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1.0 – Introdução
O movimento histórico das equações se dissolve quando estas são tratadas como
conteúdo de ensino. Reforçam-se as diferentes técnicas para resolver equações
encontrar a solução de um problema específico, investindo em recursos e
metodologias diferenciadas.
Não se proporciona aos estudantes o que seria então sua essência, a possibilidade
de a partir de um problema particular identificar grandezas (numéricas, geométricas
ou de outra espécie), estabelecer relação entre elas e então generalizar métodos de
resolução de problemas que tratem das grandezas abstractamente.
Nos tempos passados, as pessoas buscavam solucionar problemas do seu dia a dia,
que envolviam matemática, através de processos aritméticos. Contudo, em certas
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situações esse processo não conseguia resolver os problemas que surgiam, Com
isso, passou-se a trabalhar com elementos algébricos, constituindo, assim, as
equações que nada mais são do que expressões algébricas que representam uma
determinada situação ou problema.
Mas qual o objetivo dessas letras em meio de números? As letras utilizadas nas
expressões algébricas possuem a propriedade de representar qualquer número.
Portanto, ao encontrarmos expressões que nos auxiliam a determinar a solução de
um número para equações que possuem apenas letras, quer dizer que
determinamos um método de obter a solução para qualquer tipo daquela equação.
Na lápide do túmulo de Diofanto foi escrito uma equação que relata sua vida, e o seu
resultado revela a idade que tinha quando faleceu.Muitos matemáticos da
antiguidade egípcia e do Renascimento europeu, ajudaram na construção da
álgebra moderna e a partir dessas contribuições, as equações passaram a ser
interpretadas como as entendemos actualmente e definidas como sendo uma
fórmula de igualdade entre duas quantidades, que contém incógnitas e só sendo
satisfeitas para determinados valores dessas incógnita.
Segundo o cientista Garbi, 2007, Qualquer problema que possa ser solucionado
através dos números certamente será tratado, directa ou indirectamente, por meio
de equações, dizendo de que as equações estão sempre presentes em nosso dia a
dia por toda parte, muitas vezes sem nos darmos conta que estamos lidando com
elas. O verbo equacionar se faz presente sempre que precisamos encontrar alguma
coisa que não conhecemos,assim como nos tempos actuais.Na antiguidade as
equações também tiveram papel decisivo em grandes momentos da História do
desenvolvimento da Matemática, sendo consideradas, por Baumgart (1992).
Segundo Boyer (2010): “Um certo número de papiros egípcios de algum modo
resistiu ao desgaste do tempo por mais de três e meio milénios. Dentre eles,
destacamos o Papiro de Ahmes ou Rhind, que contém 85 problemas copiados em
escrita hierática pelo escriba Ahmes por volta de 1650 a.C. Trata-se do mais extenso
documento matemático do antigo Egipto e que se associa às primeiras evidências
do uso de equações.
Segundo Eves (2004), os 110 problemas dos papiros de Rhind e Moscou são
numéricos e grande parte apresenta sua origem prática com questões alimentícias,
como o pão, a cerveja, balanceamento de rações e armazenamento de grãos. A
resolução para muitos desses problemas não precisava mais do que uma escrita
hierática diz respeito a um sistema de escrita egípcio organizada em formato cursivo
e usada para fins comerciais (Brasil Escola, 2015).
Simples equação linear, esse método ficou conhecido mais tarde na Europa como
regra da falsa posição e posteriormente como Método de Horner, pois os egípcios
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Os egípcios, por volta de 1650 a.C., por meio dos papiros trataram de equações
lineares, porém os Babilónios por volta de 2000 a.C. já havia evoluído para uma
Álgebra retórica bem desenvolvida, pois não só desenvolviam equações
quadráticas, como também se discutiam algumas cúbicas. Embora a Matemática
dos egípcios tenha se desenvolvido quase que ao mesmo tempo em que na
Babilónia, o nível de desenvolvimento da Álgebra babilónica era mais sofisticado,
assim como o seu desenvolvimento económico. Localizada numa região que era
rota de grandes caravanas, os Babilónios eram povos que ocupavam a região da
Mesopotâmia situada no Oriente Médio, no vale dos rios Eufrates e Tigre, onde
actualmente é o Iraque, e usavam tábulas de argila cozida para registar sua escrita,
entre um número muito grande de tábulas descobertas cerca de 400 foram
identificadas como exclusivamente matemáticas, contendo listas de problemas
matemáticos.
