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fonte geradora, ou seja, nos domicílios.

Além disso, o poder público


municipal tem a responsabilidade de fomentar e subsidiar os programas de
coleta seletiva, visto o importante papel que possuem no âmbito do
gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos.

Os dados e informações apresentados neste diagnóstico foram


compilados a partir de entrevistas com técnicos dos setores envolvidos no
processo de coleta seletiva e de levantamentos em campo.

Em Alvorada do Sul a coleta seletiva é recente, iniciou-se em


2012. Anteriormente, os resíduos recicláveis vinham sendo manejados por
catadores autônomos. A coleta seletiva foi implantada com a abertura legal
de empresa e locação de espaço físico cedido pela Prefeitura, sendo
administrada por cooperativa de catadores. O serviço atende o perímetro
urbano. O barracão está localizado na Rua Rosa Imperatore Alves com área
útil de aproximadamente 250 m² (Figura 60).

Figura 60: Barracão da coleta seletiva de Alvorada do Sul.


Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Atualmente, a coleta seletiva do Município vem passando por


problemas de infraestrutura. Segundo a administração da Cooperativa de
Catadores, não existe serviço de coleta dos recicláveis diretamente nos

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domicílios do Município devido à falta de veículo para transporte e coleta dos
materiais. O serviço que anteriormente era realizado por meio de carrinhos
de mão, no qual coletores percorriam a área de atendimento a pé, deixou de
ser realizado desta forma por exigência dos próprios coletores, passando em
2013 a ser realizado com veículo cedido pela Prefeitura.

A Prefeitura Municipal fornecia um subsídio de R$ 200,00 para


cada colaborador, o custeio dos sacos plásticos destinados a segregação dos
materiais recicláveis, o custeio do aluguel do barracão, água, luz e veículo
para auxílio de coleta e transporte dos resíduos. Porém, segundo a
Prefeitura, como não houve comprometimento dos colaboradores com o
serviço de coleta seletiva, o subsídio financeiro foi retirado, assim como o
veículo.

Atualmente, o serviço é realizado por 5 funcionários fixos, com


quantidade variando entre 5 a 7 toneladas/mês de resíduos recicláveis
processados e rendimento de aproximadamente R$ 1.800,00/mês. Deste
rendimento, parte é utilizado para pagar despesas como encargos sobre
empresa jurídica; o restante é dividido entre os colaboradores. Em média,
cada funcionário recebe R$ 350,00/mês. A Prefeitura auxilia com o espaço
físico e o custeio dos sacos plásticos destinados a separação dos resíduos
recicláveis, sendo que a população é responsável por adquirir estes sacos
diretamente na Cooperativa.

Figura 61: Barracão de armazenamento, triagem e processamento de resíduos recicláveis.


Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Segundo os responsáveis pela Cooperativa, o rendimento da


coleta seletiva com o veículo cedido pela Prefeitura era de 11 a 14 toneladas
por mês. Como atualmente o serviço tem funcionado somente através da
colaboração da população, que encaminha os resíduos recicláveis até o
barracão de processamento, este percentual sofreu uma redução de mais de
50%. Com o intuito de colaboração, um dos mercados localizado próximo ao

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barracão da Cooperativa disponibiliza um caminhão para realizar a coleta
domiciliar, porém isso não ocorre com frequência e periodicidade.

De acordo com a literatura (ABRELPE, 2010; OLIVEIRA et al.


2014; OLIVEIRA e FILHO, 2007; GOLÇALCES e DIAS, 2006; PREFEITURA
DE SANTOS, 2013) a geração média de resíduos recicláveis é de
0,05 Kg/hab/dia, de forma que estima-se que no Município de Alvorada do
Sul sejam gerados cerca de 17.300 Kg mês de resíduos recicláveis.
Admitindo que a Cooperativa tenha a capacidade de processar de 5.000 a
7.000 Kg/mês, a coleta seletiva processa de 30% a 40% dos resíduos
recicláveis do Município, o que demonstra que grande parte do material que
poderia estar sendo reaproveitado, reutilizado, reciclado e gerando renda,
está sendo depositado no aterro da cidade.

No atual cenário econômico de material reciclável, a Cooperativa


obtém um lucro de R$ 0,25 por quilograma de material reciclável
comercializado. Se somente a área urbana do Município fosse atendida em
100%, o que representaria atualmente a geração de cerca de 12.600 Kg de
resíduos recicláveis por mês, o lucro por colaborador seria de R$ 630,00.
Segundo estimativas, este valor seria elevado a cada ano com a expansão da
população urbana, podendo ser observada a análise de crescimento no
Quadro 87.

Ano 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045


População Urbana
8.682 10.306 12.279 14.682 17.621 21.221 25.644
(Hab.)
Resíduos
recicláveis gerados 13.023 15.460 18.418 22.024 26.431 31.832 38.465
(Kg/mês)
Renda (R$)* 650,00 770,00 920,00 1.100,00 1.320,00 1.590,00 1.920,00
Quadro 87: Quantidade de resíduos recicláveis gerados por mês para a população
respectiva a cada ano e o lucro referente ao material processado.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.
*renda individual referente a 5 (cinco) funcionários.

Neste contexto, este Plano prevê, em especial, o gerenciamento


dos resíduos sólidos no período de 30 anos. Estimou-se a geração ano a ano
dos resíduos recicláveis no Município (Quadro 88).

280
Ano 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045
População
11.821 13.729 16.102 19.059 22.747 27.356 33.119
Total
Recicláveis 17.731 20.593 24.153 28.588 34.121 41.033 49.679
Quadro 88: Estimativa de geração de resíduos recicláveis para cada ano,
no período de 30 anos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Diante dos fatos, percebe-se a necessidade de investimentos e


reestruturação da coleta seletiva no Município de Alvorada do Sul, visto os
problemas administrativos e estruturais e o potencial financeiro e ambiental
dos resíduos recicláveis descartados. Para tanto, foram propostas ações e
procedimentos de melhoria, expostos a seguir:

• Elaboração de Programa Municipal de Coleta Seletiva, estabelecendo


diretrizes, objetivos e metas a serem cumpridas;

• Elaboração de Programa de Educação Ambiental para os moradores do


Município;

• Subsídio financeiro aos colaboradores da Cooperativa, até ser atingido


o valor de um salário mínimo por colaborador;

• Fornecimento de veículo para auxílio da coleta e transporte dos


resíduos recicláveis;

• Estabelecimento de locais estratégicos, com armazenamento adequado


para acumulação de resíduos recicláveis nas áreas mais afastadas da Sede
do Município, como área rural e Residencial 2;

• Elaboração de planejamento logístico visando elevar a eficiência da


coleta.

6 .4 .5 .8 . D ia g n ó s tic o d a Á r e a d o A n tig o L ix ã o

A destinação dos resíduos de varrição, entulhos e poda de


árvores do Município de Alvorada do Sul ocorrem no antigo lixão da cidade.
A área apresenta cerca de 56.000 m² e está localizada a aproximadamente
1,0 Km a sudoeste da área urbana da Sede do Município, com acesso pela
Rua Osvaldo Perna (Figura 62).

281
Figura 62: Localização do antigo lixão.
Fonte: Google Earth, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

O local apresenta condições precárias estruturais, com relevo


irregular e disposição dos resíduos de forma dispersa, não apresentando
planejamento, organização ou segregação dos resíduos. Além disso, foi
observada a disposição irregular de resíduos sólidos urbanos, que deveriam
ser encaminhados para o Aterro Sanitário Municipal (Figura 63).

Uma das maiores preocupações referentes à geração


descontrolada de resíduos da construção civil é o impacto ambiental
causado pela sua deposição irregular. Tais impactos implicam em prejuízos
como o comprometimento da capacidade de drenagem dos espaços urbanos,
proliferação de vetores e doenças e na poluição da paisagem (FREITAS (2009)
apud. I&T, 2004).

Segundo Lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,


(Lei nº 12.305/10), em seu Art. 47, fica estabelecido que é proibido o
lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos “in natura” a céu aberto. Desta
maneira, propõe-se que os entulhos, resíduos da varrição e podas de árvores
sejam gerenciados de forma integrada aos resíduos sólidos domiciliares e
sejam encaminhados ao aterro sanitário do Município, aplicando à área do
antigo lixão, técnicas e procedimentos de restauração ambiental.

282
Figura 63: Disposição dos entulhos, resíduos de varrição e poda de árvores no antigo lixão.
Legenda: (A) e (B) entulhos, (C) resíduos de varrição e pode de árvores e (D) resíduos sólidos
domiciliares.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .4 .5 .8 .1 . R e c u p e r a ç ã o d a Á r e a D e g r a d a d a d o A n tig o L ix ã o

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2014), a recuperação de


áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da restauração
ecológica, sendo este o processo de auxílio do restabelecimento de um
ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema é
considerado recuperado e restaurado quando contém recursos biológicos e
abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou
subsídios adicionais.

A desativação e recuperação de áreas ocupadas por lixões


muitas vezes é efetuada sem critérios técnicos, realizando-se apenas o
encerramento da disposição de resíduos no local, fechamento e abandono da
área (LANZA, 2009). Em função da potencialidade de ocorrência de
problemas ambientais, o abandono e fechamento do local é um
procedimento que deve ser descartado, sendo dever dos Municípios, a
aplicação de técnicas que minimizem os impactos ambientais.

A escolha da melhor técnica a ser utilizada deverá ser pautada


por um estudo prévio detalhado do local que avalie as condições físicas e o

283
comprometimento ambiental da área. Esse estudo deve contemplar, no
mínimo, a realização de levantamento planialtimétrico do terreno, estudo de
sondagem e caracterização geotécnica, análises de águas superficiais e
subterrâneas, análise de solo, dentre outros. Estes estudos e programas
deverão ser submetidos aos órgãos ambientais, juntamente com
documentação pertinente ao processo de encerramento das atividades no
local.

Diante dos fatos mencionados e levantados efetuados no local,


dos recursos disponíveis no Município e do tempo fornecido para análise e
formulação do diagnóstico do PMSB, sugere-se, num primeiro momento, com
o objetivo de evitar maiores contaminações nas imediações, a Recuperação
Simples do antigo lixão segundo os parâmetros estabelecidos no Caderno
Técnico de Reabilitação de Áreas Degradadas por Resíduos Sólidos Urbanos
(FEAM, 2010). Posteriormente, deverão ser cumpridas todas as etapas
pertinentes à recuperação da área de acordo com a Resolução CEMA
086/2013.

A técnica de recuperação simples deve ser avaliada quando for


inviável a remoção dos resíduos dispostos no local, em função da quantidade
e de dificuldades operacionais e financeiras, quando a extensão da área
ocupada pelos resíduos não for muito grande e, sobretudo, quando o local
não puder ser recuperado como aterro controlado ou aterro sanitário.

Recomenda-se a recuperação simples somente quando um grupo


de condições específicas for atendido:

• O maciço do depósito deve ter pequena altura e ter taludes estáveis na


condição em que se encontra, podendo ser capeado com solo, sem manejo de
lixo, de modo seguro e economicamente viável;

• O depósito não deve estar localizado em:

Áreas de formação cárstica ou sobre qualquer formação


geológica propícia à formação de cavernas;

Área de valor histórico ou cultural, como por exemplo, os


sítios arqueológicos;

Áreas de preservação permanente, áreas de proteção


ambiental e reservas biológicas;

Áreas com menos de 200 metros de distância de corpos


hídricos utilizados para irrigação de hortaliças e consumo humano;

284
• Deve haver disponibilidade de solo apropriado para o encapsulamento
dos resíduos a menos de 1,5 Km do local;

• Não ter ocorrido comprometimento das águas subterrâneas, o que


pode ser constatado em análises químicas e biológicas;

• A área de empréstimo, comprovando-se sua capacidade e qualidade,


deverá ser cedida à Prefeitura em condições financeiras notoriamente
vantajosas, mediante documento de fé pública;

• Os catadores de lixo do Município já se encontram ou estão em


processo formal de organização.

Obedecendo as condições citadas, recomenda-se a realização das


seguintes atividades:

• Avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos;

• Delimitação da área com cerca de isolamento e portão;

• Identificação do local com placas de advertência;

• Arrumação dos resíduos em valas escavadas ou reconformação


geométrica dos resíduos com a menor movimentação de lixo possível, ficando
a critério dos técnicos responsáveis a obtenção da configuração mais estável;

• Conformação do platô superior com declividade mínima de 2% na


direção das bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito
de forma abaulada para evitar o acúmulo de águas pluviais sobre a vala e
ficar em cota superior à do terreno, prevendo-se prováveis recalques;

• Recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de


50cm de argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais. Deve ser
avaliada a necessidade de utilização de membrana sintética antes da
camada de argila para se obter maior impermeabilidade;

• Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante do maciço


para desvio das águas de chuva;

• Implantação de drenos verticais de gás;

• Lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico


para possibilitar o plantio de espécies nativas de raízes curtas;

285
• Registro no cadastro da Prefeitura da restrição de uso futuro da área.

Este procedimento de recuperação de áreas degradadas é


vantajoso, pois apresenta a simplicidade técnica exigida, dispensando a
aquisição de equipamentos novos e das operações envolvidas para a selagem
do lixão e para a execução de drenagem pluvial. Porém, a área possuirá
restrições ao uso futuro.

6.4.5.9. Diagnóstico do Aterro Sanitário de Alvorada do Sul

A destinação dos resíduos sólidos domésticos do Município


ocorre no Aterro Sanitário que encontra-se em processo de adequação. A
área está localizada a 2,6 Km a sudoeste da área urbana, às margens da
Rodovia Deputado Homero Oguido (Figura 64) e possui cerca de 40.000 m².
O aterro está em funcionamento desde o ano de 1998 e, atualmente, passa
por adequação por não se encontrar em condições adequadas, apresentando
características dos chamados lixões.

Figura 64: Localização do aterro sanitário em readequação.


Fonte: Google Earth, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

286
Segundo a CETESB (2014), Aterros Sanitários são caracterizados
como espaços físicos em que são aplicadas técnicas de engenharia com o
objetivo de acomodar resíduos no menor espaço possível, causando menor
dano ao meio ambiente e à saúde pública. Basicamente, são realizados
procedimentos de compactação dos resíduos no solo, na forma de camadas
que são periodicamente cobertas com terra ou material inerte.

Os aterros sanitários possuem como principal objetivo, melhorar


as condições sanitárias relacionadas ao descarte de resíduos sólidos urbanos
e evitar danos da sua degradação descontrolada. Os aterros sanitários
podem ser diferenciados em dois tipos:

• Aterro convencional: é realizada a formação de camadas de resíduos


compactados que são sobrepostas acima do nível original do terreno
resultando em configurações típicas de “escada” ou de “troncos de pirâmide”.

• Aterro em valas: São utilizadas trincheiras ou valas para facilitar a


operação do aterramento dos resíduos e a formação das células e camadas,
sendo assim, tem-se o preenchimento total da trincheira, que deve devolver
ao terreno a sua topografia inicial.

