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Eletrônica Digital
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1 – Introdução
O número finito de valores num sinal digital pode ser representado por um vetor
de sinais com apenas dois valores, sinais binários. Por exemplo, os dez
algarismos do sistema decimal podem ser representados pelos seguintes valores
em binário:
Dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Valor
0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001
binário
Os sinais digitais são bastante insensíveis a variações nos valores dos parâmetros
dos componentes e ao ruído elétrico, uma vez que são constituídos de dois
estados bem definidos, na maioria dos casos 0 V para o estado lógico zero e 5 V
para o estado lógico um;
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operar. Desde então, um extraordinário progresso foi feito em todos estes aspectos,
tornando o computador indispensável em quase todos os campos da sociedade moderna,
tornando-se um instrumento indispensável em tal sociedade.
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amplitude de cada amostra pode ser tomada com valores em uma faixa contínua, sobre o
eixo v(t), o sinal da Figura 2 é ainda um sinal analógico.
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em sistemas binários necessitam apenas de dois níveis de tensão, denominados alto e
baixo, de acordo com a tabela a seguir:
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TTL – Transistor-Transistor-Logic, se referem aos circuitos integrados digitais compostos por transistores onde os níveis de tensão
permitidos são 0 V e +5 V, para os níveis lógicos zero e um, respectivamente.
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2 – Sistemas de numeração
“Alfabeto” = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
“Alfabeto” = {0, 1}
“Alfabeto” = {0, 1, 2, 4, 5, 6, 7}
“Alfabeto” = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F}
– Mudança de base
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Transformação de decimal, base 10, para uma base qualquer:
Deve-se dividir o inteiro decimal repetidamente pela nova base, para a qual se
deseja a transformação. A cada divisão deve-se guardar o resto, que será o dígito
correspondente do alfabeto da nova base. A divisão deve ser interrompida quando o
quociente inteiro for menor que o divisor. O último quociente e os restos de cada
divisão, tomados no sentido do último para o primeiro, representam o número
transformado, de acordo com os exemplos abaixo:
Exemplo 5 – Decimal para base 16: Transformar (2798)10 para a base 16.
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e efetuar as somas dos números obtidos para obter o número na base decimal. Alguns
exemplos são apresentados a seguir:
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3 – Álgebra de Boole
Y f (a,b, c) a b b c
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Interruptor normalmente aberto, ou NA – No estado natural, ou seja, sem
atuação o mesmo mantém o circuito aberto não permitindo a passagem de
corrente. Quando acionado fecha o circuito permitindo a passagem da
corrente;
– Tabela verdade
Para uma função Y = f (a,b, ...) a tabela verdade é um quadro formado por tantas
colunas quantas são as variáveis binárias independentes, as entradas (a, b, …), e uma
última coluna correspondente à variável binária dependente, a saída, Y.
O número de linhas de uma tabela verdade é dado por 2N, onde N é o número de
variáveis binárias independentes, entradas, garantindo assim todas as combinações
possíveis destas variáveis.
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– Função igualdade
a Y
Y (a) a 0 0
1 1
– Função OU (“OR”)
a b Y
0 0 0
Y (a, b) a b 0 1 1
1 0 1
1 1 1
– Função E (“AND”)
a b Y
0 0 0
Y (a, b) a b 0 1 0
1 0 0
1 1 1
a Y
Y (a) a 0 1
1 0
a b Y
0 0 1
Y (a, b) a b 0 1 1
1 0 1
1 1 0
a b Y
0 0 1
Y (a, b) a b
0 1 0
1 0 0
1 1 0
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– Função OU-EXCLUSIVO (“XOR”)
a b Y
0 0 0
Y (a, b) a b a b 0 1 1
1 0 1
1 1 0
Este circuito integrado é composto por 4 portas OU (“OR”), sua aparência física e a disposição
das portas no interior do mesmo são apresentados na
Figura 6.
Este circuito integrado é composto por 4 portas E (“AND”), sua aparência física e a disposição
das portas no interior do mesmo são apresentados na
Figura 7.
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Figura 7 - Circuito integrado SN74LS08.
– Circuito integrado SN74LS04
Este circuito integrado é composto por 4 portas NÃO-E (“NAND), sua aparência
física e a disposição das portas no interior do mesmo são apresentados na Figura 9.
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Figura 10 - Circuito integrado SN74LS02.
