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Capítulo I: Fundamentação Teórica

1.0 – Introdução

O movimento histórico das equações se dissolve quando estas são tratadas como
conteúdo de ensino. Reforçam-se as diferentes técnicas para resolver equações
encontrar a solução de um problema específico, investindo em recursos e
metodologias diferenciadas.

Não se proporciona aos estudantes o que seria então sua essência, a possibilidade
de a partir de um problema particular identificar grandezas (numéricas, geométricas
ou de outra espécie), estabelecer relação entre elas e então generalizar métodos de
resolução de problemas que tratem das grandezas abstractamente.

As equações também são tratadas como traduções em linguagem matemática de


situações, problemas, em que os estudantes substituem as palavras da linguagem
comum por letras, na tentativa de criar uma equação adequada.

Uma equação nada mais é do que uma pergunta feita em linguagem


matemática, usando números, letras e o sinal de igualdade. A existência de uma
letra cujo valor se quer descobrir (incógnita) é o que faz da equação o equivalente a
uma pergunta na língua materna. Mesmo dentro de um contexto exclusivamente
matemático, uma equação como 2 x+3=13 pode ser entendida como uma pergunta
do tipo: qual é o número cujo dobro somado com 3 resulta em 13? (São Paulo, 2010
a, p.29)

O que se pretende nas equações, é resolver a equação, determinar o valor da


incógnita como era a necessidade dos Babilónios, dos egípcios e dos gregos
antigos.

O recurso metodológico de compreender a equação como um problema é viável,


entretanto para associar que uma equação é uma tradução em linguagem
matemática de um problema, deve considerar que esta ‘tradução’ requer o
reconhecimento das grandezas envolvidas bem como das relações entre elas,
registando-as através de símbolos ou letras, ou representações geométricas.

Nos tempos passados, as pessoas buscavam solucionar problemas do seu dia a dia,
que envolviam matemática, através de processos aritméticos. Contudo, em certas
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situações esse processo não conseguia resolver os problemas que surgiam, Com
isso, passou-se a trabalhar com elementos algébricos, constituindo, assim, as
equações que nada mais são do que expressões algébricas que representam uma
determinada situação ou problema.

Entretanto, não basta conseguir esquematizar um problema apenas com expressões


algébricas, é preciso saber resolver essas expressões algébricas. Para tanto,
realizaram-se estudos acerca dos métodos de obtenção da solução das equações.

A obtenção da solução de uma equação é feita através de manipulações aritméticas,


entretanto, envolvendo letras (incógnitas).

Mas qual o objetivo dessas letras em meio de números? As letras utilizadas nas
expressões algébricas possuem a propriedade de representar qualquer número.
Portanto, ao encontrarmos expressões que nos auxiliam a determinar a solução de
um número para equações que possuem apenas letras, quer dizer que
determinamos um método de obter a solução para qualquer tipo daquela equação.

O primeiro início do uso de equações foi relacionado, aproximadamente, ao ano de


1650 a.C., no documento denominado Papiro de Rhind, adquirido por Alexander
Henry Rhind, na cidade de Luxor - Egito, em 1858 o papiro de Rhind também recebe
o nome de Ahmes, um escriba que relata no mesmo papiro de Rhind a solução de
certos problemas relacionados à Matemática.
Os gregos deram grande importância ao desenvolvimento da Geometria, realizando
e relatando inúmeras descobertas importantes para a Matemática, mas na parte que
abrangia a álgebra, foi Diofanto de Alexandria que contribuiu de forma satisfatória na
elaboração de conceitos teóricos e práticos para a solução de equações.
Diofanto foi considerado o principal algebrista grego, há de se comentar que ele
nasceu na cidade de Alexandria localizada no Egito, mais foi educado na cidade
grega de Atenas. As equações eram resolvidas com o auxílio de símbolos que
expressavam o valor desconhecido. Observe o seguinte problema:
“Aha, seu total, e sua sétima parte, resulta 19”.
Note que a expressão Aha indica o valor desconhecido, actualmente esse problema
seria escrito com o auxílio de letras, as mais comuns x, y e z. Veja a representação
do problema utilizando letras: x + x /7=19. Vejamos outro exemplo “Qual o valor de
Aha, sabendo aha mais um oitavo de aha resulta 9?” x + x /8=9
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Na lápide do túmulo de Diofanto foi escrito uma equação que relata sua vida, e o seu
resultado revela a idade que tinha quando faleceu.Muitos matemáticos da
antiguidade egípcia e do Renascimento europeu, ajudaram na construção da
álgebra moderna e a partir dessas contribuições, as equações passaram a ser
interpretadas como as entendemos actualmente e definidas como sendo uma
fórmula de igualdade entre duas quantidades, que contém incógnitas e só sendo
satisfeitas para determinados valores dessas incógnita.