Um dos principais aspectos dos aterros sanitários é que estas


estruturas operam de modo a fornecer proteção ao meio ambiente, evitando
a contaminação das águas subterrâneas pelo chorume e o acúmulo do
biogás resultante da decomposição anaeróbia do lixo no interior do aterro.

São instrumentos dos aterros sanitários as seguintes estruturas


de proteção (CETESB, 2014):

• Impermeabilização da base do aterro: estrutura que evita o contato do


chorume com as águas subterrâneas, podendo ser feita com argila ou
geomembranas sintéticas;

• Instalação de drenos de gás: canos de saída do gás interior do aterro.


Os drenos podem ser construídos de concreto ou de PEAD, podendo receber
uma conexão final de aço-inox, quando a célula for fechada. O biogás pode
ser recolhido para o aproveitamento energético através da ligação de todos os
drenos verticais com um ramal central.

• Sistemas de coleta de chorume: a coleta de chorume deve ser feita pela


base do aterro, onde é coletado e enviado a lagoas previamente preparadas
com impermeabilização do seu contorno ou enviados para tanques de
armazenamento fechados;
287
• Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o chorume deve ser
tratado antes de ser descartado no curso de um rio ou em uma lagoa. O
tratamento pode ser feito no próprio local ou pode ser transportado para um
local apropriado (geralmente uma Estação de Tratamento de Esgotos). Os
tipos de tratamento mais convencionais são o tratamento biológico (lagoas
anaeróbias, aeróbias e lagoas de estabilização), tratamento por oxidação
(evaporação e queima) ou tratamento químico (adição de substâncias
químicas ao chorume);

• Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de captação e


drenagem visa encaminhar as águas pluviais por locais apropriados para
evitar a infiltração que gera o chorume.

Além da operação, o aterro deve contar com unidades de apoio,


como acessos internos que permitam a interligação entre os diversos pontos
do aterro, portaria para controlar a entrada e saída de pessoas e caminhões,
isolamento da área e controle e registro da quantidade de resíduos
depositados.

Já os lixões, são caracterizados como áreas de deposição final de


resíduos sólidos sem procedimentos de proteção anterior no solo, não
apresentam nenhum tipo de sistema de tratamento de efluentes líquidos e
gases.
O Aterro Sanitário de Alvorada do Sul, que se encontra em
readequação, atualmente é operado com a deposição de resíduos sólidos
domiciliares a céu aberto sob solo exposto, sem estrutura ou preparo
anterior de proteção contra infiltração de chorume no solo. Dos 40.000 m²
de área total do aterro, estima-se que a deposição irregular de resíduos
sólidos ocupe uma área equivalente a 4.000 m², com um volume estimado
em cerca de 4.000 m³ de resíduos sólidos urbanos (Figura 65).

288
Figura 65: Aterro sanitário do Município de Alvorada do Sul em readequação e com deposição
Fonte:irregular de resíduos.
Brasil Ambiental, 2014.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Observou-se grande quantidade de animais atraídos pelos


resíduos expostos, tais como urubus, gaivotas, cães, ratos e insetos. Além
disso, o local não apresenta guarita de segurança e controle de entrada,
sendo que o acesso ao local fica livre grande parte do dia, com a presença de
pessoas vasculhando os resíduos sólidos (Figura 66).

Figura 66: Animais no aterro sanitário.


Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Segundo o Instituto de Biociências (2014) os resíduos sólidos


dispostos de forma irregular podem conter materiais perigosos, que oferecem
sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente, como baterias de
veículos, pilhas e baterias de celulares, embalagens de produtos químicos,
tóxicos e/ou corrosivos, dentre outros.

Além disso, a deposição dos resíduos em lixões a céu aberto ou


em terrenos baldios atrai ratos, baratas, moscas, mosquitos, formigas e
escorpiões, dentre outros, podendo transmitir doenças como diarréias

289
infecciosas, parasitoses, amebíase, etc e permitir o desenvolvimento de
larvas de mosquitos vetores de doenças como a dengue e a leishmaniose.
Desta forma, os resíduos sólidos urbanos dispostos desta forma apresentam
um risco de saúde não somente das pessoas que vão até o local, mas
também com doenças indiretas que podem ser transmitidas por meio dos
vetores que se proliferam no local.

Com o processo inicial de adequação do aterro, foi instalada


uma célula com impermeabilização em manta PEAD, juntamente com
sistema de drenagem das águas pluviais (Figura 67). Porém, o sistema se
encontra desativado por falta de estruturas auxiliares e manutenção.

Figura 67: Aterro sanitário do Município de Alvorada do Sul em readequação.


Legenda: (A) Célula de disposição final com manta de impermeabilização em desuso
e (B) rede de drenagem.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Em levantamento de campo, estimou-se que a célula suportaria


o volume de 3.100m³ de resíduos compactados. Segundo dados
bibliográficos (HABITTZREUTER, 2008; SALAMONI, 2008), a compactação
dos resíduos sólidos urbanos reduziria o volume dos resíduos cerca de 4
vezes. Assim, os resíduos depositados irregularmente no local iriam
equivaler a 1.000m³ de resíduos compactados, representando apenas
32,25% da capacidade da célula.

Vale ressaltar que se a coleta seletiva fosse realizada de forma


efetiva no Município, parte dos resíduos sólidos domésticos que são
encaminhados ao aterro, poderiam ser reaproveitados, reutilizados e
reciclados, diminuindo a carga de resíduos depositados no aterro,
consequentemente elevando o tempo de vida útil da célula.

Diante de todos os fatos levantados, o aterro sanitário em


readequação de Alvorada do Sul não apresenta as características
necessárias para ser classificado como aterro sanitário. E diante dos

290
procedimentos atualmente executados no local e a infraestrutura
apresentada, pode-se caracterizá-lo como lixão. Segundo a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305/10, o prazo para a eliminação dos lixões
no Brasil estava prevista para agosto de 2014. Desta maneira, faz-se
necessário dar continuidade ao andamento da adequação do aterro sanitário
do Município com urgência.

6 .4 .5 .9 .1 . M e d id a s d e A d e q u a ç ã o d o A te r r o S a n itá r io

A fim de adequar a atual situação do aterro do Município de


Alvorada do Sul, serão propostas as estruturas e procedimentos necessários
para este fim, seguindo o manual de Operação de Aterros Sanitários da
Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER,
2012).

6.4.5.9.1.1. Operação

Primeiramente, o aterro deve apresentar o controle e registro dos


resíduos na recepção, executando o cadastro dos caminhões, motoristas e
funcionários de apoio. Diariamente deve-se realizar o registro da quantidade
de resíduos que são depositados no aterro, por meio de pesagem dos
caminhões.

Na balança deverá ser realizado o controle e registro da origem,


qualidade e quantidade dos resíduos a serem dispostos no aterro. Este
procedimento proporcionará ao Município o registro de informações sobre a
eficiência e execução do sistema de limpeza urbana, permitindo um melhor
planejamento e avaliação das rotas e horários.

A deposição dos resíduos domésticos nas células deve ocorrer


iniciando-se sobre o fundo da célula, que deve estar preparada e
impermeabilizada. O caminhão deverá depositar os resíduos na frente de
serviço mediante a presença de um fiscal, com o intuito de executar o
controle dos tipos de resíduos (Figura 68).

291
Figura 68: Exemplo de deposição de resíduos domésticos no aterro.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

A deposição inicia-se efetuando-se o espalhamento em rampa,


numa proporção de 1 na vertical para 3 na horizontal (1:3), sendo efetuada a
compactação dos resíduos com movimentos repetidos de baixo para cima (3
a 5 vezes), por meio de trator esteira (Figura 69).

Figura 69: Exemplo da compactação dos resíduos no aterro.


Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

292
Ao final da rotina de serviço, os resíduos depositados deverão
receber cobertura de material inerte ou de solo, espalhado em movimentos
de baixo para cima. A cobertura diária deverá apresentar de 15 a 20 cm de
espessura e uma vez esgotada a capacidade do aterro, procede-se a
cobertura final com 60 cm de espessura. Após o recobrimento final, deverão
ser plantadas gramas nos taludes definitivos e platôs, que servirão como
proteção contra erosão (Figura 70).

Figura 70: Cobertura de materiais sobre áreas destinadas a compactação de resíduos.


Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Com a formação das camadas de resíduos no interior da célula,


será necessária a construção de drenos internos horizontais e verticais, os
quais devem ser interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e
chorume gerados pela decomposição do lixo. Entre os gases produzidos no
interior na célula de resíduos, o metano é o que possui maior produção na
decomposição da matéria orgânica, possuindo a propriedade de explosão e
volaticidade. É recomendável o seu controle no escape do dreno por meio de
queimadores (Figura 71).

293
Figura 71: Drenos internos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Deverão ser instalados sistemas de drenagens de águas pluviais


ao final de cada camada de célula, a fim de retirar o excesso de águas
pluviais, este processo permite minimizar a geração de chorume no interior
da célula. Também é necessária a realização da manutenção das drenagens
auxiliares, que afastam a acumulação de água ao redor da célula. Todos os
dispositivos de drenagem devem ser mantidos desobstruídos, a fim de evitar
a contaminação de águas pluviais.

6.4.5.9.1.2. Disposição de Entulho, Poda de Árvores e Resíduos


Urbanos no Aterro Sanitário

Como o proposto, os resíduos de limpeza urbana, entulhos e


podas de árvore deverão ser encaminhados ao Aterro Sanitário, que
atualmente está em readequação, para serem processados e reaproveitados.

O entulho é caracterizado como um resíduo inerte, de forma que


não existe a necessidade de depositá-lo na célula do aterro, assim,
dependendo de suas características, ele pode ser segregado em suas
diferentes formas e reutilizado:

• Pedregulho: Restos de cerâmicas, tijolo, pedregulhos e etc. Podem ser


processados e reaproveitados na manutenção de vias na área rural.

294
• Terra e material inerte: Podem ser reaproveitados nas operações do
próprio aterro, tais como o recobrimento das camadas de resíduos nas
células.

Já os resíduos de varrição e poda de árvores podem ser, em sua


maioria, reutilizados: os materiais lenhosos podem ser utilizados como lenha
e as folhas podem ser transformadas em compostos (adubo) por processo de
compostagem.

6.4.5.9.1.3. Estruturas de tratamento e monitoramento

As estruturas de tratamento e monitoramento visam


proporcionar o tratamento adequado às substâncias que surgem com o
manejo e disposição dos resíduos no aterro, como também garantir o mínimo
impacto ao meio ambiente.

6.4.5.9.1.4. Sistema de drenagem de chorume

Uma vez formado o chorume, este deve ser drenado e conduzido


para um sistema de tratamento antes de ser lançado nos corpos hídricos.
Desta forma, o sistema de drenagem deve ser projetado e planejado de forma
a executar uma drenagem eficiente e que possa ser ampliada com a
expansão do sistema de tratamento.

6.4.5.9.1.5. Lagoas de tratamento de chorume

O chorume deve ser encaminhado ao sistema de tratamento


para redução da carga orgânica antes de ser lançado nos corpos hídricos.

As técnicas aplicadas ao tratamento do chorume se assemelham


com as utilizadas no tratamento de esgotos, tais como lagoas anaeróbias,
lagoas facultativas, reatores, digestores e etc. Para aterros sanitários, são
utilizadas no Brasil, com mais frequência, as lagoas anaeróbias e
facultativas, em que há a remoção da carga orgânica do chorume pela ação
de bactérias. Os sistemas de tratamento de chorume devem ser
dimensionados de modo a proporcionar tempo suficiente para que o
chorume passe pelo sistema, sua carga orgânica seja reduzida e o líquido
tenha condições de ser lançado nos corpos hídricos com parâmetros
aceitáveis segundo as legislações específicas.

Na operação dos sistemas de tratamento é necessária a


realização, de forma sistemática, da medição da vazão do chorume gerado,
bem como a determinação da sua composição, antes e depois do tratamento.
295
E como não há corpo hídrico próximo a área do aterro, deverá ser instalado,
posteriormente ao sistema de tratamento, um sistema de armazenamento do
chorume tratado para posterior uso e/ou descarte.

6.4.5.9.1.6. Drenagem e queimadores de gases

Com o acúmulo dos resíduos na célula e a decomposição da


matéria orgânica, ocorre a liberação de gases provenientes do processo de
degradação. Estes gases, se aprisionados, podem causas riscos estruturais e
de acidentes. Para assegurar a dissipação dos gases gerados no interior do
maciço dos aterros devem ser implantados sistemas de poços de drenagem.
Esses poços servem, também, para assegurar que os percolados captados
pelo sistema de drenagem do maciço sejam conduzidos à fundação.

Após a conclusão do aterro, podem ser instalados queimadores


nas extremidades ou instaladas tubulações para posterior aplicação de
sistema de reaproveitamento destes gases. A aplicação deste procedimento
tem sua importância, pois o gás de maior produção neste processo é o gás
metano, de elevado impacto na poluição atmosférica. Com a sua queima, o
gás que será liberado é o dióxido de carbono, gás de menor impacto
atmosférico.

6 .4 .5 .9 .2 . S ín te s e d a s m e d id a s d e r e a d e q u a ç ã o d o A te r r o S a n itá r io

Diante da situação encontrada no aterro sanitário e diante das


exigências legais para regularização dos lixões no Brasil, são sugeridas as
seguintes implementações:

• Manutenção da paisagem e vegetação da área;

• Execução de obras de correção do relevo;

• Instalação de guarita para controle e registro de entrada e saída de


pessoas, funcionários e caminhões;

• Instalação de balança para registro da quantidade de resíduos que são


depositados no aterro;

• Disponibilização de trator esteira para manejo dos resíduos nas


células;

296
• Manutenção das estruturas já existentes: célula de deposição de
resíduos e sistema de drenagem auxiliar;

• Instalação de drenagem de chorume na célula existente;

• Instalação de drenagem e chaminé de gases;

• Instalação de sistema de tratamento de chorume;

• Instalação de sistema de captação de chorume tratado;

• Delimitação de espaço exclusivo para armazenamento de entulhos;

• Delimitação de espaço exclusivo para armazenamento de resíduos de


poda de árvores.

6 .4 .5 .1 0 . D ia g n ó s tic o d a D is p o s iç ã o Ir r e g u la r d e R e s íd u o s S ó lid o s n o
M u n ic íp io

Levantamentos em campo no Município de Alvorada do Sul


constataram a disposição e acumulação irregular de resíduos sólidos
urbanos em algumas localidades do Município, tais como vias públicas,
estradas rurais, acostamento de vias, fundos de vale, etc (Figura 73).

Segundo Silva e Liporone (2011), os resíduos sólidos podem


apresentar uma série de problemas relacionados ao mau acondicionamento
ou disposição, entre eles destacam-se os relacionados à saúde da população.
A disposição inadequada dos resíduos contribui para o desenvolvimento de
agentes patogênicos responsáveis pela proliferação de diversas doenças,
constituindo-se, portanto, em um problema de caráter sanitário.

