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Cálculo II

SEMANA 6

Equações Quárticas

Solução de Ferrari para equações quárticas.


Considerando
a’x4 +b’x3 +c’x2+ d’x+ e’=0
x4 +bx3 +cx2+ dx+ e=0
De forma semelhante ao tratamento dado a equação cúbica, iniciamos a
resolução fazendo a substituição x=y-b/4,

Isto nos leva a forma reduzida,


y4 +py2+ qy +r=0

onde
p=-3b2/8+c
q=b3/8-bc/2+d
r=-3b4/256 + cb2/16 -bd/4 +e

Suponha que conseguimos expressar a forma reduzida como

(y2+ky+l)(y2-ky+m)
y4-ky3+my2+ky3-k2y2+kmy+ly2-kly+ml
y4-ky3+ky3+my2-k2y2+ly2+kmy-kly+ml
y4+(m-k2+l)y2+(km-kl)y+ml
y4+py2+qy+r

onde
p=m-k2+l
q=km-kl
r=ml

Logo as raízes de y2+ky+l=0 e y2-ky+m=0 também são raizes de


y4+py2+qy+r=0. Portanto, a solução do problema de encontrar as
raízes de uma equação quártica passa pela solução de duas equações
de segundo grau.

Como achar k, l e m a partir de p, q e r

m+l=p+k2
m-l=q/k
2m=p+k2+q/k
2l=p+k2-q/k

4ml=(p+k2+q/k)(p+k2-q/k)
4r=(p+k2+q/k)(p+k2-q/k)
4rk2=k(p+k2+q/k)k(p+k2-q/k)
4rk2=(pk+k3+q)(pk+k3-q)
4rk2=(pk+k3)2-q2
4rk2=p2k2+2pk4+k6-q2
k6+2pk4+p2k2-4rk2-q2=0

encontramos uma equação cúbica para variável k2

(k2)3+2p(k2)2+(p2-4r)k2-q2=0

podemos achar o valor de k, deteminar l e m, usando


2l=p+k2-q/k e m=r/l.

Aplicações na química Analítica


Equilíbrio químico de sais pouco solúveis

Vimos que quando o produto da concentração do Na+ e do Cl- é igual ao kps, significa
que temos o equilíbrio entre NaCl na fase sólida e os íons em solução. Neste caso,
temos uma mistura heterogênea com duas fase, Uma é a fase líquida saturada e a outra a
fase sólida. Dado o kps como podemos calcular a concentração da fase líquida, isto é a
solubilidade?

Primeiro escrevemos o equilíbrio envolvido

PbCl2(s) = Pb2+(aq) + 2Cl-(aq)

Em seguida monte a tabela abaixo incluindo uma quantidade m de sólido

PbCl2(s) = Pb2+(aq) + 2Cl-(aq)


m 0 0

Tendo em conta que inicialmente a concentração de íons é nula há um deslocamento de


massa na direação do produtos para que o equilíbrio seja estabelecido, assim
PbCl2(s) = Pb2+(aq) + 2Cl-(aq)
m 0 0
m-x x 2x

onde x é extensão que o equlíbrio de massa foi deslocado. para achar o valor de x,
substituímos os valores na constante kps

kps=[Pb2+][Cl-]2=x(2x)2=4x3

logo

x=(kps/4)1/3

Neste caso, x é a solubilidade calculado em mol/L (quantidade de matéria do


soluto/volume da solução). A solubilidade do composto é menor em soluções contendo
um íons comum. Por exemplo, a solubilidade do PbCl2 numa solução de NaCl, de
concentração Cs, é dada por

PbCl2(s) = Pb2+(aq) + 2Cl-(aq)


m 0 Cs
m-x x Cs+2x

onde x é extensão que o equlíbrio de massa foi deslocado. para achar o valor de x,
substituímos os valores na constante kps

kps=[Pb2+][Cl-]2=x(Cs+2x)2=x(Cs2+4xCs+4x2)

logo

4x3+4Csx2+Cs2x-kps=0

Por exemplo, a solubilidade do PbCl2 numa solução de Pb(NO3)2, de concentração Cs,


é dada por
PbCl2(s) = Pb2+(aq) + 2Cl-(aq)
m Cs 0
m-x Cs+x 2x

onde x é extensão que o equlíbrio de massa foi deslocado. para achar o valor de x,
substituímos os valores na constante kps

kps=[Pb2+][Cl-]2=(Cs+x)(2x)2=4x2(Cs+x)=4x3+4x2Cs

logo

4x3+4Csx2-kps=0

Vamos considerar agora o exemplo do Mg(OH)2 – hidróxido de magnésio, cujo


equilíbrio é representado pela equação química

Mg(OH)2(s) = Mg2+(aq) + 2OH-(aq) (12-5.1)


