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LIÇÃO 01

INTEGRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO

Integraçã o é o melhor meio de fazer atuante na Igreja o princípio da multiplicaçã o. No momento em que um
recém-convertido, "educado" (amadurecido) espiritualmente, ganha sua primeira alma para Cristo, o
princípio da multiplicaçã o entre em açã o.

Ganhar uma alma, edificar-lhe a vida em Cristo, acompanhá -la com doutrinamento até que ela mesma possa
ganhar uma outra alma, ensiná -la e treiná -la para também frutificar, isto é multiplicaçã o. É isso que devemos
ter em mente ao trabalhar no reino de Deus, esta é a visã o de que carecemos, aquela que contempla futuras
geraçõ es atingidas através daqueles que ganhamos para o Salvador.

1. MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento vemos exemplos de terceira e quarta geraçõ es de crentes.

ANDRÉ

Nos evangelhos. André estava sempre trazendo pessoas para Jesus. Ele levou o seu irmã o, Simã o (Jo 1.40-
42).

Este Simã o se tornou Pedro, o gigante da fé. André encontrou o menino cujo lanche Jesus multiplicou para
alimentar cinco mil pessoas (Jo 6.8,9). E quando os gregos disseram: "Senhor, queríamos ver a Jesus" (Jo
12.21), André sabia onde os levar.
Contudo, foi ao alcançar o seu irmã o Pedro, que o Ministério de André estendeu até os nossos dias. No
pentecostes, Pedro evangelizou milhares de judeus, que confiaram em Cristo (At 2). Os que converteram em
Jerusalém mais tarde saíram de lá por causa da perseguiçã o (At 8.1-4) e viajaram para a Antioquia (At
1b.19), onde outros judeus se converteram através da evangelizaçã o pessoal deles.
Quanto Pedro cresceu em graça, depois da ressurreiçã o, Deus lhe deu poder para abrir a porta para a
conversã o dos gentios, quando Cornélio e sua família creram (At. 10).
Isto é multiplicaçã o: Desde André, a Pedro, aos milhares convertidos em Jerusalém e a primeira Igreja
missioná ria em Antioquia.
André realizou a sua pregaçã o através de evangelizaçã o pessoal: ele levou pessoas a Jesus uma por uma.
Ao levar o seu irmã o Pedro a Cristo, André participou das recompensas de tudo o que Simã o Pedro mais
tarde realizou para o reino de Deus.
JOÃ O

O apó stolo Joã o treinou homens: as suas três epístolas, dirigidas a líderes eclesiá sticos, revelam a sua
contínua responsabilidade como pai espiritual.

A histó ria da Igreja registra que Joã o ganhou e treinou uma testemunha dinâ mica, chamada Policarpo, que,
por seu turno, alcançou Irineu. Esses homens deram vidas durante as perseguiçõ es do segundo século.
Contudo, através da multiplicaçã o o seu ministério continuou a viver.

BARNABÉ

Em At 4, encontramos um cristã o chamado José, homem suficientemente pró ximo dos apó stolos para
receber um novo nome: "Barnabé", o encorajador. Ele ouvira o testemunho de um jovem convertido,
chamado Saulo de Tarso, e creu que era genuíno.

Barnabé sempre olhava para os problemas passados das pessoas, a fim de visualizar o potencial que
LIÇÃO 01

INTEGRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO

Integraçã o é o melhor meio de fazer atuante na Igreja o princípio da multiplicaçã o. No momento em que um
recém-convertido, "educado" (amadurecido) espiritualmente, ganha sua primeira alma para Cristo, o
princípio da multiplicaçã o entre em açã o.

Ganhar uma alma, edificar-lhe a vida em Cristo, acompanhá -la com doutrinamento até que ela mesma possa
ganhar uma outra alma, ensiná -la e treiná -la para também frutificar, isto é multiplicaçã o. É isso que devemos
ter em mente ao trabalhar no reino de Deus, esta é a visã o de que carecemos, aquela que contempla futuras
geraçõ es atingidas através daqueles que ganhamos para o Salvador.

1. MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento vemos exemplos de terceira e quarta geraçõ es de crentes.

ANDRÉ

Nos evangelhos. André estava sempre trazendo pessoas para Jesus. Ele levou o seu irmã o, Simã o (Jo 1.40-
42).

Este Simã o se tornou Pedro, o gigante da fé. André encontrou o menino cujo lanche Jesus multiplicou para
alimentar cinco mil pessoas (Jo 6.8,9). E quando os gregos disseram: "Senhor, queríamos ver a Jesus" (Jo
12.21), André sabia onde os levar.
Contudo, foi ao alcançar o seu irmã o Pedro, que o Ministério de André estendeu até os nossos dias. No
pentecostes, Pedro evangelizou milhares de judeus, que confiaram em Cristo (At 2). Os que converteram em
Jerusalém mais tarde saíram de lá por causa da perseguiçã o (At 8.1-4) e viajaram para a Antioquia (At
1b.19), onde outros judeus se converteram através da evangelizaçã o pessoal deles.
Quanto Pedro cresceu em graça, depois da ressurreiçã o, Deus lhe deu poder para abrir a porta para a
conversã o dos gentios, quando Cornélio e sua família creram (At. 10).
Isto é multiplicaçã o: Desde André, a Pedro, aos milhares convertidos em Jerusalém e a primeira Igreja
missioná ria em Antioquia.
André realizou a sua pregaçã o através de evangelizaçã o pessoal: ele levou pessoas a Jesus uma por uma.
Ao levar o seu irmã o Pedro a Cristo, André participou das recompensas de tudo o que Simã o Pedro mais
tarde realizou para o reino de Deus.
JOÃ O

O apó stolo Joã o treinou homens: as suas três epístolas, dirigidas a líderes eclesiá sticos, revelam a sua
contínua responsabilidade como pai espiritual.

A histó ria da Igreja registra que Joã o ganhou e treinou uma testemunha dinâ mica, chamada Policarpo, que,
por seu turno, alcançou Irineu. Esses homens deram vidas durante as perseguiçõ es do segundo século.
Contudo, através da multiplicaçã o o seu ministério continuou a viver.

BARNABÉ

Em At 4, encontramos um cristã o chamado José, homem suficientemente pró ximo dos apó stolos para
receber um novo nome: "Barnabé", o encorajador. Ele ouvira o testemunho de um jovem convertido,
chamado Saulo de Tarso, e creu que era genuíno.

Barnabé sempre olhava para os problemas


LIÇÃOpassados
01 das pessoas, a fim de visualizar o potencial que
INTEGRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO

Integraçã o é o melhor meio de fazer atuante na Igreja o princípio da multiplicaçã o. No momento em que um
recém-convertido, "educado" (amadurecido) espiritualmente, ganha sua primeira alma para Cristo, o
princípio da multiplicaçã o entre em açã o.

Ganhar uma alma, edificar-lhe a vida em Cristo, acompanhá -la com doutrinamento até que ela mesma possa
ganhar uma outra alma, ensiná -la e treiná -la para também frutificar, isto é multiplicaçã o. É isso que devemos
ter em mente ao trabalhar no reino de Deus, esta é a visã o de que carecemos, aquela que contempla futuras
geraçõ es atingidas através daqueles que ganhamos para o Salvador.

1. MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento vemos exemplos de terceira e quarta geraçõ es de crentes.

ANDRÉ

Nos evangelhos. André estava sempre trazendo pessoas para Jesus. Ele levou o seu irmã o, Simã o (Jo 1.40-
42).

Este Simã o se tornou Pedro, o gigante da fé. André encontrou o menino cujo lanche Jesus multiplicou para
alimentar cinco mil pessoas (Jo 6.8,9). E quando os gregos disseram: "Senhor, queríamos ver a Jesus" (Jo
12.21), André sabia onde os levar.
Contudo, foi ao alcançar o seu irmã o Pedro, que o Ministério de André estendeu até os nossos dias. No
pentecostes, Pedro evangelizou milhares de judeus, que confiaram em Cristo (At 2). Os que converteram em
Jerusalém mais tarde saíram de lá por causa da perseguiçã o (At 8.1-4) e viajaram para a Antioquia (At
1b.19), onde outros judeus se converteram através da evangelizaçã o pessoal deles.
Quanto Pedro cresceu em graça, depois da ressurreiçã o, Deus lhe deu poder para abrir a porta para a
conversã o dos gentios, quando Cornélio e sua família creram (At. 10).
Isto é multiplicaçã o: Desde André, a Pedro, aos milhares convertidos em Jerusalém e a primeira Igreja
missioná ria em Antioquia.
André realizou a sua pregaçã o através de evangelizaçã o pessoal: ele levou pessoas a Jesus uma por uma.
Ao levar o seu irmã o Pedro a Cristo, André participou das recompensas de tudo o que Simã o Pedro mais
tarde realizou para o reino de Deus.
JOÃ O

O apó stolo Joã o treinou homens: as suas três epístolas, dirigidas a líderes eclesiá sticos, revelam a sua
contínua responsabilidade como pai espiritual.

A histó ria da Igreja registra que Joã o ganhou e treinou uma testemunha dinâ mica, chamada Policarpo, que,
por seu turno, alcançou Irineu. Esses homens deram vidas durante as perseguiçõ es do segundo século.
Contudo, através da multiplicaçã o o seu ministério continuou a viver.

BARNABÉ

Em At 4, encontramos um cristã o chamado José, homem suficientemente pró ximo dos apó stolos para
receber um novo nome: "Barnabé", o encorajador. Ele ouvira o testemunho de um jovem convertido,
chamado Saulo de Tarso, e creu que era genuíno.

Barnabé sempre olhava para os problemas passados das pessoas, a fim de visualizar o potencial que
enxergava nelas pelas obras da graça de Deus.

Quando Saulo viajou para Jerusalém, todos tinham medo dele. Barnabé, todavia, confirmou Saulo diante dos
irmã os. Mais tarde eles se empenharam juntos, durante um ano, num ministério pessoal em Antioquia (At
11.22-26).
Paulo já havia sido ensinado particularmente pelo Espírito Santo durante três anos, no deserto. Mas Deus
usou Barnabé para encorajar, refinar e fortalecer esse rabi de muitos talentos, de quem outros nã o ousariam
se aproximar.

Barnabé decidiu-se a discipular o seu sobrinho Joã o Marcos. Quando Marcos abandonou a primeira viagem
missioná ria, Paulo recusou-se a dar-lhe uma segunda oportunidade. Na Divisã o de opiniã o com Barnabé, a
respeito de Marcos, Paulo escolheu Silas e Timó teo, e entrou na histó ria.

Barnabé permaneceu com Marcos. Porém, em 2 Tm 4.11, quando Paulo pede a Timó teo para mandar os seus
livros e a sua capa, ele também escreveu: Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é ú til para o
ministério, o que transformou um desertor em um ajudador.

Certamente nã o somos capazes de avaliar Marcos a parte do tempo, do amor e do treinamento que recebeu
tanto de Pedro quanto de Barnabé. Deus usou esses multiplicadores para desenvolver aquelas qualidades
em Marcos que estavam escondidas dos olhos de Paulo.

AQUILA E PRISCILA

Paulo começou outra cadeia de multiplicaçã o quando encontrou com Aquila e Priscila.

Este casal cuidou e discipulou um homem chamado Apolo (At 18.24-28).

Os Judeus ficaram "poderosamente convencidos", através do ministério didá tico de Apolo. Deus formou uma
cadeia de quatro geraçõ es espirituais: de Paulo a Aquila e Priscila, depois a Apolo e, finalmente, aos judeus.
Paulo alcançou muitos outros de maneira pessoal, que continuaram a exercer um impacto sobre a histó ria,
inclusive Lucas.

Lucas se dedicou a escrever tanto o seu evangelho quanto o livro de Atos, para realizar o seguimento de um
homem: Teó filo(Lc 1.1-4 e At 1.1).

Tito, outro fruto do ministério de Paulo, mais tarde veio a pastorear uma Igreja em Creta.

LIÇÃO 02

COMO INTEGRAR E DISCIPULAR A PESSOA CONVERTIDA


Cristo nos deu a responsabilidade da integraçã o e discipulado dos recém-convertidos na fé cristã .

Integraçã o significa: ajuda inicial ao novo convertido.

I DE QUE TRATAR NA INTEGRAÇÃO

O "Pai Espiritual” deve doutrinar o recém convertido com o seguinte:

1º SOBRE CERTEZA DA SALVAÇÃO

Muitas vezes o novo crente é alvo dos ataques de Sataná s no sentido de segurança da salvaçã o. Portanto
devemos dar orientaçã o bíblica da certeza da salvaçã o ao novo crente.

Garantia da salvaçã o (Mt 1.21; Jo 3.16; 3.37; 10.9; 11.25; 14.6,17; Rm 6.23; 10.13). Muitas vezes a fal ta da
certeza da salvaçã o é indicaçã o de pecados em sua vida. O orientador espiritual deve abrir a Bíblia e ler (1 Jo
1.9), e explicar o significado do texto enfatizando o termo CONFESSAR. O orientador espiritual deve levar o
crente a orar silenciosamente, confessando todo pecado de que ele tenha consciência.

2º SOBRE A VIDA DEVOCIONAL

a) Juntamente com a certeza da salvaçã o que novo crente precisa ter, o orientador espiritual deve também
lhe dar orientaçã o a respeito da vida devocional.
b) Vida devocional significa: Uma comunhã o regular com Deus através da oraçã o, leitura e estudo da Bíblia.
c) Vida devocional é o tempo que o crente dispensa, cada dia, para cultuar a Deus, recebendo d'Ele algo para
sua vida espiritual.
d) Ensine essas referências bíblicas ao novo crente, para que ele viva em constante comunhã o com Deus.
- Oração: 1 Ts5.17 Ef 6.18
- Leitura Bíblica: S1 119.11,12
- Cultos: Hb 10.25; S1 122; S1 127
- Louvor: Tg 5.13; At 16.25; S1 104.33; S1 145. 1.2.