Os resíduos sólidos em si não se apresentam como causadores


de doenças, porém, a sua disposição irregular propicia condições para a
proliferação de vetores, estes que são realmente os responsáveis por
disseminar doenças entre a população, sobretudo nas áreas próximas à
disposição inadequada.

Os locais com deposição irregular foram registrados e mapeados


com o intuído de serem coletados e fazerem parte do planejamento da coleta
de resíduos sólidos urbanos do Município. Os locais de deposição irregular
podem ser observados na Figura 72 e Anexo VII.

297
Figura 72: Localização dos pontos de acumulação irregular de resíduos sólidos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

As irregularidades são compostas principalmente de resíduos da


construção civil e de poda de árvores, o que ocorre devido a ausência de um
programa de educação junto a população e da não periodicidade do serviço
de coleta, os chamados mutirões. Desta forma, os materiais que vão sendo
gerados nas construções particulares acabam se acumulando em área livres
e espaços públicos.

Foi possível observar deposições irregulares de resíduos sólidos


domiciliares em áreas mais afastadas da Sede do Município, tais como nas
áreas próximas aos Loteamentos localizados às margens da Represa
Capivara. Estas moradias são caracterizadas por serem ocupadas
frequentemente em finais de semana, utilizadas para o lazer. Nestes casos,
deduz-se que estes resíduos foram gerados durante o uso temporário destes
espaços.

298
Figura 73: Disposição irregular de resíduos sólidos urbanos no Município.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

299
Desta forma, faz-se necessária a criação de locais estratégicos para
acumulação destes resíduos temporários, tanto para resíduos sólidos
domiciliares, como para os entulhos de construção civil e resíduos de podas
de árvores e ajardinamento, até a coleta pelo Município. Sugeriu-se a
alocação de 21 locais estratégicos, dispostos no Quadro 89 e na Figura 74
(Anexo VIII).

Legenda Código Coordenada X Coordenada Y


Local Estratégico 1 LE 1 479971.00 7473810.00
Local Estratégico 2 LE 2 479164.00 7474724.00
Local Estratégico 3 LE 3 478110.00 7476814.00
Local Estratégico 4 LE 4 478689.00 7477577.00
Local Estratégico 5 LE 5 478588.00 7480202.00
Local Estratégico 6 LE 6 479218.00 7481348.00
Local Estratégico 7 LE 7 479850.00 7483867.00
Local Estratégico 8 LE 8 480346.00 7484805.00
Local Estratégico 9 LE 9 478597.00 7483259.00
Local Estratégico 10 LE 10 475452.00 7482475.00
Local Estratégico 11 LE 11 474793.00 7486241.00
Local Estratégico 12 LE 12 474271.00 7487615.00
Local Estratégico 13 LE 13 474012.00 7488708.00
Local Estratégico 14 LE 14 472356.00 7489387.00
Local Estratégico 15 LE 15 470261.00 7487519.00
Local Estratégico 16 LE 16 469439.00 7488202.00
Local Estratégico 17 LE 17 468198.00 7491306.00
Local Estratégico 18 LE 18 468195.00 7488646.00
Local Estratégico 19 LE 19 468696.00 7485784.00
Local Estratégico 20 LE 20 470180.00 7479997.00
Local Estratégico 21 LE 21 469212.00 7478533.00
Quadro 89: Coordenadas geográficas dos locais estratégicos para acumulação temporária
de resíduos sólidos urbanos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

300
Figura 74: Locais estratégicos para disposição temporária de resíduos sólidos urbanos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

301
Na escolha dos Locais Estratégicos, foram considerados área de
abrangência, proximidade de Loteamentos, densidade populacional local,
bem como as principais vias de acesso e transporte, a fim de facilitar e
tornar eficiente a disposição temporária dos resíduos urbanos.

6.4.6. PLANO ESTADUAL PARA A GESTÃO INTEGRADA E


ASSOCIADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO PARANÁ

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2013), o Estado do


Paraná através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – SEMA firmou com o Ministério do Meio Ambiente – MMA o
Convênio nº 012/2009: “Estudo de Regionalização para a Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos do Estado do Paraná e Elaboração do Plano Estadual de
Gestão Integrada e Associada de Resíduos”, tendo como objeto a elaboração
da Regionalização da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do
Paraná – PRGRSU e elaboração do Plano de Gestão Integrada e Associada de
Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná PEGIRSU, observadas as
disposições da Política Nacional do Saneamento Básico, Lei nº 11.445/2007,
do Plano Nacional do Saneamento (PLANSAB), a Lei nº 11.107/2005 dos
Consórcios Públicos e o Decreto nº 6.017/2007 que a regulamenta a Lei dos
Consórcios.

O Plano de Regionalização e o Plano de Gestão Integrada e


Associada dos Resíduos Sólidos do Paraná, conforme estabelecido no Plano
de Trabalho do Convênio entre o MMA e a SEMA, buscam contribuir para a
gestão integrada de resíduos sólidos urbanos no Estado através da formação
de consórcios intermunicipais e atualmente, é uma das alternativas quanto
aos resíduos originados no Município de Alvorada do Sul.

As diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos


Sólidos deliberam a toda a sociedade a não geração, redução, segregação dos
resíduos na fonte, obrigação da implantação da coleta seletiva, reutilização,
reciclagem e destinação final ambientalmente adequada de rejeitos. São as
principais metas do Plano:

• Elaboração de estudo para a regionalização da Gestão de Resíduos


Sólidos Urbanos do Estado do Paraná – PRGRSU-PR;

• Elaboração do Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos


Sólidos Urbanos do Estado do Paraná – PEGIRSU-PR;

• Formação de consórcios públicos para a gestão e manejo de resíduos


sólidos urbanos.

302
Sendo assim, o projeto constitui-se na elaboração do Estudo de
Regionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos no Estado do Paraná, do
Plano para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, além da implementação
de um Consórcio Público para a gestão e manejo dos resíduos sólidos.

A participação da população e dos gestores municipais na


tomada de decisão de enfoque regional é fundamental e configura-se como
uma política de governo, garantindo melhores resultados. Portanto, além dos
diagnósticos, prognósticos e elaboração de proposições, serão promovidos
grupos de trabalho e oficinas regionais de discussão para promoção da
participação da sociedade civil e dos gestores municipais, além de eventos de
divulgação.

O Plano prevê a aplicação das ações, prazos, valores e metas,


organizados na forma de regiões. As ações regionalizadas visam o ganho de
escala para a contratação de serviços referentes à limpeza pública e ao
manejo de resíduos (coleta e transporte), além de possibilitar a viabilidade de
adoção de diferentes tecnologias de tratamento e destinação final de resíduos
e a sustentabilidade de atividades de planejamento, regulação e fiscalização.

Os critérios para a regionalização do Estado foram propostos e


consolidados inicialmente com os técnicos da coordenação do convênio e
posteriormente apresentados, complementados e validados durante as
primeiras Oficinas Regionais realizadas. Das vinte regiões delimitadas pelo
plano, o Município de Alvorada do Sul foi englobado pela Região 5.

O Plano prevê que até 2031, os resíduos gerados em Alvorada do


Sul deverão ser manejados de forma integrada juntamente com outros
municípios, sendo os resíduos orgânicos e rejeitos encaminhados para o
Aterro Sanitário de Bela Vista do Paraíso (Figuras 75 e 76).

Desta forma, o Município de Alvorada do Sul, possui esta


possibilidade de disposição final de resíduos, de acordo com a política
estadual.

303
Figura 75: Disposição final de rejeitos da Região 5.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2013.

304
Figura 76: Tratamento de resíduos orgânicos em Unidades de Compostagem e Biodigestão
da Região 5.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2013.

6.4.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS

O gerenciamento dos resíduos sólidos é um importante aspecto


do desenvolvimento do saneamento básico, sendo necessário para atingir a
sustentabilidade sanitária e ambiental. Porém, este processo só se torna
completo, quando concomitantemente ocorrem mudanças de atitude e
abordagens. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, são objetivos
do gerenciamento a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o
tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final
ambientalmente adequada aos rejeitos. Assim, as práticas de produção e
consumo no Município devem ser revistas com o intuito de minimizar os
impactos decorrentes do desenvolvimento humano.
305
No Município são realizadas práticas de recuperação,
reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos domiciliares pela cooperativa
de coleta seletiva, porém, atualmente o serviço apresenta-se ineficiente por
falta de estrutura, necessitando de investimentos e incentivos por parte do
poder público municipal e maior participação da população.

De forma geral, o serviço de coleta de resíduos domiciliares, de


entulhos, poda de árvores e resíduos da varrição se apresenta satisfatório,
mantendo os ambientes públicos em permanente estado de limpeza. No
entanto, em locais mais afastados, existem pontos de acumulação de
resíduos urbanos que devem ser incorporados ao planejamento de gestão.

Como principais problemas no Município, destacam-se o estado


precário do antigo lixão e do aterro sanitário, que se encontram irregulares e
em condições sanitárias e ambientais insatisfatórias, visto o manejo sem
qualquer tipo de intervenção com o intuito de minimizar os impactos
decorrentes da disposição dos resíduos no ambiente.

Foi observado que a área rural não está inserida no atual


planejamento do gerenciamento dos resíduos sólidos do Município, devido a
falta de informações quantitativas e qualitativas desta população, sendo
necessários planejamentos, programas e estudos sócio ambientais para esta
parcela da sociedade.

Somado a este quadro, constatou-se a inexistência de


fiscalização, registro de informações e instrumentos legais de regulação
referentes aos resíduos sólidos no Município, em especial, quanto aos
resíduos sólidos da saúde, industriais e perigosos.

6 .4 .7 .1 . P r a z o s e M e ta s p a r a o s R e s íd u o s S ó lid o s U r b a n o s

Foram sugeridas propostas de planejamento e manejo para as


potencialidades e oportunidades, segundo o diagnóstico levantado. Além
disso, serão propostas metas e objetivos com o intuito de manter os pontos
positivos, melhorar as potencialidades e implementar medidas segundo as
oportunidades observadas.

No Município de Alvorada do Sul não existe legislação pertinente


sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos. Assim, é necessário que se
estabeleça como meta, o desenvolvimento e implementação de instrumentos
legais e normativos na regulação do gerenciamento dos resíduos sólidos:

• Exigir Planos de Gerenciamento de Resíduos para renovação de


alvarás;
306
• Estabelecimento de órgão e/ou setor fiscalizador;

Como mecanismo de avaliação, deverão ser atendidas as etapas


de elaboração e implementação a curto, médio e longo prazos, descritas no
Quadro 90. Considera-se o ano de 2015, o primeiro (Ano 1) de
implementação do PMSB.

Prazo Ano Meta Medida


Elaboração da proposta do Plano na
Elaboração do Plano forma de Lei e/ou Decreto
Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Votação da Lei na Câmara Municipal
Sólidos
1-3 Publicação da Lei
Proposta de cobrança
pelos serviços de Implantação da cobrança dos serviços
manejo dos resíduos de manejo dos resíduos sólidos
sólidos
Aplicação da lei os responsabilizados
Curto Estabelecer órgão segundo estabelecido em Plano
4
fiscalizador Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos
Exigência de Planos de
Gerenciamento de
Cobrança dos Planos de
Resíduos Sólidos,
Gerenciamento aos responsáveis
Resíduos da Saúde, da
segundo a o Plano Municipal de
5 Construção civil,
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Resíduos de Agrotóxico,
a empreendimentos novos e na
pesticida e biocida dos
renovação de alvarás.
responsáveis perante a
lei
Médio
Revisão das Leis e Adaptação das exigências segundo
6 em diante
Longo normas estabelecidas mudanças das leis e normas

Quadro 90: Metas e indicadores para instrumentos legais e controle dos resíduos urbanos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para o serviço de coleta e destinação dos resíduos, são sugeridas


as seguintes implementações:

• Manutenção e desenvolvimento do serviço de coleta dos resíduos


sólidos urbanos;

• Elaboração do Programa de coleta de resíduos domésticos detalhando


a periodicidade e itinerário;
307
• Elaboração do Programa de coleta de resíduos de entulho, varrição e
poda de árvores detalhando datas, periodicidade e itinerário;

• Elaboração do Programa de banco de dados para construção de


indicadores;

• Levantamento quantitativo da geração de resíduos urbanos na área


rural;

• Estabelecimento de locais estratégicos para triagem e transbordo


temporário para o atendimento da coleta de resíduos sólidos domésticos e
entulhos na área rural;

• Estabelecimento de locais estratégicos de triagem e transbordo


temporário para o atendimento de coleta de resíduos sólidos domésticos e
entulhos na área rural;

• Encaminhamento dos resíduos de entulhos, podas de árvore e varrição


ao Aterro Sanitário do Município.

Como mecanismos de avaliação, deverão ser atendidas as etapas


de elaboração e implementação de curto, médio e longo prazos, as quais são
descritas no Quadro 91.

308
Prazo Ano Meta Parâmetro indicador
Relação entre número de
Manutenção da área urbana
edificações atendidas pelo serviço
1 em diante atendida pela coleta de
pelo número de edificações na
resíduos urbanos
área urbana

Elaboração Programa de
Coleta de resíduos domésticos Detalhamento de datas,
periodicidade e itinerário de
Elaboração Programa de
atendimento
Coleta de resíduos de entulho
e varrição e poda de árvores

Implementação dos Programas


Curto de Coleta de resíduos
Disseminação das informações
domésticos e Plano de Coleta
ao público do Município
de resíduos de entulho e
varrição e poda de árvores

1-5 Levantamento e estudos


quantitativos e qualitativos da Registro quantitativo e
geração de resíduos urbanos qualitativo nas residências rurais
na área rural

Encaminhamento da coleta de
Regularizar a disposição de
entulhos, resíduos da varrição e
entulhos, resíduos de varrição
poda de árvore ao Aterro
e poda de árvore
Sanitário
Elaboração de Programa de Elaboração de projeto Executivo
Banco de dados para
construção de indicadores Busca de Recursos Financeiros
Estabelecimento de Implantação do sistema de
Indicadores indicadores
Elaboração de programa de Elaboração do projeto executivo
alocação de locais estratégicos
de triagem e transbordo
Médio 5 -10 temporário para o Busca de recursos financeiros
atendimento de coleta de
resíduos sólidos domésticos e Implementação dos locais
entulhos na área rural estratégicos
Revisão dos Programa de Adequação a mudanças de
10 em Coleta legislação
Longo
diante Revisão dos Programa de Readequação ao crescimento e
Locais estratégicos necessidade da população
Quadro 91: Metas e medidas propostas referentes às potencialidades e oportunidades do
serviço de coleta, destinação e tratamento final dos resíduos sólidos urbanos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para efeito de cumprimento da evolução das metas


estabelecidas, devem ser apurados e revisados os objetivos e metas ano a
ano.

309
6 .4 .7 .1 .1 . P r o g r a m a s d o s R e s íd u o s S ó lid o s U r b a n o s

As metas propostas para o gerenciamento dos resíduos sólidos


urbanos foram agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo
prazos. Para cada meta será proposto um programa de implementação com o
intuito de nortear o planejamento e organização para elaboração das
propostas sugeridas no PMSB.

