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ENSAIO
Currículos latino-americanos:
A Tensão entre democracia e conflitos religiosos no PCN de História
Foz do Iguaçu
2017
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1. APRESENTAÇÃO
1 Para uma introdução à Escola Austríaca, ver: “DE SOTO, Jesús Huerto. A Escola Austríaca.2 ed. São Paulo :
Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010”, disponível em: <<http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=30>> .
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Pois bem, acredito que isso gera um grande desconforto para qualquer
um que professe algum credo exclusivista. Essa nova abordagem relativista
simplesmente se apresenta como o que se pretende ensinar na História, e com esse
tom, é impossível um protestante de caráter calvinista ser contemplado, uma vez
que não é assim que ele lerá a História. Vamos olhar uma doutrina reformada
específica aqui: a da Providência.
Na Confissão de Fé de Westminster, encontra-se a sequinte declaração:
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(…) Muito menos poderão ser salvos, estes que não professam a
religião Cristã, por qualquer outro meio, por mais diligentes que sejam
em conformar as suas vidas com a luz da natureza e com a lei da
religião que professam (At 4:12; Jo 14:6; Ef 2:12; Jo 4:22; Jo 17:3) . E
asseverar e manter que eles podem, é muito pernicioso e é para ser
detestável (2Jo 9-11; 1Co 16:22; Gl 1:6-8). (CFW 10.4)
“A ideia básica por detrás dela é que é desejável e justo que todas as
decisões importantes sobre a organização física, social e econômica
da sociedade sejam tomadas pelo coletivo, o povo. E que o povo
autoriza os seus representantes no parlamento – em outras palavras,
o estado – a tomar estas decisões por eles. Em outras palavras, em
uma democracia, todo o tecido da sociedade é voltado para o
estado.” (KARSTEN; BECKMAN; 2013;p.23)
A Democracia está laureada de mitos. Diz-se dela que ela é politicamente neutra,
mas isso é mentira:
També se diz que ela é o único modo de convivermos em paz. É justamente esse
pressuposto que está no PCN, que é necessária uma abordagem mais inclusivista,
que todos os lados devem ser ouvidos, e um eleito como mais plausível. Ora, será
mesmo?
Uma alternativa para isso seria o ensino da liberdade individual contra toda
forma de agressão ao indivíduo e sua propriedade privada. O grande problema do
embate religioso é justamente que o todo quer decidir sobre como religiosos e não
religiosos devem conviver proque, pressupõe-se, essa é uma questão que deve ser
discutida coletivamente, e através dos mecanismos estatais, as minorias podem ser
contempladas em seus direitos. Bem, “direitos” é uma palavra bela para obrigar
outros a nos privilegiarem. Nas palavras de Thomas Jefferson, Democracia “não é
nada mais do que a ditadura da multidão, onde 51% das pessoas podem tirar os
direitos dos outros 49%”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS