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método sentido da voz

O GUIA PRÁTICO

DO MELISMA
por leonardo gonçalves

2023

leonardo gonçalves © todos os direitos reservados.


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O GUIA PRÁTICO DO MELISMA


material de apoio para treino

1. O QUE É UM MELISMA?

qualquer sílaba cantada com mais de 3 (três) notas. essa é a definição básica
de um melisma.
todos os povos e tribos humanas possuem alguma cultura, com sua própria
linguagem, costumes e mesmo arte, entre outras coisas. e todas essas culturas
possuem também alguma forma de canto. portanto, todas elas possuem alguma
forma de melisma.
não vamos estudar sobre todo e qualquer tipo de melisma, de qualquer
cultura. vamos estudar o melisma que tem sido mais usado no ocidente e que tem
influenciado muito a indústria fonográfica, que é o melisma que chegou até nós
através dos escravizados pretos que vieram do continente africano.

2. UM BREVE HISTÓRICO DESTE MELISMA

a história conta que os que foram violentamente sequestrados de suas casas


e enfiados nos porões dos navios negreiros, ainda assim cantavam durante a
travessia.
um exemplo disso é o relato do homem a quem é atribuída a autoria da
canção AMAZING GRACE. ele disse ter aprendido essa melodia enquanto
trabalhava em um navio negreiro (conta-se que depois ele se arrependeu e que
escreveu essa letra retratando sua mudança de vida). AMAZING GRACE talvez seja
uma das canções mais conhecidas compostas na escala pentatônica (maior).
o canto dos escravizados atravessou vários séculos de escravidão na
américa do norte e é muito difícil reconstitui-lo, já que naquela época, obviamente,
não havia registros fonográficos. os escravizados também tinham pouca autonomia
ou acesso a formas de registrarem suas linhas melódicas por escrito. além disso, os
historiadores brancos da época não se interessavam muito em fazer isso.
de modo bem resumido, o negro spiritual nasce do encontro e da mistura de
vários povos escravizados (misturavam pessoas de povos e tribos diferentes
propositalmente pra dificultar a comunicação entre eles e pra diminuir a

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possibilidade de revoltas) com a música ocidental de origem européia (eles foram


forçados a aderirem ao cristianismo).
quando falamos em estudar melisma na prática, normalmente estamos
falando do melisma a partir do século xx, que é quando ele foi introduzido na
indústria fonográfica (e sequer passa a existir indústria fonográfica). do negro
spiritual nascem o blues, o jazz, o gospel, o rock, o soul, o funk e uma séria de
outros gêneros musicais que têm dominado a indústria fonográfica no ocidente.
nas décadas de 60 e 70 acontece uma relevante ascensão do melisma na
indústria, e de maneira ainda mais evidente a partir da década de 90.

3. PENTATÔNICA MAIOR E MENOR

vamos, enfim, à prática do melisma. o jeito mais fácil de aprender as escalas


pentatônicas para o melisma é sentado na frente de um piano. pra quem não tem
um piano ou teclado, existem aplicativos de teclas de piano gratuitos para o celular.
mas, sinceramente, o piano é só uma ajuda/auxílio pro começo: o importante
MESMO é você memorizar a sonoridade e as sensações.
existem escalas pentatônicas em todas as tonalidades, já que a escala é a
relação entre as notas, e não uma tonalidade em si. mas o jeito mais fácil de
imaginar a escala pentatônica no piano é você achar o DÓ CENTRAL (a nota que
fica bem no meio do piano) e tocar as teclas pretas a partir da tecla mais próxima a
esse dó central, que é o RÉ BEMOL. aí, se você tocar as teclas pretas a partir
dessa nota, você estará tocando a escala pentatônica maior na tonalidade de RÉ
BEMOL.
toque aí e tente decorar esse som e a sensação que ele causa em você. essa
escala soa muito familiar, não é? isso porque ela é realmente muito usada.
pra você aprender a pentatônica menor também é bem simples. ao invés de
começar na primeira tecla preta do lado do DÓ CENTRAL que acabamos de usar (o
RÉ BEMOL), você começa na SEGUNDA tecla preta do lado do DÓ CENTRAL, que
é o MI BEMOL. e agora você toca todas as notas pretas, mas começando a partir
dessa nota. essa escala também é conhecida como PENTABLUE.
também precisamos falar da fluidez em que músicas pentatônicas, muitas
vezes, ficam mudando da pentatônica maior para a menor, ou quando há