Segundo o cientista Garbi, 2007, Qualquer problema que possa ser solucionado
através dos números certamente será tratado, directa ou indirectamente, por meio
de equações, dizendo de que as equações estão sempre presentes em nosso dia a
dia por toda parte, muitas vezes sem nos darmos conta que estamos lidando com
elas. O verbo equacionar se faz presente sempre que precisamos encontrar alguma
coisa que não conhecemos,assim como nos tempos actuais.Na antiguidade as
equações também tiveram papel decisivo em grandes momentos da História do
desenvolvimento da Matemática, sendo consideradas, por Baumgart (1992).

Segundo Boyer (2010): “Um certo número de papiros egípcios de algum modo
resistiu ao desgaste do tempo por mais de três e meio milénios. Dentre eles,
destacamos o Papiro de Ahmes ou Rhind, que contém 85 problemas copiados em
escrita hierática pelo escriba Ahmes por volta de 1650 a.C. Trata-se do mais extenso
documento matemático do antigo Egipto e que se associa às primeiras evidências
do uso de equações.

Além dele, o Papiro de Moscou ou Golenischev, onde constam 25 problemas


matemáticos escritos aproximadamente em 1890 a.C.

Segundo Eves (2004), os 110 problemas dos papiros de Rhind e Moscou são
numéricos e grande parte apresenta sua origem prática com questões alimentícias,
como o pão, a cerveja, balanceamento de rações e armazenamento de grãos. A
resolução para muitos desses problemas não precisava mais do que uma escrita
hierática diz respeito a um sistema de escrita egípcio organizada em formato cursivo
e usada para fins comerciais (Brasil Escola, 2015).

Simples equação linear, esse método ficou conhecido mais tarde na Europa como
regra da falsa posição e posteriormente como Método de Horner, pois os egípcios
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não conheciam a simbologia algébrica moderna, assim, para resolver x + x /7=24


assume-se um valor conveniente para x, digamos x=7 . Então x + x /7=8 , em vez de
24. Como 8 deve se multiplicado por 3 para se obter 24, o valor correcto de x deve
ser 3. (7) ou 21. (Eves, 2004, p. 73).O método da falsa posição inicia-se com um
palpite falso, uma aproximação ou “chute”, para se chegar ao resultado correcto
usado em diversos momentos da História, o método pode fornecer uma maneira de
resolver equações aritmeticamente, sem utilizar os procedimentos algébricos.

Tomemos como exemplo o problema 25 do papiro de Rhind, que pertencia ao grupo


de problemas de aha, onde “aha” significa número ou quantidade, ou seja,
problemas onde era necessário encontrar um valor desconhecido quando se é dado
o resultado, actualmente a solução seria obtida por meio de uma equação linear,
mas os egípcios tinham uma técnica bem diferente da nossa.

Os egípcios, por volta de 1650 a.C., por meio dos papiros trataram de equações
lineares, porém os Babilónios por volta de 2000 a.C. já havia evoluído para uma
Álgebra retórica bem desenvolvida, pois não só desenvolviam equações
quadráticas, como também se discutiam algumas cúbicas. Embora a Matemática
dos egípcios tenha se desenvolvido quase que ao mesmo tempo em que na
Babilónia, o nível de desenvolvimento da Álgebra babilónica era mais sofisticado,
assim como o seu desenvolvimento económico. Localizada numa região que era
rota de grandes caravanas, os Babilónios eram povos que ocupavam a região da
Mesopotâmia situada no Oriente Médio, no vale dos rios Eufrates e Tigre, onde
actualmente é o Iraque, e usavam tábulas de argila cozida para registar sua escrita,
entre um número muito grande de tábulas descobertas cerca de 400 foram
identificadas como exclusivamente matemáticas, contendo listas de problemas
matemáticos.

