Você está na página 1de 37

MANUAL UFCD

0822 - GESTÃO E
ORGANIZAÇÃO
DA INFORMAÇÃO
Índice
OBJETIVOS ............................................................................................................ 3
CONTEÚDOS .......................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INFORMÁTICA ............................................................... 4
GERAÇÃO DE COMPUTADORES .............................................................................. 4
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS .................................................................................. 6
1. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E PROCESSOS ASSOCIADOS ................................... 7
1.1. DADOS......................................................................................................... 7
1.2. INFORMAÇÃO................................................................................................ 8
CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO ................................................................... 8
CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................ 9
1.3. REGISTOS .................................................................................................. 11
SISTEMA E MÉTODOS DE REGISTO HISTÓRICOS ................................................. 11
SISTEMA DE REGISTOS ATUAIS ........................................................................ 11
1.4. FICHEIROS ................................................................................................. 13
O QUE É UM SISTEMA DE FICHEIROS? ............................................................... 13
1.5. BASES DE DADOS ....................................................................................... 15
TABELAS ........................................................................................................ 15
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS BASES DE DADOS .......................................... 16
1.6. FLUXO DE INFORMAÇÃO ............................................................................... 18
FLUXOS EM INFORMÁTICA ................................................................................ 18
FLUXOS FORMAIS E INFORMAIS ........................................................................ 18
FLUXO DE COMPLEXIDADE ............................................................................... 18
1.7. ORGANOGRAMAS ........................................................................................ 22
LIMITAÇÕES DO ORGANOGRAMA ...................................................................... 22
TIPOS DE ORGANOGRAMAS .............................................................................. 23
2. SISTEMAS DE GESTÃO ...................................................................................... 27
2.1. NECESSIDADES DE GESTÃO ......................................................................... 28
2.2. NÍVEIS DE GESTÃO...................................................................................... 29
O QUE É GERIR? ............................................................................................. 29
CARACTERÍSTICAS DOS NÍVEIS DE GESTÃO ....................................................... 29
2.3. TIPOS DE ABORDAGEM ................................................................................ 34
2.4. LINGUAGENS .............................................................................................. 35
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ....................................... 35
CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 37
OBJETIVOS

➢ Identificar e implementar procedimentos de organização da informação;


➢ Aplicar técnicas de gestão e organização da informação.

CONTEÚDOS

➢ Tratamento da informação e processos associados

• Dados
• Informaço
• Registos
• Ficheiros
• Bases de dados
• Fluxos de informação
• Organigramas

➢ Sistemas de gestão

• Necessidades de gestão Níveis de gestão


• Tipos de abordagem Linguagens
INTRODUÇÃO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INFORMÁTICA

Desde o surgimento do UNIVAC-I como primeiro computador


comercial, até hoje, quase todas as transformações foram impulsionadas
por descobertas e/ou avanços na área da eletrónica. Tudo começou com a
válvula a vácuo e a construção de dispositivos lógicos. Os avanços da
física do estado sólido provocaram ainda uma grande evolução:

Invenção da válvula de vácuo;

Semicondutores, surgimento do díodo e do transístor;

Criação dos circuitos integrados;

Em 1971 surge o microprocessador e a implementação do CPU num


computador num único elemento integrado.

GERAÇÃO DE COMPUTADORES

1ª Geração -> 1940-1952 é constituída por todos os computadores,


construídos à base de válvulas a vácuo, sendo aplicadas nos campos
científicos e militares.

2ª Geração -> 1952-1964 tem como marco o início dos transístores,


estas máquinas diminuíram muito em tamanho e as suas aplicações
passam para além da ciência e da defesa. Surgem as primeiras linguagens
de programação.

3ª Geração -> 1964-1971 tem como marco o surgimento dos circuitos


integrados, surgimento da multi-programação, a memória agora é feita de
semicondutores e discos magnéticos.

4ª Geração -> 1971-1981 criação do microprocessador, a redução no


tamanho dos computadores foi muito grande. Surgem muitas linguagens
de alto nível e nasce o teleprocessamento. Transmissão de dados entre
computadores através de rede.

5ª Geração -> 1981-??? Surgimento do VLSI e Inteligência artificial.


Altíssima velocidade de processamento, alto grau de interatividade, etc.
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Vivemos na era digital: atualmente toda a informação, seja ela
texto, imagem, som, vídeo, pode ser digitalizada. Desta forma, o
computador, fruto da tecnologia eletrónica desenvolvida nas últimas
décadas, pode processar rapidamente e eficazmente muita informação,
capaz de ser transferida em expeditos sistemas de comunicação.

Dentro deste conceito aparecem três palavras, as quais andam sempre


juntas dentro da gestão e organização de informação.

TECNOLOGIA é a palavra que designa o conhecimento que se tem das


técnicas, isto é, dos meios, instrumentos, processos e métodos para
resolver problemas.

INFORMAÇÃO é a «matéria-prima» que está na base dos conhecimentos


e da comunicação, sendo os computadores através do (hardware) e os
programas (software) que efetuam processos de tratamento, controlo e
comunicação.

COMUNICAÇÃO é uma interação estabelecida entre dois intervenientes


que transmitem e permutam informação.

As telecomunicações consistem na transmissão (emissão/receção)


de sinais que reproduzem textos, imagens, sons, por fio, fibra óptica,
ondas eletromagnéticas ou outro sistema. A telemática (telecomunicações
automáticas) consiste na conjunção de meios de comunicação à distância
«modems, linhas telefónicas, satélites, etc.,» com meios informáticos, a
transmissão de informação que pressupõe o uso de redes de
computadores.
1. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E PROCESSOS
ASSOCIADOS
1.1. DADOS

É possível dizer de uma forma genérica que qualquer conjunto de


dados é tudo o que pode ser processado, codificado e as informações
descrevem um domínio físico ou abstrato.

Embora sendo possível usar a definição genérica, dado hoje em dia,


principalmente para fazer referência, é um conjunto estruturado,
manipulado para permitir ao utilizador atingir os objetivos. Estes dados
podem ser em bruto, números, caracteres, imagens ou outros dispositivos
de saída para converter quantidades físicas em símbolos, num sentido
muito extenso, estes podem ser humanos ou processados por uma
entrada num computador, armazenados e tratados lá.

Dados em informática é o conjunto de elementos de partida que


servem, de base para o tratamento e sobre os quais o computador efetua
as operações necessárias às tarefas em questão.

Estes dados podem ser designações de entidades, que constituem a


informação: objetos, símbolos, factos, noções, valores numéricos, etc.

Para o tratamento de dados e consequente utilização das


informações, a informática utiliza um conjunto de equipamentos e estes
funcionam com base em ordens escritas e codificadas em linguagens que
permitem a comunicação Homem/Máquina. A esses conjuntos de ordens
chamamos Programas ou aplicações, que são construídos com
linguagens de programação.
1.2. INFORMAÇÃO

De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa,


informação vem do latim informatio, onis,”delinear, conceber ideia”. È
ainda, segundo o Dicionário da Porto Editora, um conjunto de dados,
recebidos do exterior ou por um ser vivo (especialmente o homem), por
intermédio dos seus sentidos, ou por uma máquina eletrónica. Informação
é a qualidade da mensagem que um emissor envia para um ou mais
recetores e é sempre sobre alguma coisa (tamanho de um parâmetro,
ocorrência de um evento).

Vista desta maneira não tem de ser precisa, e pode ser verdadeira
ou mentirosa, ou apenas um som (como o de um click), mesmo um ruído
inoportuno feito para inibir o fluxo de comunicação e criar equívoco. Em
termos gerais, quanto maior a quantidade de informação na mensagem
recebida mais precisa ela é. Informação é um termo com muitos
significados dependendo do contexto, mas em regra é relacionada de
perto com conceitos tais como significado, conhecimento, instrução,
comunicação, representação e estímulo mental.

Informação é simplesmente uma mensagem recebida e entendida.


Em termos de dados, pode ser definida como uma coleção de factos dos
quais conclusões podem ser extraídas. Existem muitos outros aspetos da
informação visto que ela é o conhecimento adquirido através do estudo,
experiência ou instrução.

CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO
A informação é transportável, armazenável (na memória humana,
em livros e discos, nas memórias dos computadores), traduzível pode ser
convertida, por exemplo noutra linguagem, para poder ser entendida pelo
recetor, e reciclável pode ser convertida em nova informação. Mais
genericamente, informação é o resultado do processamento, manipulação
e organização dos dados de tal forma que venha a representar um
acréscimo ao conhecimento da pessoa que a recebe.

