classe C.
Quando cheguei à minha próxima aula, notei imediatamente que o layout desta sala era
muito diferente. Tinha a forma de uma arena em miniatura, com uma plataforma de batalha
no meio envolta em um campo de barreira e fileiras de assentos circulando
em torno dele.
Escolhi um lugar aleatório e me sentei. — Estou com fome — resmungou Sylvie, batendo a
cabeça com impaciência em cima da minha.
Sim eu também? o almoço ainda está um pouco longe. Você quer ir e pegar alguma coisa?

Sylvie assentiu e saiu correndo a uma velocidade que me assustou. Ela era surpreendentemente
rápida quando se tratava de comida.
A sala começou a se encher de alunos depois de alguns minutos. Enquanto a maioria era do
primeiro ano, havia alguns do segundo ano que, eu assumi, decidiram fazer essa aula mais
tarde.
"Posso me sentar aqui?" Virei a cabeça para encontrar Kathyln parada ao meu lado em seu
uniforme do comitê disciplinar.
"Claro vá em frente." Tirei minha bolsa do assento ao meu lado para que ela pudesse se sentar.
Sua expressão não mudou, mas ela me deu uma leve reverência antes de endireitar
cuidadosamente a saia com um gesto refinado, então se sentou.
“Bem, olhe quem temos aqui! Se não for a princesa Kathyln e meu rival, Arthur Leywin. Da porta
na frente da sala, Feyrith caminhou confiante em direção a Kathyln e a mim.
Desde quando ele se tornou meu 'rival' - e um rival em quê, exatamente?

"Você não está falando alto esta manhã." Eu inclinei minha cabeça em minhas mãos enquanto eu olhava
para ele.
"Bem, é uma bela manhã. A cerimônia de boas-vindas não o deixou animado?” Ele resmungou
enquanto se sentava do meu outro lado.
Por que ele estava sentado ao meu lado? Achei que ele não gostava muito de mim.
"Embora seja um pouco tarde da manhã, ainda é tecnicamente de manhã, então...
Bom Dia!" Um homem otimista vestindo armadura leve bateu palmas para chamar a atenção de
todos. Ele era volumoso, parecendo mais um aventureiro de classe baixa do que um professor,
mas quando inspecionei seu nível central de mana, fiquei surpreso ao ver que ele era amarelo
claro.
"Bem, nós temos uma multidão de estudantes. Eu sabia que minha classe seria popular, mas
estou honrado por ter tantos alunos. Meu nome é Professor Geist. Bem-vindos, senhoras e
senhores, e bem-vindos, oficiais de DC. É um privilégio tê-lo em minha turma.” Eu não sabia
dizer se ele estava sendo sarcástico quando nos deu as boas-vindas, mas preferi não ser
incomodada.
O professor passou a maior parte de uma hora revisando sua

realizações como um aventureiro, nos regalando com histórias mostrando sua

competência em magia e espada enquanto estava no fundo de alguma masmorra
perigosa contra um 'inimigo temível'. Finalmente, o professor Geist bateu sua espada
embainhada no chão, acordando aqueles que cochilaram durante sua exultação.
"Chega de mim, porém," ele exclamou em sua voz grave. “Isso é Manipulação Prática
de Mana, ou PMM, como gosto de chamar. Isso significa que vamos fazer as coisas de
forma muito prática. 'Praticamente', na minha definição, significa 'através do exemplo',
porque que melhor maneira de aprender do que através da experiência prática, certo?
"Eu sei que a maioria de vocês é do primeiro ano, e muitos de vocês podem ter
despertado há pouco tempo. Agora, muitos pais hoje em dia se dedicam a ensinar seus
filhos assim que acordam antes de mandá-los para a academia. No entanto, por uma
questão de igualdade, devo assumir que todo primeiro ano é um iniciante na manipulação
de mana – com algumas exceções, é claro, como os três sentados bem ali.” Ele apontou
para nós três e nos deu uma piscadela, chamando a atenção de todos na sala.
"Tenho certeza de que todos estamos curiosos para saber que tipo de habilidade os
membros do nosso recém-formado DC podem se orgulhar. Afinal, eles serão
responsáveis por proteger os alunos da academia, certo?” Vários gritos de concordância
soaram ao redor da sala.
Suspirei interiormente, percebendo que o professor ia tornar esta aula um verdadeiro pé

no saco para mim. Até o rosto normalmente inexpressivo de Kathyln mostrou uma
contração de aborrecimento.
“Bem, se o professor Geist insistir.” Feyrith se levantou de sua cadeira, colocando a
mão direita sobre o coração orgulhosamente. "Em nome do comitê disciplinar, cujos
membros foram escolhidos pessoalmente pelo diretor Goodsky, eu mesmo me oferecerei
para demonstrar as habilidades de nosso grupo."
Oh irmão.
“É mais assim!” o professor disse com uma risada calorosa. “Feyrith,

correto? Desça ao palco”.

Feyrith saltou sem esforço de seu assento para a arena de batalha no centro da grande
sala de aula. Alguns dos alunos torceram por ele, enquanto outros estavam ansiosos por
sangue.
O professor esfregou o queixo, estudando-o. "Hum. Pelo meu palpite, você é um mágico de
palco laranja claro com especialização em água, correto? Muito bom para um garoto de
quinze anos, mesmo sendo um elfo.
"Está correto. E pelo fato de eu não poder sentir seu nível central de mana, presumo que
seu nível deve ser um pouco maior que o meu. É uma honra receber sua tutela.” Embora a
resposta de Feyrith tenha sido muito educada, ele tinha um tom ligeiramente arrogante,
como se sugerisse que, embora o professor fosse de nível superior, ele poderia se defender
contra ele.
"É claro! Agora, estou no estágio de nível amarelo claro, então, para tornar as coisas mais
justas, usarei apenas ataques de longo alcance nesta demonstração.” Ele puxou uma
espada de duas mãos de um item de dimensão preso à fivela de seu cinto
e esfaqueou-o no estádio atrás dele.
Eu poderia dizer que Feyrith estava prestes a protestar que não era necessário, mas antes
que ele pudesse, o professor Geist acrescentou: "Dessa forma, se eu perder, pelo menos
terei uma desculpa. Por favor, dê alguma folga a este velho.” Ele piscou para Feyrith
enquanto os outros alunos riam.
Ele parecia sincero, mas eu poderia dizer que ele estava confiante em vencer Feyrith,
mesmo com essa desvantagem.
“Feyrith vai perder,” Kathyln disse suavemente.
"Oh sério? Como você sabe?" Para mim, era apenas um pressentimento, mas Kathyln
parecia ver algo que eu não via.
Ela não respondeu, então eu apenas voltei a observar os preparativos para a batalha
simulada.
"Deixe-me montar rapidamente a barreira antes de começarmos, para que nosso público
esteja a salvo de projéteis de mana." O professor murmurou alguns encantamentos, e um
espaço ao redor da arena começou a brilhar fracamente. "Comecemos!" Ele sorriu como

Feyrith pegou sua varinha e se preparou para um feitiço.

“Serpente Aquática!” Uma corrente de água circulou ao redor de Feyrith e se moldou na
forma de uma cobra gigantesca. "Domínio da Inundação", disse Feyrith, desencadeando um
feitiço de domínio - uma técnica de nível superior para tornar o território mais vantajoso para
o mago lançador - imediatamente após a formação do feitiço da serpente da água. Logo, uma
poça de água subiu até os joelhos na arena, e a serpente da água mergulhou nela.
“Bola de fogo,” o professor Geist disse para minha surpresa. Esse feitiço de baixo nível, que
todo mago com atributo de fogo conhecia, se formou na palma da mão do Professor Geist -
mas em vez da cor laranja avermelhada normal, o feitiço brilhava em um azul escuro.
Surpreendeu-me que um ampliador fosse capaz de identificar e aplicar a teoria por trás das
propriedades do fogo, quando mesmo os conjuradores mais inteligentes tinham problemas
para usá-lo com eficiência.
A bola de fogo azul saiu da mão do Professor Geist e voou em direção a Feyrith, que parecia
não ter ideia de quão forte aquele feitiço realmente era. "Você vai ter que fazer melhor do que
isso, professor!" Feyrith segurou sua varinha para cima e manipulou a camada de água no
chão para formar uma parede grossa na frente dele. Ao mesmo tempo, o feitiço da Serpente
da Água que Feyrith conjurou irrompeu da água ao lado do Professor Geist e se lançou sobre
ele.
Nosso professor convocou uma chama azul, que envolveu seu braço esquerdo, e se preparou
contra a força do feitiço de Feyrith. Quando a serpente d'água atingiu o Professor Geist, uma
nuvem de vapor irrompeu, escondendo-o da vista.
Enquanto isso, a bola de fogo azul colidiu com a parede de água. O feitiço do professor
atravessou a defesa de Feyrith com um silvo agudo, diminuído, mas não destruído pela
barreira.
O rosto de Feyrith empalideceu quando percebeu que estava indefeso contra a bola de fogo,
mas conseguiu formar outra camada de água à sua frente, reagindo bem a tempo de minimizar
o dano.
"Uau!" A bola de fogo foi reduzida ao tamanho de uma unha quando atingiu Feyrith, mas
ainda deixou um buraco no uniforme protetor que ele estava usando.

vestindo e o derrubou alguns passos antes que ele tropeçasse nele

bunda.
“Você se rende?” O professor Geist deu um largo sorriso enquanto saía da nuvem de vapor,
fazendo malabarismos com mais duas bolas de fogo azuis em sua mão.
“Sim, eu admito.” Feyrith caminhou de volta para nós, sua cabeça pendurada em vergonha e seu
uniforme encharcado.
Os alunos começaram a murmurar entre si, expressando dúvidas sobre se os membros do comitê
disciplinar eram realmente capazes de protegê-los.
"Você fez bem, Feyrith." Dei um tapinha nas costas do elfo. E ele se saiu bem, considerando que
não sabia o que estava enfrentando. O que esse professor estava tentando fazer nos fazendo de
tolos aqui? Ele estava apenas provocando seus alunos para aumentar seu ego?
“Alguém mais gostaria de ser voluntário?” ele disse, olhando para Kathyln e para mim.
Eu estava prestes a levantar minha mão, mas Kathyln de repente se levantou de seu assento. Ela
curvou-se formalmente para o professor, então entrou levemente na arena.

51
AULAS E PROFESSORES II
“KATHYLN GLYDER. Devo dizer que é uma honra tê-lo em minha humilde classe.”
O professor Geist fez uma reverência profunda e exagerada. "Quaisquer que sejam
os resultados desta 'demonstração', por favor, não os use contra mim."
Com a expressão fria inabalável, Kathyln apenas assentiu, puxando seu cajado do anel dimensional em
seu dedo mindinho.
"Muito bom. Prossigamos!” O professor bateu palmas, o fogo acendendo entre suas palmas.
Sem dizer uma palavra, Kathyln ergueu seu cajado azul-celeste. Antes que o Professor Geist tivesse a
chance de soltar sua bola de fogo, duas lanças de gelo se formaram ao redor de Kathyln.
"Fogo", ouvi Kathyn dizer, e os dardos correram em direção ao nosso professor.
Então ela decidiu partir para a ofensiva, atacando o Professor Geist antes que ele a atacasse.
Um leve sorriso rastejou pelo rosto do nosso professor quando ele levantou as mãos – que ainda
estavam em chamas – para bloquear as lanças de gelo.
Quando os dardos de gelo tocaram o fogo em suas palmas, eles instantaneamente começaram a
derreter, desaparecendo com um silvo agudo.
"Ice Javelin", ela murmurou novamente, e desta vez cinco dardos giratórios se formaram perto de
Kathyln.
"Incêndio." Sua expressão permaneceu gelada, como uma serpente enrolada pronta para atacar.
"Impressionante! Como eu esperaria de nossa princesa,” Professor Geist disse com um sorriso enquanto
a classe se inclinava para frente para ter uma visão melhor deste encontro. Desde

a maioria dos alunos era do primeiro ano, eles ainda não estavam no nível em que seriam capazes
de conjurar algo assim, muito menos fazê-lo instantaneamente e com um controle tão impecável.
Nosso professor se concentrou enquanto as cinco lanças disparavam em sua direção, prontas para
perfurá-lo se não fossem combatidas.
“Fogos de Brasa!” O professor Geist terminou de preparar seu feitiço bem na hora, pulando para trás
e liberando pequenos orbes flutuantes de chama azul.
Não foi este o feitiço que Lucas usou durante seu exame de classificação?
“Quebre,” Kathyln murmurou, e ela desejou que seus cinco dardos de gelo se quebrassem em um
número incontável de pequenos e afiados fragmentos de gelo.
"Incêndio!" Professor Geist, seu rosto não tão presunçoso quanto antes, comandou seus orbes de
fogo azul para explodir seu oponente. Kathyln, enquanto isso, estava tão focada em terminar seu
feitiço final que ignorou os fluxos de fogo azul. Eu pulei do meu assento e corri em direção à
plataforma, construindo
uma explosão concentrada de mana do atributo vento enquanto eu ia.
“Tornado de Gelo!” A voz de Kathyln se encheu de um leve pânico quando ela percebeu, ao terminar
seu feitiço, que estava prestes a receber o impacto do ataque de Geist.
Quando o tornado de fragmentos de gelo começou a girar em torno dele, o professor ficou
visivelmente nervoso — ele parecia ter percebido que Kathyln não estava tentando se defender.
Geist cancelou o feitiço, mas apenas os fiapos de brasa desapareceram. Ele não podia chamar de
volta os fluxos de fogo azul que atiraram na princesa. Assim como eles a teriam atingido, empurrei
uma mão através da barreira e soltei uma rajada de vento, que empurrou Kathyln para o lado. O fogo
atingiu o interior da barreira atrás dela, dispersando-se inofensivamente.
Geist usou o Scorch Field para criar uma camada de calor ao redor de seu corpo, derretendo os
fragmentos de gelo que o circundavam. Ele sofreu alguns arranhões leves, mas nem pareceu notar.
Quando os fragmentos de gelo que bloqueavam sua visão derreteram, ele olhou rapidamente em
volta procurando a princesa.
Em vez disso, ele me encontrou de pé entre eles. Quando fizemos contato visual eu

vi-o tremer com o meu olhar maligno. "Eu acho que esse seu joguinho já durou o suficiente,
você não concorda?" Eu mantive minha expressão dura, olhando para ele sem remorso.
"Embora eu aprecie sua preocupação com a princesa, é desnecessário. Eu tenho tudo sob
controle,” ele respondeu, uma fraca tentativa de bravata. Ele claramente não queria perder
a cara no primeiro dia na frente de todos os seus alunos.
"Sob controle?" Minha testa se contraiu e eu sabia que minha raiva era claramente visível.
"Sim. Você realmente acha que eu, um professor desta estimada academia, realmente
colocaria um de meus alunos em perigo? ele disse, tentando projetar calma.
O idiota realmente queria afirmar que tinha tudo sob controle. Eu já sabia de assistir Lucas
que uma vez que os fogos-fátuos lançassem seus raios de fogo, não poderia ser cancelado,
mas desde que Kathyln não tinha se machucado, eu não podia refutar diretamente sua
afirmação.
"Eu vejo. Nesse caso, permita-me tomar o lugar do meu colega nesta manifestação.”
“Bem, se você insiste. Parece que assustei a princesa com meu último feitiço.
Se você não tivesse interrompido, você teria visto que eu estava prestes a cancelar o feitiço.
Eu odiaria que qualquer um dos meus alunos entendesse mal e pensasse que eu estava
realmente tentando machucá-la.”
Mesmo agora, esse professor incompetente estava tentando defender sua posição, e eu já
podia dizer pelos murmúrios que circulavam pela classe que muitos dos alunos aceitaram
sua explicação.
Voltei-me para Kathyln, preocupado. "Você está bem?"
Ela parecia ter recuperado a compostura depois do pânico momentâneo. Seu rosto
permaneceu indiferente, embora levemente corado, enquanto ela assentiu. "Sua ajuda foi
desnecessária, mas obrigada mesmo assim", disse ela antes de ir para o seu lugar.
Voltei-me para o Professor Geist e desenhei a Balada de Dawn. "Permita-me

o privilégio de aprender com você em primeira mão.”

A lâmina translúcida desencadeou suspiros e murmúrios de espanto, e até mesmo Geist olhou
para minha espada com olhos arregalados e gananciosos.
“Uma bela arma que você tem aí. Já que você é um ampliador, suponho que seria justo deixá-lo
escolher qual método você quer que eu use para lutar.”
Ele deu de ombros enquanto caminhava em direção a sua espada, que estava cravada no chão.
"Não importa", eu simplesmente respondi.

Eu podia ver uma veia pulsando na têmpora do professor enquanto ele olhava para mim aborrecido.
"Eu insisto", ele retrucou.
“Por favor, use o que você está mais confiante.” Dei alguns passos à frente, olhando atentamente
para ele, estudando cada movimento e ação dele.
Escória ou não, esse professor ainda era um veterano da classe amarelo claro.
E ele era capaz e perspicaz o suficiente para ter usado fogo azul.
O sorriso do professor se transformou em uma carranca quando seu rosto ficou vermelho. Ele
claramente queria causar uma boa impressão em sua classe, e eu não estava ajudando com isso.
"Muito bem então. Eu vou ter certeza de pegar leve com você.” A contração de suas sobrancelhas
traiu o tom alegre de sua voz.
Puxando sua espada do chão, Geist veio em minha direção. Ele manuseou sua lâmina sem
esforço, fazendo-a dançar ao seu redor graciosamente.
Ele correu em minha direção sem aviso, balançando sua lâmina para baixo com uma força que
não transmitia exatamente 'fácil'. Sua espada estava imbuída de uma camada de fogo azul e
irradiava um calor mortal.
Eu parei seu ataque surpresa inicial, então usei mana do atributo vento para manter o rastro de
fogo longe de mim.
Como eu só conseguia usar mana de vento e terra, tive que realmente pensar em como melhor
utilizar meus recursos para superar um oponente mais forte. Embora fosse fácil usar o fogo azul,
eu não tinha essa opção certa
agora.

Seu bombardeio continuou, a força de cada golpe e cada golpe ficando mais rápido e mais forte,
como se ele estivesse tentando testar meus limites. Toda vez que eu aparava ou desviava
suavemente de um ataque, ele aumentava um pouco para o próximo. Eu não estava usando
nenhum feitiço para receber seus ataques, apenas fortalecimento de mana e técnica de espada
pura, o que parecia frustrar ainda mais o professor.
"Tenho certeza de que o comitê disciplinar não é feito apenas de ratos que ficam se esquivando e
fugindo", disse ele em voz alta por meio de um sorriso forçado.
“Existe realmente uma necessidade de eu atacar quando nosso estimado professor não consegue
dar um único golpe em um aluno do primeiro ano?” Eu rebati, fazendo uma cara inocente.
Seus lábios se contorceram de raiva, mas ele não respondeu. A essa altura, alguns alunos pareciam
ter percebido que não era apenas uma simples demonstração, e ouvi alguns sussurrando sobre se
deveriam chamar o diretor ou o conselho estudantil.
Os ataques do professor Geist ficaram mais ferozes e ele começou a implementar vários feitiços
junto com eles. “Pilar Chama”.
Um fluxo de fogo azul disparou do chão abaixo de mim com suas palavras. Eu instantaneamente
me afastei para evitá-lo, contra-atacando com um golpe preciso em sua garganta.
Pego de surpresa, ele pulou para trás muito mais do que precisava. Eu vi uma gota de suor se
formando em sua testa.
“Até os ratos se tornam mortais quando encurralados, professor.” Eu atirei-lhe um sorriso malicioso.
Em um piscar de olhos eu tinha fechado a distância entre nós, e desejei enrolar mana ao redor da
lâmina da minha espada enquanto preparava um feitiço. Cada golpe que eu dava formava um longo
caminho de vento, confundindo o Professor Geist, embora ele ainda fosse capaz de bloquear meus
golpes. Cada golpe, cada estocada e cada balanço que eu dava criava um caminho opaco de ar em
seu rastro.
O professor Geist não estava mais tentando colocar um verniz de confiança.
A concentração estava gravada em seu rosto enquanto ele tentava bloquear minha enxurrada de
ataques.

Ele estava se aproximando da borda da arena? cada um dos meus golpes o forçava a dar um passo
para trás, e as chamas em sua espada piscavam fracamente a cada ataque.
Era hora de acabar com isso.
Desejei que a superfície do chão desmoronasse exatamente onde ele estava prestes a colocar o pé
no chão, deixando-o um pouco desequilibrado. Como esperado de um veterano, embora tenha
tropeçado por um instante, ele recuperou o equilíbrio quase imediatamente. No entanto, aquela
fração de segundo era tudo que eu precisava.
As dezenas de rastros de vento que cada passagem da minha lâmina instilada de mana criaram de
repente brilharam e dispararam. Meu ataque atingiu seu clímax e a velocidade de meus golpes
aumentou, minha lâmina se movendo tão rapidamente que se tornou quase invisível. O tempo todo,
o feitiço que eu tinha acabado de ativar, Tempest, seguia atrás de cada um dos meus ataques,
tornando minha barragem uma cadeia de golpes de espada e lâminas afiadas de vento.
Oprimido pelo grande número de ataques - que ele não podia esperar bloquear completamente - o
professor caiu de bunda com um grito e rolou para fora

a Arena.
A barreira protetora cintilou e rachou enquanto meu feitiço Tempestade a bombardeava, até que
finalmente a barreira quebrou com um estalo agudo. Tinha sido forte o suficiente para desviar tudo,
exceto uma última lâmina de vento do meu feitiço? roçou o pescoço do professor, produzindo um fio
de sangue.
Felizmente, o corpo imbuído de mana do professor era forte o suficiente para que minha lâmina
mortal de vento não lhe causasse ferimentos graves, mas ele ainda estava deitado de costas, seu
rosto pálido de medo enquanto eu enterrava minha lâmina no chão bem ao lado dele. sua artéria
carótida.
Retirando minha espada e colocando-a de volta no meu anel dimensional, olhei para o professor.
“Obrigado por sua orientação.”
Como se fosse uma deixa, a campainha tocou, e eu fiz meu caminho para fora da sala, seguindo
Kathyln, que já havia feito as malas e saído.
“Princesa Kathyln,” eu chamei enquanto aumentava o meu ritmo.

Assim que alcancei o mago de gelo, senti uma mão agarrar meu ombro.
"Arthur. Admito que você foi bastante impressionante lá atrás,” Feyrith assentiu com
orgulho. "Como era de se esperar do meu rival."
Eu dei um sorriso ao elfo, dando um tapinha no peito dele. “Você se saiu bem lá fora,
Feyrith. Se você soubesse o tipo de feitiço que o professor estava usando, eu sei que
você teria preparado mais medidas preventivas.”
"É claro. Eu não previ que ele usaria um feitiço tão forte.
Caso contrário, tenho certeza de que teria saído como o vencedor", disse ele, mas o leve
sorriso em seu rosto mostrava que ele apreciava minha fé.
Kathyln, que havia diminuído a velocidade para ficar apenas alguns passos à nossa frente,
se virou.
"O que você sugere que meus erros foram?" ela perguntou, seu olhar feroz.
Surpresa, eu parei de andar, fazendo com que Feyrith esbarrasse em mim.
Eu cocei minha cabeça. "Uh, bem, se eu puder ser franco, eu diria que ignorar sua defesa
para terminar o último feitiço foi seu maior erro... Princesa Kathyln."
Houve um momento tenso em que seu olhar quase me atravessou, então ela assentiu e
saiu sem dizer uma palavra.
"Bem, eu deveria ir também," Feyrith entrou na conversa com uma risada forçada, me
deixando andando sozinha por alguns momentos antes de ver um rosto familiar.
“Kyuu!” Sylvie correu para o topo da minha cabeça e se acomodou, bagunçando meu
cabelo. 'Ah, estou bêbado! Como foi a aula, papai? Eu acariciei meu precioso vínculo.
Meh. Estava tudo bem.

52
AULAS E PROFESSORES III
Caminhei para minha próxima aula me sentindo um pouco frustrada comigo mesma. Eu
estava impaciente lá atrás, só querendo dominar o Professor Geist o mais rápido possível.
Mas, limitado a usar apenas meus atributos de vento e terra, não consegui acabar com isso
tão facilmente quanto queria. Acho que ser abençoado com muitos presentes me deixou um
pouco confiante demais. Na realidade, eu ainda não havia alcançado o auge de minha força
neste mundo, embora definitivamente tivesse vantagens que me permitiriam chegar ao topo.
Com isso em mente, eu precisava parar de me comparar com alunos da minha idade e
pensar maior. Minha esperança era que as classes da divisão superior oferecessem uma
visão da manipulação de mana que eu não poderia identificar por conta própria.
Eu estava ansioso para minha próxima aula, Noções Básicas de Artificing. Eu tinha certeza
de que havia corolários para a tecnologia usada no meu velho mundo, onde o artifício não
existia, mas a premissa – manipular e codificar mana para ter usos específicos designados a
um objeto – seria nova para mim.
Ao entrar na sala de aula, fiquei agradavelmente surpreso ao ver que a sala estava disposta
como um laboratório. Copos, recipientes, diferentes tipos de minérios e vários aparelhos
enchiam a sala.
Olhei em volta para ver se havia alguém que eu conhecia nesta classe. Quando os alunos
entraram, sentados ao lado de conhecidos e amigos, uma garota que parecia ter mais ou
menos a minha idade se aproximou e ficou ao lado do banco ao lado do meu.
"Este assento está ocupado?" Se for, posso sentar em outro lugar.” Eu não sabia por que ela

parecia tão em pânico, mas eu dei a ela um sorriso acolhedor.
"Não, não é levado. Você está livre para sentar aí se quiser," eu disse enquanto pegava o meu
próprio assento.
Os óculos redondos e grossos da garota aumentavam seus olhos e as sardas embaixo deles. Seu
cabelo encaracolado, amarrado à força em um rabo de cavalo nas costas, parecia ter vida própria.
"Obrigada", ela murmurou com a cabeça baixa. Ela murmurou outra coisa, mas eu não consegui
entender.
"O que é que foi isso?" Inclinei-me para mais perto para ouvi-la melhor.
“Emily... meu nome é Emily Wattsken. Por favor, seja meu amigo, quero dizer, prazer em conhecê-lo!”
Seus olhos se arregalaram, atordoados com suas próprias palavras.
Eu compartilhei sua expressão por um momento, então comecei a rir. Por alguma razão, eu me senti
imediatamente confortável perto dela.
"Claro. Meu nome é Arthur Leywin. Eu segurei a mão dela? sua palma era surpreendentemente áspera.
"Oh, me desculpe - provavelmente parece nojento, certo?" Ela puxou a mão calejada e seu rosto ficou
vermelho, acentuando as sardas em suas bochechas.
“Não, está tudo bem. Eu também tenho calos. Ver?" Estendi a mão da espada para revelar os caroços
endurecidos em minhas palmas.
“Uau, você deve praticar muito! Não é à toa que você está no comitê disciplinar. Eu realmente admiro
isso. Para mim, eu realmente amo artificiar, então eu acabo mexendo com um monte de gadgets.
Infelizmente, deixa minhas mãos ásperas,” ela disse, olhando para as palmas das mãos.
"Sério? Admiro pessoas como você. Estou com inveja por você ter tanta paixão pelo artifício. Com a
luta, as únicas coisas em que você fica melhor são em destruir e matar, mas quanto melhor você fica
em artificio, mais coisas você pode criar.” Olhei para minhas próprias mãos calejadas.
"Uau... isso é profundo." Emily ajustou seus óculos grossos enquanto ponderava minhas palavras.
"Acabei dizendo algo desagradável. Peço desculpas." Estava ficando alto como

a sala se encheu de estudantes ansiosos, a maioria deles magos eruditos.

“Não, não, não foi nada desagradável!” ela disse, acenando com as mãos de forma apaziguadora.
“Apenas, não é algo que você ouve todos os dias de uma criança de doze anos.”
"Você diz isso como se não tivesse doze anos."
Afundando em sua cadeira, ela soltou um suspiro. "Verdadeiro. É porque eu aparentemente sou
um gênio de algum tipo. Eu realmente não entendo por que as pessoas dizem isso, mas todos me
tratam de maneira diferente desde que criei o artefato de exibição de projeção.”
Eu pulei do meu banco com espanto. "Espere o que? Foi você quem inventou a tela usada para
mostrar o anúncio de reis e rainhas?
"Hmmm. Bem, apenas uma parte disso... eu mexi em algumas coisas no laboratório dos meus
pais e fiz os designs básicos alguns anos atrás.” Ela torceu uma mecha de seu cabelo encaracolado
em torno de seu dedo.
Eu afundei de volta no meu assento, atordoado. Caralho. Ela construiu algo assim antes mesmo
de ter dez anos! Soltei um assobio. “Bem, devo dizer que é uma honra estar na presença de um
gênio como você.”
"Oh, por favor. Não comece também. Além disso, você também é bastante famoso, sabe. Seus
óculos refletiam a luz da sala de aula enquanto ela sorria para mim, fazendo-a parecer uma
cientista malvada.
"Sério? Eu tentei muito me calar. Acho que não funcionou.” Eu inclinei minha cabeça em minha
mão.
"Bem, entrar para o comitê disciplinar como uma primeiranista com certeza não ajudou."
"Há outros alunos do primeiro ano no comitê também," eu retruquei.
“Mas não humanos! Você e a princesa Kathyln são os únicos, e a princesa foi saudada como um
prodígio desde que despertou. Isso deixa você, um calouro humano misterioso que não tem
antecedentes, uma estranha fera de mana com aparência de raposa e a capacidade de dominar
e demolir completamente um professor que é um aventureiro veterano no estágio central amarelo
claro.” Ela se inclinou cada vez mais perto de mim enquanto falava.
"O que? Como você já sabe sobre o que aconteceu com o professor Geist? Isso literalmente
aconteceu quinze minutos atrás!”

“Kyu!” Sylvie ecoou, inclinando a cabeça para a palavra 'estranho'. "Não

se surpreenda - esta é uma academia de magia, afinal. As notícias correm rápido e as fofocas
viajam ainda mais rápido. Aposto que metade das pessoas nesta classe já sabe o que aconteceu.
Ela sorriu e balançou o dedo.
"Oh Deus... Você sabe, você está muito falante agora em comparação com a forma como você
se apresentou quando entrou pela primeira vez." A mudança em sua personalidade foi dramática,
agora que percebi.
“Eu sou péssimo com estranhos, ok? Não costumo me dar bem com pessoas novas tão
facilmente. Você é diferente, no entanto. Eu me sinto muito confortável com você.” Ela olhou
para mim, ainda com aquele sorriso largo, e acrescentou: “Talvez seja porque nós dois somos
malucos.”
Revirei os olhos, mas ela tinha razão. Por causa de sua inteligência, eu me sentia mais
confortável com ela do que com outras crianças da minha idade.
Eu estava prestes a responder quando a porta da sala se abriu e vi um rosto familiar.
“Saudações, plebeus! Por favor, sinta-se honrado em ter a mim, Professor Gideon, como seu
professor para esta aula!” O cientista maluco desceu rapidamente até o pódio, um par de óculos
balançando para cima e para baixo em volta do pescoço.
Ele olhou para a sala de aula com um olhar condescendente, eventualmente alcançando Emily
e eu.
“Ah! Bem, se não é Arthur. Eu não tinha ideia de que você estaria na minha classe.” Ele bateu
palmas em uma dramática pretensão de surpresa, e eu balancei minha cabeça.
“E – meu oh meu – se dando bem com a Srta. Wattsken. Devo dizer que vocês dois formariam
uma bela equipe. Bom Bom! Vamos começar o primeiro dia de aula com uma pequena
apresentação de mim mesmo.” Ele sorriu, escrevendo seu nome em letras grandes atrás dele.
A palestra continuou, com Gideon divagando sobre o quão notável ele foi pela próxima hora e
meia. A maioria dos alunos, inclusive eu, estava meio adormecida – Sylvie estava enrolada na
mesa na minha frente, usando meu braço como travesseiro – mas os olhos de Emily brilharam
enquanto ela absorvia cada pedacinho de informação.

que passou pelos lábios finos de Gideon. Gideon era obviamente muito respeitado no campo
do artifício, mesmo por um gênio como ela. Quase me fez querer admirá-lo. Quase.
De repente, uma coruja verde-oliva voou pela janela e pousou no meu ombro.
“Kyu!” Sylv deu um pulo de surpresa e rosnou, mas a coruja apenas se preparou calmamente.
“Parece que o diretor Goodsky está acenando para você.” Gideon caminhou até mim, rolando
os ombros para tirar as torções. "Você não deveria deixá-la esperando.
Xô! Vá embora.” Ele deu um tapa nas minhas costas e voltou a falar sobre o quão bom ele
era.
Emily se inclinou, não surpresa. "Eu disse que as notícias viajam rápido."
"Yeah, yeah…"
Ao sair da sala de aula, pude ouvir alguns de meus colegas começando a discutir o que
havia acontecido.
"Agora... onde era o escritório da Diretora Cynthia mesmo?" Eu cocei minha cabeça.
Como se ele entendesse, a coruja decolou do meu ombro e voou lentamente para a direita,
gesticulando para nós seguirmos com um aceno de cabeça.
“Kyu!” 'Papai, ele é perigoso!' Sylvie me avisou, seu pelo eriçado.
O campus estava quase vazio? a maioria dos alunos estava em sala de aula, treinando por
conta própria ou em seus dormitórios. Distraído pela bela paisagem deste campus, demorei
para perceber que a coruja havia pousado em uma estátua em frente a um prédio – o
escritório do diretor, eu assumi – e estava esperando que eu entrasse.
Abri a porta e entrei. A coruja com chifres empoleirou-se no meu ombro novamente, fazendo
Sylvie assobiar e jogar as patas em advertência.
“Vejo que Avier o guiou pessoalmente aqui. Estranho... nunca o vi ficar tão confortável com
um estranho. A professora Goodsky estava sentada atrás de sua mesa. Ela me olhou
atentamente por vários momentos, então ela estudou Sylvie em particular.
"Há algo que você precisava de mim, Diretor?" me sentei na frente

de sua mesa, e Avier, a coruja verde, deixou meu ombro para se empoleirar no parapeito
da janela atrás de Cynthia.
"Sim. Eu te chamei aqui sobre a 'demonstração' na aula do professor Geist.” Sua expressão
permaneceu imperturbável quando ela mencionou o problema que devo ter causado a ela.
"Ah... Houve algumas situações antes sobre isso, na verdade..."

Mas antes que eu pudesse explicar, a diretora Goodsky levantou a mão para interromper.
"Acabamos de demitir o professor Geist da academia. A princesa Kathleen se adiantou e
me explicou exatamente o que aconteceu. Claro que tive que verificar o testemunho dela,
mas todos com quem falei concordaram que a professora era um perigo para os alunos.”
Ela assentiu, colocando alguns documentos na frente de
Eu.
Uau, ela trabalhou rápido. O incidente ocorrera há menos de duas horas, mas ela já havia
conseguido investigá-lo e demitir o professor.
Como se ela soubesse o que eu estava pensando, ela sorriu e acrescentou: "As coisas se
movem rapidamente quando o diretor tem a palavra final em todos os assuntos relacionados
a esta academia. Devo dizer, porém, que nunca vi a princesa tão excitada como ela estava
hoje. Quando ela entrou, ela parecia um pouco zangada, o que, para seus padrões, é
bastante sério. Você pode imaginar como fiquei surpreso.” A diretora Goodsky cobriu a
boca com a mão enquanto ria baixinho.
"Sério? Eu não achei que a princesa pudesse nem demonstrar emoção.” Eu sorri também.
"Você deve ter causado uma boa impressão nela, porque ela argumentou com você com
bastante fervor, deixando o professor Geist sem espaço para se defender."
Quando balancei a cabeça desamparadamente, o diretor Goodsky apenas riu e disse:
“Você é um mulherengo, Arthur. Vai ser um problema se você roubar os corações de ambas
as princesas. Quem sabe, você pode ser a causa da nossa próxima guerra civil!”
Ela parecia muito divertida com algo que poderia devastar o equilíbrio precário deste
continente. Eu queria apenas descartar o pensamento, mas quando eu

imaginei as duas princesas brigando, estremeci. Eu não tinha capacidade mental para lidar com uma
princesa, muito menos com as duas.
"Bem, eu não vou me intrometer muito profundamente, mas a idade do casamento não está tão distante
quanto você pensa," ela disse levemente.
"Não, obrigado. Não me vejo envolvido romanticamente tão cedo. Além disso, eles ainda são apenas
crianças. Talvez eu comece a pensar nisso quando as garotas da minha idade estiverem um pouco mais
maduras.” Dei de ombros.
Inclinando-se para frente, o diretor me estudou. "Hum. Você diz isso como se já tivesse amadurecido,
Arthur.
"Bem, você deve admitir que eu sou muito mais madura do que a maioria das pessoas da minha idade," eu
respondi, me acomodando na cadeira.
"É verdade, mas as mulheres tendem a amadurecer mais rápido do que os homens", afirmou o diretor
Goodsky com naturalidade.
"Ainda estou me perguntando por que você me chamou aqui. Tenho certeza de que você não me trouxe
apenas para me dizer que tudo estava resolvido e que eu deveria me casar. Sylvie pulou da minha cabeça
e se aproximou de Avier, que estava se arrumando na janela.
"Arthur! Sinto que você está começando a me ver como alguém que sempre tem segundas intenções. Ela
me deu um olhar zombeteiro.
"Bem, eu sei, porque nós somos muito parecidos nesse sentido, Diretor", eu disse com um sorriso.
"Caro eu. Se for esse o caso, então acredito que tomei a decisão certa", respondeu ela.
"O que você quer dizer?"
“Arthur, eu gostaria que você atuasse como professor visitante para sua aula de Manipulação Prática de
Mana.” Ela empurrou um documento para mim, estudando-me cuidadosamente. "Pelo menos até que
possamos encontrar outro instrutor para preencher a posição."
Meus olhos se arregalaram. "Você não está falando sério, certo?"
“Oh, estou falando sério, Arthur,” ela disse, sua expressão inabalável.
“Isso é permitido? Eu sou um estudante, nem terminei meu primeiro dia de

escola — minha primeira escola. Posso ser aluno e professor ao mesmo tempo?
E as minhas outras aulas?” Comecei a disparar argumentos sobre por que isso não
funcionaria.
“Por favor, não há necessidade de ficar tão nervoso. É bem simples, na verdade. É
permitido? Sim, desde que eu diga que é. Embora essa situação específica nunca tenha
ocorrido, houve casos de veteranos altamente qualificados ministrando cursos básicos.
Quanto às suas outras aulas, seu horário realmente não mudaria. Você estaria apenas
ensinando aquela aula, para aquele período.” Ela me deu um sorriso de negócios.
Comecei a pensar. O diretor Goodsky não estava fazendo isso para seu benefício. Ela
com certeza receberia muitas reclamações de pais nobres protestando contra o fato de um
primeiro ano estar dando uma aula. Eu, por outro lado, teria um pouco mais de trabalho -
supondo que eu realmente preparasse as aulas em vez de apenas improvisar
— mas pelo menos eu não teria dever de casa.
"Eu não entendo por que você está fazendo isso, diretor."
"Bem, uma vaga acabou de se abrir e você foi quem derrotou o professor anterior. Isso
não é uma qualificação suficiente? Eu realmente não estou fazendo isso por algum motivo,
Arthur. Você não precisa ser muito desconfiado. Isso depende de você. Não vou empurrá-
lo para isso, mas acredito que seria uma boa oportunidade para construir sua reputação
sem ter que sair por aí conquistando professores. Isso colocaria você no centro das
atenções até certo ponto, mas eu estaria bem posicionado para defendê-lo, se necessário.
"Os pais são obrigados a reclamar. Eles vão dizer—”

“Eles podem reclamar”, ela disse, me cortando, “mas eu sou a diretora, e é uma solução
melhor do que cancelar a aula inteira.” Ela parou por um momento, pensando. "Eu ouvi
suas preocupações, mas estou disposto a apoiar minha decisão. Você é extraordinariamente
talentoso, e já foi mencionado que você é extraordinariamente maduro para sua idade.
Tenho certeza que você será um excelente professor. Talvez até haja espaço para você
aproveitar mais oportunidades de ensino no futuro, se achar que gosta. Seria um

melhor uso do seu tempo do que assistir a aulas para as quais você está claramente
superqualificado, não é?”
Goodsky se levantou e colocou a mão gentilmente no meu ombro. "A escolha é sua."