Enquanto aos gregos e indianos, Já havia nos seus trabalhos recursos para o
desenvolvimento da teoria das equações, mas uma nova concepção tornou ser
visível com os árabes, que após tomarem conhecimento das obras gregas e
indianas, expandiram sua sabedoria, e fortalecer a Álgebra foi um meio de desfazer
a supremacia do conhecimento grego, pois a Álgebra dos árabes foi além da divisão
entre número e grandeza, que era formada pela Matemática euclidiana. Além disso,
elaboraram um cálculo algébrico sobre expressões polinomiais e expandiram as
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operações aritméticas a essas expressões, também consideraram os irracionais,


que eram quantidades que os antigos não reconheciam como sendo número.

Porem Actualmente as equações são usadas, entre outras coisas, para determinar o
lucro de uma firma, para calcular a taxa de uma aplicação financeira, para fazer a
previsão do tempo, etc. E devido a evolução dos estudos das equações, podemos
utilizar outras variáveis, letras, para representar o valor desconhecido, ou seja, o que
se quer descobrir em uma equação.
Hoje, chamamos o termo desconhecido de incógnita, que é uma palavra originária
do latim incógnita, que também quer dizer “coisa desconhecida”. A incógnita é um
símbolo que está ocupando o lugar de um elemento desconhecido em uma
equação.
1.1- Distância entre dois Pontos no Plano

Os estudos em Geometria Analítica possibilitam a relação entre a Álgebra e a


Geometria, abrangendo situações em que são envolvidos ponto, recta e figuras
espaciais.

A distância permeia todos os conceitos da Geometria Analítica, pois, nessa área da


Matemática, temos a relação de elementos geométricos com os algébricos.

Um dos conceitos básicos da Geometria referindo-se à distância, é que a


menor distância entre dois pontos é dada por uma recta portanto, Na Geometria
Analítica, esses pontos recebem coordenadas no plano cartesiano e, por meio
dessas coordenadas, podemos encontrar o valor da distância entre dois pontos.

Definição: Seja A(xA,yA) e B(xB,yB) dois pontos distintos, dizemos que a distância
entre os pontos A e B é a medida do segmento de recta que liga o ponto A ao ponto
B.

Para calcular a distância entre os pontos A e B, devemos escolher pontos que


possuem coordenadas quaisquer A(xA,yA) e B(xB,yB).Essas coordenadas
representam a localização dos pontos A e B em um plano cartesiano, por esta razão,
a distância entre esses pontos é igual ao comprimento do segmento de recta, por se
tratar de dois pontos quaisquer, representaremos as coordenadas desses pontos de
maneira genérica, isto é, conforme mostra a figura abaixo o segmento de recta que
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une o ponto A e o ponto B é a distância entre A e B representada na cor vermelha


na imagem a seguir

.
y r
B
yB

yA
A
. Fig; 01

0 xA xB x

Sabendo que os eixos coordenados do plano cartesiano são ortogonais, portanto,


queremos introduzir a ideia de que, se construirmos um triângulo rectângulo
utilizando os pontos A e B, então, teremos possibilidade de aplicarmos o teorema de
Pitágoras, pós que é o teorema mais famoso e falado no nível de ensino do primeiro
e segundo cíclo.

Portanto, nas metodologias diferenciadas que fomos aplicando durante a


investigação deste trabalho, deu-nos a entender que o aluno domina muito mais o
teorema de pitágoras para equacionar certos problemas da vida diária.

Razão pela qual achamos necessário introduzirmos o teorema de Pitágoras para


demostrarmos a fórmula da distância entre dois pontos no plano, porque o processo
de assimilação foi muito mais fácil e permitiu com que o Aluno compreendesse com
mais facilidade sobre o surgimento da fórmula da distância entre dois pontos no
plano.

