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TÍTULO: TESTE DE PEFORMANCE DE BOMBAS CENTRIFUGAS DE REDE DE INCENDIO SEGUNDO

NFPA20 E NFPA25

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

SUBÁREA: Engenharias

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA - UNISANTA

AUTOR(ES): RAPHAEL MOURA DE SOUZA, GLEDSON MEIRA SANTOS, LEANDRO NOGUEIRA DOS
SANTOS, FELIPE JORGE LOPES, ERICK DE AGUIAR CUNHA LIRA

ORIENTADOR(ES): WILLY ANK DE MORAIS

Realização: IES parceiras:


1. RESUMO
A utilização de bombas hidráulicas em uma rede de combate ao incêndio
é fundamental para suprir e abastecer de forma eficaz os dispositivos extintores
baseados na utilização de água, tais como sprinklers de água ou água-espuma,
hidrantes, spray de água e sistema de nebulização fina. Qualquer tipo de bomba,
instalada em um sistema de combate ao incêndio, deve atender a uma série de
regulamentações e exigências rigorosas formuladas e impostas por diversas
entidades, como por exemplo aquelas estipuladas pela National Fire Protection
Association. Por isso, este trabalho visou avaliar tecnicamente o desempenho
de uma unidade de bombeio d’água de uma rede de incêndio localizado em uma
empresa petrolífera. A avaliação foi realizada durante teste de desempenho em
campo de uma linha de combate ao incêndio alimentada por uma bomba
centrífuga, em conformidade ao preconizado pelas normas NFPA 20 e NFPA25.
A avaliação foi realizada empregando um medidor ultrassônico portátil para
vazão, instalado externamente e a montante na linha de modo. Desta forma, foi
possível medir a vazão da bomba a qual foi associada às leituras de manômetros
convenientemente instalados na linha da tubulação de distribuição de água. Os
dados obtidos foram empregados para traçar a curva da bomba em uma linha
com vários sistemas, desta forma oferecendo uma visão estrutura da eficiência
de um sistema de combate ao incêndio com um perfil similar dos equipamentos
avaliados neste estudo.
Palavras chaves: Bomba centrífuga, NFPA, Incêndio, Curva da bomba.

2. INTRODUÇÃO
Redes de combate ao incêndio, das mais diversas configurações, são
elementos cada vez mais fundamentais dentro de indústrias, fábricas, edifícios
e comércios, tornando crucial a correta instalação e manutenção dos
componentes presentes na rede, tais como as bombas. As bombas centrifugas
são os tipos de bombas mais comuns presentes em rede de combate ao
incêndio. Estas precisam operar com o máximo desempenho, minimizando toda
e qualquer possibilidade de erro ou falha. Dentro deste contexto, a organização
internacional National Fire Protection Association (NFPA) desenvolveu normas
empregadas para a certificação de instalações de combate ao incêndio.
3. OBJETIVO
Este trabalho visa relatar a avaliação técnica do desempenho da unidade
de bombeio de uma empresa petrolífera, durante teste de performance de campo
em atendimento as normas NFPA-20 e NFPA-25. Com base nesta avaliação,
pretende-se elaborar um manual de testes de desempenho de bombas
centrifugas para redes de incêndio. Dentro deste manual, estarão descritos uma
metodologia de testes para o levantamento da curva da bomba em N sistemas,
baseados em medições simples, rápidas e de baixo grau de interferência no
sistema.

4. METODOLOGIA
O sistema de combate a incêndio é composto por 1 (um) tanque TQ-
540001 com capacidade nominal de 4.190 m³ suprindo por gravidade as bombas
A/B/C.
Este tanque é abastecido pela cisterna através das bombas.
A coluna hidrostática do reservatório de água, com altura aproximada de
14,64m (tanque cheio), é a responsável por manter a rede de incêndio
pressurizado a 100 kPa até o ponto mais desfavorável.
Os 3 conjuntos de bombeio são compostos por bombas centrifugas
horizontais, (fabricante SULZER), modelo SMH 202-500, simples estágio, dupla
sucção, rotação de 1800 rpm, head nominal de 110 m @ 628 m³/h.
As bombas são acionadas por motores diesel, (fabricante SCANIA),
modelo DC GOA, 384 kW @ 1800 rpm.
Figura 1 – Sistema de Combate a Incêndio

Na descarga de cada bomba existe uma válvula controladora de pressão


(PVC), fabricante (fisher), tipo globo, auto operada, responsável por controlar a
pressão do anel de incêndio desviando o excesso de água para o tanque.

Ela também garante a vazão mínima da bomba (Qmin = 300 m³/h).

Válvulas de Segurança de Pressão (PSV) estão instaladas na descarga


de cada bomba protegendo o sistema de combate a incêndio contra pressões
acima de 1370 kPa (valor de abertura).

As bombas podem ser acionadas manualmente ou automaticamente,


porém só poderão ser desligadas no campo.

A bomba principal 1, parte automaticamente por:

a) Fluxo decorrente da abertura de um hidrante;


b) Fogo confirmado na unidade (confirmação dos detectores de chama
nas áreas);
c) Botoeira de emergência.
A bomba principal 2, parte automaticamente por:

a) Pressão baixa na rede de incêndio;


b) Parada da bomba principal 1, nas seguintes condições: falha na
partida, falha após a partida, trip da bomba principal 1, após
temporização.
c) A terceira bomba fica na “Reserva”, partindo automaticamente nas
seguintes condições:
d) Pressão baixa na rede (através do PSL), após temporização e;
e) Falha na partida da bomba principal 1.