[OH-]2[Mg2+]  Kps

Neste caso, temos que lembrar que em meio aquoso de considerar o equilíbrio
H2O = OH- +H+
kw=[OH-]{H+]
Claro, que para soluções ácidas ou básicas a presença de outros íons mantém a
eletroneutralidade da solução, definida por

[+] = [-]

isto a soma das concentrações de todas as espécies positivas multiplicada pelas suas
respectivas cargas é igual a soma das concentrações de todas as espécies negativas
multiplicadas pelas suas respectivas cargas. Utilizando o balanço de carga do sistema
temos
[OH-]=2[Mg2+}+[H+]
[OH-]=2kps/[OH-]2+kw/[OH-]
[OH-]3=2kps+kw[OH-]
[OH-]3-kw[OH-]-2kps=0

Equilíbrio químico de ácidos fracos


Na mistura de H2O e HCl, as espécies presentes são H2O, H+, OH-, HCl e Cl-.para o
equilíbrio de desprotonação do ácido
HCl(aq) = H+(aq) + Cl-(aq)
C0 x 0
C0-y x+y y

onde y é a concentração de ácido que ioniza e x é a concentração de íons H +


proveniente da autoionização da água. Sendo assim,

ka = [H+][Cl-]/[HCl] = (x+y)y/(C0-y)

para o equilíbrio de autoionização da água


H2O(l) = H+(aq) + OH-(aq)

e o balanç de massa
Ca=[HA]+[A-] =[A-][H+]/ka +[A-]=[A-](1+[H+]/ka)

[A-]=Ca/(1+[H+]/ka)

Claro, que para soluções ácidas ou básicas a presença de outros íons mantém a
eletroneutralidade da solução, definida por

[+] = [-]
temos então

[H+]=[A-]+{OH-]=Ca/(1+[H+]/ka)+Kw/[H+]
[H+]2=Ca[H+]/(1+[H+]/ka)+Kw
[H+]2=kaCa[H+]/(ka+[H+])
[H+]2(ka+[H+])=kaCa[H+]+Kw(ka+[H+])
ka[H+]2+[H+]3=kaCa[H+]+kwKa+kw{H+]
[H+]3+ka[H+]2-(kaCa+kw)[H+]-kwka=0

Considere uma solução aquosa de ácido carbônico, H2CO3. Neste caso, as espécies
presentes são H2CO3, HCO3-, CO32-, H+, OH-, H2O, e os equilíbrio envolvidos são

H2CO3 = HCO3- + H+ ka1 = [HCO3-][H+]/[H2CO3]


HCO3- = CO32- + H+ ka2 = [CO32-][H+]/[HCO3-]
H2O = H+ + OH- Kw = [H+][OH-]

para o equilíbrio de massa temos

Ca = [H2CO3] + [HCO3-] + [CO32-]

Neste caso,

Ca = [H2CO3] + [HCO3-] + [CO32-]

Ca= [HCO3-][H+]/ka1 +[CO32-][H+]/ka2+ [CO32-]

Ca= [CO32-][H+]2/ka1ka2 +[CO32-][H+]/ka2+ [CO32-]

Ca= [CO32-]([H+]2/ka1ka2 +[H+]/ka2+ 1)

[CO32-]=Ca/([H+]2/ka1ka2 +[H+]/ka2+ 1)

para o equilíbrio de carga temos

[H+] = [OH-] + [HCO3-] + 2[CO32-]

[H+] = Kw/[H+] +[CO32-][H+]/ka2+ 2[CO32-]

[H+]=Kw/[H+]+Ca[H+]/([H+]2/ka1ka2+[H+]/ka2+1)ka2+2Ca/([H+]2/ka1ka2+[H+]/ka2+1)
[H+]-Kw/[H+]=Ca[H+]/([H+]2/ka1ka2+[H+]/ka2+1)ka2+2Ca/([H+]2/ka1ka2+[H+]/ka2+1)
([H+]-Kw/[H+])([H+]2/ka1ka2+[H+]/ka2+1)=Ca[H+]/ka2+2Ca
[H+]3/ka1ka2+[H+]2/ka2+[H+]-[H+]kw/ka1ka2-kw/ka2-Kw/[H+]=Ca[H+]/ka2+2Ca
[H+]4/ka1ka2+[H+]3/ka2+[H+]2-[H+]2kw/ka1ka2-kw[H+]/ka2-Kw=Ca[H+]2/ka2+2Ca[H+]

