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Introdução à

Álgebra
1. Apresentação 4
Introdução 5
1.Introdução à Álgebra 7
1.1.Expressões Algébricas 8
1.2.Equações 9
1.3.Funções 9
1.4.Da álgebra Clássica à Álgebra Abstrata 10

2. Estruturas Algébricas 12
2.1Grupos 13
2.1.1.Grupos Zn 14
2.1.2.Subgrupos e Monoides 15
2.1.3.Subgrupos Gerados por um Subconjunto de um
Grupo 16
2.1.4.Semigrupos Cancelativos e Não-Cancelativos 16
2.2.Homomorfismo de Grupos e Aplicações 17
2.3.Grupos de Permutação 20
2.3.1.Permutações 22
2.4.Grupos Solúveis 23

3. Referências Bibliográficas 25

02
03
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

1. Apresentação

Fonte: brasilescola.com.br1

P rezado aluno,
Durante essa disciplina uma
introdução ao estudo de álgebra no
para todos que os números que per-
tence a certos conjuntos numéricos.
Desse modo, a operação “adi-
ensino acadêmico. ção”, via de fato, realmente funciona
Essencialmente, relembrando para todos os números concerne ao
alguns conceitos, à Álgebra é um conjunto dos números naturais? Ou
campo da Matemática que dá ori- há determinado número natural
gem a aritmética. Isso constitui que grande demais, adjunto ao infinito,
as definições e as operações que de- que se suporta de maneira desseme-
rivaram da aritmética (subtração, lhante dos demais ao ser adicio-
adição, multiplicação, divisão entre nado? A resposta para essa dúvida é
outros.) terão sua eficácia verifica- oferecida pela álgebra: Fundamen-
dos, assim terá a sua comprovação talmente, é considerado como con-

1 Retirado em brasilescola.com.br

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

junto dos números naturais e a ope- Introdução


ração somatória; a seguir, é eviden-
ciado que a operação soma trabalha Álgebra é uma área da mate-
para qualquer seja o número natu- mática que estuda a utilização for-
ral. mal de equações, operações, polinó-
A aprendizagem da linguagem mios juntamente com as estruturas
algébrica habitua ser bem complexa algébricas. Assim, álgebra é um dos
e traumática para os educandos das basilares campos da matemática
séries iniciais do ensino fundamen- pura, ao lado com a geometria, topo-
tal II, habituados, até o momento, logia, análise, além da Teoria dos
exclusivamente com a aritmética. números. A palavra álgebra, de fato,
Esta ocasião primitiva de contato compreende um espectro de díspa-
com a álgebra é uma protrusão com res campos da matemática, sendo
a matemática "sólida" da aritmética, cada um possui as suas especificida-
para uma abertura da matemática des. Na álgebra estudam-se diversos
"abstrata" da álgebra. Os educandos campos.
diversas vezes também não estão A álgebra elementar, que repe-
aparelhados para essa nova locução tidamente está presente do currículo
e, os professores, por outro lado, não no ensino médio, adentra a aprecia-
leva isso em consideração no mo- ção de variável representativa de nú-
mento delicado da transição e da meros. Expressões empregando es-
maturação que entender a álgebra. tas variáveis manipuláveis utili-
Dessa forma, as linguagens de zando as regras de operação aplica-
matemática, assim como a algébrica, tivas em números, como a adição.
em especial, proporcionada aos alu- Essas definições podem ser
nos por vezes de modo descontextu- empregadas na Resolução de equa-
alizado, o que os deixam, cheios de ções, por exemplo. Assim, a adição e
enigmas a serem compreendidos, a multiplicação podem ser estendi-
portanto necessitam de sentido, e os das e as seus significados exatos
educandos se melindram nessa su- transportam a estruturas tais como
perficial falta de significado. os grupos que veremos em detalhes
Tendo alguma dúvida, não de início, anéis e corpos, assuntos de
deixe de encaminhar as suas per- estudos no campo da matemática ti-
guntas ao setor pedagógico por meio tulada álgebra abstrata.
do protocolo ou atendimento aos
alunos. Bons estudos! [...] O vocábulo "álgebra" e “al-
gebrista” são derivado do termo