Somas
Y (a, b
b, c) (a b c) (a b c) (a b c)
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Produtos
Uma função lógica binária Y (a, b,...) é dita estar representada na 2ª forma
canônica se Y estiver escrita como produto de somas, nos quais aparecem todas as
variáveis binárias em cada um dos termos, denominados MAXTERMOS, que
constituem a expressão, em forma direta ou negada, como apresentado a seguir:
Produtos
Y (a, b, c) (a b c) (a b c) (a b c)
Somas
Para obter a função lógica nas suas formas canôni cas diretamente da tabela de
verdade basta seguir as regras descritas abaixo:
a b c Y
Linha 1 0 0 0 1
Linha 2 0 0 1 0
Linha 3 0 1 0 0
Linha 4 0 1 1 0
Linha 5 1 0 0 0
Linha 6 1 0 1 1
Linha 7 1 1 0 1
Linha 8 1 1 1 0
Y (a, b, c) (a b c) (a b c) (a b c)
Y (a, b, c) (a b c) (a b c) (a b c) (a b c) (a b c)
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A simplificação de funções lógicas Booleanas é importante, pois, através de uma
expressão mais simples o circuito utilizado para representar esta função também se
torna mais simples, utilizando, conseqüentemente, um menor número de componentes.
É importante ressaltar, que quanto menor for o número de componentes utilizados,
menor será o custo final do circuito e menor será o atraso entre o sinal de entrada e a
saída. Portanto, formas simplificadas para os circuitos são sempre utilizadas para
obtenção do produto final, aumentando a eficiência do mesmo, reduzindo custos e
tempo de produção.
Este método é relativamente simples e eficaz até quatro variáveis, acima disto,
embora este método possa ser utilizado, é pouco prático.
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Figura 12 – Montagem do mapa de Karnaugh.
2) Formar os grupos de células ocupadas por “1”, estes grupos devem conter o
maior número possível de células, desde que este número seja sempre uma
potência de 2, por exemplo, só é permitida a formação de grupos que tenham
1, 2, 4, 8, 16, 32,... elementos;
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7) A cada grupo de “1” corresponde um termo da expressão final;
a b c d Y
0 0 0 0 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
0 1 1 1 0
1 0 0 0 0
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
Y (a, b, c, d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d )
Y (a, b, c, d ) (b c d ) (a c d ) (a b d )
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2) Formar os grupos de células logicamente adjacentes ocupadas por “0”, estes
grupos devem conter o maior número possível de células logicamente
adjacentes, desde que este número seja sempre uma potência de 2, por
exemplo, só é permitida a formação de grupos que tenham 1, 2, 4, 8, 16,
32,... elementos;
Y (a, b, c, d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d )
(a b c d ) (a b c d ) (a b c d ) (a b c d )
(a b c d ) (a b c d ) (a b c d )
Y (a, b, c, d ) (a b) (a c d ) (a b c) (a c d ) (a c d )
Portanto, pode-se concluir através dos exemplos acima que a simplificação pela
1ª forma levou a uma expressão mais simples e conseqüentemente a um circuito com
um menor número de componentes para implementar a mesma função lógica.
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4 – Diagramas de tempo de circuitos digitais
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Figura 15 - Diagrama de tempo para uma porta "E" ("AND").
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8 – Circuitos seqüenciais
8.1 – “Latches”
– O “Latch” RS
O “latch” RS é o mais simples, ele pode ser construído com o uso de duas portas
NOR de 2 entradas cada, conectadas conforme mostra a Figura 16. Note que há duas
entradas, chamadas R e S, e duas saídas, Q e Q . Note também que existe uma conexão
entre a saída Q e uma das entrada da NOR 2. Existe também uma conexão entre a saída
Q e uma das entradas da NOR 1. Conexões entre saída e entrada são denominadas
realimentações, e no caso de circuitos digitais, são responsáveis pela propriedade de
armazenamento apresentada pelo circuito.
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Passo 2 - Assumindo o estado determinado no passo 1 como sendo o estado inicial,
aplicação de uma nova combinação de entradas para verificar como o
circuito se comporta, se muda de estado ou não;
Passo 3 - Repetição dos passos 1 e 2 para cada combinação de entradas capaz de
determinar o estado do circuito de maneira independente;
A partir do procedimento anterior encontrar-se-á uma tabela de comportamento
denominada tabela de transição de estados, ou simplesmente, tabela de transição, a qual
é característica deste “latch”. Em particular, cada “latch” possui um comportamento que
pode ser expresso em termos de uma tabela de transferência que lhe é própria.
Um “latch” pode assumir um dentre dois estados possíveis para suas saídas.