3º SOBRE A IGREJA LOCAL

a) A Igreja nã o é o prédio, mas é a comunidade cristã , isto é, o grupo dos crentes regenerados.
b) O novo decidido, desde o momento da sua conversã o, faz parte do corpo de Cristo, a Igreja Universal. Mas
é preciso que também faça parte da Igreja local.
c) O verso clá ssico a respeito desse assunto encontra-se em Hb 10.25. E o exemplo aí é bem claro, que o novo
crente precisa da Igreja local para receber dela orientaçã o e dar a ela sua cooperaçã o.
d) O novo crente precisa da comunhã o e da confraternizaçã o com outros crentes.
4º SOBRE CONFESSAR CRISTO COMO SENHOR (TESTEMUNHAR)

a) O orientador espiritual deve incentivar o recém-convertido a falar logo depois com outras pessoas a res-
peito de sua conversã o.
Paulo exorta que; é com a boca que o povo crente deve confessar (testemunhar) sua salvaçã o. Leia Rm 10.10.
b) O novo crente sente-se fortalecido testemunhando sobre o que Cristo fez na sua vida.
c) O novo crente deve confessar a Cristo. Confessá -lo publicamente (Mt 10.32).
d) Diga ao novo crente: "Você é a luz do mundo". (Mt 5.14).
". . . você é testemunha de Cristo". (At 1.8).

II QUATRO MEIOS DE EFETUAR A INTEGRAÇÃO DE UM RECÉM-CONVERTIDO

Encontramos no Novo Testamento quatro métodos diferentes para efetuar a integraçã o; sã o eles: o contato
pessoal; um representante pessoal; a oraçã o pessoal e a correspondência pessoal. Esses quatro métodos sã o
eficientes para a integraçã o do novo crente.

CONTATO PESSOAL

Um dos métodos mais eficientes ou eficazes é o contato pessoal. Através de encontros diá rios, tanto Paulo
como o pró prio Senhor Jesus ministravam a muitas pessoas. Jesus pode conhecer seus discípulos, com suas
necessidades e seus desejos, suas fraquezas e pontos fortes, através desse contato pessoal (1 Jo 1.1,2; Lc
6.13; Mc 3.14, At 1.4). Paulo viajou pela maior parte da Á sia Menor, mas investiu quase todo seu tempo com
poucos homens individualmente. Em At 20.4, lemos que Paulo gastou muito tempo com certos homens.
Paulo sabia o valor do Contato Pessoal.

O REPRESENTANTE PESSOAL

À s vezes nó s nã o podemos ajudar na integraçã o pessoal do novo crente que nó s ganhamos para Cristo. Por
exemplo: quando uma pessoa mora em outra cidade, podemos avisar e mandar um outro crente em nosso
lugar.

O método mais eficaz é o contato pessoal, mas se isso nao for possível, mandar um representante pessoal (fp
2.19.22). b Quando Paulo nã o podia visitar as Igrejas na Á sia Menor, ele costumava enviar um
representante em seu lugar; Timó teo era o representante pessoal de Paulo à Igreja de Filípos.

ORAÇÃO PESSOAL

Mais um método muito eficaz de integraçã o que Jesus, como Paulo, usaram, é o da oraçã o pessoal pelos
novos convertidos.

a. Jesus orava muito com os seus discípulos. Ele intercedeu por Pedro, para que a sua fé nã o desfalecesse
(Lc 22.32). Outros exemplos: (Lc6.12; Jo 17; Ef 1.16,17; 3.14,21; Fp 3.4).

b. Paulo orava muitas vezes com e pelos seus conhecidos e filhos na fé. A maioria de suas cartas começa
dizendo que ele orava diariamente por eles.

CORRESPONDÊNCIA PESSOAL

A correspondência é excelente recurso para integraçã o.

a. Cartas de incentivos podem ajudar imensamente um novo convertido (Lc 1.3,4; 2Pe 1.12,15).

b. Cartas com estudos bíblicos anexos sã o um exemplo de correspondência pessoal.

c. Estudos bíblicos através de cartas que podem ser usadas com os novos convertidos:

 Você tem uma nova vida


 Convivência com Cristo
 A vida controlada pelo Espírito
 Convivência com outros crentes
 Falando a outros de Cristo
 Certeza da presença de Cristo

III COMO PAULO CONSERVOU OS RESULTADOS EM TESSALÔNICA (1 Ts)

 Orou por eles: 1.2,3; 3.10.


 Escreveu para eles (duas vezes): 1 Ts e 2Ts
 Encorajou-os: 1.6,9.
 Deu exemplos: 1.5,6; 2.10
 Estabeleceu um alvo - andar diariamente diante de Deus-2.12; 4.1
 Gastou-se a si mesmo por eles: 2.8
 Relacionou-se com eles: 2.7,9;11
 Mostrou-lhes a oposiçã o de sataná s: 3.4,5
 Mostrou-lhes virtudes para serem alcançadas: Amor 3.12-4.9; Pureza 4.1,7; Honestidade 4.12
 Mandou-lhes alguém: 3.6
 Ensinou-lhes a viver por valores eternos: 4.16,17
 Deu-lhes instruçã o específica para vida cristã
 Escreveu-lhes outra vez para corrigir erros (que descobrimos na segunda carta).

IV EXEMPLOS DE INTEGRAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA

Natanael integrado no grupo dos primeiros discípulos. (Jo.1.45 a 51).

Os crentes judeus planejaram a integraçã o dos gentios novos convertidos. (At. 15.13 e 20.33).

Paulo fez a integraçã o dos crentes de É feso que até entã o ignoravam as bênçã os do Batismo do Espírito
Santo. (At. 19.1,7).

A Integraçã o de Onésimo. (Fm 8.17).

Sem o trabalho de integraçã o realizado por Filipe, com o eunuco da rainha de Candace, encontrado durante a
viagem pela estrada de gaza, sem dú vida que a histó ria da Igreja seria outra.

Filipe realizou a primeira tarefa de explicar as escrituras, e o acompanhou durante seus primeiros passos,
até que ele pró prio sentiu necessidade de batizar-se. Filipe só deixou o novo crente apó s o seu batismo. (At.
8.34,38). A partir daí o eunuco já podia andar sozinho.

ACONSELHAMENTO E INTEGRAÇÃO

O trabalho de integraçã o começa com o apelo. Durante o apelo vem o segundo passo que podemos chamar
"Aconselhamento". O propó sito do aconselhamento é afirmar a pessoa na sua decisã o. Muitas vezes a pessoa
que atende ao apelo nã o está realmente tomando uma decisã o, mas manifestando o desejo de decidir-se.
Neste caso, o trabalho é esclarecer essa pessoa sobre a aceitaçã o de Cristo, levando-a a afirmar na sua
decisã o.

ACONSELHAMENTO - A arte de dar conselhos a uma pessoa indicando(o) lhe o modo de agir (modus
faciendi) modo de fazer (modus vivendi) o modo de viver (Lc. 10.28)

1. QUANDO COMEÇAR O TRABALHO DE INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO DOS NOVOS


CONVERTIDOS?
No momento em que se registra uma decisã o espiritual, aí deve começar o trabalho de integraçã o e
aconselhamento, com quem se decidiu. Isto implica num processo mais ou menos longo de orientaçã o e
treinamento.

 Psicoló gica, física e ainda espiritualmente, os começos sã o fundamentais. Com o correr do tempo sua
influência e seus efeitos assumem proporçõ es monumentais.

 Toda Igreja faria bem em ter uma equipe de conselheiros, constituída de obreiros treinados, que
orientasse e aconselhasse, domingo apó s domingo, todos aqueles que fizessem uma decisã o.

ACONSELHAMENTO NO APELO

A maneira mais fraca no apelo é receber pessoas sem dirigir-lhes uma palavra.

Evangelistas há que dizem que quarenta por cento dos que se decidem em pú blico, nã o sabem porque o
fazem. (É melhor dar algum conselho na hora).

Provavelmente o maior impedimento em aconselhar é a falta do conhecimento sobre o que dizer. O


conselheiro, precisa saber se a pessoa realmente já se decidiu ou se está manifestando o desejo de fazer uma
decisã o ao lado de Cristo.

É necessá rio determinar se a pessoa é convertida ou nã o. É claro que ninguém pode saber com certeza,
porém, o decidido deve ser levado a fazer avaliaçã o pró pria, a fim de verificar se tem convicçã o do passo que
está dando.

Essas perguntas podem ser usadas pelo conselheiro, para avaliar a pessoa que está fazendo uma decisã o ao
lado de Cristo:

 Por que o senhor vem à frente agora?


 A resposta vai indicar se a pessoa já aceitou a Cristo ou se está manifestando o desejo de aceitá -Lo.
 Reconhece que é pecador?
 Crê que Cristo morreu na cruz para pagar o preço dos seus pecados?
 Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?
 Quer aceitar a Cristo como Senhor (chefe) da sua vida, agora, e segui-Lo sempre?
 Quer obedecer a Cristo em tudo?
 Quer orar agora e confessar tudo isso a Cristo em oraçã o?

Tudo pode ser feito em dois ou três minutos no má ximo.

Através das respostas e da atitude do decidido, o conselheiro terá condiçõ es de fazer uma avaliaçã o
preliminar sobre a decisã o. Se pela falta de sinceridade ou pela dificuldade em dar resposta positiva à s
perguntas, o decidido apresentar dú vidas sobre a veracidade da decisã o, ele deve ser separado para um
aconselhamento mais demorado.

Parecendo sinceramente convertido, o pastor ou outro conselheiro vai apresentá -lo a alguém que preencha
uma ficha identificando-o. (Deve haver uma ficha para cada um).

2. DEPOIS DA ORIENTAÇÃO

Um dos mais difíceis e mais importantes aspectos dessa obra de aconselhar é a verificaçã o regular e
sistemá tica que deve ser feita, no intuito de ver se o decidido está seguindo a orientaçã o em casa.
É necessá rio determinar alguém que, se mantenha em contato com o novo convertido, observando e
anotando o seu progresso e desenvolvimento e servindo de elo entre o decidido, o Pastor e a equipe de
conselheiros.

3. PARTE ATIVA (ACONSELHADOR) SOBRE

O QUE SE EXIGE DO ACONSELHADOR?

1. Conhecimento bíblico da vontade de Deus (Rm 15. 14;C1 3.16).

2. Sabedoria divina no relacionamento com outros. (C1 3.16).

3. Boa vontade e interesse pelos demais membros do corpo de Cristo. (Rm 15.14).

4. Experiência da Salvaçã o. (At. 19.15).

5. Ser cheio do Espírito Santo. (At. 1.8).

6. Ter a graça e o conhecimento. (2 Pe 3.18).

7. Intimidade com a palavra de Deus. (1 Tm 2.15; 1 Tm4.13).

8. Testemunho pessoal. (1 Tm 4.12,16; 1 Co 10.32).

9. Maturidade. (1 Tm 3.6).

10. Ter aprendido com o Senhor. (Mt 11.29; G1 1.12).

11. Conhecimento das doutrinas bíblicas.

3.2 CUIDADO A TOMAR

1. Com as heresias. (1 Co 11.19; G1 5.20).

2. Com as fá bulas. (1 Tm 1.4; 2 Pe 1.16).

3. Com as genealogias. (1 Tm 1.4).

4. Com as vã s contendas. (Tm 1.6).

5. Com os mandamentos do homem. (G1 1.14).

3.3 A VIDA DO CONSELHEIRO DEVE SER:

1. De oraçã o. (Ef. 6.18).

2. De meditaçã o. (S1 1.2).

3. De santificaçã o. (1 Ts4.3).

4. De amor. (1 Jo 4.7).

5. Estudo. (1 Tm4.13).

6. Cheia dos dons espirituais. (Ef. 4.8; 1 Co 12).

Exercícios de Fixação
1. O que significa integrar?
2. Quais as doutrinas que o integrador deve transmitir ao novo convertido?
3. O que o novo convertido precisa saber sobre a salvaçã o?
4. O que o novo convertido precisa saber sobre a vida devocional?
5. O que o novo convertido precisa saber sobre a salvaçã o?
6. O que o novo convertido precisa saber sobre a igreja local?
7. O que o novo convertido precisa saber sobre testemunhar?
8. Quais os quatro meios de integraçã o do novo convertido?
9. Assim como Paulo, o que devemos fazer para conservar os resultados da integraçã o de novos
convertidos?
10. Cite exemplos de integraçã o de novos convertidos na igreja primitiva ee explique porque ela teve
êxito.
11. Quando começa o trabalho de integraçã o?
12. Qual o propó sito do aconselhamento?
13. Porque deve haver aconselhamento na hora do apelo?
14. O que é exigido de um conselheiro?
15. Quais os cuidados que o conselheiro deve tomar?
16. Como deve ser a vida do conselheiro?

LIÇÃO 03
INTEGRAÇÃO E DOUTRINA

O PORQUE DA INTEGRAÇÃO

 Porque sem integraçã o nã o há participaçã o e nem uniã o.


 Porque integrar-se é preparar-se para participar, colaborar, realizar e receber os frutos, os
resultados, com os demais do grupo, dos demais membros integrantes.
 Na integraçã o está a conscientizaçã o dos deveres e privilégios de todos que compõ em o grupo e/ou
sociedade.
 Na integraçã o cria-se e vive-se a fraternidade.
 Na integraçã o sabe-se e vive-se a nova filosofia de vida.
 É na integraçã o que se respira o ar do novo ambiente.
 É na integraçã o que somamos esforços, forças e recursos para a edificaçã o e consolidaçã o do corpo
ou grupo social.

O PORQUE DA DOUTRINA E/OU ENSINO

Porque os discípulos primeiramente aprenderam e depois foram enviados por Jesus. (Mt 28.19, 20; Mc
16.15, 16.2). Começando no dia de pentecoste e apó stolos ensinaram as doutrinas do evangelho (At. 2.40,42
e 3). O apó stolo Paulo ensinou a doutrina durante dois meses, na escola de Tirano, em É feso (At 19.9-10).
Disse ele que do que era ú til, nada deixou de ensinar (At. 20.20).

A NECESSIDADE DA INTEGRAÇÃO

 Para o desenvolvimento da Igreja na evangelizaçã o - 1 Pe 2.9;


 Para que haja amor e comunhã o entre os membros - Jo 13.35;17.21;
 Para o crescimento em quantidade e em qualidade, isto é tanto numérico quanto espiritual - Mt
16.18; 28.18-20; 2 Tm 2.2; Lc 10.1-12; Ef 4.15,15; Is 60.22;
 Para que haja frutificaçã o - Jo 15.8;
 Para aumentar a visã o no investir em pessoas - 2 Tm 2.2;
 Para aplicaçã o da disciplina - Mt 18.15-20;
 Para dar certeza de salvaçã o ao discipulando - Rm 10.13; Jo6.37;1 Jo 5.1-13;
 Porque o discipulador conta suas experiências e bênçã o da salvaçã o ao discipulando;
 Para ajudar o novo convertido na sua vida devocional no cotidiano - Mt 6.6;
 Para ajudá -lo a entender os princípios bíblicos e bá sicos da vida abundante em Jesus Cristo - G1 5.22-
26;

A NECESSIDADE DA DOUTRINA E/OU ENSINAMENTO

 Porque devemos obedecer a Jesus. Ele mandou fazer dis¬cípulos e fazer discípulo é doutrinar - Mt
28.20;
 Porque o ensino ou doutrina tem a propriedade de aperfeiçoar - Ef 4.12;
 Porque a boa doutrina - bom ensino, tem resultados positivos e maravilhosos - sã o muitos, mas
vejamos três:

Aprovaçã o de Deus - 2 Tm 2.15.