6.4.7.1.1.1. Curto Prazo

• Elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos


Sólidos

A elaboração de Planos Municipais de Gestão Integrada de


Resíduos Sólidos devem possuir o conteúdo mínimo segundo a Lei
12.305/10:

Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo


território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as
formas de destinação e disposição final adotadas;

Identificação de áreas favoráveis para a disposição final


ambientalmente adequada de rejeitos, observando o Plano Diretor e o
zoneamento ambiental;

Identificação da possibilidade de implantação de soluções


consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios;

Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao plano de


gerenciamento específico nos termos do Art. 20 ou a sistemas de logística
reversa, na forma do Art. 33 da mesma Lei, bem como normas estabelecidas
pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS;

Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem


adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços


públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos

Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de


resíduos sólidos de que trata o Art. 20, observadas normas estabelecidas
pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS e demais normas e leis pertinentes;
310
Definição das responsabilidades quanto à sua implantação e
operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de
resíduos sólidos a que se refere o Art. 20 da mesma Lei, a cargo do poder
público;

Programas e ações de capacitação técnica voltados para sua


implementação e operacionalização;

Programas e ações de educação ambiental que promovam a não


geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;

Programas e ações para a participação dos grupos interessados, em


especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa
renda, se houver;

Mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda,


mediante a valorização dos resíduos sólidos;

Sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de


limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos bem como formas de
cobrança destes serviços;

Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre


outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para
disposição final ambientalmente adequada;

Descrição das formas e dos limites da participação do poder público


local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitando o disposto no Art.
33 e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos;

Meios a serem utilizados para controle e fiscalização, no âmbito local,


da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de
resíduos sólidos de que trata o Art. 20 e dos sistemas de logística reversa;

Ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo


programas de monitoramento;

Identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos


sólidos, incluindo áreas contaminadas e respectivas medidas saneadoras;

Periodicidade de sua revisão, observando prioritariamente o período de


vigência do plano plurianual municipal.

311
Os Artigos 20 e 21 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei
12.305/10) estabelecem os empreendimentos comerciais caracterizados
como responsáveis pela elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.

Ressalta-se a importância da diferenciação das


responsabilidades referentes aos geradores de Resíduos dos Serviços da
Saúde, Resíduos da Construção Civil e Resíduos Industriais. Sugere-se a
solicitação dos Planos de Gerenciamento específicos para cada tipo de
atividade. Para os produtores rurais, sugere-se a exigência de Planos
Simplificados.

• Proposta de Cobrança pelos Serviços de Manejo dos Resíduos


Sólidos

A Lei Federal nº 11.445/07 estabelece em seu Art. 29 que: “os


serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômica
financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança
dos serviços: II – de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou
tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do
serviço ou de suas atividades”.

Sugere-se que seja definida uma taxa fixa para que a prestação
do serviço possua sustentabilidade econômica e financeira e deverá ter como
base o custo financeiro da operação da coleta, disposição final e tratamentos
dos resíduos sólidos urbanos. Além disso, o valor cobrado deverá ser variável
de acordo a capacidade financeira familiar de modo que não exerça
desequilíbrio às famílias carentes.

Para o estabelecimento dos custos do sistema de manejo dos


resíduos sólidos para fins de financiamento, são considerados os custos da
operação da coleta, disposição final e tratamentos dos resíduos sólidos
urbanos em razão do total de resíduos urbanos coletados. O custo total por
Kg coletado – CTR (R$/Kg) é representado pela equação a seguir.

Então, a taxa sobre os serviços da coleta de resíduos sólidos


seria realizada sobre demandas individuais, calculadas a geração média
familiar do Município.

312
Taxa de manejo resíduos sólidos (R$) = CTR (R$/Kg) X geração
média familiar (Kg).

Deverá ser realizado previamente um estudo de viabilidade


econômica e social, a fim de verificar a viabilidade de implantação de taxa
sobre os serviços de manejo dos resíduos sólidos. A taxa financeira, se
viabilizada, deverá ser definida pelo Poder Público Municipal e poderá ser
cobrada juntamente com o IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano.

• Estabelecimento de Órgão Fiscalizador e Cobrança dos Planos de


Gerenciamento de Resíduos

Os Planos de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos só possuirão


efetivo valor se as informações descritas forem verídicas. Desta maneira,
devem existir instrumentos de cobrança e fiscalização destes Planos.

Sugere-se que os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


sejam cobrados a empreendimentos novos que se instalarem no Município e
segundo a Lei estabelecida, sejam obrigados a apresentarem o documento
para obtenção de Alvará de Funcionamento. Para a regularização dos
empreendimentos já existentes, os planos de gerenciamento deverão ser
exigidos na Renovação do Alvará. A responsabilidade da fiscalização pode ser
atribuída ao mesmo órgão que emite os Alvarás de Funcionamento.

• Manutenção da Área Urbana Atendida pela Coleta

A área urbana é atendida em 100%, assim, uma das metas do


PMSB é manter este serviço ao longo dos anos. Para avaliação da eficiência
do serviço, determina-se a relação de edificações atendidas perante o
número de edifícios construídos no Município. Desta forma, pode-se
terminar a abrangência do serviço na cidade por meio da equação a seguir:

(Nº de edifícios da área urbana atendidos / Nº total de edifícios da área


urbana) * 100 = eficiência (%)

• Elaboração e Implementação de Programas de Coleta de Resíduos


Domésticos e Entulhos, Podas de Árvores e Varrição

A elaboração e implementação dos Programas de Coleta de


Resíduos Domésticos e do Programa de Coleta de Entulhos, Podas de
Árvores e Varrição tem por objetivo padronizar o processo de coleta destes
resíduos e tornar as informações disseminadas para a população.

313
Deste modo, os programas devem descrever detalhadamente a
periodicidade das coletas, itinerários e sua abrangência, definidas por datas
e frequências, roteiros de coleta, etc. A veiculação das informações pode ser
efetuada por meio digital, utilizando-se do site oficial da prefeitura e por
meio de informativos dispostos em localidades de grande circulação, como
mercados, postos de saúde e centros comerciais.

• Levantamento dos Resíduos em Áreas Rurais

A região rural do Município não possui coleta de resíduos sólidos


e informações referentes à geração. Uma das principais diretrizes do Plano
de Saneamento Básico é a universalização dos serviços de saneamento
básico. Desta maneira, fez-se necessária a realização de levantamentos a
respeito da geração de resíduos sólidos na região rural do Município, para
que sejam obtidas informações para uso no planejamento do gerenciamento
dos resíduos sólidos.

Os levantamentos podem ser realizados por meio de agentes


sociais e por meio de questionário encaminhado por servidores em
levantamentos de dengue no Município. O levantamento da quantidade de
resíduos domésticos, podem ser estimados por meio de contagem do número
de sacos de lixo gerados por residência.

• Regularizar a Disposição de Entulhos, Resíduos de Varrição e Poda


de Árvores

A regularização da disposição dos entulhos, resíduos de varrição


e poda de árvores visa o encerramento do Antigo Lixão do Município e a
restauração desta área. Desta forma, após a coleta, os resíduos deverão ser
encaminhados ao Aterro Sanitário.

• Elaboração do Programa de Banco de Dados para Construção de


Indicadores

A elaboração de indicadores é uma importante ferramenta de


desenvolvimento do manejo de resíduos sólidos no Município de Alvorada do
Sul, uma vez que não existem ferramentas desta natureza com a finalidade
de avaliar o desempenho dos serviços prestados.

Os indicadores só poderão ser elaborados mediante a


implantação de sistema de banco de dados sistematizado, nos quais as
informações devem ser visualizadas e disponibilizadas de forma fácil e
acessível. Estabelece-se como meta a curto prazo, do 1º ao 3º ano (2015 à
314
2017) para a elaboração do programa de criação do banco de dados e o 4º
ano (2018) o de aquisição das informações para aferição dos indicadores. Os
indicadores do manejo de resíduos sólidos podem ser observados no Quadro
92.

Indicadores
IR1 - Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar da população urbana do
Município (%)
IR2 - Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar em relação à população total
(urbana + rural) do Município (%)
IR3 - Produtividade média dos empregados na coleta (coletores + motoristas) na coleta
Resíduos sólidos domésticos + Resíduos sólidos urbanos) em relação à massa coletada
(Kg/empregado/dia)
IR4 - Massa coletada (Resíduos sólidos domésticos + Resíduos sólidos urbanos) per
capita em relação à população atendida. (Kg/habitante/dia)
IR5 - Massa coletada de Resíduos sólidos domésticos per capita em relação à população
atendida. (Kg/habitante/dia)
IR6 - Massa coletada de Resíduos sólidos urbanos per capita em relação à população
atendida. (Kg/habitante/dia)
IR7 - Custo unitário médio do serviço de coleta (Resíduos sólidos domésticos + Resíduos
sólidos urbanos) (R$/tonelada)
IR8 - Custo unitário médio do serviço de coleta dos Resíduos sólidos domésticos
(R$/tonelada)
IR9 - Custo unitário médio do serviço de coleta dos Resíduos sólidos urbanos
(R$/tonelada)
Quadro 92: Indicadores propostos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para a elaboração dos indicadores, serão necessários os registros


sistematizados de informações do sistema, de modo a serem organizadas a
resultar nos indicadores conforme será discutido a seguir. São os
parâmetros de sistematização para elaboração dos indicadores:

População urbana atendida pela coleta de resíduos sólidos;


População urbana total;
População total atendida (urbana + rural);
Quantidade total coletada de resíduos;
Quantidade total de empregados envolvidos;
Quantidade total de resíduos domésticos coletados;
Quantidade total de resíduos urbanos coletados;
Despesa total com os serviços de coleta de resíduos sólidos
Despesa total com o serviço de coleta de resíduos domésticos;
Despesa total com o serviço de coleta de resíduos urbanos.

315
• Estabelecimento dos Indicadores

Os parâmetros de avaliação para a construção dos indicadores


deverão ser registrados no prazo mínimo de 1 (um) ano, para que possuam
validade técnica. Para o estabelecimento dos indicadores deverão ser
consideradas as seguintes equações:

IR1 – Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar da população urbana


do Município (%)

IR2 – Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar em relação à


população total (urbana + rural) do Município (%)

IR3 – Produtividade média dos empregados na coleta (coletores + motoristas)


na coleta Resíduos sólidos domésticos + Resíduos sólidos urbanos) em
relação à massa coletada (Kg/empregado/dia)

IR4 - Massa coletada (Resíduos sólidos domésticos + Resíduos sólidos


urbanos) per capita em relação à população atendida. (Kg/habitante/dia).

IR5- Massa coletada de Resíduos sólidos domésticos per capita em relação à


população atendida. (Kg/habitante/dia).

IR6- Massa coletada de Resíduos sólidos urbanos per capita em relação à


população atendida. (Kg/habitante/dia).

316
IR7 - Custo unitário médio do serviço de coleta (Resíduos sólidos domésticos
+ Resíduos sólidos urbanos) (R$/tonelada)

IR8 – Custo unitário médio do serviço de coleta dos Resíduos sólidos


domésticos (R$/tonelada)

IR9 – Custo unitário médio do serviço de coleta dos Resíduos sólidos


urbanos (R$/tonelada)

6.4.7.1.1.2. Médio Prazo

• Elaboração de Programa de Alocação de Locais Estratégicos de


Triagem e Transbordo Temporário em Áreas Rurais

O programa de alocação de locais estratégicos de triagem e


transbordo temporário em áreas rurais, visa o atendimento desta região.
Este programa deverá ser implantado após o levantamento de informações
de geração de resíduos em decorrência da escassez deste tipo de informação
e o tempo disponibilizado para o levantamento do PMSB.

Sugere-se a alocação de locais de acumulação temporária de


resíduos domésticos, com o uso de caçambas dimensionadas segundo a
geração média desta região. A utilização de locais de acumulação pressupõe
o transporte primário destes resíduos pela população rural, de forma a
maximizar a abrangência da coleta, necessitando de menores deslocamentos
e aquisição de novos veículos e colaboradores. Ressalta-se que o programa
deve ser acompanhado de educação ambiental com a finalidade de maior
adesão, garantindo sua eficiência.

317
6.4.7.1.1.3. Longo Prazo

• Revisão dos Planos e Programa Estabelecidos

Ao longo do tempo é previsível que mudanças econômicas e


sociais indiquem a necessidade de que os planos e programas
implementados sejam revisados e avaliados perante sua eficácia. Assim será
necessário que tanto os programas e planos propostos, como o Plano de
Saneamento Básico sejam revisados no período de 4 anos.

As avaliações podem ser realizadas mediante avaliação interna


do setor de administração e/ou por pesquisas junto aos usuários, onde a
população pode opinar sobre o funcionamento do programa.

6 .4 .7 .2 . P r a z o s e M e ta s p a r a o S e r v iç o d e C o le ta S e le tiv a

A coleta seletiva apresenta problemas de infraestrutura e


financeiros, que refletem diretamente na coleta dos resíduos recicláveis
domiciliares do Município. Como já descrito, foram propostas medidas para
o desenvolvimento das potencialidades e oportunidades do processo.
Mediante as propostas serão estabelecidas metas e instrumentos indicadores
para verificação:

• Elaboração de Programa Municipal de Coleta Seletiva, estabelecendo


diretrizes, objetivos e metas a serem cumpridas;

• Elaboração de Programa de educação ambiental para os moradores do


Município;

• Elaboração de banco de dados para construção de indicadores do


serviço;

• Subsídio financeiro aos colaboradores da cooperativa, até ser atingido


o valor de um salário mínimo por colaborador;

• Fornecimento de veículo para auxílio da coleta e transporte dos


resíduos recicláveis;

• Estabelecimento de locais estratégicos, com armazenamento adequado


para acumulação de resíduos recicláveis nas áreas mais afastadas da sede
do Município;

318
• Elaboração de planejamento logístico visando elevar a eficiência da
coleta;

Mediante as medidas propostas, deverão ser atendidas as etapas


descritas no Quadro 93, referentes à elaboração de planos, programas,
aquisição de equipamentos e destinação de subsídios financeiros no intuito
de reestruturar a coleta seletiva.