Sendo assim, vamos mostrar a fórmula da distância projectando os pontos A e B em


Rene Descartes ou num sistema de referência. Seja a figura:
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y r

yB .
B

dAB

. .
∆y = yB - yA

A Fig; 02
yA = yC C
∆x = xB - xA

0 xA xB = xC x

A distância entre dois pontos pode ser obtida calculando ou medindo o comprimento
do segmento de recta que os liga. Para calcular seu comprimento, podemos fazer
uso da Geometria Analítica e encontrar uma fórmula capaz de determinar
a distância entre dois pontos usando suas coordenadas. Considerando os pontos
citados acima temos: A (xA,yA) e B(xB,yB), sendo assim, a fórmula da distância entre

dois pontos é naturalmente escrita da forma:

Demostração:
Para demonstrar essa fórmula, precisamos marcar os pontos A(xA,yA) e B(xB,yB)
no plano cartesiano conforme já se fez, lembrando-se de que
a distância entre dois pontos é a medida do segmento de recta que liga o ponto A ao
ponto B.
Na figura acima, marcamos os pontos A e B e destacamos suas coordenadas nos
eixos x e y. Observe que, ao marcarmos essas coordenadas, acabamos por
construir o triângulo ABC, que é rectângulo e cuja hipotenusa é o segmento AB.
Desta forma, poderemos usar o teorema de Pitágoras (a medida do comprimento da
hipotenusa é igual a soma das medidas dos comprimentos dos catetos) para
encontrar o comprimento deste segmento. Antes disso, porém, é preciso conhecer o
comprimento dos segmentos AC e BC, que são os catetos deste triângulo, por esta
razão, digamos que o segmento mede x B – x A , e o segmento BC mede y B – y A
assim, aplicando o teorema de Pitágoras, teremos:
8

AB2 = AC2 + BC2 AB2

Como o comprimento do segmento AB é justamente a distância entre os pontos A e


B, concluímos que:

Exemplo: Determine a distância entre os pontos A e B, sabendo que A tem como


coordenadas (2,4) e B tem como coordenadas (3,8).
Solução: Antes de tudo, é importante dizer que, uma demostração é um
encadeamento de relações pelo qual se passa de axiomas ou de teoremas já
estabelecido a um teorema dado, ou é uma operação que alicerça dedutivamente a
verdade de uma proposição, por este motivo, temos possibilidades suficientes para
darmos solução do exemplo elaborado seguindo os passos da demostração da
fórmula da distância entre dois pontos no plano, mas como a fórmula é um dos
caminhos para solucionar um problema, então, usaremos a fórmula para chegarmos
à questão em causa, sendo assim temos:

dAB = √(xB – xA)2 +(yB – yA)2 dAB = √(3 – 2)2 +(8 – 4)2

dAB = √(1)2 +(4)2

dAB = √1 +16

dAB = √17

Portanto, esta é a distância que separa os pontos A e B.


Vamos agora representarmos graficamente os pontos que nos foram dados de modo
a termos em conta do seu comportamento num sistema de referência,ou no plano
cartesiano, lembrando que as coordenadas cartesianas são representadas pelos
pares ordenados (x;y). Em razão dessa ordem, devemos localizar o ponto
observando primeiramente o eixo x e posteriormente o eixo y desta feita temos:
Sejam os pontos A(2,4) e B(3,4)
9

y
r

8 . B(3,8)

.
dAB =
Fig; 03
4 A(2,4)