Conhecimento da Verdade - 2 Tm 2.25

Libertaçã o do diabo - 2 Tm 2.26


A INTEGRAÇÃO, A DOUTRINA E O NOVO CRENTE

1. A integraçã o e doutrina informam ao novo crente a necessidade da santificaçã o - Deus é santo e


requer dos seus filhos, que sejam santos - 1 Pe 1.15,16; Hb 2.14;
2. A santidade na vida do cristã o significa: a) Limpeza de todos a imundície (2 Cr 29.5 e 15); b)
Separaçã o do pecado (1 Ts 4.3; 2 Co 6.17); c) Apartado ou consagrado a Deus (Nm 8.17);
3. Como se alcança a santificaçã o e como é alcançada pelo novo crente: a) Pela fé na palavra de Deus - Jo
17.17; b) Pela fé no sangue de Jesus Cristo - Hb 10.10 e 29; c) Pela obra do Espírito Santo no coraçã o
e na vida - 1 Pe 1. 2;G1 5.16 e 25;

INTEGRAÇÃO E DOUTRINA - ESBOÇO DE DOUTRINAS BÍBLICAS

EVIDÊNCIA DA SALVAÇÃO

- Podes provar teu nascimento espiritual?

- Tua nova vida em Cristo?

EVIDÊNCIAS INTERNAS

O testemunho do Espírito Santo para com o nosso espírito (Rm8.16)

O testemunho da nossa consciência (1 Jo 3.19-21)

O testemunho da nossa aversã o ao pecado (1 Jo 3.9)

EVIDÊNCIAS EXTERNAS

O testemunho da mudança ocorrida em nó s (2 Co 5.17)

O testemunho dos frutos produzidos (Mt 3.8.5.16)

O testemunho da vitó ria sobre o mundo (1 Jo 5.4)

EVIDÊNCIAS INTERNAS E EXTERNAS DA SALVAÇÃO

O testemunho da abundâ ncia de amor (1 Jo 4.7)

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

A conversã o deve ser logo seguida do batismo com Espírito Santo.

O QUE É BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?

É um revestimento do poder do alto, pela instrumental idade do Espírito Santo (Lc 24.39)

PARA QUEM É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?

É para todos os salvos (At 2.39)

QUE É NECESSÁRIO PARA RECEBER O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO?

É preciso ser salvo ( Jo 14.17)

Crer na promessa do batismo com Espírito Santo (Gl 3.14)

Obedecer a Deus, conforme a sua palavra (At 5.32)

Querer decididamente (Lc 11.9-13)


O BATISMO EM ÁGUA E A SANTA CEIA DO SENHOR

O QUE É O BATISMO EM ÁGUA?

É uma ordenança bíblica como também o é a ceia do Senhor.

PORQUE SÃO CHAMADOS DE ORDENANÇAS?

Porque foram ordenados por Jesus (Mt 26.26-28;28.19,20)

QUAL O SEU SIGNIFICADO?

Tem duplo significado:

É um ato de obediência ao evangelho.

É também um ato de identificaçã o com Jesus como nosso salvador pessoal (Rm 6.4; C1 2.12).

O batismo em á gua é necessá rio para o novo crente torne-se membro da Igreja local.

A CEIA DO SENHOR

Foi instituída por Jesus com duas finalidades:

Relembrar sua morte em nosso lugar.

Anunciar a sua volta para os seus.

Os elementos usados para realizaçã o desse santo ato:

Pã o - simbolizando seu corpo

Vinho - simbolizando seu sangue.

O preceito bíblico para os membros da Igreja participarem desse ato santo: "Examinar-se a si mesmo" (1 Co
11.28).

A VIDA DE SANTIDADE

Deus opera a santificaçã o do crente, mediante:

1. O precioso e poderoso sangue de Jesus Cristo.

Veja (Hb 13.12; 9.12,13)

Esta é chamada santificaçã o judicial, que tem lugar norapte o Deus Pai.

O Espírito Santo

Veja (1 Pe1.2; Rm8.2)

O Espírito Santo livra da lei do pecado. Esta é a santificaçã o interior, afetando nossa natureza.

A palavra de Deus

Veja (Jo 17.17; Ef 5.26)


É a santificaçã o interior, afetando nossa vida, costumes e prá ticas. Se o crente continua fazendo as mesmas
coisas que fazia antes de se converter, isto é porque a santificaçã o nã o está operando em sua vida. Vivamos
uma vida santificada, isto é, separada do mal para Deus e a Seu serviço (Hb 12.14).
LIÇÃO 04

INTEGRAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

"ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR E AINDA QUANDO FOR VELHO NAO SE DESVIARA
DELE" Pv 22.6.

Apesar de a maioria de nossos obreiros pensarem que este versículo é direcionado somente aos pais,
afirmamos que, pelo contrá rio, é endereçado à Igreja. Pouco se tem feito pela salvaçã o dos pequeninos, mas
esperamos que esta situaçã o mude apó s meditarmos no assunto.

UMA VISÃO DISTORCIDA SOBRE O ASSUNTO

Constantemente se vê obreiros maltratando crianças, quando as mesmas nã o têm sequer lugar adequado
para sentar; nã o têm uma retribuiçã o de amor por parte da Igreja e nem um reconhecimento de que sã o
filhos de Deus, assim como os adultos o sã o.

A realidade é que nossas crianças estã o sendo marginalizadas e suas almas se perdem por falta de alguém
que se disponha em ajudá -las buscando sua amizade e fazendo-lhes uma programaçã o adequada.

CRIANÇAS, UMA GRANDE PREOCUPAÇÃO

Nossa alma chora de amor por tantos coraçõ ezinhos que poderiam continuar com Cristo, mas nã o
conseguimos fazê-lo. A maioria se perde por falta de apoio, amor e compreensã o por parte dos líderes da
Igreja. Muitas delas chegam na adolescência, encontram o mundo e nunca mais voltam para a Casa Paterna.

QUEBRANDO O PRECONCEITO

Somente apó s quebrarmos esse gelo em relaçã o à s crianças, teremos condiçõ es de pensar em um trabalho de
integraçã o das mesmas; do contrá rio nã o haverá condiçõ es.

“Os discípulos tentaram impedir as crianças de irem à Cristo (Lc 18.15,16), mas o Mestre por excelência
chamou-lhes à atençã o dizendo: ". . . Deixai vir a mim as criancinhas", trazendo vá rias delas para junto de si.
Conclamo-vos, vamos amar nossas crianças fazendo com que tenham uma vida de comunhã o com Deus.

CONFIRMANDO PELA PALAVRA

A palavra de Deus vem de encontro com tudo o que já dissemos até agora, confirmando. Vejamos o que Deus
fez através das crianças:

SL 8.2 - SUSCITA FORÇA. Até mesmo através do choro de uma criança move-se o braço do poderoso de
Israel.

Mt 21.15,16 - LOUVAM COM PERFEIÇÃ O - Enquanto muitos adultos cantam para comércio e nome, a criança
canta adorando a Deus.

Jr. 1.6,7 - DEUS CONSTITUIU CRIANÇAS POR ATALAIAS - "... A quem eu te enviar, irá s, falará s.. .".

Jr. 1.10 - PODEROSO "... Hoje te constituo sobre as naçõ es. ..".

Mc 9.33-37 - HUMILDADE - Homens sem humildade alguma buscam as melhores posiçõ es. Crianças, uma
liçã o de humildade.
A INTEGRAÇÃO DA CRIANÇA

Nunca poderíamos falar em integraçã o sem antes ter comentado sobre, os grandes problemas existentes em
nossas Igrejas que impedem a integraçã o das crianças. Agora sim, entraremos no assunto para o qual fomos
designados a discorrer.

Há muito que podemos fazer para integrar uma criança: Conhecer as características da criança.

1 Co 13.11 - "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino". Nã o conseguíamos de
maneira alguma integrar uma criança com nossas maneiras de adultos: sermõ es. Preleçõ es, seminá rios.
Temos que falar e pensar e agir como meninos para chegarmos até eles. Programando festinhas com balõ es,
bombons e muita cor.

A CURIOSIDADE

Um dos meios mais importantes para se integrar a criança é a sua curiosidade. Sendo elas curiosas podemos
usar atividades que mexam com sua curiosidade.

 Nunca deixar uma pergunta sem resposta.


 Despertar o interesse dos pais para esse fato.
 Usar brincadeiras curiosas. Ex. Uma caixa de segredo. Um sá bio nunca desprezará a curiosidade da
criança.

A ATIVIDADE

Uma criança é cheia de energia, e só com exercícios animados podemos prender sua atençã o. Elas gostam de
muito barulho. Gostam muito de exercícios arriscados.

Procurando realizar um trabalho que explore bem estas á reas você estará integrando a criança à salvaçã o e à
Igreja.

AS CRIANÇAS DOS OBREIROS

É imperioso que aqueles que se dedicam a trabalhar com crianças conheçam pormenores pertinentes a esta
á rea? Qual a maneira de integrar os filhos dos obreiros, especialmente pastor, na Igreja? Existe alguma
diferença entre estas e as demais crianças? O que queremos chamar a atençã o é para o fato de muitos
considerarem os filhos do pastor como os piores da Igreja. É um pesado estigma que as pró prias crianças
aprendem e põ em em prá tica, hostilizando os filhos dos obreiros. E estes, os filhos, sentem o peso desta
discriminaçã o. Daí a necessidade de se conhecer esse fato e lutarmos contra esta discriminaçã o, para que os
filhos dos obreiros nã o sejam os primeiros a sairem da Igreja, mas que sejam integrados e alicerçados na fé.

OS ADOLESCENTES

O termo adolescente vem do latim "adolesco", crescer, desenvolver-se para a idade varonil, É uma idade
intermediá ria, de tanta transiçã o entre criança e jovem.

O ADOLESCENTE E SEU CONVÍVIO NA IGREJA

Ao chegar na adolescência, o indivíduo passa por sérias e fortes mudanças físicas, mentais, sociais e
espirituais. E na maioria dos casos a Igreja nã o está preparada para ajudar esse adolescente a enfrentar tal
situaçã o.
O que está ocorrendo é que, por falta de visã o da Igreja, estamos perdendo estes "pequenos jovens".
Para podermos ajudá -los veremos a seguir, algumas características relacionadas a eles.
CARACTERÍSTICAS DO ADOLESCENTE

Físico

O adolescente tem agora mais energia que antes. Suas glâ ndulas sexuais já amadureceram, seu físico (corpo)
ainda em rá pido crescimento torna o adolescente desajeitado e com isso ele se sente envergonhado.

Mental

O adolescente pensa que nã o precisa mais receber ordens pois já se acha adulto o bastante para resolver
tudo sozinho. Com isso ele se torna rebelde, responde os pais e líderes da Igreja.

Social

Nesta idade este "pequeno jovem" gosta de companhias que tenham as mesmas idéias, procura uma
namorada; quer ser independente. Os pais e líderes da Igreja devem orientá -los a que cultivem boas
amizades pois do contrá rio, no mundo existem muitas "amizades".

Espiritual

Se bem orientados, nesta idade poderã o fazer uma entrega de suas vidas ao Senhor. Caso contrá rio,
dificilmente continuarã o na Igreja.

COMO INTEGRAR O ADOLESCENTE

Apó s observar bem as características de um adolescente poderemos entã o partir para a integraçã o dos
mesmos. A integraçã o do adolescente vai depender da dedicaçã o de cada pai ou líder da Igreja, promovendo
eventos e trabalhos específicos para os mesmos. Se já existem programaçõ es específicas para adolescentes
em sua Igreja, parabéns. Se nã o, citaremos algumas que poderã o ajudar.

DEPARTAMENTO DE ADOLESCENTES:

Deve haver na igreja um departamento de adolescentes, com liderança pró pria (se possível o líder nã o
deverá ser adolescente). Dentro deste trabalho eles irã o evangelizar outros adolescentes, se sentirã o bem e
estarã o se unindo para trabalhar. Com isso a integraçã o automaticamente estará sendo feita.

ACEITAÇÃO

O adolescente nã o é jovem e nã o é mais criança, mas ainda tem alguma brincadeira de criança. Devido a este
fator, à s vezes, ele nã o é aceito entre os jovens, visto que os jovens já nã o aceitam mais determinados tipos
de brincadeiras. Sendo assim, o adolescente nã o encontra ambiente na Igreja e é quando busca encontrar
algo mais atraente lá no mundo. Devemos conscientizar nossas Igrejas para este fato, e levá -las à dar mais
apoio aos adolescentes, aceitando-os como eles sã o.

AMOR

Devemos demonstrar a nossa amizade aos adolescentes, conversar com eles, visitá -los, dar-lhes
oportunidade para que testemunhem, distribuam folhetos, cantem, etc. Aproximemo-nos dos adolescentes,
falemos com eles sobre a vida cristã , compartilhando com suas alegrias e dificuldades. Fazendo assim,
estaremos integrando os adolescentes e os novos convertidos. Alcançando com isto o alvo que nos é
proposto.

EXERCÍCIO

Crie um planejamento de atividades para integraçã o de crianças e adolescentes. Mostre-o ao seu pastor e
execute-o em sua congregaçã o.
LIÇÃO 05

INTEGRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO

Integraçã o é o melhor meio de fazer atuante na Igreja o princípio da multiplicaçã o. No momento em que um
recém-convertido, "educado" (amadurecido) espiritualmente, ganha sua primeira alma para Cristo, o
princípio da multiplicaçã o entre em açã o.

Ganhar uma alma, edificar-lhe a vida em Cristo, acompanhá -la com doutrinamento até que ela mesma possa
ganhar uma outra alma, ensiná -la e treiná -la para também frutificar, isto é multiplicaçã o. É isso que devemos
ter em mente ao trabalhar no reino de Deus, esta é a visã o de que carecemos, aquela que contempla futuras
geraçõ es atingidas através daqueles que ganhamos para o Salvador.

MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento vemos exemplos de terceira e quarta geraçõ es de crentes.

ANDRÉ

Nos evangelhos. André estava sempre trazendo pessoas para Jesus. Ele levou o seu irmã o, Simã o (Jo 1.40-
42).

Este Simã o se tornou Pedro, o gigante da fé. André encontrou o menino cujo lanche Jesus multiplicou para
alimentar cinco mil pessoas (Jo 6.8,9). E quando os gregos disseram: "Senhor, queríamos ver a Jesus" (Jo
12.21), André sabia onde os levar.

Contudo, foi ao alcançar o seu irmã o Pedro, que o Ministério de André estendeu até os nossos dias. No
pentecostes, Pedro evangelizou milhares de judeus, que confiaram em Cristo (At 2). Os que converteram em
Jerusalém mais tarde saíram de lá por causa da perseguiçã o (At 8.1-4) e viajaram para a Antioquia (At
1b.19), onde outros judeus se converteram através da evangelizaçã o pessoal deles.

Quanto Pedro cresceu em graça, depois da ressurreiçã o, Deus lhe deu poder para abrir a porta para a
conversã o dos gentios, quando Cornélio e sua família creram (At. 10).

Isto é multiplicaçã o: Desde André, a Pedro, aos milhares convertidos em Jerusalém e a primeira Igreja
missioná ria em Antioquia.

André realizou a sua pregaçã o através de evangelizaçã o pessoal: ele levou pessoas a Jesus uma por uma.

Ao levar o seu irmã o Pedro a Cristo, André participou das recompensas de tudo o que Simã o Pedro mais
tarde realizou para o reino de Deus.

JOÃO

O apó stolo Joã o treinou homens: as suas três epístolas, dirigidas a líderes eclesiá sticos, revelam a sua
contínua responsabilidade como pai espiritual.

A histó ria da Igreja registra que Joã o ganhou e treinou uma testemunha dinâ mica, chamada Policarpo, que,
por seu turno, alcançou Irineu. Esses homens deram vidas durante as perseguiçõ es do segundo século.
Contudo, através da multiplicaçã o o seu ministério continuou a viver.

BARNABÉ

Em At 4, encontramos um cristã o chamado José, homem suficientemente pró ximo dos apó stolos para
receber um novo nome: "Barnabé", o encorajador. Ele ouvira o testemunho de um jovem convertido,
chamado Saulo de Tarso, e creu que era genuíno.
Barnabé sempre olhava para os problemas passados das pessoas, a fim de visualizar o potencial que
enxergava nelas pelas obras da graça de Deus.

Quando Saulo viajou para Jerusalém, todos tinham medo dele. Barnabé, todavia, confirmou Saulo diante dos
irmã os. Mais tarde eles se empenharam juntos, durante um ano, num ministério pessoal em Antioquia (At
11.22-26).

Paulo já havia sido ensinado particularmente pelo Espírito Santo durante três anos, no deserto. Mas Deus
usou Barnabé para encorajar, refinar e fortalecer esse rabi de muitos talentos, de quem outros nã o ousariam
se aproximar.

Barnabé decidiu-se a discipular o seu sobrinho Joã o Marcos. Quando Marcos abandonou a primeira viagem
missioná ria, Paulo recusou-se a dar-lhe uma segunda oportunidade. Na Divisã o de opiniã o com Barnabé, a
respeito de Marcos, Paulo escolheu Silas e Timó teo, e entrou na histó ria.

Barnabé permaneceu com Marcos. Porém, em 2 Tm 4.11, quando Paulo pede a Timó teo para mandar os seus
livros e a sua capa, ele também escreveu: Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é ú til para o
ministério, o que transformou um desertor em um ajudador.

Certamente nã o somos capazes de avaliar Marcos a parte do tempo, do amor e do treinamento que recebeu
tanto de Pedro quanto de Barnabé. Deus usou esses multiplicadores para desenvolver aquelas qualidades
em Marcos que estavam escondidas dos olhos de Paulo.

AQUILA E PRISCILA

Paulo começou outra cadeia de multiplicaçã o quando encontrou com Aquila e Priscila. Este casal cuidou e
discipulou um homem chamado Apolo (At 18.24-28).

Os Judeus ficaram "poderosamente convencidos", através do ministério didá tico de Apolo. Deus formou uma
cadeia de quatro geraçõ es espirituais: de Paulo a Aquila e Priscila, depois a Apolo e, finalmente, aos judeus.
Paulo alcançou muitos outros de maneira pessoal, que continuaram a exercer um impacto sobre a histó ria,
inclusive Lucas.

Lucas se dedicou a escrever tanto o seu evangelho quanto o livro de Atos, para realizar o seguimento de um
homem: Teó filo (Lc 1.1-4 e At 1.1).

Tito, outro fruto do ministério de Paulo, mais tarde veio a pastorear uma Igreja em Creta.

Exercícios

1. O que é multiplicaçã o?
2. Quais aspectos devemos trabalhar para que haja uma multiplicaçã o efetiva?
3. Qual a importâ ncia da multiplicaçã o para a igreja?
4. Qual foi a primeira pessoa que André converteu ao Senhor?
5. Quem Barnabé encorajou a pregar o evangelho?
6. Como podemos impulsionar uma pessoa a ser multiplicadora do evangelho de Cristo?
LIÇÃO 06

TREINAMENTO DE LEIGO PARA INTEGRAÇÃO

Segundo alguns eruditos, os Nicolaítas eram seguidores de um certo Nicolau que visava implantar na Igreja a
"Lei da Sucessã o Apostó lica". Marginalizava os leigos quanto ao serviço cristã o, a exemplo do Judaísmo (Jo
7.15; 9.29-34). Por isso, Jesus elogia a Igreja de É feso pela resistência feita à s suas prá ticas, e censura a Igreja
de Pérgamo por conservar em seu seio os seus ensinos. Daí, concluímos que Jesus além de ser o
IMPLANTADOR do serviço Laical da Igreja (At 1.1), era também o DEFENSOR (Mt26.1, 10-12) e
INCENTIVADOR (Mt 28.9-10).

Quem é o LEIGO?

"Quem nã o é clérico"; Laico; Laical. "Quem é estranho a um assunto"; Desconhecedor; (Na Igreja, quem nã o é
ordenado Ministro por uma Convençã o).

RAZÕES PRÁTICAS DA NECESSIDADE DE TREINAMENTO DE LEIGOS

1. Nã o se pode esperar trabalho de quem nã o foi ensinado a trabalhar (Rm 10.15a);

2. Quanto melhor treinado mais produtiva a pessoa se torna (At 2.1,41; 31-9; 4.1-4);

RESULTADOS BILATERAIS DO TREINAMENTO DE LEIGOS

1. Uma pessoa bem ensinada torna-se bom Mestre (2 Tm 2.2);

2. Há sempre algo que podemos aprender para melhor desempenhar o trabalho (Pv 9.9);

3. Quando ensinamos a alguém, nó s também aprendemos (Rm 2.21a).

RESPONSABILIDADE DO TREINAMENTO DE LEIGOS

1. Jesus foi o grande treinador de leigos (At 1.1; 4.13);

2. O Ministério é dado por Jesus à Igreja (Lc 12.12,13; Ef 4.11,12);

3. Ao Ministério Jesus deu a incumbência do Treinamento de Leigos (Ef 4.12.16; Mt 29.19,20 (ARA).

ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS LEIGOS NA INTEGRAÇÃO

A Recepção:

 A correta ocupaçã o dos bancos;


 A saudaçã o calorosa (Lc 10,5,6);
— Cumprimentos na chegada e saída.
— Apresentaçã o durante o culto (ou pú blica).
 O convite com sabedoria para a decisã o por Cristo;
 O acompanhamento até o altar;
 Anotaçã o LEGIVEL e CORRETA do endereço;
 A entrega de Literatura Apropriada;
 A entrega do Novo Converso ao Leigo melhor preparado mais pró ximo de sua casa.

A Visitação:

 O pai a ESTABELECEU no É den (Gn 3.8);


 O Filho a PRATICOU - visitou lares e famílias e ordenou seus discípulos fazerem o mesmo (Mt 10.12;
Lc 10.5; Jo 2.2);
 O Espírito Santo a ORDENOU (At. 10.19-27);
 Joã o PROMETEU visitar os crentes (2 Jo 12);
 Paulo era VISITADOR EMÉ RITO
 A Igreja primitiva EVANGELIZAVA DE "CASA EM CASA" (At 5.42).

Programa de Visitação

 Sistemá tico e regular;


 Ao menos uma vez por semana;
 De dois em dois ou pequenos grupos (Lc 10.1,5; At 8.4; At 2.46; Ec 9.9-12);
 Sob uma liderança capaz;
 Consultando um fichá rio;
 Seja feito um relató rio;
 Fazer cartõ es que devem ser preenchidos por pessoas que visitam a Igreja.

Reunião Preliminar:

Oraçã o;
Tarefas (Distribuiçã o);
Transporte.
A Arte de Visitar

 Hora apropriada: se possível marcar com antecipaçã o;


 Apresentar-se de forma correta;
 Cumprimento caloroso;

- Postura correta;

- Jamais forçar entrada;

- Identificar-se.

Evitar sempre

Comentá rios sobre:

- Fatos e pessoas desagradá veis;


- Igrejas e costumes diferentes;
- Política, governo e figuras políticas;
- Outros lares visitados;
- Olhar para o interior das casas;
- Comentar, com terceiros, certas falhas das casas visitadas;
- Gestos ou palavras de excessiva intimidade;
- Permanecer até a pró xima refeiçã o.
Contornando problemas

 Falta de compreensã o (At 8.31, 34,35; Tg 1.5);


 Defeitos apontados (Na Igreja, pastor, crentes...);
 Religioso auto-justificado (Is 64.6; At 10);
 Interferência de Espíritas, Testemunhas de Jeová , Mó rmons, etc (G1 6.3; 1 Co 8.1,2 At 13.8- 11);
 Doentes, desiludidos, angustiados (Jó 11.13-18; Rm 8.18, 31-39; Is 53; S1 103);
O Ensino Bíblico

 O ensinador deve estar familiarizado com o material que vai usar;


 Se o material a ser utilizado for preparado pela Igreja local, deve ser de boa qualidade e em lin-
guagem compreensível a pessoa que for receber o ensino (Ne 8.7,8);
 Cronograma de ensino resumido;
 Os ensinadores devem estar conscientes da necessidade de um bom espaço físico para o ensino.
LIÇÃO 07

COMO CRESCER NA VIDA CRISTÃ

"Edificando-vos na vossa fé santíssima" (Judas 20).

Neste nosso século vemos os homens vivendo e morrendo para adquirir bens materiais. Ao que parece,
uma febre de riqueza sem paralelos aflige a maioria, enquanto os valores espirituais sã o praticamente
ignorados. A verdadeira medida do sucesso na vida nã o é nem pode ser avaliada em dinheiro e com
certeza também nã o pode ser calculada com base nas realizaçõ es físicas e mentais. Em contraste
absoluto com esse critério, o verdadeiro e eterno equilíbrio na vida é encontrado no crescimento à
imagem de Cristo. Você descobrirá que este é um caminho desprezado, pois nã o existem vias rá pidas
que dêem acesso ao crescimento.

O homem foi feito para crescer e não para estacionar

Os apó stolos Pedro e Paulo também criam nesta verdade. Pedro desafia todos os cristã os: "Crescei na
graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18). O versículo anterior
contém uma grave advertência: "Acautelai-vos: não suceda que, arrastados pelos erros desses
insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza". Imediatamente apó s o aviso, vem a cura de Deus:
"Crescei na graça".

Romanos 8:29 encoraja os crentes a serem "conformes à imagem de seu Filho". Efésios 4:15 nos diz que
"cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo". Primeiro Tessalonicenses 3:12 nos desafia a
"crescer e aumentar".

VIDA: O PRIMEIRO PASSO DO CRESCIMENTO

As coisas mortas nã o podem crescer. Antes de haver crescimento espiritual, é preciso que haja vida
espiritual. Um poste fincado no chã o nã o cresce, mas uma pequenina semente germinará por si mesma.
Deixe cair uma pedra no solo mais fértil e anos depois o seu tamanho continuará o mesmo. Coloque uma
semente no solo e ela germinará , produzindo caule e flores. A diferença é clara: uma tem vida e a outra
nã o.

Esta vida pode ser imitada, mas a diferença é facilmente descoberta. Uma é real, a outra falsa. Uma é
natural, a outra mecâ nica. O cristal cresce de fora para dentro, pela adiçã o de novas partículas, enquanto
o organismo vivo cresce de dentro para fora. O cristal pode ser belo, mas nã o passa de um cristal e carece
da verdadeira vida para crescer. As coisas mortas podem acumular-se, mas nã o podem crescer.

A nã o ser que os homens e mulheres tenham a vida que vem do alto, as prá ticas religiosas e os ambientes
nada poderã o acrescentar-lhes. Na verdade, eles levam a pessoa a apoiar-se em uma falsa esperança,
assegurando ainda mais a certeza da sua condenaçã o. Para você que se decidiu por Cristo, a ordem
divina é esta: "cresça na graça". As pessoas a quem Pedro se dirige "nasceram de novo"; pois, lembre-
se, as coisas mortas nã o crescem.

PORQUE VOCÊ DEVE CRESCER

1. Por ser este o plano de Deus

Segunda Pedro 3:18 afirma: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo".

O Senhor disse a Moisés e Arã o: "Portanto vó s sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico 11:45). Jesus
também falou: "Portanto, sede vó s perfeitos (amadurecidas) como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mateus
5:48). Paulo, pregando aos filipenses, declarou: "Nã o que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a
perfeiçã o (amadurecimento completo); ...mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trá s
ficam e avançando para as que diante de mim estã o, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana
vocaçã o de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:12-14).

O crescimento nã o é produto de um sonho idealista, é plano de Deus. Devemos ceder ou perecer, pois
Deus nã o irá tolerar interferência contínua. Nã o somos sem pecado, pelo contrá rio, devemos pecar cada
vez menos.

2. É a lei da natureza

A natureza diz: "Cresça ou morrerá ". Uma á rvore gangrenada nã o produz novos brotos. Quando o corpo
pá ra de crescer, começa a morrer. Os dedos da natureza começam a operar, e continuam a agir até que a
morte nos reclame. A primeira lei da vida é expansã o! É crescer ou decair. Avançar ou regredir. Viver ou
morrer!