CONCEITOS BÁSICOS
O estabelecimento em definitivo de uma World Wide Web (www) é
um exemplo cabal da tendência económica deste seculo. Estudos revelam
que a informação presente na internet duplica a cada 3 meses e estima-se
que este crescimento seja esmagador nos próximos anos. O ritmo imposto
pela Era da Informação, e um pequeno atrasa na obtenção e tratamento
de dados por parte de uma empresa face às suas concorrentes, conduz a
que esta se torne rapidamente obsoleta.

Informação é a mensagem que se obtêm quando se processam /


organizam os dados.

Informação digital é a informação que existe sob a forma digital à qual


podemos aceder através de um computador.

Informática: chama-se genericamente à ciência do tratamento racional,


nomeadamente por processos automáticos da informação, considerada
como suporte do conhecimento humano e da comunicação no domínio
técnico, económico e social.

Tecnologia da informação: processos de tratamento, controlo e


comunicação de dados através de computadores ou sistemas informáticos.

A informação apresenta uma variedade de características, das quais se


destacam:
Partilhável, a Informação varia de indivíduo para indivíduo em função da
sua interpretação, dependendo dos seus valores; Toda a Informação pode
ser verdadeira ou falsa; A Informação é, normalmente, facilmente
reproduzida apesar de ser de difícil criação;

Manipulável, isto é, pode ser facilmente alterada e atualizada;

Comprimível, isto é, através do uso de certos programas pode ser


comprimida, de forma a ocupar menos espaço;

Interativa e multimédia, (pode ser construída por textos simples,


imagens, sons, animação, e vídeo digital).

A competitividade atual resulta da capacidade da uma dada organização


conseguir:

1. Recolher e Obter Dados;

2. Transformar dados em Informação;

3. Decidir com base na Informação criada.

A informação digital pode ser guardada num computador sob a


forma de bits e bytes. Um bit é a menor unidade de informação guardada
num computador, é representado por dois dígitos: 0 ou 1. Um byte é um
conjunto de 8 bits. Cada carácter letra ou símbolo do teclado ocupa 1 byte
quando é guardado em memória.
1.3. REGISTOS

SISTEMA E MÉTODOS DE REGISTO HISTÓRICOS


Desde tempos remotos que o Homem sente necessidade de registar
as suas vivências. Por volta do ano 18.000 a.C. o homem criou informação
nas rochas xistosas no vale do côa, afluente do rio Douro que se situa no
nordeste de Portugal.

Há cerca de 10000 anos, o povo da Mesopotâmia domesticava


animais e vivia da agricultura e da pastorícia. Estas populações
desenvolveram um sistema simbólico de registos dos seus bens, utilizando
pequenos objetos em argila, sendo desenvolvidos num complexo sistema
numérico, o qual permitiam registar grandes quantidades de bens, com
diferentes formas geométricas (cones, esferas, discos e cilindros).

No ano 4500 a.C. o homem inventou a escrita, nas tábuas de Uruck,


eram “livros de contabilidade” onde se registavam o quantitativo de sacos
de cereal, de cabeças de gado, e outros pertencentes ao templo.

Um dos sistemas de numeração mais antigo que se tem notícia é o


Egípcio. É um sistema de numeração de base dez. Mas foi em Roma o
centro de uma das mais notáveis civilizações da antiguidade. Os romanos
utilizaram letras do seu alfabeto para representar números e ainda hoje
utilizamos a numeração Romana na leitura de datas, nos mostradores dos
relógios, etc.

O sistema de numeração Árabe é o sistema de numeração da


civilização Europeia. Também é denominado por sistema indo-árabe ou
decimal e foi introduzido na Europa no final da idade média, contudo o seu
uso só foi generalizado no séc. XIV. O sistema de numeração árabe ou
decimal é o mais utilizado nos dias de hoje.

SISTEMA DE REGISTOS ATUAIS


O registo contém informações importantes sobre hardware do
sistema, definições e programas instalados, bem como perfis de cada uma
das contas de utilizador existentes no computador. O Windows consulta
continuamente as informações do registo. Não é necessário efetuar
alterações manuais ao registo porque, regra geral, os programas e
aplicações efetuam todas as alterações necessárias automaticamente. Se
efetuar uma alteração incorreta no registo o computador pode deixar de
funcionar. No entanto, se aparecer um ficheiro danificado no registo, pode
ser necessário efetuar alterações.

