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Ensino Completo da Flauta Transversal

Por
MARCEL MOYSE
Professor no Conservatório Nacional de Música
A SONORIDADE
ARTE E TÉCNICA

Não espere encontrar neste obra a maneira infalível de ter


um belo som.
Essa questão não pode ser tratada teoricamente ; mais sim
depois de muitos anos de trabalho e de reflexão, me embasando
na minha experiência pessoal, eu adquiri a convicção que o
“belo som”, fora do ideal que pode-se fazer, não é
exclusivamente função da disposição física natural.
Um trabalho fundamentado, inteligente pode trazer sérias
transformações aos lábios e esse livro tem por finalidade dar
para o aluno, por exercícios metodológicos, os meios de
desenvolver, modificar, transformar suas capacidades em si
fornecendo a possibilidade de adquirir uma bela sonoridade na
flauta.
O trabalho é dividida em cinco partes.
1 trata da coloração, da homogeneidade dos sons em
todos os registros.

2 da flexibilidade do som espacialmente nos graves.

3 do ataque das notas e das ligaduras.

4 da amplitude do som na interpretação

Depois de ter hesitado por muito tempo, eu pensei dar um


bom exemplo útil, decidindo publicar este livro, porque eu
poderia afirmar que não é apenas um longo trabalho dos
exercícios seguintes, que eu consegui modificar felizmente
minha embocadura e que até o momento esses exercícios ainda
são a base do meu trabalho cotidiano e de meu professorado.
COR E HOMOGENEIDADE DO SOM

Dos cincos gêneros de exercícios que contem esse


caderno, este é o mais difícil para trabalhar.
Duas razões deixam difícil a homogeneidade do som da
flauta; diferença de timbre nos 3 tres registros; dificuldade de
emissão em algumas notas. Para emitir as notas seguintes por
ordem de dificuldade.

A coluna de ar deverá percorrer um caminho cada vez


mais longo, chegará de cada vez mais fraco e de menos quente;
pela razão inversa, as notas seguintes e sempre por ordem de
dificuldade

soará mais vigoroso, timbradas, mais alta, algumas vezes


demais...

Mesma observação para a região média, mais em grau


menor, os lábios não dispõem mais toda sua medida por que eles
já estão sobre pressão para oitavar.

Essas constatações, de uma importância crucial, nos fazem


ver que a qualidade, a força e afinação de uma nota depende, de
uma parte, da posição dos lábios sobre a embocadura, por outro
lado, a força e a velocidade da coluna de ar; torna-se mais lógico
dividir em médio e o grave os sons em 2 grupos, quase iguais,
os fáceis de emitir perto da embocadura, e os difíceis mais
afastados. Nós veremos mais à frente que esse maneira de
alcançar tem não somente a vantagem de corrigir os defeitos do
qual nós falamos acima, mais de deixar também mais fácil a
homogeneidade nas passagens de oitavas.
Consideraremos a parte de agora os meios para em
alcançar.
Nós pegaremos como base a dinâmica mf oitava
grave para as notas fáceis e nesta ordem.

maxilares sempre relaxados, o maxilar inferior cada vez mais


recuado, buscando sempre uma menor pressão nos lábios.
Para as notas difíceis dentro dessa ordem