Sã o palavras de Jesus: "Todo ramo que, estando em mim, nã o der fruto, ele o corta: e todo o que dá fruto,
limpa, para que produza mais fruto ainda" (Joã o 15:2).

"Crescei na graça". A palavra "crescer" indica uma açã o continuada. Nã o há um tempo determinado de
parar de crescer. No mundo físico, quando nã o crescemos, é um mau indício: é sinal de doença. Qualquer
mã e ficaria justamente alarmada se dia apó s dia, semana apó s semana, seu bebê nã o mostrasse sinais de
crescimento. Um fazendeiro ficaria abalado se suas plantaçõ es nã o produzissem frutos para a colheita.

Gênesis 11:31 nos conta que Terá partiu para Canaã com seu filho Abraã o. O versículo 31 diz o seguinte:
"Foram até Harã , onde ficaram"; e o versículo 32: "E ... Terá . . . morreu em Harã ". Parece algumas vezes
que muitas pessoas hoje em dia estã o parando em Harã e morrendo ali. Nã o há tempo nem lugar onde
parar de crescer. O crescimento se conforma à lei da natureza e ao plano divino.

COMO CRESCER

1. Naturalmente

Jesus disse: "Considerai como crescem os lírios do campo: eles nã o trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos
afirmo que nem Salomã o, em toda a sua gló ria, se vestiu como qualquer deles" (Mateus 6:28-29).

Note a expressã o: "como crescem". Como crescem os lírios? Qual o segredo do seu crescimento? O lírio,
de acordo com o plano de Deus, simplesmente desenvolve a vida que tem em si. Nã o ordenamos a um
lírio que cresça; o seu crescimento é natural, espontâ neo. Ele nã o se aflige, nem trabalha, nem se esforça,
nem se estica; apenas cresce. O crescimento é natural e inevitá vel quando há vida, e com mais razã o
quando há vida divina.

O ambiente é um fator importante no processo do crescimento. Vejo uma bolota caída na calçada e sei
que ela jamais crescerá ; mas ponha a bolota no solo a que pertence e ela crescerá . Se arrancarmos uma
planta do solo e a colocarmos longe do sol, ela nã o vai crescer. Da mesma forma, nó s que recebemos a
Cristo precisamos habitar nEle se quisermos crescer e frutificar.

O filho de Deus deve manter um relacionamento reto com Ele. Devemos estar enraizados na Palavra de
Deus. Devemos ser aquecidos pelo Sol da Justiça. Devemos ser amigos dos filhos de Deus. Devemos
colaborar em todos os sentidos com o Jardineiro divino. Nã o permita que qualquer obstá culo fique entre
você e o seu Senhor. Mantenha os olhos fitos no "Autor e consumador da fé, Jesus" (Hebreus 12:2).
Iremos entã o frutificar, "a cem, a sessenta e a trinta por um" (Mateus 13:8).
A salvaçã o é apenas o começo daquilo que Deus quer fazer por você. Ele "é poderoso para fazer
infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos" (Efésios 3:20). O oceano ilimitado da
graça e da verdade está diante de cada cristã o. Que jamais nos contentemos com as conchas vazias
lançadas à praia, quando podemos arremessar-nos à s profundezas.

A Bíblia compara o cristã o a uma á rvore. Nossas raízes devem atravessar as camadas da verdade desde a
superfície e aprofundar-se até à s grandes rochas doutriná rias da salvaçã o eterna. Entã o, quando o
furacã o da ira de Deus tiver esmagado os hipó critas, lançando-os ao mar da destruiçã o, essas á rvores
enraizadas, plantadas por Deus, permanecerã o.

Como as á rvores, precisamos lançar para trá s a cabeça e olhar para Jesus a fim de encontrar refrigério.
Devemos estender nossos ramos e permitir que a sombra de nossa santa influência se faça sentir de
perto e de longe. Nossos galhos devem estar pesados de frutos. Esta é a promessa de Deus: "Ele
florescerá como o lírio, e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano. Estender-se-ã o os seus ramos, o
seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrâ ncia como a do Líbano. Os que se assentam de novo à
sua sombra voltarã o; serã o vivificados como o cereal, e florescerã o como a vide; a sua fama será como a
do vinho do Líbano (Oséias 14:5-7).

2. Comendo

Também crescemos comendo. Todas as coisas vivas comem, e aquilo que comemos afeta o nosso
crescimento. A Bíblia diz: "Comei o que é bom" (Isaías 55:2). Nã o há livro que faça você crescer como a
Bíblia.

Se colocá ssemos a seda mais cara sob a lente de um microscó pio, ela pareceria rude e manchada. A
pétala do lírio, debaixo da mesma lente, apresenta-se sem má cula. As vestes reais de Salomã o nã o
podiam comparar-se aos lírios selvagens de Deus. Mateus 6:28 nos fala para considerar "como crescem
os lírios do campo". E como crescem eles? As raízes filiformes do lírio penetram até os minerais e
praticam a seleçã o. Alguns minerais parecem bons, mas sã o na verdade venenosos. Estes ficam de lado.
Outros sã o necessá rios e aceitos. É justamente isto que devemos fazer para crescer na graça.

Existem coisas atraentes que sã o mortais ao crescimento. O apó stolo Pedro indica algumas coisas que
devem ser recusadas: "Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas, e
de toda sorte de maledicências". Outras devem ser recebidas: "desejai ardentemente, como crianças
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para
salvação" (1 Pedro 2:1-2). Isso significa que a Palavra de Deus é boa como alimento. O leite é um
alimento que foi digerido por outrem. Os cristã os pensam muitas vezes que a ú nica alimentaçã o de que
precisam é aquela que o pastor digeriu e apresenta nos domingos pela manhã . Isto nã o basta. "Examinais
as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e sã o elas mesmas que testificam de mim" (Joã o
5:39).

3. Respirando

O que a respiraçã o representa para o homem material, a oraçã o representa para o homem espiritual.
Nosso Salvador era homem de oraçã o. A atmosfera comum o sufocava, e Ele procurava entã o
freqü entemente comunhã o com Deus em lugares isolados da multidã o. Se Jesus, o Filho de Deus sem
pecado, achava importante orar, nó s, criaturas pecadoras, nã o podemos ousar viver sem a oraçã o.

Iremos realmente crescer se estivermos em comunhã o com Jesus Cristo. Esta é uma velha verdade, mas
continua vital. Devemos "orar sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17). Alguém disse: "A oraçã o é o
prefá cio do livro da vida cristã , o texto do sermã o da nova vida; é cingir-se com a armadura para a
batalha, é o preparo do peregrino para a jornada; e precisa ser acompanhada pela açã o, caso contrá rio,
de nada vale".
A oraçã o e o trabalho formam o conjunto invencível do Novo Testamento. As oraçõ es sinceras jamais sã o
mandadas de volta para casa.

4. Descansando

Era disto que Jesus falava quando perguntou: "Qual de vó s, por ansioso que esteja, pode acrescentar um
cô vado ao curso de sua vida?" (Mateus 6:27). A preocupaçã o nã o irá acrescentar nada à sua estatura
espiritual, nem um centímetro sequer.

A vida cristã não deve ser uma dependência nervosa de Deus, mas um repouso na palma de Sua
mão. Não vou crescer mediante esforços ingentes de minha parte, torcendo-me e esticando-me, mas
sim através da rendição total ao controle de Cristo.

Se houver vida e saú de no corpo físico, o crescimento será coisa natural e inevitá vel. O mesmo acontece
espiritualmente. Se nascemos de novo e somos cristã os fiéis, iremos desenvolver-nos naturalmente,
como o botã o do lírio. A Bíblia diz: "Descansa no Senhor e espera nele" (Salmo 37:7). "Por baixo de ti
estende os braços eternos" (Deuteronô mio 33:27). "Pois assim dá ele aos seus amados e sono" (Salmo
127:2). "O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na casa do
Senhor florescerã o nos á trios do nosso Deus. Na velhice darã o ainda frutos, serã o cheios de seiva e de
verdor" (Salmo 92:12-14).

5. Exercitando

A Bíblia dá muita ênfase ao trabalho. Mostre-me alguém que nã o trabalha e lhe mostrarei um fraco. Se
você trabalha assiduamente, comerá e dormirá bem. As pessoas se queixam muitas vezes de que não
são alimentadas espiritualmente, mas provavelmente não têm fome espiritual, e não sentem
apetite porque não estão trabalhando. Os tecidos frá geis exigem fortalecimento. Da mesma forma, os
que lutam no campo da lavoura do Senhor clamam pelo pã o da vida. Se um crente trabalhar com
sinceridade na vinha de Deus, ele crescerá na graça. Meu amigo, se você quiser realmente crescer,
comece a trabalhar. Pratique a verdade que conhece, e muitas outras coisas se esclarecerã o. Os braços do
lavrador ficam mais fortes devido ao trabalho contínuo. A criança cresce através do exercício. Devemos
crescer como crescem as crianças: vagarosa, mas continuamente: um pouco cada dia e muito em um ano.
No começo as pernas podem estar fracas, mas em breve poderemos andar sem cansar e correr sem
desmaiar. "Pois ao que tem se lhe dará " (Marcos 4:25). Jesus disse: "Meu Pai trabalha até agora, e eu
trabalho também" (Joã o 5:17).

Um bom exercício é testemunhar em relaçã o à nossa fé em Jesus Cristo. Jesus declarou distintamente:
"Sereis minhas testemunhas" (Atos 1:8). Uma testemunha é alguém que fala o que sabe. Depois de tudo o
mais ter sido dito e feito, nossa verdadeira justificativa para viver é prestar testemunho. Nã o permita
que se passe um dia sem que você tenha falado a alguém sobre Jesus Cristo. O testemunho mantém nossa
vida de oraçã o ativa e atualizada. Ele também nos anima a pesquisar as Escrituras em busca das
respostas a serem dadas à queles a quem você está testemunhando.

Amigo, você tem crescido desde a sua conversã o? Está glorificando mais a Deus esta semana do que na
semana passada? Está mais pró ximo do Salvador hoje do que no momento de sua decisã o? Você se
rejubila na Lei do Senhor e medita sobre ela dia e noite?

Com a ajuda de Deus, os cristã os podem ser como as á rvores plantadas ao longo dos rios, estendendo
seus ramos e produzindo fruto. Separados de Cristo, nã o passamos de refugo, sem qualquer esperança
de vida.

Gostaria de encorajar você a crescer, crescer, crescer, até aquele dia maravilhoso em que veremos a Ele e
seremos tal como Ele é!
Exercícios

1. Qual o primeiro passo necessá rio para o crescimento?

2. Cite três versículos que mostram que Deus quer que os cristã os cresçam.

3. Por que o estudo da Bíblia é comparado à alimentaçã o?

4. Com base na vida de Jesus dê exemplos da importâ ncia da oraçã o.

5. Qual o efeito que o testemunho pode ter sobre a nossa oraçã o e estudo bíblico?

6. Cite cinco sugestõ es para o crescimento.


LIÇÃO 08

HORA SILENCIOSA

Vivemos em um mundo ruidoso, que se move com grande rapidez!

A rapidez com que a maioria de nó s se movimenta é simplesmente aterradora. Mais do que nunca
precisamos calcular nosso tempo a fim de fazermos aquilo que é necessá rio. Devido à nossa atividade febril,
muitas coisas importantes se perdem na confusã o. Ficam por fazer.

Cada um de nó s precisa decidir quais as suas prioridades. Somos nó s que determinamos o que deve ter o
primeiro lugar em nossa vida: passar tempo com Deus ou fazendo qualquer outra coisa. Esta é uma decisã o
pessoal. Precisamos decidir o que é essencial e o que é secundá rio.

O QUE É A "HORA SILENCIOSA"?

A hora silenciosa do cristã o é aquela que ele passa com Deus Pai. Mais especificamente, é o tempo separado
cada dia para orar, meditar sobre a Palavra de Deus e estudá -la. É dessa hora silenciosa com Deus que
extraímos força, sabedoria e orientaçã o para nossa vida diá ria. Sem um devocional diá rio nó s nos tornamos
espiritualmente anêmicos, famintos e caímos facilmente nas garras do diabo.

D.L. Moody comentou certa vez: "Se eu conseguir que uma pessoa pense durante cinco minutos sobre a sua
alma, é quase certo que irá converter-se". Muita gente jamais deu sua vida a Cristo, não pelo fato de
nunca terem ouvido o Evangelho, mas porque nunca ficaram paradas o suficiente para ponderar sobre
a sua necessidade e permitir que o Evangelho faça sentido.

O cristã o conhece Jesus Cristo como seu Salvador; mas, a nã o ser que passe regularmente algum tempo em
silêncio e meditaçã o, refletindo sobre a Palavra de Deus, jamais poderá vir a conhecer Jesus melhor.

Os cristã os sã o hoje bombardeados pelas distraçõ es. Estou certo de que Sataná s faz uso de todos os seus
recursos a fim de evitar que possamos ter nossa hora silenciosa diante de Deus. A poluiçã o do ruído
prejudica a todos nó s. Os rá dios e as televisõ es ficam ligados o dia inteiro. Os telefones parecem tocar
incessantemente. Os automó veis e os aviõ es, as má quinas de toda espécie, nos tornam quase indiferentes à
beleza da tranqü ilidade.

Nossa sociedade mecanizada, com todos os seus dispositivos para poupar trabalho, está se tornando na
verdade cada vez mais confusa. Ao que parece, estamos sendo envolvidos em um torvelinho contínuo de
atividades. E quando finalmente pomos de lado alguns minutos para render culto, descobrimos que nossa
mente está cheia de coisas a fazer, lugares onde ir e pessoas com quem falar.

Muitos cristã os vivem dessa forma, parecendo jamais achar tempo para Deus e, como resultado, jamais
gozando da vida proveitosa e abundante que Cristo nos oferece.

A hora silenciosa nã o é apenas uma idéia sugestiva; ela é absolutamente necessá ria para o crescimento
espiritual. Assim como é mais fá cil resistir a um resfriado quando nossa saú de está boa, também é mais fá cil
resistir ao diabo quando estamos espiritualmente preparados.

Assim sendo, sem levar em conta quem você é: recém-convertido, cristã o antigo, leigo ou pastor, nã o poderá
esperar uma vida vitoriosa, se nã o tiver constâ ncia em sua hora silenciosa.