Enquanto aos gregos e indianos, Já havia nos seus trabalhos recursos para o
desenvolvimento da teoria das equações, mas uma nova concepção tornou ser
visível com os árabes, que após tomarem conhecimento das obras gregas e
indianas, expandiram sua sabedoria, e fortalecer a Álgebra foi um meio de desfazer
a supremacia do conhecimento grego, pois a Álgebra dos árabes foi além da divisão
entre número e grandeza, que era formada pela Matemática euclidiana. Além disso,
elaboraram um cálculo algébrico sobre expressões polinomiais e expandiram as
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Porem Actualmente as equações são usadas, entre outras coisas, para determinar o
lucro de uma firma, para calcular a taxa de uma aplicação financeira, para fazer a
previsão do tempo, etc. E devido a evolução dos estudos das equações, podemos
utilizar outras variáveis, letras, para representar o valor desconhecido, ou seja, o que
se quer descobrir em uma equação.
Hoje, chamamos o termo desconhecido de incógnita, que é uma palavra originária
do latim incógnita, que também quer dizer “coisa desconhecida”. A incógnita é um
símbolo que está ocupando o lugar de um elemento desconhecido em uma
equação.
1.1- Distância entre dois Pontos no Plano
Definição: Seja A(xA,yA) e B(xB,yB) dois pontos distintos, dizemos que a distância
entre os pontos A e B é a medida do segmento de recta que liga o ponto A ao ponto
B.
.
y r
B
yB
yA
A
. Fig; 01
0 xA xB x
y r
yB .
B
dAB
. .
∆y = yB - yA
A Fig; 02
yA = yC C
∆x = xB - xA
0 xA xB = xC x
A distância entre dois pontos pode ser obtida calculando ou medindo o comprimento
do segmento de recta que os liga. Para calcular seu comprimento, podemos fazer
uso da Geometria Analítica e encontrar uma fórmula capaz de determinar
a distância entre dois pontos usando suas coordenadas. Considerando os pontos
citados acima temos: A (xA,yA) e B(xB,yB), sendo assim, a fórmula da distância entre
Demostração:
Para demonstrar essa fórmula, precisamos marcar os pontos A(xA,yA) e B(xB,yB)
no plano cartesiano conforme já se fez, lembrando-se de que
a distância entre dois pontos é a medida do segmento de recta que liga o ponto A ao
ponto B.
Na figura acima, marcamos os pontos A e B e destacamos suas coordenadas nos
eixos x e y. Observe que, ao marcarmos essas coordenadas, acabamos por
construir o triângulo ABC, que é rectângulo e cuja hipotenusa é o segmento AB.
Desta forma, poderemos usar o teorema de Pitágoras (a medida do comprimento da
hipotenusa é igual a soma das medidas dos comprimentos dos catetos) para
encontrar o comprimento deste segmento. Antes disso, porém, é preciso conhecer o
comprimento dos segmentos AC e BC, que são os catetos deste triângulo, por esta
razão, digamos que o segmento mede x B – x A , e o segmento BC mede y B – y A
assim, aplicando o teorema de Pitágoras, teremos:
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dAB = √(xB – xA)2 +(yB – yA)2 dAB = √(3 – 2)2 +(8 – 4)2
dAB = √1 +16
dAB = √17
y
r
8 . B(3,8)
.
dAB =
Fig; 03
4 A(2,4)
0 2 3 x
Dado um sistema cartesiano, onde, vamos considerar uma recta r não vertical, e a
mesma recta através da sua projecção no sistema cartesiano, forma com o eixo
coordenado ox um ângulo de medida ∝. Essa recta tem como coeficiente angular
(ou declive) um número real m dado por tg∝, isto é:
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m = tg 2
Vamos observarmos algumas figuras abaixo dos ângulos formados pelas rectas, de
modo a termos uma pequena ideia no que diz o respeito ao coeficiente angular de
uma recta. É útil observar que o coeficiente angular de uma recta pode ser
prontamente encontrado dividindo-se a variação ∆y das ordenadas dos pontos pela
variação ∆x de suas abcissas, algo que faremos um pouco mais por baixo assim:
0 x
0 x O ângulo é obtuso, então m é negativo.