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

al-jabr, que na língua árabe sig- Sutras, Itens de Euclides e Os Nove


nifica “arte de reunir ossos que-
Capítulos da Arte Matemática. Os
brados” ou "cirurgião-bar-
beiro", aquele que faz "reunião" desenhos geométricos dos gregos,
ou "conexão". Quatro séculos firmado nos Elementos, ofereceram
depois (século XII), Robert de
Chester traduziu a frase para o
a encosto para a criação de fórmulas,
latim, como "Liber Algebrae et indo lá ao longe da solução de pro-
almucabala".[...] blemas privadas para sistemas gené-
A vocábulo "álgebra" no sentido
de conexão, foi usado matema-
ricos para explicitar e resolver equa-
ticamente, entre os anos 813 e ções.
833, em um tratado escrito pelo [...] Na data de 1140, Robert de
matemático persa Alcuarismi, Chester traduziu o título árabe
intitulado "Livro da Restaura- para o latim, como Liber Alge-
ção e do Balanceamento" (ou brae et almucabala. No século
em árabe "Al-jabr w’al muqaba- XVI, é encontrado em inglês
lah")[3][2][4] Com o objetivo como Algiebar and Almachabel,
de ensinar soluções para os pro- e em várias outras formas, mas
blemas matemáticos cotidianos foi finalmente encurtado para
da época de forma didática. [...] Álgebra. As palavras significam
(BEATEN, 2005). "restauração e oposição". No
Kholâsat Al-Hisâb ("Essência
As ascendências da álgebra se da Aritmética"), Behâ Eddin
deparam na antiga Babilônia, no (cerca de 1600 d.C.) escreve: "o
membro que é afetado por um
qual os matemáticos criaram um sis- sinal de menos será aumentado
tema aritmético adiantado, cujo pu- e o mesmo adicionado ao outro
deram realizar cálculos algébricos. membro, isto sendo álgebra; os
termos homogêneos e iguais se-
Com base nesse sistema possibilitou rão então cancelados, isto
a aplicação fórmulas e calcular reso- sendo al-muqâbala". Os mou-
ros levaram a palavra al-jabr
luções para enigmas em um deter-
para a Espanha, um algebrista
minado problema que, atualmente, sendo um restaurador ou al-
constituiriam solucionados como guém que conserta ossos que-
brados. Por isso, Miguel de Cer-
equações quadráticas, lineares, in-
vantes em Dom Quixote (II,
determinadas. cap. 15) é feita menção a "um al-
Do mesmo modo, a maioria gebrista que atendeu ao infeliz
Sansão". Em certo tempo não
dos matemáticos egípcios da anti- era raro ver sobre a entrada de
guidade em sua maioria os matemá- uma barbearia as palavras "Al-
ticos indianos, gregos e chineses no gebrista y Sangrador" (SOUZA
& FERREIRA, 2012). [...]
primeiro milênio a.C. geralmente
solucionavam estas equações por Assim, a palavra álgebra no in-
procedimentos geométricos, como glês foi escrita em The Pathwaie to
apresentado no Papiro Rhind, Sulba Knowledge, por Roberte Record em

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

meados de 1551: "também a regra da Ainda Boyer (2019) consente


falsa posição, que traz exemplos não que assim, começou a ser empre-
somente comuns, mas alguns perti- gada na Europa para assinalar os
nentes à regra da Álgebra". sistemas de equações contendo um
ou mais enigmas a partir do século
[...] "Álgebras" (no plural) apa-
XI. O termo algébrico empregado
rece em 1849 no Trigonometry
and Double Algebra ("Trigono- atualmente normalmente por nós
metria e Dupla Álgebra") de Au- iniciou com François Viète e foi de-
gustus de Morgan: É mais im-
portante que o estudante tenha
notada no modo atual por René Des-
em mente que, com uma exce- cartes. Antes disso, os métodos para
ção, nenhuma palavra ou sinal encontrar as raízes de equações dos
de aritmética ou álgebra tem
um átomo de significado ao
babilônios, hindus, grego junta-
longo deste capítulo, cujo ob- mente com os árabes, mesmo dos al-
jeto são os símbolos, e suas leis gebristas italianos do século XV
de combinação, dando uma ál-
gebra simbólica (página 92) a
constituíam formulados com pala-
qual pode daqui em diante se vras e em algumas ocasiões até com
tornar a gramática de cem álge- versos na Índia por exemplo.
bras significativas e distintas.
(BOYER, 2019). [...] Viète tomou vogais para simu-
lar as variáveis e incógnitas, e conso-
Desse modo, de acordo com antes para simular as constantes.
Boyer (2019) o termo "uma álgebra" Hoje em dia, constantes são simula-
ainda é descoberta em 1849 no Tri- das pelas primeiras letras do alfa-
gonometry and Double Algebra o beto e variáveis pelas finais (sobre-
quer dizer "Trigonometria e Dupla tudo, mas não tão-somente, x)
Álgebra" de Augustus de Morgan:
[...] A linguagem ordinária tem 1. Introdução à Álgebra
métodos de assinalamento ins-
tantâneo de significado a ter- De acordo com Silva (2020) na
mos contraditórios: e assim ela
tem analogias mais fortes com aplicação de álgebra, letras são em-
uma álgebra (se houvesse uma pregadas para representar números.
tal coisa) na qual estão pré-or- Essas letras com tanta frequência
ganizadas regras para explicar
novos símbolos contraditórios à podem simular números desconhe-
medida que surgem, do que em cidos como um número qualquer
uma [álgebra] na qual uma concernente a um conjunto numé-
única instância deles demanda
uma imediata revisão de todo o rico. Assim, se o a é um numeral par,
dicionário. (BOYER, 2019). [...] então, A pode ser 2, 4, 6, 8, 10,..