0 2 3 x

Com a figura presente, notemos que se prolongarmos o segmento de recta da


coordenada 4 de modo a interseptar o segmento de recta da coordenada 3, então
teremos um triângulo rectângulo, onde a distância dos pontos A e B é naturalmente
igual a hipotenusa do mesmo triângulo. Razão pela qual,achamos necessário
usarmos o teorema de Pitágoras no triângulo rectângulo para demostrarmos a
fórmula da distância entre dois pontos no plano e resolvermos exercício usando a
mesma fórmula da forma como nos referimos nas páginas 6,7 e 8 deste trabalho.
1.2 - Equação da Recta
Nesta secção utilizaremos a linguagem da álgebra para descrevermos o conjunto de
todos pontos que pertencem a uma dada recta. Esta descrição algébrica chamamos
de Equação da recta, no entanto, é necessário, primeiro discutirmos um importante
conceito preliminar.
Coeficiente Angular e Linear de uma Recta
Coeficiente angular: Toda recta possui uma inclinação determinada por um ângulo ∝
essa inclinação evidencia a direcção e o sentido da recta.
O coeficiente angular está em função da inclinação da recta, ou seja, para obter o
seu valor é preciso saber o ângulo que determina essa inclinação, assim como pode
se aplicar algumas técnicas conhecidas para obtermos o valor do coeficiente
angular.

Dado um sistema cartesiano, onde, vamos considerar uma recta r não vertical, e a
mesma recta através da sua projecção no sistema cartesiano, forma com o eixo
coordenado ox um ângulo de medida ∝. Essa recta tem como coeficiente angular
(ou declive) um número real m dado por tg∝, isto é:
10

m = tg 2

Vamos observarmos algumas figuras abaixo dos ângulos formados pelas rectas, de
modo a termos uma pequena ideia no que diz o respeito ao coeficiente angular de
uma recta. É útil observar que o coeficiente angular de uma recta pode ser
prontamente encontrado dividindo-se a variação ∆y das ordenadas dos pontos pela
variação ∆x de suas abcissas, algo que faremos um pouco mais por baixo assim:

a); = 0o c); 90o 180o


y y
r
r
Fig; 04 Fig; 05

0 x
0 x O ângulo é obtuso, então m é negativo.
O ângulo é nulo, então m é zero.

Obs: se m = 90o, isto é, m = tg∝ então r será uma recta vertical e, como não existe
tg90o, isto significa que m não tem coeficiente angular ou seja m não será
definido.Observemos a figura abaixo:

y r

Fig; 06

0 x

A intersecção da recta r com eixo ox forma um ângulo recto, isto é, ∝ = 90o; significa
que m = tg∝ implica a dizer que m = tg90 o não é definido.

Existem três casos que o coeficiente angular de uma recta pode ser calculado.
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1º Caso: Quando conhecermos a inclinação da recta dada por ∝, basta


conhecermos o ângulo formado pela intersecção da recta r com o eixo ox, então
aplicamos a relação (1) mostrada na página dez (10), substituindo o respectivo valor
de ∝ na mesma relação, e teremos o coeficiente angular procurado.

Exemplo: Calcule o coeficiente angular da recta r, apartir da figura abaixo sabendo


que a intersecção da recta r com o eixo das abcissas mede um ângulo ∝ de 60o

y
r

Fig; 07

0
0 x

Solução: Usando a relação mostrada na página dez (10), temos:

m = tg∝; onde ∝ = 60o, então temos: m = tg 60o  m =√ 3

2º Caso: Se conhecermos dois pontos distintos da recta r, A(xA;yA) e B(xB;yB), neste


caso, observemos que a recta r será não ortogonal ao eixo ox tem o mesmo
coeficiente angular de qualquer um dos seus segmentos; vamos agora analisarmos
o segmento AB, a partir do triângulo formado por A, B e C da figura abaixo.

y
r

yB .
B

yA = yC .
A
. ∆y = yB - yA

C Fig; 08

. N(0,n)
∆x = xB - xA

0 xA xB = xC x
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∆y = yB - yA
Assim, a partir da relação (1) temos: m = tg = Onde: ; então
∆x = xB - xA

y B− y A y B− y A
m = tg ∝ = com (xB ≠ xA), ou simplesmente: m = (2)
x B− x A x B− x A

Exemplo: Calcule o coeficiente angular da recta r que passa pelos pontos: A (2; 4) e
B (4; 6)