Esses estados correspondem aos valores que uma variável Booleana pode assumir, ou
seja, “0” e “1”. O estado “0” também é chamado estado “reset” e o estado “1” é também
chamado estado “set”. Essas informações podem ser resumidas pela Tabela 4 a seguir
para o “latch” RS:
R S Q Q Descrição
1 0 0 1 Vai para o estado “reset”
0 0 0 1 Mantém estado “reset” (mantém estado anterior)
0 1 1 0 Vai para o estado “set”
0 0 1 0 Mantém estado “set” (mantém estado anterior)
1 1 0 0 Estado proibido
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Tabela 5 - Tabela de estados enfatizando a dependência temporal do "latch" RS.
R S Qt+1 Descrição
0 0 Qt Mantém estado anterior
0 1 1 Estado “set”
1 0 0 Estado “reset”
1 1 - Proibido
A tabela anterior lista os valores possíveis para as entradas nas colunas mais à
esquerda, admitindo que esses valores estão sendo aplicados no instante presente t. Para
cada situação de entradas, o novo valor da saída, e portanto o novo estado do “latch”,
para o instante imediatamente posterior t+1 encontra-se na coluna mais à direita. Como
a saída Q sempre exibe o complemento da saída Q, apenas o valor de Q é listado,
ficando Q subentendido.
Para evitar que se tenha que desenhar o circuito completo toda a vez que houver
uma ocorrência do “latch” RS, utiliza-se o símbolo apresentado na Figura 18.
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– O “Latch” RS controlado
No “latch” RS, cujo funcionamento foi descrito no item anterior, uma alteração
das entradas R e S pode acarretar uma troca de estado. Porém, em alguns casos pode
ocorrer que os sinais conectados às entradas R e S sofram variações não desejadas,
sendo válidos somente em alguns intervalos de tempo bem determinados. Nesse caso,
seria interessante que houvesse uma entrada de maior prioridade que fosse encarregada
de controlar a habilitação do “latch”, deixando-o sensível ou não aos valores das
entradas R e S.
C R S Qt+1 Descrição
0 X X Qt Mantém estado anterior
1 0 0 Qt Mantém estado anterior
1 0 1 1 Estado de “set”
1 1 0 0 Estado de “reset”
1 1 1 - Proibido
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Figura 20 - Diagrama de estados para o "latch" RS controlado.
C D Qt+1 Descrição
26
0 X Qt Mantém estado anterior
1 0 0 Estado de “reset”
1 1 1 Estado de “set”
Os “latches” vistos até aqui apresentam lógica de ativação direta, isto é, estão
ativados enquanto o controle estiver no nível lógico 1 e desativados enquanto o controle
estiver no nível lógico 0. É possível inverter-se essa lógica de ativação pela simples
inserção de um inversor antes da entrada de controle. Assim, um “latch” com lógica de
ativação complementar, negada ou invertida, está ativo enquanto o controle vale “0” e
desativado enquanto o controle vale “1”. A Figura 24 mostra os símbolos do “latch” RS
controlado e do “latch” D, ambos com lógica de ativação complementar. Repare que a
indicação da lógica de ativação complementar é feita por meio de um círculo colocado
antes da entrada de controle.
C R S Qt+1 Descrição
1 X X Qt Mantém estado anterior
0 0 0 Qt Mantém estado anterior
0 0 1 1 Estado de “set”
0 1 0 0 Estado de “reset”
0 1 1 - Proibido
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Tabela 9 - Tabela de estados para o "latch" tipo D com lógica de
ativação complementar.
C D Qt+1 Descrição
1 X Qt Mantém estado anterior
0 0 0 Estado de “reset”
0 1 1 Estado de “set”
8.3 – Flip-flops
Os flip-flops são circuitos derivados dos “latches”, porém ativados pela transição
do sinal de controle (i.e., pela borda). Isso faz com que um flip-flop permaneça ativado
apenas durante um intervalo de tempo muito pequeno, após a ocorrência de uma
transição do sinal de controle. Assim, uma eventual troca de estado só pode ocorrer
durante esse breve intervalo de tempo em que o flip-flop está ativado. Entre duas
transições sucessivas do mesmo tipo (ou subida ou descida) do sinal de controle, o flip-
flop mantém o último estado adquirido.
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7.3.1 – Flip-flop mestre escravo
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Figura 26 - Flip-flop D disparado pela borda ascendente.
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Tabela 11 - Tabela de transição de estados para o flip-flop JK
disparado pela borda ascendente.
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A Figura 29 mostra os símbolos do flip-flop D e do flip-flop JK disparados pela
borda descendente. Note a existência de um círculo antes da entrada de controle,
indicando que os flip-flops são disparados pela borda descendente.
Figura 29 - Símbolos para o flip-flop D (a) e para o flip-flop JK (b), ambos disparados pela
borda descendente.