5. DESENVOLVIMENTO

Primeiramente foi realizado um levantamento, em cada unidade de


bombeio, das informações de range (diferença máxima ou mínima de um
instrumento negocial ao longo de um determinado período.), precisão e as
respectivas cotas de instalação de todos os instrumentos necessários para
realização dos testes.
Verificou-se, em função da distribuição das tubulações, que o ponto mais
adequado para instalação dos transdutores do medidor portátil ultrassônico de
vazão era no trecho reto onde se encontra o coletor de sucção das bombas, pois,
tem o menor índice de erro nas medições.
Afim de levantar a curva Head x Vazão (características da bomba), a
válvula de descarga da bomba para o anel de incêndio foi mantida fechada e a
modulação da vazão de água foi realizada através da variação de abertura de
uma válvula de desvio PCV (Válvula Controladora de Pressão), circulando para
o tanque, de forma atingir a vazão máxima de 945 m 3/h correspondente a 150%
da vazão nominal (Qnominal) ou 628 m3/h.
Figura 2 – Ilustração do posicionamento do transdutor ultrassônico de vazão em um
trecho da tubulação de combate ao incêndio.
6. DADOS PRELIMINARES DO PROJETO

A unidade A encontrava-se com 21,8 horas de operação e apresentou o


desempenho esperado de projeto e atendeu aos requisitos da NFPA-20.

Figura 3 – Gráfico da curva da bomba, como obtido das medições da unidade A.

pontos de medição / protocolo de teste


ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6 ponto 7
vazão 0 300 380 460 630 785 940
head 120 119 117 116 110 105 95

pontos de medição / teste de campo


ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6
vazão 80 342 540 650 780 955
head 120 119 112 106 100 87

pontos de medição / criterio NFPA 20


ponto 1 ponto 2 ponto 3
vazão 0 630 945
head 155 110 72

Tabela 1 – Dados obtidos das medições e cálculos da unidade A.


A unidade B encontrava-se com 15,06 horas de operação e apresentou o
desempenho esperado de projeto e atendeu aos requisitos da NFPA20. O gráfico
mostra a curva de performance de campo.

Figura 4 – Gráfico da curva da bomba, como obtido das medições da unidade B.

pontos de medição / protocolo de teste


ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6 ponto 7
vazão 0 300 380 460 630 785 940
head 120 119 117 116 110 105 95

pontos de medição / teste de campo


ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6
vazão 86 310 484 639 805 998
head 122 117 112 105 99 80

pontos de medição / criterio NFPA 20


ponto 1 ponto 2 ponto 3
vazão 0 630 945
head 155 110 72

Tabela 2 – Dados obtidos das medições e cálculos da unidade b.


A unidade C encontrava-se com 21,4 horas de operação e apresentou o
desempenho esperado de projeto e atendeu aos requisitos da NFPA20. O gráfico
mostra a curva levantada no campo.

Figura 5 – Gráfico da curva da bomba, como obtido das medições da unidade C.

unidade C
pontos de medição / protocolo de teste
ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6 ponto 7
vazão 0 300 380 460 630 785 940
head 120 119 117 116 110 105 95

pontos de medição / teste de campo


ponto 1 ponto 2 ponto 3 ponto 4 ponto 5 ponto 6 ponto 7
vazão 80 320 456 670 780 898 990
head 125 121 120 107 100 96 86

pontos de medição / criterio NFPA 20


ponto 1 ponto 2 ponto 3
vazão 0 630 945
head 155 110 72

Tabela 3 – Dados obtidos das medições e cálculos da unidade C.


O padrão estabelece que os conjuntos moto-bombas que atendam
individualmente à demanda do cenário dimensionado são considerados com
desempenho adequado se a curva ajustada aos pontos coletados durante os
testes de campo (Q, H e RPM), atende ao cenário de maior demanda de
consumo de água do sistema de combate a incêndio.
Com base no resultado obtido no valor de pressão da bomba na vazão
dimensionada do sistema, certificamos que a unidade de bombeio UB01
encontra-se operacional com capacidade de atender o maior consumo de água
do sistema de combate a incêndio previsto no seu balanço hidráulico.

7. FONTES CONSULTADAS

Enoch Dias Santos Motor Diesel. 2006. Manual Técnico (acessado dia
12/06/2020) Disponível em:
http://www.atontecnologia.com.br/o-que-e-uma-motobomba/ (Acessado
dia 14/06/2020)

https://br.omega.com/pptst/FDT21.html (acessado dia 12/06/2020)


https://pt.scribd.com/doc/94647482/Motor-Diesel-SENAI

https://www.cat.com/pt_BR/products/new/power-
systems/industrial/industrial-diesel-engines/18375173.html (acessado dia
14/06/2020)

https://www.emerson.com/pt-br/automation/measurement-
instrumentation/flow-measurement/about-magnetic (acessado dia
12/06/2020)

https://www.nfpajla.org/pt/arquivos/sistemas-hidraulicos-supressao-e-de-
extincao/988-maximo-rendimiento-de-bombas (acessado 03/09/2020)

https://www.rdautomacaoindl.com.br/valvula-reguladora-pressao-
hidraulica (acessado dia
12/06/2020)

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