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brincadeiras de mudanças entre uma e outra. isso acontece, por exemplo, na


música MENTE E CORAÇÃO.
comece a reparar nas músicas que você ouve no rádio e repare nas músicas
que você já conhece, que foram escritas na escala pentatônica. repare na sensação
que a escala pentatônica maior lhe causa; e também da pentatônica menor. repare
também nas brincadeiras que existem, especialmente no blues, entre pentatônica
maior e menor.
teoria musical sempre ajuda e sempre é bom de aprender, se você tiver
acesso. mas importante MESMO é você se familiarizar com as sensações que
diferentes escalas lhe causam. quando você está cantando na prática, raramente
terá tempo de fazer análises profundas, mas você pode e deve se educar a seguir o
seu instinto, baseado nessas sensações e na memória dessas sensações.

4. COMO TIRAR UM MELISMA DE OUVIDO

o resumo é: separando em partes. e começando com melismas mais simples,


pra você poder treinar o seu ouvido. 90% dos melismas que a gente ouve estão
dentro das escalas pentatônicas, é por isso que elas "fazem sentido" aqui. e mesmo
os melismas mais complexos PARTEM das escalas pentatônicas e têm suas
inovações RELACIONADAS a elas.
uma das coisas que sempre fiz, pra me ajudar a memorizar e ter certeza de
que eu estou tirando os melismas corretamente, é contar quantas notas cada
melisma tem e em quantas partes "simples" eu consigo separar (caso seja um
melisma longo).
ah, e importante: nem sempre um melisma longo é complexo e nem sempre
um melisma SIMPLES é fácil de executar.
você pode usar os seguintes exemplos de melismas para tirar de ouvido:

a) whitney houston I LOVE THE LORD "every groan" > min. 1:59;
b) lauryn hill TELL HIM (final da ponte) > min. 2:48;
c) leonardo gonçalves MORIÁ (logo depois da modulação) > min. 3:27;
d) kirk franklin (isaac carree) SOMETHING ABOUT THE NAME JESUS > min. 4:33.

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5. COMO TREINAR UM MELISMA

isso está intimamente relacionado a como tirar um melisma de ouvido. então


vamos treinar seguindo todos esses passos:

passo 1: separe o melisma em partes;


passo 2: conte quantas partes ele tem;
passo 3: conte quantas notas cada parte tem;
passo 4: encontre um tom confortável pra você, que poderá ser diferente do tom do
melisma (pra você conseguir treinar por mais tempo, sem cansar);
passo 5: treine cada parte do melisma separadamente e VAGAROSAMENTE;
passo 6: preste atenção especial em qual nota você está tendo dificuldade de afinar
na sequência e pare nela, pra firmar a afinação especificamente desta nota;
passo 7: depois, volte a treinar aquela parte toda;
passo 8: quando a primeira parte estiver sendo bem executada, tanto devagar
quanto rapidamente, passe para a segunda parte;
passo 9: faça o mesmo que fez com a primeira parte, agora com a segunda parte;
passo 10: quando a segunda parte estiver tão boa quanto a primeira, aí tente fazer
a primeira e a segunda parte juntas;
passo 11: você vai notar que a passagem da primeira pra segunda parte não vai
estar tão boa, então treine as duas juntas vagarosamente, com atenção especial ao
que acontece com a sua voz na passagem da primeira pra segunda parte;
passo 12: está com fluência (inclusive da passagem) das primeiras duas partes?
treine somente a terceira, também vagarosamente.
passo 13: quando a terceira parte estiver fluindo, treine a fluência da segunda pra
terceira parte;
passo 14: e, assim, sucessivamente, até treinar todas as partes do melisma
individualmente, depois a passagem de cada parte para a outra, e, somente no final,
o melisma todo, com todas as partes, até que tudo esteja fluindo de maneira
satisfatória.
dica: seja exigente com você mesmo durante os treinos. exigente nos treinos e
gentil em relação às suas performances. creio que isso gere um equilíbrio razoável.
especialmente num contexto em que o melisma não seja tão comum, o
acabamento é que vai ajudar as pessoas a aceitarem melhor que você use esse