A validação de registos é uma das novas funcionalidades do Sistema


que foi sugerida pelos utilizadores. Foi detetada a necessidade de fazer a
avaliação das catalogações, antes de colocar os registos disponíveis para a
pesquisa pelo público. É prática corrente algumas instituições catalogarem
em diversas bases de dados de trabalho, tendo de importar
posteriormente os registos, quando terminados e validados, para uma
base central. Esta prática levanta vários problemas, que passam, entre
outros, pela desmultiplicação de importações ou a não existência de
cópias de segurança dessas bases auxiliares.

A validação de registos permite que numa única base de dados, se


possam marcar os registos como validados, aqueles que foram
considerados como aptos para serem disponibilizados à consulta pública,
ou não validados, aqueles que ainda devem ser alvo de uma qualquer
ação de catalogação. A ativação da funcionalidade é opcional e global ao
sistema, pelo que ao estar ativa, ficará ativa para todas as bases de
dados. Ativar esta funcionalidade fará com que o utilizador público possa
apenas pesquisar os registos marcados como validados, tanto pela
interface de pesquisa local como pela interface de pesquisa em linha.

Os utilizadores profissionais passam a ter disponível um filtro que


lhes permite pesquisar por registos validados, registos não validados e
todos os registos.
1.4. FICHEIROS

O QUE É UM SISTEMA DE FICHEIROS?


Os discos duros, tão pequenos que são, contêm milhões de bits. É
necessário por conseguinte organizar os dados a fim de poder localizar as
informações, sendo este o objetivo do sistema de ficheiros. Um disco
duro é constituído por vários pratos circulares que giram em redor de um
eixo. As pistas (zonas concêntricas escritas numa parte e na outra parte
do prato circular) são divididas em zonas chamados sectores. A
formatação lógica de um disco permite criar um sistema de ficheiros sobre
o disco, que vai permitir um sistema de exploração (DOS, WINDOWS ou
LINUX) utilizar o espaço no disco para armazenar e utilizar ficheiros. O
sistema de ficheiros é baseado na gestão dos clusters (em português
“unidade de subsídio”), ou seja, a mais pequena unidade de disco que o
sistema de exploração é capaz de gerir.

Um cluster é constituído por um ou vários sectores, assim, quanto


maior a dimensão de um cluster menos o sistema de exploração terá
entidades para gerir…

Por outro lado, já que um sistema de exploração sabe gerir apenas


unidades de cluster, ou seja, se um ficheiro ocupa um número inteiro
superior ao cluster, o desperdício é ainda maior pois há sectores por
cluster desaproveitados. Compreende-se então toda a importância da
escolha do sistema de ficheiros.

Realmente a escolha do sistema de ficheiros faz-se em primeiro


lugar de acordo com o sistema de exploração que o utiliza. Assim, sob
DOS e sobre as primeiras versões de Windows, é FAT. Sob Windows NT o
leque aumenta dado que aceita partições de tipo NTFS. Uma vez mais, o
sistema de ficheiros mais recentes (NTFS 5) é aconselhado, dado que
oferece numerosas funcionalidades que os sistemas FAT não
disponibilizam. Para um ficheiro ser rentável, ele tem que antes de tudo
ser bem feito. Se a transição não é rigorosa e estável, muitas informações
serão eliminadas ou mal interpretadas. Os riscos de erro juntam-se
àqueles cometidos na altura da recolha.

Esta recomendação, ainda hoje muito pertinente, recorda-nos a


importância decisiva do ato, na maior parte das vezes único e irrepetível
de transcrição da informação do documento. Na maioria dos casos
estamos perante uma dupla transição, o que traz ainda mais dificuldades,
do documento original para uma ficha em papel, e desta para a ficha
informática.
1.5. BASES DE DADOS

O termo base de dados está intimamente associado “a uma coleção


de informação”. Uma base de dados é um conjunto estruturado de
informação, formalmente definido, informatizado, partilhável e sujeita a
um controlo central. Uma base de dados é uma coleção de dados inter-
relacionados com múltiplas utilizações.

Sendo a base de dados um componente central do sistema, uma


boa técnica de desenho e conceção é crucial para a eficácia do sistema. A
base de dados não tem só a função de armazenar dados, a sua
organização seria relativamente simples. A complexidade estrutural das
bases de dados resulta do facto de que ela deve também mostrar as
relações que existem entre os dados.