"Está bem", você diz, "concordo em que a hora silenciosa é importante, mas nã o consegui ainda arranjar
tempo para ela."
SUGESTÕES ÚTEIS

Como podemos ficar em silêncio e conhecer a Deus em meio à vida de grande tensã o que levamos em nossa
sociedade? Como separar um período de quietude? Estou dando algumas sugestõ es que foram ú teis em
minha vida pessoal:

Reconheça a importância de um período de tranqüilidade

É fá cil dizer que temos necessidade de comunhã o com Deus. O difícil é cumprir essas palavras. Jamais
poderemos ter êxito em qualquer empreendimento a menos que nos empenhemos em sua realizaçã o.

Pelo fato de acreditarmos que o alimento é necessá rio ao nosso bem-estar físico, comemos três vezes por
dia. Devemos alimentar-nos espiritualmente pela mesma razã o. Pedro nos disse: "desejai ardentemente,
como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento" (1
Pedro 2:2).

Martinho Lutero afirmou que "ser cristã o sem orar é tã o impossível quanto viver sem respirar". A
comunicaçã o com Jesus Cristo através da oraçã o e da Sua Palavra é o salva-vidas espiritual de cada crente.

O pró prio Jesus passou muito tempo em meditaçã o e oraçã o. Marcos 1:35 diz: "Tendo-se levantado alta
madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava". Se Jesus Cristo, que estava em perfeita harmonia
com Deus Pai, dirigia-se a um lugar isolado para orar, como podemos fazer menos do que Ele?

Cultive o hábito da hora silenciosa

Pedro nos desafia a "desejar" a Palavra de Deus (1 Pedro 2:2). Jeremias escreveu: "Achadas as tuas palavras,
logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coraçã o" (Jeremias 15:16).

"Como você come a Palavra?", Bem, o que acontece quando você ingere alimentos? Esse copo de leite branco
que você bebe se transforma em olhos azuis e cabelo louro. Os vegetais verdes que você come tornam-se
parte de sua pele branca, parda ou amarela. Em suma, o que você digere torna-se parte de seu corpo.O
mesmo acontece quando lemos e meditamos sobre a Palavra de Deus. Devemos digeri-la. Ela deve tornar-se
parte de nossa vida.

Devemos também desejar falar com Deus, estar com Ele em oraçã o. Como amo minha esposa, quero estar
com ela. Gosto de conversar com ela. Quando viajo, espero ansioso o momento em que posso falar-lhe pelo
telefone. Se amamos sinceramente a Jesus Cristo, devemos ter este mesmo desejo. Queremos estar em
contato com Ele. Ter comunhã o com Deus é algo maravilhoso. Mas, ainda mais maravilhoso é saber que o
Deus Todo-poderoso busca a nossa companhia. Joã o escreve: "porque sã o estes que o Pai procura para seus
adoradores" (Joã o 4:23).

Decida-se a manter sua hora silenciosa

Perseverar em manter um período de meditaçã o exige determinaçã o e disciplina. Procure evitar toda e
qualquer interrupçã o. Nã o permita que o telefone lhe roube o seu tempo com Deus. Arranje seus
compromissos de maneira que possa ficar a só s, completamente a só s com Deus, durante um período deter-
minado de tempo todos os dias.

O que é importante para você? Se quer parecer atraente, você fica o tempo necessá rio diante do espelho. Se
gosta de ler, provavelmente passa vá rias horas por dia lendo um livro. O trabalho secular e até mesmo o
trabalho da igreja ocupam o nosso tempo, pois estamos convencidos de sua importâ ncia.

Mas, e que dizer da nossa comunhã o com Deus? Se nã o separarmos algum tempo para isso todos os dias, nã o
é por sermos realmente muito ocupados, mas porque nã o achamos que é suficientemente importante.
Foi dito que John Wesley pregou mais de 44.000 sermõ es durante sua vida. Ele viajou a cavalo quase
500.000 quilô metros, escreveu livros de gramá tica e teologia em quatro línguas, mas sempre teve tempo
para a sua hora silenciosa. Enquanto ainda criança, Wesley decidiu dedicar uma hora todas as manhã s e
todas as noites ao estudo bíblico e oraçã o. E ele manteve sua promessa durante a vida inteira.

Talvez você tenha de negligenciar algumas coisas a fim de manter sua hora silenciosa com Deus. Devemos
fazer tempo para comungar com nosso Pai celestial. Nó s nos organizamos para tudo, por que entã o nã o nos
organizarmos para um momento de tranqü ilidade com Ele? É preciso disciplina para uma hora silenciosa,
fiel, proveitosa.

PONTOS PRÁTICOS PARA O ESTABELECIMENTO DE UMA HORA SILENCIOSA

Regularidade

Os cristã os da cidade de Beréia examinavam "as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato
assim" (Atos 17:11).

Procure encontrar-se com o Senhor na mesma hora e lugar todos os dias. Uma hora e lugar definidos irã o
ajudar muito para alcançar regularidade. Nã o tente fazer mais do que pode nos primeiros dias. Tentar
demasiado no início, pode levar ao desâ nimo e ao fracasso. É também melhor começar com quinze minutos
diá rios do que com algumas horas uma vez por semana. Decida-se a fazer apenas aquilo que realmente sente
que pode fazer cada dia.

Tranqüilidade

"Na tranqü ilidade e na confiança (está ) a vossa força" (Isaías 30:15). Faça da sua hora silenciosa um período
de calma. "Aquie-tai-vos e sabei que sou Deus" (Salmo 46:10). Um antigo regulamento naval diz o seguinte:
quando os navios reajustam a sua bú ssola, eles ancoram em um lugar calmo. Veja onde pode encontrar um
lugar calmo. Se nã o puder achá -lo, terá de fechar a mente para todas as possíveis distraçõ es ao seu redor.
Mais importante do que um lugar calmo é um espírito tranqü ilo. Mantenha-se receptivo para tudo o que
Deus pode dar-lhe.

Sistemática

"Receberam a palavra com toda avidez" (Atos 17:11). A hora escolhida para seu período de silêncio fica a seu
critério. Se você é como a maioria das pessoas, provavelmente sente-se mais disposto de manhã do que à
noite. Mas para poder encontrar-se com Deus regularmente pela manhã , é preciso que se deite a uma hora
razoá vel. É possível que tenha de estabelecer uma ordem para as suas prioridades.

A consistência exige fidelidade. O apó stolo Paulo escreveu: "O que se requer dos despenseiros é que cada um
deles seja encontrado fiel" (1 Coríntios 4:2). Cada um de nó s é um despenseiro. Temos vinte e quatro horas
por dia para usar como desejarmos. Como você está ocupando o seu tempo?

Quando a pessoa recebe Jesus Cristo como Salvador, torna-se membro da família de Deus. Deus se torna
nosso Pai celestial e nó s nos tornamos seus filhos. Todo bom pai deseja passar tempo com seus filhos. É
assim que podemos conhecer-nos uns aos outros. Quero sugerir que a hora silenciosa comece com uma
oraçã o, pedindo a bênçã o de Deus sobre esse período juntos. A oraçã o é a chave que abre os tesouros da
Palavra de Deus.

O período de oraçã o deve incluir louvor e agradecimento por tudo o que Deus está fazendo e fará . Ore pelos
seus entes queridos. Ore pelas outras pessoas e por si mesmo. Orar é um esplêndido privilégio. Depois de
orar, você desejará ler a Palavra de Deus. A mensagem especial que Ele tem para você. Arranje uma Bíblia
com tipos graú dos, fá ceis de ler. O tipo pequeno poderá desencorajá -lo.
A fó rmula do Senhor para o sucesso de Josué foi esta: "Nã o cesses de falar deste livro da lei; antes medita
nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; entã o fará s
prosperar o teu caminho e será s bem sucedido" (Josué 1:8).

Meditar é pensar com calma e profundamente sobre a grandiosidade e a bondade de Deus. Note as
promessas de Deus. Procure princípios de orientaçã o para a sua vida diá ria. Memorize um versículo
significativo. Nã o se apresse. Com regularidade, calma, sistema, medite sobre a palavra Escrita e a Palavra
viva.

Descanso

"Eu te darei descanso" (Ê xodo 33:14).

O descanso espiritual é um dom de Deus. Todavia, é da má xima importâ ncia que tenhamos repouso físico. É
difícil para o corpo deitar tarde e levantar cedo. Dormir tarde pode ser prejudicial para a hora silenciosa.

Esperança

"Ora, à quele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos,
conforme o seu poder que opera em nó s" (Efésios 3:20).

Lembre-se de que para ter uma hora silenciosa bem-sucedida, você deve esperar que Deus faça algo a seu
favor a cada dia. Ore esperando que Ele responda à s suas oraçõ es. Peça-lhe para abrir a sua mente e o seu
coraçã o para a plenitude do Senhor. Leia a Sua Palavra, esperando que Ele fale a você, a fim de satisfazer
uma necessidade específica em sua vida.

Você está precisando de poder? Sente como se alguma coisa estivesse faltando em sua experiência cristã ?
Por que entã o nã o decide em seu coraçã o que terá de hoje em diante uma hora silenciosa?

PERGUNTAS

1. O que é hora silenciosa?


2. Segundo Marcos 1:35, qual o exemplo de Jesus na hora silenciosa?
3. Como você relaciona Jeremias 15:16 a uma hora silenciosa?
4. Que parte desempenha a disciplina no desenvolvimento da hora silenciosa?
5. Cite alguns pontos prá ticos para a obtençã o de uma hora silenciosa.
LIÇÃO 09
O MUNDO E VOCÊ