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

Desse modo, a é algum número con- 5. Distributividade (ainda co-


cernente ao conjunto dos números nhecida como a propriedade distri-
pares e permanece manifesto a espé- butiva (multiplicação sobre a adi-
cie de número que x é: um múltiplo ção)
de 2. a·(b + c) = a.b + a.c
Ainda Silva (2020) fala que
compreendendo que qualquer nú- Desse modo, veja que essas
mero qualquer concerne a um con- cinco propriedades são apropriadas
junto que pode ser simulado por para todos os numerais reais a, b e c,
uma letra, avalie os números a, b e c visto que essas letras foram utiliza-
como participantes ao conjunto dos das para simular algum número
números reais, além das operações real. Elas ainda são adequadas para
adição e multiplicação concebidas as operações adição e multiplicação
por “+” e “*”, concomitantemente. conforme Silva (2020).
Sendo assim, as seguintes caracte-
rísticas são válidas para a, b e c. Note 1.1. Expressões Algébricas
que de acordo com Silva (2020):
1. Associatividade Silva (2020) cita que na Mate-
(a + b) + c = a + (b + c) mática, expressão é a um conjunto
(a.b)·c = x·(b.c) de operações matemáticas concreti-
zadas com determinados números.
2. Comutatividade Por exemplo: 2 + 8 = 10 que por sua
a+b=b+a vez é uma expressão numérica.
a.b = b.a Quando essa expressão trabalha
com números desconhecidos (enig-
3. Presença de elemento neutro mas), ela é denominada de expres-
(0 para a adição e 1 para a multipli- são algébrica.
cação) Uma expressão algébrica que
a+0=a tem apenas um termo é denominada
a.1 = a de monômio. Alguma expressão al-
gébrica que constitua a partir do re-
4. Presença de elemento adverso sultado de soma ou subtração em
(ou simétrico). meio a dois monômios é denomi-
a + (– a) = 1 nada de polinômio. Expressões algé-
bricas, monômios e polinômios são
modelos de elementos concernentes

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

à álgebra, porquanto são compostos Assim de acordo com Silva


a partir de operações alcançadas (2020) a apresentação do desconhe-
com números incógnitos. Lembre-se cido é o que qualifica a equação
de que um número incógnito pode como expressão algébrica. O compa-
simular qualquer número perten- recimento da igualdade consente
cente a um conjunto numérico. achar a solução de uma equação, ou
seja, o valor numérico da incógnita.
1.2. Equações Exemplos
1. 4a + 8 = 0
Equações são expressões algé- 2. 6a - 6 = 36
bricas que têm uma igualdade. 3. 4 . 11 + 20a - 4 = 0
Dessa maneira, equação é um con-
texto da Matemática que cataloga
números a enigmas por intercessão
de uma igualdade.

1.3. Funções

Função é uma regra que associa cada elemento de um conjunto a um


singular elemento de um conjunto secundário.

Essa norma é matematica- mitir algum valor dentro do con-


mente constituída por uma expres- junto que pertence conforme Silva
são algébrica que tem uma igual- (2020).
dade, contudo que liga enigma a Como envolve algoritmos al-
enigma. Esta é basicamente a diver- gébricos, função é ainda um conte-
gência entre função e equação: a údo que concerne à Álgebra, visto
equação associa uma incógnita a um que as letras simulam qualquer nú-
algarismo fixo; na função, o enigma mero concernente a um conjunto de
demonstra todo um conjunto numé- números qualquer.
rico. Por esse fato, em meio as fun- Exemplos de Silva (2020):
ções, os enigmas são denominados
[...]
variáveis, visto que elas podem ad-
1. Considere a função y = x2,
em que x é qualquer número
real.

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

Nessa função, a variável x pode Desse modo, determinado um


assumir qualquer valor dentro
conjunto, com qualquer tipo de ele-
do conjunto dos números reais.
Como a regra que liga os núme- mentos podendo ser números ou ex-
ros representados por x aos nú- pressões, é admissível deliberar uma
meros representados por y é
uma operação matemática bá-
operação “adição”, ou operação
sica, então, y também repre- “multiplicação” e constatar a vivên-
senta números reais. O único cia ou não das características dessas
detalhe a respeito disso é que y
não pode representar um nú-
operações, assim como a veracidade
mero real negativo nessa fun- de “equações”, “funções”, “polinô-
ção, uma vez que y é resultado mios” etc, conforme Milies (2004).
de uma potência de expoente 2,
que sempre terá resultado posi-
tivo.
2. Considere a função y = 2x,
em que x é um número natural.

Nessa função, a variável x pode


assumir qualquer valor dentro
do conjunto dos números natu-
rais. Esses números são os in-
teiros positivos, portanto, os
valores que y pode assumir são
os números naturais múltiplos
de 2. Dessa maneira, y é um re-
presentante do conjunto dos
números pares. [...]

1.4. Da álgebra Clássica à Ál-


gebra Abstrata

De acordo com Milies (2004)


por fim, os conceitos dispostos até o
momento compõem a álgebra clás-
sica. Essa parte da álgebra está mais
próxima aos conjuntos dos números
naturais, racionais, inteiros, irracio-
nais, reais e complexos e é ensinada
desde o ensino fundamental até ao
ensino superior. A outra parte da ál-
gebra, versada como abstrata, pes-
quisa essas mesmas estruturas, en-
tretanto para quaisquer conjuntos.