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9 – Contadores
São sistemas seqüenciais que contam o número de pulsos que ocorre em sua
entrada durante certo intervalo de tempo. A indicação da contagem é em binário, ou
seja, na base 2, e é obtida através das saídas binárias do contador.
– Contadores assíncronos
São caracterizados por não terem entradas de “clock” comuns. Essa se faz
apenas no primeiro flip-flop para os demais flip-flops o sinal de “clock” provém da
saída do flip-flop anterior, Figura 31.
– Contadores síncronos
Neste tipo de contador todos os flip-flops são liberados na mesmo instante, pois
estes contadores possuem as entradas de “clock” interligadas, portanto, o “clock” aciona
todos os flip-flops simultaneamente. A indicação da contagem pode ser obtida
diretamente das saídas dos flip-flops ou através de circuitos combinacionais, Figura 32.
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Figura 32 - Contador síncrono.
Repare nas diferenças entre estes três tipos de contadores, para maiores
informações sobre os mesmos deve-se recorrer ao catálogo (“data sheet”) dos mesmos
disponibilizado pelo fabricante.
10 – Multiplexadores e demultiplexadores
No nosso dia a dia lidamos com vários sistemas que utilizam multiplexadores
(MUX) e demultiplexadores (DEMUX), o mais comum deles e o aparelho de som de
nossa residência, em uma chave seletora, selecionamos qual fonte sonora utilizaremos
(Vinil, CD, Toca fitas, Radio, MD, etc.). A chave seletora então especifica qual o canal
de comunicação que será utilizado, conhecida também como via de dados, e assim, esta
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informação será amplificada e transmitida para os auto-falantes.
auto falantes. Assim de uma maneira
geral, o MUX, seleciona um entre vários sinais de entrada e o envia para a saída.
– Multiplexadores
Figura 34 – Multiplexador.
– Demultiplexadores
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Figura 35 - Demultiplexador.
11 – Memórias
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Então as memórias são os dispositivos que armazenam informações, essas por
sua vez codificadas, digitalmente, através de um código binário qualquer. Essas
informações podem ser números, letras, caracteres quaisquer, comandos de operações,
endereços ou ainda qualquer outro tipo de dado. Essas informações armazenam dados
para endereçamento, programação e para constituir o conjunto de funções internas para
a funcionalidade do próprio sistema. Outro tipo de aplicação consiste em utilizá-las para
executarem quaisquer funções de circuitos combinacionais, e ainda, com o auxílio de
contadores comuns e conversores, gerarem formas de onda de diversas maneiras de
modo mais simples.
Acesso;
Volatilidade;
Escrita/Leitura ou apenas de leitura;
Tipo de armazenamento.
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Por sua vez, as memórias apenas de leitura, são aquelas em que a informação é
fixa, só podendo efetuar-se a leitura de cada célula. São também conhecidas
como ROM (“Read Only Memory”);
– Terminologia
Byte - Um termo especial usado para um grupo de oito bits. Um byte sempre é
constituído de 8 bits. Tamanhos de palavra podem ser expressos em bytes assim
como em bits. Por exemplo, uma palavra de 8 bits é também uma palavra de um
byte; uma palavra de 16 bits tem dois bytes, e assim por diante;
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uma memória com uma capacidade de armazenamento de 4K 20 é na verdade
uma memória de 4096 20 . O desenvolvimento de memórias maiores trouxe a
designação "1M" ou "1 mega" para representar 220 = 1048576. Assim, uma
memória que possui uma capacidade de 2M 8 tem na verdade uma capacidade
de 2097152 8 . A designação "giga" se refere a 230 = 1073741824;
Figura 3
37 - Organização da memória.
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Tempo de Acesso - Uma medida da velocidade de operação de um dispositivo de
memória. É o tempo necessário para realizar uma operação de leitura. Mais
especificamente, é o tempo entre a memória receber uma nova entrada de
endereço e os dados se tornarem disponíveis na saída da memória.
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lidas da memória. Outros tipos de ROM são na verdade RMM (“read-mostly
memories”), nas quais se pode escrever mais de uma vez; porém a operação de
escrita é mais complicada do que a de leitura, e não é realizada freqüentemente.
Todas as ROMs são não-voláteis e mantém os dados quando a energia é
removida;
Embora cada tipo de memória seja diferente na sua operação interna, certos
princípios básicos são comuns a todas elas.
1. Selecionar o endereço na memória que está sendo acessado para uma operação
de leitura ou escrita;
2. Selecionar uma operação de leitura ou escrita que será realizada;
3. Fornecer os dados de entrada a serem armazenados na memória durante uma
operação de escrita;
4. Manter os dados de saída vindos da memória durante uma operação de leitura;
5. Habilitar (ou desabilitar) a memória de modo que ela responda (ou não) às
entradas de endereçamento e ao comando de leitura/escrita.