Solução: Usando a relação (2) tem-se:

yB = 6 ; yA = 4
m= ; onde ; temos m = m = 1
xB = 4 ; xA = 2

3º Caso: Conhecendo dois pontos distintos A(xA,yA) e B(xB,yB) de uma recta, e um


outro pontos C(x,y) genérico contido na mesma recta, então teremos possibilidades
de introduzirmos a ideia de que os três pontos estão alinhados numa mesma recta
onde o determinante da matriz formada pelos pontos fornecidas à recta é igual a
zero, e para encontrarmos a referida recta que passa pelos pontos A e B, é
necessário aplicarmos o teorema de Laplace no estudo de alinhamento de três
pontos. Razão pela qual, nesta secção do pirmeiro capítulo que é a fundamentação
teórica vamos apenas falarmos do primeiro e segundo caso e o terciro caso
daremos a sua continuidade no segundo capítulo onde falaremos apropiadamente
do mesmo teorema.

Coeficiente Linear de uma Recta

A equação geral de uma recta é escrita da forma; ax +by + c=0 e como o coeficiente
linear é um caso particular da recta, então podemos obter-la isolando a variável
idependente y, isto é:

; onde :

Assim, (3)

Sendo n a ordenada do ponto N da intercessão da recta r com o eixo oy. Exemplo:


Seja a equação da recta 5 x+ 2 y – 9=0 , determine o seu coeficiente linea.
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Solução: Aplicando os procedimentos mostrados acima temos:

; logo

Ou seja lembrando simplismente da relação (3) que é n = - c/b, a partir da equação


dada buscamos os valoeres de a, b e c isto é, a = 5, b = 2 e c = - 9 logo substituindo
na relação n = - c/b temos finamente n=9/2.

Feito isto, digamos que o coeficiente angular de uma recta, é a inclinação da recta
que passa por dois pontos formando um ângulo  Com o eixo coordenado ox, ou
seja, é a tangente do ângulo formado pela intersecção da recta com o eixo ox, ao
passo que o coeficiente linear de uma recta é a intercessão da recta com o eixo
coordenado oy, ou ainda, o coeficiente linear de uma recta é a ordenada do ponto N
da intercessão da recta r com o eixo oy.

Definição: Depois de termos falado sobre o coeficiente angular e linear de uma


recta, apraz-nos dizer de que a definição da equação da recta é uma das formas
pelas quais podemos equacionar uma recta, mas somente para rectas não-verticais,
pois é preciso saber o seu coeficiente angular.

Para que todas as equações fossem equacionadas, independentemente das suas


características e dos elementos pertencentes a ela, foram estipuladas outras formas
de representação, como forma geral, forma reduzida forma segmentária e
paramétrica, por este motivo, dizemos de que uma equação da recta é toda
expressão escrita da forma ax +by + c=0, onde a, b e c são constantes reais e a e
b ≠ 0.

Intuitivamente é fácil perceber que dois pontos distintos definem uma única recta. Na
geometria analítica podemos determinar a equação de uma recta que passa por dois
pontos distintos do plano cartesiano desde que conheçamos as suas coordenadas,
para tal, consideremos a recta definida pelos pontos A(x A,yA) e B(xB,yB) conforme
mostra a figura abaixo.
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y
r

yB .
B

yA = yC .
A
. ∆y = yB - yA

C Fig; 09

.N(0,n)
∆x = xB - xA

0 xA xB = xC x

Apartir da figura estamos observando que temos dois pontos distintos que passam
numa e única recta, e sendo assim, podemos construir a equação desta recta
utilizando duas fórmas

1ª Fórma: Através da determinação do coeficiente angular da recta e utilização de


uma forma geral dada por:
2ª Fórma: Através de uma matriz quadrada formada pelos pontos pertencentes à
recta fornecida.

Obs: Para buscarmos a equação da recta aplicando a segunda maneira, nos pede
introduzirmos a ideia de alinhamento de três pontos, por este motivo usaremos
apenas a primeira maneira porque na página 12 temos um caso igual a este e lá nos
referiamos de que dariamos a sua continiudade no segundo capítulo quando
falremos apropriadadmente do teorema de Laplace igual modo que neste caso
também daremos a sua continuidade no segundo capítulo.