"Nã o ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai nã o está
nele" (1 Joã o 2:15).
O Espírito Santo passa a habitar em você desde o momento de sua conversã o. Sua presença lhe assegura um
Guia vivo. Ele irá ajudá -lo na avaliaçã o de sua vida.
O verdadeiro cristã o é um tipo inesquecível que, dia apó s dia, se torna mais semelhante à pessoa mais
inesquecível que o mundo já conheceu. Naturalmente que estou falando de Jesus Cristo.
Viver como cristã o nã o é observar uma certa lista de "pode" ou outra ainda mais longa de "nã o pode". A vida
cristã é uma lealdade positiva a Jesus Cristo. É tornar-se tão envolvido com Ele que os valores e padrões
do mundo que nos cerca perdem sua influência.
Se você nasceu de novo, se confiou em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, experimentou entã o uma
transformaçã o maravilhosa. É uma nova criatura, com uma natureza completamente nova. Pertence a um
tipo novo e diferente de família. Como resultado, você possui agora uma concepçã o inteiramente mudada.
Durante a Idade Média, os Separatistas acreditavam que era impossível ter uma vida santa a nã o ser que se
isolassem do mundo que os cercava. A soluçã o que encontraram foi construir cidades muradas que os
isolassem da sociedade que tentavam deixar. Com o passar dos anos, porém, os mesmos males da civilizaçã o
voltavam a produzir-se entre eles e um novo começo se tornava necessá rio.
Escapar do mundo é realmente impossível. Nem devemos desejar isso. Deus nos quer no mundo com um
propó sito santo — sermos testemunhas de Jesus Cristo. Esta é a nossa ú nica justificativa para viver nesta
terra. E nã o podemos ser aquilo que Deus propositou, a nã o ser que permitamos que Ele nos mantenha
diferentes.
QUE É SEPARAÇÃO?
A Bíblia fala de separaçã o. Por exemplo, o apó stolo Paulo deu claras instruçõ es aos cristã os de Corinto para
que nã o se envolvessem com o mundo ao seu redor. "Nã o vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos",
escreveu ele em 2 Coríntios 6:14.
A cidade de Corinto era pecaminosa, da mesma forma como o é o nosso mundo de hoje. O pró prio termo
coríntios veio a tornar-se sinô nimo de conduta lasciva. Até mesmo a adoraçã o religiosa incluía prá ticas
imorais.
Cheio de preocupaçã o paternal, o apó stolo escreveu: "Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o
Senhor" (2 Coríntios 6:17). Estamos no mundo, mas certamente nã o somos do mundo.
Quando o apó stolo nos diz para nã o ficarmos sob o mesmo jugo dos incrédulos, ele está se referindo a
passagens como Deuteronô mio 22:9-11. Encontramos aqui o mandamento: "Nã o semeará s a tua vinha com
duas espécies de semente, para que nã o degenere o fruto da semente que semeaste e a messe da vinha. Nã o
lavraras com junta de boi e jumento. Nã o te vestiras de estofos de lã e linho juntamente".
O princípio aplicado neste ponto é simplesmente este: o que Deus juntou nã o devemos separar, e o que Ele
separou nã o devemos juntar. Por que a Bíblia proíbe o jugo desigual? Por ser inconveniente e injusto. O boi e
o asno eram diferentes em tamanho, temperamento e força. O boi era considerado limpo; o asno, impuro. O
jugo desigual teria provocado desconforto e dor em ambos. Colocá -los em uma mesma junta seria obter uma
parelha mal combinada. O grande estudioso grego, A. T. Robertson, traduz a passagem sobre o jugo desigual
desta forma: "Nã o se sujeite ao mesmo jugo dos nã o-convertidos".
J. Henry Jowett afirmou: "O mundanismo é um estado de espírito, uma disposição mental, e uma atitude
da alma. É uma vida com apelos elevados, despida de ideais superiores. Um olhar sempre horizontal e
nunca vertical".
O apó stolo Paulo chega ao fundo da questã o em Romanos 6:11: "Assim também vó s considerai-vos mortos
para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus". Esta é a resposta para a vitó ria cristã : Morra para o
mundo e viva para Deus. Enquanto nã o fizer isto, sua vida cristã será difícil e contraditó ria.
MANDAMENTOS DEFINIDOS PARA A SEPARAÇÃO
Mas, o que o cristã o deve ou nã o deve fazer? A Palavra de Deus inclui muitos mandamentos definidos. Certas
coisas sã o sempre corretas para os cristã os, enquanto outras sã o sempre incorretas.
É sempre certo ser motivado pelo amor a Deus e a um mundo necessitado, mas é sempre errado mentir,
enganar, ou ser dirigido por motivos maus.
Entre os claros mandamentos relativos ao bem e ao mal, existe uma zona neutra definida que à s vezes
apresenta problemas.
A Bíblia nã o diz "pode" ou "nã o pode" com respeito a certas questõ es. Nestes casos precisamos do Espírito
Santo para aplicar os princípios bíblicos.
No momento da conversão o Espírito Santo passa a habitar em você. A sua presença lhe assegura um
Guia vivo. Ele irá ajudá-lo a avaliar a sua vida de acordo com a vontade de Deus. Lembre-se sempre,
porém, que nossa natureza tem propensão para a falsidade. No caso de dú vida, é necessá rio pedir auxílio.
Precisamos da ajuda do Espírito Santo e temos necessidade de orar. Mas, quero também dar-lhes algumas
sugestõ es específicas.
ORIENTAÇÃO BÍBLICA PARA A SEPARAÇÃO
1. Tenha em mente o princípio de propriedade
Nó s, que cremos em Jesus Cristo, nos tornamos filhos de Deus. Somos duplamente d'Ele, na verdade, pois Ele
é nosso Criador e também nosso Redentor. Ele nos criou e a seguir nos comprou. Paulo pergunta em 1
Coríntios 6:19: "Acaso nã o sabeis que o vosso corpo é santuá rio do Espírito Santo que está em vó s, o qual
tendes da parte de Deus, e que nã o sois de vó s mesmos?"
Ele passa entã o a explicar: "Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso
corpo". Nã o pertencemos a nó s mesmos. Deus nos criou e remiu. Lembre-se sempre da orientaçã o sobre o
direito de propriedade.
2. Nossa conduta como cristãos deve ser governada pela consciência de nossa responsabilidade pelo
próximo
Devemos perguntar a nó s mesmos: "Como minha conduta afetará aos que me cercam? Minha influência é
positiva ou negativa?" Nã o se esqueça que o mundo sabe que o cristã o é diferente. Foi baseado neste
princípio que Paulo escreveu em 1 Coríntios 8:13: "E por isso, se a comida serve de escâ ndalo a meu irmã o,
nunca mais comerei carne, para que nã o venha a escandalizá -lo". O grande apó stolo estava decidido a ser um
bom exemplo para os demais.
A carne oferecida aos ídolos era provavelmente a mais fina que o dinheiro poderia comprar. Depois de feita a
sua oferta, ela podia ser comprada a baixo preço no mercado livre. Mas, se o fato de comer dessa carne
ofendia a outros, Paulo se recusaria a fazer isso. Devemos, pois, perguntar: "Como mi nha conduta afetará
outras pessoas?"
3. Tenha em mente o efeito que suas decisões terão sobre a sua própria pessoa
Este ponto tem como enfoque sua utilidade para Deus. Devemos perguntar-nos: "Meu envolvimento irá
tornar-me mais ú til para Deus, ou menos ú til? Posso pedir-Lhe que abençoe minha conduta?"
A aplicaçã o deste princípio feita por Paulo pode ser vista em 1 Coríntios 9:27, onde ele diz: "Mas esmurro o
meu corpo, e o reduzo à escravidã o, para que, tendo pregado a outros, nã o venha eu mesmo a ser
desqualificado". Jamais ignore a orientaçã o sobre o "eu". Qual o efeito que o meu envolvimento terá sobre a
minha eficá cia no serviço de Deus?
4. Tudo o que fizermos deverá ser sempre para a glória de Deus
Este é o teste principal. Pergunte sempre: "Posso fazer isto para a gló ria de Deus?" Ou, "O que Jesus Cristo
gostaria que eu fizesse?"
O grande apó stolo resume este princípio em 1 Coríntios 10:31: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais
outra cousa qualquer, fazei tudo para a gló ria de Deus". A gló ria de Deus deve ser nosso alvo supremo.
A Bíblia ajuda muito no discernimento da vontade de Deus nos pontos duvidosos. 1 Tessalonicenses 5:22
estabelece uma orientaçã o bá sica: "Abstende-vos de toda forma de mal".
Uma outra é encontrada em Romanos 12:2: "E nã o vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovaçã o da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradá vel e perfeita vontade de Deus".
Devemos nos transformar e não nos conformar.
A vontade de Deus é também mencionada em Galatas 1:4, que fala de Cristo "o qual se entregou a si mesmo
pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai".
Efésios 6:12 descreve nossa oposiçã o: "porque a nossa luta nã o é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiõ es celestes".
Tiago nos adverte em sua carta: "Infiéis, nã o compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?" E, a
seguir, acrescenta: "Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4).
O apó stolo Joã o, com seu modo manso, apresenta uma advertência semelhante em 1 Joã o 2:15: "Nã o ameis o
mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai nã o está nele".
A pessoa que se entrega por completo a Jesus Cristo nã o terá sérios problemas com o mundanismo. Possa
Deus ajudar você a decidir-se a viver vitoriosamente para Cristo neste mundo.
Paulo escreveu em Gaiatas 2:20: "Estou crucificado com Cristo; logo, já nã o sou eu quem vive, mas Cristo vive
em mim". Em aná lise final, esta experiência continuada de permitir que Cristo viva em nó s e através de nó s é
a maneira de viver como um verdadeiro cristã o.
Exercícios de Fixação
1. Quando Paulo nos diz em 2 Coríntios 6:14 para nã o nos colocarmos em jugo desigual com os incrédulos, a
que passagem do Velho Testamento ele se refere?
2. Por que Deus proíbe o jugo desigual em Deuteronô mio 22:10?
3. Quando a Bíblia nã o diz claramente se podemos ou nã o fazer alguma coisa, como podemos saber o que é
aceitá vel a Deus?
4. Cite quatro orientaçõ es para a separaçã o e os versículos bíblicos apropriados.
5. Por que Paulo disciplinava seu corpo?
6. Qual o teste principal?
LIÇÃO 10

VOCÊ E O ESPÍRITO SANTO

"No qual vó s também juntamente estais sendo edificados para habitaçã o de Deus no Espírito" (Efésios 2:22).

Todo cristã o deve apó iar-se no Espírito Santo porque isso é indispensá vel. Ele é o supremo Construtor na
edificaçã o de uma vida. Todavia, para muitos, o Espírito Santo é o Membro esquecido da Trindade. Seu
ministério ou é desconhecido ou ignorado, e portanto o Seu poder fica relegado ao esquecimento.

A grande diferença entre o cristianismo de hoje e aquele do qual lemos nestas cartas, é que para nó s é
primariamente seguir uma prá tica, enquanto que para eles era uma verdadeira experiência. Para estes
homens é manifestamente uma invasã o nas suas vidas, uma completa novidade de vida. Eles nã o receiam de
descrever isto, como sendo Cristo vivendo neles.

Através dos séculos houve vá rios exemplos de cristã os que, apesar de viverem vidas comuns, foram
transformados pelo poder do Espírito Santo em crentes vibrantes — testemunhas ativas e enérgicas de Jesus
Cristo.

Veja Pedro, por exemplo. Antes de o Espírito Santo passar a ter domínio sobre ele no dia de Pentecostes,
tinha sido um discípulo. Mas também tinha negado Jesus, tivera vergonha de tomar posiçã o ao lado de Jesus.
Mas quando o Espírito Santo apossou-se de Pedro, ele modificou-se. Uma fantá stica mudança operou-se nele,
e começou a pregar poderosamente o Evangelho de Jesus Cristo.

Todo crente deve compreender que o Espírito Santo habita em seu interior e que está disposto e esperando
para ser nosso Guia e Colaborador. A conversã o a Jesus Cristo começou em nó s com o poder regenerador do
Espírito Santo, e ela continuará e será consumada mediante o poder de Sua ressurreiçã o.

O ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO

Na época do Velho Testamento o Espírito de Deus agia, mas aparentemente de maneira limitada. Por
exemplo, Ele estava presente na criaçã o, pois as Escrituras dizem: "e o Espírito de Deus pairava por sobre as
á guas" (Gênesis 1:2). Lemos sobre Sansã o: "Entã o o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele..."
(Juizes 14:6). Dizia-se também de alguns homens que possuíam o Espírito de Deus. Por exemplo, Josué:
"Disse o Senhor a Moisés: Toma a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõ e-lhe a mã o"
(Nú meros 27:18). O Velho Testamento contém pelo menos oitenta e oito referências ao Espírito Santo. Essas
referências parecem mostrar que o Espírito Santo descia para realizar uma determinada tarefa e retirava-se
depois dela estar completa. No Novo Testamento o relacionamento com o Espírito é constante e permanente.

O Espírito de Deus foi o Espírito de convicçã o quando o pecado mostrou os seus efeitos desde a Queda até ao
Dilú vio; Ele foi um Espírito administrador ao distribuir as funçõ es quando o povo de Deus estava sendo
organizado em naçã o; foi um Espírito de força quando o povo lutava pela terra, e expulsava os que tinham
pecado gravemente; e veio a ser um Espírito de esperança quando o povo escolhido passou a uma condiçã o
de apostasia e de peregrinaçã o. Ele iluminou o horizonte com o brilho do novo dia.

O ESPÍRITO SANTO COMO PROMETIDO POR JESUS

Nã o há dú vidas de que o Espírito de Deus estava em atividade no Velho Testamento; todavia, Jesus prometeu
que o Espírito Santo viria de modo diferente do que já o fizera antes. De fato, Jesus afirmou que seria melhor
ou mais conveniente, para os discípulos que Ele fosse embora, pois se nã o o fizesse, o Espírito nã o viria (Joã o
16:7).
O apó stolo Joã o confirmou isto quando disse que o Espírito Santo até aquele momento nã o fora dado,
"porque Jesus nã o havia sido ainda glorificado" (Joã o 7:39). Esta passagem mostra claramente que o Espírito
Santo deveria vir e atuar de um modo diferente do que o fizera antes. O cumprimento desta promessa teve
lugar no dia de Pentecostes.

No primeiro capítulo do livro de Atos, os discípulos receberam ordem para aguardar a chegada do Espírito
Santo. O segundo capítulo conta a emocionante histó ria de Sua chegada (Atos 2:1-4). Desde aquele dia até
hoje, o Espírito Santo nunca mais nos deixou. Ele tem estado com a Igreja desde entã o. Ele é freqü entemente
entristecido por causa da descrença, mas jamais se ausenta. O dia de Pentecostes marcou a vinda do Espírito
de uma nova forma, a fim de viver no corpo terreno de todos os crentes.

O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

O Espírito Santo possui todas as características de uma pessoa. Ele tem inteligência e vontade. Possui
emoçõ es. Nã o é apenas uma força vaga. Nã o é uma energia ou poder impessoal como a eletricidade ou a
gravidade.

O Espírito Santo é também nosso Mestre. "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará ... e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Joã o 14:26).

O Espírito Santo nos dá a segurança da salvaçã o pessoal. Em Romanos 8:16 lemos: "O pró prio Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". O Espírito Santo harmoniza-se com o nosso espírito
se estivermos em comunhã o com Deus.

Novamente em Joã o 16, Jesus ensinou que o Espírito Santo convence os homens do pecado. Quando o
Espírito Santo vier, disse Jesus: "convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (v. 8).

O Espírito Santo nos ensina, nos fortalece e testemunha . em nosso interior. O Espírito Santo tem, na verdade,
características e funçõ es especiais. A Bíblia ensina claramente que Ele é uma pessoa.

O ESPÍRITO SANTO HABITA EM TODOS OS CRENTES

A Bíblia ensina com toda clareza que o Espírito Santo habita em todo crente. Que surpreendente verdade!
Pense nisso — Deus, o Espírito Santo, habitando em cada cristã o!

Paulo escreveu aos coríntios carnais: "Nã o sabeis que sois santuá rio de Deus, e que o Espírito de Deus habita
em vó s?" (1 Coríntios 3:16). Apesar da carnalidade deles, eles continuavam sendo a habitaçã o do Espírito
Santo!

Em tempos idos, Deus habitou no Taberná culo e mais tarde no Templo. Você pode perguntar: "Onde Ele
habita agora?" A Bíblia diz: "em vó s". "Cristo em vó s, a esperança da gló ria" (Colossenses 1:27). Quer você
tenha oito ou oitenta anos de idade, no momento em que recebe a Cristo, o Espírito Santo passa a habitar em
seu corpo físico.

A palavra habitar tem um belíssimo significado, ela quer dizer estabelecer-se e viver, como você o faria em
uma casa. O Espírito Santo é um Hó spede pessoal e permanente. Ele está conosco e em nó s todo o tempo.

Como um Residente vivo no interior do crente, o Espírito Santo nos dá forças para substituir nossa fraqueza.
Ele nos guia no entendimento da Palavra de Deus e da Sua vontade. Ele nos ajuda a orar. Ele nos capacita a
servir. Ele nos consola quando tristes. Ele é o Consolador, o Enviado para nos assistir em tudo.

Quando você recebeu a Cristo aconteceram mais coisas do que pode imaginar. Em primeiro lugar, você
recebeu o perdã o dos seus pecados. Segundo, você imediatamente se tornou membro da grande família de
Deus. Terceiro, você foi selado com o Espírito Santo. Paulo disse: "Em quem também vó s, depois que ouvistes
a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvaçã o, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo
Espírito da promessa" (Efésios 1:13). Isto fala da propriedade divina.

Paulo continua: "Porque o santuá rio de Deus, que sois vó s, é sagrado" (1 Coríntios 3:17). Paulo está
simplesmente dizendo que nossas vidas devem ser santas. Lembre-se sempre, Ele é o Espírito Santo, e exige
pureza em nossa vida. A Bíblia diz: "Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne"
(Gaiatas 5:16).

O ESPÍRITO SANTO E A LUTA A NOSSA FRENTE

Existe um conflito no íntimo de cada cristã o. O apó stolo nos dá um exemplo disto em Romanos 7. Apesar do
crente ter sido plenamente perdoado, ele logo descobre que o pecado ainda age em seu íntimo. Mesmo que
sejamos transformados por causa de nossa conversã o, nã o somos ainda tudo aquilo que seremos um dia. O
pecado continua a atuar em nó s, e o resultado é uma batalha entre a "nova natureza" com todos os seus
novos ideais e aspiraçõ es, e a "velha natureza" com seus desejos e expectativas.

Há um meio de fuga? Devemos ser vítimas de nossa natureza pecaminosa, ou poderemos sair vencedores?
Que alegria é saber que a vitória é absolutamente possível! Está ao alcance de todos.

Primeiro, para vencer você precisa sujeitar sua vida a Jesus Cristo e recebê-lo como Salvador. Alguém disse:
"Se quiser dominar a tentaçã o, é necessá rio primeiro permitir que Cristo domine você".