53
É UM PRAZER
SENTEI-ME LÁ, olhando fixamente para a distância e ponderando sobre o que o diretor havia
dito. Como ela mencionou, não havia nenhum benefício real para ela me contratar como
professor, e foi por isso que achei tão suspeito. Estava profundamente arraigado em mim ser
cauteloso com as motivações de outras pessoas, não importa quem elas fossem. Como uma
figura de autoridade e poder, naturalmente aprendi a desconfiar de todos ao meu redor, e não
conseguia entender por que ela me pediu para fazer isso.
Manipulação Prática de Mana não parecia uma aula que daria trabalho para nota, então seria
fácil para mim ensinar a aula. Mesmo que não fosse mais fácil do que apenas fazer o curso,
isso me ajudaria a ganhar um nome para mim e seria muito mais interessante. Vendo como
eu provavelmente não poderia escapar da atenção dos outros alunos de qualquer maneira, eu
poderia muito bem fazer as coisas um pouco diferente. Claro, eu não planejava revelar meu
conjunto completo de habilidades para ninguém ainda, mas eu não via mais sentido em tentar
ser completamente imperceptível, especialmente depois de hoje.
"Arthur?" Acordei dos meus pensamentos ao ver o Diretor Goodsky olhando para mim com
expectativa.
"Ah sim. Embora não tenha certeza de quão competente serei no papel, gostaria de tentar ser
professor.” Voltei minha atenção para o documento que delineava meus deveres e
responsabilidades como professor.
"Tenho certeza que você fará um excelente trabalho", ela sorriu.

Olhando para cima, perguntei: “O professor Geist ensinou outras aulas além da minha?”
“Felizmente, não. Nós o contratamos este ano depois que ele se aposentou como aventureiro. Os
outros professores e eu decidimos que ele ensinasse apenas uma aula neste semestre, como uma
espécie de teste.” Ela balançou a cabeça com o resultado lamentável.
"Antes de assinar, eu tenho uma pergunta", eu disse enquanto lia o parágrafo final do documento.
"Vá em frente", ela insistiu.
"Diz que não tenho permissão para machucar os alunos. Isso será um conflito, já que faço parte do
comitê disciplinar?”
"Ah, boa pergunta. A regra 'não machucar os alunos' é para dentro da sala de aula. Qualquer
incidente é sempre investigado e a força é permitida desde que suas ações sejam tomadas para a
segurança de outros alunos, como usar um grau apropriado de força para reprimir uma briga ou
conter um aluno que está fora de controle. Quanto a fora da aula, no curso de seus deveres no comitê
disciplinar, confiarei em seu julgamento sobre isso.
Assenti e assinei o documento. “Espero grandes coisas de você, Arthur, e tenho certeza de que não
sou o único.” Ela me deu um tapinha gentil no ombro antes de me levar para almoçar.
CYNTIA GOODSKY
"O que é sobre aquele garoto que sempre me mantém na ponta dos pés? Negociar com ele é mais
estressante do que lidar com as famílias reais. Qual é a sua opinião sobre ele, Avier? Meu laço
pousou suavemente em meu braço estendido, seus olhos inteligentes ponderando o que dizer.
"Ele é... diferente. Não veja Arthur Leywin como uma criança.” Meu vínculo falou claramente, embora
as palavras parecessem não naturais vindas de seu bico. "Seja acuidade mental ou maturidade
emocional, há muito mais nele do que os olhos podem ver."
"O que te dá tanta certeza?" Eu me inclinei para trás em meu assento.
“Seu vínculo. A verdadeira forma daquela raposa branca deveria ser a de um dragão.”

Eu pulei do meu assento. "O que? Como isso é possível? Como você sabe?"
"Somos da mesma linhagem. Eu posso ser de uma espécie menor, mas wyverns ainda são
descendentes de dragões.” Avier voltou a se arrumar.
"Você está dizendo que o vínculo dele é mais poderoso que o seu?" Eu estava absolutamente
maravilhado.
"Não? essa criança ainda não amadureceu. Ela não poderia ter eclodido mais do que alguns
anos atrás. No entanto, suspeito que quando ela se desenvolver, minha força não será
comparável à dela", afirmou ele com naturalidade.
Eu não conseguia imaginar ninguém mais forte do que Avier. Ele era meu vínculo apenas
porque tinha gostado de mim quando passei por ele, nas profundezas da Clareira das Bestas.
Ele geralmente fazia suas próprias coisas, e eu não ousava tratá-lo como um animal de
estimação. A revelação de que o vínculo de Arthur era na verdade um dragão me fez imaginar
o que aquele garoto realmente era – especialmente considerando o quão subserviente para
ele a criatura parecia.
"Não faça dele seu inimigo, Cynthia. Se tratado com confiança e respeito, ele se tornará o
maior aliado, mas se traído, ele pode ser a causa da morte deste continente”. Com esse aviso,
Avier voou.
Inclinei-me para frente em meu assento, esfregando minhas têmporas latejantes enquanto
pensava nos acontecimentos das últimas horas.
Não poderia ter sido dez minutos após a briga de Arthur com o professor
Geist quando a porta do meu escritório se abriu e o professor entrou. "Diretor Goodsky, exijo
que remova o aluno Arthur Leywin da minha classe imediatamente!"
“Professor Geist, você parece abalado. O que há de errado?" Fui pego de surpresa pela
intrusão repentina.
"O menino não tem respeito por mim. Não dê ouvidos a nenhum dos rumores que você pode
ouvir, estou sendo incriminado!” O rosto largo do homem estava cheio de desespero e raiva.
Duas batidas rápidas soaram na porta atrás dele.

"Por favor, entre", eu chamei. Pelo menos essa pessoa teve a decência de bater.
"Peço desculpas pela intrusão, diretor." A pequena Kathyln me deu uma pequena
reverência antes de se aproximar para ficar ao lado do professor agora pálido.
“Qual é o problema, Kathyln?” Eu me inclinei para frente, olhando cuidadosamente
para os dois.
"Esta desculpa para um professor precisa ser demitida", disse ela sem expressão.
O professor Geist agarrou Kathyln pelo braço, puxando-a para perto dele. "Como você
ousa! 'Desculpe desculpa'? Eu?"
“Você se atreve a me tocar com sua mão imunda?” Sua expressão não mudou, mas
de alguma forma ela parecia estar olhando para o Professor Geist.
"Professor, sugiro que retire sua mão imediatamente. Qualquer que seja a situação,
isso não é uma marca a seu favor,” eu disse, me levantando e dando ao homem um
olhar duro. Usar a força contra um estudante era deplorável.
Ele imediatamente soltou o braço de Kathyln, então levou um momento antes de
responder. "Ah... como eu estava dizendo... por favor, não leve a sério nenhum boato
que você possa ouvir. Estou sendo armado, juro que foi tudo um mal-entendido.
"Ainda não ouvi rumores. Você se importa de me ceder, Kathyln?
"Essa escória pega os alunos para se sentirem bem consigo mesmos. Mesmo
ignorando o fato de que ele humilhou totalmente Feyrith, se Arthur não tivesse
intervindo, eu teria... Sem terminar sua última frase, ela olhou para o professor.
Eu me virei para o professor Geist, que estava balançando a cabeça desesperadamente
com essa acusação. "Estou lhe dizendo, foi um mal-entendido. Eu simplesmente queria
demonstrar, na frente da classe, em que nível está o comitê disciplinar
— para informações dos outros alunos.”
"Se isso fosse tudo, então não haveria razão para você invadir meu escritório e insistir
que Arthur fosse removido de sua classe." Suspirei internamente enquanto tentava
decidir como lidar com esse dilema.
Virei-me para minha secretária, que havia espiado para ver o que estava acontecendo.
“Tricia, por favor, entreviste os alunos da aula do professor Geist e

suas declarações sobre este incidente.” Ela fez uma reverência antes de sair correndo, e eu me
virei para os dois parados na frente da minha mesa. "Agora, por favor, seja paciente enquanto
isso é resolvido. Farei o meu melhor para ser justo.”
Antes que eu pudesse dispensá-los, a princesa Kathyln falou.
"Eu confio que você vai lidar com isso de forma justa, mas apenas saiba que, se não fosse por
Arthur, você não estaria lidando com o caso de ética deste professor, mas com o caso de lesão
de um aluno. Meu caso de lesão. Desejo-lhe bom dia, Diretor. Ela então se virou e saiu do
escritório, ignorando completamente a expressão chocada do professor Geist.
Quando revi os depoimentos dos alunos, ficou claro que Arthur havia sobrecarregado
completamente o professor Geist. Embora a personalidade desse professor nunca tenha me
agradado, suas habilidades eram mais do que adequadas para ensinar uma aula básica de
manipulação de mana. Mas apesar do fato de que ele era um ampliador de núcleo amarelo claro,
e um capaz disso, ele foi totalmente derrotado por um garoto de doze anos.
Suspirei de frustração - eu tinha esquecido de medir o nível do núcleo do menino quando ele
esteve aqui.
Um garoto de doze anos, que tinha um vínculo com um dragão, havia derrotado um aventureiro
veterano usando apenas sua mana de atributo vento e terra – que, ele me disse uma vez, eram
os mais fracos. O que mais havia para ele? Se eu perguntasse, ele me diria?
ARTHUR LEYWIN
"Arte! Por aqui!" Eu vi Elijah acenando para mim do outro lado do refeitório. Ele estava sentado
ao lado de uma garota.
Ele se levantou quando cheguei. “Charlotte, este é meu melhor amigo e colega de quarto, Arthur
Leywin. Arthur, esta é Charlotte.
Apertamos as mãos e Charlotte disse: “Oi, Arthur. Eu ouvi muito sobre você."
Ela deu um sorriso coquete enquanto mexia com seu cabelo.
“É um prazer,” eu respondi bruscamente, então me concentrei em Elijah. "Como foram suas
aulas?" Perguntei a ele enquanto alimentava Sylvie com um pedaço de brócolis.

“Kyu!” 'Não!' “Ah,

sua pequena fera de mana é tão fofa! Você se importa se eu acariciá-lo?” Charlotte chegou muito
perto de mim, quase se apoiando em mim enquanto ela alcançava o topo da minha cabeça. Mas
antes que ela tivesse a chance de acariciar a Sylvie rosnando, eu agarrei seu pulso.
"Desculpe, ela não gosta que estranhos a toquem." Eu a olhei nos olhos e ela corou.
"Oh, me desculpe." Ela se encolheu, voltando sua atenção para a comida.

Aparentemente ignorante do que estava acontecendo, Elijah respondeu, com a boca cheia de
comida. “As aulas foram ótimas. Eu gosto especialmente da minha classe básica de conjuração
de corrente e da classe de utilização de mana. Embora, para utilização de mana, eu sinta que o
professor está repassando exatamente a mesma coisa que você me disse para fazer. Charlotte
está na minha aula de arremesso de correntes. Ela é muito boa!”
"Por favor, você está me fazendo corar." Charlotte riu e fez uma cara tímida enquanto se contorcia
em seu assento.
“Então, como foram suas aulas?” Elias continuou. "Ouvi dizer que você já espancou um professor.
O que aconteceu para manter a calma, cara? ele acusou provocativamente, apontando o garfo
para mim.
"Sim, sobre isso - acabei me tornando o professor dessa classe", respondi friamente, enfiando um
pedaço de carne na minha boca enquanto Sylvie tentava roubá-lo.
Elijah gaguejou, borrifando-nos com a comida que estava mastigando. Eu instintivamente me

inclinei para trás, tentando sair do alcance. Charlotte gritou ao receber o peso dos respingos.
“Elijah, isso é nojento.” Eu limpei meu rosto? Eu não tinha conseguido evitar todas as partículas
de comida perdidas.
“Desculpe, desculpe – o quê? Você vai ser professor?” Ele enxugou a boca, depois tentou enxugar
o rosto de Charlotte, mas ela o empurrou.
"Sim. Acabei substituindo o professor que dava a aula. Então agora você pode me chamar de
Professor Leywin.” Eu sorri para o meu amigo.

"Professor, minha bunda. Mas talvez eu devesse largar minha aula algum dia e ir para a sua. Seria
interessante ver você ensinando,” ele retrucou.
Enquanto continuávamos conversando, fiquei irritado com as tentativas de Charlotte de flertar e ainda
mais irritado com a falta de noção de Elijah sobre tudo.
"Ah, a propósito, Charlotte e eu íamos para a Downtown Academy fazer algumas compras. Você quer
se juntar a nos?" ele perguntou indiferente. Um canto da academia ostentava restaurantes chiques, cafés
e barracas de compras onde os nobres ricos podiam se mimar - uma prova de quão enorme era o
campus.
"Sim! Arthur, você deveria se juntar a nós. Ela se inclinou para mais perto novamente.
“Eu tenho mais três aulas, lembra? Vou fazer as aulas da divisão superior depois do almoço.
Elijah apenas deu de ombros para isso. “Isso mesmo, eu esqueci. Bem, não é grande coisa. Acho que
seremos apenas eu e você, Charlotte.
Charlotte sorriu sem jeito para o rosto despreocupado de Elijah e respondeu: “Ah, desculpe. Acabei de
lembrar que tinha outros planos hoje. Eu sinto muito! Nós definitivamente deveríamos ir algum dia,
porém, nós três. Tenho que ir... até mais tarde, Arthur.
Com isso, ela se afastou, deixando Elijah e eu sozinhos na pequena mesa de jantar.
“Acho que os outros planos dela devem ser muito importantes.” Elijah parecia um pouco desapontado.
Ah, Elias...
Inclinando-se, ele me perguntou com uma voz séria: “Então, o que você achou de Charlotte? Ela é bonita,
hein? Você acha que eu tenho uma chance com ela?
“Eu acho que você pode fazer melhor, amigo.” Dei um tapinha nas costas do meu amigo sem noção.
Quando terminamos nosso almoço, Elijah decidiu que queria ir à biblioteca, já que seus planos de
repente desapareceram. Depois de levá-lo até lá, fui para minha primeira aula da divisão superior:
Mecânica de Combate em Equipe I.
A sala de aula — ou campo, para ser mais preciso — ficava do outro lado do

academia, onde eram realizadas todas as classes da divisão superior. Era um enorme campo de
grama cercado por muros altos com runas gravadas neles. O campo estava pontilhado de vários
obstáculos, aparentemente colocados ao acaso. No topo de uma das paredes havia uma pequena
sala protegida por uma cerca de vidro. Eu assumi que era usado como uma plataforma de
visualização para os outros alunos. Na base da parede perto da plataforma de observação havia
uma pequena estrutura marcada com um glifo vermelho: o escritório do curandeiro. Devia haver
ferimentos aqui, então fazia sentido ter um curandeiro à mão. Dois homens de túnica branca
circulavam, parecendo entediados.
Alguns alunos chegaram antes de mim, e imediatamente notei algumas figuras conhecidas
conversando entre si.
“Ah! Eu não esperava vê-lo em uma classe de divisão superior, Arthur. Curtis Glayder acenou
para mim assim que percebeu quem eu era. Grawder, o vínculo de Curtis, estava deitado bem ao
lado dele com os olhos fechados.
"Sim, eu não pensei que teria uma aula com você. Estou animado para trabalhar com você.”
Agarrei sua mão.
“Bom te ver de novo, Arthur!” Claire Bladeheart colocou o braço em volta do meu pescoço e sorriu
brilhantemente. “Temos que tentar não envergonhar o comitê disciplinar, certo?”
“Farei o meu melhor. Essa é a classe toda?” Eu respondi, voltando-me para Curtis. Eu tinha ouvido
falar que esta era uma das classes mais populares, mas só havia espaço para um número
bastante pequeno de alunos.
"Deve haver alguns - ah, lá vêm eles!" Olhando para trás, vi vários outros alunos se aproximando.
Reconheci um deles e dei um sorriso resignado.
"Princesa Tessia está linda como sempre", ouvi um dos alunos

murmúrio.
Tessia estava caminhando em nossa direção com um pequeno grupo de estudantes, conversando
com Clive Graves, o vice-presidente do conselho estudantil.
Ela me notou e parecia prestes a me cumprimentar, mas então ela notou a

braço em volta do meu pescoço. Ela estreitou os olhos, então virou a cabeça ligeiramente
e desviou o olhar.
Clive, alheio ao humor de Tess, me lançou um olhar mortal, seus olhos estreitos se
tornando ainda mais nítidos.
“Boa tarde, princesa Tessia!” Sem se preocupar em tirar o braço do meu pescoço, Claire
sorriu e acenou para Tess.
"Prazer", ela respondeu, sua expressão feroz. Enquanto ela passava por nós, ela
secretamente se esgueirou para o meu lado, e eu me levantei de surpresa.
“Eu me pergunto se ela está de mau humor hoje,” Claire ponderou.
É por causa de você!
Claire tirou o braço do meu pescoço, e me virei para ver quem estava atrás do grupo.
Assim que o reconheci, meu rosto começou a queimar de raiva e cerrei os punhos com
força suficiente para deixá-los brancos. Era Lucas Wykes.

54
INÍCIO DA PARTIDA
TREMEI com raiva reprimida ao pensar em estar na mesma classe que Lucas - e de todas as
classes, tinha que ser uma classe de luta em equipe! A ironia doentia de ter aquele traidor em uma
aula focada em aprender trabalho em equipe e coesão na batalha foi quase o suficiente para me
fazer rir.
Nossos olhos se encontraram, mas ele me olhou desinteressadamente, como se eu fosse um inseto
no chão.
“Bom, todo mundo está aqui!” uma voz alta de repente ressoou sobre o campo. Todos os alunos
começaram a virar a cabeça para ver de onde a voz tinha vindo, mas eu olhei diretamente para a
enorme besta de mana parecida com um falcão pairando sobre o campo.
Esta fera tinha pelo menos quatro metros de comprimento e sua envergadura era bem mais de oito
metros. Com suas garras afiadas debaixo dele, o falcão desceu lentamente, revelando uma mulher
bem tonificada de pé em suas costas, uma espada gigante amarrada às costas.
"Bem-vindo! Meu nome é Professor Glory, e serei seu instrutor. Este falcão sinalizador é Torch, meu
precioso vínculo.”
A primeira coisa que tentei fazer foi medir o estágio do núcleo de mana da nossa professora, mas
quando tentei inspecionar o nível da Professora Glory, senti uma dor repentina e aguda na minha
cabeça e ela se virou para olhar para mim. Dando-me um sorriso confiante, ela desceu de seu
falcão sinalizador e fez seu caminho ao redor do grupo de alunos de sua classe. Ela estudou cada
aluno enquanto passava, levando

um olhar mais atento para alguns deles, antes de fazer seu caminho em minha direção.
Não era incomum que magos construíssem defesas em torno de seus núcleos, especialmente os de
nível mais alto, mas era muito difícil para um mago esconder qual elemento eles usavam, já que as
partículas de mana de seu elemento naturalmente os cercavam. A maioria não achou a necessidade de
esconder seu atributo elemental, então foi surpreendente ver quão fortes eram as defesas da Professora
Glory.
Eu não poderia dizer qual era seu estágio principal, ou mesmo seu atributo elementar. Embora eu tenha
pegado o jeito de mascarar meu nível de estágio principal, eu precisava usar selos para esconder
completamente meus atributos elementais. Eu não tinha certeza se ela também usava focas, mas uma
coisa era certa: ela sabia que era eu quem a inspecionava.
"Eu tenho que dizer, você colocou a fasquia bem alta para todas as outras classes," ela anunciou depois
de inspecionar Lucas. Ela demorou um pouco mais para inspecionar o comitê disciplinar e os membros
do conselho estudantil, balançando a cabeça de vez em quando.
“Bem, se não é meu mais novo colega, Arthur Leywin. É um prazer conhecer você." A professora Glory
me deu um sorriso brincalhão, como se estivesse louca para provocar

Eu.
Os outros alunos começaram a murmurar em confusão.
Um dos veteranos levantou a mão. “Professora Glory, isso é verdade?”
"Bem, para aqueles de vocês que não o viram no início desta manhã, Arthur é um oficial calouro do
comitê disciplinar. Um verdadeiro prodígio, se assim posso dizer. E sim, ele também é o professor
recém-nomeado para a aula de Manipulação Prática de Mana que todos vocês fizeram durante seus
anos de calouro.” Ela me deu um tapinha firme nas costas.
"O que?!"
"Você não pode estar falando sério, professor!"
“Se esse pirralho é um professor, então eu sou o rei!”
“No que essa academia se transformou? Aceitar um calouro como professor?
"Como isso é possível? Mesmo os melhores veteranos hoje em dia não são escolhidos para serem
professores, mas aquele primeiro ano sim?

Tentei ignorar os vários ruídos de protestos e sufoquei um suspiro. Eu sabia que haveria
agitação assim que a notícia se espalhasse, especialmente dos veteranos.
O pelo de Sylvie se arrepiou enquanto ela rosnava uma advertência para o grupo de alunos.
'Papai é mais forte do que todos vocês juntos!' Todo
mundo já tinha visto Sylvie, seja durante a passagem pela academia ou na cerimônia de
abertura hoje cedo, então ninguém realmente se importou muito com a pequena besta de mana
na minha cabeça. Suprimi um sorriso ao pensar nela tomando sua verdadeira forma, tornando-
se grande o suficiente para engoli-los inteiros.
"Agora Agora! Antes de ir direto para as reclamações, devemos ter mais fé na decisão do
diretor. Arthur provou-se, até certo ponto, derrotando o professor que dava a aula anteriormente.”
"Mas professora Glory, os professores calouros não são tão bons assim. Aposto que qualquer
um dos veteranos poderia vencer a maioria deles!” Outra rodada de reclamações começou, mas
eu estava ficando com sono. Deve ser um coma alimentar vindo do almoço.
“Para ser honesto, estou ansioso para testar o quão forte você realmente é, garoto.
Infelizmente, o diretor Goodsky deixou claro que não devemos fazer isso.
Então seus colegas aqui vão testá-lo no meu lugar!” Ela colocou as mãos nos quadris, sorrindo
em antecipação.
Eu podia ver um fogo repentino nos olhos de alguns alunos enquanto eles olhavam para mim.
Seus pensamentos estavam gravados em seus rostos, quase claros o suficiente para ler as
palavras.
— Vou matar esse bastardo. 'Quem

esse pirralho pensa que é?'
'Assassinato, assassinato, assassinato,
assassinato...' 'Estou com ciúmes. Por que ele está recebendo toda a atenção?
Ele precisa morrer. Olhei para Tess, que tinha um olhar surpreso em seu rosto. Seus lábios se
curvaram um pouco, mas quando ela percebeu que eu estava olhando para ela, ela rapidamente olhou

longe, suas orelhas ficando vermelhas.
Suspirei, pensando, sabe, não é estranho você falar comigo.
Enquanto isso, Clive fez uma careta de desprezo, e Lucas olhou para mim com a sobrancelha
erguida com renovado interesse, como se eu tivesse sido promovido de inseto a inseto.
mamífero.
"O diretor Goodsky me pediu para ir com calma nas minhas aulas da divisão superior até que eu me
adaptasse à escola. Afinal, este é o meu primeiro dia.” Eu tentei facilitar o meu caminho para fora
disso. Lutar contra um bando de adolescentes não ia acabar bem.
“Oh, vamos lá – isso não é divertido, agora é? Para a gente mostrar o devido respeito, você tem que
demonstrar uma certa habilidade, sabe? Só para provar que você está realmente qualificado para
estar no nível da divisão superior. Não é mesmo, turma?” ela gritou.
"Sim!"
Era um acampamento militar ou algo assim? Por que eu sempre tinha que provar a mim mesmo em
qualquer situação que surgisse?
“O que você tem em mente, professora Glory?” Eu disse com um suspiro derrotado.
Isso não iria embora, e eu não queria perder meu fôlego discutindo com pessoas que se recusavam
a ouvir a lógica.
"Não tenha medo - eu sou uma mulher justa e justa", ela disse docemente.
Justo e justo, minha bunda.
Parecia que ela tinha lido minha mente – ela colocou um braço forte em volta do meu pescoço e
apertou, os músculos me sufocando.
"Vamos começar este semestre com um joguinho. Eu não sou tão legal?” Pelo olhar em seu rosto,
ela estava mais animada do que qualquer um com isso. Ela continuou: “Então! Que tipo de jogo
devemos jogar... uma batalha de equipe simulada?

Guerra?"
Curtis levantou a mão. "Que tal ter os três oficiais do comitê disciplinar na mesma equipe, professor?
Essa poderia ser uma boa maneira de trabalharmos em equipe também.” Claire concordou com a
cabeça ao lado dele.

"Hmmm, não é uma má ideia," ela respondeu, esfregando o queixo.

"Mas o professor, Curtis e Claire tiveram mais treinamento do que o resto de nós.
Não seria justo tê-los no mesmo time que ele”, argumentou um adolescente alto e de
cabelos negros.
"Isso é verdade…. Ah! Eu sei – a equipe da DC terá Arthur no papel de rei, e a equipe
terá uma perda imediata se ele for colocado fora da batalha. Acho que isso deveria ser
justo. Agora, e a outra equipe?” Ela estava murmurando sobre possíveis candidatos,
como se estivesse falando para si mesma, quando uma mão
rosa.
"Professor. Que tal ter a princesa Tessia e eu como oponentes?

Clive sugeriu.
"O que?" Tess virou a cabeça para Clive com surpresa, mas antes que ela tivesse a
chance de objetar, a professora Glory apertou suas mãos.
“Ah, agora as coisas estão ficando interessantes! Mas seria injusto ter dois contra três”.
Ela olhou em volta para o grupo de alunos.
"Acho que Tessia e eu podemos dar um jeito, considerando a regra de morte súbita em
relação a Arthur Leywin", disse Clive sério.
"Eu me voluntario para fazer parte da equipe do conselho estudantil", disse Lucas Wykes, apoiando-se
em sua equipe.
“Ah – Sr. Wykes, nosso outro calouro genial. Muito bem. Será uma boa chance de avaliar
suas habilidades também.” Eu poderia dizer que ela estava tendo uma pontada de dúvida.
Talvez ela tivesse ouvido rumores sobre ele.
Vários alunos gemeram de decepção por não terem a chance de me derrotar e estar no
mesmo time que o presidente do conselho estudantil, mas todos estavam claramente
animados para ver a partida.
"A partida terá um limite de tempo de trinta minutos, após o qual teremos uma breve
discussão e análise do que vimos. Prepare-se!” Com isso, uma pilha do que parecia ser
equipamento de exercício caiu no chão do anel dimensional da Professora Glory.
Tornando-se séria, ela disse: “Este é um equipamento especial projetado por artífices

para medir a quantidade de dano que está sendo causado. Se sofrer danos além do limite
criptografado, ele será ativado e emitirá um ruído estridente.
Quem optar por ignorar este aviso e continuar a lutar ou lançar feitiços será imediatamente
expulso da minha turma, podendo enfrentar outras consequências em relação à sua inscrição.
Esta regra se aplica a todas as classes de luta da divisão superior nesta academia, então grave
isso em seus cérebros. Todos vocês são avançados o suficiente para que se proteger com mana
não seja um problema. E deixe-me ser claro: este equipamento não irá protegê-lo. Você pode se
machucar ao usá-lo. Prefiro não obrigar nossos curandeiros a trabalhar esta tarde. Limpando a
garganta, a professora Glory gritou: "Eu fui clara?"
"Sim!"
"Bom! Agora, vocês seis se preparam.” Ela voltou ao seu vínculo, e o resto dos alunos se dirigiu
para a plataforma de observação.
Curtis deu um tapinha nas minhas costas antes de pegar seu equipamento. "Bem, parece que
vamos ter uma sessão de treinos cedo. Vamos fazer o nosso melhor, Arthur. Lembro-me de
você querendo uma espada naquela época, vamos ver o quão bom você é.”
“Não podemos envergonhar o nome DC agora, podemos? Vou tornar a prática ainda mais difícil
para quem não atende aos padrões!” Claire sorriu maliciosamente.
Clive e Lucas simplesmente me ignoraram enquanto reuniam seus equipamentos.
O equipamento consistia em uma jaqueta apertada e uma série de tiras que envolviam as pernas
e os braços. Eu estava tendo problemas para colocar as faixas no braço, e Tess veio
silenciosamente para me ajudar a amarrar as faixas ao redor do meu braço direito.
“A Princesa Tessia deveria estar me ajudando assim?” Eu sorri enquanto ela ajudava
Eu.
Atirando-me um olhar, ela apertou as alças, puxando meu braço em direção a ela.
"Pode, Sr. Gênio. Você não tem que agir tão formal? eles não podem nos ouvir de lá de qualquer
maneira.” Ela puxou outra alça e disse: “Eu odeio ter que agir como se não conhecesse você”.
"Você sabe, eles vão descobrir eventualmente. Por que trabalhar tanto para se esconder

isto?" Dei de ombros.
“Você quer dizer... você não se importa? Vovó Cynthia me disse que você queria manter um
perfil baixo, então eu pensei...” Seu rosto perdeu a compostura quando se desvaneceu.
"Bem, eu não tenho feito um trabalho muito bom nisso, estou?" Eu ri, confundindo Tess ainda
mais.
"Está bem. Há apenas algumas coisas que eu realmente quero esconder. Enquanto esses
permanecerem em segredo, o resto realmente não importa. Por um lado, você percebe alguma
coisa?” Eu estiquei meu peito para deixá-la me analisar.
“Eu não sei o que—ah! Não consigo sentir seu wat-mmphh!
Eu cobri sua boca bem na hora. Inclinando-me para mais perto dela, eu sussurrei, “Sim, isso, e
a verdadeira identidade de Sylvie também. Estou mantendo a maioria das minhas habilidades
em segredo por enquanto, então você tem que fazer sua parte também. Talvez seja uma boa
ideia manter minha visita ao seu reino em segredo, mas você não precisa me ignorar, Tess. Eu
a soltei.
Ela corou e me empurrou para longe dela. "Você está muito perto", ela murmurou baixinho, sua
cabeça inclinada para baixo.
"Vocês dois terminaram de flertar por aí?" A voz da Professora Glory lá de cima surpreendeu a
nós dois, e eu rapidamente terminei de ajustar as tiras.
"Arthur, sugiro que você deixe seu vínculo em um lugar mais seguro se ela não for capaz de
ajudá-lo durante a batalha como o vínculo de Curtis." Ela apontou para a plataforma de
observação.
“Kyu!” Sylvie gritou em protesto.
"Eu acho que será melhor para você ficar de fora, Sylv", eu disse, acariciando sua cabecinha.
'Aww... Tudo bem.' Ela pulou da minha cabeça e correu para fora do campo.
Quando Tess terminou de colocar seu equipamento, eu disse: “Vamos ambas fazer o nosso
melhor. Quero ver o quanto você melhorou.”
Ela me deu um sorriso confiante e disse: "É melhor você tomar cuidado então", antes de correr
para o outro lado do campo para se juntar a Clive e Lucas.
Fui em direção a Curtis e Claire. Claire estava se alongando e Curtis estava

montado em seu leão do mundo, Grawder.

"Mesmo com Grawder, ainda estamos em desvantagem porque eles têm dois conjuradores,
e Clive é um ampliador de longo alcance. É uma perda instantânea para nós se seu
equipamento for ativado, o que limita seriamente nossas opções.” Claire se apoiou em sua
espada desembainhada enquanto estica a perna para trás.
"Ela está certa. Claire e eu realmente não sabemos nada sobre seu estilo de luta, então
vamos combinar com seu ritmo. Nossa prioridade será protegê-lo enquanto estivermos ao
alcance para causar algum dano”, disse Curtis, acariciando Grawder.
Tess, Clive e Lucas estavam a apenas algumas dezenas de metros de distância. Parecia
que seríamos prática de tiro ao alvo para eles até chegarmos ao alcance. Isso seria divertido.
Eu sorri e meu sangue correu. Eu adoraria dar alguns bons golpes em Lucas durante a
partida, embora tivesse certeza de que tanto Lucas quanto Clive estavam pensando a
mesma coisa sobre mim.
Peguei a Balada de Dawn, certificando-me de deixar sua bainha no anel dimensional. Curtis
e Claire prepararam suas armas também.
"É uma bela espada que você tem aí, Arthur." Claire assobiou enquanto olhava para minha
lâmina. Então ela lançou uma aura de batalha feroz, infundindo mana de atributo de vento e
fogo em seu corpo.
Curtis também parecia muito impressionante empunhando suas duas espadas de dois
gumes de cima de seu vínculo. "Você está pronto para isso?" ele perguntou.
Claire olhou para mim também, seu rosto mostrando um pouco de preocupação. Eu dei a
ambos um aceno silencioso, e ela se virou para focar em nossos oponentes. Eu me virei
para nossos oponentes também, imbuindo meu corpo e espada com vento e mana da terra.
Meu cabelo e roupas esvoaçaram enquanto o chão abaixo de mim pulsava ao meu comando.
A voz poderosa da Professora Glory ecoou pelo campo de batalha. "Que comece a partida!"

55
ISTO VAI DOER
AO SINAL DA PROFESSORA GLORY , nós três corremos para frente. Montado em

Grawder, Curtis estava à minha esquerda e Claire à minha direita, ambos um pouco à
minha frente.
Tess, Clive e Lucas se separaram assim que cobramos. Tess circulou pelo lado esquerdo
enquanto se preparava para enfrentar Curtis, enquanto Clive corria pelo lado direito para
confrontar Claire antes que ela o alcançasse.
Bem à frente, Lucas estava calmamente esperando por mim, seu rosto contorcido em
um sorriso arrogante que parecia dizer: “Eu não preciso me preparar para você”. Agora,
como nos Dire Tombs, a arrogância de Lucas não tinha limite. Senti um lampejo de fúria,
lembrando como ele nos traiu usando-nos como isca viva para que pudesse escapar. Ele
usava o mesmo sorriso de escárnio que tinha agora.
Tess provavelmente venceria Curtis. Eu não tinha certeza de quem era mais forte, Claire
ou Clive, mas eu teria que me preocupar com isso mais tarde. Vento e terra se curvaram
à minha vontade enquanto eu infundia mais mana, ativando a rotação de mana também.
Lucas não era fraco, e sua reserva de mana era maior que a minha, mas isso não
significava que ele era mais forte que eu.
Eu propositalmente deixei escapar um pouco da minha intenção de matar Lucas de seu
pedestal. Ele sentiu e começou a cantar baixinho um feitiço enquanto corria para trás
para colocar mais distância entre nós.
Ao fechar a brecha, senti os olhos aguçados da Professora Glory me estudando de onde
ela voava bem alto. Eu respirei fundo e bloqueei tudo

senão. No que me dizia respeito, esta era uma briga entre Lucas e eu. Eu estreitei meus olhos
em máxima concentração? cada passo que eu dava criava pequenas crateras no chão enquanto
o vento assobiava ao meu redor.
Lucas riu, então lançou seu feitiço. “Gaiola do Inferno!”
O feitiço era semelhante à técnica Ember Wisp que Lucas e o ex-professor Geist usaram, mas
era muito maior. Os orbes se espalharam e flutuaram ao nosso redor, criando uma cúpula feita
de fogo.
Não me diga...
Com um sorriso confiante, ele estalou o dedo e disse: "Ative".

Os orbes brilharam em resposta, então começaram a cuspir balas de fogo. Se fosse um feitiço no
nível de Ember Wisp, eu seria capaz de fechar a lacuna enquanto desviava das bolas de fogo,
mas isso era insano. Dezenas de rajadas de fogo foram bloqueadas em minha posição, disparando
de todas as direções a uma taxa constante. Se eu não tivesse treinado meu corpo e técnicas de
luta durante meu tempo como aventureiro, não teria sido capaz de evitar tudo, não importa o quão
rápido eu fosse. Eu não tive a chance de dar nem um passo mais perto do meu alvo - fui forçado
a me esquivar e bloquear cada míssil do inflexível inimigo.
bombardeamento.
Gaiola do Inferno – quem criou esse feitiço merecia uma espada na bunda para sentir a dor que
era lidar. No topo das constantes bolas de fogo e fluxos de chamas que se prenderam em mim, o
calor dentro da cúpula estava me desgastando. Sem minha mana de atributo fogo ou água, não
havia maneira direta de combater o calor interno. Usar mana de atributo de fogo para tornar meu
corpo mais imune ao fogo, ou mesmo usar mana de atributo de água para resfriar meu corpo
diretamente, estavam fora de questão.
“Continue correndo por aí, macaco. Você acha que é possível para um camponês como você
realmente ter uma chance contra alguém como eu? Mal posso esperar para pisar em você e
esmagar qualquer gota de confiança que você tinha só porque você se tornou um membro da DC
e um professor. Eu pensei que esta aula seria uma perda de tempo, mas agora eu sei porque eu
fui trazido aqui. Foi para destruir você.” Dele

rosto de menino bonito foi torcido em um sorriso de escárnio feio.
— Você está bem, papai? A voz preocupada de Sylvie ecoou na minha cabeça. Ela
podia sentir o quão frustrado eu estava.
Sim, estou bem, Sylv. Não se preocupe comigo. Como estão todos os outros? EU
enviado de volta.
'Mama está vencendo Curtis, e Claire está vencendo aquele cara sério', ela respondeu.
Certo, apenas me diga se algo incomum acontecer. Voltei meu foco para a luta. Consegui evitar as balas
de fogo e os ocasionais jatos de fogo, mas não consegui me aproximar de Lucas. Tentei soltar uma lâmina
de vento e disparar alguns espinhos de terra em Lucas, mas ou os orbes que formavam a cúpula os
destruíram ou Lucas apenas bloqueou meus feitiços com os dele.
O que havia com a reserva de mana desse garoto? Ele não tinha um limite de quanto tempo ele poderia
manter esse feitiço?
Não, acalme-se, Artur. Você não quer ser impaciente. Acho. Como posso usar o vento? Vento... o que é
vento? É o movimento do ar, certo? Então, o que é o ar?
Oxigênio? Azoto? Posso controlá-los também? Como?
Eu estava ficando frustrado pela minha falta de compreensão dos meus elementos vento e terra. Agora era
um momento tão bom quanto qualquer outro para tentar aprender sobre eles. Não bastava atirar balas de
vento ou lâminas de vento, porque Lucas já havia preparado vários níveis de escudos de fogo ao seu redor.
Eu não estava pensando fora da caixa quando usei o vento. Mesmo com a rotação de mana, eu não tinha
a mana que precisaria para formar um tornado grande o suficiente para engolir o fogo atirando em mim - e
mesmo que tivesse, não achava que seria capaz de durar mais do que Lucas . O que eu estava perdendo?
“Continue se contorcendo! Tenho certeza de que serei perdoado se algumas bolas de fogo pousarem em
você mesmo depois que seu equipamento for ativado - todo mundo sabe que não posso cancelar as
explosões dos orbes depois que eles forem lançados. Ele deu de ombros com indiferença, os escudos ao
redor dele bloqueando qualquer feitiço que eu atirasse nele.
Pense, Artur. Foco no fogo. O que o fogo precisa para continuar queimando? …

Oxigênio.
Eu poderia me livrar do oxigênio ao meu redor para que o fogo não pudesse me atingir?
Então o que aconteceria comigo? Eu seria capaz de respirar?
GLÓRIA PROFESSORA
Bem agora. Lucas é melhor do que eu ouvi.
Gaiola do Inferno era um feitiço muito difícil de dominar, mas ele foi capaz de lançá-lo enquanto
corria para trás. Ele mal tinha treze anos e já podia usar um feitiço de domínio? O mundo com
certeza estava mudando. Um meio-elfo como ele usando magia de atributo de fogo – até
mesmo a Princesa Tessia – eles eram todos monstros. Eu tenho arrepios nas costas
imaginando o quão forte eles seriam quando se formassem.
Mas Arthur Leywin... O que diabos ele era? Lucas Wykes havia despertado alguns anos mais
cedo graças à sua linhagem élfica, e eu meio que conseguia entender o nível de controle que
ele tinha com seus feitiços. Ser de pura linhagem élfica – e da família real – garantia que as
habilidades de Tessia Eralith estavam alguns níveis acima de qualquer outra de sua idade.
Mas Artur?
Assim que ele atravessou o campo para enfrentar Lucas, senti um suor frio irromper. A forma
como o vento e a terra naturalmente gravitavam em direção a ele, dançavam ao seu redor –
ele não estava controlando os elementos com seus comandos como um mago típico. Não, ele
estava em perfeita harmonia com a mana que o cercava, como se os elementos fossem meras
extensões de seus membros.
Lucas parecia estar levando Arthur a sério. Coisa boa, também, ou ele provavelmente teria
perdido instantaneamente. O feitiço Gaiola do Inferno envolvia Arthur e Lucas em uma grande
cúpula de fogo. Eu poderia dizer que Lucas estava um pouco desgastado depois de usá-lo,
mas isso era um feitiço contínuo? ele poderia deixá-lo ativado até ficar sem mana, o que eu
não achava que aconteceria tão cedo. A cúpula, composta de minúsculos orbes de fogo, era
uma armadilha mortal usada por conjuradores para ganhar vantagem contra aumentadores ou
bestas de mana ágeis.
Os minúsculos orbes podiam disparar raios e balas de fogo em qualquer lugar dentro da
cúpula, deixando o ampliador ocupado o suficiente para que o conjurador pudesse lançar mais
feitiços, ininterruptamente.