Exemplo: Determine a equação da recta que passa pelos pontos A e B sabendo que
A tem como coordenadas (4,2) e B tem como coordenadas (6,8)

Solução: Em primeiro lugar vamos achar coeficinte angular da recta que passa pelos
pontos que nos foram dados utilizando a relação (2) da pagina 12, isto é:

Y B −Y A
m = , substituindo as coordenadas dos pontos A e B temos:
X B −X A
Y B −Y A 8−2 6
m = ,  m =  m =  m = 3,
X B −X A 6−4 2
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Feito isto vamos agora aplicarmos a fórmula da recta que passa por um ponto com
coeficiente angular dado, e como temos dois pontos A e B, então nós vamos apenas
utilizramos um dos pontos,supomos que seja o ponto A,então temos:

Portanto, esta é a equação geral da recta

Representação gráfica

8 . r

.
B(6,8)

2 A(4,2) Fig; 10

.
m 0 4 6 x

A Equação Reduzida da Reta também é calculada quando uma reta intercepta o


eixo de coordenadas em um ponto do plano cartesiano. Ela é expressa da seguinte
maneira:

(5 )

Sendo, x e y as coordenadas de um ponto qualquer da reta, onde


m é o coeficiente angular da reta e
n coeficiente linear

Obs: Aprtir da equação geral da recta ax +by + c=0 resolvendo esta equação em
ordem a variável y, teremos algo do tipo y=−a/bx – c /b , onde m=−a/b e n=– c /b e
substituindo na mesma equação termos y=mx+n
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Ezemplo: Apartir da equação geral da recta 3 x – y – 10=0, encontre a equação


reduzida desta recta

Solução, resolvendo a equação dada em ordem a variável y temos:

Portanto, esta é a equação reduzida da recta

Feito isso, é importante realçar de que o estudo analítico da recta é muito utilizado
em problemas quotidianos ligados a diversas áreas do conhecimento, e determinar a
equação da reta e compreender seus coeficientes é bastante importante para a
compreensão do seu comportamento, sendo possível analisar sua inclinação e os
pontos onde intercepta os eixos do plano.

O que queremos dizer com equação de uma recta, é que a geometria analítica
estuda seres geométricos (rectas, circunferências, parábolas, regiões etc), por meio
de representações algébricas. Dizer que 3 x – y – 10=0é a equação da recta que
passa pelos pontos A e B de coordenadas (4,2) e (6,8), significa que todo ponto da
recta é dado por um par ordenado que satisfaz sua equação, isto é, reciprocamente
todo par ordenado que satisfaz sua equação é um ponto da recta.

Nota: Durante a nossa formação académica, adquirimos várias experiências no que


diz o respeito à determinação de uma equação da recta, por esta razão, referimo-
nos acima de que podemos determinar a equação da recta que passa por dois
pontos utilizando duas fórmas, mas nesta secção nós achamos necessário
utilizrarmos apenas uma das fórmas, pois que é a mais predominante no processo
de ensino da equação da recta no segundo cíclo.

Um exemplo concreto é sobre tudo quanto aconteceu no teste de Matemática de


2019 para o ingresso no Instituto Superoir de Ciências de Educação do uíge, houve
uma das questões que pedia ao Aluno determinar a equação da recta que passa por

dois pontos, e os Alunos foram utilizando a fórmula y – y 1=m(x – x 1)


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Para chegarem a solução da questão em causa. De igual modo que no pré-teste que
realizamos na Escola do Magistério Secundário Cor Mariae do Uíge, alguns Alunos
foram também utilizando a mesma fórmula, isso significa que os Alunos não
conhecem perfeitamente da utilidade do teorema de Laplace no estudo de
alinhamento de três pontos

1.2.1- Equação Axial da Recta ou Equação Segmentaria da Recta

Seja a figua:

y
r

.
Q(0,q)

Fig; 11

0
.
P(p,0)
x

Definição: Seja P e Q dois pontos não nulos de coordenadas (p,0) e (0,q), e que
originam uma recta, então, a Equação axial ou segmentaria, desta recta será toda
expressão escrita da forma:

X/p + Y/q = 1 onde ( p e q) ≠ 0 (6)

Na página 13 deste trabalho, isto é no quinto parágrafo, dizemos que para que todas
as equações fossem equacionadas, independentemente das suas características e
dos elementos pertencentes a ela, foram estipuladas outras formas de
representação, como forma geral, forma reduzida forma segmentária e paramétrica,
isso significa que a equação paramétrica da recta é um caso particular da mesma,
assim como as demais formas citadas, por este motivo, para determinarmos a
equação segmentaria da recta, é basta termos na presença a equação geral da
recta.

