Você está na página 1de 27

SOLUCIONÁRIO DO LIVRO DE TEORIA DAS ESTRUTURAS I- ISOSTÁTICA DE SUSSEKIND

Questão 8.1 – problemas propostos

SOLUÇÃO
Primeiramente encontrar a equação que descreve a parábola sobre a viga, que pode ser
descrito na forma genérica abaixo.

 Equação de parábola de segundo grau-


2
Q ( x )=a x + bx+ c
Em seguida é importante encontrar as condições de contornos que nos permitirão definir
quem são as letras (A,b ,C).Serão as coordenadas do primeiro apoio , do segundo apoio e de
uma seção no meio da viga;
no primeiro apoio x=0; Q(x)=0
no segundo apoio x=l; Q(x)=0
l
no meio da viga x= ; Q(x) =p
2

de posse das condições de contorno basta substituir os valores na equação genérica o que
resultará em sistema de equações:

1)x=0; Q(x)=0
2
Q ( x )=a x + bx+ c

2
Q ( 0 )=a ( 0 ) +b ( 0 ) + c
c=0

2) x=l; Q(x)=0
2
Q ( x )=a x + bx+ c
2
Q ( 0 )=a ( l ) + b (l )+ 0
2
0=a l + bl
l l
3) x= ; Q ( ) =p
2 2

Q ( x )=a x 2+ bx+ c

() () ()
2
l l l
Q =a +b +0
2 2 2
2
a l bl
p= +
4 2

Agora montaremos um sistema de equações lineares cuja a solução nos dará a equação
que descreve a parábola.

{
al 2 bl
+ = p ( 1)
4 2
2
a l + bl=0 ( 2 )

Para resolver o sistema isolaremos o termo bl em (2) e em seguida substituiremos em (1):


2
a l =−bl
2
a l bl
+ =p
4 2

2
a l bl (−bl ) bl −2 bl+4 bl 2 bl 4p
+ =p → + =p→ =p→ = p ∴ b=
4 2 4 2 8 8 l

−4 p
−bl −b l −4 p
a l 2=−bl→ a= 2 = = ∴ a=
l l l l²

Portanto a equação que descreve a parábola é dada por

−4 p 2 4 p
Q ( x )= x + x
l² l

RESULTANTE E CENTRO DE GRAVIDADE DA ESTRUTURA

Sussekind considera que a carga distribuída pode ser representada por um valor

resultante que corresponde a área da carga, localizada em seu centro de gravidade x . A


resultante causa um momento em qualquer ponto no espaço, que é igual à soma dos momentos

componentes da carga distribuída em relação aquele mesmo ponto. Logo podemos resumir:

momento da resultante=R x=∫ q ( x ) dx

soma dos momentos das componetes =∫ q ( x ) xdx

igualando obtemos : x ´ =
∫ q ( x ) xdx
∫ q ( x ) dx

podemos então calcular o centro de gravidade da resultante dada por

l l

( ) ∫( )
l l l
−4 p 2 4 p −4 P 3 4 PL 2 −4 p 4p
∫ Q ( x ) xⅆx ∫ l
2
x+
l
x xⅆx
l
2
x +
l
x ⅆx 2 ∫
l 0
x 3 ⅆx + ∫
L 0⋅
x 2 ⅆx
0 0 0
x= = = = =
∫ Q ( ẋ ) ⅆx ∫( l x + l x )dx ∫ ( l x + l x ) ⅆx
l l l p l l
−4 p 4p −4 P 4 −4 p 4p
2 ∫ ∫ xⅆx
2 2
x 2 ⅆx +
0 0
2
0
2
l 0 L 0

A resultante é igual a área do carregamento estático que pode ser obtido através da integração

da parábola conforme abaixo:

( ) | |
B l l l 3 l 2 l 3
−4 p (l )
p
−4 p 2 41 −4 p 4p 4p x 4p x
R=∫ Q ( x ) ⅆx =∫ ⋅ x ⅆx = 2 ∫ x ⅆx + ∫
2
2
⋅x + xdx=− 2 ⋅ + ⋅ = ⋅ +
A 0 l l l 0 l 0 l 3 0 l 2 0 12 3

2 pl
A resultante ficará concentrada na distância l/2 em relação aos apoios e com isso
3

poderemos obter as reações de apoios através das equações da estática. Lembrando que os

momentos no sentido anti-horário e reações em sentido para cima são positivos e o contrário

negativas.