maxilares cada vez mais relaxados, maxilar inferior


sempre avançado e pressão dos lábios cada vez mais forte.
Mesma observação para o a região média; mais para
as notas seguintes e sempre dentre desse ordem
a pressão dos lábios será levemente mais forte e os
maxilares menos relaxados pois uma pressão dos lábios e uma
leve desalinhamento dos maxilares é o necessário para oitavar.
Observaremos que nesse maneira de trabalhar, o maxilar
desenvolve um papel muito importante: é de fato através do
maxilar inferior que nós devemos corrigir o eixo da flauta em
relação aos lábios; este método a uma enorme vantagem de
deixar muito mais livre os lábios para vibrar parecido com um
palheta de oboé, obter colorações diferentes, ligar suavemente as
notas entre elas, resolver por leves pressões aos defeitos
consequentes das dinâmicas f e p e para estudar muito tempo
sem cansaço.
Veja então, para o trabalho dos exercícios seguintes, o
principio bem estabelecido de um lábio sempre livre.
Buscar de inicio um bom Si mezzo forte, sonoro, vibrante.
Eu escolhi essa nota porque para todos os tipos de lábios
ela é uma das mais fáceis para emitir. Inicialmente pratique
alguns segundos essa nota a parte do momento que você se
sentir controlar essa primeira nota, comece o exercício.
Uma boa respiração, um ataque quente, penetrante, e tentar
ter um Si sem problema, impessoalmente se eu puder me
expressar assim; você não deve escutar um barulho chave.
O movimento dos lábios não existe para assim dizer, entre
duas notas tão próximas; mesmo se tratando de um Do# e do Ré
a cor deve ser a mesma pela mesma razão. Pegue um
piano, faça uma escala cromática descendente do Si até o Do
grave

Você constatará que o Si não tem a mesma cor que o Do


grave e portanto você será incapaz de dizer onde a mudança
aconteceu.
Na verdade, não há um lugar preciso, cada nota tem uma
cor diferente mais a mudança é muito pequena e muito regular
que é impossível de fazer uma demarcação. A sonoridade deve
ser a mesma para a flauta – toda questão esta aqui: não se deixa
influenciar por essas questões de oitavas; se dizer que ela não é
mais difícil de tocar um Sib que um Si, de saltar um terça que
uma mudança de semitom; que o movimento dos lábios se
amplifica à medida que o intervalo aumenta, tão pouco que deve
se passar suavemente, flexível como se espera de um elástico; se
dizer a mesma coisa para a coloração; um Sib tem por assim
dizer a mesma cor que um Si; corrigir toda diferença brusca de
coloração, todo movimento desordenado dos lábios, nunca tocar
tenso, contraído. Se você conseguir, se você intendeu se você
obtém um bom Sib, o jogo esta ganho – Seu som terá todas as
cores que você desejar ter, você fará todas os intervalos que
você quiser dentro das dinâmicas impostas, porque seus lábios
suporia todas as transformações necessárias. Isto é uma questão
de tempo, de paciência, e de inteligência no trabalho.
Esse exercício deve se trabalhar com muita liberdade com
60 bpm a semínima; repetir duas vezes cada grupo modificando,
corrigindo os defeitos observados na primeira execução. Pode
até mesmo, se necessário, recomeçar uma 3° vez, mais sem
insistir demais para evitar a fadiga no fim do exercício.
Detalhe muito importante: cada vez que a nota longa
parecer bonita, respire rápido para toca-la mais uma vez muito
vibrante e tente obter a nota seguinte dentro da mesma cor.

Respiração expressiva, som claro, e bem ligado.


Dinâmica “ad libitum” para facilitar o inicio do trabalho,
em seguida buscar as dinâmicas que parecem mais difíceis – a
titulo de indicação; começar mf e diminuir progressivamente até
o Dó grave

Esses últimos exercício estão mais longos, fazer em um


movimento se aproximando cada vez mais de 130 a 150 a
semínima.
Para o 3 registro, o agudo, as notas saem todas pela
pressão dos lábios e de combinações do dedilhado, o
comprimento da coluna de ar não se aplica sempre o papel
preponderante, principalmente nas notas emitidas piano.
Passar do médio no agudo, tentando conservar a cor e a
posição da embocadura das ultimas notas do médio.
Nunca tocar tenso; o maxilar levemente tencionado nas
dinâmicas piano, mais muito relaxada no forte; o mesmo para os
lábios: uma pressão bastante apoiada para o p mas muito menos
para o f. Este é um excelente meio para tocar menos alto: aperte
só um pouco a coluna de ar na saída para impedir sua difusão
fora do buraco da embocadura, e se trabalhando você perceber
que os músculos estão contraídos, tente tudo continuando a
tocar relaxado, relaxamento súbito de todos os músculos. Você
ficará surpreso depois de obter bons resultados, seguido de
melhoras, e naturalmente com muito menos cansado.
Para trabalhar em uma dinâmica mf, som amplo, largo.