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recurso. se você não tiver acabamento, você está infinitamente mais sujeito a ser
criticado. porque o melisma realmente não é fácil. e ser criticado por ter tentado
fazer algo que você ainda não sabe fazer é uma crítica dura de engolir. se forem
criticar, que pelos menos critiquem algo que você sabe que fez muito bem feito. o
processo pode soar árduo, mas é MUITO recompensador.

6. COMO DAR SENTIMENTO/VIDA A UM MELISMA

eu vou ficar insistindo nisso, porque realmente é o que deu certo pra mim:
treine vagarosamente!
quando você faz os treinos detalhada e vagarosamente, insistindo em ficar
repetindo cada trecho e cada nota do melisma, além de sua musculatura se
acostumar a realizar todos os movimentos necessários, você também terá a
oportunidade de refletir a respeito daquilo que está fazendo.
e, ao fazer vagarosamente, sua voz naturalmente encontrará inflexões (que
são aquelas mudanças de intensidade da nota quando você mexe o maxilar, por
exemplo), pequenos atrasos e antecipações, o momento certo de colocar um
micro-vibrato, talvez um pequeno bend… tudo isso faz parte do acabamento do
melisma.
acabamento parece um detalhe, mas como diz o famoso designer charles
eames: "os detalhes não são os detalhes. eles constituem o produto. serão, por fim,
estes detalhes que darão ao produto sua vida."
e é no acabamento que está a vida do melisma.

7. COMO APLICAR UM MELISMA DENTRO DA MÚSICA

na maior parte dos casos, o efeito do melisma vai estar na sua execução
CASUAL, sem esforço e naturalmente, como se nada estivesse acontecendo. você
"joga" o melisma como quem não quer nada.
em alguns casos, no entanto, – e talvez nos casos mais importantes,
especialmente dependendo da retórica da música – toda a canção e todo o arranjo
serão construídos para aquele exato momento do melisma. é o caso de VISION OF
LOVE da mariah carey, de BENDED KNEE (e tantas outras) do boyz ii men, de
incontáveis músicas do tonéx, como MAKE ME OVER e, também, de canções como

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GETSÊMANI. são músicas cujos arranjos são construídos de tal maneira que sem o
melisma não funcionam ou perdem muita força.
mas antes de entrar em músicas e análises de músicas específicas, me
permita explicar melhor o que eu quero dizer com “retórica musical”: um exemplo
bem óbvio e até “bobo” é o que eu fiz na interpretação da música O AMOR DE
DEUS, no álbum “poemas e canções”. “o vento que ruge ou que sopra mansinho”:
quando o vento ruge, eu imito esse som com a voz e quando ele sopra mansinho,
eu imito exatamente isso com a voz.
mas existem exemplos muito mais complexos de retórica musical. na
abertura da PAIXÃO SEGUNDO SÃO JOÃO de bach, por exemplo, a nota mais
grave que todos os naipes do coral cantam é na palavra em alemão NIEDRIGKEIT,
que significa “baixeza”. digamos que você escrevesse uma música do SALMO 130
“das profundezas clamo a Ti” e então começasse nas notas graves pra, com isso,
remeter às profundezas. pra dar apenas dois exemplos de casos mais elaborados,
temos JESUS, ALEGRIA DOS HOMENS de bach (por muitos considerado o rei da
retórica musical), em que a melodia começa no segundo tempo e não no primeiro,
porque trata de Jesus, a SEGUNDA pessoa da trindade. ou ainda a canção COISAS
INVISÍVEIS do meu falecido amigo wendel mattos, que compôs uma música inteira
em que suprimiu a 3a de todos os acordes, mas em que ela soa junto por causa da
abertura em que tocou o piano – aquela coisa dos harmônicos que soam juntos –
para se referir àquilo que DEUS faz e existe, mas nós não vemos. resumindo:
quando a letra, a melodia, o arranjo, a interpretação, a sonoridade e tudo mais que
houver estiver comunicando, reforçando e construindo um mesmo significado, é ali
que temos um excelente exemplo de retórica musical.
no caso de GETSÊMANI, o melisma do “vem, vê” é a expressão máxima da
dor física, emocional, mental e espiritual que Jesus sentiu naquela cruz. aqui, o
melisma e os agudos não podem ser casuais. aqui, o esforço no limite e a busca por
transcender esse limite fazem parte essencial da interpretação. o limite da tessitura
remete à dor, mas os melismas remetem à superação da dor e até mesmo
libertação da dor. e, embora no momento da morte de nosso Senhor Jesus Cristo
Ele sentisse muita dor, era uma dor que iria NOS libertar. logo, o uso do melisma
"não casual" reforça e contribui para o significado que está sendo transmitido.
gaste um tempo pensando em qual é a FUNÇÃO do melisma no contexto
daquela canção. lembra do melisma que mencionei da whitney houston em I LOVE

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THE LORD? a palavra GROAN seria traduzida como GRUNHIDO (de "grunhidos
inexprimíveis" mesmo) e, dentro do que chamamos de retórica musical que eu
expliquei ali, essa é uma EXCELENTE palavra pra você colocar um melisma como
aquele, ou até mesmo qualquer outro.
agora, pegue aquele mesmo melisma da whitney houston e coloque num hino
da harpa que não tem nada a ver, como SANTO, SANTO, SANTO. se vc fizer isso,
é CLARO que um pastor de gerações mais avançadas vai pegar o microfone e dizer
que não se deve "esmerilar o hino".
se seu melisma tiver ACABAMENTO, como vimos no item 6, e CONTEXTO
como estou falando aqui, vai ser bem mais difícil criticarem ou estranharem o hino.
outro exemplo: na música I'M FREE, que ton carfi e eu cantamos com o
família soul, a temática da música gira em torno da liberdade que temos através do
nome de Jesus. dentro do contexto dessa música alegre, se você usar e até abusar
do melisma CASUAL, rápido e leve, faz total sentido e está em perfeita harmonia
com a proposta da música. neste caso, o melisma também vem reforçar e destacar
a mensagem que a música pretende transmitir.
mais um exemplo de melismas que reforçam o que a música já está dizendo:
MURO, do meu primeiro álbum "poemas e canções". nessa música, eu canto três
vezes a frase "e esse muro logo irá cair”. na primeira vez, a melodia que foi escrita,
retoricamente já colocou uma frase melódica descendente, imitando a queda do
muro (de berlin, no caso). da segunda vez, ao subir a nota da melodia, a "queda"
fica maior. já no terceiro e último coro, ao subir ainda mais a nota da melodia antes
da "queda", ela fica ainda maior e ainda mais acentuada.
outro tipo de uso retórico de melisma, especialmente em um contexto mais
pentecostal, é o uso de melismas mais complexos, mais inesperados, que fogem da
escala pentatônica e podem muito bem ser usados para gerar sensação de
"mistério", especialmente quando começam em uma nota ou em um momento
inesperado.
vou dar um exemplo: JESUS MEU GUIA É já tem uma sensação de "mistério"
porque é uma música em tom menor, mas que em sua melodia usa uma 7a maior.
ou seja: já gera uma estranheza. daí o melisma, que na minha opinião é o mais
importante da música (que eu faço no min. 5:16), começa numa 7a menor,
exatamente depois que a melodia fez essa 7a maior. iniciar um melisma numa 7a já
seria incomum em qualquer caso, mas com essa tensão envolvendo tanto a 7a