A base de dados é composta por um conjunto de tabelas e


associações entre tabelas e a associação entre os dados é o ponto forte
dos sistemas relacionais. Neste tipo de aplicação os dados e os programas
estão completamente separados. Já o mesmo não se passa, por exemplo,
nas folhas de cálculo em que os dados e procedimentos estão
frequentemente misturados.

TABELAS
Uma vantagem importante da tabela resulta do facto duma tabela
poder ter mais do que uma finalidade e os seus dados poderem ser vistos
com diferentes formas e formatos, ao contrário de um ficheiro. Os
sistemas de gestão de bases de dados relacionais (SGBDR) são aplicações
informáticas complexas, mas essenciais em muitas áreas científicas, onde
grandes quantidades de informação necessitam de ser combinadas ou
exploradas, de diversas formas, nem todas fáceis de prever. As bases de
dados consistem, principalmente, em três componentes, através do uso
de relacionamentos. O modelo em rede permite que várias tabelas sejam
usadas simultaneamente através do uso destes relacionamentos.

Algumas colunas contêm ligações para outras tabelas ao invés de


dados. Assim, as tabelas são ligadas por referências, o que pode ser visto
como uma rede. Uma variação particular deste modelo em rede, é o
modelo hierárquico, que limita as relações a uma estrutura semelhante a
uma árvore (hierarquia - tronco, galhos, folhas), ao invés do modelo mais
geral direcionado por grafos.

Estas bases consistem principalmente em três componentes, uma


seleção de dados, nomeadamente relações ou informalmente tabelas;
uma seleção dos operadores, a álgebra e o cálculo relacionais; e uma
seleção de restrições da integridade. Hoje em dia, cada vez mais a base
de dados, como o Access, “escondem” essas linguagens por trás de
interfaces gráficas do utilizador.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS BASES DE DADOS:

ACESSO SIMULTÂNEO: vários utilizadores podem aceder e alterar a


mesma BD ao mesmo tempo sem criar inconsistência. Dois utilizadores
diferentes podem consltar simultaneamente os dados do mesmo cliente,
no entanto o sistema de gestão da base de dados não permite que ambos
alterem esees dados ao mesmo tempo;

VISTAS: diferentes utilizadores poderão ter o seu acesso limitado,


embora todos s dados de uma organização estejam na mesma base de
dados, aqueles que são importantes para a definição da estratégia só
podem ser consultados pela administração;

CONSTRUÇÃO DE APLICAÇÕES: a tendência atual é para combinarem a


gestão do armazenamento / manipulação dos dados com a construção das
aplicações, com recurso a linguagens de programação mais ou menos
integradas com o sistema de gestão de base de dados.
Alguns exemplos de sistema de gestão de base de dados de grande
porte são: ORACLE, Informix, SQLServer e DB2. Para PC’s temos o
MySQL, Dbase, FoxPro e Access. Os primeiros têm mais capacidade e são
mais fiáveis do que os últimos, estes adequados para uso doméstico, em
pequenas empresas ou como forma de aceder a partir de PC’s a BD’s
instaladas em sistemas de grande porte, através de uma aplicação
acessível ao utilizador não especialista em informática.
1.6. FLUXO DE INFORMAÇÃO

O conceito de Fluxo de Informação é utilizado por três campos


diferentes de conhecimento:

Semiótica, que considera a influência dos fluxos na construção do


discurso;

Teoria da Informação, fortemente influenciada por modelos


matemáticos e de informática;

Teoria da Comunicação, que identifica tais fluxos com a organização


geopolítica e geocultural do mundo.

FLUXOS EM INFORMÁTICA

No contexto da Teoria da Informação, a ideia de Fluxo de


Informação mede a quantidade de informação que flui de uma variável h
para uma variável k durante a execução de um dado processo.

FLUXOS FORMAIS E INFORMAIS


Formais: o destinatário escolhe a mensagem de fácil acesso e conecta-a.
Ex: internet, TV, telemóvel.

Informais: o pesquisador escolhe qual a informação a transmitir, a qual


nem sempre é armazenada e é difícil de recuperar. Ex: Relatórios de
pesquisa, textos apresentados em seminários…

FLUXO DE COMPLEXIDADE
Nível Estratégico: a informação é elaborada para suporte de decisões a
longo prazo, orientada para agentes de decisão.