[H+]4/ka1ka2+[H+]3/ka2+(1-kw/ka1ka2-Ca/Ka2)[H+]2-(kw/ka2+2ca)[H+]-Kw=0

[H+]4+[H+]3ka1+(ka1ka2-kw-Caka1)[H+]2-(kwka1+2caka1ka2 )[H+]-Kwka1ka2 =0
Método gráfico

ka1=4,3x10-7
ka2=5,6x10-11
Ca=0,01

os valores
Necessidade de encontrar valores de x = que satisfaçam f(x) = 0
Esses valores especiais são chamados de raízes da equação f(x) = 0 ou zeros da função
f(x), os quais podem ser vistos na figura: Maioria dos métodos para cálculo de raízes
necessita que a mesma esteja confinada em um dado intervalo. Se uma função contínua
f(x) assume valores de sinais opostos nos pontos extremos do intervalo [a,b], isto é, se
f(a).f(b) <0, então existe ao menos um ponto x ∋ ]a,b[, tal que f(x) = 0. Podemos fazer
uso dos gráficos (traçados na mão ou computacionalmente) para ter uma idéia de onde
está a raiz (localização). Equação algébrica de grau n, n >= 1, escrita na forma de
potências:

Com coeficientes reais e diferentes de zero

10-18
2

-2

-4

-6

-8

-10
4.2 4.4 4.6 4.8 5 5.2 5.4

solução aproximada -log10(sqrt(ka1*ca))=4.1833


Método da bisseção

O método é utilizado para encontrar a raiz de uma função f(x), isto é x*, tal que f(x*)=0.
A ideia consiste em encontrar dois pontos a e b tais que f(a) e f(b) tenham sinais
contrários, f(a)<0 e f(b)>0. Neste caso, é possível afirmar que o valor procurado está no
intervalo [a,b]. O método consiste nos seguintes passos:

a) dado o intervalo [a,b] estimamos o valor da raiz em x’=(a+b)/2;

b) calculamos f(x’);

c) agora temos duas possibilidades: se f(x’) for negativo então trocamos a por x’, isto é
a=x’, e mantemos o valor de b; se f(x’) for positivo então trocamos b por x’, isto é
b=x’, e mantermos o valor de a;

d) voltamos ao item a até que f(x’) seja tão próximo de zero quanto desejarmos.

Exemplo

Considere que desejamos calcular o valor de 5. Isto é equivalente a encontrar o


número x tal que x2=5. Isto é encontrar o valor de x que satisfaz a equação x2-5=0. Em
outras palavras encontrar a raiz da função f(x)=x2-5.

Para aplicar o método da bisseção precisamos partir de um intervalo que temos certeza
que a raiz se encontra, x*[a,b]. Neste caso, é fácil ver que a=1 e b=3 satisfaz este
critério, por f(1)=-4<0 e f(3)=4>0.

a b x f(x)

1 3 2 -1

2 3 2,5 1,25

2 2,5 2,25 0,0625

2 2,25 2,125 -0,484375

2,125 2,25 2,1875 -0,21484375

2,1875 2,25 2,21875 -0,0771484375

2,21875 2,25 2,234375 -0,007568359375

X = 2,234375

valor exato = 5 = 2,23606797749979


Método de Newton-Raphson

O método de Newton-Raphson é um algoritmo muito eficiente para determinação da


raiz de uma função. Suponha que f(x) é tal que

f(x) = p1(x) = f(x0)+f’(x0)(x-x0)+…

Se x+h é raiz então

f(x0)+ hf’(x0) = 0

logo h= -f(x0)/f’(x0)

Assim

x0+h= x0-f(x0)/f’(x0)

que podemos colocar como

xi+1= xi - f(xi)/f’(xi)

onde xi é a i-ésima aproximação da raiz. Veja que neste caso não partimos de um
intervalo para de um valor inicial (uma aproximação para raiz)

Exemplo

Considere que desejamos calcular o valor de 5. Isto é equivalente a encontrar o


número x tal que x2=5. Isto é encontrar o valor de x que satisfaz a equação x2-5=0. Em
outras palavras encontrar a raiz da função f(x)=x2-5.