O ângulo é nulo, então m é zero.
Obs: se m = 90o, isto é, m = tg∝ então r será uma recta vertical e, como não existe
tg90o, isto significa que m não tem coeficiente angular ou seja m não será
definido.Observemos a figura abaixo:
y r
Fig; 06
0 x
A intersecção da recta r com eixo ox forma um ângulo recto, isto é, ∝ = 90o; significa
que m = tg∝ implica a dizer que m = tg90 o não é definido.
Existem três casos que o coeficiente angular de uma recta pode ser calculado.
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y
r
Fig; 07
0
0 x
y
r
yB .
B
yA = yC .
A
. ∆y = yB - yA
C Fig; 08
. N(0,n)
∆x = xB - xA
0 xA xB = xC x
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∆y = yB - yA
Assim, a partir da relação (1) temos: m = tg = Onde: ; então
∆x = xB - xA
y B− y A y B− y A
m = tg ∝ = com (xB ≠ xA), ou simplesmente: m = (2)
x B− x A x B− x A
Exemplo: Calcule o coeficiente angular da recta r que passa pelos pontos: A (2; 4) e
B (4; 6)
yB = 6 ; yA = 4
m= ; onde ; temos m = m = 1
xB = 4 ; xA = 2
A equação geral de uma recta é escrita da forma; ax +by + c=0 e como o coeficiente
linear é um caso particular da recta, então podemos obter-la isolando a variável
idependente y, isto é:
; onde :
Assim, (3)
; logo
Feito isto, digamos que o coeficiente angular de uma recta, é a inclinação da recta
que passa por dois pontos formando um ângulo Com o eixo coordenado ox, ou
seja, é a tangente do ângulo formado pela intersecção da recta com o eixo ox, ao
passo que o coeficiente linear de uma recta é a intercessão da recta com o eixo
coordenado oy, ou ainda, o coeficiente linear de uma recta é a ordenada do ponto N
da intercessão da recta r com o eixo oy.
Intuitivamente é fácil perceber que dois pontos distintos definem uma única recta. Na
geometria analítica podemos determinar a equação de uma recta que passa por dois
pontos distintos do plano cartesiano desde que conheçamos as suas coordenadas,
para tal, consideremos a recta definida pelos pontos A(x A,yA) e B(xB,yB) conforme
mostra a figura abaixo.
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y
r
yB .
B
yA = yC .
A
. ∆y = yB - yA
C Fig; 09
.N(0,n)
∆x = xB - xA
0 xA xB = xC x
Apartir da figura estamos observando que temos dois pontos distintos que passam
numa e única recta, e sendo assim, podemos construir a equação desta recta
utilizando duas fórmas
Obs: Para buscarmos a equação da recta aplicando a segunda maneira, nos pede
introduzirmos a ideia de alinhamento de três pontos, por este motivo usaremos
apenas a primeira maneira porque na página 12 temos um caso igual a este e lá nos
referiamos de que dariamos a sua continiudade no segundo capítulo quando
falremos apropriadadmente do teorema de Laplace igual modo que neste caso
também daremos a sua continuidade no segundo capítulo.