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

2. Estruturas Algébricas

Fonte: exame.com2

D e acordo com Galdino (2017)


em matemática, um grupo é
um conjunto de informações adjun-
matemáticas familiares “e.g”. Os nú-
meros inteiros providos da adição
desenvolvem um grupo.
tos a uma operação que ajusta dois A formulação dos axiomas é li-
elementos para desenvolver um ter- vre da natureza real do grupo e sua
ceiro. Para se classificar como grupo operação.
o conjunto e a operação carecem de Isso admite lidar com entes de
satisfazer determinadas condições origens matemáticas inteiramente
denominadas axiomas de grupo: As- dessemelhantes de um jeito flexível,
sociatividade, Elemento Inverso e contudo atendo os aspectos estrutu-
Elemento neutro. Embora estes se- rais efetivos de muitos componentes
rem triviais em muitas estruturas da álgebra abstrata e além.

2 Retirado em exame.com

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

[...] A ubiquidade dos grupos grupos simples. Além das pro-


em inúmeras áreas - dentro e priedades abstratas, matemáti-
fora da matemática - os tornam cos estudam as diferentes ma-
um princípio organizador cen- neiras em que um grupo pode
tral da matemática contempo- ser expresso concretamente (as
rânea. Grupos compartilham representações do grupo), tanto
um parentesco fundamental de um ponto-de-vista teorético
com a noção de simetria. Um quanto prático-computacional.
grupo de simetria guarda infor- Em particular, uma teoria rica-
mações sobre as simetrias de mente desenvolvida é a dos gru-
um objeto geométrico. Ele con- pos finitos, que culminou com a
siste do conjunto de transfor- monumental classificação dos
mações que preservam o objeto grupos simples finitos, comple-
inalterado e a operação de com- tada em 1983. [...] (GALDINO,
binar duas dessas transforma- 2017).
ções aplicando-as uma após a
outra. Tais grupos de simetria, Grupos jazem por trás de di-
particularmente os grupos de
versas estruturas algébricas, como
Lie contínuos, têm um impor-
tante papel em muitas discipli- corpos e espaços vetoriais, e consiste
nas. [...] (GALDINO, 2017). em um importante instrumento
para o estudo de simetrias. Por esse
Desse modo, grupos de matri-
motivo, a Teoria de Grupos é esti-
zes, a título de exemplo, podem ser
mada uma área imprescindível da
empregados para entender leis físi-
matemática moderna, e tem muitos
cas basilares da relatividade especial
aproveitamentos em Física Matemá-
e acontecimentos em química mole-
tica, assim como na física de partícu-
cular.
las.
[...] O conceito de grupo emer-
giu do estudo de equações de 2.1 Grupos
polinômios com Évariste Galois
na década de 1830. Após contri-
buições vindas de outros ramos De acordo com Barata (2013)
da matemática, como teoria dos na matemática é importante a noção
números e geometria, a noção de grupo. Sendo que um grupo é um
de grupo foi generalizada e se
estabeleceu firmemente por conjunto não vazio G formado por
volta de 1870. A teoria dos gru- uma operação binária G× G → G,
pos moderna - uma área muito significada por “.” e chamada pro-
ativa de pesquisa - estuda os
grupos em si mesmos. Para ex- duto, e de uma operação unitária G
plorá-los, matemáticos formu- → G, isto é, bijetora. Chamada in-
laram várias noções para que- versa, mostrada pelo expoente “−1”,
brar grupos em partes menores
e mais compreensíveis, como cujo as seguintes propriedades po-
subgrupos, grupos quocientes e dem ser satisfeitas.

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

1. Associatividade: 5. Para g ∈ G vale (g−1) −1 = g


Para todos x, y e z ∈ G vale (x . y) . z porquanto, empregando a associati-
= x . (y . z). vidade, (g −1) −1 = (g −1) −1 . e = (g
2. Elemento neutro: −1) −1 . (g −1 . g) = ((g −1) −1 . g −1 .
Há um elemento único e ∈ G, cha- g = e . g = g.
mado de elemento neutro, tal que g .
e = e . g = g assim todo g ∈ G. Desse modo, todo grupo é,
3. Inversa: usualmente, um quase-grupo, em
Para cada g ∈ G há um elemento um loop, sendo semigrupo e um mo-
único h ∈ G tal que g . h = h . g = e. noide, conforme Barata (2013).
Esse elemento é chamado de inversa Assim, o grupo G é falado ser
de g e significado por g −1 . comutativo ou Abeliano se x . y = y .
x para todos x, y ∈ G. Essa termino-
Observações elementares: logia se aplica ainda a semigrupos e
1. A singularidade do elemento monoide. Exemplo:
neutro é afiançada pela observação
que se existisse e’ tal que g . e ′ = e ′
g = g assim para g ∈ G teríamos e′ =
e′ . e = e.