319
Prazo Ano Meta Parâmetro indicador
Estabelecimento de diretrizes,
objetivos e metas, descrevendo o
Elaboração do Programa
planejamento, organização,
Municipal de Coleta Seletiva
procedimentos e parâmetros no
processo
Educação ambiental a população
Elaboração de Programa de quanto a separação dos resíduos
educação ambiental domésticos em reciclável e rejeito e a
importância da coleta seletiva
Busca de verba para subsídio Destinação de recurso financeiro para
financeiro aos colaboradores da a aquisição de auxílio aos
1-3
coleta seletiva colaboradores da coleta seletiva
Busca de verba para compra de
Destinação de recurso financeiro para
veículo para coleta de resíduos
a aquisição de veículo de carga
recicláveis
Curto Programa de treinamento de
Elaborar programa de manuseio, armazenamento,
treinamento aos colaboradores transporte, riscos de acidentes e
segurança do trabalho
Elaborar programa de banco de
Elaborar projeto executivo e buscar
dados para construção de
recursos financeiros
indicadores
Subsídio financeiro aos Fornecimento de subsidio financeiro
colaboradores da coleta seletiva mensal aos colaboradores
4 Aquisição de veículo para
Compra de veículo de carca exclusivo
coleta e transporte de resíduos
a coleta seletiva
recicláveis
Relação entre número de edificações
Implantação de Coleta Seletiva
atendidas pelo serviço pelo número de
porta a porta na área urbana
edificações na área urbana Residencial
5 Residencial 1
1
Estabelecimento dos
Implantação do sistema de indicadores
indicadores
Implantação e operação de Implantação de locais estratégicos de
locais estratégicos na área acumulação temporária dos resíduos
urbana Residencial 2 na área Residencial 2
Médio 5-10
Implantação e operação de Implantação de locais estratégicos de
locais estratégicos na área acumulação temporária dos resíduos
Rural na área rural
10 em Revisão e desenvolvimento dos Manutenção e expansão dos serviços
Longo
diante programas prestados
Quadro 93: Metas e medidas propostas referentes às potencialidades e oportunidades da
coleta seletiva.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

320
6 .4 .7 .2 .1 . P r o g r a m a s d a C o le ta S e le tiv a

As metas propostas para o serviço de Coleta Seletiva foram


agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazos. Para
cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito de
nortear o planejamento e organização para elaboração das propostas
sugeridas no PMSB.

6.4.7.2.1.1. Curto Prazo

• Programa Municipal de Coleta Seletiva

Com o intuito de planejar, organizar e padronizar os serviços, o


Programa Municipal de Coleta Seletiva deverá ser elaborado definindo as
diretrizes, objetivos e metas do programa, estabelecendo procedimentos de
coleta, armazenamento, periodicidade de coleta, área de abrangência,
itinerário, procedimentos e equipamentos de segurança, procedimentos de
processamento, etc.

O programa deverá prever a coleta dos resíduos recicláveis como


prioridade na área urbana e posteriormente, com a expansão dos serviços, a
área rural. Para a área rural, devido às limitações estruturais de informação
e acesso físico, deverão ser consideradas as estruturas e o planejamento de
coleta dos resíduos sólidos pertinente ao Programa de Alocação de Locais
Estratégicos de Triagem e Transbordo Temporário.

O Programa deverá possuir o caráter de firmar um compromisso


administrativo entre os colaboradores, a coleta seletiva e a Prefeitura
Municipal, se tornado parte do processo de planejamento municipal.

• Programa de Educação Ambiental

Somado ao Programa Municipal de Coleta Seletiva, ressalta-se a


importância da elaboração do Programa de Educação Ambiental. O intuito é
demonstrar a importância da separação dos resíduos sólidos, do tratamento
e da destinação final, assim como o papel da coleta seletiva neste contexto.

Atualmente, a coleta seletiva funciona apenas com a colaboração


da população, demonstrando que já existe o comprometimento. Assim, o
Programa de Educação Ambiental deverá buscar o comprometimento da
população e elevar sua abrangência.

321
O programa pode ser realizado através da distribuição de
panfletos e/ou painéis em locais públicos de grande circulação, tais como
escolas, creches, postos de saúde, comércio, igrejas, etc.

• Busca de Recursos Financeiros

Uma das metas a serem atingidas para a coleta seletiva é a


obtenção de recursos financeiros para o fornecimento de subsídios até que
os lucros para cada colaborador atinjam pelo menos 1 (um) salário mínimo.
Outro aspecto importante é a aquisição de veículo de carga para realizar a
coleta e o transporte dos resíduos recicláveis.

Atualmente, com a estrutura disponível, a renda média por


colaborador é de R$ 350,00 reais. Segundo as metas propostas, prevê-se a
aquisição do veículo de carga para a coleta e transporte dos resíduos
recicláveis em 2018 e a implementação completa de seu uso em 2019. Desta
forma, propõe-se o subsídio financeiro de R$ 374,00 no intuito de completar
a renda de 1 (um) salário mínimo por colaborador (salário mínimo base de
R$ 724,00 (Decreto 8.166/13). Assim, serão necessários anualmente
R$ 26.180,00, (incluído décimo terceiro e férias) destinados a subsidiar a
renda dos colaboradores, considerando 5 colaboradores fixos na coleta
seletiva e o ano de implementação do PMSB em 2015.

Considera-se que a partir do ano de 2019, com o uso de veículo


de carga e implementação da coleta seletiva na área urbana do Município, os
lucros com a coleta seletiva superarão um salário mínimo por colaborador.
Segundo os estudos já levantados, a renda média por colaborador da coleta
seletiva será de R$ 740,00 reais.

Para o veículo de coleta e transporte a ser adquirido, sugerem-se


os modelos de carga comercial de pequeno porte no Quadro 94:

Marca Modelo Carroceria Capacidade de Carga Preço (R$)*


Kia Bongo K785 não 1.530 61.900
JAC T140 sim 1.570 62.900
Hyundai HR EURO V sim 1.800 61.000
* Preços base, sujeitos a mudança de acordo com a localidade.
Quadro 94: Veículos de coleta e transporte sugeridos.
Fonte: Kia (2014); Hyundai Motor (2014); Jac Motors (2014).
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

O modelo JAC – T140 e Hyundai – HR EURO V são os modelos que já


possuem carroceria de série, ao contrário do modelo Kia – Bongo K785,
necessitando de aquisição paralela (Figura 75).

322
Figura 77: Veículos de coleta e transporte sugeridos.
Legenda: (A) Kia, (B) Hyundai Motor e (C) Jac Motors.
Fonte: Kia (2014); (Hyundai Motor (2014); Jac Motors (2014).
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

O modelo mais indicado para aquisição é o veículo oferecido pela


concessionária JAC, uma vez que possui carroceria fechada, sendo esta a
mais indicada para armazenagem dos resíduos recicláveis e preparado para
iniciar a coleta. Já os outros dois, necessitariam de adaptações para melhor
acondicionar os resíduos sólidos, como a aquisição de carroceria para o
modelo da concessionária Kia e para o modelo da marca Hyundai, seria
necessária a instalação de grades laterais para melhor acondicionamento.

• Programa de Treinamento de Colaboradores

O programa de treinamento para coletores terá como objetivo


principal a aplicação do planejamento e organização elaborados no Programa
Municipal de Coleta Seletiva, oferecendo treinamento no que diz respeito aos
procedimentos de coleta de resíduos, cuidados com o armazenamento,
segurança e saúde no trabalho.

• Fornecimento de Subsídio Financeiro e Veículo de Coleta e


Transporte

No quarto ano (2018), após a implantação do PMSB, prevê-se


como meta para a coleta seletiva o fornecimento de subsídio financeiro aos
colaboradores e a aquisição do veículo de coleta e transporte exclusivo.

• Implantação da Coleta Seletiva na Área Urbana Residencial 1

No quinto ano (2019), prevê-se como meta a inclusão da coleta


de resíduos recicláveis na área denominada Residencial 1.

323
Para avaliação da eficiência do serviço, determina-se a relação de
edificações atendidas pela coleta seletiva perante o número de edifícios
construídos no Município. Desta forma, pode-se terminar a abrangência do
serviço na cidade por meio da equação a seguir:

(Nº de edifícios da área urbana (Residencial 1) atendidos pela coleta seletiva /


Nº total de edifícios da área urbana) * 100 = eficiência (%)

• Elaboração de Programa de Banco de Dados para Construção de


Indicadores

A elaboração de indicares é uma importante ferramenta de


desenvolvimento do serviço de coleta seletiva uma vez que não existem
ferramentas desta natureza com a finalidade de avaliar o desempenho dos
serviços prestados.

Os indicadores só poderão ser elaborados mediante a


implantação de sistema de banco de dados sistematizado, nos quais as
informações devem ser visualizadas e disponibilizadas de forma fácil e
acessível. Estabelece-se como meta a curto prazo, do 1º ao 3º ano (2015 à
2017) para a elaboração do programa de criação do banco de dados e o 4º
ano (2018) o de aquisição das informações para aferição dos indicadores.

No Quadro 95 podem ser observados os indicadores destacados


no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Indicadores
IRCS1 – Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva domiciliar da população
urbana do Município (%)
IRCS2 – Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva domiciliar em relação à
população total (urbana + rural) do Município (%)
IRCS3 – Produtividade média dos empregados na coleta seletiva (coletores +
motoristas) na coleta Resíduos sólidos recicláveis em relação à massa coletada
(Kg/empregado/dia)
IRCS4 - Massa coletada de Resíduos sólidos recicláveis per capita em relação à
população atendida. (Kg/habitante/dia)
IRCS5 - Custo unitário médio do serviço de coleta de Resíduos sólidos recicláveis
(R$/tonelada)
Quadro 95: Indicadores propostos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para a elaboração dos indicadores serão necessários os


registros sistematizados de informações do sistema. São os parâmetros de
sistematização para elaboração dos indicadores:

324
População urbana atendida pelo serviço de coleta seletiva domiciliar;
População rural atendida pelo serviço de coleta seletiva domiciliar;
Quantidade total coletada de resíduos sólidos recicláveis;
Quantidade total de empregados envolvidos;
Despesa total da Prefeitura com o serviço de coleta de recicláveis.

• Estabelecimento de Indicadores

Os parâmetros de avaliação para a construção dos indicadores


deverão ser registrados no prazo mínimo de 1 (um) ano, para que possuam
validade técnica. Para o estabelecimento dos indicadores deverão ser
consideradas as seguintes equações:

IRCS1 – Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva domiciliar da


população urbana do Município (%)

IRCS2 – Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva domiciliar em relação


à população total (urbana + rural) do Município (%)

IRCS3 – Produtividade média dos empregados na coleta seletiva (coletores +


motoristas) na coleta Resíduos sólidos recicláveis em relação à massa
coletada (Kg/empregado/dia)

IRCS4 - Massa coletada de Resíduos sólidos recicláveis per capita em


relação à população atendida. (Kg/habitante/dia).

325
IRCS5 - Custo unitário médio do serviço de coleta de Resíduos sólidos
recicláveis (R$/tonelada)

6.4.7.2.1.2. Médio Prazo

• Implantação e Operação de Locais Estratégicos na Área Urbana


Residencial 2

Uma das metas do Programa Municipal de Coleta Seletiva é


atender a área urbana definida com Residencial 2, pertinente às chácaras as
margens da Represa Capivara, com a coleta de resíduos recicláveis. Desta
forma, a implantação deste serviço poderá ser realizada mediante a
utilização dos Locais Estratégicos, programa estabelecido para coleta de
resíduos urbanos nesta região.

Os Locais Estratégicos poderão servir como pontos de


acumulação temporários para os resíduos recicláveis e incluídos no
itinerário de coleta da coleta seletiva.

• Implantação e Operação de Locais Estratégicos na Área Rural.

Como parte das diretrizes do PMSB, os serviços de saneamento


básico devem buscar a sua universalização e atender a todos no Município.
Atualmente, a área rural de Alvorada do Sul não possui coleta de resíduos
sólidos, desta forma, uma das metas da coleta seletiva é atender a esta
região. Porém, esta só poderá ser realizada mediante o planejamento diante
das informações que deverão ser levantadas nestes locais.

6.4.7.2.1.3. Longo Prazo

• Revisão e Desenvolvimento dos Programas Propostos

Como já discutido anteriormente, será necessário que os


programas propostos, sejam revisados no período de 4 em 4 anos, com a
finalidade de se readequar quanto às mudanças socioeconômicas e o
crescimento populacional.

326
As avaliações dos programas podem ser realizadas mediante a
avaliação interna do setor de administração e/ou, por pesquisa do usuário, o
qual a população pode opinar sobre o funcionamento do programa.

6 .4 .7 .3 . P r a z o s e M e ta s p a r a o A n tig o L ix ã o

O antigo lixão do Município de Alvorada do Sul apresenta


situações de irregularidade, visto a disposição dos resíduos sólidos em área
irregular, desprovido de planejamento e organização. Visto a disposição
dispersa no local sem a ocorrência de segregação dos resíduos e a presença
de resíduos sólidos domiciliares.

Devido à situação irregular e a forma que os resíduos estão


dispostos na área do Antigo Lixão, sugeriu-se o encerramento da utilização
da área mediante o manejo do local e dos resíduos lá alocados, e
posteriormente a recuperação da área, com a disposição dos entulhos,
resíduos de varrição e poda de árvores destinados ao aterro sanitário do
Município.

Desta forma, estabelecem-se os seguintes procedimentos,


etapas e metas a serem buscadas, com os respectivos parâmetros
indicadores descritos no Quadro 96.

327
Prazo Ano Meta Medida
Encaminhamento dos entulhos,
Encerramento do Antigo
1 resíduos de varrição e poda de árvores
Lixão
ao Aterro Sanitário do Município
Programa descritivo dos parâmetros
Elaboração de programa
ambientais da área e proposição de
de restauração do local
proposta de recuperação da área.
Curto Levantamentos topográficos e de
Avaliação da área
1-5 contaminação das águas subterrâneas
Busca de recursos para Recursos financeiros, equipamentos,
recuperação da área maquinário e colaboradores
Licenciamento ambiental Licencia Prévia, Licença de Instalação e
das obras de recuperação Licença de Operação
Isolamento da área
Instalação de sinalização de aviso e
advertência
Recuperação inicial e
manejo dos resíduos já Instalação de drenos de gás
Médio 5 - 10 Realocamento dos resíduos para
alocados
aterramento
Cobertura dos resíduos com material
inerte
Recuperação final Plantio de vegetação arbórea no local
Verificação estrutural e de riscos do
10 em local
Longo Avalição e manutenção
diante Tornar área de propriedade municipal e
de conservação
Quadro 96: Metas e medidas propostas referentes ao enceramento do Antigo Lixão e manejo
dos entulhos, resíduos da varrição e poda de árvores.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .4 .7 .3 .1 . P r o g r a m a s d o A n tig o L ix ã o

As metas propostas para encerramento do antigo lixão foram


agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazo. Para
cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito de
nortear o planejamento e organização para elaboração das propostas
sugeridas neste Plano.

6.4.7.3.1.1. Curto Prazo

• Encerramento do Antigo Lixão

Uma das principais metas do PMSB é readequar o serviço de


destinação final dos resíduos urbanos no Município de Alvorada do Sul, uma
vez que os entulhos, resíduos de varrição e podas de árvores são

328
encaminhados ao antigo lixão da cidade. Assim, faz-se necessário o
encerramento das atividades no local e a recuperação do mesmo.