Vamos iniciar com o valor 2, assim

x f(x) f’(x) h

2 -1 4 0,25

2,25 0,0625 4,5 -0,0138888888888889

2,23611111111111 0,000192901234568055 4,47222222222222 -4,31331953071427E-05

2,2360679779158 1,86047355299479E-09 4,47213595583161 -4,16014533406292E-10

x=2,2360679779158

valor exato = 5 = 2,23606797749979


Interpretação geométrica do Método de Newton-Raphson

Partimos de um valor inicial x0 (uma aproximação para raiz). Encontramos a equação da


reta tangente a função f(x) no ponto x0. Neste caso,

r(x) = mx +b

onde m=f’(x0). Considerando que no ponto x0, f(x0)=r(x0), então

f(x0) = f’(x0)x0 +b

logo b=f(x0) - f’(x0)x0

Sendo assim, a reta tangente é

r(x) = f’(x0)x +f(x0) – f’(x0)x0

A reta tangente corta o eixo x em

r(x) = f’(x0)x +f(x0) – f’(x0)x0=0

f’(x0)x = f’(x0)x0-f(x0)

x = x0-f(x0)/f’(x0)

cqd

Problema de Otimização

Considere que desejamos calcular o valor de 5. Isto é equivalente a encontrar o


número x tal que x2=5. Isto é encontrar o valor de x que satisfaz a equação x2-5=0. Em
outras palavras encontrar a raiz da função f(x)=x2-5. Vamos olhar o problema de outra
forma,

R(x) = f(x)2 = (x2-5)2

x* = minx R(x)

condição dR(x)/dx|x=x*=0

O princípio da ação mínima


A moça em apuros

Suponha um jovem salva-vidas sentado em "S" e uma linda moça em apuros em "D"
(veja a figura 1). O problema consiste em saber onde entrar na água, de forma a
alcançar a vítima mais depressa. Se fosse você o salva-vidas desta história o que
faria?
Corre para a água em "A" e nada como se fosse tirar o pai da forca? Neste caso, a trajetória
"SAD" é o caminho de menor distância entre "S" e "D", e talvez, por esta razão, seja a
escolha de muitos dos rapazes da praia. Mas este não é necessariamente o caminho
de menor tempo. Se a moça é realmente bonita, e você pouco jeitoso, vale a pena
uma solução para chegar na frente dos outros pretendentes!

Considerando que, normalmente, podemos correr em terra mais depressa


do que nadar na água, uma boa estratégia é percorrer um caminho maior na areia e
menor pela água. Mas correr desembestado pela praia e entrar na água em "J" também não
é a maneira mais rápida de alcançar a donzela em perigo! Na medida que buscamos
correr mais e nadar menos aumentamos a distância

total que devemos percorrer, como na trajetória "SJD". Neste caso, há uma posição
onde entrar na água cujo tempo é mínimo, trata-se de satisfazer um compromisso
entre tomar o caminho direto através de "S" e percorrer a trajetória com menos água
através de "J". Assim, aonde você deve entrar na água para alcançar a donzela no menor
tempo? Se pensar um pouquinho, desde que não seja muito, porque se pensar muito
a moça se afoga, poupa tempo e ganha a namorada.

Para nos ajudar a encontrar uma solução para o problema, desenhei dois gráficos
por baixo do meu esboço da praia (veja a figura 2). Diretamente abaixo de cada local
onde o salva-vidas pode entrar no mar é mostrado, primeiro a distância total
percorrida em seguida o tempo que seria necessário para atingir à donzela. Observe
que o caminho cuja distância é menor não coincide com o caminho cujo tempo é menor!

Começando pela esquerda, correndo perpendicular a linha da praia em seguida até o local
do afogamento, o tempo que o salva-vidas leva para a ngir a donzela é bastante longo.
Conforme você se move na direção da moça pela areia o tempo diminui. Depois de passar
por um certo ponto o tempo necessário para percorrer cada via sucessiva torna-se cada vez
mais longo. A trajetória ótima refere-se à situação cujo tempo gasto foi o menor. Mas que
lugar é este?

Seria loucura um salva-vidas resolver a fazer contas e gráficos em tal circunstância. Mas e a
luz... ao atravessar do ar para água tem tempo para pensar tanto assim? Parece que sim!

No caso da refração, a luz, para minimizar o intervalo de tempo, busca percorrer um


trajeto maior no meio menos denso, no qual tem uma velocidade maior, e busca
percorrer uma distância menor no meio mais denso. A trajetória "real" surge como
um compromisso entre a necessidade do trajeto total percorrido ser o menor
possível e essa tendência de aproveitar ao máximo o meio no qual a luz se move
mais rapidamente. Assim a luz nem precisa pensar muito para ir do ar para água,
basta que a trajetória escolhida satisfaça a condição:

vágua seni = var senr,

(lei da refração)

Onde vágua e var são, respectivamente, a velocidade da luz na água e no ar. Para definição dos
ângulos veja a figura 3. Existe, portanto, um princípio de tempo mínimo para o
comportamento da luz. Mas por que a luz segue este caminho ninguém sabe! Será que para o
nosso salva-vidas a condição é a mesma?