Nível Tático: informação a nível estratégico e superior, gestão de médio


prazo.
Nível Operacional: controle e execução de tarefas a curto prazo, fonte
geradora de informação que flui na organização.

A nossa sociedade está construída em torno de fluxos:

Fluxos de Capital;

Fluxos de Informação;

Fluxos de Tecnologia;

Fluxos de Interação organizacional;

Fluxos de Imagens, Sons e Símbolos

Os fluxos não representam apenas um elemento da organização


social, são a expressão dos processos que dominam a nossa vida
económica, política e simbólica. Nasce a ideia de que há uma nova forma
espacial, característica das práticas sociais que dominam e moldam a
sociedade em rede: o espaço de fluxos. O espaço de fluxos é a
organização material das práticas sociais de tempo partilhado.
O fluxo de informação pode ser definido como um processo de
transferência da informação de um emissor para um recetor. Já na
comunicação científica, engloba atividades ligadas à produção e
disseminação da informação desde a conceção de uma ideia até à sua
explicitação e aceitação como parte do conhecimento universal.
A eficiência de um sistema depende principalmente do modelo que o
mesmo utiliza:

Modelos quantitativos

Modelos dinâmicos

Linguagem natural

Ambiente

O fluxo de informática mede a quantidade e a qualidade da


informação que flui durante a execução entre países, particularmente
entre os grupos de países desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos
(pobres).
1.7. ORGANOGRAMAS

O Organograma baseia-se principalmente num gráfico que


representa a estrutura formal e administrativa ou operacional de uma
organização, no qual são definidos cargos e atribuições e as suas inter-
relações de comunicação existentes entre estes.

Acredita-se que a criação dos primeiros organogramas foi por um


norte-americano, administrador de caminhos-de-ferro, no ano de 1856.
Dada a dificuldade de visualizar uma entidade como um todo, surge a
necessidade de apresentá-la num gráfico, que mostre de forma imediata
as relações funcionais, os fluxos de autoridade e responsabilidade e as
funções organizacionais da empresa.

Os órgãos ou departamentos são unidades administrativas com


funções bem definidas. Exemplos de órgãos: tesouraria, departamento de
compras, portaria, biblioteca, sector de produção, gestão administrativa,
direção e secretaria.

Todos os órgãos possuem um responsável, cujo cargo pode ser


chefe, gerente, coordenador, diretor, secretário, governador ou
presidente. Normalmente tem colaboradores e espaço físico definido. Num
organograma, os órgãos são dispostos em níveis que representam a
hierarquia existente entre eles.

Num organograma vertical, quanto mais alto estiver o órgão maior a


autoridade e a abrangência da atividade.

LIMITAÇÕES DO ORGANOGRAMA
Mostra as relações que devem existir, o que não corresponde
necessariamente à realidade;
Expressa o que está documentado nos estatutos, regulamentos,
instruções e portarias;

Deixa muito a desejar quando líderes passam a exercer funções de


comando que limitam a autoridade formalmente delegada.

Desempenho e aumento da utilidade

É necessário que apresente a estrutura que opera atualmente, e não


a que as pessoas acreditam que deveria ser.

Os títulos do cargo devem aparecer nos quadros, e se houver


necessidade de identificar o nome da pessoa que ocupa o cargo, deve
aparecer fora dele; se for colocado dentro do quadro, deve ser feito com
outro tipo de letra, para facilitar a diferenciação.

Para maior clareza e referência, o gráfico deve ter nome, data e


número e deve ser mostrada a referência de outros gráficos derivados.

TIPOS DE ORGANOGRAMAS

Clássicos – também é chamado de vertical, é o mais comum tipo de


organograma, elaborado com retângulos que representam os órgãos e
linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles.
Em barras – representados por intermédio de longos retângulos a partir
de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente
proporcional à importância da autoridade que o representa.

Em sectores – são elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais


representam os diversos níveis de autoridade a partir do círculo central
onde se localiza a autoridade maior da empresa.
Radial – o seu objetivo é mostrar o macro-sistema das empresas
componentes de um grande grupo empresarial.

Informativo – apresenta um máximo de informação de diversas


naturezas relacionadas com cada unidade organizacional da empresa.
2. SISTEMAS DE GESTÃO

Sistema de Informação é um sistema tipicamente baseado em


computadores, utilizado no seio de uma organização. É "um sistema que
consiste na rede de canais de comunicação numa organização".