2. Semelhantemente se estabe-
Fonte: Barata (2012)
lece a singularidade da inversa, por-
quanto se g, h ∈ G são tais que h . g
2.1.1. Grupos Zn
= g . h = e, conteremos, empregando
a associatividade, g −1 = g −1 · e = g De acordo com Barata (2013) a
−1 . (g . h) = (g −1 . g) . h = e . h = h.
Divisão Euclidiana: Seja n ∈ N, está-
vel. Então, todo número inteiro z é
3. assim, a função G ∋ g → g −1 ∈
capaz de ser escrito de modo único
G, que agrega cada elemento de G à
como z = qn + r, aonde q ∈ Z e r ∈ {0,
sua inversa, é um modelo de uma
1, ... , n − 1}. Sendo o número r é cha-
função unitária.
mado de resto da operação divisão
de z por n e é ainda apontado por r =
4. Como e . e = e, adota que e −1
z mod n. Têm expressões para a de-
= e.
terminação especifica de q e r, como
o Algoritmo de Euclides, contudo

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

eles não nos pertencem aqui. Assim, 2.1.2. Subgrupos e Monoides


n ∈ N, certo. Analisa-se para cada k
∈ Z o conjunto Jk:= {kn, ... , kn + n − De acordo com Barata (2013) a
1}. Então, esse conjunto é formado definição de semigrupo pode ser
por n elementos consecutivos, sendo considerado um conjunto não vazio
o menor min(Jk) = kn e o maior “S” acrescido por uma operação bi-
max(Jk) = kn + n − 1. Então agora nária S ×S → S significada por “.” e
cabe analisar que não tem nenhum alcunhada “produto” tal que a con-
inteiro a contentando max(Jk) < a < sequente propriedade será satis-
min(Jk+1) feita.
Porquanto, fato contrário va- Associatividade: Para todos x,
leria (k + 1) n − 1 < a < (k + 1) n, o y e z ∈ S vale (x . y) . z = x . (y . z).
que se torna improvável, porquanto Já os Monóides seria um con-
(k + 1) n − 1 e (k + 1) n são inteiros junto não vazio M acrescido por uma
contínuos. Igualmente, o menor ele- operação binária M×M → M signifi-
mento de Jk+1 é o herdeiro do maior cada por “.” e alcunhada produto tal
elemento de Jk. que as consequentes propriedades
Ainda conforme Barata (2013) serão satisfeitas.
esses casos insinuam que Jk e Jk+1 Associatividade: Para todos x,
são conjuntos disjuntos, não exis- y e z ∈ M vale (x . y) . z = x . (y . z).
tindo qualquer inteiro entre os dois. Outro o Elemento neutro: Há
Finalizamos simplesmente isso que um (único!) item e ∈ M, alcunhado
a união de todos os conjuntos Jk é o elemento neutro, tal que g . e = e . g
conjunto Z, a união constituindo em = g assim para cada g ∈ M.
disjunta: Nota: A singularidade do item
neutro é afiançada pela observação
que se existisse e′ ∈ M tal que g . e′ =
e′ . g = g assim para cada g ∈ M apre-
sentaríamos e′ = e′ . e = e.
Então note que se G é grupo
Fonte: Barata (2013) em analogia a uma operação “.” e no
qual elemento neutro constitua “e”.
Sendo assim, se z ∈ Z, conse- Assim, um subconjunto H de G é ci-
guimos afiançar que há um único q tado que ser um subgrupo de G se
∈ Z tal que z ∈ Jq. Quer dizer que z = for ainda por si somente um grupo
qn + r, para determinado r ∈ {0, 1, ... em afinidade à mesma operação,
n − 1}. A unicidade de r é evidente. isto é, se:

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

 e ∈ H, dos os subgrupos de G que possuem:


 h1 . h2 ∈ H paca cada h1 ∈ H e A: [A] :=∩ H∈A H, assim A é o
h2 ∈ H, ajuntamento de todos subgrupos de
 h −1 ∈ H para cada h ∈ H. G que domina A. Esse ajuntamento
não vazio, porquanto o próprio
Assim, pode se dizer que todo grupo G possui A. E permitido falar
grupo G consecutivamente possui que [A] é o “menor” subgrupo de G
pelo abaixo de dois subgrupos: o que possui o conjunto A porquanto,
próprio G, juntamente o subgrupo pelo sentido, algum outro subgrupo
{e} desenvolvido somente pelo ele- de G que possua “A” conterá ainda
mento neutro de G. Esses dois sub- [A].
grupos são conhecidos como sub-
grupos comuns de G. 2.1.4. Semigrupos Cancelativos
É simples averiguar que ( Z, +) e Não-Cancelativos
e (Q, +) são subgrupos de (R, +).
Ainda é simples notar que SL(R, n), Ainda conforme Barata (2013)
o adjacente (conjunto) de todas as um item de um semigrupo S é ex-
matrizes reais n x n com decisivo presso por ser cancelável à esquerda
igual a 1, sendo um subgrupo de se x . y = x . z valer para y, z ∈ S se e
GL(R, n). A mesma coisa para SL(C, exclusivamente se y = z. Do mesmo
n) em semelhança a GL(C, n). modo, um item a de um semigrupo S
Um evento proeminente é ex- é expresso por ser cancelável à di-
presso na consequente proposição: reita se y . x = z . x valer para y, z ∈ S
se e exclusivamente se y = z.
Se todo item de um semigrupo
S constituir cancelável à esquerda (à
direita), porquanto S é expresso ser
Fonte: Barata (2013)
um semigrupo cancelativo à es-
2.1.3. Subgrupos Gerados por querda (à direita). Além de S for can-
um Subconjunto de um Grupo celativo à esquerda jutamente à di-
reita, logo S expresso por ser um se-
Note que sendo G um grupo e migrupo cancelativo.
A um subconjunto não vazio de G re- Note que Monóides cancelati-
tratamos por [A] um subgrupo acen- vos (à direita juntamente à es-
dido por A que, por significação, querda) são acentuados analoga-
vem a apresentar a interseção de to- mente.