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– Entradas de endereço
– A entrada R/W
Esta entrada controla qual operação deve ser realizada na memória: leitura (R –
“read”) ou Escrita (W – “write”). A entrada é identificada por R / W e, como não existe
a barra sobre R, isto indica que a operação de leitura ocorre quando R / W 1. A barra
sobre W indica que a operação de escrita acontece quando R / W 0. Outros
identificadores (nomenclaturas de outros autores) são usados freqüentemente para essa
entrada. Dois dos mais comuns são W (escrita) e WE (“write enable” - habilitação de
escrita). Novamente, a barra indica que a operação de escrita ocorre quando a entrada
está em nível baixo, portanto, fica subentendido que a operação de leitura ocorre para
nível alto.
– Habilitação da memória
– Conversores A/D
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forma contínua numa faixa de valores. No entanto, a maioria dos equipamentos
modernos que fazem a aquisição de dados destes sensores, trabalha com técnicas
digitais. Isso significa que o dado analógico, precisa ser convertido para a forma digital.
Para fazer esta conversão são utilizados circuitos denominados conversores analógico-
digital, ou simplesmente A/D. Este dispositivo como seu próprio nome indica, realiza a
conversão de sinais, cuja amplitude varia continuamente em sinais digitais
correspondentes á amplitude do sinal original.
Quantização;
Taxa de Amostragem;
Linearidade.
– Quantização
Entre os dois valores extremos da escala de valores analógicos que devem ser
convertidos para a forma digital existem infinitos valores intermediários, o que
justamente caracteriza uma grandeza que varia de forma analógica. Entretanto, quando
passamos um valor qualquer entre os dois valores extremos incluindo-os, não podemos
representar qualquer quantidade, pois precisáramos para isso de um número infinito de
bits.
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Figura 39 - Escala de conversão.
Evidentemente, para uma maior precisão na conversão mais bits serão utilizados
pelo conversor. Tipos com 8 a 16 bits são comuns nas aplicações industriais e em
medidas, dependendo da quantidade de "passos" desejados na conversão, ou seja, a
resolução do conversor.
– Taxa de amostragem
– Linearidade
A curva de conversão da grandeza analógica para a forma digital deve ser linear
para um bom conversor. Isso significa que não existem desvios na correspondência
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entre o valor analógico e a saída digital ao longo da escala de valores em que o
conversor deve trabalhar. No entanto, na prática podem ocorrer pequenos desvios, de
acordo com o que mostra a Figura 40.
Isso quer dizer que, em determinadas faixas de valores, a conversão pode ser
menos precisa. Esta imprecisão é mais grave nos tipos de maior definição, pois os
desvios podem ter a mesma ordem de grandeza que os "degraus" da escada de
conversão, afetando assim a precisão final da mesma.
– Princípio de funcionamento
Para fazer uma conversão de sinais analógicos para a forma digital existem
diversas técnicas que são empregadas nos circuitos comerciais, muitas delas
encontradas em circuitos integrados que são embutidos (“embedded”) em aplicações
mais complexas, os quais fazem o controle de máquinas e equipamentos.
O valor dos sinais analógicos que devem ser convertidos para a forma digital
corresponde a um determinado instante, cuja duração, em alguns casos, não vai além de
alguns milionésimos de segundo.
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Figura 41 - Diagrama em blocos do conversor A/D.
O sinal a ser amostrado passa por um “buffer” de entrada cuja finalidade é não
carregar o circuito externo, e ao mesmo tempo proporcionar isolamento do circuito de
conversão.
Na saída deste circuito temos uma chave eletrônica ou chaveador, que determina
o instante exato em que a leitura do sinal deve ser feita. A chave fecha por uma fração
de segundo (numa freqüência que depende da velocidade de amostragem) permitindo
que o sinal carregue o capacitor C. Desta forma, quando a chave abre, esperando a
leitura seguinte, o capacitor tem armazenado o valor da grandeza analógica a ser
convertida. Esta tensão no capacitor é mantida no circuito conversor através de um
“buffer” de saída durante o tempo que for necessário.
Na Figura 42 temos um gráfico que indica de que modo a tensão de entrada varia
e o circuito de amostragem e retenção mantém a saída constante durante os intervalos de
conversão (que correspondem aos "degraus").
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digitais é necessário atuar sobre algum dispositivo, como a intensidade de uma fonte de
luz, velocidade de um motor, posição de um atuador e outros.
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