Exemplo: Determine a equação da recta que passa pelos pontos A e B sabendo que
A tem como coordenadas (4,2) e B tem como coordenadas (6,8)
Solução: Em primeiro lugar vamos achar coeficinte angular da recta que passa pelos
pontos que nos foram dados utilizando a relação (2) da pagina 12, isto é:
Y B −Y A
m = , substituindo as coordenadas dos pontos A e B temos:
X B −X A
Y B −Y A 8−2 6
m = , m = m = m = 3,
X B −X A 6−4 2
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Feito isto vamos agora aplicarmos a fórmula da recta que passa por um ponto com
coeficiente angular dado, e como temos dois pontos A e B, então nós vamos apenas
utilizramos um dos pontos,supomos que seja o ponto A,então temos:
Representação gráfica
8 . r
.
B(6,8)
2 A(4,2) Fig; 10
.
m 0 4 6 x
(5 )
Obs: Aprtir da equação geral da recta ax +by + c=0 resolvendo esta equação em
ordem a variável y, teremos algo do tipo y=−a/bx – c /b , onde m=−a/b e n=– c /b e
substituindo na mesma equação termos y=mx+n
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Feito isso, é importante realçar de que o estudo analítico da recta é muito utilizado
em problemas quotidianos ligados a diversas áreas do conhecimento, e determinar a
equação da reta e compreender seus coeficientes é bastante importante para a
compreensão do seu comportamento, sendo possível analisar sua inclinação e os
pontos onde intercepta os eixos do plano.
O que queremos dizer com equação de uma recta, é que a geometria analítica
estuda seres geométricos (rectas, circunferências, parábolas, regiões etc), por meio
de representações algébricas. Dizer que 3 x – y – 10=0é a equação da recta que
passa pelos pontos A e B de coordenadas (4,2) e (6,8), significa que todo ponto da
recta é dado por um par ordenado que satisfaz sua equação, isto é, reciprocamente
todo par ordenado que satisfaz sua equação é um ponto da recta.
Para chegarem a solução da questão em causa. De igual modo que no pré-teste que
realizamos na Escola do Magistério Secundário Cor Mariae do Uíge, alguns Alunos
foram também utilizando a mesma fórmula, isso significa que os Alunos não
conhecem perfeitamente da utilidade do teorema de Laplace no estudo de
alinhamento de três pontos
Seja a figua:
y
r
.
Q(0,q)
Fig; 11
0
.
P(p,0)
x
Definição: Seja P e Q dois pontos não nulos de coordenadas (p,0) e (0,q), e que
originam uma recta, então, a Equação axial ou segmentaria, desta recta será toda
expressão escrita da forma:
Na página 13 deste trabalho, isto é no quinto parágrafo, dizemos que para que todas
as equações fossem equacionadas, independentemente das suas características e
dos elementos pertencentes a ela, foram estipuladas outras formas de
representação, como forma geral, forma reduzida forma segmentária e paramétrica,
isso significa que a equação paramétrica da recta é um caso particular da mesma,
assim como as demais formas citadas, por este motivo, para determinarmos a
equação segmentaria da recta, é basta termos na presença a equação geral da
recta.
sabendo que o ponto Q tem como coordenadas (0,3) e o ponto P tem como
coordenadas (8,0)
Vamos agora dividirmos toda equação encontrada na página anterior por 24, onde
teremos:
Portanto, esta é a equação segmentaria da recta que passa por dois pontos
Representsção gráfica
y
r
.
Q(0,3)
Fig; 12
0
.
P(8,0)
x
intercessão da recta com o eixo ox, e o termo que divide y é abscissa do ponto de
interseção da recta com o eixo oy.
Além disto, apartir da figura também podemos obté-la com toda facilidade, tendo
noções de que x / p + y /q=1 é a Equação Segmentaria da recta que passa por dois
pontos, então, vamos substituirmos os respectivos valores de p e q, pois que o
termo que divide x na equação segmentária é abscissa do ponto de intercessão da
recta com o eixo ox, e o termo que divide y é abscissa do ponto de interseção da
recta com o eixo oy, finalmente teremos: x /8+ y /3=1
x = f(t)
y = f(t)
Seja a equação; x +2 y – 2=0 , vamos supor que x +2=t , onde x=t – 2, subtituindo
x=t – 2 na equação dada temos:
20
2 y=2 – t +2
y=(4 – t)/2