E Deus disse: Faça-se a luz, e a luz se fez. Então Deus disse: luz faça o que tem que fazer,
rapidamente.
O Caminho mais rápidos: a lei de refração

Toda a física está enraizada na noção de lei, contudo as leis da física não transparecem em
nossas observações diretas da natureza. Elas estão, infelizmente, ocultas, sutilmente
codificadas nos fenômenos que observamos. Uma mistura de experimentação cuidadosamente
projetada e teorização matemática são necessárias para desvendar a subjacente realidade
colocada das leis. Neste item faremos uma dedução da lei de refração a partir do exemplo
da moça em apuros.

A distância total percorrida pelo salva-vidas é dada por d = r + g (veja a figura 4). As
quantidades r e g podem ser obtidas aplicando o teorema de Pitágoras nos dois
triângulos retângulos em destaque. Assim,

r 2=H 2+ x 2 para o triângulo e

g2=¿ para o triângulo .


O tempo total gasto pelo salva-vidas é dado por t = r/v + g/V. As quantidades v e V
são, respectivamente, a velocidade na areia e na água. Portanto,

t=¿.
E Agora... como achar o mínimo da função t(x)?Ou seja, qual o valor de x cujo t é assume o
menor valor?

Isto é relativamente fácil de ser feito. O mínimo de uma função tem a sua curva
tangente horizontal, portanto, dt/dx=0. Assim,

dt 1 2x
=
dx 2 v ❑
e, logo,

x
.
v
Substituindo as quantidades r =¿ e g=¿na equação acima, teremos

x (B − x )
= .
vr Vg
Usando a definição de "cos" e observando o esboço da figura 4, podemos chegar à
equação abaixo

V r ( B − x ) cos θ
= = .
v x g cos φ
Finalmente, observando que θ=π / 2− ϕi e φ=π /2− ϕr teremos

V sen ϕi
= ,
v sen ϕr
como queríamos demonstrar.

como queríamos demonstrar.

Tentativa e erro?
Suponha que eu lhe dê a função y=(3-x)2 e pergunte qual o
valor de x que y assume o menor valor possível. Ou seja, qual
o valor de x que a função é mínima? Suponha que para este
problema todos os valores x do conjunto dos reais é possível,
se não temos nenhuma restrição para fazer, as possibilidades
são “muitas”. Como faemos? Podemos ser sistemáticos e varrer
todo o espaço de solução (valores possíveis de x) procurando
que x dá o menor valor de y,

x Y

obviamente que esta estratégia é bem custosa. Outra estratégia


pode ser escolher valores aleatórios de x, mas isto não
garante que depois de 100 tentivas estejamos próximo de um
valor, pelo menos, “próximo” do cereto. Será que existe uma
estratégia mais inteligente de fazer uma busca no espaço
solução?

Método do gradiente

Suponha que você está caminhando em um terreno e deseja achar o ponto mais baixo. Digamos
que parte do ponto x0 e deseja dar um passo. Em se tratando do problema em uma dimensão,
podemos dar o passo para frente ou para trás. Mas queremos que a cada passo caminhando na
direção do minímo. Assim,

x1 = x0 h

tal que f(x1)<f(x0). Para descidir se somamos ou subtraímos h podemos usar o gradiente df/dx:

df/dx dx df

>0 >0 >0

>0 <0 <0

<0 >0 <0

<0 <0 >0

Veja temos duas situação que df<0, quando df/dx >0 temos dx<0, e quando df/dx<0 temos
dx>0. Veja que o sinal de dx é o contrário do df/dx, portanto
x1 = x0sinal(df/dx)h

onde h>0 é o passo. No lugar de trabalhar com a função sinal, podemos escrever

x1 = x0df/dx (h/|df/dx|)

considerando que (h/|df/dx|) é o passo, temos

x1 = x0 -df/dx

de forma recorrente

xi+1 = xi -df/dx

onde xi é a i-ésima aproximação do mínimo da função f. Podemos escrever a equação acima


como

dx/dt=-df/dx

portanto, o problema de encontrar um ponto extremo df/dx=0 passa


agora a ser de encontrar um ponto de equilíbrio dx/dt=0.

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