Exemplo: Determine a equação segmentaria da recta que passa pelos pontos Q e P,


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sabendo que o ponto Q tem como coordenadas (0,3) e o ponto P tem como
coordenadas (8,0)

Solução: Aplicando os procedimentos das páginas 14 e 15 temos.:

Portanto, esta é a equação geral da recta

Vamos agora dividirmos toda equação encontrada na página anterior por 24, onde
teremos:

Portanto, esta é a equação segmentaria da recta que passa por dois pontos

Representsção gráfica
y
r

.
Q(0,3)

Fig; 12

0
.
P(8,0)
x

Porém, com a equação segmentária da recta, podemos determinar os pontos de


interseção da reta com os eixos coordenados do plano, por isso, apartir da mesma,
é fácil observar que o ponto Q(0,3) a abscissa se encontra na origem dos eixos, isto
é, x = 0 e y = 3 da mesma forma que acontece com o ponto P(8,0) x = 8 e y = 0,
razão pela qual para encontrarmos a equação segmentaria da recta que passa por
estes ponto, podemos ou não seguir os passos mostrados acima lembrando apenas
de que o termo que divide x na equação segmentária é abscissa do ponto de
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intercessão da recta com o eixo ox, e o termo que divide y é abscissa do ponto de
interseção da recta com o eixo oy.

Além disto, apartir da figura também podemos obté-la com toda facilidade, tendo
noções de que x / p + y /q=1 é a Equação Segmentaria da recta que passa por dois
pontos, então, vamos substituirmos os respectivos valores de p e q, pois que o
termo que divide x na equação segmentária é abscissa do ponto de intercessão da
recta com o eixo ox, e o termo que divide y é abscissa do ponto de interseção da
recta com o eixo oy, finalmente teremos: x /8+ y /3=1

1.2.2- Equação Paramétrica da Recta

Definição: As equações paramétricas são equações que representam uma mesma


recta por meio de uma variável em comum, (chamada de parâmetro t), que faz a
ligação entre as duas equações.

Até agora mostramos que a equação geral da recta, e segmentária, relaciona


diretamente entre si às coordenadas x e y do plano cartesiano, por este motivo,
podemos escrever a equação geral da recta assim como a equação segmentária
darecta em função de uma terceira variável (t), denominada parâmetro, de modo que
tenhamos: x = f(t) e y = f(t), isto é:

x = f(t)

y = f(t)

As equações paramétricas da recta, podem ser determinadas apartir da equação


geral da recta ou segmentária, por esta razão, vamos usar um processo que leva-
nos direitamente à determinação das mesmas tendo como ponto de partida uma
equação da recta.

Exemplo: Considere a equação geral da recta no formato de x +2 y – 2=0, determine


ou encontre as equações paramétricas desta recta.

Solução: Vejamos algumas estratégias que aplicaremos para chegarmos mais


rapidamente na determinação das equações paramétricas da recta dada.

Seja a equação; x +2 y – 2=0 , vamos supor que x +2=t , onde x=t – 2, subtituindo
x=t – 2 na equação dada temos:
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x +2 y – 2=0 t – 2+2 y – 2=0

2 y=2 – t +2

y=(4 – t)/2

Feito isso, vamos formar um sistema de equações, com as equações negritas


acima,teremos as chamadas equações parametricas da recta que nos foi dada,
sendo assim temos:

Porém, a transformação da equação geral da recta em função de uma terceira


variável t, designada parâmetro, isto é, de modo a termos simultaneamente duas
equações da forma x = f(t) e y = f(t), chamamos de equações paramétricas da recta,
na qual podemos obté-las apartir da equação geral da recta, ou segmentária
aplicando algumas técnicas.

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