Um sistema de informação é composto por todos os componentes


que recolhem, manipulam e disseminam dados ou informação. Incluem-se
hardware, software, pessoas, sistemas de comunicação como linhas
telefónicas e os dados propriamente ditos. As atividades envolvidas
incluem a introdução de dados, processamento dos dados em informação,
armazenamento de ambos e a produção de resultados, como relatórios de
gestão.
2.1. NECESSIDADES DE GESTÃO

As empresas, de todos os tamanhos, enfrentam desafios


relacionados com o lucro, qualidade, tecnologia e desenvolvimento
sustentável. Um sistema de gestão eficiente, feito sob medida para
aperfeiçoar os processos, vai ajudar a enfrentar os desafios atuais no
mercado global. Para transformar
pressões competitivas em vantagens
competitivas, é preciso manter e
aperfeiçoar o seu desempenho
operacional, sistematicamente.

Um sistema de gestão pode ajudar a


focalizar, organizar e sistematizar os
processos para controlar e melhorar a
empresa.

A certificação independente por terceiros pode ajudar a comparar o


sistema de gestão com as melhores práticas nacionais e internacionais.
Acredita-se que o processo de certificação deve ser elaborado sob medida
para as necessidades específicas de cada empresa para fornecer as
melhores informações, de forma a administração saber sobre a
capacidade da organização de cumprir objetivos estratégicos.
2.2. NÍVEIS DE GESTÃO

O QUE É GERIR?
Essencialmente, é o processo de coordenar tarefas e atividades de
maneira a que sejam desempenhadas de forma eficiente e eficaz, tendo
em vista determinado objetivo.

Os princípios básicos da gestão organizacional podem traduzir-se nas


seguintes funções de gestão:

Planeamento;

Organização;

Liderança;

Controlo;

CARACTERÍSTICAS DOS NÍVEIS DE GESTÃO

Caracterização de cada um dos diferentes níveis de gestão e qual o seu


papel no crescimento e desenvolvimento de uma organização:

Nível Estratégico;

Nível tático;

Nível Operacional.

O Nível Operacional é onde se enquadram os gestores de primeira


linha responsáveis por orientar os empregados não gestores (técnicos)
que estão diretamente envolvidos com a produção e criação dos produtos
da organização de forma a pôr em prática o plano definido pelos níveis de
gestão superiores.
O Nível Tático representa o nível intermédio. Os gestores
intermédios coordenam os gestores de base e são responsáveis por
traduzir os objetivos genéricos e os planos desenvolvidos pelos gestores
estratégicos em objetivos e atividades específicas (táticas).

O Nível Estratégico é onde se enquadram os gestores que tomam


decisões que envolvem toda a organização, responsáveis por instituir os
planos e objetivos estratégicos em toda a organização. São os
responsáveis de topo da organização e têm como principais preocupações:

1) - Fazer cumprir os objetivos estratégicos de longo prazo, tendo em


vista a missão da empresa;

2) - Avaliar o desenvolvimento e crescimento global presente e futuro da


organização;

3) - Coordenar as relações da empresa com o exterior.

As competências exercidas pelos gestores variam consoante o


nível de gestão em que se atua e das funções de gestão que desempenha.
O quadro seguinte mostra essa relação para cada uma das competências
assinaladas na figura representativa da relação das funções de gestão:
Os gestores dos diversos níveis de gestão são responsáveis por
adotar ações que possibilitem a cada indivíduo contribuir da melhor
maneira para a execução dos objetivos do grupo organizacional. É certo
que, apesar de se contribuir para objetivos comuns, uma determinada
situação pode variar consideravelmente entre os diversos níveis da
organização. Da mesma forma, o grau de autoridade exercida em cada
nível é, igualmente, variável e os problemas tratados são também
diferentes. Além disso, o gestor pode coordenar pessoas no ramo das
vendas, engenharia, finanças, mas a verdade é que, todos obtêm
resultados através do estabelecimento de relações com todos os níveis da
organização. Ou seja, todos os gestores desempenham tarefas de gestão,
contudo, a atenção dada a cada função pode ser diferente, em virtude das
diversas circunstâncias que cada um dos níveis organizacionais enfrenta.
A figura anterior revela (verificar áreas) que os gestores de topo
gastam mais tempo com as funções de planeamento e organização em
relação a um gestor de nível inferior. Liderar, por outro lado, tem um
maior peso na gestão de primeira linha. A função de controlo,
curiosamente, apresenta ligeiras diferenças em ambos os níveis pois é
essencial que toda a organização monitorize as suas ações e avalie se
estão a ser efetuadas de acordo com os objetivos e princípios da
organização.