∑ ma=0
2
Pl
2
−2 p l +P l 3 pl
l⋅ + R b ⋅l=0 → R b ⋅l= =R b= ∴ Rb =
3 2 3 l 3
∑ Fy=0
2 pl
Ra+ Rb− =0
3
2 pl
Ra= −Rb
3
2 pl pl
Ra= −
3 3
pl
Ra=
3

ESFORÇOS SIMPLES

Os esforços simples podem ser obtidos considerando uma seção s a distância x do apoio

A. Primeiro vamos calcular através da cortante. As cargas que causa efeito são a reação de

apoio Ra e a resultante da carga distribuída na distância x que pode ser obtido através de

integração. Lembrando que cargas com sentido para cima são positivas e para baixo negativa

como forma de convenção.

( ) ( )
x x

( )
3 2 3 2
pl −4 p 2 4 p pl −4 p x 4 p x pl −4 p x 2 p x p
C ( x )=R a−∫ Q ( x ) ⅆx = −∫ 2
x + x ⅆx = − 2
⋅ + ⋅ = − 2
+ =
0 3 0 l l 3 l 3 l 2 3 3l l 3

A cortante nada mais é do que a derivada do momento fletor. Se fizermos o processo

inverso, ou seja, integrar, teremos o valor de M(x). portanto:

( )
x x 3 2 x x x 4
pl 4 p x 2 p x pl 4p 2p pl 4 p x 2p x
m ( x ) =∫ C ( x ) ⅆx =∫ dx= ∫ ⅆx + 2 ∫ x ⅆx − ∫ x ⅆx = ⋅ x + 2 ⋅ −
3 2
+ 2
− ⋅
0 0 3 3l l 3 0 3l 0 l 0 3 3l 4 l
4 3
plx p x px
M (x )= + 2 −2
3 3l 3l

pl pl ²
O autor simplifica ainda mais a resposta colocando e em evidencia para o
3 3

x
cortante e o momento fletor respectivamente. Ele ainda utiliza a notação ∈= na sua resposta.
l

Portanto podemos escrever as equações como:

( )
3 2 3 2
pl 4 p x 2 p x PL 4 x 2x pl
⋅ 1+ 3 − 2 = ⋅ ( 1+ 4 ϵ −6 ϵ )
3 2
C ( x )= + 2
− =
3 3l l 3 l l 3

( )
4 3 2 4 3 2
plx p x p x pl x x 2 x pl (
⋅ ϵ+ ϵ −2 ϵ )
4 3
M (x )= + 2 −2 = ⋅ + 4− 3 =
3 3l 3l 3 l l l 3

Questão 8.2
Para resolver este problema devemos transformar as cargas triangulares em uma carga

uniforme que vai de apoio a apoio e em uma carga triangular que vai de apoio a apoio. Estas

cargas devem ser equivalentes, ou seja, o que for acrescentando na parte de cima da viga será

acrescentado na parte de baixo. Logo no trecho do triangulo invertido iremos inserir uma carga

p uniforme em cima, essa mesma carga deverá ser somada ao triangulo invertido em baixo,

representado pela carga verde de valor p. Em seguida acrescentaremos o triangulo vermelho no

trecho do triangulo menor e o mesmo deve ser acrescentado em baixo.

Portanto o resultado final teremos uma carga uniforme P em cima da viga e uma carga

triangular de valor 3p em baixo.

REAÇÕES DE APOIOS

A partir disso a viga pode ser calculada primeiramente para carga retangular e em

seguida para triangular. Primeiramente para a retangular:

∑ Ma=0
− pl. ( 2l )+ Rbl=0
− pl. ( 2l )=−Rbl
pl
↑ Rb=
2

∑ Fy=0

Rb+ Rb−ℜ=0

Rb=ℜ−Ra

pl
Rb= pl−
2

pl
↑ Rb=
2
Em seguida iremos calcular as reações de apoio devido a carga triangular. Lembrando

que a carga triangular se concentra há 1/3 da base menor. A resultante pode ser calculada

através Da área do triangulo dada então por:

bh 3 pl
ℜ= =
2 2

Usando as equações da estática temos então:

∑ Ma=0

+ Ra .l−ℜ ( L3 )=0
Ra .l=ℜ ( L3 )
()
2 2
3 pl l 3 pl pl
Ra .l= . = =
2 3 6 2

pl ² pl
↓ Ra= =
2l 2

∑ Fy=0
−Ra−Rb+ ℜ=0

Rb=ℜ−Ra

3 pl pl
↓ Rb= − = pl
2 2

Com as reações de apoio obtidas podemos utilizar o princípio da superposição de efeitos, onde
os diversos carregamentos da viga podem ser calculados de formas separadas e depois seus
valores serão somados para se obter os resultados finais. Podemos verificar na tabela abaixo:

Reações Carga retangular Carga Triangular Reação final


Reação (Ra) pl pl Ra=0
↑ ↓
2 2
Reação (Rb) pl pl↓ Rb= pl ↓

2

Como pode-se observar o apoio Ra não recebe carga, mas apenas o apoio Rb que recebe um
valor pl com sentido de cima para baixo.
ESFORÇOS SIMPLES
Para cálculo dos esforços simples calcula-se os esforços em uma seção s há uma distância x do
primeiro apoio.

Basta agora calcular a cortante que será dada por:

C ( x )=+ Ra−Rretangulo + Rtriangulo=¿

( )
3 px
.x
l 3 px ²
C ( x )=0−( px ) + =C ( x ) =−px +
2 2l

A resultante da carga triangular pode ser calculada por semelhança de triangulo, visualizado na
figura abaixo:

h 3p 3 px
= ∴ h=
x l l

Para achar o momento fletor basta integrar a equação de esforço cortante:


( ) |( ) |
x x 2 x x 2 x 3 x
3px 3p x 3p x − px ² 3 px ³
M ( x ) =∫ C ( x ) dx=∫ dx=− p∫ xdx+ ∫ 2
− px + x dx=− p + = + ∴M(
0 0 2l 0 2l 0 2 0 2l 3 0 2 6l
pl pl ²
Colocando em evidencia e respectivamente para força cortante e momento fletor e
2 2
x
fazendo ϵ= temos:
l

( )
2 2
3 p x pl −2 x 3 x pl 2
C ( x )=− px + = + 2 = (−2 ϵ +3 ϵ )
2l 2 l l 2

( )
2 3 2 2 3 2
− p x p x p l −x x pl
M (x )= + = 2
+ 3 = (−ϵ ² +ϵ ³)
2 2l 2 l l 2

QUESTÃO 8.3

A dificuldade dessa questão consiste em apresentar a resposta da maneira que o Sussekind


demonstra, mas é pra isso que estamos aqui. Também montar a equação exige um pouquinho de
malandragem se é que você me entende. Então primeiramente vamos verificar as condições de
contorno da viga. A viga possui apenas duas condições, no início com o ponto (0,p) e no final
com o ponto (L,0). Substituindo esses pontos em uma equação genérica de segundo grau temos:

1) primeira condição de contorno (0, p):

2
Y =a x +bx + c
p=a ( 0 ) +b ( 0 )+ c
c= p

2) segunda condição de contorno (L,0)


2
Y =a x +bx + c
0=al ²+bl+ p
2
a l +bl=− p
Como podemos observar precisaríamos de uma terceira condição de contorno para acharmos as
incógnitas a e b, e para isso, vamos fazer o seguinte. Primeiro iremos imaginar a parábola da
seguinte maneira:

Perceba que apenas continuamos a parábola, onde a linha vermelha representa o tamanho
original da viga. Veja que a parábola toca em apenas um único ponto da viga que é seu vértice
localizado a uma distância L. Sendo assim podemos utilizar as equações de vértice como
terceira condição de contorno. As equações são:
−b −∆
Xv= ; Yv=
2a 4a

Entre as duas, há que importa mesmo é a do vértice Xv já que ela possui relação com A e B.
Lembrando que o valor de Xv=L que é o final da viga. Onde toca a parábola logo:
−b
Xv=
2a
−b
l= →b=−2 al
2a
Substituindo:
2
a l +bl=− p
2
a l + (−2 al ) l=− p
2 2
a l −2 a l =− p
2 p
−a l =− p ∴ a=

Com o valor de a em mãos podemos enfim achar b e a equação completa:


p −2 p
b=−2 al=−2 l=
l
2
l
A equação:
p 2p
y= x ²− x+ p
l² l
RESULTANTE E CENTRO DE GRAVIDADE
O centro de gravidade não será necessário para resolver a questão, mas a resultante será.
Esta pode ser obtida integrando a área da parábola no intervalo de 0 a L.

| |
l l l l 3 L 2 l
R=∫
0
( p 2 2p
l
2
x−
l ) p
l 0
2p
l 0 0
p x
x + p dx= 2 ∫ x dx − ∫ xdx + p∫ dx= 2
2

2p x
l 3 0 l 2 0
+ px

2
pl ³ p l pl pl
− + pl= − pl+ pl ∴ R=
3 l² l 3 3

ESFORÇOS SIMPLES
A equação de esforço simples cortante pode ser obtida em uma seção genérica S que fica a
x distância do engaste. Os esforços atuantes são a reação de apoio do engaste e a resultante Rd
como mostra a figura abaixo.