Voltei meu foco para Curtis Glayder e Tessia Eralith. Como esperado, Curtis estava
passando por momentos difíceis. Eu tive a chance de observar a princesa elfa praticando
com nosso diretor uma vez, e eu tinha que dizer, a maneira como ela lutava era
requintada. Ela era uma feiticeira, mas seu cajado era na verdade uma lâmina afiada
feita de uma madeira única que era mais leve, mas mais dura que a maioria dos metais.
Lançando buffs em si mesma e usando feitiços em sincronia com seus movimentos, ela
dançou entre videiras conjuradas com uma velocidade mais rápida do que alguns
aumentadores treinados, usando mana de atributo de vento para ajudar em cada movimento e ação.
Devido ao seu estilo misto de feitiços de conjuração e combate corpo a corpo, ela não
tinha fraqueza perceptível. Quando comparei com minha própria maneira de lutar, só
pude admirar o quão gracioso e bonito era o estilo dela.
Claire Bladeheart, por outro lado, estava ganhando vantagem sobre nosso vice-presidente
estudantil. Clive era um raro ampliador de longo alcance, e ele empunhava um arco
curto capaz de disparar flechas em um ritmo quase inacreditavelmente rápido. Ele teria
uma vantagem contra a maioria dos ampliadores, mas Claire era mais do que páreo para
ele. Seu estilo imitava o de seu tio — aquele bastão, Kaspian. Com seus elementos
duplos, ela criou lanças de vento e fogo de sua espada. Ela ainda não tinha alcançado o
nível de seu tio, mas com treinamento constante, eu estava confiante de que ela poderia
superá-lo.
Voltei minha atenção para a batalha mais intensa, que definitivamente era aquela entre
Arthur e Lucas. A maioria dos alunos também assistia à luta, admirados com suas
habilidades.
Olhando mais de perto, levantei uma sobrancelha com o que vi. Isso é estranho.
Arthur estava sendo atingido pelas bolas de fogo agora. Nesse ritmo, mesmo com
proteção contra mana, seu equipamento seria ativado. Mas ele se esquivou deles tão
facilmente apenas um minuto atrás – concentrei mais mana em meus olhos para dar
uma olhada melhor. A cúpula de fogo que os cercava bloqueava muito a visão, mas eu
ainda conseguia mais ou menos distinguir a luta. Tentei ver o que Arthur estava fazendo
- ele estava segurando sua
respiração?

“Tocha, abaixe.” Meu vínculo desceu, dobrando suas asas maciças para manter-se nivelado.
Enquanto circulávamos lentamente ao redor da enorme cúpula de fogo que cobria um terço
do campo, as coisas começaram a ficar mais claras. Para cada três ou quatro rajadas de
fogo que arranhavam ou atingiam Arthur, uma se extinguiria completamente antes de atingi-lo.
"Não..." Um sorriso surgiu em meu rosto enquanto eu o observava. Ele está realmente
tentando aprender a manipular o ar agora? Eu cobri minha boca enquanto sorria maravilhada.
Aquele monstrinho... Ele tem coragem, eu vou dar isso a ele.
A manipulação do ar era uma variação da magia do vento, embora muito mais difícil.
Apenas os magos mais perspicazes e sensíveis eram capazes de manipular diretamente os
componentes individuais de um elemento natural, mesmo enquanto meditavam em um
ambiente perfeitamente calmo e pacífico. Após anos de prática através da meditação, um
mago pode começar a experimentar situações da vida real e incorporar a técnica em feitiços.
O método do fogo azul foi um exemplo perfeito disso. Levou anos de meditação para ser
capaz de invocar chamas azuis de forma estável, e ainda mais tempo para fazê-lo rápido o
suficiente para ser útil em batalhas reais. Esta pequena fera estava pulando alguns passos e
tentando incorporar uma técnica completamente nova no meio de uma batalha.
Minhas mãos tremeram de excitação ao pensar em ser capaz de testemunhar o

desenvolvimento de um mago que talvez pudesse se tornar o pináculo do poder nesta escola
– talvez até mesmo neste continente.
Um som de rugido chamou minha atenção, e eu me virei. Parecia que a batalha da princesa
Tessia e do príncipe Glayder estava chegando ao clímax.
O uniforme de Curtis Glayder estava cheio de pequenos cortes e arranhões. Curtis tinha se
saído bastante bem contra o pupilo estrela do diretor Goodsky, eu tinha que admitir, embora
provavelmente fosse apenas por causa de seu vínculo que ele conseguira durar tanto tempo.
“Você me forçou a fazer isso, Princesa Eralith. Por favor, seja cuidadoso! Fase um — Ira do
Rei!” Príncipe Glayder rugiu enquanto seu corpo brilhava.
Ele estava ativando a fase de aquisição de sua vontade de besta. Curtis raramente escolhia

usar a habilidade de sua besta porque ele não considerou seu próprio poder. Eu tive que
entregar a ele, ele tinha a mentalidade certa. Alguns domadores de feras optaram por usar
apenas os poderes únicos concedidos por sua vontade de fera em vez de aprimorar seus próprios.
Assim, embora ainda fortes, eles nunca se aperfeiçoaram a longo prazo. Para maximizar o
efeito da vontade da besta, o usuário precisava fortalecer seu próprio poder.
Quando Curtis ativou a primeira fase de sua besta, uma notável transformação ocorreu nele.
Cada pessoa exibiu um nível diferente de mudança visível, e a do príncipe Glayder foi
significativa. Seu cabelo ruivo espetado e sobrancelhas ficaram mais longos e bagunçados, e
as tiras que envolviam seus braços se apertaram à medida que seus músculos se expandiam.
Seus caninos se estenderam, tornando-se visíveis enquanto ele rugia.
Eu assobiei. Esta visão nunca deixou de me impressionar.

Mudei meu olhar para a princesa Tessia, que estava em cima de um tapete de videiras. Seu
rosto parecia anormalmente pálido. Talvez ela tenha sofrido algum dano e eu não tenha notado.
Eu estava bem distante da batalha de Tessia e Curtis desde que estava circulando Lucas e
Arthur, mas quando infundi meus olhos com mana, pude distinguir gotas de suor escorrendo
pelo rosto da princesa.
“Este é meu ataque mais poderoso,” o príncipe Glayder explodiu, sua voz vibrando com poder.
“Se você pode assumir isso, eu vou admitir minha derrota. Preparem-se!"
“Uivo Mundial!” Mana se reuniu na frente da boca do Príncipe Glayder enquanto ele invocava
seu ataque de respiração. Os leões do mundo tinham um movimento poderoso que eles usavam
como último recurso contra seus inimigos mais poderosos - um feixe de mana condensado de
atributo terra que poderia destruir qualquer coisa em seu caminho se não fosse bloqueado
adequadamente.
Olhei para Tessia novamente, começando a me preocupar, e pude vê-la murmurar um
encantamento. Então o impensável aconteceu.
ARTHUR LEYWIN

Porra!
Eu estava frustrado como o inferno. Eu só podia fazer uma careta e me esforçar mais enquanto
lutava para manipular as moléculas de ar ao meu redor. Eu tive pouco sucesso até agora, mas eu
senti que estava em algo aqui. Percebendo isso, Lucas estalou a língua e começou a entoar
feitiços novamente.
“Guardiões da Chama!” ele gritou.
Eu me permiti um pequeno sorriso quando percebi que ele estava chegando ao seu limite. Então,
novamente, eu também – ou para ser mais preciso, meu equipamento de combate também. Eu
não tinha certeza de quando essa coisa iria começar a gritar seu alarme, então eu tive que
terminar tão rápido.
Mas quando os soldados de fogo se aproximaram de mim, a voz preocupada de Sylvie gritou na
minha cabeça: 'Papai, algo está errado com mamãe. Eu vou ajudá-la!
Caramba!
Não! Você não pode fazer nada enquanto estiver nessa forma! Eu gritei de volta no meu
cabeça.
Eu podia sentir o desespero de Sylvie, me deixando ainda mais ansiosa.

“Nããão!”
O grito veio de cima — era a professora Glory. Dei uma rápida olhada para cima e vi que ela
estava correndo a toda velocidade até Tess e Curtis.
Papai! Ela não vai chegar a tempo! Sylvie mandou de volta, soando até
mais preocupado do que antes.
Caramba!
Meus joelhos quase cederam e as cores do mundo ao meu redor se inverteram quando ativei a
primeira fase da vontade besta de Sylvia. Essa capacidade de me deslocar para fora do tempo e
do espaço do mundo tinha um limite? Eu não poderia afetar nada fora de mim, a menos que
trouxesse aqui comigo.
Eu não tive tempo para isso.
Corri através de uma lacuna entre os orbes da cúpula criada pela Gaiola do Inferno, passando
pela professora congelada em sua montaria.
A alguma distância adiante, vi Tess. Ela já havia desmaiado e estava caindo

da videira conjurada em que ela estava de pé, segurando seu abdômen. O ataque de
respiração maciço que Glayder lançou estava quase sobre ela.
Sylvie estava certa — a professora Glory não teria chegado a tempo. Eu só conseguia
cerrar os dentes de pavor ao imaginar meu precioso amigo morrendo.
Eu acelerei, minha visão ficando embaçada. Eu estava quase no limite da minha energia.
Porra. Espere, Arthur, você pode fazer isso.
Fiz minha corrida final em direção a Curtis e Tess e, quando pulei de uma videira em ruínas,
envolvi meu corpo em torno de Tess. Usando o pouco de mana que me restava, criei uma
barreira ao nosso redor.
Isto vai doer.
Eu liberei minha primeira fase. À medida que o mundo voltava às suas cores originais, senti
uma tremenda dor lancinante nas costas. Antes que eu pudesse gritar, minha visão
desapareceu, e a última coisa que ouvi antes de desmaiar foi o som estridente do meu
equipamento sendo ativado.

56
ENCONTRO FAMILIAR
GLÓRIA PROFESSORA
Estou atrasado! Caramba! O que aconteceu? Por que ela desmoronou assim? Há algo
errado com seu núcleo de mana? Porque agora?
Eu só podia assistir com horror quando o raio do ataque de respiração do príncipe
Curtis fez seu caminho em direção à princesa Tessia. Sem defesas ao seu redor, ela
viveria? Se ela o fizesse, ela seria capaz de continuar como uma maga? Esqueça ser
uma maga — ela pode ficar aleijada pelo resto da vida!
Eu podia sentir as lágrimas brotando em meus olhos enquanto eu desesperadamente
corria em direção a eles, mas eu sabia que não ia conseguir. Quais seriam as
consequências? Eu ficaria feliz se isso acabasse comigo sendo demitido - minha
verdadeira preocupação era que isso pudesse iniciar uma guerra civil. Em um momento
tão importante neste continente, eu seria o responsável pela divisão entre as três raças?
O Uivo Mundial de Curtis envolveu a princesa, e um grito de pavor escapou dos meus
pulmões. Um olhar de choque cruzou o rosto do Príncipe Glayder quando ele percebeu,
depois de liberar seu ataque, que Tessia já estava inconsciente. Não havia maneira,
porém, nenhuma maneira de parar o ataque.
Depois do que pareceram horas, o feixe de energia se dissipou lentamente, e o que vi
quando clareou foi ainda mais chocante do que o pior cenário possível que eu havia
imaginado.
Em total incredulidade, apenas gaguejei: “AA-Arthur?”
Como diabos ele chegou lá? Apenas momentos atrás, ele estava ocupado com

Lucas dentro da Gaiola do Inferno. Teletransporte instantâneo; Isso era mesmo possível?
Não ... não não... não . Não foi possível.

Eu pulei da Tocha assim que cheguei perto o suficiente e corri em direção a Arthur e a
Princesa Tessia, ultrapassando os curandeiros que estavam correndo em direção aos
lutadores caídos. Arthur estava mal. A maioria de suas roupas havia se desintegrado, deixando-
o apenas com pedaços de seu uniforme intactos e um curativo estranho em volta do braço
esquerdo. Ele estava todo ensanguentado, e havia cortes profundos em seu lado? Eu podia
ver um osso de costela. Seu corpo estava enrolado em torno da princesa e, pelo que eu
poderia dizer, ele usou a maior parte de sua mana para protegê-la. Graças a isso, ela quase
saiu ilesa.
Os outros alunos estavam correndo para fora da plataforma de observação, indo até lá.
Felizmente, a princesa estava bem? Arthur, no entanto, precisava de atenção imediata. Assim
que cheguei perto o suficiente para tentar ajudá-los, porém, o pequeno vínculo de Arthur me
parou com um rosnado ameaçador.
Normalmente, eu teria achado a pequena raposa branca que cavalgava em cima da cabeça
de Arthur bonitinha, mas a intenção assassina que estava emitindo naquele momento era
tudo menos isso. A quantidade de pura ameaça que irradiava daquela pequena raposa não
era brincadeira. Parecia estar protegendo seu mestre e a princesa Tessia.
"Está tudo bem, amiguinho, estamos apenas tentando ajudar." Eu tentei me aproximar
lentamente, mas seu rosnado só ficou mais alto? os curandeiros, que finalmente chegaram,
hesitaram atrás de mim, claramente intimidados. Torch, que normalmente não tinha medo
mesmo no caos da batalha, me segurou, seu bico agarrando a parte de trás da minha camisa.
"Professor, eu não queria. Eu não sabia que ela iria desmaiar.” Curtis correu para mim, seu
rosto pálido de medo.
“Está tudo bem, eu sei. Não sei como, mas Arthur conseguiu proteger a princesa. Seu vínculo
não vai nos deixar chegar perto deles, no entanto. Eu cerrei meus punhos em frustração.
Arthur precisava de atenção imediata. Por que seu vínculo estava arriscando a vida de seu
mestre fazendo isso? Não poderia fazer sentido que estávamos tentando

ajuda?
Curtis também tentou chegar a Arthur e Tessia, mas também falhou. Cada tentativa de chegar um
passo mais perto deles resultou no vínculo nos atacando. “Alguém chame o diretor Goodsky!” eu
lati. Alguns dos alunos correram para obedecer, mas antes que pudessem sair, um grito alto
encheu o ar.
De cima, uma coruja verde voou e pousou na frente do vínculo de Arthur.
Eles pareciam trocar uma série de kyus e vaias.
"Eles estão... conversando?" O príncipe Glayder gaguejou confuso.
"Eu penso que sim." Eu cocei minha cabeça com isso. As bestas de mana de diferentes espécies
poderiam se comunicar umas com as outras?
Ficamos ali, impotentes, observando uma raposa branca e uma coruja verde 'conversar' até que,
alguns minutos depois, o diretor Goodsky chegou, parecendo bastante confuso.
"Oh meu Deus." Ela se ajoelhou na frente deles, mas desta vez, o vínculo de Arthur não
reagir.
“Diretor Goodsky—” eu comecei, mas ela me parou.

"Por favor. Vou ouvir o que aconteceu mais tarde. Temos que levar esses dois para a enfermaria
— eu mesmo os levarei. Entre em contato com o Guild Hall e peça para eles enviarem mais dois
de seus melhores curandeiros,” ela disse, levitando Arthur e a princesa.
Eu balancei a cabeça e subi de volta em Torch.

ARTHUR LEYWIN
Acordei com uma pontada de dor lancinante em todo o meu lado e explodi em um ataque de tosse.
Todo o meu corpo parecia imerso em uma mistura de diferentes tipos de dor – dor lancinante, dor
ardente, dor latejante e a ocasional dor dilacerante que irradiava por todo o meu corpo.
Sem forças para gritar, eu só conseguia cerrar os dentes enquanto me agarrava ao lado da cama
em que estava deitada.
Eles realmente precisavam se apressar e inventar a anestesia.
Depois de alguns momentos de adaptação à agonia em que estava, virei debilmente a cabeça
para ver Sylvie dormindo ao meu lado.

- Como você está se sentindo, Artur? A voz familiar do diretor Goodsky veio do outro lado
da cama.
Sem forças para virar a cabeça novamente, eu choraminguei: “Nunca melhor. Por que
você pergunta?"
"Se você tiver a vontade de responder sarcasticamente, tenho certeza que você vai ficar
bem", ela riu.
Se eu tivesse forças para revirar os olhos para ela, eu teria. "Como está Téssia?" Eu
perguntei em vez disso, minha voz rouca.
"Bem, a boa notícia é que Tessia está em um estado muito melhor do que você," ela disse
cansada.
"Seu corpo não pode lidar com sua besta, eu presumo?"
"Como você sabia disso?" A diretora Goodsky deu a volta para o outro lado da cama para
poder me encarar.
"Porque fui eu quem deu a ela o testamento da besta." Tentei me sentar, mas a dor era
muito grande. Eu cerrei meus dentes contra ela e continuei. "Certifique-se de que ninguém
saiba que Tessia tem uma vontade besta, pelo menos por enquanto. Eu mesmo a ajudaria
com a assimilação se pudesse, mas vou deixá-la com você. Eu poderia dizer que ela tinha
perguntas, mas ela se conteve por enquanto.
"Eu não deixei ninguém além dos curandeiros ver nenhum de vocês desde que chegaram
à enfermaria", disse ela. "Entretanto, entrei em contato com a família real, assim como com
a sua. Eles devem estar chegando em breve. Eu tinha assumido que ela adquiriu o
testamento da besta de Virion – pensar que era de você...” Ela ficou em silêncio por um
momento, então disse, “Descanse um pouco, Arthur. Seu corpo é extraordinariamente forte
e não acho que haverá repercussões de se movimentar em breve, mas é melhor prevenir
do que remediar.” Ela foi até a porta, mas antes de sair acrescentou: “Obrigada por salvar
Tessia”.
Dei-lhe um sorriso fraco e caí de volta no sono.
Sylvie lambendo minha bochecha me despertou algum tempo depois. 'Papai, você está se
sentindo melhor agora?'

"Querida, Art está acordado", ouvi uma voz à minha esquerda dizer. Minha mãe.
Ignorei a dor e virei a cabeça. "Ei mãe, quando vocês chegaram aqui?" Dei a ela o melhor
sorriso que pude reunir.
"Você está bem?" O diretor Goodsky ainda não nos contou exatamente o que aconteceu.
Como você se machucou tanto no primeiro dia de aula?” Eu poderia dizer que ela queria me
abraçar, mas ela se conteve. Eu obviamente não estava no melhor estado para isso. Em vez
disso, ela usou um pano úmido para enxugar o suor escorrendo do meu rosto, e percebi que
estava encharcado.
Minha irmã se inclinou do outro lado da cama. "Irmão! Você está bem? Isso doi?" Meus olhos
se arregalaram de horror quando ela levantou a mão para começar a me sondar, mas antes
que ela pudesse me tocar, mamãe puxou sua mão de volta.
"Você já está se metendo em brigas, filho?" meu pai perguntou, sorrindo.

“Você deveria ver como o outro cara se parece.” Eu consegui um sorriso, fazendo-o rir.
Minha mãe engasgou - ela parecia ter me levado a sério e talvez estivesse realmente
imaginando como a outra pessoa deveria ser.
"Ele está apenas brincando, Sra. Leiwin.” O diretor Goodsky entrou na sala acompanhado por
toda a família Eralith — incluindo Tess, que estava muito melhor.
“Isso...” Meu pai deu um passo para trás surpreso quando minha mãe engasgou, cobrindo a
boca.
"Prazer em finalmente conhecê-lo, Sr. e Sra. Leiwin.” Alduin Eralith, pai de Tessia e ex-rei de
Elenoir, agarrou a mão de meu pai atordoado e a apertou.
"Sempre quisemos conhecer os pais de Arthur. É um prazer conhecê-lo pessoalmente.” A mãe

de Tessia, Merial, a ex-rainha de Elenoir, abraçou minha mãe, que ainda tinha as mãos sobre
a boca em descrença.
Aproximando-se de Ellie, Merial acariciou sua cabeça suavemente. “Você deve ser a irmãzinha
de Arthur. É um prazer conhecê-lo.”

"Eu vi você no anúncio alguns meses atrás..." Meu pai parecia ter perdido a maior parte de
suas habilidades de fala na presença deles, o que achei surpreendente. Ele não reagiu tão
fortemente mesmo quando conheceu o rei e a rainha de Sapin.
"Saudações. Eu sou Virion Eralith, ex-professor de seu filho.” Vovô me lançou um sorriso
atrevido enquanto segurava a mão do meu pai.
Eu não conseguia pensar em um comentário espirituoso, então eu apenas observei e sorri
enquanto os olhares de meu pai e minha mãe disparavam entre a família Eralith e eu.
"Olá. Minha amiga é... quero dizer, meu nome é Tessia Eralith. Sou amigo de Arthur. Tessia
baixou a cabeça em saudação, mas pude ver que ela estava corando com sua gafe. “É um
prazer finalmente conhecer todos vocês.”
Meus pais pareciam ainda mais surpresos, então minha mãe me deu um sorriso tímido,
sugerindo que ela estava no caminho certo. Olhando para Tess com um sorriso suave, ela
respondeu: "Da mesma forma. Estou feliz em conhecer o amigo do meu filho. Tenho certeza
que você sabe que ele é do tipo que se mete em muitos problemas, então me conforta saber
que ele tem alguém como você ao seu lado. Agora e no futuro."
Eu não tinha certeza de como Tess interpretou isso, mas ela definitivamente estava pensando
demais em tudo. Seus olhos se arregalaram e seu rosto, já vermelho, ficou um tom mais
brilhante. Sua voz estava uma oitava mais alta do que o normal quando ela respondeu: "Sim!"
Meu pai estava olhando, aparentemente sem noção, mas eu só podia gemer internamente.
Eu tinha certeza de que minha mãe tinha boas intenções, mas ela estava incutindo
pensamentos enganosos na mente de uma menina de treze anos. Olhei para ver que minha
irmã estava começando a fazer beicinho, presumivelmente pelo fato de que Tess era o centro
das atenções.
"Como você está se sentindo, pirralho?" Virion sentou-se na beirada da cama e deu um
tapinha em Sylvie, que voltou a dormir. Tess se aproximou da cama também, uma expressão
preocupada no rosto.
“Ei. Eu posso vencê-lo em uma luta agora, vovô. Tentei conter a tosse, mas não consegui.
“Sinto muito, Art. Se não fosse por mim, você não teria sido...

Eu a interrompi no meio da frase e a cutuquei gentilmente entre as sobrancelhas com meu dedo.
“Não franze as sobrancelhas, Tess. Seu rosto vai ficar feio.” A força no meu braço acabou, e eu
caí de volta e respirei fundo.
“Vovô, você deu uma olhada no núcleo de mana de Tess? Como está tudo?” Eu sabia exatamente
o que ela estava passando, então não pude deixar de ficar preocupada.
Ele me deu um sorriso suave. "Felizmente, o corpo dela parece ser muito mais compatível com o
núcleo da fera do que o seu quando você se integrou pela primeira vez. A propósito...” Ele se
inclinou e falou em voz baixa. "Como diabos você conseguiu pegar o núcleo de besta de um
guardião de sabugueiro?"
“Matando um, é claro.” Dei-lhe um sorriso fraco.
“Você está brincando... Não, você está brincando, certo? Você está me dizendo que matou uma
besta de mana classe S?” O rosto geralmente severo de Vovô estava frouxo de espanto quando
ele se inclinou ainda mais perto, nossos rostos quase se tocando.
“Você está muito perto, vovô. Eu posso cheirar o que você tinha para - espere. Há quanto tempo
estou fora?” Eu não conseguia ter uma noção de quanto tempo havia se passado.
“De acordo com Cynthia, faz um pouco mais de um dia desde que você desmaiou.
Você perdeu seu segundo dia de aula.”
"Oh não. Acho que posso esquecer de fotografar para um atendimento perfeito.” Dei uma
cotovelada fraca no braço dele, fazendo-o rir. Tessia riu ao lado dele na cama.
"Ouça-me, eu sou o melhor amigo dele. Somos como irmãos! Se eu não posso visitá-lo, então
quem pode? Estou lhe dizendo, é verdade!” A voz familiar ecoou à distância e eu sorri.
O diretor Goodsky também ouviu e sinalizou para a segurança para deixá-lo passar.
"Arthur! Você está bem, cara?” Ele correu em minha direção, totalmente alheio às outras pessoas
na sala.
"Você está atrasado. E você nem trouxe comida com você?” Eu balancei minha cabeça com um
suspiro exagerado.

"Eu acho que você está bem se você pode falar assim." Alívio tomou conta do rosto de
Elijah.
Observei quando ele olhou em volta e começou a reconhecer as outras pessoas na sala.
A expressão do meu amigo mudou de alívio para terror quando ele percebeu que, além
da minha família, o diretor da academia e toda a família real do Reino de Elenoir estavam
na sala com ele.
"Uhh... oh meu..." Sua mandíbula estava frouxa e ele parecia incapaz de formar qualquer
palavra.
Meu estômago parecia estar sendo mutilado, mas eu não conseguia parar de rir.
“Vovô, Sr. e Sra. Eralith, gostaria que você conhecesse meu amigo mais próximo, Elijah.
“P-Prazer em conhecê-lo. Me desculpe por ser tão rude agora.” Elijah imediatamente
curvou-se, quase deixando cair os óculos.
Meus pais continuaram a conversar com os pais de Tess enquanto todos se conheciam.
Vovô finalmente me deixou em paz e foi conversar com o Diretor Goodsky, mas só depois
de me perguntar todos os detalhes do meu encontro com o guardião de sabugueiro e me
dizer para arrumar tempo para ele assim que eu melhorasse, para que pudéssemos
discutir mais sobre tudo o que eu tinha feito desde que deixei Zestier.
"Irmão. Quem é mais bonita, eu ou ela?” Ellie apontou para Tess e me deu um olhar sério.
"Vocês dois são muito feios para mim. Oh! Isso dói seriamente agora!” Eu gritei quando
ambos beliscaram e torceram a pele do meu braço. Meu braço latejava, embora fosse
pelos meus ferimentos em geral, e não pela força de seus beliscões.
“Tess,” eu disse com os dentes cerrados, “Elijah é um grande amigo meu, como eu disse.
Vocês deveriam se dar bem.”
"Desculpe, eu nunca me apresentei formalmente. Sou Tessia Eralith, a melhor amiga de
Arthur . Ela estendeu a mão.
Quando Elijah aceitou seu aperto de mão, ele respondeu: “Eu sou Elijah, o melhor

amigo. Prazer em conhecê-la." Faíscas voaram entre eles enquanto eles se encaravam na
competição, e minha irmã deu uma risadinha.
Eu estava ficando cansado de ficar acordado por tanto tempo, e minhas pálpebras estavam
começando a ficar pesadas. Percebendo isso, o diretor Goodsky anunciou: “Pessoal, acho que
devemos dar mais tempo para Arthur descansar. Sua vida não está em perigo, mas tenho certeza
de que ele está muito cansado agora.”
"Filho, venha para casa e visite depois que você estiver curado, ok?" Meu pai agarrou minha mão
e deu um aperto suave antes de levar minha família para fora.
"Descanse bastante, ok, querida?" minha mãe disse quando ela saiu. Os pais de Tess se
despediram rapidamente, me dando um tapinha suave no braço antes de seguir meus pais para
fora.
"Vamos nos encontrar em breve, pirralho." Virion bagunçou meu cabelo, me fazendo estremecer,
e rebocou Tess e Elijah com ele.
Olhei para Sylvie, que ainda estava dormindo. Meus próprios olhos estavam fechando também,
quando a porta se abriu mais uma vez.
Vendo-a pelo canto dos olhos, não me incomodei em virar a cabeça.
– Você deixou alguma coisa, Tess?
"Ei Arthur..." Ela parou ao lado da cama e olhou para a porta.
"Hum?"
"Você disse que não podia realmente mover seu corpo, certo?" Eu podia ver que ela estava se
mexendo um pouco.
"Posso virar a cabeça e levantar um pouco o braço, mas agora é só isso. Por que?" Eu finalmente
virei minha cabeça para ela, e meus olhos se arregalaram de surpresa quando percebi que o
rosto de Tess estava a apenas alguns centímetros do meu. Ela olhou para mim com uma
expressão que eu nunca tinha visto dela antes, e um momento depois, senti seus lábios nos
meus.
A sensação suave e quente de seus lábios me pegou de surpresa, mas eu estava com muita dor
para reagir. Eu estava muito surpreso até mesmo para fechar meus olhos, embora os dela
estivessem fechados. Eu avistei uma pequena verruga no canto externo do olho esquerdo dela que eu

nunca notado antes.

Quando ela se afastou, ela abriu os olhos e me encarou. Então ela
rapidamente se virou e saiu correndo do quarto, deixando-me ainda mais
atordoada do que quando acordei.

57
SENTIMENTOS E MEMÓRIAS ANTIGAS
TESSIA ERALITH
Eu o beijei... eu o beijei !
Enquanto eu corria para fora da sala, eu podia sentir a temperatura do meu rosto subindo
rapidamente. Esse foi meu primeiro beijo. Eu me perguntei se ele tinha gostado. Eu fiz
certo? Meu rosto não parecia estranho, não é?
Parei no corredor e olhei meu reflexo na janela. De pé bem na frente dele, eu fingi beijar
Art novamente para ver como eu estava.
"Oh não!" Eu bati minha cabeça na janela de vergonha, gemendo com o pensamento de
quão estranha eu devo ter parecido para ele. Enquanto olhava pela janela, minha testa
ainda pressionada contra ela, toquei meus lábios com os dedos.
Seus lábios com certeza eram macios. Eles estavam um pouco rachados, mas era bom.
Meu rosto no reflexo mostrou um sorriso detestável.

Eu me pergunto se eu fui muito forte. E se ele não gostasse? E se ele achar que eu fui
imprópria ou lasciva?
Deslizei a janela e caí de joelhos. Como eu deveria enfrentá-lo agora? As coisas também
estavam melhorando. Eu tinha acabado de estragar tudo? E se ele me ignorasse na
próxima vez que me visse? Uma dor latejante bateu no meu peito e as lágrimas começaram
a brotar nos cantos dos meus olhos. Eu não seria capaz de suportar se Art me ignorasse.
Devo voltar para o quarto dele e fingir que era tudo uma piada? eu imaginei

eu estourando na sala, rindo e apontando para ele. Entendi! Haha!
Você realmente caiu nessa!”
Eu gemi novamente com a estupidez de tudo isso.
Não! Eu fiz a coisa certa. As coisas nunca iriam progredir se eu deixasse isso para o Art. Ele ainda
me trata como uma criança toda vez que estamos juntos. Foi para o melhor!
"Sim!" Eu soquei o ar para me encorajar, mas então soltei um grande suspiro ao pensar que ele não
gostava de mim.
Quem se importa? Eu pensei. Se Art escolhesse me ignorar, eu poderia encontrar alguém melhor do
que ele. Ele não era tão bom de qualquer maneira - apenas um pouquinho mais bonito do que a média
e apenas um pouco melhor do que medíocre em magia.
Quem eu estava enganando? Eu não conseguia me imaginar com ninguém além de Arthur. Claro, ao
longo dos anos houve nobres que tentaram me impressionar na tentativa de chegar perto, mas eles
não podiam se comparar a Arthur.
Arte idiota. “Não franze as sobrancelhas, Tess. Seu rosto vai ficar feio,” eu disse em um tom
zombeteiro, imitando-o.
Tch! Fazendo meu coração pular uma batida sem motivo. Aquele jogador idiota!
“Quem se importa se ele não gosta de você, Tess – é a perda dele! O que você não tem?
Você é um mago talentoso. Você é muito inteligente e popular também, certo? E para não parecer
vaidosa, mas você também não é uma garota feia. Arthur é quem está perdendo se ele não pegar
você. Apontei para o meu reflexo como se ela fosse uma pessoa diferente.
Eu me perguntei que tipo de desculpas eu teria que dar para falar com Arthur.
Havia muito por onde escolher — sua mãe havia me pedido pessoalmente para cuidar dele. E
também, a assimilação do núcleo da besta - eu poderia pedir a ele para me ajudar com isso, já que
foi ele quem me deu o núcleo da besta. Era justo que ele assumisse a responsabilidade, certo?
Com um suspiro profundo, dei uma última olhada para onde ficava o quarto de Arthur, então caí para
o meu dormitório.
ARTHUR LEYWIN
Eu beijei a Tess...

Beijei Tessia Eralith, uma menina de treze anos. Isso não foi um crime? Eu era um
criminoso? Não, eu tinha que me acalmar. Eu estava no corpo de um menino de doze anos,
e foi apenas um beijo casto. Por que me senti tão culpado, então?
E foi ela quem me beijou, afinal! Eu não era o responsável por isso. Fazendo um movimento
contra mim enquanto eu estava neste estado vulnerável... ela com certeza era esperta,
aquela Tess.
Eu olhei fixamente para a porta que ela tinha deixado quando minha mão trêmula finalmente
alcançou meus lábios. Eu apenas deitei lá, estupefata, tocando minha boca enquanto minha
mente revivia o toque macio e úmido de seus lábios.
Isso estava errado. Sim, tecnicamente eu tinha apenas doze anos, mas combinando minhas
idades da minha vida anterior e esta, mentalmente eu tinha quase cinquenta.
Considerando minha idade mental, Tess era jovem o suficiente para ser minha filha.
Porra. Isso foi tudo por causa desse corpo amaldiçoado, esses hormônios em fúria no meu
corpo agora. A razão pela qual eu estava me sentindo tão culpado era porque eu tinha
realmente gostado. Foi bom quando Tess me beijou. Não deveria ser bom e eu não deveria
gostar de um beijo de uma garotinha, mas eu gostei.
Eu gemi, metade de dor e a outra metade imaginando o que ia acontecer entre Tess e eu.
Conhecendo-a, ela provavelmente estava pensando demais em muitas coisas agora, e ela
ficaria muito desconfortável perto de mim.
Quase ri com a ideia do que as pessoas poderiam pensar de Tess quando ela estivesse
comigo. Se alguém não soubesse melhor, eles poderiam até assumir que ela me odiava, já
que ela era do tipo que age com frieza quando não sabe o que fazer.
Algo me dizia que se eu não esclarecesse as coisas com ela, só haveria mais mal-entendidos.
Mas como devo esclarecer as coisas? Não é como se ela tivesse feito uma profissão de
amor ou algo assim. Devemos começar a namorar? Não não não. As crianças da nossa
idade sabiam o que era namoro?
Pensei na minha vida passada. Quando eu tinha doze anos, minha vida tinha sido

preenchido com nada além de treinamento. Sendo criada em um orfanato e depois enviada para um
instituto dedicado exclusivamente a criar duelistas, eu não poderia dizer que realmente tinha alguma
experiência em namoro.
Nós éramos muito jovens de qualquer maneira, certo? Tecnicamente, eu tinha apenas doze anos neste
corpo – ele ainda era capaz de se reproduzir?
Oh Deus, agora você está pensando demais nisso, Arthur.
Não era como se eu odiasse Tess. Na verdade, eu gostava muito dela. Ela ainda era imatura em alguns
aspectos, mas eu não deveria deixar isso ser uma desculpa, certo?
“O que você acha, Silvio?” Eu cutuquei meu vínculo adormecido, observando enquanto seu corpo
lentamente subia e descia com suas respirações. Fiquei surpreso por ela não ter acordado quando Tess
me beijou.
Brinquei com as orelhas e patas de Sylvie até que minha respiração começou a sincronizar com a dela, e
logo adormeci.
Enquanto eu estava me recuperando nos próximos dias, algumas pessoas vieram me visitar. Quando
Curtis veio e perguntou se eu estava bem, eu apenas atirei-lhe um sorriso e disse que seu movimento foi
muito forte, fazendo-o rir. Algumas vezes parecia que ele estava prestes a me perguntar alguma coisa,
mas ele se conteve, talvez por causa da minha condição.
Claire Bladeheart também parou para me checar, e ela me manteve atualizado sobre as reuniões do
comitê para que eu não ficasse totalmente perdido quando voltasse. Para minha surpresa, Kathyln a visitou
sozinha em vez de com seu irmão. Ela perguntou se eu estava bem e eu poderia jurar que ela parecia
preocupada. Fiquei mais surpreso com isso do que com qualquer outra coisa. Até a professora Glória veio
visitar, com uma cesta

de frutas na mão.
Eu poderia dizer que todos tinham um monte de perguntas.
“Eu vou te dizer,” a Professora Glory disse, “Lucas está muito aquecido. Eu não posso culpá-lo, no entanto.
Para ele, deve ter sentido como se estivesse batendo em você em todos os sentidos, mas de repente você
desapareceu e instantaneamente reapareceu a algumas centenas de metros de distância. Ela fez uma
pausa antes de continuar. “Como você fez isso, afinal?

Eu nunca vi nada assim. Sabe, nem o diretor Goodsky é capaz do que você fez. O
teletransporte instantâneo sempre foi considerado um mito. No entanto, aqui está você, uma
criança de doze anos…”
Achei que seria capaz de me sentar sem muita dor, então me levantei apenas o suficiente
para ficar no nível dos olhos da Professora Glory sentada. Mas mesmo esse pequeno
movimento foi demais, então apenas me afundei na cama e me limitei a dizer: “Acho que todo
mundo tem um segredo ou dois que deseja manter para si”.
Por um momento, eu poderia dizer que a Professora Glory queria bisbilhotar, mas ela apenas
assentiu e soltou um suspiro. "Ok."
Diretor Goodsky visitou uma vez, brevemente. Perguntei o que estava acontecendo com a
aula que eu deveria dar e ela disse que, por enquanto, a professora Glory se ofereceu para
assumir a aula até que eu melhorasse. Ela não me deu a chance de fazer mais perguntas, no
entanto.
Ela parecia ter vindo principalmente para me atualizar sobre como Tess estava. "À medida
que sua assimilação continua, ela está se tornando cada vez mais estável. Nos últimos dias,
ela só teve mais um ataque", disse ela.
"Estou feliz que você esteja cuidando dela, Diretor," eu disse genuinamente.
"Ela é minha discípula, afinal. Ah, isso me lembra – estarei longe da academia por alguns dias
em alguns negócios. Já que Virion voltou para Elenoir, preciso que você ajude Tessia com
sua assimilação até eu voltar. Você pode fazer isso por mim?" ela disse. Mas parecia que a
pergunta era uma mera formalidade – ela nem esperou pela minha resposta.
“Ah, sim. Claro, eu posso fazer isso,” eu disse para a sala vazia. Eu balancei minha cabeça
impotente. Eu não tinha certeza se o diretor Goodsky realmente tinha negócios a tratar, mas
pelo menos seria uma desculpa para se encontrar com Tess.
Minha taxa de recuperação foi muito mais rápida do que qualquer um esperava graças à
assimilação da vontade de dragão de Sylvia em meus músculos e ossos. Passei meu tempo
de recuperação meditando e desenvolvendo meu núcleo de mana. Eu estava no limiar de sair
do estágio amarelo escuro, mas ainda levaria muito

de trabalho. Eu planejava sair da enfermaria e retomar a vida escolar normal a partir de

amanhã. Embora eu ainda estivesse um pouco fraco, eu ficaria feliz em voltar aos meus
estudos. Meu corpo estava rígido por estar na cama por tanto tempo.
Houve uma batida forte na porta naquela tarde, e eu chamei: “Entre”.
Sylvie pulou da cama e caminhou em direção à porta.
"Acabei de embrulhar as coisas no trabalho e vim direto para cá. Você parece bem!" Meu
pai tinha um grande sorriso no rosto quando viu o quanto eu estava melhor.
"Ola pai." Sorri de volta, e Sylvie lhe deu um kyu de saudação antes de voltar para perto de
mim.
Sentando-se, meu pai conversou comigo por algum tempo, me atualizando sobre tudo o
que estava acontecendo com seu trabalho na casa de leilões. Foi notavelmente relaxante
falar com ele. A família com certeza era diferente de qualquer outra pessoa. O fato de ele
não ter segundas intenções — nenhum plano, nenhum segredo — era reconfortante. Ele
só queria o que era melhor para mim.
“Como estão todos em casa?” Parecia que fazia muito tempo desde que eu passei um
tempo com minha família, mesmo sabendo que não tinha sido.
“Ah, o de sempre. Sua mãe fica ocupada socializando com seus amigos. Sua irmã, porém,
ela está se tornando um punhado. Ele riu para si mesmo.
"Talvez tenhamos sido muito fácil criar você, mas às vezes eu simplesmente não sei o que
fazer com Ellie." Ele coçou a cabeça e notei algumas rugas que não existiam antes.
"Apenas dê a ela algum espaço", eu disse. “Ela vai aparecer.”