1bis.

2bis

3bis

4bis

LEVEZA FLEXIBILIDADE NOS SONS GRAVES

Os lábios são vitimas de uma rude disciplina. O registro


grave é o mais difícil, eu agrupei metodologicamente todas as
combinações encadeadas, que o aluno executará com nuances e
com movimentos diferentes.
Eu insisto particularmente sobre as dinâmicas para fazer
no lugar preciso onde elas estão marcadas, e sobre a observação
rigorosa do movimento.
O executor deverá que fazer uma grande domínio da
embocadura, de condução o som, o que lhe permitirá na
execução de uma melodia fazer as dinâmicas, não segundo os
caprichos dos seus lábios, mais como o autor escreveu, o que
fazemos raramente no grave.
Todas as respirações estão marcadas; fazer o crescendo
desde que a nota fique pura, afinada. Tocar duas vezes cada
compasso; o executor poderá assim tentar de corrigir felizmente
os erros da primeira vez.
Um exercício por dia é o suficiente; não faça nunca dois
por dia. Você pode também toca-las ocasionalmente no registro
médio – mais se o executante quiser toca-las no agudo, a quem
quer que esteja interessado eu não recomendo por experiência
própria de não abusar; eles são excessivamente cansativos.

Aplicar essa maneira de trabalhar em todos os exercícios


que seguem e depois ter acabado os 16 exercícios, recomeçar
alternando as letras de tal maneira que cada grupo possa se tocar
com os diferentes valores.
Trabalhar como o exercício N 1.

2A B C D E
3ABCDE

4ABCDE

5ABCDE

6ABCDE

7ABCDE

8ABCDE

9ABCDE

10 A B C D E

11 A B C D E

12 A B C D E

13 A B C D E

14 A B C D E

15 A B C D E

16 A B C D E

ATAQUE E LIGADURA DOS SONS

1 EXERCÍCIO
Língua para fora, busque uma nota consistente, parecido
com pizzicato vibré; por consequente cada nota curta, mais não
seca; em um palavra, que ela tenha o máximo de vida no
mínimo de tempo.
Excelente para executar peças do Bach onde cada nota
(somente melodia) deve ser atacada com o golpe de língua.
2 EXERCÍCIO

Sempre ataque com a língua para fora, observando o


movimento e ainda mais o valor da colcheia, que deve soar p no
mínimo de tempo – como exemplo tentar esse exercício com as
2 notas seguintes:

Observe com qual facilidade o Réb soa p e sem barulho –


Manter por mais tempo o principio que um grande intervalo
deve se fazer também um pequeno.
Seja um pouco menos rigoroso para os 2 ou 3 últimos (Sib,
Si, Do superagudo) e você ficará surpreso com o resultado de
não provar mais dificuldade do que um décimo de um semitom.
3 EXERCÍCIO

Mesmo princípio que o utilizado no 2 exercício.

4 EXERCÍCIO
Este exercício que deve ser trabalhado sempre com 60
bpm a semínima, esta escrito voluntariamente em quiálteras de
maneira que a primeira nota de cada grupo, seja tanto uma nota
grave, como uma nota aguda, o aluno busca obter som redondo
em toda a extensão.
Trabalhar portanto este exercício com um som cheio,
o mais ligado possível e certificar-se de que cada nota saia com
um leve pressão dos lábios, sem buracos e sem tensão.

Aplicar essas 4 formas de exercício nos 36 exercício


seguintes e como eles são muito cansativos, fazer no máximo 20
minutos por dia.
EXERCÍCIO 1 ao 36

DIMENÇÃO DO SOM

A seguinte maneira de trabalhar a magnitude do som tem a


vantagem de permitir ao aluno de ir ao máximo de suas
possibilidades na embocadura, um vez de que ele não é limitado
pela falta de ar.