Entretanto uma maneira mais simples de calcular esse esforço seria ao invés de utilizarmos os
esforços há esquerda seção s, utilizaríamos os esforços a direita da seção que seria unicamente a
resultante Re da pequena parábola de altura H e comprimento (L-x). segue -se um desenho
esquemático
A altura H pode ser obtida substituindo na equação da parábola o par de ordenada (x,h) que
resultaria na própria equação da parábola . Portanto:

( ) ( ) ( )
2 2 2 2
pl 1 p x 2 px p x 2 px p p x −2 pxl+ p l
C ( x )=ℜ= = 2
− + p . ( l−x )= 2
− + . ( l−x )= 2
. ( l−x )
3 3 l l 3l 3l 3 3l

(p ( x 2−2 xl+ l 2)
)
2 3 3
p . ( l−x ) p . ( l−x ) p . ( l−x )
¿ 2
. ( x−l ) = 2
. (l−x )= 2
∴ C ( x )= 2
3l 3l 3l 3l

A equação do momento m(x) é obtida integrando C(x). lembrando que podemos substituir (L-x)
por u e dx = -du
x x 3 x
p . ( l−x ) p
4
−p u − pu
4
− p(l−x)4
M ( x ) =∫ C ( x ) dx=∫ 2
dx= ∫ −u ³ du= 2
= 2
∴ M ( x ) =
0 0 3l 3 l² 0 3l 4 12l 12 l²

pl pl ²
Colocando em evidencia e para cortante e fletor respectivamente, e fazendo
3 12
(l−x)
ϵ '= temos:
l

3
p . (l−x ) pl (l−x)³ pl
C ( x )= = . = ϵ '³
3 l2 3 l³ 3
4 4
− p ( l−x ) − p l 2 ( l−x ) − pl ² 4
M (x )= = . 4 = ϵ'
12l 2 12 l 12
QUESTÃO 8.4

Essa questão é extremamente fácil de resolver. Primeiro iremos separar o carregamento


em dois e em seguida usar o princípio da superposição dos efeitos. A configuração segue
abaixo:
Fazendo os somatórios dos momentos em A primeiro temos:

∑ Ma=0
−ℜ+ Rb .8=0
ℜ.2 ( 4 ) .2
Rb= = =1 t
8 8

∑ Fy=0
Ra+ Rb−ℜ=0
Ra=ℜ−Rb
Ra=( 4 ) −( 1 )=3 t

Em seguida faremos o mesmo procedimento para a figura 2

∑ Ma=0
−ℜ.6+ Rb .8=0
ℜ.6 ( 4 ) .6
Rb= = =3 t
8 8

∑ Fy=0
Ra+ Rb−ℜ=0
Ra=ℜ−Rb
Ra=( 4 ) −( 3 )=1 t

Reações Carga retangular 1 Carga retangular 2 Reação final


Reação (Ra) 3t↑ 1t↑ Ra=2 t ↑

Reação (Rb) 1t↓ 3t↓ Rb=2 t ↓

Conforme vemos na tabela cada apoio recebe o equivalente a 2 tonelada em direção oposta;

CALCULO DOS ESFORÇOS

Começaremos pelo esforço cortante. No apoio A, temos o valor de 2t , que passa a perder 1t a

cada metro pelo carga distribuída . No final da carga distribuída teríamos que:

C=2−4=−2 t

Após os 4m a carga distribuída inverte e a cortante passa a aumentar em uma taxa de 1t/m o que

significa que aos 4m teremos

c=−2+ 4=2 t
Por fim no apoio b, temos 2t apontando de cima para baixo que gera o cortante.