Após um breve período de silêncio, resolvi perguntar a ele algo que vinha me incomodando.
“Ei, papai, por que mamãe nunca usa sua magia? Quero dizer, ela curou pequenas feridas
para mim quando eu era pequena e outras coisas, mas foi só isso. Lembro-me de você me
dizendo que ela era uma grande emissora.”
Olhando para meu pai, fiquei surpreso ao ver seu rosto brilhante habitual ficar um pouco
sombrio.
"Sua mãe... ela carrega muito peso em seu coração." Ele fez uma pausa como se estivesse
procurando as palavras certas para continuar. "Eu sei que você é maduro o suficiente para

Conheço a história, mas quero que seja paciente. Ela lhe dirá quando se sentir pronta, então você
terá que esperar que ela mesma diga.
"Eu entendo", eu disse. Dei um tapinha fraco no braço do meu pai, então me reposicionei quando
senti meu corpo se contrair.
"Eu deveria deixar você descansar, filho." Ele beliscou meu nariz suavemente e nos despedimos.
Ele saiu em silêncio, deixando-me imaginando o que poderia ter acontecido com mamãe que ela
ficou traumatizada demais para usá-la.
poderes.
“Kyu?” Sylvie disse, perguntando o que eu estava pensando.
Eu apenas balancei minha cabeça. “Não é nada, Sylv. Espero."

58
PRIMEIRO DIA DE TRABALHO
“FÁCIL... vá devagar. Ai está." Elijah me apoiou de volta. Fazia exatamente uma semana
desde que me machuquei, e desde então a única caminhada que fiz foi com a ajuda de
corrimãos durante minhas sessões de fisioterapia. Mesmo com a mana circulando por
todo o meu corpo, fortalecendo meus membros, ainda me sentia um pouco lento.
"Kyu..." Sylvie olhou para mim com tanta preocupação quanto seu rosto de raposa era
capaz. Ela estava andando ao meu lado em vez de se enrolar em cima da minha cabeça?
Acho que ela estava com medo de que eu não fosse capaz de segurá-la.
Elijah veio à minha enfermaria assim que sua primeira aula acabou. Eu começaria meu
dia ensinando a aula de Manipulação Prática de Mana, mas no meu estado atual, eu não
estava tão ansioso. Com minhas pernas cedendo a cada dois passos e minhas costas e
laterais queimando, eu mal tinha forças para chegar à aula, muito menos ensiná-la.
Eu lentamente me equilibrei e parei de me apoiar em Elijah. Em vez disso, usei Dawn's

Ballad como uma bengala. Elijah havia enrolado o cabo e a bainha em um curativo
branco, para conforto e proteção contra olhares suspeitos.
Eu tive que rir da ironia. Lembrei-me de pensar que a espada não era nada mais do que
uma bengala quando, na verdade, era uma arma inestimável. Minha suposição naquela
época prenunciava minha situação atual: aqui estava eu, uma criança de doze anos, já
usando uma bengala para me sustentar.

"Você vai ficar bem sozinho? Talvez eu devesse pelo menos ajudá-lo entre as aulas de hoje.
O rosto de Elijah se enrugou de preocupação e ele ficou perto de mim, pronto para me pegar
se eu tropeçasse.
"Eu ficarei bem." Eu não tinha confiança para dizer que não cairia, mas não queria manter
Elijah constantemente ao meu lado.
As sobrancelhas de Elijah ainda estavam franzidas atrás de seus óculos quando chegamos
na frente da sala de aula, e eu sabia que ele estava hesitante em me deixar ir sozinha.
“Arthur, deixe-me ajudá-lo.” Virei a cabeça e vi a princesa Kathyln correndo em minha direção,
deixando seu grupo de amigos para trás. Sem esperar que eu respondesse, ela colocou um
braço em volta da minha cintura e deslizou por baixo do meu braço para que eu não ficasse
apenas apoiado na minha espada como apoio.
“Uh... tudo bem. Obrigada." Olhei para Elijah, que estava parado com a boca aberta. Ele
levantou dois dedos e murmurou a palavra 'princesas', mas eu apenas balancei minha cabeça
e me virei para entrar na sala de aula.
"Ouvi dizer que nosso novo professor está finalmente chegando hoje."
"Eu sei. Mas ainda não consigo acreditar.”

“Como o diretor pode sequer pensar em colocar um calouro como professor?”
“Qualquer um deveria ser melhor que o professor Geist, certo?”

“Não dê azar, cara.”
“Ei, aí está ele! O oficial do comitê disciplinar que derrotou Geist!”
"Por que ele está mancando?"
As várias conversas mudaram para murmúrios sobre mim assim que entrei.
“Eu vou ficar bem agora, Princesa Kathleen. Obrigada." Eu aliviei meu braço de seus ombros.
"Você precisa de ajuda para subir as escadas." Seu rosto inexpressivo não combinava com a
preocupação em sua voz. Eu apenas balancei minha cabeça e fiz sinal para ela ir primeiro.
Sylvie seguiu logo atrás enquanto eu caminhava para o meio da sala, cambaleando em
direção ao pódio móvel no centro do pequeno estádio. Quando eu

Ao alcançá-la, soltei um profundo suspiro de alívio e coloquei todo o meu peso no pódio,
que era um pouco alto demais para minha altura.
Olhando para cima, vi Feyrith sentada em uma das mesas me observando com
curiosidade. Quando Kathyln chegou à sua mesa, ela olhou para mim. Sorri para ela do
meu lugar no meio da sala, mas ela parecia quase ansiosa.
As conversas na sala foram diminuindo à medida que mais e mais jovens magos me viam
encostado no pódio do professor.
"Não tenho certeza de quantos de vocês sabem meu nome, mas acredito que a maioria
de vocês pelo menos sabe quem eu sou. Meu nome é Arthur Leywin. Sou um membro do
comitê disciplinar, o único filho de dois magos maravilhosos, um irmão amoroso e seu
novo professor. Vamos ficar juntos."
Esperei para ver a reação da turma. Embora certamente tivessem ouvido os rumores, a
maioria dos alunos que enchiam a sala ficou em silêncio por um momento antes que a
sala se enchesse de murmúrios de descrença, gritos de raiva e risos incrédulos.
“Eu não posso acreditar! Eu pensei que era uma piada", exclamou um dos alunos do
segundo ano.
"O que faz você ser bom o suficiente para ser o professor?" um curto primeiro ano latiu.
"Quem você pensa que é?"
Deixei escapar uma respiração dolorosa, sonhando acordada em poder dar esta aula
enquanto estava deitada.
Isso teria sido muito mais fácil se a professora Glory ou o diretor Goodsky tivessem
informado formalmente à classe que eu estaria ensinando. Eu deveria pelo menos ter
recebido um documento oficial ou um crachá — qualquer coisa para provar que eu era o
novo professor. Mas, por alguma razão, eles não tinham feito nada disso. Rumores
estavam voando e meu anúncio foi como uma faísca em um barril de pólvora. Conhecendo
a diretora Goodsky, eu tive que me perguntar se ela fez isso de propósito. Parecia algo
que ela faria.
“O diretor Goodsky me nomeou para ser o professor desta aula pelo resto do semestre e
—”

"Isso é loucura!"
“Vou fazer uma reclamação!”
"Cale-se!"
Mais protestos ressoaram dentro da sala à medida que os alunos se tornavam mais desordeiros.
Olhei para meus colegas membros do comitê. O rosto afiado de Feyrith estava cheio de uma mistura de
incredulidade e preocupação, enquanto Kathyln parecia perplexa.
"Só porque você derrotou o velho professor não significa que você é tão bom assim. Você acha que poderia
ter vencido se a princesa Kathyln e Feyrith não o tivessem cansado? Um do segundo ano pulou e caiu no
palco com um baque alto.
"O que você está fazendo?" Eu perguntei bruscamente quando ele começou a caminhar em minha direção.
O estudante tinha uma constituição bastante sólida, mas a julgar por sua má circulação de mana, ele
provavelmente foi capaz de aumentar apenas parte de seu corpo.
"De repente, sinto que quero ser professor agora", disse ele com um sorriso malicioso. "Tudo o que tenho que
fazer é a mesma coisa que você fez - esmurrar o instrutor no chão, certo?"
Olhei ao redor da sala. Metade dos alunos estava um pouco nervoso, não querendo se envolver em outro
drama durante a aula, enquanto a outra metade estava torcendo por ele.
Mudando meu olhar de volta para o garoto que se aproximava de mim, eu pronunciei uma única palavra.
"Sentar."
De repente bombardeado com um grande influxo de mana, o grande estudante caiu de bunda com força
suficiente para sacudir o palco em que estávamos.
A sala ficou mortalmente silenciosa enquanto eu mancava até o estudante confuso e envergonhado. Fiquei
de pé sobre ele, permanecendo em silêncio e dando-lhe um momento para apreciar a posição em que ele
estava.
"O diretor Goodsky não se incomodou em me dar nenhum documento oficial, mas gostemos ou não, eu darei
esta aula."
Passei por cima do aluno e fiz meu caminho para o outro lado da sala silenciosa. Fiz o meu melhor para não
mostrar nenhuma fraqueza, mas por mais que tentasse não consegui esconder minha mancada.

Cerrando os dentes contra a dor, peguei Sylvie e a levantei para toda a classe ver. "Se
alguém tiver um problema com isso, você pode falar com essa linda raposinha aqui,
embora eu garanto que ela vai facilmente limpar o chão com qualquer um de vocês."
Os alunos se entreolharam, sem saber o que fazer. “Para aqueles que querem ir
embora,” continuei, “não vou impedi-lo – na verdade, vou até permitir que você seja
colocado em outra classe de sua escolha. No entanto, se algum de vocês estiver um
pouco curioso sobre o que esse garotinho manco aqui pode ensinar, fique à vontade
para ficar.” Apontei para a porta e esperei alguns segundos, mas fosse por causa da
minha demonstração com o segundo ano ou porque eles estavam realmente interessados
na aula, nenhum dos alunos saiu.
Olhei para o segundo ano que havia saltado tão ansiosamente para mostrar sua
habilidade limitada. "Agora, por favor, volte para o seu lugar, eu vou começar minha
aula."
Seu rosto ficando vermelho como uma beterraba, o estudante rapidamente se levantou
e voltou para seu lugar. Levei meu tempo, mancando lentamente de volta ao centro do
palco e me inclinei no pódio. Sylvie pulou no pódio e olhou para a classe.
“Já que esta é a aula de Manipulação Prática de Mana, vou fazer uma pergunta prática.
Qual é a melhor maneira de utilizar mana da atmosfera ao redor?” Quase
instantaneamente, uma estudante humana de nariz adunco com um rabo de cavalo
levantou a mão. Eu balancei a cabeça para ela.
"A mana é melhor utilizada absorvendo a mana naturalmente formada na atmosfera no
núcleo de mana, onde pode ser condensada e purificada para uso quando feitiços ou
técnicas são lançados." Ela me deu um olhar presunçoso, obviamente orgulhosa de sua
resposta.
"Bom. Agora, como todos sabem, a diferença entre ampliadores e conjuradores está no
fato de que os ampliadores usam principalmente a mana em seus núcleos através de
seus canais de mana, enquanto os conjuradores absorvem mana diretamente da
atmosfera circundante através de suas veias de mana. Então, por que ambos os tipos de magos

tem que meditar e absorver mana se apenas os ampliadores realmente utilizarem a mana
que absorvem em seu núcleo?” Eu questionei, não olhando para ninguém em particular.
A mão confiante da mesma garota se ergueu novamente, então encolheu enquanto ela
ponderava sobre a questão.
“Enquanto os ampliadores incorporam mana em ataques físicos,” Kathyln respondeu, seu
rosto relaxado, “reduzindo assim a quantidade de mana usada, os conjuradores manipulam
diretamente o espaço em que o feitiço é lançado, consumindo mais mana. Por causa
disso, os conjuradores usam a mana purificada em seu núcleo de mana como reserva
para evitar reações adversas.”
"Correto. Então a última pergunta: a cor do núcleo de mana de um conjurador – ou mesmo

de um aprimorador – é uma maneira realmente precisa de medir o nível de poder do
mago?” Inclinei-me para frente, mudando meu peso da perna esquerda para a direita.
O rosto normalmente composto de Kathyln se contorceu em pensamentos profundos.
"Lembrem-se disso", eu disse, "enquanto todos descem ao palco e se alinham atrás de

mim. Eu quero os conjuradores à minha esquerda e os ampliadores à minha direita.”
Houve algumas queixas resmungadas, mas eventualmente todos foram para o palco e
para seus lugares.
"Para este exercício, quero que todos iniciem o feitiço mais básico de sua afinidade.
Conjuradores, sem varinha,” eu disse.
Para os ampliadores, todos os feitiços básicos vinham de uma forma muito semelhante.
Para aumentadores de afinidade de fogo, seria Punho de Fogo, que estava acendendo
uma pequena brasa cobrindo seu punho. Para vento, seria Whirlwind Fist. Para a água,
seria Aqua Fist, e para a terra, Boulder Fist. Uma vez que eles aprenderam a manifestar
seus elementos, o primeiro passo para os ampliadores foi aprender a integrar o elemento
em suas mãos, os membros que eles estavam mais acostumados a usar.
Esses magos estavam frequentando esta escola porque, graças às suas linhagens de
elite, eles tinham um talento forte? a maioria desenvolveu a capacidade de manifestar
seus elementos desde o início. Meu pai levou mais de vinte anos para

manifestar uma chama real, mas esses jovens de doze a quatorze anos já eram capazes de fazê-
lo. Essa foi a diferença que a genética fez, algo que até eu achei inegável.
Quanto aos conjuradores, o feitiço mais básico envolvia reunir mana elementar específica em uma
esfera e atirar nela. Para especialistas em fogo, isso seria na forma do feitiço Fireball. Para vento,
seria Wind Bullet? para água, Water Bullet; e para terra, Bala de Pedra.
Os conjuradores tinham mais facilidade, pois não precisavam formar diretamente o elemento em
seus corpos, mas podiam absorver as partículas de mana específicas ao seu redor e usar isso para
invocar o feitiço. As especializações dos conjuradores em diferentes elementos tinham a ver com o
quão bem eles eram capazes de sentir e utilizar as partículas de mana elementares específicas ao
seu redor.
Eu descansei meu queixo na palma da minha mão enquanto observava os dois tipos de magos prepararem
seus feitiços.
Todos os ampliadores da classe começaram a se concentrar, suas mãos dominantes apertadas

firmemente na frente deles. Alguns longos segundos depois, seus feitiços se tornaram visíveis
quando seus respectivos elementos envolveram seus punhos. O tempo que levaram para fazer
isso variou, mas não muito.
Os conjuradores, enquanto isso, cantavam baixinho enquanto os espaços na frente de suas palmas
começaram a brilhar com cores diferentes, dependendo de suas afinidades elementares. Fiquei
surpreso ao ver que Feyrith e Kathyln levaram muito menos tempo para formar seus feitiços do que
todos os outros.
A única diferença visível entre os feitiços dos ampliadores e dos conjuradores era que os elementos
dos ampliadores cercavam seus punhos, enquanto os elementos dos conjuradores se reuniam na
frente de suas palmas.
“Agora, ampliadores, quero que tentem lançar seu feitiço na sua frente.
Conjuradores, quero que tentem absorver o feitiço que conjuraram em suas mãos. Eu dei a eles
um sorriso inocente enquanto eles olhavam para mim sem expressão.
Depois de alguns segundos, eles perceberam que eu não estava brincando. Um por um, eles
começaram suas tentativas de um conceito muito estranho à sua natureza.

Eu assisti como todos os ampliadores falharam em suas tentativas. Alguns rugiam enquanto
agitavam os braços, enquanto outros tentavam cantar em vão. Tornou-se quase cômico - um
aluno pensou que gritar "fogo" resolveria o problema.
Os conjuradores não eram melhores? todos eles acabaram sendo cortados, queimados,
molhados ou machucados. Depois de vários minutos de luta, a maioria desistiu e me olhou
acusadoramente? até Feyrith e Kathyln tinham expressões de dúvida.
"Isso é estúpido. Todos sabemos que apenas ampliadores de alto nível podem lançar feitiços
de longa distância”, gritou um dos alunos ampliadores.
"Sim! E de qualquer forma, qual é o sentido de absorver de volta um feitiço que preparamos e
conjuramos?” uma estudante elfa ganiu enquanto segurava sua mão machucada.
Deixando Sylvie no topo do pódio, manquei para o lado oposto do palco, longe dos alunos.
Tomando um momento para me concentrar, mirei em um espaço aberto entre os conjuradores

e ampliadores.
Uma rajada de vento se formou ao redor da minha mão antes de passar pelos alunos.
No momento em que atingiu a parede de metal atrás deles, a bala de ar se dissipou
inofensivamente.
"Grande coisa", retrucou um dos alunos. “A maioria dos ampliadores pode fazer isso quando
atinge o estágio laranja.”
"É verdade, não é difícil fazer isso, mas-" Eu levantei meu outro braço e atirei uma corrente de
ar comprimido diretamente da minha palma. O ataque assobiou pelos alunos e atingiu a parede
atrás deles mais uma vez, mas desta vez, a parede cedeu com a pressão, formando uma
pequena cratera. “Você viu algum ampliador fazer isso no estágio laranja?”
Os alunos, assustados com o impacto do que parecia ser o mesmo feitiço, viraram a cabeça,
olhando para frente e para trás entre mim e a parede.
“Não posso demonstrar com precisão o que acontece quando os conjuradores são capazes
de absorver os feitiços que invocam, mas confie em mim, isso só vai te ajudar.”
Eu cambaleei de volta ao pódio e agarrei meu vínculo. "Por hoje é isso.
Tente encontrar a resposta para a pergunta e pratique o que acabei de dizer

você fazer. Vejo você amanhã."
Dei-lhes um último aceno ao sair. Quando saí, pude ouvir os alunos lá dentro explodindo de excitação.
“Como eu fui, Sylv?” Eu perguntei.
"Nada mal, mas eu poderia fazer melhor", ela respondeu alegremente.

59
CONFRONTO
Respirei fundo enquanto me sentava do lado de fora em um banco próximo. Eu tinha terminado
a aula um pouco cedo demais, percebi. O campus era pacífico? a maioria dos alunos ainda
estava em suas salas de aula. Fazia um tempo desde que eu me sentia tão fraca, mas levantar
e andar definitivamente ajudou.
Sentei-me ociosamente, observando Sylvie perseguir uma borboleta ao redor do gramado na minha frente.
Então ouvi passos se aproximando da direita.

"Este assento está ocupado?"
Virei-me para ver a princesa Kathyln inclinada para frente para que seu rosto ficasse na altura
do meu.
"Não, vá em frente", eu disse, lentamente me afastando um pouco para a minha esquerda para
dar espaço para ela. Ela cuidadosamente colocou o lenço sobre o banco e se sentou em cima
dele, endireitando a saia amarrotada. Ficamos sentados em silêncio, nós dois assistindo Sylvie
finalmente capturar a borboleta e prendê-la, lutando, sob suas patas.
"Meu irmão me contou o que aconteceu. Eu sinto Muito." Sua voz ficou mais calma no final de
sua frase.
Mantive meus olhos focados em Sylvie, mas respondi com uma risada suave. "Por que você
está pedindo desculpas também? Mesmo que tenha sido culpa do seu irmão, o que não foi, ele
já se desculpou.
"É só que... sinto que minha família lhe deve muitas desculpas. Pelo que aconteceu com
Sebastian e meu pai também. Aquela vez no leilão

ele não costuma ser assim, mas ficou chocado com o rumo dos acontecimentos e sentiu
que precisava manter sua imagem e..."
Pela primeira vez, testemunhei Kathyln ficando nervosa. Seu rosto, geralmente
composto, ficou corado e sua expressão estava em pânico enquanto ela tentava me
fazer entender.
Eu não pude deixar de rir, e Kathyln imediatamente parou de falar. "Desculpe, eu não
queria rir, princesa. Eu só não vi esse seu lado antes.” Kathyln corou ainda mais e virou
seu corpo para longe de mim.
“Por favor, não zombe de mim, Arthur. Eu não esperava isso de você, de todas as
pessoas,” ela disse, sua cabeça ainda virada.
"Oh? O que você esperava de mim?” Inclinei a cabeça com curiosidade.
"Bem, quando eu te conheci no evento do leilão, notei que você se portava com muita
maturidade", ela murmurou. Ela ainda não tinha se virado.
"Você notou como as pessoas se comportam quando você tinha apenas oito anos de
idade?" Ler a postura de uma pessoa era algo que um adulto perspicaz poderia aprender
a fazer, depois de muitos anos de experiência em conhecer todos os tipos de pessoas.
"Sim. Sendo uma princesa, adquiri essa habilidade rapidamente. Tanto meu pai quanto
meu irmão eram os personagens, então eu sentia que minha mãe e eu éramos os
únicos normais às vezes”, disse Kathyln, virando-se para mim. Ela não encontrou meus
olhos, no entanto.
"Oh? Eu realmente não notei nada incomum sobre seu irmão. Ele parecia muito
carismático.” Lembrei-me de encontrar Curtis pela primeira vez na casa de leilões. Ele
amadureceu bastante desde então.
"Sim, ele melhorou muito, já que ele pode se desculpar com você. Isso teria sido muito
difícil para ele quando era mais jovem, por causa de seu orgulho.” Ela suspirou, e nós
duas assistimos Sylvie lutar com outro inseto por alguns momentos. "Quando te vi pela
primeira vez, notei imediatamente que você era diferente de todos os outros. Como
devo dizer isso? Fiquei muito intrigado com você.” Sua cabeça abaixou um pouco
enquanto ela falava.

"Isso está certo? Eu assumi o contrário, já que seu rosto não mostrou nenhuma reação ou
mudança o tempo todo.” Sorri com a lembrança de nosso primeiro encontro quatro anos antes.
"Peço desculpas. Minha família me disse para ser mais expressivo, mas sem sucesso.” Ela tentou
forçar um sorriso e eu tentei não rir novamente da expressão não natural.
“Bem, eles não estão errados. Eu estava começando a pensar que você estava usando uma
máscara, seu rosto estava sempre tão quieto."
Ela me olhou séria. "Eu vou praticar." Kathyln acenou para si mesma, e notei que sua expressão
parecia um pouco mais determinada do que o normal.
"Eu não tenho certeza que é algo que você pode praticar", eu disse com cuidado. “Só não force
suas emoções para baixo? eventualmente seu rosto se moverá de acordo com como você está
se sentindo por dentro.” Eu coloquei um sorriso exagerado. Ela de repente se afastou de mim
novamente.
Ops. Eu exagerei?
KATHILN GLAYDER
Eu não poderia mostrar nenhuma fraqueza? Eu tinha o dever de defender. Quando os homens
vinham me visitar, esperando ganhar meu favor, eu não podia mostrar nenhuma fraqueza que
eles pudessem usar contra mim. Essa foi a minha luta.
Eu não conseguia ler mentes, mas não era difícil ver que todos os homens que vinham até mim –
tanto os da minha idade quanto os mais velhos – tinham segundas intenções.

Linhagem real, habilidade superior, aparência física – as coisas que a maioria das pessoas
acreditava que tornariam suas vidas mais fáceis eram algemas que me roubavam o poder.
liberdade que eu queria ter.
No entanto, aqui estava eu, com um garoto da minha idade que era tão talentoso e procurado,
mas ainda tão... brilhante. Ele brilhava com um brilho que me fez querer ser como ele. O que o
tornava tão diferente de mim? Ele foi tolo por expressar suas emoções tão livremente, sem medo
de como os outros o veriam – ou corajoso?
Eu não pude evitar rir quando Arthur contorceu seu rosto assim.

Ele parecia tão bobo. Eu imediatamente cobri minha boca, tentando esconder meu sorriso.
"Ver? Isso não foi tão difícil.” Seu sorriso exagerado se tornou gentil, reconfortante
Eu.
“Eu deveria ensinar coisas assim em vez de Manipulação de Mana, certo?” Ele soltou uma
risada dolorosa quando se inclinou para acariciar seu vínculo, que se moveu para ficar entre
suas pernas.
"Isto me lembra. O feitiço Wind Bullet que você usou para demonstrar parecia quase um feitiço
de conjurador comparado ao segundo que você usou.
Como exatamente você fez isso? Também estou curioso para saber por que você quer que
os conjuradores tentem absorver seus feitiços de volta em seus corpos. Nunca ouvi falar de
conjuradores fazendo isso.” Eu estava falando como uma criança empolgada com as perguntas
que enchiam minha mente e de repente me senti envergonhada.
"Uau! Foi por isso que você veio até mim? É isso que você estava procurando?” Ele se afastou
de mim, chocado.
"Não! Claro que não. Essa nunca foi minha intenção." Oh não! Ele pensou que eu tinha vindo
atrás dele com algum motivo oculto. Eu tinha acabado de vê-lo sentado lá e queria – por que
eu pedi para sentar ao lado dele?
Percebi que minha mão estava tocando levemente seu braço, e a puxei de volta rapidamente,
mas ele estava rindo baixinho.
"Eu estava obviamente brincando, princesa. Eu não tenho certeza se eu deveria dizer a você,
no entanto. Não seria muito justo da minha parte dar a você essa vantagem, certo?” Ele me
deu uma pequena piscadela que fez meu peito ficar pesado de repente. O que é que foi isso?
"Eu acho que você está certo. Seria injusto me dar respostas para o dever de casa que você
atribuiu,” eu respondi calmamente.
"Bem... acho que posso dar uma dica a um colega membro do comitê disciplinar. Assista
agora." Olhei para cima para vê-lo levantando ambas as mãos, palmas para cima, e ele parecia
estar se concentrando.
Sua mão esquerda começou a brilhar enquanto ventos suaves giravam, envolvendo sua mão.
Quanto à mão direita, apenas uma pequena porção no centro da palma brilhava. o

o vento que se formou em torno desta mão não envolveu sua mão inteira, mas sim rodou em
uma esfera logo acima de sua palma. Com um breve movimento de seus pulsos, ele disparou
pequenas rajadas de vento de ambas as mãos.
O vento que cercava sua mão esquerda se dissipou depois de alguns metros, mas o vento
esférico que ele conjurara com a mão direita foi várias vezes mais longe antes de se dissipar
com um suave pa.
“Aí está sua dica para o dever de casa do ampliador. Quanto ao que atribuí aos conjuradores,
pense ao contrário.” Ele se levantou enquanto eu contemplava o que ele tinha acabado de fazer.
"Eu deveria ir agora. Deixe-me saber se você precisar de mais lições sobre expressões faciais.”
Ele me deu uma carranca exagerada, então um sorriso pervertido, quase me fazendo rir
novamente.
“Ah, você não riu desta vez. Que pena." Ele lentamente se afastou com seu vínculo correndo
ao lado dele. Percebi que me sentia um pouco vazia, sentada sozinha em um banco que agora
parecia grande demais para mim.
ARTHUR LEYWIN
“Psst. Ouvi dizer que você se machucou no primeiro dia de aula. Você está bem?" Os óculos
grossos de Emily se moveram para baixo quando ela se inclinou ao meu lado, sussurrando no
meio da aula. Estávamos aprendendo sobre os componentes básicos que compunham
diferentes tipos de artefatos.
De repente, um pedaço de giz voou direto para Emily, desaparecendo em algum lugar em seu
cabelo encaracolado.
Gideon tossiu levemente, a mão ainda estendida depois de jogar o giz nela. "Senhorita
Wattsken, por favor, esclareça a classe sobre o componente primário de um artefato básico de
produção de luz."
"O artefato básico de produção de luz é composto do cristal fundamental, florenita, encontrado
abundantemente perto dos arredores de Sapin e também no reino de Darv. Depois que a
florenita for refinada, ela emitirá constantemente uma luz fraca, então, para controlar a saída do
minério...
“Ok, ok, isso é o suficiente. Puxa, eu acabei de pedir o material,” Gideon resmungou, cortando
Emily no meio da explicação.

Dando de ombros, ela pegou um papel para escrever, então fez tentativas inúteis de limpar o pedaço
de giz enterrado em algum lugar fundo em seu cabelo.
Trocamos algumas notas um pouco, escrevendo um para o outro sobre o que havia acontecido.
Passei os olhos pelos detalhes, não querendo escrever um romance sobre a experiência.
Mas com a falta de detalhes do meu lado, ela não foi realmente capaz de juntar as peças, deixando-a
frustrada e curiosa.
“Algo parece errado.” Ela me olhou quando saímos da aula. Como lição de casa, nos foi atribuído um
miniprojeto em que precisávamos montar um artefato de produção de luz, ou LPA para abreviar.
Fizemos nosso caminho para o refeitório para almoçar, e Emily me atormentou com perguntas sobre
os detalhes da luta.
“Você está pensando demais, Emily. Estou mais preocupado com o projeto que Gideon nos designou.
Estou tão perdido depois de perder a primeira semana.” Isso era realmente verdade. Minhas
habilidades de pensamento crítico e conhecimento vago de tecnologia do meu passado me permitiram
fazer conexões e entender mais do que a maioria dos alunos do primeiro ano, mas todo mundo estava
reclamando sobre como essa aula era uma das mais difíceis. Deixe para aquele excêntrico Gideon
ensinar um básico
classe como se fosse vários níveis acima.
“Eh, eu já tenho alguns LPAs que fiz no meu dormitório de qualquer maneira.
Poderia muito bem colocá-los em uso.” Ela ajustou sua mochila enorme quando entramos no refeitório.
"Uau. Você provavelmente poderia gabaritar essa aula dormindo.” Eu balancei minha cabeça enquanto
pegava uma bandeja e pegava um pouco de comida.
“Kyu!” "Pegue mais carne, papai!" Sylvie pulou em cima da minha cabeça em protesto quando eu
enchi meu prato com legumes.
"Oh tudo bem." Voltei e peguei mais alguns pedaços de carne, então percebi que Emily estava
olhando para mim com uma expressão estranha no rosto.
"Você pode entender o que seu vínculo está dizendo?" Ela ergueu os óculos enquanto olhava para
Sylvie.
“Todo mundo não pode?” Eu perguntei.

“Não, de jeito nenhum, na verdade. Eles podem entender suas emoções até certo ponto,
mas não... pistas verbais.” Ela apertou os olhos enquanto olhava para Sylvie mais de perto.
Empurrando sua cabeça para trás com meu dedo em sua testa, eu respondi: “Isso é o que
eu quis dizer. Senti meu vínculo reclamando e apenas inferi que era porque eu tinha pegado
legumes. Você está pensando demais de novo, Emily.
“Sim, eu acho que você está certo. Ela é fofa, no entanto.” Ela apenas deu de ombros e
preparou seu próprio prato.
"Ah, aí está você, Art. O diretor Goodsky quer... olá. Elijah parou quando percebeu que eu
estava com um amigo.
“Ei, Elias. Essa é Emilly. Emily, Elijah,” eu disse, meu olhar mudando entre meu amigo e a
carne fervendo em minhas mãos.
"Prazer em conhecê-la." Emily sorriu, se atrapalhando desajeitadamente para tirar a mão de
debaixo de sua bandeja de comida.
"Prazer em conhecê-la," Elijah respondeu enquanto apertava a mão dela, um olhar de
curiosidade em seu rosto. "De qualquer forma, Art, você precisa ir para sua sala de
treinamento. Diretor Goodsky, lembra? Ele me deu um olhar, sinalizando que era urgente.
"Oh, espere - agora?" Olhei ansiosamente para a minha comida.

"Sim. Agora." Ele gentilmente tirou minha bandeja enquanto eu tentava engolir o máximo
de comida que podia. Sylvie usou sua língua para varrer uma grande porção de carne em
sua boca enquanto eu colocava a bandeja ao lado da lixeira.
"Vocês dois se conhecem. Falo com você mais tarde!” Acenei para meus amigos quando
saí, e eles acenaram de volta.
O diretor Goodsky havia me dito onde seria minha sala de treinamento particular enquanto
eu estivesse na enfermaria. A densidade de mana deveria ser muito maior lá, facilitando o
treinamento.
"Eu me pergunto o que o diretor Goodsky quer. Eu deveria dar uma bronca nela sobre a
aula hoje,” eu disse a ninguém em particular enquanto Sylvie e eu fazíamos nosso caminho.

em direção ao quarto.
Todas as salas de treinamento ficavam em uma espécie de labirinto embaixo da biblioteca, então
um membro da equipe tinha que escoltar os visitantes de primeira viagem para garantir que eles
encontrassem o local certo. Normalmente, apenas os veteranos tinham permissão para emprestar
as salas para treinar por algumas horas de cada vez, mas eu tive a sorte de ter uma privada só para
mim.
Havia duas entradas no prédio da biblioteca: uma para a biblioteca real, a outra para uma espécie
de sala de espera para todas as instalações de treinamento. Abrindo a porta da sala de espera,
lentamente passei por alguns veteranos antes de chegar à recepção. “Oi, meu nome é Arthur
Leywin.” Eu não sabia exatamente o que o diretor Goodsky queria, então esperava que a senhora
da recepção soubesse o que fazer quando eu dissesse meu nome.
"Ah sim. Hoje é a primeira vez que você visita o quarto, correto?” A senhora vestia um terno sob
medida, me lembrando um concierge de algum hotel chique.
"Sim", eu disse com um aceno de cabeça, e ela se abaixou e abriu uma gaveta.
"Por favor, coloque as duas palmas sobre esta pedra. Certifique-se de que as pontas de todos os
seus dedos estejam planas.” Em ambas as mãos, ela segurava um tablet plano com várias
inscrições gravadas nele.
Fiz o que me foi dito e senti uma breve sensação de entorpecimento se espalhar pelas minhas
mãos quando ela ativou o tablet.
"Perfeito! Eu vou te mostrar seu quarto. Por favor siga-me." Ela me conduziu em direção a uma
sala nos fundos, onde um homem cheio de cicatrizes, com mais de um metro e oitenta de altura e
segurando uma lança, guardava a porta.

A sala que o homem estava guardando era na verdade uma espécie de elevador feito de várias
engrenagens, que eu assumi que eram alimentadas por núcleos de mana ou algum outro minério
produtor de mana.
"Uau. Eu não sabia que existia algo assim aqui,” eu disse com admiração, lembrando da última vez
que eu tinha andado em um elevador.
"Na verdade, foi construído muito recentemente e ainda não se espalhou pelo país. O genial artífice
Gideon projetou este dispositivo. tenho certeza que você

ouvi falar dele, ele é atualmente um professor aqui,” ela disse, admirando o elevador.
"Mais do que ouvi falar dele, ele é na verdade um dos meus professores. A maneira como ele ensina
sua classe, eu gostaria que ele não fosse um gênio.”
"Aqui estamos! Lembre-se de como chegar ao seu quarto. Desde que eu registrei você em seu
quarto, você pode entrar a qualquer hora que desejar,” ela disse enquanto me guiava pelos corredores.
“Aquele homem com cicatrizes assustadoras não vai me parar?” Eu perguntei, apontando para cima com
minha espada embainhada.
Ela explodiu com uma risada surpresa. "Oh não. Ele não vai te parar. Ah! Chegamos.” Tínhamos
chegado ao final do corredor, onde havia um grande conjunto de portas duplas sem maçanetas.
“Esta porta parece diferente de todas as outras.” Eu virei minha cabeça de volta para
comparar.
"Sim. O diretor Goodsky parece dar bastante ênfase ao seu treinamento.” Ela me deu um sorriso
encantador.
"Ainda assim, ela nem se deu ao trabalho de dizer à minha turma quem era o novo professor deles",
murmurei baixinho.
"Com licença?" A senhora inclinou a cabeça em confusão.
"Ah, nada. Então, como eu abro isso?” Eu perguntei. Sylvie pulou da minha cabeça e estava pulando
animadamente no lugar na frente das portas duplas.
"Se você colocar qualquer uma das palmas das mãos contra a porta, ela se abrirá automaticamente.
Se você precisar de mais ajuda, há um dispositivo de comunicação dentro do qual você pode entrar
em contato comigo. Se você estiver com fome, também posso enviar alguém para lhe trazer comida.”
Ela se curvou, esperando que eu abrisse a porta.
Eu levantei minha mão, pronto para abrir a porta. "Obrigada. Qual era seu nome?"
“Por favor, me chame de Chloe. Desejo-lhe uma sessão de treinamento frutífera", disse ela.
"Entendi. Obrigado mais uma vez, Chloe.” Eu me virei e coloquei minha mão direita nas portas duplas.
Com um barulho alto de motor, a área onde coloquei minha palma

brilhou e raios de luz se ramificaram. Eventualmente, a luz diminuiu e a porta se abriu

para revelar um quarto que era muito diferente do que eu havia imaginado.
Virei minha cabeça para trás, mas Chloe já tinha ido embora. Sylvie entrou correndo
na sala antes que eu pudesse objetar, então dei um passo cauteloso à frente. Olhei
para dentro da sala, o brilho repentino comparado com a luz fraca do corredor me
fazendo apertar os olhos e levantar a mão para protegê-los. Minha visão logo se
ajustou e, quando baixei a mão, avistei uma figura familiar, remexendo-se no lugar
enquanto Sylvie subia pela perna.
Fosse o brilho cintilante dentro da sala ou o fato de que esta sala parecia mais uma
enorme maravilha natural do que uma instalação de treinamento, minha amiga de
infância estava deslumbrante. Tess estava diante de mim, vestindo um roupão branco
solto e abraçando a bochecha contra Sylvie, que estava empoleirada em seu ombro.
"Oi", disse Tess. Ela manteve a cabeça baixa enquanto olhava para mim.
Dei um passo à frente quando a porta se fechou atrás de mim. O chão abaixo de mim
era grama, e havia um grande lago com uma cachoeira também. Enormes pedras e
árvores nos cercavam, fazendo-me sentir como se estivesse em um sonho. Saindo
do meu torpor momentâneo, cocei a cabeça com a mão que não estava segurando a
balada de Dawn.
“Oi, Tess.” Eu sorri sem jeito.
"Devemos começar?" Tess colocou Sylvie no chão antes de timidamente começar a
tirar o roupão.
"Espere o que? Começar com o quê?” Eu quase tropecei para trás quando a vi
Ombros nus.
"A assimilação. Vovô me disse que funcionaria melhor com menos roupas no
caminho.” Desviei o olhar quando o roupão escorregou de seus ombros. Quando
nada aconteceu, olhei para trás. O rosto de Tess estava vermelho brilhante, mas
fiquei aliviado ao ver que ela não estava inteiramente nua; tiras de gaze cobriam seu peito.
Ah, certo... a assimilação... Espera, o quê?

Eu não tinha certeza se culpava Vovô por sua mensagem enganosa ou Tess por seu
entusiasmo excessivo.
"Supondo que isso seja verdade, tenho certeza que ele não queria ficar completamente
nu." Cobri os olhos com a mão.
"Cale-se! Como eu deveria... Tess caiu de joelhos com um gemido, seu rosto uma
máscara de dor.
Eu me movi tão rápido quanto meu corpo ferido me permitiu, colocando a Balada de
Dawn de volta no meu anel dimensional enquanto eu andava. Ajoelhando-me ao lado
dela, coloquei minha palma em suas costas quentes e pálidas. Senti seu corpo tremer
de dor, e fiquei surpreso com o quão frágil ela parecia. Embora fosse uma maga
poderosa, fisicamente ainda era uma menina magra de treze anos.
Removendo o selo do meu pulso, mandei mana para o corpo de Tess. Usando todos
os quatro elementos, eu controlei a mana para se espalhar por todo o corpo dela,
neutralizando a mana vinda da vontade da besta do guardião do sabugueiro.
O que Virion fez enquanto eu estava assimilando apenas aliviou minha dor, mas usando
uma mistura equilibrada de mana de todos os quatro elementos, fui capaz de ajudar
essencialmente o corpo de Tess a lutar contra a vontade da besta. Eu nunca havia
testado isso, mas era baseado nos mesmos princípios que usei para ajudar a despertar
Lilia e minha irmã.
Sua respiração irregular logo se acalmou, e seu tremor parou quando ela começou a
ofegar de alívio. Depois que eu gentilmente levantei seu roupão para cobri-la, caminhei
até o lago e joguei água fria no meu rosto.
Eu precisava me acalmar.
Depois de alguns momentos, senti meu batimento cardíaco desacelerar, mas reagi
novamente quando ouvi Tess se aproximando de mim, Sylvie trotando atrás dela.
Agachada ao meu lado, ela me encarou como se quisesse dizer alguma coisa, seu
rosto corado e cansado ainda brilhando. Depois de um momento de hesitação, ela falou
com voz firme.
"Arte, podemos conversar?"