O encerramento do local deverá ser realizado mediante ao


encaminhamento de entulhos, resíduos da varrição e podas de árvores ao
Aterro Sanitário do Município, a partir da data de implantação do PMSB
(2015). Posteriormente deverá ser efetuado o isolamento da área e o início
das atividades de recuperação, conforme segue:

• Avaliação da Área

O processo de avaliação da área é essencial para determinar a


melhor forma de restaurar o local, assim, serão necessários a execução de
levantamentos topográficos, determinação de contaminação de solo e águas
subterrâneas.

• Elaboração do Programa de Restauração do Local

A elaboração do programa de restauração tem como objetivo


propor as melhores medidas de mitigação e restauração dos impactos
quanto ao uso anterior de disposição de resíduos sólidos domésticos em solo
exposto e a céu aberto, e perante seu atual uso de disposição e entulhos,
resíduos de varrição e poda de árvores.
O programa deverá determinar diretrizes, objetivos e metas,
detalhando os procedimentos a serem executados no local, orçamentos das
obras e estruturas e cronograma de implantação. Foram propostas as etapas
e obras de mitigação e restauração, baseadas segundo o Caderno Técnico de
Reabilitação de Áreas Degradadas por Resíduos Sólidos (FEAM, 2010).

• Buscas de Recursos para Recuperação da Área

Posterior à elaboração do programa de recuperação da área do


antigo lixão, definidos os procedimentos e obras de intervenção, deverá se
buscar recursos financeiros a fim de subsidiar cada etapa do programa,
através de recursos municipais e órgãos fomentadores.

329
6.4.7.3.1.2. Médio Prazo

• Recuperação Inicial

Estabelece-se como meta a médio prazo, posterior ao processo


de busca de recursos financeiros e licenciamento ambiental, sejam
implantadas as estruturas e obras de recuperação da área do antigo lixão de
Alvorada do Sul. Como principais procedimentos de mitigação e reparação
propõem-se com meta a implantação de:

Isolamento da área, por meio de instalação de cerca e portaria;

Instalação de placas de aviso e advertência;

Instalação de drenos de gás e chorume;

Manejo e realocação dos resíduos;

Cobertura dos resíduos com material inerte (solo e ou argila);

Instalação de poços de monitoramento de águas subterrâneas.

• Recuperação Final

Como medida final de recuperação da área, posterior às medidas


iniciais, propõe-se que seja realizada a arborização da área. Este
procedimento tem o objetivo de limitar o futuro uso da área com o plantio de
vegetação, além disso, a vegetação poderá proporcionar sustentabilidade
estrutural da área impactada.

6.4.7.3.1.3. Longo Prazo

A longo prazo faz-se necessário avaliar a eficiência das medidas


mitigadoras e recuperadoras da área. Além disso, deverão ser realizados
testes a fim de verificar a estabilidade estrutural do solo, visto a
decomposição do material soterrado.

Sugere-se que se estabeleça a área do antigo Lixão como de uso


público e de preservação, para se assegurar que a mesma não seja utilizada
para outros fins, visto os riscos que pode apresentar.

330
6 .4 .7 .4 . M e ta s e P r a z o s p a r a a A d e q u a ç ã o d o A te r r o S a n itá r io

O aterro sanitário é um dos maiores problemas no


gerenciamento dos resíduos sólidos no Município devido às suas
características estruturais e procedimentos executados. Segundo a
Prefeitura, o aterro está em processo de readequação, porém, não foram
observadas obras ou processos de readequação no período de elaboração do
PMSB.

Desta forma, foram propostas metas, procedimentos e etapas de


reestruturação e readequação do local, com os indicadores referentes a cada
meta. As etapas estão dispostas em ordem de prioridade e separadas por
metas de curto, médio e longo prazos no Quadro 97.

331
Prazo Ano Meta Medida
Levantamentos na área da estrutura existente, e
Elaborar plano de
proposição de estruturas faltantes para
readequação
adequação do Aterro Sanitário
Busca de recursos Recursos financeiros aquisição e implantação de
para readequação estruturas básicas
Corte de vegetação na área do aterro
Manutenção da Manutenção da drenagem de águas pluviais da
área célula
Manutenção e inspeção estrutural da célula
Disposição dos Definição de local de disposição de entulho
entulhos, resíduos
de varrição e poda Definição de local de disposição de poda de
Curto 1-5 de árvores árvores
Instalação de drenagem de chorume
Reativação da
Instalação de drenagem de gases
célula existente
Instalação de sistema tratamento de chorume
Ativação da célula Disposição da coleta de resíduos sólidos na célula
Licenciamento Proceder o licenciamento ambiental para
Ambiental implantação das novas estruturas (LP, LI, LO
Busca de recursos
Recurso para contratação de serviço para
para implantação
construção de nova célula
de nova célula
Implantação de Ativação de nova célula interligada a sistema de
nova célula drenagem de chorume e gases
Contratação de novos funcionários
Aquisição de equipamentos
Implantação de
Instalação de guarita
novas estruturas
Instalação de balança de caminhões
Aquisição de trator esteira
Monitoramento dos Monitoramento dos resíduos que são destinados
resíduos ao aterro: peso e volume
Médio 5 - 10
Elaboração de Processo de compostagem com resíduos orgânicos
programa de e resíduos de poda de árvores; processamento e
compostagem e reutilização de material de entulhos para
reuso de entulhos manutenção de estradas
Busca de recursos
implantação do
Recursos financeiros aquisição e implantação de
programa de
equipamentos
compostagem e
reuso de entulhos
Implantação de Contratação de funcionários
compostagem e
10 em Aquisição de equipamentos
Longo reuso de entulhos
diante
Revisão dos
Revisão dos Programas Implantados
Programas
Quadro 97: Metas e medidas propostas referentes às potencialidades e oportunidades do
Aterro Sanitário.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

332
6 .4 .7 .4 .1 . P r o g r a m a s d o A te r r o S a n itá r io

As metas propostas para a readequação do aterro sanitário


foram agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazo.
Para cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito
de nortear o planejamento e organização para elaboração das propostas
sugeridas no Plano.

6.4.7.4.1.1. Curto Prazo

• Elaborar Plano de Readequação

Atualmente o processo de readequação do aterro sanitário de


Alvorada do Sul encontra-se parado. Devido ao atual uso e procedimentos de
disposição dos resíduos no local, faz-se necessário a retomada da
readequação do aterro com a instalação das devidas estruturas e
implementação de procedimentos adequados. Sugere-se que seja elaborado
um Plano de Readequação com o intuito de avaliar a atual situação em que
se encontra o aterro e propor medidas para a conclusão da readequação.

O plano deverá definir diretrizes, objetivos e metas para a


readequação do aterro sanitário, além de orçamento e medidas e
procedimentos condizentes, estipulados em prazos e datas de implantação
na forma de cronograma.

• Busca de Recursos

A implantação de novas estruturas e procedimentos de


readequação do aterro necessitará de investimentos financeiros, sejam
oriundos de verba municipal ou de fundos de investimento público. Desta
forma, sugere-se que a curto prazo seja realizada a busca por recursos
financeiros a fim de viabilizar o processo de licenciamento e implantação das
estruturas de readequação.

• Manutenção da Área

Como medida inicial da readequação do aterro sanitário, sugere-


se que seja realizada a manutenção inicial na área com o corte da vegetação
rasteira, que ocupa atualmente grande extensão da área. Posteriormente
dar-se-á a limpeza dos drenos de águas pluviais da célula e avaliação
estrutural para proceder a reativação.

333
• Licenciamento Ambiental

Será necessária a execução de licenciamento ambiental das


obras de intervenção e estruturação. Prioriza-se as obras de reativação da
célula de disposição de resíduos e posteriormente o licenciamento ambiental
das obras de readequação.

• Reativação da Célula Existente

Mediante a elaboração do Plano de Readequação do Aterro


Sanitário, sugere-se que a curto prazo se efetue a readequação da célula
para iniciar-se a disposição adequada dos resíduos sólidos. Deverá ser
efetuada a instalação, segundo o estabelecido no plano, de drenagem de
chorume, drenagem de gases e sistema de coleta e tratamento de chorume.
Com a instalação destas estruturas a célula já estará apta a receber a
disposição dos resíduos sólidos domiciliares.

• Ativação da Célula

Posterior à adequação estrutural da célula de disposição de


resíduos, estabelece-se como meta a curto prazo a sua ativação, com a
realocação dos resíduos depositados irregularmente na área do aterro
sanitário e posterior disposição dos resíduos coletados na área urbana.

• Busca de Recursos para construção de nova célula

Com a ativação da célula de disposição de resíduos e o


realocamento dos resíduos depositados irregularmente no local estima-se
que a célula tenha um tempo de vida útil de 7 a 8 meses até o seu
saturamento. Desta forma, é prioritária a necessidade da instalação de uma
nova célula.

Assim, no primeiro ano de implantação do PMSB, deverá ocorrer


a busca de recursos financeiros a fim de subsidiar a construção de nova
célula que atenda os resíduos gerados no Município.

• Implantação de Nova Célula

Como discutido anteriormente, é prioritária a implantação de


nova célula de disposição dos resíduos sólidos domésticos. A instalação
deverá vir acompanhada da interligação aos sistemas de drenagem e
tratamento de chorume, gases e drenagem de águas pluviais.
334
6.4.7.4.1.2. Médio Prazo

• Implantação de Novas Estruturas Operacionais

A médio prazo estabelece-se como meta a implantação das


demais estruturas operacionais mediante o licenciamento prévio necessário.
É esperado que ocorra a implantação e instalação das seguintes medidas:

Contratação de novos funcionários;

Aquisição de equipamento;

Instalação de guarita;

Instalação de balança de veículos pesados;

Aquisição de trator esteira;

• Monitoramento dos Resíduos

Com a instalação das estruturas básicas na readequação do


aterro sanitário, sugere-se o início do programa de monitoramento dos
resíduos que serão depositados no local. Previamente deverão ser
cadastrados os veículos de coleta e transporte, identificados e registrados o
seu peso (peso base) como parâmetro.

Iniciada a coleta, no procedimento de registro de entrada, deverá


ser registrado o tipo de resíduo de carga, identificação do caminhão e a
pesagem. Mediante a identificação do caminhão, haverá a informação do
peso base e do peso do caminhão carregado, então deverá ser efetuado o
cálculo a seguir, para obtenção do peso líquido de resíduos coletados.

Peso do caminhão carregado – Peso base do caminhão = Peso líquido dos


resíduos

Ao final da jornada de trabalho, haverá o registro do número de


caminhões que adentraram no aterro sanitário e o peso por viagem,
podendo-se estimar a quantidade total de resíduos depositados no dia.

335
A quantidade de resíduos coletados pode ser estimada pela
densidade característica dos resíduos sólidos, resultado da relação entre o
peso (Kg) pelo volume (m³), exposto na equação a seguir:

Densidade = Peso (Kg) / Volume (m³)

Durante o período de análise do PMSB foi realizada a


caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos domésticos gerados no
Município de Alvorada do Sul segundo a metodologia utilizada por SEMASA
(2008):

Posterior ao descarregamento dos resíduos, estes são retirados dos


sacos de armazenamento e homogeneizados. A pilha de resíduos é
acomodada de forma que o contorno tenha formato predominantemente
próximo a um quadrado.

Após a homogeneização, dividem-se conceitualmente os resíduos em


quatro partes iguais. De cada parte desta, que prioritariamente também
possuem um formato quadrado, retiram-se duas amostras de posições
opostas e realiza-se a triagem e pesagem de ambas (Figura 76). Os resíduos
não selecionados são descartados.

Figura 78: Esquema de amostragem para caracterização da composição gravimétrica dos


resíduos sólidos domésticos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Da amostra selecionada, realizou-se a separação dos materiais


diferenciando-os nas seguintes categorias:

Papel/Papelão
Plástico filme
Plástico rígido
336
Vidro
Metal
Resíduos orgânicos
Rejeitos

Para pesar os tipos de resíduos, utiliza-se um recipiente de


volume e registra-se a informação para o controle posterior. Ao efetuar o
processo de pesagem dos resíduos, registra-se o peso e o volume,
descontando ao final a tara do recipiente. Ao final será obtido o registro de
peso e volume por tipo de resíduos, podendo-se verificar a densidade
específica de cada tipo, e ao final, com a somatória de todos os volumes e
todos os pesos, a densidade da massa de resíduos domésticos.

No Quadro 98 pode-se observar os resultados da caracterização


gravimétrica dos resíduos sólidos domésticos depositados no aterro
sanitário.

Densidade
Resíduo (tipo) Volume (m³) Peso (Kg)
(Kg/m³)
Papel/Papelão 0,021 6,99 333,0
Plástico filme 0,01 2,94 294,0
Plástico rígido 0,002 0,18 89,0
Vidro 0,0012 0,08 62,5
Metal 0,0009 0,05 57,0
Orgânico 0,003 3,67 1224,5
Rejeito 0,051 2,19 42,9
Total 0,0891 16,10 180,7
Quadro 98:Caracterização volumétrica, granulométrica e de densidade de cada tipo de
resíduos e da massa total dos resíduos sólidos domésticos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Na Figura 77 é possível observar a representação quantitativa de


cada resíduo na amostra de análise.

337
Figura 79: Composição dos resíduos sólidos domésticos do Município de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Ressalta-se a necessidade da caracterização periódica dos


resíduos sólidos, visto que a estimativa do volume total dos resíduos que são
depositados no aterro pode ser analisada através desta técnica e pode variar
de acordo com o tempo.

• Elaboração de Programa de Compostagem e Reuso de Entulhos

Deve-se buscar a melhoria na eficiência da destinação final e


tratamento dos resíduos sólido urbanos.

Deverá ser elaborado um programa de compostagem, com o


melhor método para tratamento de resíduos orgânicos. Com o uso do
processo de compostagem, será reduzida a quantidade de resíduos que
deverão ser depositados na célula; além disso, a compostagem produz
material húmico de elevado poder fértil, que pode ser utilizado no
enriquecimento de solo.

Para os resíduos de entulhos, deverá ser elaborado o programa


com detalhamento das metodologias de segregação por tipo e através da sua
separação poder-se-á aplicar técnicas e procedimentos de processamento,
transformando-o em matérias primas que podem ser utilizadas na
construção civil e na manutenção das vias e estradas do Município.

338
Estes programas deverão estabelecer diretrizes, objetivos e
metas, com detalhamento dos procedimentos que serão aplicados,
orçamentos de aquisição e instalação de equipamentos, detalhados em um
cronograma de implantação.

• Busca de Recursos para Implantação do Programa de Compostagem


e Reuso de Entulhos

Posteriormente a elaboração dos programas de compostagem e


reuso e processamento de entulhos, deverão ser buscados os recursos
financeiros necessários para a sua implantação.

6.4.7.4.1.3. Longo Prazo

• Implantação de Compostagem e Reuso de Entulhos

A longo prazo estabelece-se a implantação dos programas de


compostagem dos resíduos orgânicos e do reuso e processamento de
entulhos no Município.