Uma nota emitida pianíssimo ou fortíssimo terão a


chance de ser um pouco baixa ou um pouco alta, preludiar um
pouco, controlar a afinação e a qualidade da nota para trabalhar
em relação com as outras e começar sem esquecer de relaxar
completamente os músculos na medida do crescendo. É
importante conservar uma pequena pressão nos lábios para guiar
a coluna de ar.
Atacar a nota na dinâmica pianíssimo e, aumentar
suavemente, certificando que o som não se alterou, fazer uma
grande respiração, em seguida retomar o som com a mesma
força e com a mesma cor que estava antes e assim
sucessivamente: mais pensar sobretudo em tocar amplo porque a
verdadeira força não esta verdadeiramente dentro do caráter da
flauta.
Podo ser feito ao contrário, mais eu sempre me recusei à
praticar achando-o nocivo para os lábios.
Esse exercício são cansativos, trabalhar somente 1 por dia
dos 4 grupos seguintes

e para não entrar brutalmente em contato com as dificuldades,


escolher para começar em cada grupo as notas do registro médio
que parecem os mais fáceis para estudar.

COMDUÇÃO DO SOM NA INTERPRETAÇÃO

Não é de forma alguma minha intenção de dar aqui em


algumas linhas uma verdadeira lição de interpretação.
Se o estilo é feito em grande parte de regras imutáveis
baseadas nas leis da lógica musical, há outra que são ideias
pessoais e que não podem, verdadeiramente ser defendidas só
pessoalmente e por exemplo.
Os seguintes conselhos tem por finalidade fazer o aluno
superar as dificuldades oferecidas, os andantes 3 dos quais
foram escolhidos intencionalmente para seu estilo severo e o 4°
para o charme, a coloração e a imaginação que ele possui.
O aluno tem que adaptar este método como se fosse uma
peça, método que ajudará mais que uma interpretação
prematura, instintiva, que frequentemente o cérebro reprova,
mais que você não pode mais mudar.
1° Tocar o andante duas vezes de uma ponta a outra, com
um som doce, pianíssimo. Isso constituirá em resumo a “forma”
como um método para o alcançar o objetivo.
Respeitar rigorosamente o movimento – 60 bpm – não
vibrar, um grande respeito pelos valores das notas, pelas
respirações, as ligaduras, ligar muito bem as notas sem acentuar
os intervalos.
A melodia se encontra exposta (por assim me expressar)
em toda sua nudez.
2° Retocar duas vezes o andante, tendo em conta sempre
as observações anteriores, mais esta vez com as dinâmicas. Isto
representará sempre a “forma” mais com os contrastes escuro-
claro.
3° Retocar duas vezes, dentro das mesmas condições que
anteriormente mais esta vez com expressão.
Se servir de notas longas para as dinâmicas, dos valores
curtos para as diferenças do movimento, nem nunca vibrar em
geral sobre os desenhos compostos de valores curtos, cada nota
desse desenho não terá importância se comparado ao desenho
inteiro, a linha se desenrola assim em toda sua extensão; dar um
pouco de calor, de vida, aos pontos culminantes das frases.
Essa maneira de estudar é longa, as vezes dolorosa, mais
ela tem a vantagem de dar o tempo de pensar. A razão tem
tempo para pegar não por instinto, de guiar, não de reprimir
temporariamente, meu ponto de vista é sobre este agradável
equilíbrio que deve ser baseado uma bela interpretação.

’ Pequenas respirações permitidas


’ Grandes respirações

1
Estudar em Reb maior, Do e Si

2
Estudar em Sib menor, sempre pé em Si.

3
Estudar em Fa# maior, Fa e Mi, sempre pé em Si.
Um som largo e generoso para os 3 primeiros, fluidez e claro
(outro timbre) para o último.

Esse melodia foi transposta para a região grave, visando


reforçar o estudo nesse região.
O mesmo para as respirações: algumas poderão parecer
mal colocadas, foi intencionalmente colocadas para obrigar os
lábios a trabalhar nas mais difíceis condições.
Exemplo: Aria do Bach 16° e 17° compasso.

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