60
IDIOTA ROMÂNTICO
“ARTE, PODEMOS CONVERSAR?” ela perguntou, seu olhar travando no meu.
"Claro. Parece que há um terceiro trabalhando aqui tentando nos fazer conversar de qualquer
maneira.” Sentei-me, apoiando-me em meus braços, meu rosto pingando com o frescor
agua.
"Sobre o beijo - você está bravo?" O rosto de Tess estava vermelho brilhante, revelando o
quão nervosa ela estava apesar de sua expressão concisa.
"Eu não sou louco. Fiquei surpreso, mas não estou bravo.” Eu estaria mentindo se dissesse
que não tinha percebido que Tess tinha sentimentos por mim desde quando eu morava com
ela em Elenoir.
Houve um breve silêncio em que pude perceber que Tess estava esperando que eu dissesse
alguma coisa, mas eu não sabia o que dizer naquele momento.
Se fosse tão simples quanto escolher entre gostar ou não gostar de Tess, é claro que eu me
inclinava fortemente para o primeiro, mas essa situação não era tão preta no branco quanto
aquela. Eu sabia que não era inédito para as crianças, especialmente a realeza, se casar com
a idade de treze ou quatorze anos, mas havia outro fator que entrou em jogo aqui: eu só podia
ver essa garota na minha frente quando criança.
Eu segurei o desejo de deixar escapar uma respiração profunda.
Eu tive que questionar o uso de ser tão experiente em luta e política quando eu nem sabia por
onde começar quando se tratava de algo tão básico quanto amor – ou o que quer que isso
fosse.
"Arthur, no que você está pensando?" Ela se inclinou mais perto, suas sobrancelhas

sulcando mais profundamente. A intensidade com que ela estava me encarando me deixou
desconfortável, mas essa questão não era algo que eu pudesse deixar de lado.
“Tess, nós nos conhecemos desde que eu tinha quatro anos. A primeira vez que te vi, você estava
sendo sequestrado. Depois que eu salvei você, seus pais tiveram a gentileza de me deixar ficar em
seu castelo. Foi tudo meio intenso. E nossas famílias se dão bem, mas...” Respirei fundo.
"Eu não entendo o que você está tentando dizer." Tess tinha um olhar impaciente em seu rosto.
“Tess, ainda somos tão jovens. Quer dizer, eu só tenho doze anos e você mal completou treze. Eu
sei que não é estranho para uma garota da sua idade se casar já que você é da realeza, mas quero
dizer, eu não tenho esse histórico.” Percebi que estava gaguejando um pouco.
“Art, eu te conheço bem o suficiente e agora, você está apenas inventando desculpas.
Você e eu sabemos que não quis dizer que deveríamos nos casar imediatamente. Eu... eu só
quero que as coisas progridam. Mesmo em Elenoir, você sempre me tratou como se eu fosse mais
jovem que você. Já se passaram quase oito anos desde então, Art... tenho muito o que aprender,
mas não me considero mais uma criança.” Seu olhar severo suavizou enquanto ela tentava
argumentar comigo.
“É porque eu te conheço desde que éramos crianças que é mais difícil para mim ver você como
algo mais, pelo menos agora, Tess. E nem faz tanto tempo desde que nos reconectamos depois
de tanto tempo separados.” Eu podia ouvir meus argumentos soando cada vez mais como
desculpas mesquinhas, mas me mantive firme.
O cabelo de Tess cobria seu rosto enquanto ela olhava para o chão. De repente, ela se levantou
de um salto, o rosto vermelho e tenso, como se estivesse à beira das lágrimas.
"Então você está me dizendo que, todo esse tempo, você nunca pensou em mim como algo mais
do que um amigo de infância?" ela perguntou com os lábios franzidos.
Desviei os olhos, incapaz de encontrar seu olhar.
Eu não sabia como responder. Claro que houve momentos em que eu teria

perguntar a mim mesma se eu estava retribuindo os sentimentos que Tess tinha por mim
naquela época, mas minha consciência me impediu com firmeza. Embora eu tivesse
passado doze anos neste corpo, representando - na maior parte - minha idade, ainda tinha
lembranças dos quase quarenta anos que passei na minha vida anterior. Eu tinha
lembranças das crianças do orfanato onde eu cresci me chamando de 'tio' quando eu
visitava, e eu não podia deixar de imaginar Tess como uma dessas crianças.
"Entendo," ela sussurrou, tomando meu silêncio como resposta. Ela se virou e foi em
direção à porta do centro de treinamento.
Ao abrir a porta, ela disse sem se virar: “Sabe, Arthur, você é tão confiante sobre tantas
coisas – magia, luta, usar seu cérebro.
Você está tão confiante em todas essas coisas que faz porque é bom nelas.
Mas você sabe o que? Há coisas em que você não é bom. Você não é bom em confrontar
seus sentimentos. Você sempre coloca uma máscara e finge que está feliz ou não é
afetado quando não consegue lidar com uma determinada situação. Acho que nesse
sentido, você é muito menos maduro do que aparenta ser. Você está apenas usando sua
confiança em seus pontos fortes para mascarar suas inseguranças sobre as coisas nas
quais você sabe que não é bom.”
A porta se fechou atrás dela, e eu fiquei com um silêncio assustador que nem mesmo o
som da cachoeira poderia cobrir.
'Papai é um idiota.' Sylvie se enrolou a alguns metros de distância, virando as costas para
Eu.
Sentei-me em frente ao lago, atordoado pelas últimas palavras de Tess. Eu tive que admitir
que, de certa forma, talvez ela fosse mais madura do que eu. Mesmo na minha vida
passada, além de ser um grande lutador, eu não era um homem muito impressionante. Eu
tinha carisma e caráter para atrair as massas, mas quando se tratava de relacionamentos
interpessoais, eu me considerava medíocre em um bom dia. Cresci evitando
relacionamentos duradouros, vendo-os como nada mais do que um fardo que poderia
eventualmente ser usado contra mim. Para ser o melhor, eu não precisava ter fraquezas,
e ter um amante acabaria levando à minha morte.

Eu percebi isso ainda mais fortemente desde que vim a este mundo.
Ter uma família pela qual eu morreria feliz me lembrou de como eu era realmente fraca. Se alguém
sequestrasse qualquer um dos membros da minha família, não importa o quão forte eu fosse, eu estaria
à disposição.
O pensamento de ter um amante, alguém que eu poderia chamar de minha outra metade, era uma coisa
maravilhosa, mas também era algo que realmente me assustava.
Depois de prender a pulseira que selava meus atributos de fogo e água de volta no meu braço, fiz meu
caminho de volta à superfície e me dirigi para minha próxima aula. Como eu deveria enfrentar Tess na
minha aula de Mecânica de Team Fighting? Até Sylvie estava fazendo beicinho em cima da minha
cabeça porque eu tinha feito Tess
Bravo.
“É bom ter você de volta, Art.” Claire correu até mim e me deu um tapa firme nas costas, me fazendo
cambalear um pouco.
"Você está se sentindo melhor?" Curtis perguntou quando nos alcançou, Grawder seguindo atrás dele.
"Provavelmente terei que ficar de fora por mais algumas aulas, mas estou bem", respondi, dando-lhe
um sorriso fraco quando chegamos ao campo.
"Bom vê-lo andando, Sr. Leiwin!” A professora Glory sorriu quando viu nós três. Ela começou a caminhar
até nós quando uma intenção bastante maliciosa enviou um calafrio na minha espinha.
Olhando para trás por cima do meu ombro, vi Lucas, um olhar severo em seu rosto enquanto ele dava
grandes passos confiantes em nossa direção.
Eu combinei meu olhar com o dele, nenhum de nós desviando o olhar quando ele se aproximou de mim.
Agarrando minha camisa pelo colarinho, ele me puxou para perto de seu rosto.
"Acho que precisamos de uma revanche." Seu rosto efeminado foi torcido em um vicioso
carranca, seu nariz a apenas alguns centímetros do meu.
Com meu rosto frio e meus olhos fixos nos dele, eu respondi: "Esta é uma maneira muito rude de pedir
algo." Agarrei seu pulso com força suficiente para fazer sua mão perder força, mas não parei por aí. Eu
lancei uma explosão de mana no garoto,

fazendo seus joelhos cederem.
Fazendo uma careta de dor, Lucas murmurou inaudivelmente e conjurou chamas laranja com a palma da mão
livre, pronta para atirar em mim.
"É o bastante!" Professora Glory rugiu enquanto empurrava sua espada embainhada
entre nós.
“Arthur, vá descansar na plataforma de observação. Você não deve participar de nenhuma atividade desta
aula até que esteja totalmente curado — ordens do Diretor Goodsky.
Quanto a você, Lucas, você precisa se acalmar. Se você quer resolver seu rancor mesquinho com uma briga
ou com um abraço, faça isso depois que Arthur estiver totalmente curado. Agora não é a hora.” Ela soltou um
suspiro enquanto me empurrava para a plataforma de observação. Voltei com um aceno relutante, tentando
não deixar meu mancar

mostrar.
Enquanto caminhava, meus olhos procuravam inconscientemente por Tess, mas ela não estava em lugar
algum. "Professora Glory, onde está a princesa Tessia?"
"Ela parou pouco antes de você chegar, dizendo que não estava se sentindo bem. Ela disse que iria recuperar
a aula de alguma forma, mas ela parecia fora, então Clive a levou de volta para seu dormitório. Por quê? Você
precisava dela para alguma coisa?”
A professora Glória perguntou.
Eu balancei minha cabeça. "Apenas me perguntando."
“Você pode chegar até a plataforma de visualização sem começar outra briga, certo?
Apenas descanse por mais alguns dias.” Ela colocou uma mão gentil no meu ombro antes de correr de volta
para o resto da classe.
Observei a turma se dividir em equipes, assumindo formações específicas para enfrentar várias circunstâncias.
Em cenários como cercos, os conjuradores desempenharam um papel crucial, então os ampliadores entraram
em uma posição muito mais defensiva, concentrando-se apenas em proteger os lançadores de longo alcance.
Em cenários em que lutas de guerrilha eram necessárias, apenas um ou dois aumentadores permaneciam
perto do conjurador enquanto o resto saía por conta própria.
Estávamos apenas uma semana na aula, então era muito básico, mas era óbvio que a Professora Glory sabia
o que estava fazendo. A turma apreendeu bem as lições

e até conseguiu se divertir. Era uma visão agradável de se ver, mas minha mente se
desviou para a cena com Tess. Não me arrependi das coisas que disse, mas tive que
questionar se realmente as havia dito bem.
Minha próxima aula era a que eu mais ansiava: Teoria da Magia Desviante. Nossa
professora, Professora Drywell, colocou a maior importância em cobrir o básico primeiro,
então, para minha consternação, mesmo depois de uma semana, ela mal estava
abordando os fundamentos da magia desviante.
“Sempre que magia desviante está envolvida, o custo de mana até mesmo de feitiços
simples aumenta significativamente. Por que você acha que é isso? É porque a magia
desviante, como o próprio nome indica, é desviante da reserva de mana elementar
natural que está disponível em nosso mundo. A mana que nos cerca é composta apenas
de mana de fogo, vento, terra e água. A magia desviante, que vem das formas superiores
desses quatro elementos, tem um custo muito maior em comparação com os quatro
elementos originais, porque não existem raios, plantas, gravidade, metal, magma, som
ou mana de gelo nos cercando. a atmosfera. Para produzir esses fenômenos em nossos
feitiços, devemos ser capazes de alterar diretamente seu elemento pai e manipulá-lo
em sua forma desviante.” A professora Drywell era uma senhora muito idosa e, embora
parecesse uma avó quieta e simpática, nunca parava de falar.
"Mas Professor," uma menina mais velha falou, "gravidade, raio, metal, magma, som,
plantas e gelo também existem naturalmente em nosso mundo. Então, por que nosso
mundo não produz esses tipos de mana?”
“Boa pergunta, jovem. Honestamente, ninguém sabe ao certo por que isso acontece.
Muitos teóricos de mana acreditam que, porque um certo conjunto de condições deve
ser atendido para que esses elementos desviantes ocorram, a mana diretamente
correlacionada a eles não existe”, explicou a professora Drywell enquanto andava pela
sala de aula. "Então sempre há exceções como o fogo, que certamente não se manifesta
espontaneamente sem causa. Talvez seja por isso que a maioria dos magos acredita
que o fogo é a forma mais elevada de magia normal, porque está tão perto de ser a
própria magia desviante.

“A magia desviante que se afasta ainda mais das quatro principais formas de mana elementar em
nosso mundo tem um custo ainda maior. Todos vocês sabem o que são emissores - eles são
curadores, essencialmente. A mana que eles utilizam não se enquadra na categoria de água, terra,
fogo ou vento. Em vez disso, ouso dizer que existe um elemento sagrado – ou elemento de luz,
para ser mais preciso. Os emissores obtêm pouco benefício ao absorver mana da atmosfera
porque não há mana do elemento luz em nosso mundo. Em vez disso, eles trabalham para
condensar e purificar a mana que se forma em seu núcleo de mana, de modo que, mesmo quando
menos mana é usada, ainda há um efeito substancial em seus feitiços.” Eu poderia dizer que a
professora Drywell estava perdendo o fôlego porque sua voz estava ficando mais ofegante.
Depois que ela terminou a aula do dia, tivemos uma breve sessão de perguntas e respostas, mas
ninguém realmente tinha perguntas a fazer – talvez por medo de que a aula nunca terminasse.
Eventualmente, o professor Drywell nos liberou e eu me arrastei para minha última aula, Formações
de Feitiços I.
A maioria dos alunos desta classe eram mágicos, mas alguns dos aprimoradores mais inteligentes
também sabiam que poderiam melhorar suas habilidades fazendo o curso.
Nosso professor, professor Mayner, era um homem de aparência acadêmica que usava um
monóculo e, por cima do terno, um vestido branco. O cabelo estava repartido ao meio e o bigode
bem aparado “Bem-vindos, alunos. Fui notificado pelo diretor Goodsky de que um aluno chamado
Arthur Leywin começará a se juntar a nós para a aula, estou correto?” Ele olhou ao redor, seu
monóculo captando o brilho da luz na sala de aula.
“Sim, eu sou Arthur Leywin. Um prazer estar aqui.” Fiz uma pequena reverência e ele acenou com
a cabeça em aprovação.
"Muito bem. Você não perdeu nada muito importante, Sr. Leywin. Estávamos analisando os
diferentes tipos de formações de feitiços, desde encantamentos de feitiços individuais até
formações de feitiços em grupo. Importa-se de nos dizer o que você sabe sobre formações de
feitiços? Ele ajustou seu monóculo enquanto se aproximava de mim, suas costas

direto.
"Até onde eu sei, as formações de feitiços são a junção e/ou alteração de feitiços e
habilidades básicas para produzir um efeito diferente, seja para o próprio usuário, ou
para o ponto específico no espaço em que o feitiço foi invocado", respondi.
"Uma resposta muito sólida, de fato, Sr. Leywin. Muito bom." Ele bateu palmas uma
vez, então voltou para a frente da classe onde começou a aula.
"Primeiro gostaria que todos imaginassem um cenário. Imagine um mundo onde todos
pudessem ler a mente de todos. Os pensamentos fugazes que podem fazer até o
homem mais puro parecer perverso ou a mulher mais gentil parecer cruel são todos
expostos para que outros leiam. Acredito que tal mundo seria o lar dos melhores magos
já conhecidos.” A turma esperou, confusa, que o professor desse seu ponto de vista,
mas ele seguiu em frente.
“Voltarei a isso mais tarde, mas por enquanto: por que conjuradores e até ampliadores
cantam feitiços? Não são as palavras que invocam o feitiço ou a técnica. Em vez disso,
as palavras influenciam a consciência do conjurador, enchendo sua mente com a
'sugestão' correta, se você preferir, que molda a mana no feitiço desejado. O som de
todos rabiscando furiosamente em seus cadernos encheu a sala.
O professor Mayner era um grande orador e sabia como manter a turma engajada com
o material que ele ensinava.
"Para dar um exemplo bem humorado, se eu dissesse a uma garota que gosta de mim,
'eu sempre amei você', você pode apostar que haveria algum tipo de reação dela. O
'encantamento' - que era 'eu sempre te amei' - desencadeia a resposta, ou o 'feitiço'
dela, seja corar, chorar, sorrir, etc. Vários colegas riram enquanto alguns davam
cotoveladas em seus amigos brincando com a metáfora, mas eu estremeci.
“Em suma, se o conjurador puder controlar sua consciência para moldar a mana em
seu feitiço desejado, então os encantamentos podem ser bastante reduzidos – ou
podem nem ser necessários. A razão pela qual os ampliadores não precisam se concentrar tanto

muito no canto é porque os feitiços que eles lançam quase sempre envolvem diretamente o uso de
seu próprio corpo. Os conjuradores, por outro lado, lançam feitiços muito mais precisos e complicados,
onde tais encantamentos ajudam a proteger contra um pensamento vago ou distração, que pode
mudar completamente os resultados do feitiço pretendido. Por exemplo, em vez de colocar um escudo
de fogo na frente de um aliado, pode-se acidentalmente acender uma conflagração que consome o
aliado.
"É por isso que eu disse que se houvesse um mundo onde todos pudessem ler as mentes uns dos
outros, esse mundo também teria o maior dos mágicos. Por quê?
Porque eles teriam controle absoluto sobre seus pensamentos.”
Embora o professor fosse um ótimo palestrante, eu não conseguia me concentrar. Minha mente
continuava voltando para Tess e suas palavras de despedida.
Escondendo minhas inseguranças com minha confiança...
Era isso que eu estava fazendo? Eu estava usando o fato de que eu era muito melhor em magia do
que todos os outros como uma desculpa para evitar confrontar o que eu realmente era ruim?
Talvez eu estivesse sendo hipócrita. Eu estava falando sobre como eu não podia ver Tess como
nada mais do que uma criança, mas na verdade eu era quem precisava crescer, pelo menos em
certo sentido. Construir meus pontos fortes não compensou meus pontos fracos? isso só os tornou
muito mais perceptíveis em comparação.
Tess era jovem. Ela também era inocente, mas isso não significava que ela era ignorante. Talvez eu
fosse o ignorante.
"A aula acabou! Tenham uma ótima noite, alunos. Vejo todos vocês amanhã.”
Enquanto eu caminhava de volta para o meu dormitório, minha mente estava em todo lugar, e eu
quase tropecei várias vezes.

Caramba.
Mudei de direção e fui para onde ficavam os dormitórios do conselho estudantil.
Movendo-me tão rápido quanto meu corpo me levava, cheguei a um prédio que era muito mais
chique do que o meu dormitório.
Agora, como faço para encontrar Tess? Não é como se eu pudesse gritar e chamar por ela...

'Papai, mamãe está ali.' Sylvie apontou com a pata e, sem questionar, corri naquela direção.
“Estou lhe dizendo, estou bem! Por favor, deixe pra lá, Clive. Ouvi a voz de Tess vindo do pátio
perto da fonte.
"Não! Como esse pirralho se atreve a fazer você chorar? Eu sabia que ele só iria causar problemas.
Sua má educação é definitivamente a causa. Não consigo imaginar por que o diretor Goodsky
permitiu que o camponês entrasse na academia - e como membro do comitê disciplinar, nada
menos! Eu podia distinguir vagamente o corpo magro de Clive segurando Tess pelo pulso.
Quando Clive me viu me aproximando, seu rosto se contorceu em uma carranca. “O que diabos
você pensa que está fazendo aqui? Você se atreve a tentar se encontrar com a princesa Tessia
depois de deixá-la tão doente? Se dependesse de mim, eu te mataria agora.
Ignorando o vice-presidente magro e de aparência severa, olhei para Tess, que se virou. "Tess,
posso ter um momento do seu tempo?"
"Você está me ignorando?" Clive rugiu quando agarrou meu ombro.
Era como se uma mosca estivesse constantemente zumbindo ao redor da minha orelha, e eu perdi
a paciência. "Cai fora", eu rosnei, bombardeando-o com mana como eu tinha feito
com Lucas.
Mas eu soltei um pouco demais, e Clive foi empurrado para trás, parando apenas depois que ele
caiu em uma árvore próxima.
"Você! O que...” Clive estava muito confuso para produzir algo mais coerente.
"Pare. Não vale a pena causar uma cena.” Tess se colocou entre Clive e eu e pegou minha mão,
me levando para fora do pátio.
Tentei acompanhar seus passos rápidos, mas quase tropecei, meu corpo ferido desgastado pela
marcha apressada pelo campus.
“Espere, Tess. Estamos indo rápido demais. Eu ainda estou ferido,” eu consegui dizer entre suspiros.
"Oh, sinto muito." Tess olhou para trás, sua expressão severa suavizando por apenas um segundo.

Em um beco entre o escritório do diretor e o dormitório do conselho estudantil, ela finalmente

parou. Depois que ela soltou minha mão, Tess deu um passo para trás e esperou que eu
recuperasse o fôlego.
"Nós iremos? O que você quer?" ela perguntou, seu olhar feroz.
“Tess. Havia muitas verdades no que você me disse antes. Até certo ponto, acho que sabia o que
você sentia por mim, mas sempre tive medo de enfrentá-lo. Magia e luta são muito mais simples.
Quanto mais você treina, melhor você fica e o melhor resultado que você vê. Emoções como essa
não funcionam dessa maneira, especialmente para mim.” Olhei para Tess, mas sua expressão
não mudou.
"Talvez você pense que eu estava inventando desculpas quando disse que éramos muito jovens,
mas é assim que me sinto. Talvez você pense que está pronto e talvez esteja, mas eu sei que não
estou. Entendo que temos idades próximas, mas todo mundo amadurece em um ritmo diferente.”
Minha mente trabalhava furiosamente, tentando encontrar as palavras para fazer Tess entender
sem dizer a ela que eu não me sentia bem em sair com ela quando eu tinha uma idade mental
acima dos quarenta. “Eu me importo com você e senti sua falta quando voltei para casa – eu
deveria ter dito isso antes e sinto muito por não ter dito, mas espero que você não me odeie pelo
que estou prestes a dizer. "
"Você está fazendo rodeios," Tess respondeu, sua expressão suavizando.
"Eu não posso ter um relacionamento com você agora", eu disse com firmeza.
Tess ergueu uma sobrancelha. "Agora mesmo?"
“Talvez quando formos mais velhos?” A declaração saiu soando mais como uma pergunta.
Minha amiga de infância estalou a língua, cruzando os braços. "Você diz isso como se pensasse
que eu vou esperar por você. De qualquer forma, aposto que você só quer arranjar tempo para
encontrar outra garota.
Minha mente imediatamente imaginou um eu de treze anos abraçando uma mulher da mesma
idade que minha mãe, e balancei a cabeça.
"Eu não vou sair com ninguém tão cedo," eu a assegurei.
"Como você sabe? Como devo confiar que você não vai

e se apaixonar por outra pessoa mesmo que eu espere por você? Não sei se você notou, mas
posso ser muito egoísta. Se você disser tudo isso de vez em quando sair e continuar com alguma
outra garota... A voz de Tess sumiu e ela começou a tremer. “Prefiro que você apenas diga que
não me vê como nada além de um amigo do que...”
Desliguei minha consciência por um segundo, tempo suficiente para dar um leve beijo em seus
lábios. Suprimi a voz interior que gritava em desaprovação e me afastei de Tess, meu rosto
queimando, realmente me sentindo como um menino de doze anos naquele momento.
“Espero que isso me dê algum tempo, porque isso é o limite do que posso fazer,” eu disse, incapaz
de olhar Tess nos olhos.
Não houve resposta, então dei uma espiada – apenas para ver Tess em transe, seus olhos
encobertos quando seus dedos médio e indicador tocaram seus lábios.
“Tess?” Eu sussurrei.
Ela piscou e rapidamente tirou os dedos dos lábios. "Multar. Mas é melhor você tomar cuidado, eu
sou muito popular. Se você me fizer esperar muito tempo, outra pessoa vai me levar!”
"Combinado." Sorri de alívio por finalmente resolver as coisas com Tess, então ela de repente
ficou na ponta dos pés e me beijou na bochecha.
Eu recuei, surpreso. “Tess, eu pensei que tinha dito—”
"Não se preocupe, estúpido. Isso foi apenas um agradecimento por me salvar na aula na semana
passada. Ela mostrou a língua antes de se virar e correr para o dormitório.
Sylvie, que testemunhou tudo de cima da minha cabeça, riu.

Feche-o, Sylv.
Soltando uma respiração profunda, voltei para o meu dormitório. Eu me perguntei se Tess estava
disposta a esperar alguns anos — ou mesmo uma década —, mas optei por não pensar mais
nisso.
Os problemas de amanhã serão resolvidos pelo eu de amanhã.

61
MEU TIME
TESSIA ERALITH
Chegando ao meu quarto, pulei na cama, minhas mãos cobrindo meu rosto em chamas, e dei gritos
suaves de prazer enquanto rolava para frente e para trás em meus lençóis. Eu não conseguia parar
de rir.
Art finalmente me beijou. Ele me beijou !
Incapaz de me acalmar, eu me enrolei no meu cobertor enquanto rolava. A imagem dele se inclinando
para me beijar encheu minha cabeça, forçando meus lábios a se curvarem. Parecia diferente de
quando eu o beijei. Eu não conseguia explicar muito bem, mas era definitivamente uma sensação
melhor.
"Eu poderia me acostumar com isso..." Eu murmurei em voz alta enquanto esfregava suavemente
meus lábios. Eu rolei na minha cama novamente em vergonha enquanto eu repassava o evento em
minha mente.
Comecei a imaginar como seria nosso casamento. Eu queria que fosse super bonito. Eu me pergunto
como nossos filhos ficariam? Arthur era bonito e eu também não era feia. Deve estar bem. Mas, para
ter filhos, precisaríamos…
Eu quase podia sentir o vapor saindo dos meus ouvidos enquanto eu imaginava. Quer dizer, eu tinha
aprendido sobre como os bebês nasciam do meu tutor doméstico, mas…
Não, não, não, é muito cedo! E, além disso, Arthur disse que queria que eu lhe desse algum tempo.
Eu me perguntei o que ele quis dizer com isso. Ele quis dizer que iríamos agir como se esta noite
nunca tivesse acontecido?

Eu não queria isso. Mas se ele fez, eu poderia ficar bravo com ele por isso? Eu estava sendo muito
dura com ele? Eu sabia que ele tinha meus melhores interesses no coração, mas eu não poderia ser
tão insosso sobre isso.
E se outra garota realmente acabasse gostando dele também, e ele a escolhesse? Afinal, eu era
apenas uma garota violenta e mimada? por que ele me escolheria?
Quanto mais eu pensava nisso, mais desanimado eu ficava. Está tudo bem, Tess, eu disse a mim
mesma de forma tranqüilizadora. Nós dois ainda somos muito jovens. Mesmo que demore, tenho
certeza que vai dar certo eventualmente.
Nossa! Pare de se desanimar e vamos dormir, Tess!

ARTHUR LEYWIN
Eu estava me acostumando a ter Sylvie me acordando. Normalmente um grito mental alto era
suficiente para me despertar, mas hoje ela me acordou com uma mordida afiada no
meu nariz.
"Kyu!"
Eu gemi quando me sentei, esfregando meu nariz latejante enquanto Sylvie voltava a dormir, seu
trabalho completo. Ela parecia ser muito mais ativa à noite e tirava sonecas frequentes ao longo do
dia.
Depois de me lavar, olhei para Elijah, ainda respirando alto em seu sono enquanto eu tinha que
acordar tão cedo.

Não poderíamos ter isso agora, não é?
"Bom Dia!" Eu dei um tapa no meu companheiro de quarto dormindo em seu traseiro.
“Ah! O que? Huh? O que está acontecendo?" Aparentemente, o impacto repentino o deixou em
pânico – ele imediatamente assumiu uma posição defensiva com a mão direita estendida, pronto
para atirar em seu agressor.
"Nada. Apenas dizendo bom dia.” Dei de ombros, amarrando a faca em meu uniforme do comitê
disciplinar.
"Ugh, eu tenho mais duas horas antes da aula começar. Você me acordou só para dizer bom dia?
Elijah gemeu enquanto se enrolava em um casulo improvisado de cobertores.
"Sim! Estou indo para minha primeira reunião do comitê disciplinar.

Eu estava dando uma última olhada ao redor para ter certeza de que não estava esquecendo
nada quando Elijah colocou a cabeça para fora do cobertor.
“Alguma coisa boa aconteceu? Você está um pouco feliz demais . É inquietante.”
Elijah apertou os olhos levemente inchados, embora eu não pudesse dizer se ele estava me
estudando ou apenas tentando focar sua visão, já que ele não estava usando os óculos.
"Você está apenas imaginando coisas, Elijah," eu disse com uma risada leve, rapidamente
amarrando minhas botas antes de ir em direção à porta.
"Suspeito..." ele murmurou antes de sucumbir às exigências de seu corpo para voltar a dormir.
Certificando-me de que não havia ninguém por perto, pulei do prédio, usando o aumento do
vento para amortecer minha aterrissagem. Sylvie apenas flutuou para baixo? ela parecia
boba para mim, com suas orelhas enormes balançando contra o vento.
Ela pousou em cima da minha cabeça com um plop suave, e eu levei algum tempo para
testar meu corpo com alguns alongamentos. Eu não poderia dizer que estava em ótimas
condições, mas a melhora desde ontem me fez concordar com a cabeça. Era em momentos
como esses que eu realmente sentia os efeitos de passar pela assimilação da vontade de
dragão de Sylvia.
O que me lembrou – eu ainda tinha que ajudar Tess com sua assimilação. Como eu deveria
agir perto dela, afinal? Eu não podia acreditar que a tinha beijado ontem.
Mesmo na minha vida passada, eu nunca tinha passado do ponto de beijar, e sempre foi a
outra parte que iniciou até isso. Eu nunca tive interesse em me apaixonar - na verdade, eu
temia o amor. Evitei até mesmo a perspectiva de relacionamentos sexuais desvinculados
porque temia que o início de um relacionamento físico pudesse levar a ligações emocionais.
Eu tinha me isolado, focando apenas no meu treinamento, exceto pelas ocasionais aparições
públicas e brigas. Certifiquei-me de que não havia ninguém que eu considerasse importante,
ninguém que pudesse ser usado como uma ferramenta contra mim.
O que eu mais aprendi com este mundo não foi a magia ou a luta. Não,

essa vida me forçou a abrir meu coração calejado e permitir que as pessoas importassem para
mim. Isso também significava que eu tinha que ser mais forte do que o meu eu passado, já que
eu tinha pessoas para proteger desta vez.
Perdido em meus pensamentos, quase passei pela sala de reuniões do comitê disciplinar. O DC
tinha acesso a uma das maiores salas da academia para que pudesse funcionar como sala de
treinamento. Eu estava um pouco atrasada porque acordei um pouco mais tarde do que o
esperado, mas não estava muito alto, então eu esperava não ser a última a chegar.
Quando abri a porta, Curtis passou voando e bateu na parede ao meu lado com um baque.
“Ainda muito fraco.” Eu vi o rosto desapontado de Theodore Maxwell, seu punho direito erguido.
“Ah, Artur! Você está aqui!" Claire Bladeheart, que estava assistindo de perto o duelo de lado,
acenou para mim.
Curtis grunhiu de sua posição no chão. “Eu não posso acreditar que ainda não consigo acertar
um único golpe em você, Theodore. Oi Artur.” Ele olhou para mim enquanto esfregava as costas.
"Você precisa de ajuda?" Eu ofereci minha mão enquanto Sylvie abanava o rabo, mas Curtis
apenas balançou a cabeça.
"Não, eu estou bem. Além disso, o duelo ainda não acabou.”
Curtis fez uma careta enquanto se levantava e pegava sua espada para retomar o duelo, e eu
sentei ao lado de Claire em um dos sofás para observá-los.
"Huh!" Curtis ergueu a espada em um fogo ardente e agora atacou. Assim que ele estava prestes
a chegar ao alcance de Theodore, ele se esquivou, deixando um passo carbonizado para trás
antes de aparecer à direita de Theodore.
Theodore reagiu quase imediatamente, levantando seu musculoso braço direito em uma
velocidade incrível. "Cair!"
O ataque de Curtis falhou e ele caiu de joelhos, sua espada caindo pesadamente no chão na
frente de Theodore.
Theodore tinha um sorriso no rosto, mas logo desapareceu quando percebeu que Curtis

plano.
"Explodir!" Curtis gritou com voz tensa.
A espada - que não estava queimando, mas brilhando em um vermelho fraco - brilhou mais forte até
que finalmente as chamas explodiram em todas as direções.
Claire olhou para a fumaça, aparentemente assumindo que tanto a espada quanto Theodore estavam
lá. Eu bati em seu ombro e gesticulei para ela olhar para cima.
Theodore estava no ar, seus braços um pouco queimados e fumegantes, mas de resto ileso. Usando
a magia da gravidade em si mesmo, ele flutuou lentamente enquanto preparava seu próximo feitiço.
Curtis estava de pé novamente com a espada na mão, também preparando outro feitiço. Grawder
balançava inquieto o rabo do outro lado da sala.
“Tudo bem, acho que é hora de parar.” Claire se levantou e bateu palmas, mas nenhum dos
combatentes pareceu ouvi-la falar. Ela suspirou exasperada. “Kai, quer me ajudar?” Claire olhou de
volta para o homem de olhos estreitos e sorridente.
“Entendi, chefe.” As mangas de Kai cobriam seus braços, então eu não sabia o que ele havia
escondido, mas com um balanço de seus braços, cordas finas de metal dispararam em direção a
Theodore e Curtis, formando uma cerca de metal improvisada entre eles.
Mesmo depois de aumentar meus olhos, não consegui distinguir nenhum atributo elementar específico
em sua habilidade, fazendo-me imaginar exatamente o que ele poderia fazer.
Tanto Curtis quanto Theodore abandonaram seus feitiços e viraram a cabeça para Kai em confusão.
“Ordens do chefe. Vamos parar o duelo agora, sim, senhores? O rosto sorridente de Kai permaneceu
inalterado enquanto ele retraía as cordas de volta para as mangas.
“O que Kai fez ali?” Perguntei a Claire, que estava balançando a cabeça para Curtis e Theodore.
"Ninguém realmente sabe. Ele mantém isso em segredo e, pelo que posso dizer, não há nenhum
atributo elementar específico em sua mana quando ele usa suas habilidades", respondeu ela.
“Você se interessou por mim, Arthur?” Kai veio atrás de mim, inclinando-se

sua cabeça para a frente, passando pelo meu ombro, então seu rosto sorridente estava bem ao lado do meu.
"Dificilmente. Apenas um pouco curioso sobre o que você acabou de fazer lá. Não parecia que você
estava manipulando metal, ou usando som para controlar as cordas de metal,” eu disse, empurrando
seu rosto para longe.
"Tão frio. Eu diria a você, mas, infelizmente, se o fizesse, teria que matá-lo”, respondeu ele com
indiferença.
Eu levantei uma sobrancelha. "Oh? Isso é uma ameaça?" eu desafiei.
Aparentemente percebendo que a conversa estava piorando, Claire se intrometeu.
“Parece que ainda estamos sentindo falta de algumas pessoas. Feyrith, Kathyln e Doradrea ainda não
estão aqui – ah, lá estão elas!” ela disse, empurrando nós dois em direção à porta.
Feyrith estava tendo uma pequena briga com Doradrea sobre alguma coisa, e Kathyln estava atrás
deles. Eu levantei minha mão para acenar para Kathyln, mas assim que nossos olhos se encontraram,
ela virou a cabeça e foi em outra direção.
“Ah, Arthur, meu rival! Você se curou? Acredito que ainda precisamos duelar, mas acho melhor adiar
isso até terminar de trabalhar em um feitiço que venho praticando. Não porque estou com medo de
perder para você ou algo assim, apenas te dando mais tempo para se recuperar.” Feyrith veio ao meu
lado, colocando o braço no meu ombro com uma risada calorosa.
"Agora que todos estão aqui, eu gostaria que todos vocês se sentassem para que possamos começar a
reunião." Claire nos conduziu até a mesa redonda no segundo andar.
O nível inferior da sala era uma área ampla com todos os tipos de equipamentos e uma arena para
treinos. Alguns sofás forneciam assentos para os espectadores. De um lado, um lance de escadas
levava a uma varanda no segundo andar que dava para o nível inferior. O segundo andar foi mobiliado
com
quadro-negro, alguns armários e uma grande mesa oval com oito lugares.
Claire se sentou bem na ponta da mesa, o quadro-negro atrás dela, enquanto Kai e Theodore se
sentaram à sua direita e esquerda. Eu não sabia se havia um arranjo de assentos designado, então
permaneci de pé e esperei que todos

sente-se primeiro. Do lado de Kai estavam Curtis e Feyrith, enquanto Doradrea e

Kathyln estavam do lado de Theodore. O único assento que restava era bem em
frente a Claire, então me acomodei e esperei a reunião começar, minha sonolência
matinal lentamente tomando conta do meu corpo.
Observei Sylvie, que saltou da minha cabeça e estava brincando com Grawder,
até que nosso líder começou a falar.
"Esta é a primeira reunião com todos os presentes, e hoje é o dia em que
começaremos a trabalhar ativamente," Claire anunciou em uma voz séria. "Embora
este seja o primeiro ano em que este comitê existe, tenho trabalhado com o diretor
Goodsky e nosso presidente do conselho estudantil sobre como devemos estruturar
e administrar com eficiência o comitê disciplinar para criar um ambiente que não
tolerará bullying, duelos dissidentes ou intrusos. Para isso, decidimos dividir o
comitê disciplinar em duas equipes.
"Essas duas equipes serão divididas em calouros e veteranos.
Os veteranos — Theodore, Curtis, Kai e eu — vamos nos dividir em duplas e vigiar
o campus pela manhã enquanto não temos aulas. Os calouros—Kathyln, Feyrith,
Doradrea e Arthur—também formarão duas equipes e monitorarão o campus à
tarde, enquanto os veteranos têm aulas.” Claire começou a escrever nossos nomes
no quadro, agrupados nas equipes que ela já havia escolhido.
Eu levantei minha mão, mas Claire já sabia o que eu estava prestes a dizer e
interveio.
"Como Arthur está cursando as classes superior e inferior, ele será dispensado
desse dever. No entanto, ele deve estar em espera o tempo todo, caso seja
necessário backup. Além disso, recebi permissão do Diretor Goodsky para permitir
que você se atrase dez minutos para suas aulas, então tome seu tempo entre as
aulas e fique atento a qualquer problema. Ela sorriu com satisfação quando eu
coloquei meu braço de volta para baixo.
"Dito isso, eu já considerei a questão de qual dos calouros vai explorar o campus
sozinho, e Kathyln tem

se ofereceu para assumir essa tarefa. Kathyln, lembre-se de que, embora os veteranos
estejam em aula, ainda estaremos disponíveis para ajudá-la. Se você for pego em uma
situação em que não está confiante de que pode lidar sozinho, peça ajuda.” A princesa
assentiu, mas Curtis tinha um leve olhar de preocupação no rosto.
Feyrith levantou a mão. “Como vamos nos comunicar uns com os outros?”
"Se você imaginar qualquer membro do comitê disciplinar enquanto coloca a mão na
insígnia na bainha de sua faca, a faca do destinatário emitirá uma luz brilhante e um choque
suave, notificando-os de quem está com problemas.
Cada uma de nossas facas tem uma cor distinta, então lembre-se bem delas.” Quando
Claire anunciou isso, ela começou a listar as diferentes cores de nossas facas DC a seguir.
aos nossos nomes:
Claire – Rosa
Kai – Prata
Teodoro – Amarelo
Feyrith - Verde
Doradrea – Vermelho Escuro
Curtis – Vermelho
Katyln – Azul
Artur – Preto
Fiquei imaginando como seria uma luz negra. As cores de todos os outros eram diretas e
correspondiam principalmente aos seus elementos. Presumi que Feyrith ficou verde porque
ele era um elfo.
"A última questão de negócios é a vigilância à noite. Eu sei que isso pode ser um pouco
demais para uma pessoa, então vamos nos revezar em pares nessa tarefa.”
Nosso líder olhou em volta para ver se havia algum desacordo.
“Posso me voluntariar para fazer o turno da minha irmã também? Me chame de
superprotetora, mas não me sinto confortável sabendo que Kathyln pode estar em perigo
enquanto estou dormindo”, disse Curtis. Ele parecia estar evitando meus olhos.

— Tem certeza de que pode lidar com isso, Curtis? Vai ser difícil fazer turnos de duas pessoas
à noite,” Claire perguntou.
Olhei para Kathyln? ela parecia querer interromper, mas manteve seus pensamentos para si
mesma.
“Kathyln é minha parceira para os deveres noturnos, certo? Eu posso fazer isso sozinha,” eu
disse, sabendo a verdadeira razão pela qual Curtis queria assumir o turno dela – ele estava com
medo que eu fizesse um movimento com ela. Eu meio que podia entender da perspectiva dele,
sendo eu mesmo um irmão mais velho.
"Você não precisa..." Kathyln disse, mas eu poderia dizer que ela estava em conflito e não sabia
como terminar sua frase.
"Hmm... Bem, já que Kathyln está explorando sozinha durante a tarde, acho que seria justo. Ok,
vou permitir, mas Arthur, Kathyln, já posso dizer que vocês dois são do tipo que tentam lidar
com as coisas sozinhos. No entanto, como líder, estou ordenando que vocês dois peçam ajuda
imediatamente, assim que acharem que precisam. Ela se inclinou sobre a mesa, dando suas
instruções em voz firme.
"Entendido," eu prometi. Kathleen assentiu.