• Revisão de Programas

A longo prazo, deve ser realizada a revisão dos programas


implantados visto as mudanças socioeconômicos e a expansão da população.
As avaliações dos programas podem ser realizadas mediante a avaliação
interna do setor de administração e/ou por pesquisa do usuário, na qual a
população pode opinar sobre o funcionamento dos programas.

6 .4 .7 .5 . P r a z o s e M e ta s p a r a a D is p o s iç ã o Ir r e g u la r d o s R e s íd u o s
S ó lid o s U r b a n o s

Como já citado, existem vários pontos de acumulação irregular


dos resíduos sólidos urbanos no Município de Alvorada do Sul,
predominantemente na região das Chácaras e Loteamentos implantados às
margens da Represa Capivara.

Assim, foram propostas metas e objetivos em busca da melhoria


das oportunidades, expostos no Quadro 99.

339
Prazo Ano Meta Parâmetro indicador
Controle das disposições
Coleta dos resíduos sólidos urbanos
irregulares de resíduos
nos locais levantados pelo PMSB
sólidos urbanos
Setor ou órgão do Prefeitura
Estabelecer setor ou órgão responsável por registrar pedidos de
da Prefeitura municipal coleta de resíduos sólidos urbanos e
para registro de denuncias denúncias de moradores de locais
Curto 1-5 com acumulação irregular
Elaborar Programa de Descrição das estruturas, locais de
Implantação de Locais implantação, Memorial econômico
Estratégicos financeiros, cronograma etc.
Busca de recursos
Aquisição de caçambas e recursos de
financeiros para
instalação e locação nos locais
implantação dos Locais
definidos
Estratégicos
6 em Operação do Locais Coleta dos resíduos sólidos Urbanos
diante Estratégicos nos locais estratégicos
Médio
Revisão da eficiência dos Avaliar a eficácia e uso dos locais
6 - 10
Locais estratégicos estratégicos

Aquisição de novos locais estratégicos


10 em Expansão dos Locais
Longo e aumento da capacidade de
diante estratégicos
armazenagem
Quadro 99: Metas e medidas propostas referente as potencialidades e oportunidades
referente a acumulação irregular dos resíduos sólidos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .4 .7 .5 .1 . P r o g r a m a s p a r a Im p le m e n ta ç ã o d e M e ta s

As metas propostas foram agrupadas na forma de planejamento


de curto, médio e longo prazos. Para cada meta será proposto um programa
de implementação com o intuito de nortear o planejamento e organização
para elaboração das propostas sugeridas no PMSB.

6.4.7.5.1.1. Curto Prazo

• Controle das Disposições Irregulares

Diante do que foi levantado, institui-se com meta inicial o


controle dos locais de acumulação de resíduos sólidos urbanos mapeados
neste Plano, efetuando-se a coleta dos resíduos e limpeza geral destes locais.

340
• Estabelecimento de Setor ou Órgão de Fiscalização

Considerando que o depósito irregular encontra-se concentrado


na região nordeste, leste e na Sede do Município, sugere-se o
estabelecimento de um órgão no setor público para pedidos de coletas
extraordinárias e denúncias de acumulação e disposição irregular de
resíduos sólidos.

• Elaborar Programa de Implantação de Locais Estratégicos para


Disposição de Resíduos

Como proposta estabelece-se como meta a elaboração de


Programa de Implantação de Locas Estratégicos para Disposição de
Resíduos, definindo diretrizes, objetivos, metas, procedimentos, orçamento e
cronograma de implantação.

Sugere-se a implantação de locais estratégicos de acumulação de


resíduos sólidos urbanos por meio da instalação de caçambas para a
disposição temporária dos resíduos. O mapa com a localização dos locais
estratégicos pode ser visualizada na figura 78.

O programa de Locais Estratégicos, descrito no item 6.4.5.10,


propôs a coleta em toda a área urbana de zoneamento Residencial 2 visando
a universalização do serviço. Porém, atualmente, a disposição inadequada
dos resíduos sólidos concentra-se na região nordeste e na sede do Município
(Figura 78).

341
Figura 80: Locais de disposição irregular de resíduos sólidos urbanos em Alvorada do Sul/PR.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Pelo fato dos resíduos sólidos se concentrarem em determinadas


regiões, sugere-se que se os Locais Estratégicos sejam implantados em duas
etapas. A primeira sendo implantados os Locais Estratégicos 1 ao 11, nas
regiões de maior necessidade, e a segunda etapa realizando a implantação
dos Locais Estratégicos 12 ao 22.

A eficiência do programa só alcançará seu objetivo por meio da


participação da população, que deverá depositar seus resíduos nestas áreas.
Desta forma, juntamente com a implantação das estruturas de
acondicionamento temporário, deverá ser realizada educação ambiental com
os moradores destas regiões.

342
• Busca de Recursos

Com a elaboração do Programa executivo, deverá ser iniciada a


segunda etapa, com a busca de recursos financeiros para a implantação e
operação das estruturas.

6.4.7.5.1.2. Médio Prazo

• Implantação e Operação dos Locais estratégicos

Estabelece-se como meta a médio prazo a implantação e


operação dos locais estratégicos e sua inclusão nos programas de coleta de
resíduos sólidos domésticos: Programa de coleta de entulhos, Resíduos da
Varrição e Podas de Árvores e Programa de Coleta Seletiva.

• Revisão da eficiência do programa

Com o tempo é esperado que ocorram mudanças


socioeconômicas e populacionais e o programa de Locais Estratégicos deverá
ser revisado periodicamente considerando o uso e eficiência do serviço.

A avaliação do programa pode ser realizada mediante a avaliação


interna do setor de administração e/ou por pesquisa do usuário, onde a
população pode opinar sobre o funcionamento do programa.

6.4.7.5.1.3. Longo Prazo

• Expansão dos Locais Estratégicos

Ao longo do tempo, se o programa se mostrar eficaz e


permanecer em atividade, deverá ser realizada uma avaliação quanto a sua
expansão, número e capacidade, de forma a atender as futuras populações.
Para isto, faz-se necessário a constante avaliação do programa e
acompanhamento, considerando a participação da população.

343
7 . A Ç Õ E S D E C O N T IN G Ê N C IA E E M E R G Ê N C IA

O capítulo IV da Lei 11.445/07, se estabelece sobre o


planejamento do saneamento básico. Entre outros aspectos requeridos,
destaca-se a exigência de estudos que tratem de ações para emergências e
contingências.

O planejamento em situações críticas é a ação de visualizar uma


situação final e prever as potencialidades de ocorrências que possam
prejudicar de alguma forma o bem estar social e ambiental, de forma a
auxiliar o administrador do Município a tomar decisões que em primeiro
momento possam preservar a integridade econômica, social e ambiental dos
fatores envolvidos.

O Plano de Ação de Contingência e Emergência deve ser


desenvolvido com o objetivo de treinar, organizar, orientar, agilizar,
uniformizar e preparar as ações necessárias às respostas de controle e
combate a ocorrências anormais, incluindo também medidas onde processos
vitais à população, voltem e permaneçam em funcionamento plenamente,
ou, em estado aceitável. De modo geral, o plano deverá visar:

• Incrementar o nível de segurança, reduzindo a vulnerabilidade dos


cenários e desastres e das comunidades em risco;
• Minimizar as influências negativas, relacionadas às variáveis, tempo e
recursos, sobre o desempenho dos responsáveis;
• Facilitar uma rápida e eficiente mobilização dos recursos necessários ao
reestabelecimento da situação de normalidade em circunstância de
desastres;

Sua aprovação deverá ser de forma participativa, com


atualização e revisão periódicas das ações propostas, sendo de extrema
importância que os agentes, dentro das esferas de responsabilidade, estejam
familiarizados com as ações.

Para se criar um plano satisfatório, são utilizadas regras


básicas:

• Identificar todos os processos funcionais e operacionais da organização;


• Avaliar os impactos nos referidos processos estabelecidos;
• Identificar riscos e definir cenários possíveis de falha para cada um dos
processos críticos, levando em conta a probabilidade de ocorrência de
cada falha;

344
• Identificar medidas para cada falha, ou seja, listar as medidas a serem
postas em prática caso a falha aconteça;
• Definir ações necessárias para operacionalização das medidas, cuja
implantação dependa da aquisição de recursos físicos e/ou humanos;
• Definir critérios de ativação do plano, normalmente situado em um alto
nível hierárquico;

Inspeções rotineiras bem como planos de manutenção


preventivos possibilitam antecipar a detecção de situações e condições que
favoreçam as ocorrências anormais evitando que as falhas se concretizem,
devendo ser exercitadas incansavelmente. Devem ser considerados, na
análise e busca da redução dos riscos, algumas ações para garantir a
prevenção de ocorrências danosas:

• Redução da grandeza e da probabilidade de ocorrência dos acidentes ou


dos eventos adversos;
• Redução da vulnerabilidade dos cenários dos desastres e das
comunidades em risco;
• Redução da probabilidade de que uma determinada ameaça se concretize
ou da provável grandeza do evento adverso (em desastres mistos ou
provocados pelo homem).

Entretanto, a existência de eventos potencialmente danosos não


pode ser excluída, e nestes momentos, as ações deverão ser determinadas,
devendo as responsabilidades estar bem definidas para minimizar as
consequências da ocorrência e o reestabelecimento da normalidade das
operações em curto intervalo de tempo. A resposta aos eventos danosos e
desastres é compreendida pelas seguintes atividades:

• Socorro – engloba as atividades a fim de localizar, acessar e estabilizar as


vítimas que estão com sua saúde ou sobrevivência ameaçada pelo
desastre;
• Assistenciais às populações vitimadas – compreende atividades de
logística, assistenciais e de promoção de saúde;
• Reabilitação de cenários – envolve a avaliação de danos, vistoria e
elaboração de laudos técnicos, desmontagem de estruturas danificadas,
desobstrução de escombros, sepultamentos, limpeza, descontaminação e
reabilitação de serviços essenciais.

345
Nos Quadros 100, 101, 102 são apresentadas as respostas a
situações críticas dos sistemas de abastecimento de águas, gestão dos
resíduos sólidos urbanos e drenagem urbana. Para o esgotamento sanitário
não foram propostas medidas de emergência e contingência pelo fato do tipo
de esgotamento existente no Município ser do tipo sistema individual.

Ocorrência Origem Plano de Contingência


Inundação das captações de água Comunicação a
com danificação de equipamentos população/instituições/autoridades
eletromecânicos / estruturais e defesa civil - Reparo das
Danificação de estruturas de instalações danificadas - Uso de
adução/captação de água bruta caminhões pipa
Interrupção prolongada de Comunicação à operadora de energia
energia elétrica elétrica

Falta de água Vazamento de cloro nas Isolamento da área e manutenção


generalizada instalações de tratamentos das estruturas com as devidas
precauções e cuidados

Tratamento da água dos


Qualidade inadequada das águas reservatórios/ diagnóstico
captadas emergencial das águas
subterrâneas/ tratamento adequado

Vandalismo Comunicação a polícia


Interrupção do abastecimento por Comunicação a
rebaixamento do nível d´água população/instituições/autoridades
subterrâneo e defesa civil

Interrupção temporário de Comunicação à operadora de energia


energia elétrica elétrica

Comunicação a
população/instituições/autoridades
Falta de água Danificação de estruturas e e defesa civil - Reparo das
parcial ou equipamentos de reservatórios
instalações danificadas - Uso
localizada controlado da água

Comunicação a
população/instituições/autoridades
Danificação de estruturas de
e defesa civil - Reparo das
adução de água na rede
instalações danificadas - Uso
controlado da água

Vandalismo Comunicação a Polícia


Quadro 100: Ações emergenciais do sistema de abastecimento de água.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

346
Ocorrência Origem Plano de Contingência
Manutenção e limpeza das
estruturas

Boca de lobo e Ramal Sensibilização da comunidade


assoreado/entupido para iniciativas de educação
ambiental evitando lançamento
de lixo nas vias públicas e nas
captações
Alagamento
Localizado Deficiência na declividade da via
Manutenção das estruturas
pública
Deficiência na drenagem de boca de
Manutenção das estruturas
lobo
Estudo de verificação do
Sub dimensionamento da rede sistema de drenagem existente
existente para corrigir os problemas
existente

Comunicação a prestadora dos


serviços de operação e
Interligação clandestina de esgoto nas manutenção da drenagem
galerias urbana para à detecção do
ponto de lançamento e
regularização da ocorrência.
Mau cheiro
provenientes
das estruturas Limpeza do sistema ou
de drenagem estrutura de drenagem

Acumulação de resíduos orgânicos nas Sensibilização da comunidade


redes de drenagem para iniciativas de educação
ambiental evitando lançamento
de lixo nas vias públicas e nas
captações

Limpeza e desassoreamento do
Assoreamento
córrego/lagoa
Inundação ou
enchente de Impermeabilização descontrolada na Estudo para controle de
córrego/lagoa bacia ocupação urbana
Deficiência no dimensionamento da Estudo de redimensionamento
calha do córrego/lagoa e medidas de intervenção
Quadro 101: Ações emergenciais do sistema de manejo e drenagem das águas pluviais.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

347
Ocorrência Origem Plano de Contingência

Remanejo de servidores públicos


para Coleta emergencial de
locais críticos como escolas,
hospitais, lixeiras públicas

Greve dos funcionários de coleta dos


resíduos domiciliares e urbanos Mobilização da comunidade para
a redução da geração dos
resíduos sólidos e manutenção
da cidade limpa.

Contrato emergencial de
funcionários temporários

Paralização Coleta emergencial dos


dos serviços de recicláveis pela coleta dos
coleta dos resíduos sólidos domiciliares
resíduos
Contratação emergencial de
sólidos Greve ou problemas operacionais da empresa privada para coleta dos
Cooperativa responsável pela coleta e resíduos recicláveis
triagem de resíduos recicláveis
Mobilização da comunidade para
a redução da geração dos
resíduos sólidos recicláveis e
manutenção da cidade limpa.

Coleta e armazenagem
Greve ou problemas operacionais da emergencial dos resíduos da
empresa responsável pela coleta e saúde pelos funcionários da
destinação dos resíduos coleta de resíduos sólidos
hospitalares/saúde
Contratação de novo prestador
de serviço
Quadro 102: Ações emergenciais do sistema de manejo dos resíduos sólidos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

348
8. A N Á L IS E D O S A S P E C T O S P O L ÍT IC O S , L E G A IS E IN S T IT U C IO N A IS

Os aspectos políticos e administrativos estão diretamente


relacionados ao planejamento e desenvolvimento do saneamento básico para
que sejam aplicados de forma eficiente, mediante os diagnósticos e propostas
apresentadas pelo Plano Municipal de Saneamento Básico. As decisões
políticas são fundamentais para a tomada de iniciativas administrativas e
técnicas nas questões do saneamento básico, nas suas quatro vertentes:
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo dos
resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Referente as responsabilidades do Município em função da


prestação e fornecimento dos serviços referentes ao saneamento básico, o
Art. 30 da Constituição Federal já norteava as responsabilidades do Poder
público Municipal.