O momento máximo pode ser calculado no ponto onde o esforço cortante for zero, a distância x

do apoio A. com semelhança de triangulo podemos calcular x:

2 2 8
= ∴ 2 x=8−2 x ∴ x= =2
x (4−x) 4

Com a distância podemos calcular o momento a 2m que vale:

2
Mmáx=Ra.2−ℜ.
2
2
Mmáx=2.2− (1.2 ) =4−2=2t .m
2

Questão 8.5

Para que ocorra os menores momentos fletores possíveis é necessário que os momentos

negativos sejam iguais aos momentos fletores positivos. Na viga em questão, quem causa os

momentos negativos é a carga P. Isso significa que essa carga deve causar um momento

negativo que seja maior que o momento máximo positivo causado pela carga retangular e a

diferença entres esses valores seja um momento negativo. Segue-se uma ilustração abaixo
O somatório dos momentos fletores da carga retangular com a carga P, resulta em uma
+¿¿ −¿¿ −¿¿
viga submetida aos momentos m 2 e m2 , que são iguais. O momento Mp é igual ao
+¿ ¿ −¿¿
somatório de Mr da carga retangular com o momento M 2 . Podemos montar a seguinte

equação

−¿ ¿
+ ¿+ M2 ¿

Mp−¿= Mr ¿

Agora calcularemos as reações de apoio e os esforços simples.

A resultante Re vale:

ℜ=q∗2 l=2 ql

∑ MB=0
+ ℜ. l−Ra .2l−Pl=0
−( 2 ql ) .l+ Ra .2l− pl=0
2
2 q l − pl
Ra=
2l

∑ Fy=0
Ra+ Rb−ℜ=0
2
2 q l − pl
Ra=2 ql−
2l
2 2
4 q l −2 q l + pl
Ra=
2l
2
2 q l + pl
Ra=
2l

ESFORÇOS SIMPLES

O diagrama de esforço cortante da viga segue abaixo

O diagrama de esforço cortante apresenta uma descontinuidade na seção central


graças a carga p. Na distância x temos que a cortante é nulo e o momento fletor nessa seção
será máximo. Para calcularmos a distância x basta fazermos a equação da cortante a distância
x

( )
2
2 q l − pl p
2ql . l−
( )
2
Ra 2l 2 q l − pl 2q p
C ( x )=+ ( Ra ) −qx=0 → x= = = = = l−
q q 2 ql 2 ql 2q

(
x= l−
p
2q )
Nessa distância o momento será máximo cujo valor é obtido com a equação de
momento a seguir:

)) ( )( )
( ) ( )¿
2
p p
q . l− 2 ql l −
( (
2 2
qx 2 q l −pl p 2q 2q
+ ¿=Ra . x− = . l− − =
2 2l 2q 2 2l
M2

()) ( ) ) ( ( ( ( ))
2 2
p p
( )¿
2
p
q l− q . l− q . l−

(( ))
2 2q
p 2q p 2q +¿=
2
. l− − = q . l− − =M 2
2q 2 2q 2

+¿¿ −¿¿
Lembrando que o momento m 2 é igual ao momento m 2 .

MOMENTOS DA CARGA P E CARGA RETANGULAR

Agora iremos calcular o momento causado pela carga p e pela carga retangular separados

2 2
qx q l ql ²
+¿=Rax − =ql . ( l ) − = ¿
2 2 2
Mr
p pl
−¿= Rax= . ( l ) = ¿
2 2
Mp

p
O valor da reação Ra para carga retangular é ql e para a carga p é .O valor do fletor máximo
2
−¿¿ +¿ ¿ −¿¿
Mp é o somatório dos fletores máximos Mr e M2 . Com isso podemos obter o valor
da carga p como vemos a seguir:
−¿ ¿
+ ¿+ M2 ¿

Mp−¿= Mr ¿

( )
2
p
q . l−
pl ql ² 2q
= +
2 2 2

( )
2
2 p
q l + l−
pl 2q
=
2 2

pl=q l + l−
2
( p
2q
² )
( )
2
2 2 p p
pl=q l +q l −2 l +
2q 4q ²

) (
2
2 2 pl p
pl=q l +q l − +
q 4q ²

pl=q l +( q l −
q 4q ²)
2
2 pql qp 2
+

pl=q l +( q l − pl+ )
2
2 p 2
4q
2
2 p 2
pl=q l +q l − pl +
4q
2
2 p
pl=2 q l − pl +
4q
2
2 p
pl+ pl =2 q l +
4q
2
2 p
2 pl=2 q l +
4q
2
p 2
−2 pl+2 q l =0
4q
O resultado da equação anterior é uma equação de segundo grau cuja a incógnita é p.
Utilizando a formula de Bhaskara (olha ae você dizendo que nunca mais ia utilizar essa
formula) teremos:
2
p 2
−2 pl+2 q l =0
4q

