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FEBVRE, Lucien. O problema da incredulidade no século XVI: a religião de Rabelais. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009, p. 32.
Forjava-se, assim, não uma história das religiões, mas apenas uma relação
tipológica entre elas, com base em um percurso ideal e linear, entendido como única
trajetória histórica possível da “religião” humana. Dessa maneira, em Müller e Tylor, as
religiões acabavam sempre interpretadas em termos de evolução (na perspectiva
positivista de Tylor) ou degeneração (na visão romântica de Müller), em relação a uma
suposta “religiosidade original e comum”. De forma análoga, em seu trabalho sobre “as
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Seguiremos, na demonstração histórica desse percurso metodológico, a excelente exposição apresentada
por MASSENZIO, Marcello. A história das religiões na cultura moderna. São Paulo: Hedra, 2005.
Sobre este mesmo assunto, podemos também destacar o seguinte artigo: AGNOLIN, Adone. “O debate
entre história e religião em uma breve história da história das religiões: origens, endereço italiano e
perspectivas de investigação”. Projeto História, São Paulo, n. 37, jul. 2008, p. 13-39.
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AGNOLIN, Adone. “Prefácio” In: MASSENZIO, op. cit., p. 15.
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Para uma explicação mais exaustiva sobre esses autores e suas vertentes metodológicas, conferir as
obras de Marcello Massenzio e Adone Agnolin supracitadas.
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LANTERNARI, Vittorio. As religiões dos oprimidos: um estudo dos modernos cultos messiânicos. São
Paulo: Perspectiva, 1974, p. 320. Embora o autor esteja tratando especificamente, neste caso, dos
movimentos messiânicos, é evidente que essa citação se enquadra perfeitamente na questão mais global
da história das religiões.