“Art. 30. Compete aos Municípios:


I – (...)
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime
de concessão a permissão, os serviços públicos de
interesse local, incluído o de transporte colete-o, que
tem caráter essencial”.

Além disso, o Art. 241 da Constituição Federal estabelece a


autorização para a prestação dos serviços de saneamento básico a terceiros.

“Art. 241. A União, os Estados, O Distrito Federal e


os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação
entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a
transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos”.

De forma mais específica, a Lei nº 11.445/07 define os serviços


de saneamento básico à competência municipal, podendo o titular destes
serviços, o Município, delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a
prestação desses serviços nos termos do Art. 8.

“Art. 8 – Os titulares dos serviços públicos de


saneamento básico poderão delegar a organização, a
regulação, a fiscalização e a prestação desses
serviços nos termos do Art. 241 da Constituição
Federal e da Lei nº 11.107/05”.

No Art. 9º da referida Lei, são definidas as responsabilidades do


titular, devendo para tanto.
349
“Art. 9º - O titular dos serviços formulará a respectiva
política pública de saneamento básico, devendo, para
tanto:
I – elaborar os planos de saneamento básico, nos
termos dessa Lei;
II – prestar diretamente ou autorizar a delegação dos
serviços e definir o ente responsável pela sua
regulação e fiscalização, bem como os procedimentos
de sua atuação;
III – adotar parâmetros para a garantia do
atendimento essencial à saúde pública, inclusive
quanto ao volume mínimo per capita de água para o
abastecimento público, observadas as normas
nacionais relativas à potabilidade da água;
IV – Fixar os direitos e os deveres do usuário;
V – estabelecer mecanismos de controle social, nos
termos do inciso IV do caput do Art. 3º desta Lei;
VI – estabelecer sistema de informações sobre os
serviços, articulado com o Sistema Nacional de
Informações em Saneamento;
VII – intervir e retomar a operação dos serviços
delegados, por indicação da entidade reguladora,
nos casos e condições previstos em lei e nos
documentos contratuais”.

Os serviços de saneamento básico poderão ser prestados da


seguinte forma:

• De forma direta pela Prefeitura ou por órgão de sua administração


direta;
• Por órgão ou entidade de ente da Federação a que tenha delegado o
exercício dessas competências por meio de convênio de cooperação entre
entes da Federação, obedecido o disposto no Art. 241 da Constituição
Federal;
• Por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos
serviços;
• Órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público,
empresa pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito
Federal, ou municipal, na forma da legislação;
• Empresa que se tenha concedido os serviços.

Desta forma, as premissas e condições legais para a execução


dos serviços de saneamento básico estão perfeitamente definidas pela Lei nº
11.445/07 de forma direta ou indireta, dependendo das decisões políticas e
350
estudos de conveniência e oportunidade quanto a forma de prestação destes
serviços.

O Plano Municipal de Saneamento Básico, tem o papel de


fornecer a visão técnica e ampla da situação do saneamento básico no
Município de Alvorada do Sul, além de propor elementos para o processo de
tomada de decisão e ferramentas para o início do desenvolvimento do
planejamento e monitoramento das ações que envolvem suas consequências
diretas e indiretas.

351
9. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO E DAS PROPOSTAS

O Plano de Saneamento Básico aborda a organização e


planejamento de diversos setores do poder público municipal, além de
interagir de forma direta e indireta com as esferas sociais, ambientais e
econômicas do Município.

Desta forma, pela elevada complexidade dos temas abordados


no PMSB, assim como o elevado número de diagnósticos e propostas
definidos, demonstra-se no Quadro 103 o resumo dos diagnósticos
levantados a respeito dos serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas
pluviais, podendo-se ainda, observar nos Quadros 104, 105, 106 e 107 as
respectivas propostas e medidas de desenvolvimento e planejamento
destes serviços.

352
Diagnóstico
Não atendimento da área rural
ABASTECIMENTO DE ÀGUA

Hidrômetros faltantes/danificas
Inexistência de outorga dos poços
Ausência de tarifa social
Classificação das águas subterrâneas (CONAMA 369/08)
Ampliação do tratamento das águas subterrâneas
Avaliação completa das águas captadas (Portaria 518/04)
Ampliação do monitoramento
Readequação de periodicidade do monitoramento e implementação de
monitoramento de trihalometanos, condutividade, nível, sólidos totais
dissolvidos, e nitrato)
Inexistência de indicadores de qualidade
Diagnóstico
ESGOTAMENTO

Utilização de sistema ineficiente (fossas negras)


Fossas instaladas no passeio público

Inexistência de fiscalização

Inexistência de indicadores de qualidade

Diagnóstico
MANEJO DE ÀGUAS

Estruturas da galeria de microdrenagem (Sede) danificadas


DRENAGEM E

Ocorrência de assoreamento na Lagoa dos Patos


PLUVIAIS

Ocorrência de processos erosivos


Ausência de fiscalização nos Loteamentos privados com sistema de
drenagem de águas pluviais
Inexistência de indicadores de qualidade

Diagnóstico
Ausência de legislação reguladora (PGRS, PGRCC, PGRSS etc.)
RESÌDUOS SÒLIDOS

Ausência de fiscalização
MANEJO DOS

Coleta Seletiva ineficiente


Desativação do Lixão
Restruturação do Aterro Sanitário
Existência de acumulação de resíduos sólidos
Necessidade de definição de itinerários bem definidos
Não atendimento da área rural
Quadro 103: Síntese dos diagnósticos dos serviços do saneamento prestado no
Município de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

353
Curto Médio Longo
Elaboração de Programa de Educação Implantação do Programa de Educação
Avaliação do Programa de Educação Ambiental
Ambiental Ambiental
Expansão da capacidade de armazenamento do
Levantamento da área rural não atendida Aquisição de outorga dos poços
Sistema 2
Registro mensal de solicitação de
Adesão das Famílias
manutenção
Implantação de hidrômetros Estabelecer tratamento específico
Levantamentos técnicos sobre o Elaboração de programa de expansão do
abastecimento tratamento de água
Implantação do programa de expansão do
Avaliação da Proposta da Tarifa Social
tratamento de água
Implantação do programa monitoramento
Criação de Instrumento Legal Tarifa Social
ABASTECIMENTO DE ÀGUA

diário
Implantação do programa monitoramento
Implantação da Tarifa Social
de Trihalometano
Implantação do programa monitoramento
Classificação das águas subterrâneas
de Sólidos Totais Dissolvidos e Nitrato
Implantação do Programa de expansão do
Avaliação do tratamento aplicado
monitoramento de água
Elaboração de programa de Expansão da
Análise completa das águas captadas
capacidade de armazenamento do Sistema
segundo Portaria 518/2004
2 de abastecimento
Elaboração de Programa de expansão do
monitoramento de água
Elaboração de programa de monitoramento
diário físico-químico
Elaboração de programa de monitoramento
de Trihalometano
Elaboração de programa de monitoramento
de Sólidos Totais Dissolvidos e Nitrato
Elaboração de programa de banco de dados
para construção de indicadores
Estabelecimento de indicadores
Quadro 104: Síntese das propostas para o serviço de abastecimento de água.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

354
Curto Médio Longo
Elaborar programa de mapeamento de
Mapeamento rural
fossas irregulares
Regularização de estruturas irregulares Estabelecimento de indicadores
Estabelecimento de sanções econômicas Implantação do programa de substituição de fossas negras – área rural
Estabelecimento de parâmetros
ESGOTAMENTO

Aplicação das sanções econômicas


construtivos e legais
Fiscalização dos sistemas unitários de
esgotamento sanitário
Elaborar Programa de substituição de
fossas negras – área rural
Elaboração de Programa de Banco de
dados para construção de indicadores
Mapeamento sede
Mapeamento loteamentos
Curto Médio Longo
Estabelecimento de Instrumentos de
Manutenção das estruturas deficientes
drenagem obrigatório
Proposta de cobrança pelos serviços de
DRENAGEM E MANEJO DE ÀGUAS PLUVIAIS

Monitoramento ambiental da drenagem


drenagem
Elaboração Programa de Banco de Dados Implantação do Programa de implantação de Pedrisco
Elaboração de Programa para Manutenção
Monitoramento dos problemas ambientais
das deficiências
Elaboração de Programa de Contenção ao
Assoreamento
Elaboração de Programa de Monitoramento
ambiental da drenagem
Exigência dos instrumentos de drenagem
Implantação de sistema de banco de dados
Estabelecimento de Indicadores
Estabelecer Órgão de Fiscalização
Elaboração de Programa de implantação de
Pedrisco
Estabelecimento de instrumento legal
Quadro 105: Síntese das propostas para o serviço de esgotamento e drenagem e manejo das águas pluviais.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

355
Curto
Elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Levantamento e Registro dos produtores rurais com uso de Agrotóxico, pesticida e biocida
Proposta de cobrança pelos serviços de manejo dos resíduos sólidos
Estabelecer órgão fiscalizador
Exigência de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Resíduos da Saúde, da
Construção civil, Resíduos de Agrotóxico, pesticida e biocida dos responsáveis perante a lei
Manutenção da área urbana atendida pela coleta de resíduos urbanos
Elaboração Programa de Coleta de resíduos domésticos
Elaboração Programa de Coleta de resíduos de entulho e varrição e poda de árvores
Implementação dos Programas de Coleta de resíduos domésticos de entulho e varrição e poda
Levantamento e estudos quantitativos e qualitativos da geração de resíduos na área rural
Regularizar a disposição de entulhos, resíduos de varrição e poda de árvore
Elaboração de Programa de Banco de dados para construção de indicadores
Estabelecimento de Indicadores
Elaboração do Programa Municipal de Coleta Seletiva
Elaboração de Programa de educação ambiental
Busca de verba para subsídio financeiro aos colaboradores da coleta seletiva
MANEJO DOS RESÌDUOS SÒLIDOS

Busca de verba para compra de veículo para coleta de resíduos recicláveis


Elaborar programa de treinamento aos colaboradores
Elaborar programa de banco de dados para construção de indicadores
Subsídio financeiro aos colaboradores da coleta seletiva
Aquisição de veículo para coleta e transporte de resíduos recicláveis
Implantação de Coleta Seletiva porta a porta na área urbana Residencial 1
Estabelecimento dos indicadores
Encerramento do Antigo Lixão
Elaboração de programa de restauração do local
Avaliação da área do lixão
Busca de recursos para recuperação da área
Licenciamento ambiental das obras de recuperação
Elaborar plano de readequação
Busca de recursos para readequação
Manutenção da área do aterro sanitário
Disposição dos entulhos, resíduos de varrição e poda de árvores
Reativação da célula existente
Ativação da célula
Licenciamento Ambiental
Busca de recursos para implantação de nova célula
Implantação de nova célula
Controle das disposições irregulares de resíduos sólidos urbanos
Estabelecer setor ou órgão da Prefeitura municipal para registro de denuncias
Elaborar Programa de Implantação de Locais Estratégicos
Busca de recursos financeiros para implantação dos Locais Estratégicos
Quadro 106: Síntese das propostas a curto prazo para o serviço de manejo dos resíduos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

356
Médio Longo
Revisão das Leis e normas estabelecidas
Elaboração de programa de alocação de
locais estratégicos de triagem e
transbordo temporário para o
Revisão dos Programa de Coleta
atendimento de coleta de resíduos
sólidos domésticos e entulhos na área
rural
MANEJO DOS RESÌDUOS SÒLIDOS

Implantação e operação de locais


estratégicos na área urbana Residencial Revisão dos Programa de Locais estratégicos
2
Recuperação inicial e manejo dos
Revisão e desenvolvimento dos programas
resíduos já alocados
Recuperação final Avalição e manutenção
Implantação de compostagem e reuso de
Implantação de novas estruturas entulhos
Monitoramento dos resíduos Revisão dos Programas de recuperação do lixão

Elaboração de programa de Expansão dos Locais estratégicos


compostagem e reuso de entulhos
Busca de recursos implantação do
programa de compostagem e reuso de
entulhos
Operação do Locais Estratégicos
Revisão da eficiência dos Locais
estratégicos
Quadro 107: Síntese das propostas a médio e longo prazo para o serviço de manejo dos resíduos
sólidos.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

357
10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano, que dispõe sobre
procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da
qualidade da água para consumo humano, estabelece o padrão de
potabilidade da água para consumo humano, e dá outras providências.
Diário Oficial, Brasília, 02 de janeiro de 2001.

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fluoretação da água em sistemas de abastecimento quando existir estação
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sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece
o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá
outras providências. Diário Oficial da União, 23 de julho de 2008.

BRASIL. Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a


Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 02 de setembro de 1981.

BRASIL. Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010.


Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da
Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 2010.

BRASIL. Lei Federal nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997. Institui a


Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21
da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março
de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário
Oficial da União, Brasília, 09 de janeiro de 1997.

BRASIL. Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre


as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 17 de fevereiro de 1998.

359
BRASIL. Lei Federal nº 9.984 de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a
criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de
coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de julho de
2000.

BRASIL. Lei Federal nº 10.308 de 20 de novembro de 2001. Dispõe


sobre a seleção de locais, a construção, o licenciamento, a operação, a
fiscalização, os custos, a indenização, a responsabilidade civil e as
garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de novembro de 2001.

BRASIL. Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece


diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766,
de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21
de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no
6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 11 de janeiro de 2007.

BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Institui a


Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providencias.

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Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências. Diário Oficial União, Brasília, 26
de março de 2004.

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Dispõe sobre as definições e o tratamento a ser dado aos resíduos
perigosos, conforme as normas adotadas pela Convenção da Basiléia sobre
o controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos perigosos e seu
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Política Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial União, Brasília, 22 de
dezembro de 1997.

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código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Diário
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sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
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Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
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sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de
tratamento térmico de resíduos. Diário Oficial União, Brasília, 20 de
novembro de 2002.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe


sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial União,
Brasília, 18 de março de 2005.

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sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
e dá outras providências. Diário Oficial União, Brasília, 04 de maio de
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critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados
em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados,
e dá outras providências. Diário Oficial União, Brasília, 30 de agosto de
2006.

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sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento
Sanitário. Diário Oficial União, Brasília, 10 de outubro de 2006.

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BRASIL. Resolução CONAMA nº 396, de 03 de abril de 2008. Dispõe
sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e dá outras providências. Diário Oficial União,
Brasília, 07 de abril de 2008.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 397, de 03 de abril de 2008. Altera o


inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5o, ambos do art. 34 da Resolução do
Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA no 357, de 2005, que
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões
de lançamento de efluentes. Diário Oficial União, Brasília, 07 de abril de
2008.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 404, de 11 de novembro de 2008.


Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. Diário Oficial
União, Brasília, 12 de novembro de 2008.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 408, de 19 de dezembro de 2008.


Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas
e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões
para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras
providências. Diário Oficial União, Brasília, 05 de novembro de 2008.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009.


Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus
inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras
providências. Diário Oficial União, Brasília, 01 de dezembro de 2009.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe


sobre condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e
altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional
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