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menor quanto a maior, é realmente muito inesperado, pega o ouvinte no contrapé. e


eu começo com essa nota exatamente depois que a melodia canta a 7a maior, no
silêncio em que nem a banda está tocando.
ouve aí…
outra coisa: especialmente quando você for cantar com um coral, entenda
que você precisa encontrar os espaços, os momentos em que o coral está
terminando uma frase e respira pra cantar a próxima frase. mesmo com microfone,
não tem como "ganhar" de um coral inteiro “no grito”, como solista. você tem que
encontrar os espaços. e uma coisa que eu aprendi a duras penas, é que é bem
melhor chamar o coral, antecipando a letra da próxima frase dele, do que ficar
correndo atrás do coral, repetindo o que eles acabaram de cantar (como eu fiz em
GETSÊMANI). normalmente, nos corais do gospel americano, o solista está
conduzindo, antecipando e chamando o coral.
sei que parece que estou entrando num papo MUITO de teoria musical, aqui.
mas quero que vocês SINTAM a estranheza da nota. não precisa nem entender
teoricamente o que está acontecendo. isso não é o mais importante. mas SINTA o
que a nota causa em você. e tente entender que eu cantei essa nota em JESUS
MEU GUIA É porque eu PRECISAVA sentir essa estranheza naquele momento. é
claro que, naquela época e dentro do estúdio, eu não fiz essa análise toda. lá em
janeiro de 2002, há mais de 20 anos, mesmo que eu já soubesse bastante coisa de
teoria musical. mas acho, sim, importante que isso continue se sustentando quando
a música é sujeita a uma análise mais profunda.
outro exemplo, ainda melhor do que esse, é o da kim burrell em IT IS DONE
(o melisma do min. 3:27). ouça e perceba como, de maneira magistral, a nota que
inicia o melisma causa a sensação de estranheza e, por que não, mistério! pega
você no contrapé MESMO. e você fica com aquela sensação de “o que acabou de
acontecer aqui, meu DEUS!?!”.
por fim, retórica musical funciona de duas maneiras: por reforço, mas também
por contraposição, confrontando através do som o que é dito na mensagem. o
exemplo que vou dar aqui não é de melisma, mas de música mesmo e, pra facilitar,
uma música minha: SUBLIME. a nota aguda de SUBLIME segue à risca todas as
possíveis exigências de retórica musical, mas há uma clara tensão entre a letra “a
calmaria de um lugar” e o jeito que o arranjo e a interpretação estão construídos.
justamente porque SE QUER a calmaria, mas no contexto, do ponto de vista de

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quem canta e anseia por isso, não chegou lá ainda. e mesmo quando a letra no final
diz “encontrei o meu lugar”, se você analisar a letra, esse lugar não é o da calmaria,
mas o de entender que “o Eterno lar começa no momento em que vivo para Te
encontrar”. ou seja: é o lugar de tensão que, diga-se de passagem, é a temática do
álbum “princípio e fim” como um todo. mas isso é só um exemplo rápido pra
expandir seu conhecimento sobre retórica musical.

8. TRÊS MELISMAS PRA VOCÊ APRENDER A FAZER NA AULA

e para fecharmos essa aula com chave de ouro, na aula em vídeo vamos
executar esse três melismas juntos:

1. descendente de 2x 3 notas (sem e com bend);


2. descendente de 4 notas, pentatônica maior;
3. descendente de 5 notas, pentatônica menor.

(não teria mesmo eu como te passar esses melismas por escrito, então aqui
você vai precisar assistir a aula em vídeo, ok?)

9. CONCLUSÃO

eu sei que para alguns de vocês tudo o que vimos aqui pode parecer muita
informação. e, realmente, cobrimos muitos tópicos diferentes. mas, pra mim, é muito
importante que você compreenda os princípios que me nortearam e que saia para a
sua vida ouvindo música de um jeito diferente, cada dia com mais paixão por
música.
enquanto você estiver se preparando pra cantar uma canção que nunca
cantou, ou até mesmo se preparando pra revisitar uma que já tem o costume de
cantar, entenda que, além dos treinos técnicos, também é importante refletir a
respeito da música que você vai cantar, do que está fazendo, do propósito por
detrás de tudo… isso vai enriquecer a sua experiência e também daqueles que
ouvirão você. gaste tempo pensando, imaginando e alimentando sua criatividade! e
são coisas que você pode fazer no ônibus ou metrô indo pro trabalho, antes de
dormir, enquanto almoça, lava a louça ou até mesmo enquanto faz exercícios

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físicos. pensar, refletir, planejar e sonhar… viver a música de maneira mais intensa
e completa!
muito obrigado por me permitir te acompanhar nessa jornada. sucesso e que
DEUS abençoe sua vida.

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