"Agora, já que todos os assuntos práticos estão resolvidos, vocês estão livres para sair, ou
podem ficar aqui e praticar até o início das aulas. A sala estará sempre aberta para os membros
da DC, então pense nisso como sua segunda casa. Eu já acampei aqui por algumas noites.”
Claire riu.
Isso foi um alívio. Eu conseguia dormir um pouco menos de uma hora antes da minha primeira
aula começar. Os sofás no andar de baixo pareciam perfeitos para uma soneca.
Curtis me deu um tapinha nas costas antes de descer, mas quando me virei para segui-lo, senti
um puxão na cintura da minha calça por trás.
“Vamos treinar um pouco, menino bonito. Já lutei com todo mundo aqui, menos com você.
Doradrea me lançou um sorriso animado enquanto me arrastava escada abaixo em direção à
arena de sparring designada.
“Ainda não estou totalmente curado, Doradrea. Eu não acho que esta seja a melhor ideia,” eu
gemi enquanto ela me arrastava.

"Pare de ser um bebê. A melhor maneira de se livrar dessa dor é se movimentar, você não sabe?"
Ela finalmente me soltou e caminhou até o outro lado da arena.
Claire caminhou em nossa direção, me dando um olhar de desculpas. Parecia que ela estava
prestes a intervir, mas então Theodore passou por ela e se aproximou de Doradrea, que estava
se espreguiçando.
"Mova-se", ele rosnou.
"Ah, não é justo," Doradrea resmungou enquanto abaixava os ombros, desapontada.
Excelente. Um macho musculoso substitui minha oponente feminina musculosa.

Claire suspirou em derrota. "Tudo bem, mas Arthur está ferido, então isso só vai durar um minuto.
Deixe-me ativar a barreira desta vez, para que não tenhamos mais paredes rachadas.”
Sylvie estava em cima de Grawder e perguntou se eu ficaria bem. Eu apenas balancei a cabeça
em resposta enquanto o resto dos membros da DC se posicionavam ao redor da arena. Eu podia
estar ferido, mas estava excitado — queria duelar contra Theodore também. Achei que lutar contra
os desviantes poderia me ajudar a aprender alguma coisa ou
dois.
“Alguma coisa que você queira dizer antes de começarmos?” Theodore perguntou, estalando o
pescoço.
"Claro. Posso te chamar de Theo se eu ganhar? É justo que eu te dê um apelido, já que você já
me deu um, certo?” Eu atirei-lhe um sorriso enquanto eu esticava meu corpo ainda dolorido.
Eu podia ver as veias salientes em sua testa enquanto os rostos de todos se contorciam de horror.
"Você com certeza está cheio de si mesmo, idiota. Tudo bem, mas quando eu ganhar, você será
meu pequeno servo pelo resto de sua vida escolar. Ele sorriu confiante.
"Lembre-se, este duelo vai durar um minuto ou até alguém acertar o primeiro golpe.
Isso é definitivo!” Claire latiu, sua mão descansando no punho de sua espada embainhada.

Nós duas concordamos com a cabeça, então Claire sinalizou para o duelo começar.
Theodore imediatamente partiu, atacando-me como um touro frenético. Aumentei meu corpo usando
mana de atributo do vento para contornar a arena, mantendo distância. A magia da gravidade de
Theodore não era algo para se tomar de ânimo leve? seus poderes tinham características ofensivas e
defensivas simultâneas.
Embora geralmente demorasse um pouco mais para usar a magia da terra enquanto usava a magia
do vento, consegui reunir cacos de terra do tamanho da minha perna a tempo de chutá-los em
Theodore. Disparei os fragmentos de terra em diferentes comprimentos, para avaliar até que ponto ele
era capaz de usar sua manipulação da gravidade.
Theodore parecia não entender o que eu estava fazendo, e ele continuou me atacando, parecendo
ficar cada vez mais frustrado por eu estar fugindo e chutando pedras nele.
"Você acha que eu vou deixar você continuar correndo por aí?" ele rugiu quando as pedras que eu
havia chutado em sua direção começaram a flutuar.
Theodore empurrou-se para mim enquanto reduzia a gravidade ao seu redor, aumentando sua
velocidade tremendamente.
Segurando em um sorriso, coloquei meu plano em ação. Manipulando a terra ao meu redor uma última
vez, lancei uma pedra do tamanho do meu corpo e pulei para longe do meu oponente.
Com o campo de gravidade diminuído ao seu redor, Theodore facilmente bateu na pedra e a enviou
voando sobre ele, mas durante o breve momento em que sua visão foi bloqueada pela pedra, eu corri
para frente.
Convocando o vento para se condensar abaixo dos meus pés, atirei-me em direção a Theodore a uma
velocidade que o pegou de surpresa.
Usando o Draft Step – uma técnica que eu havia pensado, inspirando-me na técnica do flicker step –
eu acelerei em direção a ele com a ajuda do forte vendaval atrás de mim.
Theodore cerrou o punho. "Queda", ele rosnou. A mudança repentina na gravidade me tirou o fôlego,
e eu tive que lutar para evitar que meu corpo batesse no chão.

Com um sorriso vitorioso em seu rosto selvagem e não barbeado, ele deu um último passo para
chegar ao alcance do golpe final, mas eu atirei-lhe um sorriso e apontei para cima.
A pedra que Theodore havia derrubado caiu diretamente em cima dele devido à mudança abrupta
da gravidade. A pedra, significativamente mais pesada devido ao aumento da gravidade, achatou
Theodore de bruços em uma posição quase cômica.
"Pare!"
Claire se interpôs entre nós dois para ter certeza de que Theodore estava bem. Ele já havia
recuperado a consciência e empurrou a pedra de cima de si mesmo, e estava silenciosamente tirando
o pó do uniforme. Ele provavelmente teria uma contusão desagradável nas costas, mas seu corpo
aprimorado com mana permitiu que ele evitasse qualquer lesão grave – a pedra não era muito
grande, afinal.
“Bom duelo, Theo.” Eu andei até ele e dei um tapinha em seu ombro antes de saltar para fora da
sala, Sylvie trotando atrás de mim.
Vamos encontrar um banco para tirar uma soneca, mandei para Sylvie.

62
PASSOS DE BEBÊ
"Você teve a chance de pensar sobre o que discutimos ontem?" Sentei-me no topo do pódio para
ter uma visão melhor da classe.
Eu tinha dormido durante a maior parte da minha aula de Fundamentos de Manipulação de Mana,
então me senti muito melhor. Olhando em volta de onde eu estava sentado no centro do palco, vi
meus alunos se entreolhando desesperadamente na esperança de que um deles tivesse as
respostas para as perguntas que eu havia feito ontem.
"Parece que não há escolha a não ser eu responder a pergunta," Feyrith suspirou enquanto se
levantava. “O núcleo de mana é uma excelente maneira de medir com facilidade e precisão o
nível de poder do mago, porque se correlaciona com quanto esforço e tempo esse mago gastou
condensando e refinando mana de seus arredores em seu núcleo.” Ele terminou com um aceno
de cabeça e sentou-se.
"Não." Eu pulei do palco e caminhei até a chocada Feyrith. “Certamente é uma maneira fácil de
avaliar o poder do mago, mas está longe de ser preciso.” Virei meu olhar para a princesa sentada
ao lado do elfo envergonhado.
"Princesa Kathyln, se você vir um lutador comum que mede 1,90m e pesa quase trezentos quilos
de músculo sólido, qual é a sua avaliação desse lutador?"
"Posso esperar que o lutador tenha uma força robusta", disse ela, depois de ponderar sobre a
questão.
"Correto. Tudo o que podemos dizer é que ele provavelmente é assustadoramente forte. Mas isso

não nos diz mais nada sobre sua habilidade de combate. Sim, ele é forte, mas
para ser um grande combatente são necessários outros fatores, como agilidade,
técnica, força mental, experiência, etc. O estágio do núcleo de mana de um mago
mostra apenas quanto 'músculo' ele ou ela tem, mas não oferece muita informação
sobre os outros fatores. Refinar seu núcleo de mana para estágios mais altos
ainda é importante, é claro, mas se esse é o único fator que você usa para avaliar
o poder do seu oponente, você está se preparando para a derrota.” Eu vi alguns
alunos começarem a fazer anotações, então parei e recuperei o fôlego.
A estudante pretensiosa de óculos levantou a mão depois de terminar de fazer
suas anotações. "Pergunta!"
"Sim?"
“Se o núcleo de mana do oponente não for uma maneira precisa de medir seu
nível, o que fazemos?” ela perguntou. Sua expressão fez parecer que ela estava
me testando.
"Você assume que o oponente é mais forte que você. Medir o estágio central de
mana de uma pessoa pode ser usado para saciar sua curiosidade, mas nada além
disso. Mesmo se sentir o nível do núcleo de mana puder medir com precisão a
força de luta de uma pessoa, o que você fará se a força do seu oponente for menor
que a sua? Pega leve com ele? Pegar nele porque você sabe que vai ganhar? E o
que você faz se a força de luta dele for maior que a sua – fugir? As chances são
de que, se você estiver em uma situação em que ambos estão sentindo ativamente
os núcleos de mana um do outro, fugir não será uma opção.
“Estar confiante demais porque seu núcleo de mana é maior do que o do seu
oponente pode torná-lo descuidado, e ficar com medo porque o núcleo de mana
do seu oponente é maior do que o seu pode fazer você se sentir sem esperança.
A conclusão é que a vida não é tão simples que você possa saber com precisão
se pode ou não vencer alguém com base na cor de seu núcleo de mana. Sempre
assuma que o oponente é mais forte que você e tente o seu melhor. Se esse
oponente for mais fraco que você, você põe fim à luta rapidamente para salvá-lo
da humilhação. Se aquele oponente é mais forte, parabéns, você superou o limite mental que vo

tem se agarrado a toda a sua vida.” Senti-me mais como um orador inspirador do que
um conferencista.
Voltei para o pódio, onde Sylvie estava tirando uma soneca, e continuei falando.
“Agora, para a próxima lição de casa. Algum de vocês descobriu o que eu fiz na aula
passada com os dois feitiços de vento? Eu perguntei, recostando-me no pódio.
Um silêncio oco encheu a sala.
Suspirei. Receber respostas de colher durante toda a vida parecia ter realmente afetado
suas habilidades de pensamento crítico.
"Vou fazer uma pequena demonstração para a resposta dos ampliadores primeiro."
Rolando Sylvie para o lado, tirei dois pedaços de papel debaixo dela. Amassei um dos
papéis em uma pequena bola e mostrei para a classe.
"Ver." Coloquei a bola na palma da mão direita e respirei fundo, construindo o suspense.
Expelindo todo o ar em meus pulmões com um fwoo, consegui soprar a bola de papel
amassada a cerca de um metro de distância de mim.
Os alunos me encararam, seus rostos em branco com o resultado anticlímax.
Levantando a mão pedindo silêncio, enrolei o outro pedaço de papel em um tubo
improvisado. Peguei a bola e a embalei firmemente na extremidade traseira do tubo,
depois inalei profundamente mais uma vez.
Com outra respiração forte, a bola de papel amassada disparou mais de cinco metros
na minha frente antes de saltar pelo chão.
Os rostos de alguns alunos se iluminaram em compreensão, enquanto outros
expressaram sua surpresa. Eu sorri quando os alunos começaram a se iluminar e fazer anotações.
A princesa Kathyln rabiscou furiosamente em seu caderno, enquanto Feyrith olhava
fixamente para a bola de papel no chão.
"Muitos de vocês parecem entender o que acabei de fazer, então um de vocês pode
esclarecer o resto da classe?" Eu perguntei enquanto pegava o papel.
Uma garota tímida com uma enorme lança ao lado dela respondeu em voz baixa,
dizendo: “Tem a ver com concentrar mana em um pequeno ponto, depois comprimi-lo e
lançá-lo. Certo, professora?”

"Correto. Aumentadores são treinados para usar seus muitos canais de mana, e
fazemos isso inconscientemente para muitos de nossos feitiços, diluindo-os. Não
importa tanto para um feitiço que você está usando em seu corpo, mas um feitiço de
longo alcance será muito enfraquecido.” Demonstrei alargando o tubo de papel. Quando
eu soprei até o final, a bola dentro caiu fracamente no chão na minha frente.
“Vai ser difícil se acostumar no começo, mas ser capaz de controlar melhor seus canais
de mana vai te ajudar muito. Agora, a vez dos conjuradores.” Peguei o pedaço de papel
amassado novamente.
"Como os conjuradores naturalmente têm menos canais de mana do que as veias de
mana, eles naturalmente disparam seus feitiços de forma comprimida, seja fora do corpo
diretamente ou afetando uma área à distância e fazendo com que a mana a altere na
forma de seu feitiço desejado. . O que os conjuradores precisam fazer é utilizar a
quantidade de mana bruta que podem absorver para compensar a falta de canais de
mana. Feche os olhos e tente imaginar isso.” Os alunos se entreolharam, confusos, mas
todos fecharam os olhos mesmo assim, esperando minhas próximas instruções.
"Imagine seus corpos como piscinas de água. Diremos que partículas de mana são
folhas. Para o corpo de um ampliador, imagine pequenos feixes de folhas sendo jogados
em vários locais sobre a piscina. Esses feixes podem ser pequenos, mas por serem
tantos eles começam a se espalhar e se juntar às outras folhas até que a superfície da
água fique coberta de folhas. Essa é a essência do aprimoramento do corpo para um
aumentador.
“Agora, para os conjuradores, imagine apenas uma gigantesca bola de folhas caindo na
piscina de água. Por vir de um único local, pode demorar mais para se espalhar, mas
no final, as folhas ainda poderão cobrir a superfície da piscina. É assim que o
aprimoramento do corpo deve funcionar para os conjuradores.” A classe permaneceu
em silêncio enquanto abria os olhos e ponderava sobre a informação.
"A razão pela qual todos vocês conjuradores se machucaram enquanto tentavam
absorver o feitiço que conjuraram é porque você não usou a mana do seu núcleo. A
única mana à qual você é completamente imune é o que foi refinado em sua mana

essencial. Mesmo isso, depois que sua mana influenciar o ambiente em um feitiço, pode
prejudicá-lo. Portanto, os conjuradores precisam utilizar tanto mana da atmosfera quanto de
seu núcleo de mana para um feitiço e integrá-lo em seu corpo, ou largar a grande pilha de
folhas para espalhar sobre a piscina de água.” Quando terminei de explicar, fiz sinal para os
alunos descerem ao palco e começarem a praticar. Durante o resto da aula, fui ajudando-os,
dando-lhes pequenas dicas de como visualizar melhor o que precisavam fazer.
Quando o sinal tocou, Sylvie acordou e pulou em cima da minha cabeça enquanto eu dispensava
a aula. Fiquei surpreso ao ouvir alguns alunos resmungando que a aula era muito curta.
Peguei o longo caminho para minha próxima aula para ocupar mais tempo enquanto fazia uma
ampla vigilância. Experimentei enviar pulsos de vento muito fracos, pensando que poderia usá-
lo como uma espécie de radar tridimensional, mas provou não ser tão útil quanto eu pensava
que seria. Earth Pulse também foi de pouca utilidade, já que eu só conseguia detectar o básico,
como quantas pessoas estavam na área, não se elas estavam realmente em combate. Pior
ainda, os prédios e as árvores diluíram a precisão.
Cheguei atrasada à aula de Gideon, mas ele apenas fez sinal para eu me apressar para o meu
lugar e continuou falando.
"Ei. Por que você está tão atrasado?" Emily sussurrou.
"Deveres da comissão disciplinar. Eu tenho que monitorar o campus até dez minutos após o
início da aula,” eu respondi, baixando minha voz para que Gideon não ouvisse.
"Tudo bem! Emparelhe e comece a trabalhar no seu projeto. Os materiais estão na parte de
trás, mas não vão todos de uma vez." Ele se sentou e começou a ler sobre algo enquanto os
alunos se levantavam para coletar os materiais necessários para o Artefato Produtor de Luz.
Eu estava prestes a caminhar também quando Emily me parou.
"Já tenho tudo o que precisamos. Vamos apenas começar.” Ela vasculhou sua bolsa enorme,
encontrando os vários componentes necessários. Ela

colocamos todas as coisas que precisávamos, então começamos a trabalhar.
Construir o LPA não foi fácil, mas Emily parecia impressionada com a rapidez com que eu havia
entendido. Mesmo que ela tivesse apenas doze anos, seus elogios aumentaram meu ego – ela
sendo um gênio e tudo mais.
Passamos o resto da aula mexendo nos vários componentes de artefatos que Emily trouxe com
ela, até que Gideon nos dispensou.
Quando eu estava saindo, ele me agarrou pelas costas da minha camisa e me puxou para ele.
"Garoto. Vamos nos recuperar em algum momento. Temos muito o que conversar”. Ele me deu
um sorriso diabólico, mas por outro lado apenas me deu um tapinha nas costas.
"Hmmm. Devemos tomar um chá, professor. Acenei para ele e saí da sala com Emily.
Sylvie bateu no meu nariz com a pata, 'Papai! Você não está prestando atenção.
Avier quer que voltemos para a sala de treinamento. A coruja verde
do diretor da Avier Goodsky? Como você pode falar com ele? Perguntei minha fiança, mas ela
também não sabia.
“Ei Emily, eu tenho que ir até a biblioteca, então vou pular o almoço. Vá em frente sem mim.”
"Você quer que eu vá com você?" ela perguntou, mas eu apenas balancei minha cabeça.
"Está bem. Vá encontrar Elijah para mim. Ele ficará sozinho se eu não estiver lá. Fiz uma cara
triste de cachorrinho imitando Elijah para divertir Emily antes de sair correndo na direção da
biblioteca e das salas de treinamento.
"Boa tarde, Sr. Leywin,” Chloe me cumprimentou com um sorriso profissional e uma reverência,
então me indicou a porta dos fundos.
"Prazer em ver você de novo, Chloe." Sorri de volta e a segui com Sylvie em cima da minha
cabeça, abanando o rabo.
Depois de passar pelo homem com cicatrizes, desci as escadas – sem a ajuda de Chloe, desta
vez. Espero que Elijah não fique muito entediado saindo com Emily, enviei para Sylvie.
“Kyu.” 'Ele vai ficar bem,' meu vínculo me assegurou.

Alcançando a sala de treinamento, coloquei minha palma direita contra o frio, gigante

portas, e uma luz brilhante mais uma vez me cumprimentou.

"Vaia!" Tessia saltou do lado da porta, com as mãos estendidas.
"Ei, Tess," eu respondi casualmente.
“Ah, você não estava com medo. Não é divertido,” ela resmungou. Sylvie pulou da minha cabeça
e caiu nos braços de Tess.
“Você terá que tentar muito melhor do que isso. Vamos, vamos começar com a sua assimilação.”
Eu a empurrei para o centro da sala de treinamento. Era incrível o quão denso com mana o ar
nesta sala era, comparado ao exterior.
O fato de haver grama e uma cachoeira aqui também me impressionou, apesar de ser a segunda
vez que estive aqui.
"Como você tem se sentido ultimamente? Você ainda está recebendo sintomas de rejeição de sua
besta?” Eu perguntei enquanto Tess se sentava perto do lago.
"Eu não tive nenhum desde a última vez que estivemos aqui", disse ela, mas depois ficou quieta.
Finalmente ela olhou por cima do ombro e olhou para mim, piscando seus longos cílios cinza. “Ei,
Arte?”
"Hum?"
"Eu sinto Muito."

"Para que?"
“Bem, comparado a você, eu sou tão emotiva. Então eu sinto que você fica sobrecarregado e
acaba seguindo meu egoísmo.” O olhar de Tess desceu quando ela disse isso.
"Ah, então você sabe", eu respondi com um sorriso, ganhando um tapa no braço. “Nós nos
conhecemos há quanto tempo, Tess? Neste ponto, você pode confiar que já viu todos os meus
lados, mesmo aqueles que não quero mostrar.
Mesmo sabendo disso, você me aceita e tem paciência comigo – e eu sou grata.” Eu olhei
seriamente para a princesa desanimada. "Nunca pense que o que estou fazendo é por obrigação."
Ambos se sentindo um pouco melhor, começamos a assimilação. O núcleo de mana de Tess

percorreu um longo caminho. Ser uma sólida conjuradora de palco laranja na idade dela a tornava
um prodígio. Ela não seria capaz de refinar seu núcleo de mana até

a assimilação havia terminado, mas não deveria afetá-la muito. Enquanto o meu levou anos, eu
estimei que com minha ajuda, deveria levar apenas mais algumas semanas para ela assimilar
completamente com a vontade de besta do guardião de sabugueiro.
Quando terminamos, dei um tapinha nas costas de Tess. “Vamos terminar aqui hoje.”
"Obrigado." Tess me lançou um sorriso tímido enquanto nós duas nos sentamos na grama, os
únicos sons vindos da cachoeira e da respiração suave de Sylvie.
"Eu sei que você disse para lhe dar tempo, mas... você acha que talvez eu possa segurar sua
mão agora? Só um pouco? Se não, está tudo bem, eu não vou ficar bravo.” Tess desviou o olhar
para evitar o meu. Sua franja cobria seu rosto, mas ela não conseguia esconder suas orelhas
vermelhas aparecendo.
Eu gentilmente agarrei a mão direita de Tess com a minha esquerda e apertei suavemente.
Nossos dedos não estavam entrelaçados, mas o calor de suas mãos se espalhou para as minhas.
"Está tudo bem?" Tentei dar uma olhada no rosto de Tess, mas ela assentiu, virando rapidamente
a cabeça.
Ficamos ali sentados por alguns segundos, de mãos dadas, e o tempo pareceu desacelerar.
Intrigou-me que um gesto tão simples pudesse me encher de uma sensação de calma.

63
VIAGEM AO CAMPO
NAS VÁRIAS SEMANAS SEGUINTES, nada digno de nota aconteceu, mas eu estava ocupado
o suficiente para não ter tempo para visitar minha família. Depois da escola e do treinamento, os
deveres do comitê disciplinar ocupavam todo o meu tempo restante.
A aula que eu estava lecionando teve mais dificuldade do que eu esperava quando se tratava de
“treinamento divergente”, como eu havia decidido chamá-lo. O conceito de focar mana em um
único ponto provou ser difícil para todos os ampliadores da classe, enquanto reabsorver um
feitiço conjurado era uma tarefa ainda mais árdua para os conjuradores.
Até agora, de todos os ampliadores, apenas um aluno chamado Benson conseguiu fazer algo
remotamente parecido com o que eu tinha em mente. Quanto aos conjuradores, apenas Kathyln
conseguiu reabsorver seu feitiço e melhorar seu corpo - mas mesmo assim, ela só conseguiu
aumentar sua mão. Feyrith estava em segundo lugar, e ele era o único outro aluno à beira do
sucesso.
Minha aula de Teoria da Magia Desviante estava indo bem devagar? nossa professora declarou
explicitamente que começaria a cobrir o novo material depois que tivéssemos terminado nossos
testes do meio do semestre. Um semestre durava dezesseis semanas e só tínhamos passado
por quatro semanas de escola, então levaria mais quatro semanas antes que ela começasse a
repassar o que eu queria saber.
"Você está animado para a excursão de masmorra da classe amanhã?" Tess se inclinou para
mais perto de mim.
Nós dois, junto com Sylvie, estávamos na sala de treinamento durante o almoço. EU

tinha acabado de ajudá-la com a assimilação. Pela minha estimativa, Tess precisou de mais uma
ou duas semanas para assimilar completamente, o que me preocupou porque, até então, seu uso
de magia seria muito limitado.
Eu apenas dei de ombros. “Eh, estamos apenas explorando os três primeiros andares, certo?
Duvido que encontremos algo que valha a pena ficar empolgados.”
No sábado, deveríamos fazer uma viagem noturna aos arredores de Beast Glades com nossa aula
de Mecânica de Combate em Equipe. A professora Glory recebeu permissão do diretor Goodsky,
com a condição de que não pudéssemos passar do terceiro andar da masmorra que planejamos
explorar.
A masmorra era menor – e um local popular para novos aventureiros, já que as bestas de mana
nos níveis superiores eram apenas de classe E – então a Professora Glory achou que seria uma
ótima maneira para a classe entrar em algum time da vida real. prática de mecânica de combate.
“Pf. Você não é engraçado. Aposto que você está realmente muito nervoso por estarmos nas
Clareiras das Bestas. Eu ouvi muito sobre isso do vovô. Ele diz que está cheio de mistérios e
maravilhas, mas também de perigos. Vovô disse para nunca confiar totalmente em qualquer fonte
de informação sobre a Clareira das Bestas, porque sempre muda.”
Tess parecia estar se perdendo em seus pensamentos, fantasiando sobre como nossa curta viagem
seria excitante. “Nós vamos lutar contra feras de mana de verdade! Você acredita nisso? Quer
dizer, eu lutei contra um casal na Floresta de Elshire enquanto treinava com o Vovô, mas ouvi dizer
que as feras de mana são diferentes nas Clareiras das Bestas. Você sabe... mais cruel. Nós vamos
dormir na masmorra também. Isso é tão emocionante!” Seus olhos brilharam quando ela imaginou
acampar no subsolo, cercada por feras de mana.
Dando um leve toque na testa de Tess, eu a acordei de sua terra dos sonhos.
"Apenas lembre-se, você provavelmente não está com metade de sua força agora, e a assimilação
não será concluída a tempo da expedição.
Não fique cheio de si mesmo.”

"Uau! Eu sei eu sei. Você não tem que me mimar tanto,” ela fez beicinho, esfregando a testa.
"Você se lembra quando dormimos juntos na mesma barraca?" Eu balancei minhas sobrancelhas
lascivamente e o rosto de Tess ficou vermelho imediatamente.
“Kyu?” Sylvie inclinou a cabeça com curiosidade? ela ainda não tinha nascido quando isso
aconteceu.
“O que você disse de novo? Ah sim!" Fazendo uma cara assustada, olhei para minha amiga de
infância corada.
“'B-Bem, você vê... bestas aparecerão mais provavelmente se eles notarem você, porque eles
verão que você é uma criança. Então, para nossa s-segurança, seria melhor você entrar na
barraca,'” eu disse em uma voz aguda, zombando de Tess.
"Você pediu por isso!" Ela pulou em cima de mim, me cutucando forte enquanto eu continuava
rindo.
"Uau! Ow ow ow—ok,” eu consegui dizer através da minha risada, “Desculpe!
Eu dou, eu dou! Tess, eu vou parar! Lágrimas se formaram em meus olhos, tanto de riso quanto
de dor.
“Kyuu!” Sylvie pulou ao nosso redor. 'Eu também, quero jogar também!'
Eventualmente, ela parou, e eu estava ofegante no chão, recuperando o fôlego, com Tess
sentada em cima de mim. Olhando para minha amiga de infância, vi que seu rosto ainda estava
vermelho. Percebendo imediatamente em que tipo de posição estávamos, comecei a me sentir
corada também, ainda mais quando Tess abaixou a cabeça mais perto de mim.
minha.
"Vejo que vocês dois estão se dando bem. Virion certamente ficará feliz.” A voz nos pegou de
surpresa. Tess pulou imediatamente, e nos distanciamos um do outro de vergonha.
A diretora Goodsky se aproximou de nós com um olhar divertido no rosto. Como ela tinha
entrado sem que nenhum de nós percebesse estava além de mim, mas eu não conseguia
esconder o constrangimento que sentia.
Ignorando nosso desconforto, o diretor Goodsky mudou de assunto. "Como é

a assimilação está acontecendo?”
“E-está indo bem. A arte me ajudou muito nas últimas semanas, e me sinto muito melhor. Eu
não tenho sentido nenhuma dor pela rejeição ultimamente, e desde que eu não use muito
magia, acho que vou ficar bem.” Aturdida, Tess procurou as palavras e agitou os braços
enquanto tentava
embaraço.
Eu me acalmei e esclareci: "Ela deve estar totalmente assimilada com sua vontade de besta
em cerca de uma semana ou duas."
"Hum." O diretor Goodsky acenou para mim, então se moveu para ficar na frente de Tess,
que ainda estava vermelha. Gentilmente colocando a mão logo acima do estômago de Tess,
a Diretora Goodsky fechou os olhos para sentir o núcleo de mana de Tess.
Depois de um breve momento, ela retraiu a mão e assentiu, satisfeita. "Bom Bom. Estou feliz
que não houve problemas ao longo do caminho. Eu sabia que podia confiar em você, Arthur
— disse ela.
"Onde você esteve nas últimas semanas, diretor? Você sempre esteve em contato, pelo que
ouvi, mas faz um tempo que não vejo você aqui na academia. Você acabou de voltar?” Eu
disse, inclinando a cabeça. Meus olhos foram atraídos para um pequeno corte em sua mão.
"Ah sim. Estive ausente por alguns motivos pessoais. Estou de volta agora, então venha ao
meu escritório se precisar de alguma coisa.” A diretora Goodsky rapidamente cobriu a mão e
me deu um sorriso suave de avó. "É melhor eu ir embora. Tenho muito trabalho para
recuperar. Certifique-se de não se esforçar demais, pequena. Tenha cuidado especial
enquanto estiver nas masmorras. Nunca se deve subestimar nem mesmo as bestas de mana
de nível mais baixo.” Diretor
Goodsky acariciou suavemente o cabelo de Tess antes de deslizar para longe, deixando-nos sozinhos
novamente.
"Então... quais são seus planos depois disso?" disse Tessia, quebrando o silêncio
constrangedor que o diretor nos deixou.
"Depois das aulas, há uma reunião de emergência para o comitê disciplinar, já que Curtis,
Claire e eu estaremos fora do campus durante o

fim de semana. Teremos que elaborar um plano de ação caso surja uma emergência
enquanto não estivermos aqui. Depois disso, provavelmente vou voltar para casa e dormir lá.
Faz algum tempo. Voltarei ao campus amanhã de manhã, a tempo de sair para a excursão.
E você?" Eu disse, me inclinando para trás.
"Estou livre até a reunião do conselho estudantil, já que a professora Glory cancelou a aula
para que possamos descansar. Temos que revisar algumas coisas na agenda, já que Clive
e eu também estaremos fora.” Tess estava muito mais calma agora.
Eu tive que admitir que ela estava muito fofa, sentada no chão e brincando com as patas
de Sylvie.
Passei um pouco mais de tempo conversando com Tess, mas acabei tendo que sair para ir
às minhas outras duas aulas. Eles pareciam se arrastar para sempre? já estávamos
revisando para nossos exames do meio do semestre.
"É isso por hoje, classe. Lembre-se de acompanhar seus estudos em vez de procrastinar e
estudar tudo na noite anterior. Eu sei que todos vocês adoram fazer isso,” Professor Mayner
disse sarcasticamente enquanto entregava algumas folhas de revisão sobre formações
básicas de feitiços. Quando a aula acabou, caminhei até a sala do comitê disciplinar. Sylvie
pesou particularmente na minha cabeça esta noite.
"Eu confio que você será capaz de manter a academia sob controle enquanto nós três
estivermos fora. Passamos por todos os procedimentos de emergência nas últimas duas
semanas, então estou confiante de que tudo ficará bem. Como todos sabem, Kai está no
comando enquanto estou fora. Lembre-se de que a Diretora Goodsky está de volta ao
campus, portanto, se o pior acontecer, não hesite em contar com a ajuda dela, mas duvido
que haja necessidade. Demitido!" Claire bateu palmas enquanto o resto de nós se levantava.
"Ei twer... quero dizer, Arthur, não se esqueça, eu quero outro jogo de treino com você."
Theo colocou a mão no meu ombro enquanto eu descia as escadas atrás de Curtis e
Kathyln. “Já que nós dois estamos aqui, vamos fazer isso.”
"Não, é a minha vez. Você perdeu para ele da última vez, então eu posso tentar agora.”
Doradrea se espremeu entre nós e olhou para mim.

“Isso não contava! Ele só teve um golpe de sorte, isso é tudo,” Theo disse, carrancudo.
“Não pode fazer, Theo, Doradrea. Vou para casa com minha família esta noite. Meu
motorista já está me esperando nos portões.” Passei por eles e desci o resto da escada
sem dar a eles a chance de tentar me convencer a ficar.
“Você tem o anel de proteção que papai lhe deu, certo? Use-o imediatamente se sentir
que está com problemas. Prometa-me isso, ok?” Ouvi Curtis incomodar sua irmã mais
nova. Estaríamos saindo cedo amanhã de manhã, então esta noite era provavelmente a
última vez que ele a veria até voltarmos no domingo à noite.
Kathyln assentiu silenciosamente, seu rosto inexpressivo como sempre. Quando ela me
viu olhando para eles, ela rapidamente virou a cabeça. Curtis deixou sua irmã e caminhou
em minha direção.
“Vejo você amanhã de manhã então, Arthur. Ouvi dizer que a Professora Glory estava
pensando em designar equipes. Vamos nos juntar ao mesmo time, se pudermos", disse
ele, batendo no meu braço com um punho.
“Sim, parece bom.” Eu ofereci a ele um aceno amigável, e dei a todos um aceno de
despedida enquanto eu saía.
Já estava bem escuro lá fora, a única fonte de luz vinha do brilho suave dos orbes
flutuantes. O terreno do campus dava uma sensação muito mística à noite, totalmente
diferente das luzes brancas misteriosas que iluminavam os prédios da academia em
minha vida anterior.
Quando cheguei ao portão principal da academia, o motorista familiar estava me
esperando. "Boa noite, Sr. Arthur. Presumo que você preparou tudo? ele disse, tirando o
chapéu e me dando uma leve reverência.
"Sim. Desculpe, a reunião atrasou um pouco. Vamos embora imediatamente.” O motorista
abriu a porta para mim e eu subi na carruagem.
Eu cochilei durante o passeio de volta para casa, então a familiar Mansão Helstea
apareceu mais rapidamente do que eu esperava.
"Chegamos, Sr. Leywin. Tem uma boa noite." Abrindo a porta, o

O motorista tirou o chapéu mais uma vez quando eu saí da carruagem. Subir as escadas
trouxe de volta pensamentos nostálgicos de quando eu voltei do reino de Elenoir, e mais
tarde das Tumbas Atrozes. Esta era a primeira vez em muito tempo que eu voltava para
casa sem dar aos meus pais um motivo para se preocupar com a minha vida.
Antes mesmo que eu tivesse a chance de bater, a gigantesca porta da frente se abriu e um
míssil em forma de Ellie disparou.
"Irmão! Bem-vindo a casa!" Ellie passou os braços em volta da minha cintura enquanto eu
lutava para evitar que nós dois caíssemos pelas escadas.
“Kyu!” Sylvie pulou da minha cabeça para a de Ellie, lambendo seu rosto.
“Isso faz cócegas, Sylvie!” Rindo, minha irmã se desvencilhou de mim enquanto segurava
Sylvie e fazia cócegas em suas costas.
"Eu queria saber qual era o barulho. Você voltou um pouco tarde, filho!” Meu pai se encostou
no batente da porta e me deu um sorriso.
"A reunião atrasou um pouco. Já faz um tempo, pai.” Dei um abraço em meu pai enquanto
minha irmã me seguia, ainda abraçada com meu vínculo.
“Ah! Você está de volta, Arte. Você deve estar tão cansado.” Minha mãe estava lá em cima,
e agora ela desceu correndo e passou os braços em volta de mim.
"Ei mãe. Sim, estou de volta.” Eu sorri, deleitando-me com o amor familiar que eu tanto
estimava.
"Como você está?" Você está melhor agora?” Minha mãe me examinou, levantando minha
camisa e me virando para ter certeza de que não havia mais nenhum ferimento.
"Estou bem agora", eu ri. “Você está se preocupando demais.” Dei-lhe um sorriso
reconfortante, mas não pude deixar de lembrar a breve conversa que tive com meu pai sobre
a magia da minha mãe. No entanto, eu rapidamente afastei os pensamentos da minha
cabeça. Eu tinha certeza de que havia uma razão e a única coisa que eu podia fazer era
esperar que ela me contasse.
“Irmão, quanto tempo você vai ficar?” Ellie estava praticamente pulando ao meu redor
enquanto todos nos encaminhávamos para a sala de estar.
"Eu vou sair amanhã de manhã cedo," eu disse com um suspiro.

"O que? Por que?" O rosto da minha irmã visivelmente triste, seus ombros caídos
minha resposta.
"Sim, por que você está saindo tão cedo?" meu pai entrou na conversa, sentando-se no
sofá.
"Uma das minhas turmas tem uma excursão para a Clareira das Bestas amanhã por uma
noite. Partimos de manhã, então terei que sair bem cedo. Eu já estava cansado com o
pensamento de acordar antes do amanhecer.
“As Clareiras das Bestas?” O rosto de minha mãe ficou pálido de preocupação. Eu não
estava surpreso – eu quase morri na última vez que estive na Clareira das Bestas. Até meu
pai parecia preocupado.
"Não se preocupe. Estaremos apenas na periferia, e nosso professor estará conosco em

todos os momentos. Além disso, ainda tenho o anel. Tirei do bolso o anel que a família
Helstea nos deu. O anel usava a circulação de mana para indicar ao outro portador do anel
se eu ainda estava vivo ou não.
Eu o tinha guardado enquanto estava na escola – se algo acontecesse comigo lá, meus
pais seriam notificados imediatamente – mas planejava usá-lo na excursão apenas por
precaução.
"Mas ainda assim... é obrigatório que você vá?" Minha mãe franziu as sobrancelhas, a
preocupação se recusando a deixar seu rosto.
"Nós ficaremos bem. É uma das masmorras de classificação mais baixa, e não temos
permissão para ir abaixo do terceiro andar de qualquer maneira,” eu disse, tentando confortá-la.
Ela ainda não estava totalmente feliz com a situação, mas ficou em silêncio, me dando um
aceno hesitante.
Nós quatro passamos mais algumas horas apenas nos atualizando enquanto Sylvie
adormecia no colo de Ellie. Ellie aparentemente estava indo bem na escola feminina,
enquanto meu pai e minha mãe ainda pareciam muito saudáveis e apaixonados. Fazia
apenas algumas semanas desde que eu os vi pela última vez, então isso não foi surpresa.
Quando perguntei onde estava a família Helstea, papai disse que Vincent e Tabitha
estavam fora por alguns dias em uma viagem de negócios para uma cidade diferente.
Quando ficou tarde, meus pais levaram minha irmã e eu para nossos quartos. EU

quase adormeceu enquanto tomava banho? depois de me secar, afundei na cama com um
grande suspiro de alívio.
Foi bom estar de volta em casa.
Mas antes que eu pudesse ficar muito confortável, uma série de batidas soaram na minha porta.
Cansado demais para me levantar, virei a cabeça e vi um rostinho espiando. "Posso dormir com
você esta noite, irmão?" Agarrando-se ao seu bicho de pelúcia, Ellie entrou no meu quarto.
"Claro", eu disse com um sorriso, e levantei o cobertor ao meu lado para que ela pudesse ficar
embaixo.
"Yay!" Ellie pulou na cama, ficando confortável. A cama era mais do que grande o suficiente
para nós dois, mas ela se aproximou e me encarou.
"Boa noite." Dei um tapinha na cabeça da minha irmãzinha, e nós duas adormecemos ouvindo
a respiração constante uma da outra.

64
CRIPTA DA VIÚVA
"IRMÃO! ACORDE !” A voz da minha irmã martelava na minha cabeça enquanto ela
gritava a plenos pulmões ao lado do meu ouvido.
"O que? O que está acontecendo?" Meus olhos ainda semicerrados, olhei em volta freneticamente
para ver onde estava a emergência.
“Puxa! Você é péssimo para acordar, irmão. Ellie provavelmente acordou não muito tempo atrás, a
julgar pelo estado de seu cabelo.
"Esse é o estilo mais novo para as meninas na escola de senhoras?" Eu cutuquei o emaranhado
selvagem em sua cabeça.
“Pare com isso! Seu cabelo também está estranho.” Pulando para fora da cama, minha irmã me
lembrou de me lavar enquanto ela saía.
“Sim, sim!” Fiz uma saudação exagerada à minha irmã, fazendo-a rir antes de descer.
Sylvie piscou os olhos lentamente enquanto cambaleava instável atrás de mim.
Depois de me lavar, me certifiquei de ter algumas necessidades básicas comigo. Estes estão incluídos
minha pulseira de vedação? meu anel dimensional com a balada de Dawn armazenada dentro? o
outro anel, que sinalizaria para minha mãe se eu estivesse em apuros? e a pena que Sylvia me deixou,
que usei para cobrir a marca de Sylvie no meu antebraço.
A pena não era necessária - eu não tinha que cobrir a marca - mas eu gostava de mantê-la em mim
como uma lembrança. Ter uma parte de Sylvia comigo sempre me confortava.