2
∆=b −4 ac=(−2 l ) −4
2
( 41q ) (+2 q l )=4 l −2 l =2 l² 2 2 2

∆=2 l ²
Agora iremos achar as raízes P1 e P2

{
−b+ √ ∆ −(−2 l )+ √ 2 l ² + 2l+l √ 2
p 1= = = = ( 2l+l √ 2 ) 2 q=2 ql(2+ √ 2)
2a
2
1
4q ( ) 1
2q ( )
−b− √ ∆ − (−2l )− √ 2 l ² + 2l−l √ 2
p 2= = = =( 2l−l √ 2 ) 2 q=2ql(2−√ 2)
2a
2
4q
1
( ) 1
2q ( )
Temos então que

{ p 1=2 ql(2+ √ 2)
p 2=2 ql (2−√ 2)

A questão pede qual o valor de p para que ele causa os menores momentos fletores possíveis.
Para isso o valor de p deverá ser o menor entre p1 e p2. Resolvendo então a parte numérica
temos:

{ p 1=2 ql ( 2+ √ 2 ) =2 ql ( 3 , 41 )=6 , 82 ql
p 2=2 ql ( 2−√ 2 )=2 ql ( 0,585 )=1 , 17 ql

Portanto o valor p deve ser o p2

p 2=2 ql ( 2−√ 2 )
−¿¿
Podemos obter o momento máximo da viga que é dado pela formula de M 2

( )
2
p
q l−
( )
2
2q q 1, 17 ql q 2 q 2 q
−¿= = . l− = ( l−0,585 l ) = ( 0,415 l ) = .0,172 l 2=¿¿
2 2 2q 2 2 2
M2
−¿=0,086 ql ² ¿
M2

Questão 8.6
Essa questão consiste em aplicar o mesmo raciocínio da questão 8.5. Para a viga estar
submetida aos menores momentos fletores, tanto o momento negativo quanto o positivo
devem ter o mesmo valor. A figura a seguir apresenta os diagramas de momento das cargas
individuais e o diagrama de momento das cargas unificadas.

O momento máximo negativo pode ser obtido pela diferença entre os momentos
+¿ ¿ −¿¿
Mr e Mp , causados pela carga retangular e carga p respectivamente. O momento
máximo positivo pode ainda ser encontrado no ponto onde a força cortante é nulo. Para isso
utilizaremos o diagrama de cortante abaixo, que seria o diagrama cortante equivalente as
cargas unificadas.

Os valores do diagrama de esforço cortante são p e (ql-p) que nada mais são as cargas
atuantes e a reação no engaste respectivamente. Para calcular x que será a distância onde o
momento é máximo basta fazer semelhança de triangulo. Então teremos:

ql− p p 2 2
= → ( ql− p ) ( l−x )= px → q l −qlx− pl+ px=px → q l − pl= px− px
x l−x

( qp ) = l− p
ql l−
2
+qlx → q l − pl=qlx→ ql l− ( qp )=qlx → x= ql ( q)
(
A expressão l− L−
P
Q )
pode ser simplicada:

(
l− L−
P
Q ) p +p
=l−l+ =
q q

p
Com isso podemos calcular o momento máximo para a distância . teremos então:
q

Lembrando que o momento a esquerda é igual se calculássemos ele pela direita de S. A


escolha a esquerda foi por facilidade.

( ) ()
2 2 2 2
qp p p p p p −2 p − p ²
+¿= . −p = − = = ¿
q 2q q 2q q 2q 2q
Mmáx
Esse momento é igual ao máximo negativo. Tudo que precisamos agora fazer é
encontrarmos uma relação que nos dará p em função dos momentos achados. Para isso
utilizaremos a diferença entre momentos isolados de cada carga com a carga unificada. Temos:

−¿=ql . ( 2l )= ql2 ² ¿
Mr
+¿= p . ( l ) = pl ¿
Mp
2 2 2 2
ql −p ql p
+¿=Mmáx = −pl = = − pl + =0¿
2 2q 2 2q
−¿− Mp ¿
Mr
Utilizando delta e baskhara temos:
2
1 −q l
∆=b −4 ac=( l )−4
2 2 2 2 2
=l + l =2l
2q 2
{
−b+ √ ∆ −l+l √ 2
p 1= = =q (−l+l √ 2 ) =ql ( √ 2−1 )=0 , 41 ql
2a 1
2
2q
−b− √ ∆ −l−l √ 2
p 2= = =q (−l−l √ 2 )=ql (− √ 2−1 )=−2 , 41 ql
2a 1
2
2q

Você também pode gostar