O homem é, desde a queda no É den, como um reló gio cuja corda principal se quebrou. Ele precisa ser
totalmente reformado por dentro, mas o conserto é feito por alguém que está do lado de fora. Ele nã o pode
consertar-se a si mesmo. Os homens e mulheres de hoje também precisam ser refeitos por alguém. Esse
alguém é Jesus Cristo, o Redentor da alma e da natureza do homem. Ele ama você, morreu por você, e quer
que você se aproxime dEle com espírito de arrependimento e fé. A salvaçã o é o primeiro passo para vencer a
tentaçã o.

Segundo, ao crente — ao filho de Deus — é dado o privilégio de orar para vencer a tentaçã o. Tiago afirma:
"Se, porém, algum de vó s necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tiago 1:5).

Você precisa de ajuda para superar sua fraqueza? Peça isso a Deus! Precisa libertar-se do poder e da tentaçã o
do pecado? Peça a Deus! Só Ele pode livrá -lo. Muitas vezes clamei: "Senhor, ajuda-me", e o livramento de
Deus sobreveio.

A Palavra de Deus proclama que "nã o vos sobreveio tentaçã o que nã o fosse humana; mas Deus é fiel, e nã o
permitirá que sejais tentados além das vossas forças, pelo contrá rio, juntamente com a tentaçã o, vos provera
livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13).

D.L. Moody comentou: "Quando os cristã os caem em tentaçã o, devem orar pedindo ajuda a Deus, e quando
tentados nã o devem desanimar. Nã o se peca ao ser tentado, mas o pecado está no cair em tentaçã o".

Terceiro, aplique a Palavra de Deus. Jesus expulsou Sataná s, citando as Escrituras. Ele disse: "Está escrito", e
nó s devemos fortalecer-nos da mesma forma com a Palavra de Deus. Quarto, submeta-se ao Espírito Santo
que habita em seu interior. Quando uma gota d'á gua cai sobre uma chapa quente, ela na verdade nã o toca a
chapa, mas repousa sobre uma leve camada de ar muito quente. O calor supera a gravidade e sustenta a gota
até que se evapore. O filho de Deus que é dirigido pelo Espírito Santo pode ser tentado, mas nã o destruído,
pois ele'tem a promessa do Senhor: "Porque maior é aquele que está em vó s do que aquele que está no
mundo" (1 Joã o 4:4).

Em sua hora de provaçã o, lembre-se de -que Deus é fiel. Ele conhece a sua capacidade. Ele lhe dará toda força
necessá ria para vencer a tentaçã o, ou provera um meio de você se libertar dela.
O segredo da vitó ria na vida cristã é a habitação do Espírito Santo. Permita que Ele tenha controle absoluto
sobre você.

O ESPÍRITO SANTO CAPACITA PARA O SERVIÇO

A.C. Dixon costumava dizer: "Quando confiamos na organizaçã o, obtemos aquilo que ela pode dar. Quando
nos apoiamos na educaçã o, usufruímos os seus resultados. Quando fazemos uso da eloqü ência, obtemos os
frutos da eloqü ência. Mas quando nos apoiamos no Espírito Santo, alcançamos aquilo que Deus pode
conceder"'.

O poder está ao alcance de todos os que crêem. Nosso Senhor declarou ao partir: "Mas recebereis poder, ao
descer sobre vó s o Espírito Santo" (Atos 1:8).

Ouvi há pouco tempo uma histó ria verídica sobre um homem que se esforçava por manter em ordem o
gramado de seu jardim, mas finalmente chegara à conclusã o de que nã o valia a pena perder tempo com
aquilo. Decidiu comprar um desses cortadores de grama modernos, que sem dú vida iria libertá -lo de uma
vez por todas de sua dor de cabeça dos sá bados à tarde.

E fez exatamente isso. Quando chegou o dia da entrega, o encarregado mostrou-lhe como operar o cortador,
explicando-lhe todos os controles e também avisando-o que o aparelho já estava abastecido de gasolina e
ó leo.

O homem nã o via a hora de poder experimentar o cortador novo. Tã o logo o entregador saiu, ele pulou no
assento e virou a chave, mas nã o aconteceu nada. O motor nã o funcionou, nã o se ouviu qualquer ruído, nada!

Sua primeira reaçã o foi verificar a gasolina e o ó leo. Estavam em ordem. Depois examinou a chave, voltando-
a de um lado para o outro. Ainda nada! Finalmente achou que, apesar do cortador ser completamente novo, a
bateria devia estar descarregada. Levou-a entã o até o posto de serviço mais pró ximo e deu-lhe uma carga.
Voltou para casa, virou a chave — e novamente, nada!

Quando estava a ponto de desistir, o vizinho do lado aproximou-se e lhe perguntou qual era o problema.
Depois de ouvir toda a histó ria, o vizinho subiu no cortador, virou a chave, apertou o botã o de partida e
imediatamente o motor funcionou.

O homem ficou simplesmente arrasado! Pensar que tivera tanto trabalho só porque nã o tinha apertado o
botã o de partida. ..

Você pode dizer: "é uma coisa tã o simples!" e está absolutamente certo. Mas o papel que o botã o de partida
representava para aquele cortador, o Espírito Santo representa na vida do crente! Da mesma forma que a
má quina necessitava entrar em contato com a energia para funcionar, nó s precisamos do poder do Espírito
Santo para servir com êxito na vida cristã .

À medida que dependemos do Espírito Santo, seremos capacitados para viver acima do mundo, da carne e do
diabo. Fazendo uso de nossas pró prias forças, com certeza cairemos, "mas, se pelo Espírito mortificardes os
feitos do corpo, certamente vivereis" (Romanos 8:13). O Espírito Santo é nossa fonte de poder.

UMA PALAVRA DE AVISO

Devemos lembrar-nos sempre que o Espírito Santo pode ser entristecido através de uma vida negligente.
Paulo adverte: "E nã o entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redençã o" (Efésios
4:30). A palavra "entristecer" significa "causar sofrimento". Como você se sentiria se fosse obrigado a viver
com alguém que estivesse sempre entristecendo o seu coraçã o pela sua conduta? Nã o entristeça ou apague o
Espírito Santo: pelo contrá rio, "enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18).
O abençoado Espírito Santo é nosso Ajudador hoje, amanhã e para sempre. Escancare as janelas de sua vida, e
Ele irá enchê-la com a Sua presença.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Descreva em suas pró prias palavras a diferença entre a obra do Espírito Santo antes e depois de
Pentecostes.

2. Por que era melhor para Jesus subir aos céus?

3. Como você pode mostrar que o Espírito Santo é uma pessoa?

4. Quando o Espírito Santo habita no crente e por quanto tempo?

5. Por que os que crêem em Cristo continuam tendo conflitos íntimos?

6. Cite algumas das coisas que o Espírito Santo faz para nó s.


LIÇÃO 11

OS HOMENS QUE DEUS PROCURA

Qualquer processo humano de seleçã o apresenta defeitos, até fracassos ocasionais. Em assuntos de
importâ ncia eterna, a descoberta e a seleçã o do melhor líder para uma igreja ou uma organizaçã o pode ser
um trabalho agonizante e paralisador. O desafio desta liçã o tem como foco os importantes passos no
processo de seleçã o e nas características e personalidades que devem ser procuradas em um líder.

Procurando um Homem com o Coração de Deus

O primeiro passo concentra-se na oraçã o. Em oraçã o, uma pessoa espera em Deus para indicá -la quem ama
ao Senhor e verdadeiramente deseja uma vida de intimidade com ele. Da multidã o de discípulos que
seguiram Jesus foi importante selecionar doze para aprender com ele e sair para pregar (Mc 3.14). Jesus
investiu uma noite inteira em oraçã o antes de escolher os doze homens que se tornariam apó stolos (Lc
6.12).

Procurando um Homem Aprovado

Se um líder causou problemas em sua posiçã o anterior, somente uma evidência muito forte, indicando uma
mudança para melhor, será o sinal de uma boa escolha. Uma pessoa pode ser considerada aprovada se:

 Se ele demonstrar certa habilidade em convencer pessoas a considerarem Cristo.


 Se ele for bem sucedido em trazer um grupo de pessoas para regularmente adorar a Deus e ouvir a
sua Palavra.
 Se servir como assistente de um pastor.
Observe as vantagens que esse método de seleçã o tem sobre a forma normalmente utilizada para escolha de
líderes para uma igreja ou uma organizaçã o cristã .

A. É bíblico. Note que o candidato de Paulo para o ministério nã o pode ser um novo convertido. Ele
precisa ser de boa reputaçã o (1 Tm 3.6-7). Paulo revelou uma atitude semelhante quando afirmou
sua pró pria filosofia de ministério: "[...] O qual nó s anunciamos, advertindo a todo homem e
ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em
Cristo" (Cl 1.28).
B. É prático. A sabedoria demanda que um líder seja maduro, e nã o infantil. Isso significa que a
elasticidade emocional substitui a infantilidade emocional de altos e baixos. Examine a histó ria de
Saul outra vez e note a evidência clara de uma personalidade despreparada de experiência e de
maturidade para governar a naçã o. A maneira que ele explicou a sua desobediência (1 Sm 15.15)
demonstra claramente um raciocínio de ordem emocional, carente de princípios.
C. É previsível. Um líder desaprovado pode conduzir uma igreja ou urna naçã o ao caos porque
ninguém sabe como ele usará o poder que controla. "Poder tende a corromper; poder absoluto
corrompe completamente" é mais que um slogan. A histó ria mostra quã o rapidamente os ideais da
Igreja ou da naçã o sã o desviados do propó sito original dos fundadores quando seus líderes nã o
abraçam os mesmos princípios.

Procurando um Homem Disponível

A habilidade e o talento valem muito pouco para os líderes que nã o estã o disponíveis, dispostos e prontos a
servir. Paulo mencionou este primeiro passo: "Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente
obra almeja" (1Tm 3.1). Paulo certamente conhecia líderes que queriam a funçã o ou o título, mas que
estavam pouco preparados para o serviço. Timó teo era excepcional, como a carta de Paulo aos filipenses
pode confirmar. Em seu desejo de mandar alguém para ministrar e aconselhar a igreja, Timó teo sobressaiu-
se como a escolha ó bvia, pois ele nã o tinha empecilhos com preocupaçõ es irrelevantes. "Porque a ninguém
tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é
seu pró prio, nã o o que é de Cristo Jesus" (Fp 2.20¬21). Além do mais, Paulo exortou Timó teo para escolher
homens que continuassem na obra de Deus em É feso, e que fossem como soldados que cuidadosamente
evitam se envolver nas questõ es civis. Do contrá rio, ele desagradaria aquele que o alistou (2Tm 2.4).

O serviço para Deus exige a diligência e a vontade séria para ser aprovado pelo Senhor Será que Pedro nã o
tratou deste mesmo assunto? "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vó s, nã o por constrangimento, mas
espontaneamente, como Deus quer; nem por só rdida ganâ ncia, mas de boa vontade" (1Pe 5.2).

A importâ ncia da disponibilidade e da disposiçã o de se trabalhar para Deus pode ser mais claramente vista
nas exigências que Jesus colocou sobre um homem que ele chamara para segui-lo. "Permite-me ir primeiro
sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus pró prios mortos" (Lc 9.59-60). Para
outro candidato que se oferecera seguir Jesus depois de despedir-se de sua família, Jesus disse: "Ninguém
que, tendo posto a mã o no arado, olha para trá s é apto para o reino de Deus" (vv.61¬62). Grandes
recompensas estã o reservadas para aqueles que deixam casas, famílias e campos para trabalhar para Deus
(Mc 10.29-30). Esse é o tipo de desprendimento que bons líderes necessitam. Quando olhamos o sucesso
extraordiná rio que Jesus atingiu através de homens que ele escolhera, vemos a verdade nesta definiçã o: "Um
líder é uma pessoa comum com uma determinaçã o extraordiná ria".

Procurando um Homem Que é Disposto a Ensinar e a Aprender

A liderança exige o conhecimento e o treinamento. Paulo usa a frase: "apto para ensinar" (1Tm 3.2). A
habilidade para ensinar depende do desejo contínuo de aprender. Uma pessoa nunca deve dizer que já
aprendeu, como se nã o precisasse mais crescer em entendimento. Depois de 80 anos de aprendizado na
escola de Deus, o Senhor prometeu a Moisés: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que
há s de falar" (Ex 4.12).

É tã o comum ouvir em nossos dias mensagens que apresentam pouca profundidade e reflexã o e raro
interesse em expor o sentido verdadeiro do texto bíblico. Porque a vida é dinâ mica e o assunto muda
constantemente, a liderança eficaz exige o crescimento e a adaptaçã o constante.

A abertura para novas idéias significa que um líder tem um ouvido pronto para ouvir. Uma pessoa que
arrogantemente crê que sabe muito mais do que seus seguidores, e que estudo é uma perda de tempo,
encontrará desafios em sua liderança. A confiança que seus seguidores precisam manter será desgastada.
Sua habilidade de efetuar mudanças nas vidas de outras pessoas será dissipada.

A seleçã o do líder da naçã o ou da igreja local, muitas vezes, será a decisã o de maior importâ ncia que um
grupo tomará . É o líder escolhido que determina o passo da organizaçã o, que direciona o rumo que ela
seguirá . Muita reflexã o e oraçã o sã o os mínimos necessá rios que precisam ser investidos na escolha de um
homem de Deus.

Procurando um Homem Perseverante

A persistência vem com a firmeza das convicçõ es que uma pessoa mantém. O percurso que ela escolhe é o
escolhido por Deus. Esse percurso é mais digno do que qualquer outro.
Alguns dos heró is do Antigo Testamento demonstraram incrível persistência. Considere José durante o que
parecia interminá veis anos na prisã o. Moisés esperou quarenta anos na península do Sinai, pelo tempo de
Deus, para livrar o seu povo. Samuel começou mais jovem do que qualquer outro homem de Deus a discernir
a voz do Senhor. Ele permaneceu fiel até o ú ltimo instante de sua vida. Começar bem é bom, mas terminar
bem é muito melhor.
Foi dito que John Wesley pregou cerca de 40.000 vezes. Ele andou a cavalo por volta de 400.000
quilô metros. Nã o é de nos surpreender que ele foi sozinho o homem que mais influenciou a Inglaterra em
sua geraçã o. Ele tinha persistência. Trabalhou incansavelmente para conquistar homens e mulheres para
Cristo. Inspirou seguidores que tornaram o metodismo uma força poderosa para Deus que permanece até
hoje. Deus o usou de forma poderosa porque ele nã o desistiu.

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