Descendo as escadas, meu nariz detectou o aroma de uma sopa de carne. Quando cheguei à
cozinha, meus pais e minha irmã mais nova já estavam sentados ao redor da mesa, a sonolência
ainda evidente em seus rostos por terem acordado de madrugada.
"Espero que você não se importe - o chef está preparando o café da manhã para você.
Provavelmente vamos voltar a dormir depois de nos despedirmos. Minha mãe disse, sorrindo
apesar das olheiras cansadas sob seus olhos.
Puxei uma cadeira e sentei ao lado de Ellie. "De jeito nenhum. Na verdade, você nem precisou
acordar e se despedir de mim.
“Seja vigilante,” meu pai me avisou, sua cabeceira em chamas, “não importa o quão fácil você
acha que a masmorra pode ser. Chama-se masmorra porque nunca se sabe que perigos
espreitam lá dentro.”
A tensão no rosto da minha mãe era óbvia enquanto ela lutava pelas palavras certas. “Só... por
favor, tenha cuidado, Arthur. Eu sei o quão forte você é, mas não aguento ver você machucada.
É só que...” Sua voz sumiu.
"Hum?" Minha mente voltou ao que meu pai havia dito na enfermaria da Academia Xyrus sobre
um evento que a tornou incapaz de curar alguém gravemente ferido.
“Isso... não é nada. Apenas fique seguro – e fique de olho naquela garota, Tessia, também.
Você tem que protegê-la se as coisas ficarem difíceis, ok?” Ela estendeu a mão e deu um
tapinha na minha cabeça.
O chef da casa trouxe nossa comida naquele momento: pão seco e uma sopa cremosa na qual
presumi que deveria mergulhar meu pão. Sylvie deu uma mordida no pão, depois ganiu e se
enrolou de novo. Quando terminei de comer, o sol estava começando a espreitar das montanhas.
"Você vai voltar para casa logo após sua excursão?" meu pai perguntou depois de me dar um
abraço.
“Não, não logo depois. Eu estarei de volta por uma semana inteira na próxima semana, porém,
para descansar. Há algum tipo de festival especial acontecendo na cidade, certo?” Meus
professores anunciaram isso algumas semanas atrás, explicando que uma vez a cada dez

anos, ocorreu um fenômeno de uma semana durante o qual a densidade de mana neste
continente atingiu seu pico. Isso deu aos magos os recursos para fazer descobertas e até
permitiu que não-magos experimentassem como era sentir mana. Naquela semana, as
aulas foram canceladas e os alunos foram autorizados a permanecer no campus ou voltar
para casa para meditar e treinar o máximo possível.
"Ah, certo! O Aurora Constellate é na próxima semana. Então você vai ficar aqui para o
festival também?” O humor da minha mãe melhorou.
"Uau! Uma semana inteira?" Minha irmã sonolenta se animou com isso e puxou minhas
mangas.
"Sim, esse é o plano. Vamos todos juntos ao festival." Sorri para minha família e abracei
minha irmã e minha mãe antes de descer as escadas.
"Tome cuidado!" minha mãe gritou uma última vez enquanto acenava. Acenando de volta
para eles, entrei na carruagem. Uma vez lá dentro, segui o exemplo de Sylvie, recuperando
meu sono até chegarmos.
"Arthur!"
Saindo da carruagem, vi Curtis acenando para mim, seu sorriso largo e genuíno.
“Como foi sua viagem de volta para casa? Você conseguiu passar algum tempo com sua
família?” Claire me deu um tapinha nas costas quando cheguei ao grupo de estudantes
esperando no portão da frente.
“Bom, você conseguiu!” A professora Glory também me deu um sorriso quando começou
a contar o pessoal. Olhando ao redor, além de Curtis e Claire, vi Clive, Lucas e alguns
outros alunos que eu ainda não conhecia. Fiz mais uma verificação rápida, mas não vi
Tess – e pelo olhar frenético em seu rosto, nem Clive.
"Desculpe estou atrasado!" Tess veio correndo pelo portão da frente e parou para
recuperar o fôlego, o rosto corado e o cabelo bagunçado.
“Você é a última, Princesa Tessia. Podemos sair agora.” Professor Glória

confirmou a presença de todos mais uma vez e acenou com a cabeça em satisfação,
então se virou e levou a classe de quinze alunos para o portão de teletransporte.
Olhei para trás para ver Tess andando ao lado de Clive. Ela pegou meu olhar e me deu
um sorriso tímido de afirmação. Eu respondi com um pequeno aceno, mas continuei
conversando com Curtis e Claire até chegarmos ao portão.
O guarda postado no portão ajustou as configurações enquanto fazia algumas perguntas

ao nosso professor. Depois de vários minutos, a professora Glory fez sinal para que
entrássemos pelo portão um por um, entrando ela mesma depois de todos nós. Mais uma
vez, meu estômago revirou com a sensação de teletransporte, mas felizmente a viagem
durou apenas alguns segundos.
"Bem-vindo! Presumo que, para a maioria de vocês, esta é a primeira vez que vão à
Clareira das Bestas, correto? Professora Glory disse, com as mãos nos quadris.
“Já estive aqui inúmeras vezes. Afinal, eu era um aventureiro classe A.” Lucas deu um
passo à frente com o peito para fora. Alguns murmúrios impressionados dos alunos
pareceram deixá-lo ainda mais arrogante, até que a professora Glory falou.
"Ah sim. Ouvi do Diretor Goodsky que você era realmente um aventureiro. Também fui
notificado de que sua licença foi revogada.”
A professora Glory ergueu uma sobrancelha e retomou seu discurso.
"Aquele maldito bastardo mascarado," Lucas murmurou baixinho enquanto se apoiava em
seu bastão, mas o professor não ouviu.
“Neste momento, estamos perto da borda das Grandes Montanhas. Se caminharmos
algumas horas por ali, chegaremos a um famoso pub de aventureiros chamado Dragonspine
Inn. Quando eu era um aventureiro, esse era o lugar para conversar e obter informações
sobre várias bestas de mana e masmorras. Nós estaremos indo para uma masmorra de
nível bastante baixo, então não se preocupe muito. Eu também estarei com você em todos
os momentos, mas me absterei de ajudar a menos que seja absolutamente necessário,
então não me procure por respostas.” A Professora Glory acenou com a mão direita, e de
seu anel de dimensão uma pequena pilha de pano preto apareceu.

“Estes são xales que você precisará usar dentro da masmorra que estamos explorando, chamada
Cripta da Viúva. É uma masmorra bastante simples, sem armadilhas ou labirintos, então não se
preocupe em se perder. No entanto, está muito frio lá dentro, então você precisará desses xales.
“As feras de mana na Cripta da Viúva são pequenas criaturas desagradáveis chamadas rosnadores.
Existem dois tipos nesta masmorra: os rosnadores de lacaios e o rosnador de rainha. Os rosnadores
de lacaios são os que você precisa ter cuidado. A rainha deles se enterra no piso inferior da masmorra
para que você não a veja, mas saiba a diferença. Você verá como são os minions quando formos
lado de dentro.
“Por enquanto, vou dividir vocês em três equipes de cinco.” A professora Glory tirou um pequeno
pedaço de papel do xale que estava usando. "Já decidi como as equipes serão divididas, então dê
um passo à frente enquanto eu chamo você. Curtis, Claire, Dorothy, Owen e Marge, vocês formarão
o primeiro time. Nosso professor fez sinal para que pegassem seus xales e ficassem de lado.
Ela então ligou para os próximos cinco alunos, o que me deixou com uma sensação de desânimo.
"Finalmente, isso nos deixa com Arthur, Lucas, Clive, Tessia e Roland", disse ela enquanto apontava
para os xales restantes.
Eu tinha que estar no mesmo time que Lucas de novo? Ela estava fazendo isso de propósito?
Não, ela não tinha ideia de que eu tinha sido um aventureiro antes. Havia apenas quinze alunos na
classe, então havia uma chance de termos nos juntado aleatoriamente, mas a Professora Glory
também foi quem parou minha briga com Lucas, então ela sabia que não nos dávamos bem.
Eu debati se deveria ou não pedir para trocar com alguém, mas acabei decidindo ficar depois de
lembrar o que minha mãe me disse antes. Eu não confiava em Lucas estar no mesmo time que Tess?
Eu deveria estar lá apenas em

caso.
"Alguma pergunta? Não? Ok, então está resolvido. Não deve levar mais de duas horas para
chegarmos à entrada da masmorra se nos apressarmos." Com isso, decolamos,

dando passos largos pela densa floresta, as árvores bloqueando a maior parte da luz do sol.
Viajamos em silêncio, a maioria dos alunos constantemente olhando para a esquerda e para a
direita em busca de qualquer besta de mana que pudesse estar por perto. Logo, as árvores
clarearam e começamos a descer uma ladeira.
“Estamos quase aqui. Haverá um lugar para descansar ao lado da masmorra, então não entre.”
Nosso professor deu um passo para trás, fazendo uma contagem novamente enquanto cada um de
nós descia cuidadosamente a encosta íngreme que levava à entrada da masmorra.
“Tem certeza de que quer trazer seu vínculo para dentro da masmorra, Arthur?”
A professora Glory me lançou um olhar preocupado.
O que você disse? Perguntei a Sylvie mentalmente. Você quer ir caçar, já que estamos nas Clareiras
das Bestas de qualquer maneira?
'Claro!' Com isso, meu vínculo saltou da minha cabeça e desapareceu no

bosques.
"Boa escolha. Provavelmente será mais seguro se ela ficar aqui e ficar quieta.
Professora Glory disse antes de subir em uma pedra para que ela pudesse ver
todos.
"Agora, dividam-se em seus grupos e conheçam-se. Você viu o que todos em seu grupo podem
fazer em sala de aula, mas discuta seus pontos fortes e fracos. Comunicação e confiança são vitais
na luta em equipe. Você também terá que decidir sobre um líder antes de entrarmos. Ela se sentou
na rocha e nosso grupo se reuniu e se sentou em círculo.
Todos se entreolharam, sem querer falar a princípio. Finalmente Roland – que era o único em nosso
grupo que eu realmente não conhecia – falou.
“Como muitos de vocês já sabem, eu sou Roland Alderman e sou um aumentador de atributos de
água. Meus hobbies são relaxar, fazer compras, sair com garotas bonitas e...
"Ninguém pediu seus hobbies," Clive interrompeu, massageando a ponta do nariz com irritação.
“Bem, alguém está um pouco mal-humorado. De qualquer forma, minha força está na faixa intermediária

lutando, usando uma habilidade de chicote de água que foi passada pela minha família por,
bem, muito tempo. Minha fraqueza é o combate a curta distância. Próximo!" ele terminou,
jogando o bastão imaginário para mim, à sua esquerda.
"Arthur Leywin. Eu sou um aumentador de atributos de vento e terra. Eu sou adepto de todas as
distâncias, mas prefiro o médio ao próximo,” eu disse, olhando diretamente para Lucas, que
estava na minha frente.
“Clive Graves. Aumentador de atributo de vento especializado em combates de longa distância

com arco. Eu realmente não tenho uma fraqueza", disse ele concisamente.
“Lucas Wykes. Eu sou um conjurador com uma única especialização em fogo. Quanto aos
pontos fortes e fracos, apenas assuma que você estará no meu caminho durante a batalha.”
Revirando os olhos, ele apenas se inclinou para trás, mantendo as pernas cruzadas.
Senti a hostilidade no ar e notei Tess parecendo um pouco desconfortável. “Tessia Eralith. Sou
um mágico com dupla especialização em plantas e vento. Meus pontos fortes são combates de
médio a curto alcance.” Ela deixou sua voz sumir e nosso grupo ficou em silêncio. Todos
sabíamos qual seria o próximo tópico.
Lucas foi o primeiro a falar. "Eu me escolho para ser o líder."

"Oh? Por quais padrões você se vê como o líder deste grupo?” Inclinei a cabeça, dando-lhe um
olhar inocente.
"Força, é claro", Lucas retrucou, olhando para mim incrédulo. “Vamos ser reais – eu posso
vencer qualquer um de vocês em uma luta. Não é natural para o mais forte
ser o líder?”
"Eu voto em Tessia! Ela é a única garota, então podemos nomear nossa equipe como Rainha e
Seus Cavaleiros!” Roland tinha um brilho nos olhos enquanto sua mente vagava em sua própria
terra de fantasia.
"Eu também acho que a princesa Tessia deveria ser a líder. Ela é a estudante
presidente do conselho e...” Clive acabou olhando para baixo e resmungando, seu rosto sério
tornado bobo por bochechas subitamente coradas.
"Sinto que Arthur Leywin será mais adequado como líder", ela rebateu.
"Também acho que Tessia deveria ser a líder. Todos a favor?” Eu levantei minha mão como

todos nós ignoramos o comentário dela. Eu não me importava com quem era o líder, contanto
que não fosse Lucas.
“Idiotas”. Lucas revirou os olhos mais uma vez quando todos nos levantamos.
"Tudo bem, todos estão prontos? Então vamos entrar. Preparem-se – assim que entrarmos, vai
estar frio,” Professora Glory anunciou antes de passar pela entrada, que parecia ser uma escada
estreita que levava à escuridão.
Em fila indiana, todos começamos a descer as escadas. A temperatura caiu visivelmente a cada
passo que dávamos.
“WW-Que diabos? Eu d-não pensei que seria tão cc-frio!” Rolando
conseguiu dizer com os dentes batendo.

"Aprimore-se, seu idiota", ouvi Clive dizer por trás. Estava escuro demais para ver algo além do
vago contorno de cada pessoa.
Enquanto descíamos as escadas, senti algo agarrar meu pulso. Eu estava prestes a me afastar,
mas então percebi o que era. Olhando para trás, apenas um passo atrás de mim, pude ver o
contorno vago da cabeça de Tess. Achei que ela estava com medo, mas não disse nada. Nós
apenas descemos silenciosamente o lance de escadas aparentemente interminável, sua mão
quente no meu braço o tempo todo.
Mesmo sem me aprimorar, a temperatura frígida da masmorra era suportável devido ao meu
corpo assimilado, mas à medida que a masmorra ficou mais brilhante, isso logo mudou. Uma
rajada de ar penetrantemente frio soprou pela abertura no final do túnel, forçando-me a me
proteger com o xale. Meus olhos se ajustaram à mudança de iluminação e pude ver o primeiro
andar da Cripta da Viúva. Embora eu já tivesse estado em masmorras antes, ainda era
emocionante.
A caverna se estendia por centenas de metros, fazendo-me imaginar como ela se sustentava. A
pedra que compunha a grande caverna brilhava com uma fraca luz azul. Pingentes de gelo
brilhavam no teto e uma fina camada de gelo cobria o chão. Olhando de perto, pude ver uma
camada quase transparente de musgo que cobria as paredes e o teto da caverna, envolvendo
este piso em uma luz serena.
"Isso é estranho. Normalmente já víamos uma boa quantidade de rosnadores. Por que eu não

—”
De repente, barulhos horríveis começaram a ecoar ao nosso redor. Espreitando por trás
dos numerosos pedregulhos e das pequenas cavernas que pontilhavam as paredes da
caverna estavam inúmeros olhos vermelhos redondos.
"Isso... isso é um monte de rosnadores." Eu podia ouvir Roland engolir em seco quando
seus olhos se arregalaram. Ele não foi o único que ficou chocado com a visão – todos na
classe ficaram. Até Curtis e Claire pareciam nervosos. Olhei para a Professora Glory e,
pela expressão dela, também não achei que ela tivesse previsto ver tantos rosnados.

65
CRIPTA DA VIÚVA II
MESMO ENTRE AS ANIMAIS DE MANA, os rosnadores eram criaturas horríveis. Com uma
espessa pelagem cinza, seus corpos musculosos de um metro e meio de altura pareciam mini-
gorilas. Seus rostos, porém, misturavam o focinho e as presas de um javali com olhos vermelhos
redondos e orelhas compridas. Com suas mandíbulas grossas, poderosas e salientes, à primeira
vista você não pensaria que eles eram apenas bestas de mana da classe E.
Os rosnadores estavam saindo de seus esconderijos às dezenas, estalando suas mandíbulas
enquanto soltavam grunhidos baixos.
"P-Professor... deveria haver tantos?" uma garota veterana de outro grupo gaguejou.
“Isso é tão estranho. Mesmo nos andares inferiores, nunca há tantos rosnadores amontoados. A
professora Glory se preparou e permaneceu firme. O moral de nossa turma já estava baixo, e se
até mesmo nosso professor estivesse perturbado o suficiente para hesitar, todos entrariam em
pânico.
"Há muitos deles, mas não são impossíveis de lidar. No entanto, como esta é apenas uma excursão
de classe, acho melhor voltar, apenas por precaução.
A segurança é a nossa prioridade.” Mas quando a Professora Glory começou lentamente a levar
todos de volta para as escadas, uma bola de fogo passou voando por ela.
A bola de fogo explodiu e seis rosnadores foram arremessados em direções diferentes e ficaram
imóveis.
"Ver? Essas feras desagradáveis são fracas. Professor, não me diga que você nos trouxe aqui só
para voltar. Mesmo um pequeno feitiço de fogo foi suficiente para matar seis deles

eles,” Lucas zombou enquanto abaixava seu cajado.
Eu poderia dizer que a Professora Glory ainda estava hesitante.
"Acho que devemos tentar treinar aqui, professor." Curtis tinha um olhar determinado em seu rosto,
e a exibição de Lucas parecia ter instilado confiança em vários outros alunos também.
Os rosnadores cautelosamente mantiveram distância, estudando-nos com seus
olhos.
"Tudo bem, mas se eu sentir que algo não está certo, nós saímos imediatamente daqui, entendeu?"
A professora Glory esperou que a turma concordasse com sua condição.
Quando ela recebeu uma rodada de acenos, ela disse: “Bom. Divida-se em suas equipes e ocupe
diferentes partes da pista. Não queremos nenhum fogo amigo acontecendo aqui. E Lucas, se você
fizer algo assim de novo, haverá consequências.” A professora Glory lançou um olhar ameaçador
para o loiro arrogante, e ele assentiu com relutância.
"Príncipe Curtis, pegue sua equipe e vá em direção ao lado esquerdo da caverna. Princesa Tessia,
leve sua equipe para a direita da caverna e mantenha-se firme. A última equipe, comigo. Estarei de
olho em você o tempo todo, mas fique atento e não subestime os rosnadores, especialmente nesses
números.” Com isso, a professora Glory fez sinal para que as equipes avançassem.
Assim que nos dirigimos para o exército em miniatura de rosnadores, o eu tímido de Tess
praticamente desapareceu quando seu lado estudantil assumiu o controle. “Arthur, eu quero que
você seja a vanguarda, já que você é o melhor de perto. Clive e Roland, vocês se posicionem atrás
dele à esquerda e à direita e certifiquem-se de que ele esteja coberto. Lucas, fique no centro, atrás
de Arthur e entre Clive e Roland? Eu vou cobrir suas costas. Estamos indo na posição de diamante
que aprendemos em sala de aula.”
Rosnados molhados de repente soaram ao nosso redor, enviando calafrios pela minha espinha.
“Oh merda, merda, merda.” Obviamente intimidado pelos cinquenta e tantos rosnadores todos
estalando suas mandíbulas para nós, Roland sacou sua arma, que parecia um

punho da espada.
Clive também tirou seu arco curto de metal de seu anel dimensional e o puxou de volta. Onde a flecha
deveria estar, havia uma longa agulha de metal envolta em rajadas de vento.
Peguei também a Dawn's Ballad, que ainda estava embrulhada em pano branco. Deixei-o embainhado
e me abaixei em posição de luta, pronto para o caso de algum deles pular de repente.
“Espalhe e destrua! Fumaça de brasa!” Ao nos aproximarmos da horda de rosnadores, Lucas lançou
um de seus feitiços favoritos, que logo estava flutuando ao nosso redor.
Um grito assustadoramente alto e gutural perfurou meus ouvidos.
Diminuí o ritmo a apenas três metros da horda. Agarrando minha espada com firmeza, preparei-me
para sacar, então mais de dez deles pularam em nossa direção.
Meus instintos me incitaram a sacar minha espada o mais rápido possível, mas esperei. Esperei até
que todos os rosnadores pulassem, tentando se empilhar em cima de mim, antes de liberar o vento
que eu havia condensado dentro da bainha da minha espada.
Como uma mola carregada, minha espada estourou de dentro de sua bainha, quebrando a barreira
do som com um estrondo ensurdecedor.
Eu imediatamente estremeci de dor com o recuo do ataque. O pavor me encheu quando percebi que
meu ombro havia se deslocado. Essa técnica funcionou muito melhor do que eu pensava, mas fiz uma
nota mental: eu realmente não deveria experimentar em batalhas reais.
Os rosnadores mais próximos de mim foram derrubados ou cortados ao meio, mas não consegui
acompanhar nada. Meu braço direito pendia e eu deixei cair minha espada.
Com um coro de uivos enfurecidos, vários outros rosnadores tomaram o lugar dos caídos. Eles caíram
de quatro e começaram a correr em minha direção.
Várias flechas passaram zunindo por mim e prontamente empalaram alguns dos rosnadores que
quase me alcançaram.
Olhei para trás e acenei com a cabeça para Clive, depois peguei minha espada com a mão esquerda.
Do meu outro lado, o cabo vazio de Roland havia se tornado um chicote feito de

água, que girava irregularmente. Alguns ataques erraram seus alvos por uma grande margem,
me fazendo pensar que Roland ainda estava aprendendo a arte de sua família.
Matrizes de feitiços disparados ao nosso lado coloriram a caverna em flashes de vermelho e azul.
Os rosnadores reagiram tentando nos cercar, mas a julgar pela distância que mantinham entre
nós, eles estavam cautelosos. Os fogos-fátuos que Lucas convocou ainda disparavam pequenos
jatos de fogo, mas os rosnadores estavam ficando astutos, pegando pedaços de gelo do chão e
jogando-os nos fogos-fátuos na tentativa de extingui-los.
Tess me viu segurando meu braço enquanto lutava contra dois rosnados. “Arthur, você está
bem?”
"Eu vou ficar bem." Cerrei os dentes e posicionei meu braço direito entre as pernas, preparando-
me para colocar o ombro de volta. Eu gritei de dor quando meu braço voltou ao lugar.
O feitiço — eu ainda não tinha dado um nome a ele — funcionou muito melhor do que eu pensava
que funcionaria? Eu consegui matar mais de quinze rosnadores de uma vez. Pena que meu corpo
não foi capaz de suportar a força ainda.
Os rosnados não eram muito fortes, mas em pouco tempo os números aparentemente
intermináveis estavam cobrando seu preço. Clive e Roland suavam profusamente, e Tess estava
um pouco pálida. Até os feitiços de Lucas estavam se tornando muito menos extravagantes – ele
tinha que ter em mente o limite de sua reserva de mana.
“Sou só eu ou há mais rosnadores agora do que havia no começo?” Roland gritou, conseguindo
matar três rosnadores com a ajuda de Clive.
"Eu acho que você está certo. Os números não estão somando,” Clive respondeu enquanto
olhava para Tess em busca de mais instruções.
Mais de uma centena de cadáveres cobriam o chão gelado, e muitos rosnadores ainda
espreitavam ao nosso redor – e isso era bem do nosso lado da caverna.
"Acho que devemos voltar para a professora Glory. Não vamos conseguir continuar lutando assim
por muito mais tempo”, anunciou Tess. Voltamos lentamente para a entrada da masmorra e
vimos que

outra equipe aparentemente teve a mesma ideia.
Quando a professora Glory viu todas as equipes vindo em sua direção, ela veio até nós, cortando
rosnadores à esquerda e à direita com sua espada.
"Professor, eu não acho que podemos continuar assim. Os rosnadores continuam chegando!” gritou
Tess.
“Equipes! Siga seus líderes. Nós vamos voltar.” Sem hesitar, a Professora Glory fez sinal para nós
voltarmos a subir as escadas, mas então ouvimos um estrondo alto.
Pingentes e estalactites, junto com outros escombros do teto da caverna, caíram no chão quando
duas figuras desceram flutuando, batendo suas grandes asas para se manterem firmes.
"Você está brincando comigo? O que os rosnadores da rainha estão fazendo neste andar?
A Professora Glory não se incomodou em tentar esconder sua raiva enquanto puxava outra espada
gigante de seu anel dimensional.
“Classe, não deixe nenhum dos lacaios rosnando no meu caminho. Eu cuido das duas rainhas. Não
sei o que está acontecendo, mas vou tirar vocês daqui nem que seja a última coisa que eu faça. Com
um clique de sua língua, ela puxou algo do pescoço e jogou no chão. Quando o colar brilhou e depois
ficou cinza, a mana flutuando em torno da Professora Glory mudou.
Ela estava usando um selo!
“Prepare-se para apoiar a Professora Glory. Não deixe nenhum dos rosnadores passar por nós —
Tess comandou, segurando seu bastão de lâmina na frente dela.
"Ei! Vanguardas, protejam os conjuradores.” Curtis se aproximou, brandindo sua espada e escudo.
Dei um passo à frente também, segurando minha espada com as duas mãos para aliviar a tensão no
meu ombro latejante. Havia dez de nós na frente, e Lucas, Tess e três outras garotas começaram a
cantar feitiços na parte de trás. Meus olhos foram atraídos para a Professora Glory enquanto ela
empunhava duas espadas gigantes, uma em cada mão.
Fogo e algo que parecia areia rapidamente rodearam as espadas enquanto ela cantava inaudivelmente,
então eles começaram a se entrelaçar.

As duas rainhas rosnadoras - que estavam no nível superior dos chefes de classe B, e
facilmente duas vezes maiores e desagradáveis que os lacaios, além de terem asas -
começaram a flanquear cautelosamente a Professora Glory. Os dois membros da frente dos
rosnadores da rainha tinham quatro garras longas e afiadas que brilhavam com um revestimento
que eu presumi ser veneno.
A Professora Glory, suas espadas gigantes em chamas com fogo e areia, avançou em direção
à rainha menor que rosna, começando a batalha.
Eu me abstive de usar qualquer feitiço, escolhendo simplesmente cortar e cortar meu caminho
através dos rosnadores aumentando minha espada. Seus casacos grossos lhes ofereciam um
pouco de resistência contra feitiços e ataques, mas não era preciso muito para matá-los. Seus
cadáveres, no entanto, estavam se tornando um problema. Os cadáveres começaram a se
amontoar cada vez mais ao nosso redor, atrapalhando nossos ataques.
Olhando em volta, fiquei aliviado ao ver que as vanguardas ainda estavam resistindo. Tanto
Curtis quanto Claire tinham pequenos arranhões e hematomas, mas estavam em muito melhor
forma em comparação com os outros alunos.
Olhei para trás e o que vi me pegou de surpresa. A professora Glory estava empurrando as
rainhas para trás sozinha, mas o mais surpreendente era a maneira como ela estava fazendo
isso. Ela era obviamente um aumentador elemental duplo em terra e fogo, mas ela estava
produzindo projéteis que pareciam fragmentos de gelo – eu olhei com cuidado. Não, não era
gelo. Era vidro!
Um pequeno arranhão no meu braço trouxe minha atenção de volta para a luta na minha frente,
mas eu não conseguia parar de me perguntar como a Professora Glory foi capaz de fazer isso.
Eu sabia sobre superaquecimento da areia, mas produzir aquela quantidade de calor enquanto
ainda lutava... Um grito ensurdecedor nos fez olhar. A professora Glory tinha acabado de dar o
golpe final na rainha menor, mas ela não estava em sua melhor forma – sua armadura estava
arranhada e amassada em vários lugares e sangue escorria por suas bochechas.
"Tudo bem!"
"Agradável!"

“Vai professora!”
A derrota de uma das rainhas elevou dramaticamente o moral da turma, e o vigor renovado
dos alunos nos permitiu lutar com mais força contra os rosnadores, que pareciam surgir
espontaneamente.
Ouvi um estrondo alto, e um segundo depois a Professora Glory passou voando pela linha de
frente e aterrissou com força contra uma onda de lacaios rosnando.
Eu me permiti um instante olhar para a rainha restante, e uma onda de náusea me atingiu ao
ver a segunda rainha rosnando devorando o cadáver da rainha caída.

66
CRIPTA DA VIÚVA III
OBSERVEI a rainha maior devorando a menor, perplexa com o que estava acontecendo nesta
masmorra. Havia mais de dez andares aqui, com lacaios rosnando habitando todos, exceto o
décimo andar, onde os rosnadores rainha moravam. Esta masmorra era considerada uma
masmorra para iniciantes porque a rainha nunca saía do décimo andar, permitindo um
treinamento fácil até o último andar.
Embora a rainha rosnadora fosse uma fera de mana classe B, um grande grupo de aventureiros
classe E ainda era capaz de derrotá-la.
O que trouxe outra pergunta à mente: era normal ter mais de uma rainha na masmorra? Pelo
que eu tinha lido, as espécies de rainhas eram muito territoriais e agressivas com qualquer
competidor em potencial ou qualquer ameaça à sua toca.
A professora Glory parecia imperturbável, mas isso me incomodava. Isso me trouxe à minha
última pergunta: aquelas rainhas deveriam ser bestas de classe B, então como elas estavam
derrotando a Professora Glory? Um aventureiro classe A deve ser capaz de se livrar facilmente
do tipo de rainha rosnadora sobre a qual eu tinha lido.
"Essa coisa é forte," a Professora Glory gemeu enquanto se levantava, deixando alguns
lacaios fora de seu caminho.
Afastei ondas de rosnadores, mas meus pensamentos continuavam voltando para a rainha
rosnando comendo seu antigo aliado.
"Professor, isso costuma acontecer?" Eu perguntei.

“Algumas espécies de bestas de mana se entregam ao canibalismo, mas não assim.”

Balançando a cabeça, ela pegou sua outra espada e se aproximou de seu oponente.
Quando a rainha rosnadora terminou de consumir seu camarada caído, ocorreu uma
mudança bizarra. Sua pele outrora cinza ficou preta, e o pequeno chifre em sua testa –
que eu não havia notado a princípio – se curvou para cima, crescendo substancialmente.
Os olhos vermelhos redondos ficaram afiados e ameaçadores, parecendo quase
psicóticos, e começou a espumar de sua boca.
A professora Glory não disse nada, mas ela se afastou lentamente enquanto a fera a
atacava. Até agora, voltar para casa em segurança tinha sido apenas uma questão de
tempo, mas uma crescente sensação de preocupação culminou em minha mente com a
intenção assassina que a rainha exalava.
"Professor! Não podemos continuar assim!” Tess gritou com a voz rouca sobre os
rosnados e assobios do inimigo.
Ela não parecia muito bem, e percebi que agora estávamos enfrentando um problema
sério, que deveria ser óbvio.
"Todos! Não há mais feitiços de fogo! A entrada da caverna está bloqueada, então nosso
suprimento de oxigênio é limitado!” Eu rugi.
O ar estava ficando espesso com a fumaça e a fumaça das pilhas de cadáveres
chamuscados de rosnadores, e alguns dos alunos mais fracos estavam tossindo
incontrolavelmente.
A rainha e a professora Glory estavam em um impasse, com nosso professor indo para
o lado perdedor. Concentrei-me na batalha principal e pude ver que o estilo de luta da
rainha rosnadora havia mudado completamente. Não havia nenhum traço de hesitação
ou senso de autopreservação? cada ataque carregava a intenção de matar, sem se
preocupar com seu próprio corpo. Isso deveria ter sido sua queda, mas o pelo preto da
rainha rosnadora parecia capaz de absorver a maior parte do dano dos ataques da
Professora Glory, enquanto ela teve que trabalhar ainda mais do que o normal para
acompanhar a rainha, já que ela não podia usar nenhum fogo. técnicas.
"Arthur... eu acho... meu núcleo de mana está... agindo." Tess, que era alguns

metros atrás de mim, caiu de joelhos, segurando seu abdômen.

Caramba.
Papai! O que há de errado? Você está bem?' A voz de Sylvie surgiu na minha cabeça.
Ela deve ter percebido minha agitação.
Encontramos um problema. Chegue aqui o mais rápido que puder e desça as escadas, respondi
antes de voltar meu foco para a situação em questão.
Vários fatores pesavam em minha mente e comecei a sentir uma sensação de déjà vu. Pensei na
minha viagem às Tumbas Dire. Eu tinha o poder de limpar a montanha de escombros que bloqueava
a entrada da frente para as escadas? E se eu tivesse, deveria pegar Tess e fugir sozinhos?
Não. Tess nunca me perdoaria se soubesse que eu tinha fugido com ela e deixado todos os outros
aqui. Depois de abrir um caminho de volta, devo ficar para trás e ajudar a Professora Glory a matar
a rainha mutante rosnadora, então?
Qualquer que fosse a decisão que eu tomasse, a primeira coisa que eu tinha que fazer era remover esses escombros.
Era importante que eu abrisse caminho de volta em uma tentativa, já que era óbvio que a rainha não
ia ficar parada e deixar todos nós escaparmos.
“Professor, mantenha a rainha ocupada. Vou tentar nos dar uma saída daqui. Ela me deu um aceno
de cabeça e eu comecei a trabalhar. Tess não estava em condições de ajudar, e todos os outros
estavam muito ocupados afastando o exército de lacaios rosnadores. Lucas recorreu ao uso de
feitiços de calor para tentar deter os rosnadores, já que o oxigênio estava se tornando cada vez mais
escasso.
Eu teria que fazer isso sozinho. Eu tive que calcular isso bem. Se eu usasse um grande feitiço de
fogo agora e falhasse, todos nós poderíamos sufocar aqui. Água?
Gelo? Havia muito poucas partículas de mana elementais da água nesta caverna para liberar
qualquer coisa forte o suficiente para perfurar um buraco na montanha de rocha.
A caverna anteriormente cheia de gelo estava agora seca e árida, uma espessa camada de fumaça
saindo dos cadáveres queimados dos rosnadores.

Isso me deixou com vento e terra, ou uma mistura de ambos, mas eu não estava confiante em ser
capaz de produzir um feitiço poderoso o suficiente. Eu pensei em usar a fase dois, mas com a
condição em que Tess estava agora, eu tive que ficar consciente, no

pelo menos até sairmos desta masmorra.
Não havia realmente outra opção? Enquanto minha mente procurava possíveis soluções, vi a professora
Glory dar um golpe feroz em seu braço direito, aumentando a pressão que pesava sobre mim.
Estou quase lá, papai! Aguentar!' A voz de
Sylvie me deu uma ideia. É isso!
“Curtis! Preciso da sua ajuda agora!” Eu rugi pelo campo de batalha.

“Arthur, eu não acho que posso me dar ao luxo de—”
“Vem, agora!” Eu lati de volta antes que ele pudesse argumentar.
Curtis estava uma bagunça sangrenta e suja, mas as feridas em seu corpo pareciam rasas, então não
achei que a maior parte do sangue fosse dele.
"O que é isso?" Ele estava ofegante, claramente exausto. Seu escudo estava muito amassado e sua
espada estava escorregadia de sangue, embotada pelo uso repetido.
“Você acha que seu World Howl é forte o suficiente para limpar os escombros?”
Ele balançou a cabeça desesperadamente. “Arthur, acho que não tenho mana suficiente para entrar na
minha primeira fase.”
"Apenas responda a pergunta. É forte o suficiente?”
"Sim - se eu tivesse mana suficiente, eu poderia produzir uma explosão maior do que aquela em que
você, hum, se machucou." Ele parecia confuso sobre onde eu estava indo com isso.
Eu considerei brevemente dizer a ele para direcionar a explosão para a rainha rosnadora, mas mesmo
que fosse forte o suficiente para matá-la, seria impossível identificar apenas a rainha e não a professora
Glory. Era mais seguro ir com meu primeiro plano.
"Ok. Não pergunte o que estou prestes a fazer. Apenas se concentre em entrar em sua primeira fase e
produzir uma explosão forte o suficiente para limpar aquela montanha de escombros. Entendi?" A
urgência e autoridade na minha voz devem ter chegado a Curtis porque ele apenas assentiu e se virou.
Tirei meu selo e o coloquei no meu anel dimensional, certificando-me de controlar a quantidade de
flutuação na mana para não alertar ninguém. Todos eram

ocupada com os rosnadores, mas se eu não controlasse a liberação de mana – como a

professora Glory tinha feito quando ela soltou seu selo – eu chamaria a atenção da rainha
rosnadora.
Sentindo a poça inexplorada de mana que agora tinha acesso, coloquei minhas duas mãos
nas costas de Curtis.
Dei mana em Curtis, e o príncipe involuntariamente caiu de joelhos antes que pudesse
ajustar seu corpo ao súbito bombardeio de energia.
A transferência de mana foi estudada por muitos anos, de acordo com meus professores e
vários livros da biblioteca, mas eles a declararam uma causa sem esperança. Eles
acreditavam que um mago que tivesse o atributo fogo deveria ser capaz de receber mana
de outro mago do atributo fogo, mas após inúmeros testes e falhas, eles consideraram isso
implausível. A razão dada foi que mesmo que alguém fosse especializado, a mana dentro
de seus corpos não era exclusivamente desse elemento em particular. Hipoteticamente, se
alguém conseguisse condensar e refinar seu núcleo ao nível mais alto possível, poderia
transferir mana para outra pessoa cujo núcleo fosse do mesmo elemento e no mesmo nível.
Fora isso, seria impossível.
Exceto para mim.

O fato de eu ser capaz de manipular todos os quatro elementos me permitiu imitar os tipos
de mana e a proporção de cada elemento da pessoa para quem eu estava me transferindo.
Era mais ou menos como o que eu tinha feito para minha irmã e Lilia ao ensinar-lhes
manipulação de mana, mas em uma escala muito maior. Claro, eu não tinha dominado isso
perfeitamente, então era inevitável que eu estivesse desperdiçando muita mana, mas essa
era a nossa melhor aposta.
Comecei a transmitir para Curtis, controlando e limitando cuidadosamente a quantidade de
cada partícula elementar de mana. Enquanto isso, cerrei os dentes de raiva de mim mesma.
Havia tantos pequenos sinais que eu tinha escolhido ignorar, pensando que daria certo,
que eu poderia lidar com isso. Eu estava tomando esta vida como garantida? Ser afortunado
o suficiente para ter essa quantidade de poder na minha idade definitivamente fez isso

eu perco um pouco do senso de racionalidade que eu tinha na minha vida anterior.

Não mais um rei, não mais preso a regras e políticas, bem como minhas próprias capacidades
físicas, eu me tornei descuidado. Neste mundo, meu potencial era ilimitado. Chegar ao palco
branco ou ainda mais longe não era um sonho, mas simplesmente uma questão de tempo e
esforço.
O que mais me espantou – e o que eu odiava admitir – era que eu era, de certa forma, um pouco
como Lucas. Eu não era nem de longe tão idiota quanto ele e realmente me importava com outras
pessoas além de mim mesma, mas estava me tornando arrogante – arrogante ao ponto do
descuido.
"Eu não sei o que você acabou de fazer, Arthur, mas eu me sinto ótimo. Acho que poderei entrar
na minha primeira fase", exclamou o príncipe, me trazendo de volta à realidade. Senti a mudança
em seu corpo quando ele começou a fazer a transição para sua primeira fase.
Mana flutuou erraticamente ao redor dele enquanto ele liberava sua vontade de besta. Eu empurrei
minhas mãos para trás com dor quando Curtis lançou sua primeira fase. Confusa, tentei transferir
mana para ele novamente, mas a rejeição de seu corpo foi ainda mais forte dessa vez.
A mana de sua besta estava rejeitando minha mana?

Antes que eu tivesse a chance de tentar novamente, Curtis começou a reunir mana para sua
técnica World Howl.
Ele se agachou, abaixando seu centro de gravidade para resistir ao recuo do feitiço, mana tanto
de seu corpo quanto da atmosfera se acumulando na frente de sua mandíbula aberta.
Enquanto isso, corri até Tess, que estava encolhida atrás da linha de frente, e a peguei no colo.
Tirar ela daqui era minha primeira prioridade. Eu era parcialmente culpado por essa bagunça. Eu
deveria ter feito um trabalho melhor para evitar que algo assim acontecesse em primeiro lugar.
Com um rugido bestial, Curtis desencadeou seu poderoso ataque de respiração, mas a rainha
mutante deve ter sentido que algo estava errado. Imediatamente abandonou o ferido Professor
Glory e voltou sua atenção para Curtis.
"Ah, não, você não!" A Professora Glory rugiu, pulando e agarrando o

rainha mutante em vôo para evitar que ela alcance Curtis.