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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

Fonte: Galdino (2017)

2) Caso: Constitui-se G um
grupo.
Fonte: Barata (2013)
a) Um aproveitamento φ: G → G
é um endomorfismo se, e exclusiva-
Ainda, temos o Semigrupo mente se, φ é um homomorfismo.
Abeliano cancelativo que é isomorfo b) Um aproveitamento φ: G → G
a um semigrupo pertencente dentro é um automorfismo se, e exclusiva-
de um grupo, designadamente, de- mente se, φ é um isomorfismo.
nominado grupo de Grothendieck
acompanhante a esse semigrupo
Abeliano.

2.2. Homomorfismo de Gru-


pos e Aplicações

Caso: Constituam (G, ∗) e (H, ⊗)


grupos, de acordo com Galdino
Fonte: Galdino (2013)
(2017):
a) Uma aproveitamento f: G → H
Na continuação, excluiremos a
é um homomorfismo se, e exclusiva-
indicação da operação dos grupos.
mente se, ∀a, b ∈ G, f(a ∗ b) = f(a) ⊗
Entretanto, constituindo (G, ∗) e (H,
f(b).
⊗) grupos, e o aproveitamento f: G
b) Uma aproveitamento f : G → H
→ H, fica implícito assim como es-
é um isomorfismo se, e exclusiva-
crevemos f(ab) a operação justa-
mente se, f é um homomorfismo bi-
posta em meio a ab é a operação ∗ de
jetor. Nesse episódio, proferimos
G, comando da aproveitamento f. Do
que G e H consisti em grupos iso-
mesmo modo, que a operação justa-
morfos e significamos por G ∼= H.
posta em meio a f(a)f(b) é a operação
Veja os exemplos:
⊗ de H, contradomínio do aprovei-
tamento f.
De acordo com Galdino
(2017:17):
[...] Lema 3.5. Sejam G e H gru-
pos, e f : G → H um homomor-
fismo. Então:

17
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

1. f(eG ) = eH onde eG ∈ G, eH
∈ H são os elementos neutros.
2. f(a −1 ) = f(a) −1 para todo a
∈ G.
3. f(a n ) = f(a) n para todo n ∈
Z.
Demonstração: Sejam eG e eH
os respectivos elementos neu-
tros de G e H. Se a ∈ G, n ∈ Z, e
f : G → H é um homomorfismo,
então:
1. f(eG ) = eH . De fato, f(eG ) = Fonte: Galdino (2017:18)
f(eG eG ) = f(eG )f(eG ).
Logo, como f(eG ) ∈ H, pelo Galdino (2017:37), ainda cita
Lema 1.7 vem que f(eG ) = eH .
2. f(a −1 ) = f(a) −1 . De fato, que:
f(a)f(a −1 ) = f(aa−1 ) = f(eG ) =
eH Consequentemente, pela [...] Lema 3.7. Seja G um grupo
unicidade do elemento inverso cíclico finito de ordem n. Então,
vem que f(a) −1 = f(a −1 ). G Zn.
3. f(a n ) = f(a) n . De fato, Demonstração: Sejam Zn = e G
f(a n ) = f(aa ... a) = f(a)f(a) ... um grupo cíclico
f(a) = f(a) n . [...] gerado por a, isto é,
G = {e, a, a2, ..., an−1}.
Considere a aplicação φ : Zn →
Comumente, os algebristas G dada por φ(m) = am. Afirma-
não bancam qualquer diferenciação mos que φ assim definida é um
em meio aos grupos isomorfos. Em isomorfismo. De fato, a aplica-
ção φ é injetora, pois, φ(r) =
outros termos, não se atentam com φ(s) ⇒ a r = a s ⇒ a r−s = e ⇒ n
a natureza dos itens que endireitam | (r − s) ⇒ r ≡ s(mod n).
os grupos, entretanto somente com Donde concluímos que r = s.
Obviamente, φ é sobrejetora.
a forma quão eles se operam. Dessa Resta então mostrar que φ é um
maneira, como manifestação o lema homomorfismo. Note que:
3.6. a seguir, não improvisamos ne- φ(r + s) = φ(r + s) = a r+s = a r
a s = φ(r)φ(s).
nhuma diferenciação entre “um Portanto, φ é um isomorfismo
grupo cíclico infinito e o grupo adi- e, consequentemente, G =∼ Zn.
tivo dos inteiros,” a menos provavel- Note que para mostrar que dois
grupos G e H são isomorfos,
mente da natureza de seus dados basta seguir os seguintes pas-
dito assim por Galdino (2017:17). sos, não necessariamente na or-
dem:

18
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

i) Defina uma aplicação f : G → e uma aplicação f : G → H, o


H. conjunto imagem de f, deno-
ii) Mostre que f é injetora. tado por Im(f), é dado por:
iii) Mostre que f é sobrejetora. Im(f) = {y ∈ H | y = f(x) para al-
iv) Mostre que f é um homo- gum x ∈ G}.
morfismo. [...] (GALDINO, Além disso, dado S ⊆ G, a ima-
2017:37-38). gem de S por f, denotada por
f(S), é: f(S) = {f(x) | x ∈ S}.
Desse modo, adotando as con- Também, sendo E ⊆ H, a ima-
gem inversa de E por f, deno-
venções dos algebristas, quando al- tada por f −1 (E), é o subcon-
mejamos despontar que dois grupos junto de G dado por:
não são isomorfos, um dos modos é f−1 (E) = {x ∈ G | f(x) ∈ E}. [...]
achar uma propriedade algébrica
Note também nas imagens
que seria conservada pela essência
abaixo:
de qualquer isomorfismo em meio
os dois grupos, contudo que é satis-
feita exclusivamente por um dos
grupos conexos.
A título de exemplo, se existe
um isomorfismo em meio os dois
grupos e um deles é abeliano, desse
modo, o outro tem por coação ser
ainda abeliano, como apresentado a
seguir, por Galdino (2017:38).

[...] Sejam G e H grupos, e f : G


→ H um isomorfismo. Se G é Fonte: Galdino (2017:38)
abeliano, então H é abeliano.
Demonstração: Se G é um
grupo abeliano, então para todo
a, b ∈ G temos ab = ba. Sendo
assim, f(ab) = f(ba) ⇒ f(a)f(b) =
f(b)f(a), ou seja, para todo a, b
∈ G vem que f(a)f(b) = f(b)f(a).
Como f é bijetora concluímos
que H é abeliano.
Em geral, um homomorfismo
de grupo f : G → H envia sub-
grupos de G em subgrupos de
H, como mostra o Lema 3.9 a
seguir. Mas antes relembremos
que dados dois conjuntos G e H, Fonte: Galdino (2017:39)

19
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

é de indescritível relevância, por-


quanto ele manifesta que todo grupo
é isomorfo se torna um grupo de
permutações. Contrapondo de tal
modo a consequente pergunta: De
que verdadeiramente são desenvol-
vidos os grupos abstratos? Que vere-
mos a seguir.

Fonte: Galdino (2017:39) 2.3. Grupos de Permutação

Note também que a solução De acordo com Ferreira; Ta-


mostrada a seguir é uma ferramenta marozzi; Modesto (2011: 41-44) per-
muito benéfica para provar quando mutação são grupos em que todos os
um homomorfismo é injetor ou não. grupos que possuem elementos n
distintos em que penetram os n itens
de uma vez, diferindo os grupos em
meio a si pela ordem de lugar dos
elementos. Então, será uma permu-
tação simples é análoga a um arranjo
simples onde n = p.
Nestas classes, o número Pn
de permutações dispares de n ele-
mentos é apresentado por Pn = n!

[...] A teoria de permutações


iniciou com o estudo de Cauchy
(1789-1857) publicado em 1815,
cuja motivação principal era a
Fonte: Galdino (2013:40) de explorar as permutações de
raízes de equações algébricas.
Somente em 1844, Cauchy pu-
Uma das principais implica- blicou um artigo principal que
ções da Teoria de Grupos é, indiscu- determina a teoria de permuta-
tivelmente, o Teorema de Cayley. ções como um assunto de sua
autoria. Ele introduz a notação
Este teorema assenta todos os gru- de potências positivas e negati-
pos em um mesmo plano, e expõe vas para permutações (com a
permutação na potência 0
que para estudar o Grupo das Per-
(zero) sendo a identidade), de-
mutações, marcado na continuação, fine ordem de uma permutação

20
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

e introduz a notação de ciclo,


amplamente empregada nas re- elemento de [a] é chamando de
ferências [...] (DEAN), (GAR- ordem de a[...] (FERREIRA;
CIA; LEAQUIN, 1989; GON- TAMAROZZI; MODESTO,
ÇALVES, 1980). 2011: 41-44)