Um software por si só não promove aprendizagem, apenas a


articulação do pensamento.

A informática, quando utilizada, é um instrumento importante para


facilitar a construção das funções: perceção, cognição e emoção. Ela
possibilita o desenvolvimento do aprendiz, unindo corpo, mente e emoção.
Estimula ainda funções neuro-psicomotoras que envolve diferentes
aspetos: discriminação e memória auditiva e visual; memória sequencial;
coordenação motora e controle de movimentos.

Na área da emoção, o uso de recursos da informática favorece:

A autonomia e independência;

Trabalha o erro de maneira construtiva, elevando a auto-estima;

Exige limites levando ao controle da ansiedade;

O trabalho é motivador, pois permite a consciência da própria cognição,


atenção e memória;

Desenvolve a curiosidade, a autonomia, a rapidez de interpretação e


resposta;

Organização na realização das tarefas; concentração para perceber o que


deve ser feito.
2.3. TIPOS DE ABORDAGEM

A forma de abordagem da informação é diversa e pode ser de


inúmeras formas e meios.

LINGUAGENS – estas dizem respeito normalmente às linguagens de


programação e aos standards bem como às matérias relativas à WEB.

Quando nos dirigimos aos nossos amigos, utilizamos uma linguagem


que é comum, de outra forma não seriamos entendidos nem nos faríamos
entender. É por isso necessário utilizar uma linguagem que o computador
entenda e faça cumprir as ordens que lhe são transmitidas. Algumas
dessas linguagens são PHP, CodFusion, ASP, C++, Cobol, entre outras.

PROCESSAMENTO – é um conjunto de operações lógicas e aritméticas,


de forma automática, sobre um conjunto de dados, com o auxílio de
equipamentos informáticos. Também se pode designar o processamento
de dados por tratamento de dados.
2.4. LINGUAGENS

As primeiras linguagens de programação anteriores à invenção do


computador, foram utilizadas para orientar o comportamento de máquinas
automatizadas, como teares. Dezenas de linguagens de programação
foram criadas principalmente no campo da computação, muitas mais a
serem criadas a cada ano. As linguagens possuem uma forma de escrita
específica consoante a sua sintaxe e semântica.

CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

Função: uma linguagem é usada para escrever programas de


computador, que envolvem um computador executando algum tipo de
algoritmo e possivelmente para controlar dispositivos externos, tais como
impressoras, robôs, scanners e todo o tipo de hardware.

Alvo: as linguagens permitem que os seres humanos comuniquem


instruções para as máquinas. As linguagens de programação, como
Ciência da Computação, fundamentam diversas aplicações tais como
processamento de linguagens, reconhecimento de padrões e modelagem
de sistemas.

Uma linguagem de programação é um método padronizado para


expressar instruções para um computador. É um conjunto de regras
sintáticas e semânticas usadas para definir um programa de computador.
Uma linguagem permite que um programador especifique precisamente
sobre quais os dados que um computador vai atuar, como esses dados
serão armazenados ou transmitidos e quais as ações que devem ser
tomadas sob várias circunstâncias.

O conjunto de palavras (tokens), composto de acordo com regras,


constitui o código fonte de um software. Esse código fonte é depois
traduzido para código de máquina, que é executado pelo processador.
Uma das principais metas das linguagens de programação é permitir que
os programadores consigam expressar as suas intenções mais facilmente
do que quando comparado com a linguagem que um computador entende
nativamente (código de máquina).

Assim, as linguagens de programação são projetadas para adotar


uma sintaxe de nível mais alto, que pode ser mais facilmente entendida
por programadores humanos. As linguagens de programação também
tornam os programas menos dependentes dos computadores ou
ambientes computacionais onde serão instalados (portabilidade).
CONCLUSÃO

Podemos concluir que a gestão e organização da informação é fundamental para


qualquer organização, podemos hoje em dia ter uma organização da informação
mais eficiente graças ás tecnologias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

www.maismanuais.pt

Você também pode gostar