Com uma explosão estrondosa, o feitiço de Curtis abriu um grande buraco nos escombros,
abrindo caminho para a agora visível entrada da escada de volta à superfície.
"Todo mundo, vá para as escadas!" Eu rugi acima do som de pedras caindo e rosnando
rosnando.
"Vá agora!" A professora Glory também gritou, enquanto lutava para se manter contra a
rainha rosnadora.
A turma exausta deu um último empurrão em direção à entrada enquanto a professora
Glory mantinha a rainha à distância, a parede de cadáveres rosnando obstruindo os vivos
por um breve momento.
“Claire, estou confiando em Tess a você.” Entreguei Tess para Claire, que parecia estar
na melhor forma agora.
“Você não está planejando ficar, está? Você não pode estar falando sério. Como seu
comandante no comitê disciplinar, eu proíbo...
“Apenas vá.” Tínhamos uma quantidade limitada de tempo, então eu lancei uma forte
intenção de matar para conseguir meu ponto de vista, fazendo-a recuar de surpresa.
Ajudando o esgotado Curtis a se levantar, empurrei meus dois colegas do comitê
disciplinar para a entrada da frente da caverna, depois voltei para onde a professora Glory
estava lutando.
"Por que diabos você voltou, Arthur?" ela estalou para mim com os dentes cerrados, sua
frustração quase palpável.
“Vai levar nós dois para matar essa coisa.” Tirando a Balada de Dawn do meu anel
dimensional novamente, eu a desembainhei.
"Ouça seus superiores quando eles lhe derem uma ordem", ela respondeu, bloqueando
um golpe das garras afiadas da rainha.
“Ei, eu também sou professor, lembra?” Eu disse, avançando sob as garras arrebatadoras
para atacar o lado exposto da fera.
"Nós vamos terminar esta discussão depois de passarmos por isso", disse ela.
A situação não parecia muito boa - a transferência de mana havia usado mais

da minha mana. Se não fosse pela rotação de mana, eu provavelmente já teria sentido a reação.
Olhei para a entrada para ver se os outros alunos haviam saído em segurança.
O único que restou foi Lucas. Nossos olhos se encontraram por um breve momento antes que ele se
virasse e desaparecesse na entrada.

Eu poderia jurar que o vi bufar antes de sair.
Continuamos lutando contra a rainha e consegui cortar uma de suas asas. Não era mais capaz de
voar, mas sua pelagem grossa estava nos impedindo de fazer qualquer coisa além de dar-lhe feridas
superficiais. Essa rainha mutante, com mais de três metros de altura em suas patas traseiras, estava
coberta de feridas da Professora Glory e de mim, mas isso não parecia incomodá-la nem um pouco.
"Eu não acho que podemos matar essa coisa!" Gritei para a professora Glory, que estava do outro
lado da rainha rosnadora.
"Nós precisaremos pelo menos amarrá-lo de alguma forma para que possamos escapar. Eu não acho
que isso vai nos seguir para fora da masmorra,” ela respondeu enquanto a rainha uivava de raiva.
"Eu preciso que você o mantenha ocupado por cinco segundos," eu disse, me reposicionando para
que a Professora Glory estivesse à vista.
"Ok." Ela não questionou o que eu estava prestes a fazer, apenas desencadeou outro
explosão de mana de seu núcleo.
Enquanto a Professora Glory saltava em direção à rainha mutante, eu coloquei a bainha de volta no
meu anel dimensional e agarrei minha espada com as duas mãos. Eu usei o resto da minha mana
para lançar um raio na balada de Dawn.
Sem mana para fortalecer meu movimento, minha corrida em direção à rainha rosna parecia um
rastejamento.
"Jogada!" Ao meu sinal, a Professora Glory saltou para fora do caminho enquanto eu apunhalava
minha espada em um ferimento que consegui infligir mais cedo, logo acima de seu quadril.
Houve um som crepitante quando a eletricidade entrou em arco através do corte raso, e a rainha
explodiu em um grito agudo quando começou a ter espasmos.
"Vamos lá!" Eu nem consegui retirar minha espada do corpo da rainha rosnadora antes que a
Professora Glory me agarrasse pela cintura e

começou a me carregar para a entrada da frente. Eu me esforcei para soltar a Dawn's

Ballad, mas foi inútil – ela escorregou do meu alcance quando a Professora Glory me puxou
para um lugar seguro.
Havia hordas de lacaios em nosso caminho, mas a Professora Glory cortou até chegarmos
à entrada da frente.
Nesse momento, vimos movimento — uma sombra contra a parede. A Professora Glory só
podia ofegar quando olhávamos para trás. A rainha, minha espada ainda cravada em seu
quadril, de alguma forma se recuperou o suficiente para dar um salto desesperado para nos
impedir de escapar.
"Jogada!" Eu gritei do meu poleiro, pendurada no ombro do meu professor.
O professor avançou, e mal conseguimos evitar aquelas garras afiadas antes de cairmos
com força no chão.
Não tivemos o luxo de olhar para trás. Passamos pelos lacaios e entramos no corredor.
Finalmente, arrisquei um olhar por cima do ombro e avistei a rainha mutante rastejando em
nossa direção. Acho que meu último ataque causou algum dano porque não era livremente
móvel – em vez disso, mancou desajeitadamente em nossa direção, usando suas garras
para arrastar seu corpo. Havia algo mais, algo estranho sobre a rainha rosnadora...
Ele foi capaz de vasculhar os escombros e começou a subir as escadas atrás de nós. Eu
tinha uma sensação instável em minhas entranhas, como se eu precisasse ir o mais longe
possível. À medida que se aproximava cada vez mais do topo da escada, seguindo-nos,
seu rosto e corpo começaram a pulsar. Os tumores começaram a crescer esporadicamente
em partes aleatórias de seu corpo e rosto.
Não me diga...
Antes que eu pudesse terminar meu pensamento, a rainha explodiu em uma explosão de
tripas, sangue e fragmentos de exoesqueleto.
A força da explosão abriu um grande buraco no chão onde a rainha estava. Também
empurrou a Professora Glory para frente antes que ela pudesse se virar para olhar, e ela
me soltou.
"Arthur!" ela chorou desesperadamente quando estendeu a mão para mim, mas foi

tarde demais. Eu podia sentir que estava ficando mais fraca a cada batida do coração.
"Salve Tess!" Eu liguei de volta, então usei o último pedaço de mana que eu tinha para aumentar meu
corpo.

67
CRIPTA DA VIÚVA IV
Enquanto eu caía pelo buraco, eu abri meus braços e pernas, tentando desesperadamente
encontrar algo para me agarrar para me impedir de me tornar uma marca de respingos
no chão. Os escombros caindo ao meu redor me impediam de me estabilizar, mas
finalmente minha mão direita se agarrou a uma raiz de árvore que se projetava na abertura.
Infelizmente, esse também era o braço que havia sido deslocado durante a batalha,
então o choque repentino enviou uma dor aguda no meu braço e me fez desejar ter
caído no chão em vez disso.
Eu estava pendurado impotente pelo meu braço direito, que parecia que ia ser arrancado
a qualquer momento. Não consegui ver nada? a brecha pela qual eu caí estava cheia
de poeira e escura como a noite. Reunindo meu juízo, estendi a mão para agarrar a raiz
com o braço esquerdo para aliviar um pouco da dor, enquanto enviava desesperadamente
a Sylvie uma transmissão mental.
Silv. Você está aí? Eu caí bastante, mas ainda estou bem. Você sente onde estou?
Esperei por um minuto, mas não houve resposta - eu não conseguia nem sentir meu
vínculo. Comecei a me preocupar que algo tivesse acontecido com ela, mas com a
rainha rosnadora morta e o resto preso dentro da masmorra, era improvável. Era mais
razoável concluir que ou eu estava muito abaixo, ou que essa área estava protegida e
vedada do lado de fora — ou mais precisamente, a superfície.
Dada a extensão da minha queda, duvidei que estivesse em qualquer um dos andares

imediatamente abaixo, me fazendo pensar se a explosão havia revelado uma passagem escondida
para algum cômodo em algum lugar dentro da masmorra.
Lembrei-me da explosão causada pela rainha mutante que rosna. Foi estranho - a explosão foi
grande, mas tive a sensação de que a explosão não tinha a intenção de matar quem estava perto
dela. Se fosse esse o caso, a professora Glory
e eu estaria em um estado muito pior.
Cerrando os dentes, resisti à tentação de simplesmente me soltar e deixar meu destino para os
deuses deste mundo.
Depois de uma rápida avaliação do meu corpo – que estava em boa forma, com exceção do meu
ombro direito – tentei inspecionar meus arredores, mas não consegui ver nada. Não era
simplesmente escuro? estava escuro como breu. Aquela sensação quando você fecha os olhos
com tanta força que parecia que diferentes luzes estavam escorrendo em sua visão ou a sensação
de que não importa o quanto você apertasse os olhos, seus olhos não conseguiam se ajustar – era
isso que eu estava experimentando.
Ao ativar minha rotação de mana, redirecionei a mana que tinha cobrindo meu corpo apenas para
meu braço esquerdo. Eu tive que usar esse "tempo de pausa" para reunir o máximo de mana que
pude. Aumentei o pouco de mana que tinha em meus olhos na esperança de ver algo, mas fui
recompensado com apenas escuridão.
Eu não sou cego... sou? Aumentei meus olhos novamente.
Apenas para aliviar minha ansiedade, eu quebrei uma das regras mais básicas em uma situação
como essa – produzi um pequeno incêndio na ponta do meu dedo indicador direito.
Olhando para o brilho quente vermelho e laranja do fogo na ponta do meu dedo, dei um suspiro de
alívio, então apaguei a chama.
Embora a visão fosse importante, a última coisa que eu queria fazer em um lugar escuro como
esse era chamar a atenção para mim. Agora que todos os inimigos aqui sabiam minha localização,
eu precisava me mover.
Como não podia ver, usei o vento para sentir o tipo de espaço em que estava. Eu não tinha ideia
de quão estreito ou largo era esse buraco, mas presumi que não era muito largo, já que eu havia
atingido alguns objetos ao longo do caminho enquanto caía.

Enviando rajadas curtas e suaves de vento ao meu redor, calculei que este eixo,

por falta de uma palavra melhor, tinha um diâmetro de cerca de trinta pés. Eu não podia
sentir o quão longe eu estava, no entanto, ou o quanto eu tinha que ir antes que eu tivesse
um piso para andar.
Eu tive que decidir se tentava subir de volta ou descer.

Considerando todos os escombros que caíram junto comigo, era seguro supor que haveria
uma abertura no topo, mas sem resposta de Sylvie e com a professora Glory e o resto da
turma sem condições de montar um ataque imediato. tentativa de resgate, eu só tinha uma
opção: descer.
Suspirei.
Não importa o quão racional e equilibrada eu fosse, eu não conseguia deixar de me sentir
ansiosa nessa situação. Eu não conseguia ver nada ou mesmo sentir qualquer forma de
vida, o que me deixou mais nervoso do que quando eu podia ver o perigo na minha frente.
Quando o exército de rosnadores estava tentando nos separar, eu sabia o que tinha que
fazer e fui capaz de pensar em como lidar com isso. No momento, eu não podia prever nem
imaginar o que poderia acontecer nos próximos segundos, tornando
eu ainda mais tensa.
Aumentando ambas as mãos com mana de atributo terra, consegui enterrar minha mão na
parede do abismo para criar um apoio. Eu me posicionei contra o lado, ambas as mãos
cravadas na parede para não cair.
Com um movimento constante, puxei minhas mãos aumentadas para fora da parede e me
permiti cair a uma curta distância, então cravei minhas mãos na parede novamente para
parar. O estresse que colocava em meus braços me fazia estremecer toda vez, mas eu
sabia que esse seria o caminho mais rápido para baixo.
Agarrar, soltar? agarrar, soltar? agarrar, soltar.
Eu tive que manter meu corpo plano para não começar a cair da parede. Eu também não
podia esperar muito antes de agarrar a parede novamente? seria difícil tentar desacelerar
se eu me permitisse ganhar velocidade demais.
Eu soltava pulsos de vento de vez em quando para avaliar o quanto eu tinha que descer.
Mas mesmo depois de cerca de três horas segurando e soltando, de acordo com meu
relógio interno, eu ainda não tinha sentido um chão nem perto

abaixo de mim.
Quão profundo é esse maldito buraco? Sem o luxo de desabafar minha frustração em voz alta, fui
deixado para reclamar dentro da minha cabeça, usando palavras que até o mais vulgar dos adultos
acharia inapropriadas.
Todos alertavam os aventureiros sobre os perigos e a imprevisibilidade das masmorras, e até
agora esses avisos estavam provando ser verdadeiros. Esta masmorra supostamente de baixo
nível me causou mais problemas do que todas as vezes que me aventurei com Jasmine sem usar
magia. Então havia as Tumbas Atrozes…
Quero dizer, quais eram as chances de que uma vez que eu fosse a uma masmorra de classe D,
supostamente cheia de monstros de classe E, um exército monstruoso decidisse nos receber no
primeiro andar?
Os rosnadores de lacaios nem tinham sido tão ruins, para ser honesto. Nós fomos estúpidos por
usar tanta magia de fogo sem ventilação, mas eu lidei com a maioria deles sem usar mana.
Essa rainha mutante tinha sido o problema. Como diabos ficou tão forte? Foi porque comeu a
outra rainha? Era mesmo possível obter power-ups instantâneos como esse?
Continuei me interrogando sobre os eventos do dia enquanto agarrava e soltava a parede de

pedra, caindo ainda mais em quem sabe onde. Eu soltei a parede e caí, me cronometrando antes
de enterrar minhas mãos aumentadas na parede novamente. No entanto, desta vez, minha mão
não conseguiu penetrar na superfície.
O que...
Eu arranhei desesperadamente a parede, mas mesmo com o aumento na minha mão, não
consegui fazer nem um arranhão.
A superfície da parede era diferente agora? era suave — suave demais para ser natural.
Eu estava ganhando velocidade à medida que minhas tentativas persistentes de encontrar uma compra se mostraram
infrutíferas.
Isso não está funcionando.

Tentando fazer o mínimo de barulho possível, soltei ritmicamente pulsos de vento ao meu redor enquanto
caía, uma espécie de ecolocalização improvisada, na esperança de encontrar possíveis apoios para os pés
ou para as mãos para impedir minha queda.
Isso também não está funcionando!
A teoria funcionou muito bem na minha cabeça, mas experimentá-la sem prática foi mais difícil do que eu
imaginava. Havia poucos apoios nos quais eu poderia tentar me enforcar, e minha técnica improvisada de
ecolocalização não era tão precisa quanto eu esperava. Acabei perdendo por pouco muitos dos suportes em
potencial, e ficou ainda mais difícil à medida que ganhei velocidade.
Eu ainda não conseguia sentir o chão perto de mim, então eu tinha tempo - mas se eu caísse mais rápido,
mesmo se eu pudesse me agarrar a um suporte, eu não tinha certeza se meus braços seriam capazes de
suportar o estresse de a parada abrupta.
Continuei mexendo meus braços contra a parede, procurando por qualquer coisa que pudesse desacelerar
ou parar minha queda. De repente, finalmente consegui sentir o chão.
Droga... Isso não é bom.
Eu tinha cerca de duzentos metros antes que meu corpo se tornasse uma poça no chão. Isso me deixou
com cerca de... seis segundos?

Maldito seja tudo.
Torcendo para que a parede ficasse nas minhas costas, reuni toda a mana que havia economizado. Levaria
cerca de quatro segundos para concentrar mana suficiente para lançar o feitiço Wind Torrent.
Esticando meus braços na minha frente, soltei uma corrente de ar comprimido para o outro lado desse
buraco gigante em que eu estava. Se eu pudesse criar força suficiente para me empurrar contra a parede,
eu poderia desacelerar o suficiente para sobreviver à queda. Eu não me importava mais em manter o ruído
no mínimo.
O jato de ar explodiu quando colidiu com a parede oposta a mim. Meu corpo pressionou cada vez mais forte
contra a parede atrás de mim com o recuo do feitiço, e eu só pude cerrar os dentes quando senti a parte de
trás do meu uniforme e minha pele queimando com o atrito.

Eu podia me sentir me aproximando do estágio de reação, mas eu liberei desesperadamente

toda a mana que consegui reunir enquanto continuava a usar a rotação de mana. A corrente de
ar continuou colidindo contra o outro lado, me empurrando cada vez mais forte contra a parede
lisa enquanto eu me aproximava do chão.
Cem metros…
Setenta pés...
Cinquenta metros…
Eu vejo uma luz fraca!

Trinta pés…
Dez pés...
Soltei um grito agudo quando me senti diminuindo a velocidade, a dor ardente percorrendo
minhas costas tão intensa que comecei a ficar dormente.
Dois metros acima do solo, soltei um último e grande pulso de ar comprimido bem abaixo de
mim.
Meus olhos se arregalaram e o único som que consegui fazer foi uma tosse dolorosa quando
bati no chão.
Rolei para frente o mais rápido que pude, tentando espalhar a pressão o máximo possível, mas
não foi suficiente. Eu me senti como um martelo sendo esmagado em uma bigorna.
Com a cabeça girando e a visão turva, lutei para ficar consciente.

Minha visão!
Eu levantei minha cabeça do chão? luzes fracas iluminavam a área. Embora minha visão
estivesse embaçada, percebi que estava em algum tipo de passagem, com pequenas luzes nas
laterais. Mais adiante no corredor veio uma fonte de luz mais brilhante.
"Quem está aí?" uma voz feminina perguntou, ecoando pelo corredor.
Tentei responder à voz assustada, mas minha própria voz falhou - quando abri a boca, só
consegui tossir.
"Por favor, eu preciso de ajuda", ela chamou. Parecia que ela estava ofegante.
Mais uma vez, nenhum som saiu, e minha visão continuou a desaparecer. Eu tentei me levantar

mas minhas pernas cederam.
"Espere... espere," eu consegui. Minha voz estava rouca e fraca, mas ela me ouviu.
Ouvi respirações ásperas e forçadas dela antes que ela respondesse com um desmaio: “Ok”.
A vontade de dragão de Sylvia estava fazendo maravilhas, e eu senti meu corpo se curando.
Minhas costas estavam queimadas por deslizar pela parede, e minhas pernas pareciam ter sido rasgadas
e amarradas novamente, mas eu consegui me levantar em trinta minutos.
Eu olhei para a escuridão? não havia sinal do túnel maciço que se abria sobre minha cabeça. Ao meu
redor havia pedras quebradas e, pensei, um membro da rainha rosnadora que explodiu. Perto do galho,
porém, avistei a luz refletindo de algo sob uma pilha de escombros.
Cada passo vacilante era doloroso enquanto eu tropeçava em direção ao reflexo, mas um sorriso surgiu
no meu rosto quando percebi o que era. Minha espada! Comecei a cavar e puxá-lo para fora da pilha
rasa de pedras. A balada de Dawn logo foi recuperada e em segurança de volta ao meu anel dimensional.
Eu coloquei o membro decepado da rainha mutante rosnadora dentro do meu anel dimensional também,
esperando estudá-lo se eu conseguisse sair deste lugar.
Tentando pensar com otimismo, percebi que estava razoavelmente bem. Eu tinha conseguido me
desacelerar o suficiente para não ter nenhum osso quebrado. O choque passou pela minha espinha e
sacudiu meu cérebro, quase me fazendo perder a consciência, mas considerando as circunstâncias, eu
senti que poderia ter sido muito pior. Minha mana estava começando a se recuperar e, com minhas
pernas funcionando agora, comecei a caminhar em direção à voz, que parecia ter se calado.
"Olá?" Eu me encostei na parede para me apoiar enquanto descia a
passagem.
"Estou aqui." A voz parecia ainda mais fraca do que tinha sido meia hora
atrás.
Aproximando-me do fim do túnel, tive que parar e esperar que minha visão se ajustasse à claridade
depois de ficar envolta em escuridão total por tanto tempo.

Aproximando-me da luz crescente, chamei-a novamente.

"Deste jeito." A voz deu uma tosse fraca.
Eu não podia responder. Eu quase caí quando tropecei para trás horrorizada com o que
estava vendo.
O matadouro cheio de corpos rosnadores empilhados uns sobre os outros na masmorra
acima parecia algo de um livro infantil comparado com a cena na minha frente. Mas eu
não conseguia tirar meus olhos disso.
Cadáveres. Cadáveres de humanos, elfos e anões estavam espalhados – alguns em
pedaços – ao redor de uma caverna que seria considerada bonita de outra forma.
O musgo semelhante a grama espalhado pelo chão parecia ter sido verde, mas agora
estava tingido de vermelho com sangue, e o riacho que atravessava a caverna estava
entupido de corpos flutuantes, o sangue rodopiando ao redor deles.
Devia haver quarenta ou cinquenta cadáveres espalhados pela caverna, suas armas ao
lado deles. Os corpos revelaram sinais de tortura - alguns tiveram seus membros
dilacerados, e outros corpos decapitados mostraram cortes e cortes por toda parte.
Eu a ouvi tossir novamente. "Você ainda está aí?" A voz fraca veio da minha esquerda.
"Eu não posso ver-oh..." Meu coração caiu e eu não consegui nem terminar.
A mulher deitada contra a parede da caverna provavelmente estava em pior estado do
que as carcaças mutiladas espalhadas ao seu redor.
A mulher – uma elfa, parecia – estava sem a maioria de seus membros. Onde seu braço
direito e ambas as pernas deveriam estar, havia feridas abertas que foram cruelmente
seladas por queimaduras. Seus olhos tinham desaparecido, e o sangue seco que escorria
das órbitas manchava suas bochechas. Através do abdômen da mulher, exatamente onde
estava seu núcleo de mana, um espigão preto lustroso a empalou.
"Você como?" Caí de joelhos na frente dela enquanto a inspecionava. Eu senti como se a
tivesse visto em algum lugar. Eu não conseguia colocar meu dedo sobre isso, mas eu
reconheci seu rosto. Onde eu... As Lanças... As Seis Lanças! Ela foi uma das seis magos
mais fortes em todos

de Dicathen, escolhido para representar o continente.

“Você é uma das Seis Lanças,” eu gaguejei.
"Na verdade eu sou..." Ela deu um suspiro irregular. "Quanto a como... Se você está
perguntando como eu ainda estou vivo neste estado, é porque ele me deixou vivo." Suas
sobrancelhas franziram e o sangue seco com crostas entre suas pálpebras desmoronou. Um
fio de sangue fresco saiu de suas órbitas vazias.
"Huh?" Eu senti como se estivesse fazendo perguntas estúpidas, mas eu estava tão perdido.
"Sim. Vritra.” Com a mão esquerda, o único membro que restava, ela lentamente alcançou
algo atrás dela e o puxou.
Em sua mão estava um fragmento preto e lustroso de algum tipo de pedra. Quando apertei os
olhos para analisá-lo, de repente me lembrei do meu tempo com Sylvia.
Eu cuidadosamente o peguei de sua mão estendida enquanto ela o estendia para mim.
A memória clicou e as peças se juntaram na minha cabeça. Minha mão apertou com força ao
redor do caco preto e meu corpo inteiro tremeu com
raiva.
Eu sabia por que essa pedra preta parecia tão familiar.
Era parte do chifre de um dos demônios de chifres negros que Sylvia havia se disfarçado
primeiro — as mesmas criaturas que a mataram.

68
CRIPTA DA VIÚVA V
“ Posso ficar com isso?” Eu perguntei. Percebi que minha palma estava sangrando por segurar
o fragmento do chifre com muita força.
A elfa, apesar de sua condição, soltou uma risada rouca com a minha pergunta, me pegando de
surpresa. Eu levantei uma sobrancelha, imaginando o que estava passando pela cabeça dela e
pensando o quão admirável era que ela ainda pudesse rir, considerando sua situação.
"Por favor, tente não se mexer muito." Eu repreendi gentilmente, usando o pouco de mana que
me restava para dar mais força a ela.
"Eu não sei... o que você está fazendo, mas me sinto um pouco melhor do que um cadáver
agora", disse ela.
“É apenas uma solução temporária.”
"Parece estranho... que eu esteja tão à vontade nesta situação?" ela perguntou.
"Não, não é estranho. Admirável, se alguma coisa,” eu respondi.
“Você também é estranho, perguntando a um soldado moribundo se você pode manter algo
assim. Mantê-la. Não tem valor para mim de qualquer maneira.” Sua respiração estremeceu e
seu rosto ficou subitamente grave, fazendo-a parecer como se tivesse envelhecido vinte anos.
anos.
"Eu não sei o seu nome, garoto, mas eu vou morrer em breve. Não adianta fingir o contrário.” A
guerreira élfica soltou um suspiro irregular, mas sua expressão permaneceu resoluta.
“Meu nome é Arthur, e... sim. Infelizmente, não parece haver

caminho para eu salvá-lo.” Coloquei o fragmento preto dentro do meu anel dimensional.
"Eu sinto Muito."
"Simplesmente não era para ser. Como não tenho muito tempo, vou contar tudo o que sei", disse ela com
uma determinação solene.
“Meu nome é Alea Triscan. Como você deduziu, eu sou uma das Seis Lanças, e os cadáveres que você
provavelmente viu ao chegar eram minhas tropas. Cada Lança estava no comando de um batalhão
composto por magos de topo.” Ela parou para recuperar o fôlego, e eu estava feliz por ela não ter sido
capaz de testemunhar a horrível carnificina que transformou este lugar outrora lindo em um túmulo de
corpos mutilados.
cadáveres.
"Após a formação das Seis Lanças, eu os treinei para trabalhar em equipe para limpar masmorras e outras
áreas desconhecidas. As Seis Lanças raramente vão em missões juntas, a menos que seja para explorar
uma masmorra classe S ou acima. Ela ficou em silêncio e eu me preocupei que ela tivesse gasto o resto
de suas forças, mas então ela respirou fundo e continuou: “ Da direção de seus passos anteriores, parece
que você veio de uma entrada diferente. Este lugar está conectado a três masmorras. De qual masmorra
você veio, Arthur? Alea balançou o corpo, lutando para se manter encostada na parede.
“Eu vim da Cripta da Viúva. Estávamos em uma expedição de classe... Todo mundo conseguiu sair, mas
acho que não tive tanta sorte.” Sentei-me contra a parede ao lado de Alea e observei a carnificina exibida
diante de mim. Pude imaginar vagamente o que havia acontecido pela forma como os corpos estavam
posicionados e onde haviam sofrido seus ferimentos fatais.
"Eu não tenho certeza de quantos anos você tem, Arthur, mas ninguém deveria ter que ver algo assim,"
Alea sussurrou, sua voz cheia de remorso.
“Minha idade... bem, isso é complicado, mas você está certo. Ninguém, independentemente da idade,
deveria ter que ver algo assim.”
Sua respiração ficou mais irregular e irregular, mas ela se segurou.
“Minhas tropas e eu viemos de uma masmorra classe A chamada Mandíbula do Inferno. fomos

designado para investigar a masmorra depois de receber relatos de avistamentos

inconsistentes dentro. Os aventureiros que voltaram eram aqueles que frequentavam a
masmorra para treinamento. Eles mal conseguiram voltar vivos, e todos falaram sobre como
as feras que moravam dentro de repente se tornaram mais fortes e mais ferozes. Foi esse o
caso da masmorra de onde você veio também? Alea perguntou, suas palavras vindo mais
devagar.
"Sim. Apenas no primeiro andar, um exército de lacaios rosnadores nos recebeu. Os lacaios
não eram ruins, mas duas rainhas rosnadoras apareceram. Uma das rainhas, depois de
comer a outra rainha, passou de cinza para preto e sua força aumentou algumas vezes.
Começou a crescer um chifre, o que... bem, me lembrou algo que eu tinha visto antes.
"Algo como um demônio com chifres?" O corpo flácido de Alea de repente enrijeceu quando
sua cabeça virou para mim, choque evidente em sua voz.
“Sim, isso é o que eu estava pensando, e este pedaço de chifre só confirma isso. Eu me
pergunto se era o mesmo..." Eu respondi com franqueza.
"O mesmo? Você acha que há mais de um? A voz de Alea estava rouca
com terror.
"Não tenho provas definitivas, mas suspeito que aquele que você viu, esse Vritra, é apenas
um dos demônios com chifres por aí em algum lugar", respondi, lembrando da noite em que
me separei de Sylvia. O demônio negro com chifres curvados para baixo havia dito algo
sobre causar -lhes problemas. Era apenas especulação, mas eu suspeitava que
provavelmente havia mais deles.
Minha mente começou a girar enquanto eu ponderava sobre as diferentes possibilidades e
razões pelas quais eles poderiam estar fazendo isso. Isso foi tudo por Sylvie, ou alguma
causa maior?
Lembrei-me que, quando Sylvia me deu a pedra, ela disse que eu tinha que protegê-la a
todo custo. Essa "pedra" acabou sendo um ovo, e nada menos que um dragão. Sylvie era
uma criatura tão importante que os demônios com chifres iriam tão longe por ela?
"No que... você está pensando, Arthur?" Alea soltou uma tosse tensa, e

sangue fresco escapou da ferida onde seu núcleo de mana esteve uma vez.
Eu sempre achei intrigante que, enquanto os núcleos de besta podiam ser colhidos e usados
como ferramentas para aumentar a mana, os núcleos de mana humanos não podiam. Quando
um mago morria, seu núcleo de mana se despedaçava e a mana acumulada dentro se
dispersava. Isso foi porque coletamos mana da atmosfera?
Parecia haver um significado mais profundo quando pensei no fato de que os humanos não
precisavam de seus núcleos de mana para sobreviver, mas nossos núcleos de mana dependiam
de estarmos vivos. Este mundo parecia girar em torno de você ser ou não um mago e, se fosse,
quão forte você era. Não pude deixar de pensar que o deus deste mundo queria nos dizer que
a vida era mais importante que a magia. Deveria ser uma afirmação óbvia, mas parecia ser algo
que as pessoas deste mundo haviam esquecido.
Antes que eu pudesse me perder em pensamentos de um ser superior, a tosse irregular de

Alea me trouxe de volta à realidade.
"Você está bem?" Essa foi uma pergunta idiota. Claro que ela não está bem.
“Quando minha equipe chegou ao primeiro andar do Hell's Jaw, não havia nada de errado; as
bestas de mana eram exatamente o que esperávamos. Tudo estava normal até chegarmos ao
último andar, onde o mestre da masmorra fez sua toca. A Serpente de Hades era uma besta de
mana classe AA – deveria ser algo que eu poderia derrotar com bastante facilidade.” Não havia
nenhum traço de jactância ou excesso de confiança em seu tom. Ela estava apenas afirmando
um fato.
"A Serpente de Hades é conhecida pelo fogo azul jorrando ao longo de sua coluna, mas parecia
diferente. No começo, ficamos confusos - não parecia que tinha chamas. Mas quando olhamos
mais de perto, percebemos que a razão pela qual não podíamos ver as chamas contra as
paredes negras da caverna... era porque as próprias chamas eram negras.
“Parecia uma fumaça espessa piscando descontroladamente ao longo da espinha desta

serpente de trinta metros. Aquela Serpente de Hades em particular também tinha um chifre
preto saindo de sua testa, enquanto suas escamas, que foram registradas como sendo de uma
cor cinza fosca, eram de um preto lustroso ..." ela disse, começando a tremer.

"A luta foi horrível. Perdi cinco dos meus homens para aquela Serpente de Hades. A luta durou várias
horas, mas finalmente consegui matá-la. Quando tentamos recuperar o núcleo da besta, porém, ele
não estava lá.” Ela teve outro acesso de tosse, então eu corri em direção ao lago. Segui a beirada até
encontrar água que não estava manchada de sangue e encharquei o que restava do meu uniforme
nela. Deixei que o tecido absorvesse o máximo de água possível, depois voltei para Alea.
"Abra a boca," eu instruí. “Isso é apenas água.”
Ela abriu a boca imediatamente. Eu gentilmente apertei meu uniforme encharcado sobre sua boca e a
água escorria por seus lábios.
Ela soltou um gemido curto quando a água fria molhou sua boca ressecada, bebendo ferozmente
enquanto eu torcia o pano esfarrapado. Uma vez que eu espremi a última gota, usei os panos úmidos
para limpar um pouco do sangue em seu rosto. Ela sussurrou um pequeno obrigado, então continuou
sua história.
"Embora estivéssemos tentados a voltar à superfície, tínhamos muitas perguntas, então começamos
a procurar pistas lá dentro. Um dos meus homens usou um feitiço e descobriu que havia um túnel
escondido debaixo de uma fina camada de terra.
Depois de cair no túnel, chegamos aqui.” A voz de Alea tremeu com essas palavras, e sangue fresco
começou a escorrer das feridas onde seus olhos costumavam estar.
"E-Ele estava aqui... quando chegamos a esta caverna. Ainda me lembro do jeito que ele olhou para
nós. Aqueles olhos escarlates...” Ela soltou um suspiro trêmulo, então continuou.
"Minha equipe e eu... ninguém sabia o que era o monstro, então fizemos o que nossos instintos nos
disseram para fazer. Levantamos nossas armas — esse foi nosso primeiro erro. Eu ainda posso
imaginá-lo tão claramente. Sua pele cinza pálida. Seu rosto... era bestial, mas parecia quase... humano.
Ele olhou para nós e sorriu, expondo suas presas afiadas. O que nos surpreendeu foi quando ele
falou...” Sua voz caiu em um sussurro.
"Mm," eu respondi, apenas para que ela soubesse que eu ainda estava lá.

"Ele nem ficou surpreso em nos ver lá. Vritra, ele... aquela coisa... acabou de olhar para
nós antes...”
"Antes da?" Eu perguntei, sentando-me ereta.
“Ele nos deu duas opções.” Fracamente, ela levantou a mão esquerda e enxugou o
sangue que escorria pelo rosto como se estivesse limpando lágrimas indesejadas.
"Ele olhou diretamente para mim, como se soubesse instantaneamente que eu era o líder,
e me disse que me deixaria sair ileso se eu-" Ela sufocou um soluço, sua mão restante
fechada em um punho vermelho. “—se eu desmembrasse cada um dos meus companheiros
de equipe, um por um, na frente dele.”
Tal oferta teria enfurecido qualquer um, mas olhando para o estado em que Alea estava
agora, eu não poderia dizer com confiança que ela tomou a decisão certa.
Talvez seus companheiros de equipe quisessem que ela os matasse rapidamente em vez
de ser torturado do jeito que eles eram.
"Qual era a outra opção?" Eu perguntei, gentilmente envolvendo minhas mãos sobre seu
punho fechado.
“Ele apenas zombou de nós e disse '… ou você pode tentar lutar.'”
Incapaz de encontrar palavras para confortá-la, eu apenas mantive minhas mãos em volta
do punho dela. Momentos se passaram, apenas o som da água corrente e os soluços de
Alea quebrando o silêncio mortal.
"Nós não... tivemos chance," ela sussurrou, soluçando.
"Eu odeio fazer você reviver a cena, mas eu preciso de tantos detalhes quanto possível,
Alea." Eu gentilmente acariciei sua mão para tentar acalmá-la.
"Ele tinha um chifre no meio da testa... curvado para trás
agudamente.” Ela disse, forçando-se a falar com calma.

“Um chifre?” Então realmente havia mais de um dos demônios com chifres. Era um clã?
Uma corrida?
Meu coração começou a correr incontrolavelmente, apenas imaginando uma raça inteira
composta de demônios com chifres - e um único deles poderia acabar com uma das Seis
Lanças e toda a sua equipe.
"Sim. Meu ataque de ponto único mais forte só conseguiu criar um pequeno chip

aquele chifre.” Alea parecia querer me perguntar algo, mas sua respiração estava ficando
mais curta, então ela continuou.
“Ele... Vritra era capaz de usar magia, magia que parecia desafiar o bom senso. Não era
como nenhuma mágica que eu já vi.” A calma forçada de Alea quebrou, e seus lábios
começaram a tremer.
"Que tipo de magia ele usou?"
"Metal. Metal preto. Ele foi capaz de conjurar instantaneamente pontas de metal, lâminas,
qualquer tipo de arma do chão... de si mesmo. Eu nem sei como descrevê-lo corretamente.
Acabou rápido demais. Metade da minha equipe estava morta na primeira onda de ataques
que ele desencadeou... com um simples movimento do pulso. Quando os que ainda
estavam vivos o atacaram, ele nem se preocupou em se esquivar – placas de metal preto
se materializaram instantaneamente e bloquearam qualquer ataque que conseguisse
chegar perto dele.”
Senti meu rosto tenso enquanto tentava visualizar que poderes Vritra, e possivelmente toda
a sua raça, poderia possuir. Parecia estar conjurando, mas em um nível completamente
diferente. A maneira como ela o descreveu fez parecer mais com a manifestação, ou
mesmo a criação de um certo fenômeno, em vez de influenciar as partículas de mana que
já existiam.
Mas como isso era possível? Eles eram capazes de apenas pular etapas nas leis
fundamentais da magia neste mundo, ou eles eram simplesmente mais conhecedores,
capazes de fazer isso através de uma habilidade especial?
Ao som de tosse, minha cabeça imediatamente se virou para Alea. Foi pior do que antes?
ela estava tossindo sangue.
"Vritra... Ele saiu depois de fazer isso... comigo. Não tenho certeza se ele sabia que alguém
viria, mas a última coisa que ele fez foi me dizer seu nome... e dizer que Dicathen se
tornaria uma zona de guerra.” O sangue escorria do canto de sua boca quando ela virou a
cabeça para mim.
“Isso pode parecer absurdo, mas você pode me fazer um favor?” Alea deu um leve sorriso,
revelando dentes manchados de sangue.
“Claro, qualquer coisa.” Eu esperava que ela me deixasse com um item ou mensagem,

talvez para sua família ou um ente querido em casa.

"…me segure?" ela murmurou.
Inclinei-me para mais perto. "Desculpe. Eu não entendi bem isso.”

"Sempre pensei que não precisava de ninguém... desde que fosse forte o suficiente. Eu nunca tive
uma família ou amante... para depender... mas sabe? Eu realmente não quero morrer sozinho
agora.” Alea mordeu o lábio inferior trêmulo. "Você pode me segurar?"
Sem dizer uma palavra, eu gentilmente envolvi meus braços ao redor do pescoço e cintura frágeis
de Alea, inclinando sua cabeça contra meu peito.
"Estou com medo", ela murmurou. "Eu não quero morrer."
Fiquei em silêncio, rangendo os dentes. Como antes, não consegui encontrar as palavras para
confortá-la. Acariciei suavemente o cabelo de Alea e senti sua respiração ficar cada vez mais fraca.
Momentos depois, ela faleceu em meus braços.

The Beginning After The End Book Vol 3

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O COMEÇO DEPOIS DO FIM

“ACORDE !” O grito perfurou meu sono.

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tornou uma necessidade.

vestido, pelo menos, mas eu só tinha minha parte de baixo vestida.

sem esperar resposta.

aniversário, pensei. As crianças crescem rápido demais.

resmungasse que não importava o quanto

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tentasse, ele sempre estaria na minha sombra.

meu pai por seus genes mais tarde.

o que estranhamente contradizia sua personalidade.

gentis, elas também pareciam serenas e elegantes.

estava completamente acostumada com minha aparência – especialmente em comparação com o

rosto bastante normal que eu tinha no meu velho mundo.

pequenas manchas carecas em todo o meu couro cabeludo.

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combinava com a da minha mãe, rindo.

“Obrigado, tia Alice.” Elijah recostou-se na cadeira e continuou comendo

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Minha mãe balançou a cabeça, mas meu pai riu.

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“Psh. Que bando de exibicionistas,” Elijah resmungou enquanto observava estudantes de

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Finalmente, o último a chegar fez a multidão ficar em silêncio. O inconfundível cabelo

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QUANDO TESS ENTROU, ela havia, sozinha, mudado a atmosfera

“Ela é tão linda e talentosa também? Isso não é justo…”

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mago erudito em vez de um mago de batalha.

as dificuldades que os estudantes de magos acadêmicos poderiam enfrentar.

fazendo um teste, embora seja bastante difícil.”

posição de mago de batalha.

executavam feitiços ou técnicas básicas, dependendo de serem um conjurador ou um aumentador.

poderia ser um grande desafio para alguém que acabava de acordar.

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"Dane-se." Ele me bateu no estômago enquanto nós dois rimos.

proximidades. Algo estava acontecendo no final da passarela de mármore. Depois de trocar um

olhar rápido, Elijah e eu disparamos.

“Que diabos você disse? Quem você pensa que é, afinal?

apenas uma postura estúpida entre dois alunos.

poderiam ser pegos na bagunça.

fazer um desvio e evitar os dois alunos discutindo.

listras na gravata, enquanto o anão tinha apenas uma.

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o distintivo preso ao peito esquerdo.

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posição defensiva. As espadas duplas rasparam no chão.

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Mas havia outra maneira. Desculpe, Tess.

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NÃO FOI DE ACORDO COM O PLANEJADO

Revirei os olhos para os sussurros da multidão. Embora fossem crianças pré-adolescentes, eu

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Ela queria que eu a tratasse respeitosamente como presidente do conselho estudantil?