A Teoria de Galois mostra a Então, se G = (a), falamos que


precisão da existência de subgrupos G é um grupo cíclico, no momento
normais para um grupo especifico. em que a é denominado causador do
Desse modo, os grupos simples são grupo. Este subgrupo adapta a ave-
na verdade grupos não abelianos riguação de resultados intensos na
que não aceitam subgrupos normais Teoria dos Grupos, como a conse-
não corriqueiros. Galois constituiu a quente aproveitamento do Teorema
não solução de equações algébricas de Lagrange: “Todo grupo de ordem
de quinto grau, devido justamente a prima é cíclico”, conforme Ferreira;
incomplexidade dos grupos de per- Tamarozzi; Modesto (2011: 41-44).
mutações de cinco elementos con-
[...] Dado um grupo finito G,
forme diz Ferreira; Tamarozzi; Mo-
uma das principais relações en-
desto (2011: 41-44). tre Z(G) e CG(x) é dada pela se-
Assim, um grupo G, não essen- guinte igualdade
cialmente finito, adentraremos a se-
guir algumas camadas de subgrupos
de G.
conhecida como a equação das
[...] Consideremos o conjunto classes. Seja S um subconjunto
Z(G) {aG / ax xa, x G} a G ax não vazio de G, então podemos
xa x G , dos elementos de G que
comutam com todos os elemen- a2…,
tos de G. É fácil constatar que
Z(G) é um subgrupo, chamado gerado por S, que generaliza o
centro do grupo G, para o qual
temos: G é abeliano, se, e so- subgrupo interessante que se
mente se, Z(G) = G. pode observar a partir de G é o
Considerando qualquer ele- subgrupo gerado pelo conjunto
mento x G , podemos conside- S = {xyx -1 y -
rar o subconjunto CG (x) + {g G Trata-se do subgrupo dos co-
/ xg + gx} de G. Esse conjunto é mutadores de G, que denota-
um subgrupo de G, chamado
centralizador de x em G. E G. Avaliando o tamanho de G’,
ainda, CG (x) + G, se, e somente podemos ter uma ideia do
se x Z (G). Dado a um elemento quanto G é abeliano. [...] (FER-
qualquer de G, o subgrupo ge- REIRA; TAMAROZZI; MO-
rado por a é o seguinte conjunto DESTO, 2011: 41-44).

21
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

2.3.1. Permutações De acordo com Ferreira; Ta-


marozzi; Modesto (2011: 41-44) en-
Ainda com concerto com Fer- tão, no r-ciclo, o número r é denomi-
reira; Tamarozzi; Modesto (2011: nado dimensão do ciclo onde {a1, a2,
41-44) sendo X um conjunto. Logo o ..., ar} é o conjunto apoio de ,, e os
conjunto S(x) = {δ: X →X / δ é bije- 2-ciclos serão denominado transpo-
tora}, provido da operação de for- sições.
mação de funções, é um grupo deno- Desse modo, seja ,Sn uma
minado de grupo das permutações permutação, logo ,poderá ser colo-
sobre X. Sendo X={1, 2, ..., n}, logo cada como um produto de ciclos
S(X) é denominado Sn , e uma per- avulsos. Sendo essa fatoração a
mutação  de Sn é denotada por δ= única, e não ser por ordem dos ci-
clos.
Ferreira; Tamarozzi; Modesto
(2011: 41-44) afirmam que sendo
,um r-ciclo algum, logo , = (a1, a2,
..., ar), podemos averiguar simples-
mente que, “(a1, a2) ○ (a1, a3) ○...○
(a1, ar-1) ○ (a1, ar)  ou sendo  pode
ser fatorada como um produto de
Fonte: (FERREIRA; TAMAROZZI;
MODESTO, 2011: 41-44) transposições. Se  pode ser fato-
rada com um número par de trans-
Para definir então  uma per posições, então dizemos que  é uma
mutação de Sn. Denotamos  de r- permutação par.”
ciclo se houver itens: Caso contrário,  será denomi-
nada uma permutação ímpar. E a fa-
toração de uma permutação em
transposições não pode ser a única,
todavia permanece-se a paridade, o
que possibilita deliberarmos o sub-
conjunto de Sn a seguir.
Então, logo “An o conjunto de
todas as permutações pares em Sn .
O fechamento da composição para
Fonte: (FERREIRA; TAMAROZZI; MO- permutações pares e a propriedade
DESTO, 2011: 41-44) (ab)-1 = b-1 a-1, válida em qualquer

22
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

grupo, asseguram que An é um sub- Quanto menor é, será próximo de G


grupo de Sn. Este é o grupo alter- e será de ser um grupo comutativo.
nado de grau n. Pode-se mostrar que Assim, por fim, podemos dizer que
𝑛! “um grupo é solúvel quando seus fa-
|An| . Como |Sn|  n!, vemos
2
tores de composição são abelianos”,
que An é um subgrupo de Sn de ín-
conforme UFRJ (2013: 9-11)
dice 2, de onde segue que As ◄ Sn
nas palavras de Ferreira; Tamarozzi;
Modesto (2011: 41-44).
Resumindo:

2.4. Grupos Solúveis

De acordo com UFRJ (2013: 9-


11) têm diversos modos de medir a
não-comutatividade de um grupo G.
Como já demonstrado anterior-
mente, podemos empregar “o centro
de G, conjunto dos elementos de G
que comutam com todos demais:
Z(G) = {z ∈ G : ∀x ∈ G, xz = zx} (1)”
Sendo o maior é o mais pró-
ximo é G de se tornar um grupo co-
mutativo. É ainda admissível intro-
duzir o denominado grupo derivado
do mesmo modo sendo definido, as-
sim: “denotamos [x, y] = xyx−1y −1,
o comutador de x e y. O grupo deri-
vado de G é o grupo gerado pelos co-
mutadores denotado G’ ou D(G)”.

23
24
INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA

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